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TCC PSICO AUTISMO familia e escola

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11
IES – INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR
SÔNIA DA SILVA DOMINGUES
 O IMPACTO DO AUTISMO NA FAMÍLIA E NA ESCOLA
ARAÇATUBA - SP
2020
SÔNIA DA SILVA DOMINGUES
O IMPACTO DO AUTISMO NA FAMÍLIA E NA ESCOLA
Monografia apresentada à Instituição de ensino superior como requisito parcial para obtenção título de Especialista do Programa de Pós-graduação Latu Senso em PSICOPEDAGOGIA. 
Orientadora: Profª Karen Karolina Pereira Kuhn
ARAÇATUBA - SP
2020
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada à fonte.
Catalogação na publicação
Serviço de Documentação Universitária
DOMINGUES, Sônia da Silva 
O IMPACTO DO AUTISMO NA FAMÍLIA E NA ESCOLA. / Sônia da Silva Domingues. – Araçatuba – SP, 2020.
40 p.; 30 cm
Monografia – Instituição de ensino superior, Curso de Psicopedagogia.
Orientador: Profª Karen Karolina Pereira Kuhn
1. Educação Superior. 2. Didática. 3. Metodologia de Ensino.
FOLHA DE APROVAÇÃO 
SÔNIA DA SILVA DOMINGUES
	
O IMPACTO DO AUTISMO NA FAMÍLIA E NA ESCOLA
Monografia apresentada à Instituição de ensino superior como requisito parcial para obtenção título de Especialista do Programa de Pós-graduação Latu Senso em PSICOPEDAGOGIA.
Aprovada em: ___/___/2020
Examinadores:
___________________________________________
Prof. Coordenador 
___________________________________________
Prof. Orientador 
___________________________________________
Prof. Co-Orientador 
DEDICATÓRIA
 
À minha família, aos meus professores e aos meus colegas e alunos DEDICO.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente à Deus, à minha família, aos meus alunos que me inspiram a crescer e a todos os professores que contribuíram para minha formação acadêmica.
EPÍGRAFE
Se a aprendizagem é uma mudança de comportamento, cabe à memória a retenção essa mudança (ela é o suporte de todos os processos de aprendizagem. 
 (WOODWORTH)
RESUMO
DOMINGUES, Sônia da Silva. O IMPACTO DO AUTISMO NA FAMÍLIA E NA ESCOLA. 2020, 40 f. Monografia – Especialização em Psicopedagogia – IES – Instituição de ensino superior – Araçatuba, 2020.
O transtorno do espectro autista é um transtorno que interfere diretamente na vida do sujeito enquanto ser social, por causar uma limitação do convívio e relacionamento social. É inevitável o impacto desse diagnóstico na vida da familiar do autista, que pode demandar cuidado constantemente durante toda sua vida.
Assim a essencial destacar a importância das famílias no cuidado de indivíduos portadores do Transtorno de Espectro do Autismo e destacar também de que maneiras essas famílias sofrem os impactos de um diagnóstico que vai comprometer para sempre o desenvolvimento do seu filho e como elas podem superar o impacto negativo que esse diagnóstico traz consigo.
Além da família, a segunda instituição que faz parte da vida do indivíduo que vai sofrer os impactos do autismo é a escola. Essa instituição precisa se adequar para receber esses alunos que vão precisar de cuidados e atenção especial para que possam auxiliar nos processos de desenvolvimento social e de aprendizagem deles. Assim escola e família têm o papel fundamental de preparar o autista para a sociedade e a sociedade para o autista.
 
Palavras Chave: Autismo; Família, Escola. 
ABSTRACT
EPIFANIO, Gabriela. THE IMPACT OF AUTISM ON THE FAMILY AND SCHOOL. 2020 40 f. Final Paper – Specialization in Psychopedagogy – IES – Instituição de ensino superior – Araçatuba, 2020.
Autism spectrum disorder is a disorder that directly interferes in the subject's life as a social being, as it causes a limitation of social interaction and relationship. The impact of this diagnosis on the life of the autistic family member is inevitable, which can demand constant care throughout her life.
So it is essential to highlight the importance of families in the care of individuals with Autism Spectrum Disorder and also to highlight how these families are impacted by a diagnosis that will forever compromise their child's development and how they can overcome the impact negative that this diagnosis brings.
In addition to the family, the second institution that is part of the life of the individual who will suffer the impacts of autism is the school. This institution needs to adapt to receive these students who will need special care and attention so that they can assist in their social development and learning processes. Thus, school and family have the fundamental role of preparing the autistic person for society and society for the autistic person.
Keywords: Autism; Family, School.
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO...................................................................................................... 11
1 TEA – TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA..................................13
1.1 –Intervenção psicopedagógica	......15
2 O IMPACTO DO AUTISMO NA FAMÍLIA..............................................................18
 2.1 – A acomodação da família diante do autismo.......................................	......22
2.1.1 – Associação amigos do autista	......23
2.1.2 – Rede de atenção psicossocial do sistema único de saúde.............24
3 AUTISMO NA ESCOLA: INCLUSÃO ....................................................................27
 3.1 Garantias legais da inclusão 	......29
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS	..... 33
REFERÊNCIAS	......34
INTRODUÇÃO
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma síndrome que afeta o desenvolvimento, a interação social e a comunicação e isso afeta a forma desses indivíduos se relacionarem com o mundo e também o desenvolvimento da sua aprendizagem. 
Segundo Silva e Mulick (2009), apesar do DSM-5 indicar os critérios básicos para o diagnóstico do transtorno do espectro autista, na prática definir o transtorno não é tão simples diante da diversidade de manifestação de sintomas característicos e também devido ao tempo em que cada criança inicia a apresentação dos diferentes sintomas.
O desenvolvimento de uma criança autista é gradativo, ele precisa de acomodação e por consequência sua aprendizagem, leva mais tempo que as outras crianças e precisa de recursos metodológicos diferenciados.
