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MICROECONOMIA_GL202_OFERTA_E_DEMANDA

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Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
Cidade Universitária de Limeira 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 0 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MICROECONOMIA 
 
GL202 
 
 
 
OFERTA E DEMANDA 
 
 
 
APOSTILA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carlos R. Etulain 
 
 
 
 
 
 
 
 
FCA - 2019 
 
 
 
 
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
Cidade Universitária de Limeira 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 1 
 
 
 
 
 
 
Conteúdo 
1. Análise microeconômica................................................................................. 2 
1.1. Teoria da demanda ...................................................................................... 2 
1.1.2. Relação entre quantidade procurada e preço do bem ................................. 5 
1.1.3. Relação entre quantidade procurada e a renda .......................................... 5 
1.1.4. Relação entre quantidade procurada e os preços de outros bens .................. 6 
1.1.5. Relação entre quantidade procurada e a expectativa quanto ao preço futuro 
do bem ......................................................................................................... 6 
1.1.6. Relação entre quantidade procurada e os gostos e preferências .................. 6 
1.2. Teoria da oferta ........................................................................................... 6 
1.2.1. Relação entre quantidade ofertada e preço do bem .................................... 8 
1.2.2. Relação entre quantidade ofertada e o preço dos recursos da produção ....... 9 
1.2.3. Relação entre quantidade ofertada e as expectativas dos empresários ........ 10 
1.2.4. Relação entre quantidade ofertada e a tecnologia .................................... 10 
1.3. Produção e custos ...................................................................................... 10 
2. Mercado ....................................................................................................... 11 
3. Estruturas de mercado ................................................................................. 12 
Grau de Concentração ..................................................................................... 13 
4. Referências bibliográficas ............................................................................ 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
Cidade Universitária de Limeira 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 2 
 
 
1. ANÁLISE MICROECONÔMICA 
 
 
Quando se considera o comportamento dos agentes econômicos, do ponto de vista da 
microeconomia, estudam-se os compradores e os vendedores interagindo em um 
mercado. Por tanto, é necessário incorporar os conceitos da teoria da demanda e da 
oferta, assim como ferramentas que permitem identificar a forma como surge o preço e 
o custo de um bem ou serviço. 
 
Estes instrumentos da microeconomia são ferramentas de grande utilidade na hora da 
tomada de decisões, pois em um mundo de negócios globalizados, com conexões 
rápidas e informações instantâneas, as organizações devem enfrentar estrategicamente a 
avalanche de problemas que acontecem nestes ambientes competitivos. 
 
Em todo mercado se apresentam as disputas pela venda e ampliação da fatia de mercado 
que cada empresa consegue captar, neste sentido, a publicidade e o marketing das 
empresas se tornou uma ferramenta poderosa para melhorar a inserção da empresa e 
para acompanhar o crescimento das firmas no mercado. Lançar uma marca, escolher um 
produto, definir sua imagem e qualidade, exige pensar na publicidade, na 
implementação de estratégias para tornar esse produto conhecido, para que os 
vendedores falem dele, para que os distribuidores aceitem e divulguem favoravelmente 
o mesmo. Todavia, antes da estratégia comercial, as empresas precisam definir sua 
estratégia produtiva que envolve a escolha de um padrão técnico, o uso de recursos, a 
escala de produção e os custos de produção, dentre outros problemas. É necessário que 
o produto ofereça certas condições competitivas e que estas se tornem evidentes no 
mercado diante dos demais produtos concorrentes, portanto, as organizações combinam 
e analisam informações para definir sua posição no mercado e sua projeção futura nas 
vendas e no lucro. 
 
O conhecimento que é ponto de partida obrigatório para a elaboração e análise 
econômica das estratégias das firmas está associado à identificação da demanda e dos 
consumidores e às condições técnicas e financeiras dos ofertantes (vendedores e 
produtores) em cada mercado. 
 
Como as empresas são o agente econômico que toma decisões em ambientes de 
mercado, a microeconomia, com as suas ferramentas, metodologias e conceitos, 
contribui para melhor explicar como são fixados os preços, qual o nível de produção, 
que produto será produzido e vendido, dentro outras questões problemáticas. 
 
