Buscar

Modelo artigo - AII2018 1

Prévia do material em texto

AUTISMO
Resumo
Este artigo refere-se a necessidade educativa Autismo cientificamente conhecida como Transtorno do Espectro Autista. Explica os investimentos do governo, esclarece o conceito, intensidade e nível da doença, faixa etária em que é identificado. As consequências, o autismo afeta a capacidade de comunicação da pessoa de relacionar-se e conviver com o espaço que a cerca. Também foi realizada a observação de um aluno com essa necessidade educativa, o processo de aprendizagem, as dificuldades na família e na sociedade, a importância de uma professora preparada e qualificada para acompanhar a criança, a integração dos alunos da classe, o cuidado da professora da classe em incluir o menino nas atividades. 
Palavras-chave: Autismo, tratamento, família, sociedade.
 A necessidade educativa especial a ser estuda será o Autismo cientificamente conhecido por Transtorno do Espectro Autista. 
	As iniciativas do governo no Brasil para pessoas com o diagnóstico de autismo se desenvolveram de forma lenta, até o início do século XXI, essas pessoas encontravam atendimento nas entidades filantrópicas como APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Com os poucos recursos destinados aos autistas muitos familiares criaram grupos para troca de experiências, para que juntos construíssem conhecimentos e tivessem mais facilidades para lidar com o autismo.
Desde a formação da AMA, grupos de familiares de autistas vêm se consolidando pelo país, não apenas como fonte de apoio emocional a outras famílias, mas como meio legítimo de angariar recursos públicos, formular projetos de lei, buscar novos tratamentos, pesquisas e atendimentos em saúde e educação, além da produção de conhecimento (NUNES, 2014, p.15).
	Os grupos com a AMA (Associação de Amigos do Autista), vem cada vez mais auxiliando e compartilhando conhecimentos e técnicas com as famílias. E também buscam novas formas de tratamento, novos estudos, fazendo com que cada vez mais as pessoas se sintam seguras e apoiadas quando conhecem ou tem alguém na família com o transtorno. 
Autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três características fundamentais: Inabilidade para interagir socialmente; Dificuldade no domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos simbólicos; Padrão de comportamento restritivo e repetitivo. (FUJITA JR, 2011)
	O autismo normalmente é identificado na infância entre 1 e 3 anos, apesar de alguns sinais já aparecerem nos primeiros meses de vida, por exemplo, quando os bebês, não respondem aos estímulos dos pais. O desenvolvimento físico de um autista é normal, suas dificuldades são nas relações sociais ou afetivas, muitas vezes ficando isolado, na fala e gestos repetitivos.
A intensidade do grau de autismo vai de graus mais leves até os graves em que o indivíduo não consegue manter contato interpessoal, comportamento agressivo e retardo mental.
	Atualmente estudos apontam que as causas do autismo são fatores genéticos e biológicos. 
O diagnóstico é clinico feito através de observação do comportamento e entrevista com os pais. Os critérios para o diagnóstico do Transtorno do Espectro do Autismo, precisam preencher os itens 1,2 e 3;
 1-Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:
2- Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social;
b. Falta de reciprocidade social;
c. Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento.
3-Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:
4-Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais incomuns;
b. Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento;
c. Interesses restritos, fixos e intensos.
5- Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades. (Intituto Pensi).
O tratamento do autismo é individual, não existe um padrão, deve se analisar as necessidades e deficiências de cada paciente. 
	Uma pessoa com autismo dependo do seu grau pode causar um desequilíbrio na família, por isso é necessário que a família tenha acompanhamento e orientação especializada. 
	O aluno estudado está na 2ª série, o grau de autismo não é o mais grave. A professora que o acompanha considera que já teve grandes avanços, ele já consegue identificar as letras e números, também consegue relacionar as letras com imagens, consegue conviver com os colegas e interagir. A classe toda inclui o menino nas suas atividades chamando para brincar e para as atividades em grupo, é muito interessante como todos o apoiam e ajudam até a incentivar suas respostas dos exercícios. A professora da classe busca inclui-lo em todos os exercícios, mesmo que para isso ele precise da ajuda da professora que o acompanha. A professora que o acompanha tem paciência e habilidade para trabalhar com ele, é bonito ver o modo como ela o trata, a importância que dá aos avanços do menino. Ela mesmo preparou um material diferenciado para trabalho com ele, a forma que ela o conduz todo o trabalho é de extrema importância. Nos momento que presenciei, pude presenciar alguns momentos de alteração de humor dele, mas a professora considera ele bem equilibrado, perto de outras crianças com autismo. 
	A família sentiu muita dificuldade ao perceber que existia algo diferente no menino e também quando descobriram seu diagnóstico, que aconteceu em torno dos 3 anos. Claro, que maioria das famílias espera sempre um filho perfeito. A família tenta apoiar em seu desenvolvimento, fazendo atividades paralelas em casa dentro do possível e também ser pacienciosos para conviverem com ele. 
	Portanto, uma pessoa autista por mais que aparente ser normal, tem dificuldades em desenvolver a fala, acompanhar atividades de uma criança normal da mesma idade, em relacionar-se. Ao receber o diagnóstico, quanto antes iniciar o tratamento e acompanhamento com profissionais, antes essa criança conseguira se desenvolver, lentamente, mas os avanços vão sendo notados e facilitam a vida da pessoa mais tarde. 
Referências
Goretti Tenorio e Chloé Pinheiro. O que é autismo, das causas aos sinais e o tratamento. https://saude.abril.com.br/mente-saudavel/o-que-e-autismo-das-causas-aos-sinais-e-o-tratamento/. Acesso em 27 mai 2018.
PENSI, Instituto. Diagnóstico do Autismo. http://autismo.institutopensi.org.br/informe-se/sobre-o-autismo/diagnosticos-do-autismo/. Acesso em 17 jun 2018.
JUNIOR, Luiz Fujita. Autismo, 2011. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/autismo/. Acesso em 27 mai 2018.
NUNES, F.C.F; Ortega, Francisco. Atuação política de grupos de pais de autistas no Rio de Janeiro: perspectivas para o campo da saúde. 147 p. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva) - Instituto de Medicina Social, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014. www.scielo.br/pdf/sausoc/v25n4/1984-0470-sausoc-25-04-00964.pdf. Acesso em 27 mai 2018.
O que é autismo ou transtorno do espectro autista (TEA)? http://entendendoautismo.com.br/artigo/o-que-e-autismo-ou-transtorno-do-espectro-autista-tea/. Acesso em 27 mai 2018.
OLIVEIRA, Bruno Diniz Castro; Feldman, Clara; Couto, Maria Cristina Ventura; Lima, Rossano Cabral. Políticas para o autismo no Brasil: entre a atenção psicossocial e a reabilitação. http://www.scielo.br/pdf/physis/v27n3/1809-4481-physis-27-03-00707.pdf. Acesso em 27 mai 2018
1

Continue navegando