O contexto histórico nos demonstra que os indivíduos com algum tipo de deficiência por muito tempo eram estigmatizados e muitas vezes tidos como pessoas improdutivas e incapazes de se desenvolver como ser social e em consequência disso eram excluídos da sociedade.
Atualmente, ainda existem resquícios dessa visão em relação a pessoa com deficiência, transtorno ou qualquer outra implicação que possa afetar o seu desenvolvimento, mas isso vem sendo vencido gradualmente pelo trabalho das famílias e apoiadores da causa. Neste sentido a família e escola e o trabalho psicopedagógico tem um papel fundamental na vida dessas pessoas.
Ainda que tenha muitas dificuldades o autista deve ser visto como um indivíduo com potencialidades a serem desenvolvidas, atingir bons resultados na educação mas, é necessário perceber que enquanto trabalha-se com indivíduos típicos de forma simples e objetiva, com os aluno com TEA, é preciso estar atento aos mínimos detalhes.
O ensino, é sem dúvida o principal objetivo do trabalho com crianças autistas e persistência e intervenções adequadas são grandes aliados deste objetivo.
Mas, assim como a própria rotina da vida diária se torna um desafio para os autistas diante das suas dificuldades de interação e comunicação com o mundo, a educação, ou seja, a escolarização também é um grande desafio. 
Diante deste quadro encontram-se muitas famílias, que percebem que algo fora do comum está ocorrendo logo no início do desenvolvimento de seus filhos e isso remete a grande impacto no cotidiano dessas famíliase nas relações entre seus membros.
A literatura nos permite verificar que vários são os fatores que levam as famílias com membros portadores do autismo a sofrer diferentes níveis de impacto em sua rotina, suas perspectivas de futuro e até mesmo na sua constituição.
A família enquanto núcleo de formação social, psicológico e emocional do indivíduo é essencial tanto para crianças com um desenvolvimento normal quanto para aquelas que têm algum tipo de deficiência ou transtorno.
Assim pretende-se destacar o papel essencial da família para o desenvolvimento do indivíduo autista e de que maneiras esta sofre os impactos da adaptação à intensa dedicação e cuidados das necessidades específicas do filho. E quais os aspectos importantes que podem ajudar a minimizar esses impactos e algumas instituições que auxiliam na busca por informações e na superação e enfrentamento desses desafios.
Além disso, destacar a necessidade do trabalho psicopedagógico em conjunto com a escola para garantir a inclusão e desenvolvimento do autista.
1 TEA-TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
O autismo é definido sob o ponto de vista comportamental e apresenta etiologias múltiplas, a partir de uma combinação de fatores genéticos e fatores ambientais e se manifesta em diferentes graus de gravidade.
Há muitos anos tem se definido o transtorno de diferentes maneiras, na segunda versão do DSM, em 1980, o termo autismo infantil é incluído, já no DSM III, de 1987, é inserida a denominação Transtorno Autista.
No DSM IV, em 1994 passa a ser definido como Transtorno Global do Desenvolvimento, sendo dividido em cinco categorias: Transtorno Autista; Transtorno de Asperger; Transtorno de Rett; Transtorno Desintegrativo da Infância e Transtorno Global de Desenvolvimento não Especificado (UNTOIGLICH, 2013).
[...] os Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD), que incluíam o Autismo, Transtorno Desintegrativo da Infância e as Síndromes de Asperger e Rett foram absorvidos por um único diagnóstico, Transtornos do Espectro Autista. A mudança refletiu a visão científica de que aqueles transtornos são na verdade uma mesma condição com gradações em dois grupos de sintomas: déficit na comunicação e interação social; padrão de comportamentos, interesses e atividades restritos e repetitivos. Apesar da crítica de alguns clínicos que argumentam que existem diferenças significativas entre os transtornos, a APA entendeu que não há vantagens diagnósticas ou terapêuticas na divisão e observa que a dificuldade em subclassificar o transtorno poderia confundir o clínico dificultando um diagnóstico apropriado (ARAUJO; NETO, 2014, p. 70).
Os primeiros estudos publicados sobre o autismo surgiram em 1943, nos estudos do psiquiatra austríaco Leo Kanner. Em 1944, Kanner, descreveu o caso de 11 crianças que apresentavam um quadro de comprometimento na capacidade de relacionamento interpessoal. (BOSA,2002)
Ainda em 1944, o pediatra austríaco Hans Asperger, sem ter nenhum conhecimento dos estudos de Kanner, descreve um artigo sobre crianças com características semelhantes ao autismo, ou seja, muita dificuldade na comunicação social, no entanto possuíam inteligência normal (GADIA, 2006, p. 423).
De acordo com os estudos da AMA (2010), a maioria dos autistas tem também deficiência mental acarretando com isto níveis significativamente baixos de funcionamento intelectual e adaptativo. 
De acordo com o CID 10 (1993), o autismo é considerado um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, onde existe um marcado e permanente prejuízo na interação social, alterações da comunicação e padrões limitados ou estereotipados de comportamentos e interesses. Essa tríade é responsável por um padrão de comportamento restrito e repetitivo, mas com condições de inteligência que podem variar de retrato mental a níveis acima da média‖ (Mello, 2003, p.12).
Quanto à comunicação verbal, nota-se 
Alteração do timbre, ênfase, velocidade, ritmo e entoação; ecolálias imediatas ou retardadas; falta de iniciativa para iniciar ou manter um diálogo; uso de “tu” em vez de “eu”; falta de expressão emocional; linguagem formal; ausência de fantasia e imaginação; uso abusivo dos imperativos; utilização pouco frequente de declarativos (GARCIA & RODRIGUEZ, 1997, p.253)
O diagnóstico médico do TEA deve ser clínico e realizado por a partir da avaliação de uma equipe multidisciplinar, ou seja para classificar o indivíduo, buscam- se critérios clínicos, por meio de profissionais da área da saúde (médicos psiquiatras e neurologistas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos), estes se apoiam nos relatos dos pais e/ou responsáveis sobre a observação da criança e em testes específicos. E para excluir outras hipóteses de diagnóstico, são feitos exames laboratoriais e por imagem, contudo, o diagnóstico é eminentemente clínico (SCHWARTZMAN, 2011).