1.1. Teoria da demanda 
 
 
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
Cidade Universitária de Limeira 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 3 
A teoria da demanda visa identificar os vários fatores que afetam a decisão de compra 
do consumidor. Tradicionalmente se pensa que a demanda ou demandas de cada 
empresa são reconhecíveis através da organização de algumas informações básicas. Isto 
é fundamental para entender a formação das expectativas dos empresários sobre o 
mercado, pois a receita que as firmas conseguem auferir no mercado depende 
diretamente das decisões de compra dos consumidores, ou seja, a receita das empresas 
depende da demanda que está situada fora da empresa e que pertence ao mundo do 
mercado. Porem, embora a teoria tradicional considere que estes aspectos vinculados ao 
estudo da demanda possam ser diretamente auferidos da realidade, a verdade é que 
mesmo que tivéssemos total domínio das condições para obter informação, isto nunca 
seria completamente plausível nem permanente, pois as informações econômicas alem 
de complicadas e custosas, são essencialmente incertas, pudendo variar com o tempo 
diante de eventos imprevisíveis que acontecem no cenário econômico e social. 
 
A demanda define-se na expressão tradicional como a quantidade de um bem ou serviço 
que os consumidores estão dispostos a comprar em determinados períodos de tempo. O 
problema está em que tanto as intenções dos compradores como os preços futuros não 
podem ser previstos com total regularidade e precisão. Mesmo assim, em teoria, os 
fatores que mais influenciam a decisão de compra dos consumidores (demanda) podem 
ser mapeados e são, primeiramente, o preço do bem ou serviço, e depois, os preços de 
outros produtos, a expectativa quanto ao preço futuro, os gostos pelo produto e a renda 
do consumidor. 
 
A teoria da demanda visa identificar os vários fatores que afetam a decisão de compra 
do consumidor. Isto é fundamental para entender a formação das expectativas dos 
empresários respeito do mercado, pois a receita que as firmas conseguem auferir no 
mercado depende diretamente das decisões de compra dos consumidores, ou seja, a 
receita das empresas depende da demanda. A demanda define-se como a quantidade de 
um bem ou serviço que os consumidores estão dispostos a comprar em determinados 
períodos de tempo. Os fatores que mais influenciam a decisão de compra dos 
consumidores são, primeiramente, o preço do bem ou serviço, e depois, os preços de 
outros produtos, a expectativa quanto ao preço futuro e os gostos e a renda. 
 
Determinantes da Demanda: são cinco as variáveis que determinam a demanda: 
 
 (1) o preço do bem; 
(2) o preço dos outros bens; 
(3) a renda; 
(4) expectativa quanto ao preço futuro;(5) os gostos e preferências dos consumidores. 
 
Uma vez definida a demanda como a quantidade que está sujeita à influenica das 
variáveis acima mencionadas, a teoria microeconômica, formula a chamada “lei da 
demanda”, a partir da qual relaciona os efeitos do preço sobre a quantidade demandada 
pelos consumidores. 
 
 
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
Cidade Universitária de Limeira 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 4 
Lei da Demanda: os consumidores se vêm motivados a aumentar as suas comprar toda 
vez que o preço de um bem seja acessível, por isso, a lei da demanda diz que quanto 
maior o preço, menor a demanda de um bem ou serviço. (Slides I). 
 
Outro elemento utilizado no estudo tanto da demanda quanto da oferta é a “elasticidade” 
que expressa a magnitude da influencia das variáveis ou determinantes sobre a 
quantidade demandada e ofertada. 
 
Elasticidade da demanda é a sensibilidade ou reação da demanda de um bem ou 
serviço às alterações de um dos fatores que a influenciam. A mais relevante é a análise 
da elasticidade-preço da demanda que mostra a sensibilidade dos compradores para 
comprar mais ou menos quando se altera o preço de um bem ou serviço. (Slides I). 
 
Para simplificar a análise utilizamos o conceito de função da matemática que mapeia a 
relação entre variáveis independentes (fatores que condicionam a decisão de consumir) 
e a quantidade consumida (demanda). 
 
Função demanda: 
 
 Qnd = f (pn, p1,…, pn-1,Y, e, g) 
 
 sendo: Qn
d: quantidade procurada; 
 pn: preço do bem; 
 p1 ... pn-1: preço dos outros bens; 
 Y: renda; 
 e: expectativa quanto ao preço futuro (e); 
 g: os gostos e preferências dos consumidores (g). 
 