Esse diagnóstico se destaca pelo comprometimento grave e invasivo em três áreas do desenvolvimento: 1) habilidades de interação social recíproca; 2) habilidades de comunicação; e 3) comportamentos, interesses e atividades estereotipadas (SCHMIDT; BOSA, 2011).
A dificuldade na interação social que dificulta as relações interpessoais significativas, é comum a todas as crianças com autismo. Além disso ainda podem apresentar Hipo ou hiper sensibilidade aos sons, medo ou fascínio por certos ruídos e reflexos, alteração na reação à dor, evitam certas texturas, alimentos ou cores, tem atração por determinados cheiros e brilhos. 
FIGURA 1 – Comportamentos característicos do autismo
Fonte: (SIEGEL, 2008)
	
Neste sentido em 2014 o DSM-5, estabelece critérios para o diagnóstico de autismo com descrição de sintomas que indicam prejuízo persistente na comunicação social recíproca e na interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, esses são sintomas presentes desde o início da infância e limitam ou prejudicam o funcionamento diário da criança.
As características essenciais do transtorno do espectro autista são prejuízo persistente na comunicação social recíproca e na interação social (Critério A) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades (Critério B). Esses sintomas estão presentes desde o início da infância e limitam ou prejudicam o funcionamento diário (Critérios C e D). (APA,2014, p.53)
1.1 INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
Intervenção é a interferência de um profissional, onde realiza o processo de desenvolvimento do indivíduo e o seu objetivo é ajudar na compreensão, assimilação e orientação comportamentais, no caso dos portadores do TEA, introduzindo esse sujeito a novos elementos que poderão levá-lo a quebra de paradigmas.
Diante da abrangência da psicopedagogia nas intervenções propostas para o autismo, pode-se afirmar que a área em si lida com a aprendizagem como processo de construção. 
O trabalho psicopedagógico é uma ferramenta para ajudar na organização e estrutura cognitiva e comportamental.
Há abordagens que auxiliam no trabalho de desenvolvimento da comunicação e do ensino de meios alternativos para tal. Os comportamentos sociais também são trabalhados, devido a tendência que possuem, de apresentar comportamentos inadequados, deve-se mostrar o que e certo e não tolerar o erro, para que este não se transforme em habito.
Esse trabalho ajuda estabelecer regras e limites no trabalho com autistas, a fim de podermos ter o controle da situação e de auxiliá-los a lidar com algumas dificuldades, porém de acordo com Parente, 
Ainda que o estabelecimento de regras claras para lidar com essas dificuldades seja útil, saber como fazer amigos, entender os sentimentos e pensamentos das demais pessoas não são habilidades baseadas em regras que são aprendidas por meio do ensino. (PARENTE 2010, p.11)
Todas essas habilidades são aprendidas por meio de vivências e interação, porém, aprender a interagir com outras tarefas é uma tarefa árdua para o autista e o psicopedagogo deve promover meios para que isto aconteça.
Assim, é possível dizer que a vida em si para um autista é um constante processode aprendizagem para lidar consigo e com o mundo a sua volta.
Outro ponto que simboliza o desafio para a psicopedagogia no TEA é o fato desses profissionais atuarem com o enfoque diferente dos demais especialistas, cujas intervenções também são voltadas para esses casos (autismo). 
A intervenção psicopedagógica procura focar não a patologia em si (TEA), mas os aspectos que contribuem na aprendizagem da criança, pois o papel do psicopedagogo está em apresentar o ato de aprender de uma forma que una a aprendizagem com a peculiaridade que a criança tem de construir o seu conhecimento.
Carvalho e Cuzin (2008), apontam que o psicopedagogo deve trabalhar, visando sempre à minimização das limitações e a maximização das potencialidades do sujeito inserido no sistema. 
Neste sentido cabe ao psicopedagogo conhecer as características da criança com o TEA, para que este tenha condições de planejar uma intervenção que venha atingir suas necessidades, aspectos afetivos, cognitivos e comportamentais.
De acordo com Rivière o atendimento psicopedagógico do autismo deve:
• Promover o bem-estar emocional da pessoa autista, diminuindo suas experiências negativas de medo, ansiedade, frustração, incrementando possibilidades de emoções positivas de serenidade, alegria e autoestima.
• Promover a autonomia pessoal e as competências de autocuidado, diminuindo assim sua dependência de outras pessoas.
• Aumentar suas possibilidades de comunicação, autoconsciência e controle do próprio comportamento.
• Desenvolver habilidades cognitivas e de atenção, que permitam uma relação mais rica com o seu meio ambiente.
• Aumentar a liberdade, espontaneidade e flexibilidade de suas ações, assim que estiver preparado.
• Aumentar sua capacidade de assimilar e compreender as interações com outras pessoas, assim como sua capacidade de interpretar as intenções dos demais.
• Desenvolver técnicas de aprendizagem, baseadas na imitação, aprendizagem de observação. 
• Diminuir aquelas condutas que trazem sofrimento para o próprio sujeito e para os que o rodeiam como as autoagressões, ações destrutivas.
• Desenvolver suas competências comunicativas. (RIVIÈRE 1997 apud BASTOS, 2005, p.128)
Para um tratamento adequado deve-se levar em conta as características particulares do indivíduo e assim unir o trabalho de uma equipe multi- e interdisciplinar, ou seja, para o tratamento do TEA deve-se aliar tratamento médico (pediatria, neurologia, psiquiatria) e tratamento não-médico (psicologia, fonoaudiologia, pedagogia, terapia ocupacional, fisioterapia e orientação familiar).
 Por ser uma síndrome que provoca desordens no desenvolvimento global, torna-se necessário, intervenções abrangentes, que focalize em todas as áreas, social, emocional e cognitiva. 
Segundo o Gadia (2006, p. 429), os métodos de intervenção podem ser subdivididos em três grupos: “Aquelas que usam modelos de analise aplicada do comportamento; os que são fundamentados em teorias de desenvolvimento; e aqueles que são fundamentados em teorias de ensino estruturado”.
2 O IMPACTO DO AUTISMO NA FAMILIA
A primeira sociedade da criança é a família, pois é no seio familiar que existem as condições indispensáveis ao desenvolvimento da criança, por isso a maneira como a família vai lidar com a chegada de uma criança com necessidades especiais, vai influenciar diretamente no desenvolvimento desta como indivíduo.
Assim, a questão mais importante que permeia o núcleo familiar do autista é como os pais dessas crianças lidam com essas questões.
As características clínicas do TEA afetam as condições físicas e mentais do indivíduo e diante dessa circunstância, é necessário aumentar os cuidados e, consequentemente, o nível de dependência dos pais e/ou cuidadores e esses fatores podem gerar um estressor em potencial para os familiares (SCHMIDT; BOSA, 2007).
Segundo Batistelli e Amorim (2014), os pais são auxiliadores na convivência familiar através da compreensão do transtorno e das possíveis formas de lidar com ele, além do encorajamento constante que influencia no desenvolvimento da criança.
Em geral, ao nascer a criança não apresenta nenhuma característica do autismo, somente por volta de dois ou três anos, geralmente em contato com a escola, torna-se aparente o transtorno e a partir daí os pais percebem que seu filho é “diferente”.
As mães são as primeiras a perceberem que algo está errado, mas segundo relatos, na maioria das vezes é muito doloroso admitir. A comparação com outras crianças e a negação de que existe de fato um problema são as primeiras atitudes da maioria em busca de uma resposta imediata que tranquilize o medo e a ansiedade da família.
Mas na verdade, os pais estão parcialmente conscientes de que há algum problema e esse processo de dúvida, indecisão e insegurança só faz aumentar a angústia quando se chega a um pré-diagnóstico.
Descobrir o que a criança tem torna-se uma busca frenética e os pais são cobrados de maneira ferrenha pela família, não raro e até mesmo culparem as mães.
Inicia-se assim uma longa jornada por profissionais em busca de um diagnóstico concreto, um tratamento, enfim, em busca de respostas.
No relato abaixo, retirado do livro Autismo e Família – Uma pequena grande história de amor, é possível externar esse sentimento.
Chegando em casa, liguei imediatamente para essa psicóloga, para marcar uma consulta. Ela disse que só poderia me atender dentro de um mês. Não resisti e caí num pranto compulsivo, sem conseguir dizer mais nada. Não conseguia controlar tanta apreensão. (AVELAR,2001)
Quando se chega ao diagnóstico de autismo, muito pouco ou nada se conhece do assunto, neste ponto é crucial que a família receba atendimento e orientação tanto quanto a criança autista, pois isso vai influenciar diretamente na maneira como eles vão lidar com a criança e com os muitos desafios que vão enfrentar daí por diante.
Para as famílias, a aceitação é um processo contínuo e não termina nunca, segundo Nogueira e Rio (2011), são muitas as preocupações e ansiedades geradas por esse diagnóstico, uma delas é o fato de pensar em quem cuidará de seu filho autista quando os familiares morrerem, quem irá tomar o seu lugar, de cuidador desse filho com autismo, em como será a vida dele.
A sociedade em grande parte exclui as pessoas com qualquer tipo de deficiência, justamente por não saber lidar com suas dificuldades, gerando assim muito preconceito, e esta rejeição faz sofrer tanto a família quanto o indivíduo.
Com o autismo pode-se dizer que isso é de fato uma realidade visto que um dos problemas que mais afetam um autista é a dificuldade de interação e comunicação.
Se socialmente o autista vai sofrer rejeição, pois a maioria das pessoas não sabem lidar com suas limitações, dentro do núcleo familiar o autista tem que ser acolhido pela família e esta deve ser instrumentalizada para defender os direitos humanos de entes possibilitando seu pleno desenvolvimento e inclusão na sociedade. Ou seja a inclusão do autista começa em casa, mas de fato o que realmente ocorre é que os pais acabam se sentindo muito sós e ignorantes a respeito do que devem realmente fazer. (ABRAÇA,2015)
Ainda de acordo com Nogueira e Rio (2011, p.17), “As preocupações da família estão na sua maioria relacionadas com o que poderão fazer, as entidades públicas e/ou as privadas, para defender os direitos do filho e dar continuidade aos cuidados.” E também explicam que dentre os sentimentos que afloram nesse momento, a revolta na maioria das vezes, está relacionada a como as famílias são tratadas quando foram em busca de ajuda.
Apesar de todo sofrimento emocional, os pais devem encarar e enfrentar o problema como ele é e buscar uma aceitação não entreguista, de submissão, mas sim de comportamento ativo, participativo.
Devem buscar ajuda profissional especializada, competente, atualizada e séria, além de se informar a respeito, lendo livros, fazendo cursos e trocando informações. O que está em jogo é o tratamento e o futuro de seu filho.
Devem, ainda, procurar contato com outros pais, grupos e organizações que auxiliamna troca de experiências e vivências e, com isso, evitar a repetição de dificuldades, erros ou problemas.
Em todas as etapas que permeiam um histórico de autismo, desde o estranhamento e percepção de que há algo errado, as dúvidas até o diagnóstico fechado e posteriormente durante todo o tratamento, o contexto familiar de modo geral vai sofrendo vários impactos nas suas relações e até mesmo em sua estrutura.