 
A análise microeconômica utiliza, neste ponto, a hipótese de que “tudo o mais 
permanece constante”, em latim, coeteris paribus. Adotando-se esta hipótese, torna-se 
possível o estudo de determinado mercado ou situação, uma vez que significa selecionar 
apenas uma das variáveis para observar a sua interferência num determinado processo 
econômico. Por exemplo, na análise da demanda, na qual influenciam as cinco variáveis 
determinantes, pode se supor que apenas uma delas (por ex., o preço do bem) se altera e, 
com isto, estudam-se os efeitos sobre a quantidade demandada. 
 
Tabela da demanda: apresenta a relação entre o preço de um bem e a quantidade que 
os consumidores estão dispostos a comprar, mantendo as demais varáveis sob a hipótese 
de coeteris paribus. Temos assim o efeito puro e isolado da variável escolhida para a 
análise. 
 
Pn Q d 
R$ 0,75 3 
R$ 0,50 4 
R$ 0,25 6 
R$ 0 8 
 
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
Cidade Universitária de Limeira 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 5 
 
 
1.1.2. Relação entre quantidade procurada e preço do bem 
 
Existe uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço 
do bem, coeteris paribus. É a chamada lei geral da demanda. Essa relação pode ser 
representada pela tabela e pelo gráfico acima. 
 
Os economistas supõem que a curva de demanda revela as preferências dos 
consumidores. Sob a hipótese de que estão maximizando sua satisfação. A inclinação 
negativa da curva de demanda reflete o fato de que a quantidade procurada de 
determinado produto varia inversamente com relação ao seu preço. 
 
Matematicamente, a relação entre quantidade demandada e preço do bem representada 
pela função de demanda, caeteris paribus as demais variáveis, se expressa como 
indicado a seguir: 
 
Qnd = f (pn) 
A expressão significa que a quantidade demandada do bem n (Qnd ) é função (f) do 
preço (pn), isto é, depende do preço (pn). 
 
A curva de demanda é negativamente inclinada devido ao efeito conjunto de três 
fatores: o efeito renda e o efeito substituição e a lei da utilidade marginal decrescente. 
Se o preço de um bem aumenta, a queda da quantidade demandada será provocada por 
esses três efeitos somados. 
 
 Efeito Renda: quando aumenta o preço de um bem A, tudo o mais constante, o 
consumidor perde poder aquisitivo. E a demanda por esse produto A diminui. Embora o 
seu salário monetário não tenha se alterado, o seu salário real sofreu uma perda. 
 
 Efeito Substituição: se um bem A possui um substituto B, ou seja, outro bem 
similar que tenha a mesma utilidade, quando o preço do bem A aumenta, coeteris 
paribus, o consumidor passa a adquirir o bem substituto (B), reduzindo assim a 
demanda de A. 
 
 Lei da Utilidade Marginal Decrescente: Aquilo que pagamos no mercado por 
um produto é o equivalente ao que realmente nos satisfaz. Ao se aumentar a quantidade 
consumida, o montante de satisfação (utilidade) total aumenta, porem o incremento de 
satisfação proporcionado pelo consumo de cada unidade adicional do mesmo bem é 
decrescente. Portanto, ao se aumentar a quantidade consumida de um bem, o montante 
que se está disposto a pagar por cada unidade adicional dele também decresce. 
 
A demanda efetivamente não é influenciada apenas pelo preço , como vimos acima, 
existem cinco varáveis determinantes. Mediante a hipótese de coeteris paribus é que 
selecionamos os efeitos de cada uma delas. A seguir se destaca a influencia de cada uma 
das variáveis sobre a demanda. 
 
 
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 6 
1.1.3. Relação entre quantidade procurada e a renda 
 
Se a renda do consumidor aumenta e a demanda do produto também, temos um bem 
normal. 
 
Se a renda do consumidor aumenta e a demanda do produto cai, temos um bem 
inferior. 
 
Se a renda do consumidor aumenta e a demanda do produto não sofre alteração, temos 
um bem de consumo saciado. 
 
1.1.4. Relação entre quantidade procurada e os preços de outros bens 
 
Quando há uma relação direta entre o preço de um bem e a quantidade demandada de 
outro, eles são chamados de bens substitutos. 
 
Quando há uma relação inversa entre o preço de um bem e a quantidade demandada de 
outro, eles são chamados de bens complementares. 
 
1.1.5. Relação entre quantidade procurada e a expectativa quanto ao preço futuro 
do bem 
 
As expectativas dos consumidores quanto ao preço ou variações de preço de um bem 
fazem com que eles antecipem ou adiem as suas compras alterando assim a quantidade 
demandada do bem. 
 
1.1.6. Relação entre quantidade procurada e os gostos e preferências 
 
A demanda de um bem sofre também a influencia dos hábitos e preferências dos 
consumidores. Os gastos em publicidade e propaganda objetivam justamente aumentar a 
procura dos bens influenciando o gosto dos consumidores. 
 
1.2. Teoria da oferta 
 
 
Oferta de um bem é a quantidade de um bem que as empresas desejam disponibilizar 
em cada período de tempo. Esta definição mostra que a quantidade oferta também é 
resultado de um desejo, o da busca do lucro por parte das empresas e a quantidade 
ofertada é um fluxo, o que obriga a referir um período de tempo. 
 
A oferta de todo bem ou serviço depende de variáveis que influenciam a decisão dos 
empresários de produzir e ofertar mais ou menos quantidade de um bem ou serviço. 
 
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
Cidade Universitária de Limeira 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 7 
 
Determinantes da oferta: são quatro as variáveis que determinam a oferta: 
 
Qno = f (pn, f1,…, fn, e, t) 
 
 (1) o preço do bem; 
(2) o preço dos fatores da produção; 
(3) expectativa dos empresários; 
(4) tecnologia. 
 
Lei da Oferta: diferentemente da função demanda, a função oferta mostrauma 
correlação direta entre quantidade ofertada e nível de preços. É a chamada lei geral da 
oferta que diz que quanto maior o preço de um bem, maior será a quantidade ofertada. 
(Slides II). 
 
A relação direta entre quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem se deve ao 
fato de que um aumento do preço de mercado estimula as empresas a elevar a produção; 
novas empresas serão atraídas, aumentando a quantidade ofertada do produto. Além do 
preço do bem, a oferta de um bem ou serviço é afetada pelos preços dos recursos da 
produção (que equivale aos custos de produção da empresa), pelas expectativas dos 
empresários quanto ao futuro do mercado e pelas alterações tecnológicas que 
possibilitam aumentos da produção em menor tempo ou com menor gasto de recursos 
produtivos. 
 
Os economistas supõem que a curva de oferta revela as decisões dos empresários. Sob a 
hipótese se supõe que as empresas produzem e vendem bens e serviços visando a 
maximização do lucro. A inclinação positiva da curva de oferta reflete o fato de que a 
quantidade ofertada de determinado produto varia direta e positivamente com relação ao 
seu preço. 
 
Função oferta: 
 Qno = f (pn, f1,…, fn-1,E,t) 
 
 sendo: Qn
o: quantidade procurada; 
 pn: preço do bem; 
 f1 ... fn-1: preço dos fatores da produção; 
 E: expectativas dos empresários; 
 t: tecnologia. 
 
Novamente, utilizamos a hipótese de coeteris paribus, para a análise do impacto de 
cada varável sobre a quantidade ofertada. 
 
 Tabela da oferta: apresenta a relação entre o preço de um bem e a quantidade 
que as empresas produtoras estão dispostas a vender, mantendo as demais varáveis sob 
a hipótese de coeteris paribus. Temos assim o efeito puro e isolado da variável 
escolhida para a análise. 
Pn Q o 
R$ 0,75 10 
 
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
Cidade Universitária de Limeira 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 8 
R$ 0,50 8 
R$ 0,25 6 
R$ 0 0 
 
 Gráfico da oferta: a relação entre o preço do bem e a quantidade demanda pode 
ser representada graficamente em um sistema de eixos. 
 
A curva da oferta mostra a quantidade oferecida a vários preços 
mantendo-se constantes os demais determinantes da oferta.
P
re
ço
Quantidade
Oferta
Como um preço maior aumenta 
a quantidade oferecida, a curva 
da oferta se inclina para cima.
Oferta
 
 
1.2.1. Relação entre quantidade ofertada e preço do bem 
 
Diferentemente da função demanda, a função oferta mostra uma correlação direta 
entre quantidade ofertada e nível de preços, coeteris paribus. É a chamada lei geral 
da oferta, quanto maior o preço de um bem, maior será a quantidade ofertada. 
 