Segundo Sprovieri (1995) a família é o primeiro grupo a que o indivíduo pertence e pode ser considerada uma unidade básica de desenvolvimento, experiências, realizações e, também, de fracassos. 
E no que se refere ao autismo, é essencial compreender a família como uma instituição social significativa, buscando perceber a interação e a dinâmica familiar, já que o transtorno traz consequências internas e externas, afetando os relacionamentos e os vínculos.
Um fator preponderante que apontam os estudos é que os pais ou cuidadores de um portador de autismo têm que lidar diariamente com situações geradoras de conflitos estressantes. Esta condição afeta todos os membros da família, causando estresse direta ou indiretamente.
Vários autores através de estudos ainda revelam a existência de estresse agudo em famílias que possuem um membro com diagnóstico de autismo, dentre eles podemos citar Cutler&Kozloff (1987); Factor, Perry, & Freeman(1990); Perry, Sarlo- McGarvey&Factor, (1992); Schopler&Mesibov (1984). (apud SCHMIDT e BOSA,2003)
Um estudo de Bristol e Schopler (1983, apud SCHMIDT e BOSA,2003), demonstra que famílias de crianças autistas apresentam níveis de estresse maiores do que famílias que possuem um filho com desenvolvimento típico ou até mesmo com síndrome de Down, ele sugere que este estresse tende a ser influenciado por características específicas do autismo e não simplesmente por uma deficiência no desenvolvimento.
E esse estresse familiar não se deve apenas à excessiva demanda de cuidados, mas também está relacionado à maneira como a família lida com as dificuldades oriundas desta situação.
No final da década de 1970, DeMyer (1979, apud SCHMIDT e BOSA,2003) publicou um trabalho sobre o estresse dos pais de crianças com autismo. Os resultados mostram a existência tensão física e psicológica em mães de crianças com autismo, culpa em 66% destas e incertezas quanto a habilidades maternais em 33%.
Ainda de acordo com os resultados, os pais também são afetados, porém de modo indireto, pois reagiram ao sofrimento de suas esposas. Desta forma, pensa-se em questionamentos a respeito das possíveis diferenças quanto ao estresse entre pais e mães de crianças com autismo.
(...)Creio que esse foi o período mais doloroso de nossa vida: ora Erik consolava meu pranto, ora era eu que tinha que consolá-lo; às vezes faltava força para ambos, e cada um procurava um canto para chorar escondido, tentando não preocupar ainda mais o outro. (AVELAR,2001)
Schmidt e Bosa (2007) dizem que a mãe é a principal cuidadora dos portadores de Autismo, por consequência ela é mais propensa a desenvolver altos níveis de estresse, que resultam em agravos na saúde física e psicológica delas.
Além disso, a falta de apoio conjugal, o excesso de cuidados com o filho, o isolamento social e a escassez de apoio social também são determinantes para levar essas mães a uma estafa física e emocional.
Ainda de acordo com Schimidt e Bosa (2003) as características clínicas da criança autista afetam as condições físicas e mentais, ou seja, exige-se a necessidade de cuidados permanentes, gerando uma dependência de seus pais e cuidadores interferindo assim na sua vida social.
Não raro é a mãe se tornar essa cuidadora em tempo integral, em geral por amor e pelo contato íntimo e diário que as fazem conhecer seus filhos melhor do qualquer outra pessoa, mas também por sentir que ninguém mais o fará com a devida excelência. Além também da responsabilização social que recai sobre a mulher quando se refere ao cuidado com os filhos de modo geral. 
E nesse cotidiano as mães vão aos poucos perdendo sua própria história e passam a viver a história do filho. (SOUZA,2011).
Outra questão importante que pode causar grande impacto e interferir profundamente no modo como a família vai lidar com o diagnóstico de um filho autista, por exemplo, é a maneira como recebem essa notícia.
Nesse sentido o profissional de saúde precisa compreender os processos psicológicos que estão ligados à forma como os pais vão reagir ao receber a notícia de que seu filho terá problemas no desenvolvimento, pois as primeiras reações em geral são a negação e a frustração, levando –os até mesmo a duvidar do diagnóstico. Por isso estes precisam ser orientados e informados adequadamente. 
Nesse sentido, é necessário que, além de obter informações diagnósticas claras, os pais sejam orientados quanto aos cuidados e procedimentos básicos em relação à criança e informados sobre as oportunidades educacionais, os recursos de assistência intelectual, emocional e financeira, bem como dos serviços de reabilitação disponíveis na comunidade para crianças com problemas semelhantes ao do seu filho (BUSCÁGLIA, 1997apud HOHER& WAGNER,2006 p.116).
Mas, o fato é que nessa longa jornada muitos pais se veem sozinhos diante de um problema com muitas dúvidas, incertezas e uma imensa sensação de incapacidade e na maioria das vezes são mal orientados a respeito de como enfrentar os desafios que terão com seu filho, isso gera desânimo e pessimismo que impactam psicologicamente e emocionalmente a família. 
2.1 A ACOMODAÇÃO FAMILIAR DIANTE DO AUTISMO.
Muitos fatores interferem na maneira como uma família vai lidar com os impactos gerados ao receber um diagnóstico de autismo, mas de fato a condição social e financeira das famílias têm um peso relevante. Em geral, as famílias de classe média baixa dependem do serviço público de saúde, o que de imediato causa preocupação. 
Atualmente muito já se conquistou em prol da inserção social e da garantia dos direitos das pessoas com deficiências, o Brasil conta hoje com associações e importantes projetos que auxiliam as famílias e os portadores do autismo.
Dentre essas importantes iniciativas de amparo duas se destacam, a Associação Amigos do Autista-AMA e a Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde.