A relação direta entre quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem deve-se 
ao fato de que um aumento do preço de mercado estimula as empresas a elevar a 
produção; novas empresas serão atraídas, aumentando a quantidade ofertada do 
produto. Além do preço do bem, a oferta de um bem ou serviço é afetada pelos 
preços dos recursos da produção (que equivale aos custos de produção da empresa), 
pelas expectativas dos empresários quanto ao futuro do mercado e pelas alterações 
tecnológicas que possibilitam aumentos da produção em menor tempo ou com 
menor gasto de recursos produtivos. 
 
Os economistas supõem que a curva de oferta revela as decisões dos empresários. 
Sob a hipótese se supõe que as empresas produzem e vendem bens e serviços 
visando a maximização do lucro. A inclinação positiva da curva de oferta reflete o 
fato de que a quantidade ofertada de determinado produto varia direta e 
positivamente com relação ao seu preço. 
 
Matematicamente, a relação entre quantidade ofertada e preço do bem representada 
pela função de oferta, caeteris paribus as demais variáveis, se expressa como 
indicado a seguir: 
 
Qno = f (pn) 
 
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
Cidade Universitária de Limeira 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 9 
A expressão significa que a quantidade ofertada do bem n (Qno ) é função (f) do 
preço (pn), isto é, depende do preço (pn). 
 
A curva de oferta é positivamente inclinada devido a que preços mais altos 
incentivam o ganho das empresas. Se o preço de um bem aumenta, o aumento da 
quantidade ofertada será provocada por esse estímulo para a maximização do lucro. 
 
A oferta efetivamente não é influenciada apenas pelo preço, como vimos acima, 
existem quatro varáveis determinantes. Mediante a hipótese de coeteris paribus é 
que selecionamos os efeitos de cada uma delas. A seguir se destaca a influencia de 
cada uma das variáveis sobre a oferta. 
 
1.2.2. Relação entre quantidade ofertada e o preço dos recursos da produção 
 
Para o estudo da relação entre a oferta de um bem e os recursos que são utilizados 
para a sua produção se utilizam a teoria da produção e a teoria dos custos, duas 
importantes teorias para a análise da oferta, pois conhecer os gastos em recursos da 
produção e os volumes de produção de uma empresa é fundamental para 
entendermos o funcionamento da oferta. 
 
A teoria da produção preocupa-se com a relação técnica entre quantidades físicas de 
produtos e quantidades de recursos utilizados. A teoria dos custos transforma estas 
relações técnicas da teoria de produção em valores monetários, indicando as 
despesas de produção da empresa, por tanto, trata-se de um estudo dos custos da 
empresa. 
 
Produção: é o processo de transformação de recursos produtivos adquiridos pela 
empresa em produtos para a venda no mercado. Neste processo, diferentes insumos 
ou recursos ou fatores são combinados, de forma a obter o bem ou serviço final. Um 
método de produção é tecnicamente eficiente quando utiliza a menor quantidade 
possível de insumos. A eficiência econômica está associada ao método de produção 
mais barato. 
 
O empresário, ao decidir o quê, como e quanto produzir, varia a quantidade utilizada 
de insumos, para com isso alterar a quantidade produzida e ofertada do seu produto. 
Nessa composição dos recursos, se destacam os chamados fatores fixos e fatores 
variáveis. 
 
Fatores fixos: aqueles cuja quantidade não muda quando se aumenta ou diminui o 
voluma de produto total. Por ex., terra, prédio, instalações, setor administrativo e 
financeiro. 
 
Fatores variáveis: aqueles cujas quantidades utilizadas variam quando se altera o 
volume de produção total. Por ex., mão-de-obra, matéria-prima, energia. 
 
Como o objetivo máximo de toda empresa é obter o máximo lucro possível, elas 
procurarão sempre obter o máximo de Receita Total (produto da venda dos bens e 
 
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
Cidade Universitária de Limeira 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 10 
serviços no mercado) e o mínimo gasto em insumos ou fatores de produção(custos 
de produção). 
 