2.1.1 Associação de Amigos do Autista 
 A AMA foi fundada em 1983 por um grupo de pais cujos filhos tinham sido diagnosticados com autismo.Com poucas informações sobre o assunto e com a falta de tratamento adequado na cidade, estado e até mesmo no país, estes viram a necessidade de se reunir para melhorar o futuro e o amparo a seus filhos.
Assim, fundaram a AMA – Associação de Amigos do Autista, uma instituição sem fins lucrativos e a primeira associação de autismo do país que já a partir do primeiro ano já mantinha uma escola.
A AMA dedica-se à pesquisa e aplicação dos métodos mais recentes de tratamento, com atendimento 100% gratuito, além dos convênios firmados com as Secretarias de Estado de Educação e da Saúde ainda são necessárias outras arrecadações de recursos.
A experiência da AMA, que é uma experiência de pais e de educadores de pessoas com autismo, constatou a importância de três caminhos a serem conscientemente buscados pelas famílias que se deparam com a questão do autismo em suas vidas:
CONHECER a questão do autismo
ADMITIR a questão do autismo
BUSCAR APOIO de um grupo de pessoas que também estejam envolvidas com a mesma questão e que procuram conviver com ela da melhor maneira possível. (MELLO,2007 p.4)
Neste sentido a AMA ajuda as famílias com informação, apoio e principalmente com auxílio no tratamento.
Diante desse quadro de incertezas, desinformação e até mesmo angústia que muitas famílias se encontram, algumas orientações podem fazer toda diferença para esse período de acomodação, de acordo com Mello (2007).
A informação é fundamental para aplacar as angústias advindas da dúvida, desta forma é essencial que as famílias busquem conhecer o autismo a partir de leituras, procurando profissionais e instituições que se dediquem ao autismo eainda tão importante quanto isso são as trocas de experiências, ou seja, conversar com outras famílias que passam por situações semelhantes.
Outro fator importante é compreender que como seres humanos é inevitável lidar com as frustrações sem qualquer tipo de sofrimento, portanto segundo Mello (2007) é necessário buscar uma fonte de apoio, seja ela um terapeuta, um amigo ou um qualquer outra forma para superar esse “luto”.
Enfim, para combater o stress da rotina constante de cuidados e desafios que vão encontrar é importante administrar o tempo e otimizar o tratamento escolhendo adequadamente as propostas terapêuticas e educacionais para melhorar e contribuir no desenvolvimento do seu filho.
2.1.2 Rede de Atenção Psicossocial do Sistema Único de Saúde.
O Sistema Único de Saúde – SUS, é responsável por atender às necessidades de saúde das pessoas de maneira integral, universal e igualitária.
A partir da Portaria MS/GM nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010(BRASIL, 2010), e do Decreto presidencial nº 7.508, de 28 de junho de 2011 (BRASIL, 2011), o SUS passou a ser estruturado por meio de Redes de Atenção à Saúde (RAS) cujo planejamento e organização se orientam pela lógica da regionalização, e todas as Regiões de Saúde deverão desenvolver ações de atenção psicossocial.
Essas redes organizam ações e serviços de saúde que se integram em sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, para desta forma garantir a integralidade do cuidado. E essa integração sistêmica, de ações e serviços de saúde propõe uma provisão de atenção contínua, integral, de qualidade, responsável e humanizada, e também incrementa o desempenho do sistema em termos de acesso, equidade, eficácia clínica e sanitária, além de eficiência econômica (BRASIL, 2010; 2011a).
Instituída no final de 2011 pela Portaria nº 3.088, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) integra o SUS e compartilha de seus princípios e suas diretrizes. A portaria define os componentes e pontos de atenção e como eles devem se disponibilizar na atenção às pessoas com TEA e suas famílias.
São princípios da RAPS:
Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das pessoas.
Promoção da equidade, isto é, da atenção aos que mais necessitam de cuidado, reconhecendo os determinantes sociais da saúde.
Combate a estigmas e preconceitos.
Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado integral e assistência multiprofissional sob a lógica interdisciplinar.
Atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas.
Diversificação das estratégias de cuidado.
Desenvolvimento de atividades no território que favoreçam a inclusão social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania.
Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com a participação e o controle social dos usuários e de seus familiares.
Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada, com o estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade do cuidado.
Promoção de estratégias de educação permanente.
Desenvolvimento da lógica do cuidado, tendo como eixo central a construção do projeto terapêutico singular. (BRASIL,2011, p.92)
Com o compromisso de ampliar significativamente o acesso e a qualidade da atenção direcionada às pessoas com transtornos do espectro do autismo e suas famílias, cada ponto de atenção da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) deve se responsabilizar em oferecer diversidade de possibilidades de acesso e diferentes modalidades de cuidado para compreender e responder às necessidades das pessoas com TEA em seus contextos de vida. 
 Desta forma, a RAPS convoca todos os pontos de atenção e os profissionais que no cotidiano dos serviços de saúde desenvolvam ações nos campos de puericultura, desenvolvimento neuropsicomotor, intervenção precoce, atenção psicossocial, reabilitação e atenção às situações de crise para a conformação de uma grande e potente rede de saberes e ações, com vistas a responder à complexidade das demandas das pessoas com TEA e suas famílias, as quais, historicamente, sem encontrar respostas nas políticas públicas, têm assumido solitariamente este desafio.
A ampliação e diversificação das ofertas devem, além de apostar na construção de autonomia das pessoas com TEA, apoiar sua família para a promoção de sua própria saúde, com investimentos na ampliação e na sustentação de sua participação nos espaços sociais e coletivos.
No diagrama abaixo é possível verificar um esquema com os componentes da RAPS que são, Atenção Básica; Atenção Especializada em Reabilitação (física, auditiva, intelectual, visual, de múltiplas deficiências e de ostomia); Atenção Hospitalar e de Urgência e Emergência e os chamados pontos de atenção, bem como suas articulações no que se refere ao atendimento da RAPS.