O custo total de produção é o total de despesas realizadas pela empresa com a 
combinação de fatores fixos (custos fixos) e fatores variáveis (custos variáveis). 
 
1.2.3. Relação entre quantidade ofertada e as expectativas dos empresários 
 
Quanto mais otimistas os empresários se encontrem em relação a sua apreciação do 
futuro, melhores previsões de produção e vendas serão elaboradas fazendo com que 
aumentem as contratações de recursos produtivos e aumente a quantidade ofertada 
de bens ou serviços. 
 
1.2.4. Relação entre quantidade ofertada e a tecnologia 
 
A inovação tecnológica permite obter melhores níveis de produção com menores 
gastos de recursos produtivos, sendo assim, as mudanças técnicas têm efeito 
positivo sobre a quantidade ofertada.1.3. Produção e custos 
 
Para o estudo da relação entre a oferta de um bem e os recursos que são utilizados para a 
sua produção, se utilizam a teoria da produção e a teoria dos custos, duas importantes 
teorias para a análise da oferta, pois conhecer os gastos em fatores da produção e os 
volumes de produção de uma empresa é fundamental para entendermos o 
funcionamento das decisões empresariais. 
 
A teoria da produção preocupa-se com a relação técnica entre quantidades físicas de 
produtos e quantidades de fatores utilizados. A teoria dos custos transforma estas 
relações técnicas de produção em valores monetários, indicando as despesas de 
produção da empresa, por tanto, trata-se de um estudo dos custos da empresa. (Slides 
II). 
 
Produção: é o processo de transformação de recursos produtivos adquiridos pela 
empresa em produtos para a venda no mercado. Neste processo, diferentes insumos ou 
recursos ou fatores são combinados, de forma a obter o bem ou serviço final. Um 
método de produção é tecnicamente eficiente quando utiliza a menor quantidade 
possível de insumos. A eficiência econômica está associada ao método de produção 
mais barato. 
 
O empresário, ao decidir o quê, como e quanto produzir, modifica a quantidade utilizada 
de fatores da produção, para com isso alterar a quantidade produzida e ofertada do seu 
 
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
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 11 
produto. 
 
Nessa composição dos fatores, se destacam os chamados fatores fixos e fatores 
variáveis. (Slides II). 
 
Fatores fixos: aqueles cuja quantidade não muda quando se aumenta ou diminui o 
voluma de produto total. Por ex., terra, prédio, instalações, setor administrativo e 
financeiro. 
 
Fatores variáveis: aqueles cujas quantidades utilizadas variam quando se altera o 
volume de produção total. Por ex., mão-de-obra, matéria-prima, energia. 
 
Como o objetivo máximo de toda empresa é obter o máximo lucro possível, elas 
procurarão sempre obter o máximo de Receita Total (produto da venda dos bens e 
serviços no mercado) e o mínimo gasto em insumos ou fatores de produção (custos de 
produção). 
 
A análise microeconômica utiliza-se ainda do conceito de Receita Marginal que consiste 
na variação da Receita Total quando se aumentam as vendas em uma unidade. Noutros 
termos, a Receita Marginal é o incremento que resulta na Receita Total quando se vende 
uma unidade adicional de produto. 
 
O custo total de produção é o total de despesas realizadas pela empresa com a 
combinação de fatores fixos (custos fixos) e fatores variáveis (custos variáveis). 
 
Existem vários conceitos de custos. A visão contábil de custos difere da visão 
econômica em dois aspectos principais. Em primeiro lugar, a contabilidade divide os 
custos totais em diretos e indiretos, segundo sua proximidade com o processo produtivo. 
Já a análise econômica divide os custos em fixos e variáveis e ainda incorpora o 
conceito de custo de oportunidade, representado pelas opções que ficaram de fora toda 
vez que se escolhe uma aplicação produtiva para os recursos. 
 
Outra classificação dos custos é a que define custos recuperáveis, aqueles que podem 
ser recuperados mediante venda no mercado secundário e custos irrecuperáveis, aqueles 
que não têm possibilidades de revenda, como é o caso dos gastos em propaganda. 
 
Outro conceito importante é o de Custo Marginal, que consiste no incremento do Custo 
Total quando se aumenta a produção em uma unidade. Utilizando-se dos conceitos de 
Receita Marginal e Custo Marginal, a microeconomia oferece uma metodologia para 
identificar o ponto de maior eficiência (por tanto, de maior lucro ou de menor prejuízo) 
de uma empresa. 
 