A articulação de todos esses componentes são essenciais para atender às necessidades das pessoas e das famílias, criando assim subsídios para que o indivíduo com TEA consiga se desenvolver integralmente e para que as famílias sintam-se apoiadas e acolhidas.
Ainda neste contexto o Ministério da Saúde disponibiliza em sua página da internet um manual técnico intitulado Linha de cuidado para a atenção integral às pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo e suas famílias no Sistema Único de Saúde.
Em relação ao objetivo da publicação do manual, temos que:
Este documento dirige-se a gestores e profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), com vistas à ampliação do acesso e à qualificação da atenção às pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo e suas famílias no território nacional, nas diferentes Redes de Atenção à Saúde. (BRASIL, 2015, p. 07)
Assim é possível perceber um esforço no sentido de incluir o paciente com autismo no Sistema Único de Saúde, na tentativa de garantir-lhe atendimento e prover assistência aos familiares, especialmente no que diz respeito à informação sobre o transtorno.
3 AUTISMO NA ESCOLA: INCLUSÃO
O ensino é o principal objetivo do trabalho com crianças autistas e a escola é um espaço fundamental no processo de desenvolvimento de qualquer indivíduo, o objetivo máximo, é auxiliar no desenvolvimento da aprendizagem de todo ser humano independente de suas limitações, por isso a escola é também necessária para o desenvolvimento do autista.
Para:	
A escola deve ser um local onde qualquer aluno consiga desenvolver seu potencial e superar seus limites. Através do psicopedagogo a eliminação de barreiras e a criação de estratégias que muitas vezes são simples e fazem parte da estratégia de ensino utilizado pelo professor irá possibilitar que o currículo escolar atenda a todos os alunos. (BONORA 2010, p. 27)
A educação inclusiva tem como objetivo garantir uma proposta possível para tornar a educação acessível à todas as pessoas, ou seja, refere-se à aceitação da escola e à participação de todos, embora tenha, como prioridade, a inclusão de pessoas portadoras de necessidades especiais no contexto social.
Nesse ambiente escolar, o psicopedagogo institucional pode auxiliar tanto na adaptação do autista em sua interação com este meio social, quanto na adaptação dos outros alunos com o autista, pois esta reciprocidade vai ser fundamental para uma interação completa e para a harmonia no ambiente escolar. 
Incluir a criança com autismo vai além de colocá-la em uma escola regular, em uma sala regular; é preciso proporcionar a essa criança aprendizagens significativas, investindo em suas potencialidades, constituindo, assim, o sujeito como um ser que aprende, pensa, sente, participa de um grupo social e se desenvolve com ele e a partir dele, com toda sua singularidade. (CHIOTE 2013, p. 21)
O espaço escolar deve ser pensado de maneira flexível, a fim de atender cada educando de forma particularizada (PACHECO, 2007). Nessa perspectiva, entendemos a educação inclusiva como um processo que inclui todas as pessoas, tendo por base a partilha de responsabilidades por todos os agentes da comunidade escolar, e não uma luta de reivindicações travada por alguns profissionais. 
Não éapenas o professor que transformará a escola em inclusiva, mas sim a união entre coordenadores, professores, demais funcionários e família (PIRES, 2006).
A comunidade escolar precisa conhecer e compreender as peculiaridades de cada educando para atuar com segurança, acredita Cunha (2008, p.8 5), para quem é imprescindível que o professor invista “[...] tempo no conhecimento desse aluno através do cotidiano escolar para que se possa estabelecer as estratégias pedagógicas e reconhecer as possibilidades de aprendizado”. Dessa forma, quanto maior o nível de entendimento do profissional da educação, melhor será o tipo de intervenção direcionado aos educandos com deficiência. 
De acordo com Nunes (2012, p. 289), os professores ainda possuem “[...] concepções caricaturizadas sobre a síndrome do autismo”, prejudicando o processo de inclusão escolar do indivíduo com TEA, quadro que perpetua a exclusão.
Neste contexto o psicopedagogo, deve se encarregar de conciliar as inesperadas situações que podem surgir como interferência no processo de ensino-aprendizagem. (Carvalho e Cuzin, 2008).
Outra contribuição importante do psicopedagogo nesses casos, em que as pessoas com TEA têm dificuldades em compreender a linguagem figurativa, metafórica e ambígua, é ajudar a estabelecer uma comunicação mais direta e clara possível, a fim de evitar maiores problemas, e assim também orientar todos a agir da mesma forma.
Alguns avanços relacionados aos portadores do TEA só são possíveis quando se consegue penetrar em seu mundo sem estigmas preestabelecidos, sensibilizando o olhar para se tornar apto a captar as atitudes e as ações demonstradas pela pessoa com autismo. 
Muitos gestos simples realizados pelo autista podem ser considerados uma “bobeira” para as outras pessoas, mas esses são gestos que demonstram sentimentos, na maioria das vezes implícitos e quase sempre não são compreendidos. 
A criança com autismo “às vezes, [...] pode expressar a sua gratidão oferecendo uma pedrinha, e manifestar seu amor com um pequeno toque na sua mão. E tenha a certeza de que isso é muito para eles” (SILVA et al, 2012, p.92).
Entender o autismo é ir além do que olhos podem ver, é trilhar um caminho sem placas de direcionamento, e que apesar das dúvidas, cada caminho trilhado, é um conhecimento construído, e os obstáculos que aparecerem no caminhar vão conduzindo a novos saberes. Ressaltamos que pais, profissionais da saúde e da educação devem estar em constante colaboração, buscando em conjunto, novos progressos. 
Quando são reconhecidas as necessidades, fica mais acessível a busca por melhores metodologias e formas para desenvolver um trabalho direcionado a singularidade do autista. É preciso estar dispostos a lutar todos os dias mesmo que tudo o que for ensinado não seja aprendido.
O psicopedagogo deve ter consciência de seu papel e responsabilidade profissional e social e acima de tudo deve respeitar, prezar e zelar por cada vida que for colocada sob seus cuidados, lembrando sempre que cada ser é único e que cada um possui singularidades que precisam ser respeitadas e que são estas diferenças que dão significado à vida. 
O envolvimento entre pais, professores e escola como parceiros frente à educação das crianças é fundamental para garantir a adaptação e aprendizagem dos estudantes. O que separa as funções de cada um desses sistemas – parental e escolar - são questões acerca do que compete e do que é semelhante a cada um deles.
Segundo a cartilha Saberes e Práticas para a inclusão, elaborada pelo Ministério da Educação, “o primeiro passo para a inclusão desse aluno consiste na aplicação pelo professor especializado, do PEP-R (ou Perfil Psicoeducacional Revisado) desenvolvido pelo Centro TEACCH.” (MEC,2003, p.25) 
No PEP-R, O aluno é avaliado em sete áreas de desenvolvimento, “imitação, performance cognitiva, cognitiva verbal, coordenação olho-mão, coordenação motora grossa, coordenação motora fina e percepção.” (MEC,2003, p.25) que testam o coeficiente de desenvolvimento nas crianças com autismo e o resultado aponta a correspondência entre a idade cronológica e o nível de desenvolvimento do aluno. 
3.1 GARANTIAS LEGAIS DA INCLUSÃO
No Brasil a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, garante o ensino direcionado às pessoas com necessidades especiais.
Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização, específicos para atender às suas necessidades; terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências [...], professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins [...] acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular (BRASIL, 1996, p. 19-20).
Assim políticas públicas vem sendo elaboradas ao longo do tempo para criar oportunidades para que os alunos com autismo possam se desenvolver no contexto escolar e também social que escola representa.
Quanto à política inclusiva Oliveira dispõe,
[...] a política inclusiva objetiva oportunizar a educação democrática para todos, considerando ser o acesso ao ensino público de qualidade e o exercício da cidadania um direito de todos; viabilizar a prática escolar da convivência com a diversidade e diferenças culturais e individuais, e incluir o educando com necessidades educacionais especiais no ensino regular (OLIVEIRA 2009, p. 32)
Para Sassaki, educação inclusiva significa:
Provisão de oportunidades equitativas a todos os estudantes, incluindo aqueles com deficiências severas, para que eles recebam serviços educacionais eficazes, com os necessários serviços suplementares de auxílios e apoios, em classes adequadas à idade em escolas da vizinhança, a fim de prepará-los para uma vida produtiva como membros plenos da sociedade. (SASSAKI 1997, p.3),
Dentre essas ações legais a Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) nos leva a pensar nas possibilidades da inclusão e na importância da Educação Especial não apenas como um atendimento educacional especializado, mas como parte do ensino como um todo.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva tem como objetivo assegurar a inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, orientando os sistemas de ensino para garantir: acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade nos níveis mais elevados do ensino; transversalidade da modalidade de educação especial desde a educação infantil até a educação superior; oferta do atendimento educacional especializado; formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão; participação da família e da comunidade. (BRASIL, 2008, p.15).
Além de destacar quem são os seus sujeitos, define seu público alvo, entre eles os alunos no TEA, caracterizando-os como
[...] aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicose infantil. (BRASIL, 2008). 
As Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica (RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, DE 11 DE SETEMBRO DE 2001), estabelecem as, normas e diretrizes para o desenvolvimento da oferta de ensino regular e atendimento especializado aos portadores de necessidades educacionais especializadas.
Quanto ao alunos com TEA a Política Nacional da EducaçãoEspecial na Perspectiva da Educação Inclusiva dispõe que [...] devem estar incluídos na rede regular de ensino, recebendo Atendimento Educacional Especializado (AEE) no contraturno” (NUNES et al, 2013, p. 557).
O AEE, deve ter um professor com formação específica na educação especial, inicial ou continuada. 
Algumas de suas atribuições são:
 a. Identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos público-alvo da educação especial;
b. Elaborar e executar plano de atendimento educacional especializado, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade
[...]
f. Orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e de acessibilidade utilizados pelo aluno;
h. Estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum, visando a disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares. 
i. Promover atividades e espaços de participação da família e a interface com os serviços setoriais da saúde, da assistência social, entre outros. (BRASIL, 2008, p.4)
A Resolução CNE/CEB nº 04/2009, dispõe sobre o AEE em seu art. 5º:
O AEE é realizado, prioritariamente, nas salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em outra de ensino regular, no turno inverso da escolarização, não sendo substitutivo às classes comuns, podendo ser realizado, também, em centro de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgãos equivalentes dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios (BRASIL, 2009, p. 2).
Nesse sentido, o aluno com autismo deve realizar atividades diferentes das que realiza na sala regular, que devem levar em consideração as necessidades específicas de cada um. O AEE deve ser pautado por um planejamento que contribua para a participação do aluno em vários contextos, viabilizando a socialização com os demais.
CONCLUSÃO
O apoio da família vai exercer o papel crucial no desenvolvimento da criança autista e que a mesma nunca está preparada para lidar com o fato de ter uma criança com problemas, porém o fato é que não se pode mudar a realidade e o caminho para enfrentar os impactos psicológicos, e desse diagnóstico é inevitavelmente a aceitação. Passando assim a se inteirar mais sobre o transtorno que afeta vida da criança, procurando compreender a respeito de tudo para proporcionar um bom tratamento, saber lidar com as dificuldades e também promover uma boa qualidade de vida para seu filho e até mesmo para si.
A escola é um espaço importante de sociabilidade, por isso a inclusão educacional representa uma fatia essencial de um conceito maior sobre a inclusão social. Neste contexto é muito importante a parceria entre familiares e escola, pois os pais são portadores de informações preciosas que podem colaborar com o planejamento das intervenções educacionais das crianças autistas e juntos assim contribuírem para o desenvolvimento do autista.
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