2. MERCADO 
 
O preço na economia de mercado é determinado tanto pela oferta quanto pela demanda. 
 
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 12 
Colocam-se, desse modo, em um único gráfico, as curvas de oferta e demanda. 
 
Diz-se que o mercado está em equilíbrio quando o preço não mostra tendência a mudar. 
Esse preço é atingido quando a quantidade demandada é igual à quantidade ofertada. 
Somente ao preço de equilíbrio de mercado os compradores compram a quantidade que 
desejam e os vendedores conseguem vender a quantidade que desejam. Nessa situação, 
ninguém quer comprar ou vender uma quantidade diferente. 
 
 
 
 
3. ESTRUTURAS DE MERCADO 
O preço e a quantidade de equilíbrio de mercado são resultado da ação da oferta e da 
demanda. Entretanto, a oferta e a demanda interagem de modo diferente dependendo de 
cada mercado, pois cada um tem características específicas de produto, tecnologia, 
acesso, informação, tributação, regulamentação e participantes. 
 
As estruturas de mercado são modelos que captam aspectos que apontam como cada 
mercado está organizado e como funciona. (Slides III). 
 
As principais estruturas de mercado são: 
• Concorrência perfeita: muitos vendedores e muitos compradores, sendo que 
ninguém tem domínio do mercado. 
 
• Monopólio: um único vendedor que define o preço do produto. 
• Concorrência monopolista: muitas empresas que produzem produtos 
diferenciados, embora substitutos. 
 
P
 
R
 
E
 
Ç
 
O
 
Quantidade 
$ 
Mercado 
Quantidade 
$ 
Demanda 
 de 
Mercado 
Oferta 
de Mercado 
 Figura 1: Determinação do preço de equilíbrio de Mercado 
P0 
Oferta 
de Mercado 
Demanda 
 de 
Mercado 
 
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
Cidade Universitária de Limeira 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 13 
• Oligopólio: poucos vendedores de produtos substitutos. 
 
 
QUADRO DE CARACTERÍSTICAS DO MERCADO E ESTRUTURA DE MERCADO 
 
CARACTERÍSTICAS DO 
MERCADO ESTRUTURA 
DE MERCADO 
CONCORRÊNCIA 
PERFEITA 
MONOPÓLIO OLIGOPÓLIO 
CARACTERÍSTICAS 
1. Número de 
Empresas 
2. Tipo de Produto 
3. Barreiras a 
Entrada 
4. Outros 
5. Quem fixa o 
preço 
6. Tipo de lucro 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qual o tipo de demanda? 
Qual o tipo de oferta? 
 
(fazer o gráfico !) 
 
 
 
GRAU DE 
CONCENTRAÇÃO 
Calcula-se comparando 
o valor do faturamento 
das maiores empresas do 
mercado com o total do 
faturamento do mercado. 
 
 
Qual a conseqüência de 
um aumento da renda 
dos consumidores em 
cada tipo de mercado? 
 
 
Qual a conseqüência de 
um aumento da oferta 
em cada tipo de 
mercado? 
 
 
Qual o grau de utilização 
da capacidade produtiva 
em cada mercado? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp 
Cidade Universitária de Limeira 
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 
 
 14 
 
 
 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
BENEVIDES PINTO, D ; VASCONCELLOS, M A S (Org.). Manual de economia. 
Equipe dos professores da USP. SP: SARAIVA, 2008. 
 
GONÇALVES da SILVA, Ana L. Concorrência sob condições oligopolísticas. 
Campinas, IE/Unicamp, 2010. 
 
VASCONCELLOS, M A S ; GARCIA, M E. Fundamentos de economia. SP: 
SARAIVA, 2006. 
 
PINDYCK, Robert S.; Rubinfeld, Daniel L. Microeconomia. Prentice Hall (pearson), 
2006 
 
SANDRONI, PAULO. Dicionário de economia e administração. SP: Nova Cultural, 
2008. 
 
VARIAN, Hal R. Microeconomia - Princípios Básicos - Uma Abordagem Moderna. 
SP: Moderna, 2006, 7ª. Ed.

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