Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 0 MICROECONOMIA GL202 OFERTA E DEMANDA APOSTILA Carlos R. Etulain FCA - 2019 Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 1 Conteúdo 1. Análise microeconômica................................................................................. 2 1.1. Teoria da demanda ...................................................................................... 2 1.1.2. Relação entre quantidade procurada e preço do bem ................................. 5 1.1.3. Relação entre quantidade procurada e a renda .......................................... 5 1.1.4. Relação entre quantidade procurada e os preços de outros bens .................. 6 1.1.5. Relação entre quantidade procurada e a expectativa quanto ao preço futuro do bem ......................................................................................................... 6 1.1.6. Relação entre quantidade procurada e os gostos e preferências .................. 6 1.2. Teoria da oferta ........................................................................................... 6 1.2.1. Relação entre quantidade ofertada e preço do bem .................................... 8 1.2.2. Relação entre quantidade ofertada e o preço dos recursos da produção ....... 9 1.2.3. Relação entre quantidade ofertada e as expectativas dos empresários ........ 10 1.2.4. Relação entre quantidade ofertada e a tecnologia .................................... 10 1.3. Produção e custos ...................................................................................... 10 2. Mercado ....................................................................................................... 11 3. Estruturas de mercado ................................................................................. 12 Grau de Concentração ..................................................................................... 13 4. Referências bibliográficas ............................................................................ 14 Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 2 1. ANÁLISE MICROECONÔMICA Quando se considera o comportamento dos agentes econômicos, do ponto de vista da microeconomia, estudam-se os compradores e os vendedores interagindo em um mercado. Por tanto, é necessário incorporar os conceitos da teoria da demanda e da oferta, assim como ferramentas que permitem identificar a forma como surge o preço e o custo de um bem ou serviço. Estes instrumentos da microeconomia são ferramentas de grande utilidade na hora da tomada de decisões, pois em um mundo de negócios globalizados, com conexões rápidas e informações instantâneas, as organizações devem enfrentar estrategicamente a avalanche de problemas que acontecem nestes ambientes competitivos. Em todo mercado se apresentam as disputas pela venda e ampliação da fatia de mercado que cada empresa consegue captar, neste sentido, a publicidade e o marketing das empresas se tornou uma ferramenta poderosa para melhorar a inserção da empresa e para acompanhar o crescimento das firmas no mercado. Lançar uma marca, escolher um produto, definir sua imagem e qualidade, exige pensar na publicidade, na implementação de estratégias para tornar esse produto conhecido, para que os vendedores falem dele, para que os distribuidores aceitem e divulguem favoravelmente o mesmo. Todavia, antes da estratégia comercial, as empresas precisam definir sua estratégia produtiva que envolve a escolha de um padrão técnico, o uso de recursos, a escala de produção e os custos de produção, dentre outros problemas. É necessário que o produto ofereça certas condições competitivas e que estas se tornem evidentes no mercado diante dos demais produtos concorrentes, portanto, as organizações combinam e analisam informações para definir sua posição no mercado e sua projeção futura nas vendas e no lucro. O conhecimento que é ponto de partida obrigatório para a elaboração e análise econômica das estratégias das firmas está associado à identificação da demanda e dos consumidores e às condições técnicas e financeiras dos ofertantes (vendedores e produtores) em cada mercado. Como as empresas são o agente econômico que toma decisões em ambientes de mercado, a microeconomia, com as suas ferramentas, metodologias e conceitos, contribui para melhor explicar como são fixados os preços, qual o nível de produção, que produto será produzido e vendido, dentro outras questões problemáticas. 1.1. Teoria da demanda Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 3 A teoria da demanda visa identificar os vários fatores que afetam a decisão de compra do consumidor. Tradicionalmente se pensa que a demanda ou demandas de cada empresa são reconhecíveis através da organização de algumas informações básicas. Isto é fundamental para entender a formação das expectativas dos empresários sobre o mercado, pois a receita que as firmas conseguem auferir no mercado depende diretamente das decisões de compra dos consumidores, ou seja, a receita das empresas depende da demanda que está situada fora da empresa e que pertence ao mundo do mercado. Porem, embora a teoria tradicional considere que estes aspectos vinculados ao estudo da demanda possam ser diretamente auferidos da realidade, a verdade é que mesmo que tivéssemos total domínio das condições para obter informação, isto nunca seria completamente plausível nem permanente, pois as informações econômicas alem de complicadas e custosas, são essencialmente incertas, pudendo variar com o tempo diante de eventos imprevisíveis que acontecem no cenário econômico e social. A demanda define-se na expressão tradicional como a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores estão dispostos a comprar em determinados períodos de tempo. O problema está em que tanto as intenções dos compradores como os preços futuros não podem ser previstos com total regularidade e precisão. Mesmo assim, em teoria, os fatores que mais influenciam a decisão de compra dos consumidores (demanda) podem ser mapeados e são, primeiramente, o preço do bem ou serviço, e depois, os preços de outros produtos, a expectativa quanto ao preço futuro, os gostos pelo produto e a renda do consumidor. A teoria da demanda visa identificar os vários fatores que afetam a decisão de compra do consumidor. Isto é fundamental para entender a formação das expectativas dos empresários respeito do mercado, pois a receita que as firmas conseguem auferir no mercado depende diretamente das decisões de compra dos consumidores, ou seja, a receita das empresas depende da demanda. A demanda define-se como a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores estão dispostos a comprar em determinados períodos de tempo. Os fatores que mais influenciam a decisão de compra dos consumidores são, primeiramente, o preço do bem ou serviço, e depois, os preços de outros produtos, a expectativa quanto ao preço futuro e os gostos e a renda. Determinantes da Demanda: são cinco as variáveis que determinam a demanda: (1) o preço do bem; (2) o preço dos outros bens; (3) a renda; (4) expectativa quanto ao preço futuro;(5) os gostos e preferências dos consumidores. Uma vez definida a demanda como a quantidade que está sujeita à influenica das variáveis acima mencionadas, a teoria microeconômica, formula a chamada “lei da demanda”, a partir da qual relaciona os efeitos do preço sobre a quantidade demandada pelos consumidores. Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 4 Lei da Demanda: os consumidores se vêm motivados a aumentar as suas comprar toda vez que o preço de um bem seja acessível, por isso, a lei da demanda diz que quanto maior o preço, menor a demanda de um bem ou serviço. (Slides I). Outro elemento utilizado no estudo tanto da demanda quanto da oferta é a “elasticidade” que expressa a magnitude da influencia das variáveis ou determinantes sobre a quantidade demandada e ofertada. Elasticidade da demanda é a sensibilidade ou reação da demanda de um bem ou serviço às alterações de um dos fatores que a influenciam. A mais relevante é a análise da elasticidade-preço da demanda que mostra a sensibilidade dos compradores para comprar mais ou menos quando se altera o preço de um bem ou serviço. (Slides I). Para simplificar a análise utilizamos o conceito de função da matemática que mapeia a relação entre variáveis independentes (fatores que condicionam a decisão de consumir) e a quantidade consumida (demanda). Função demanda: Qnd = f (pn, p1,…, pn-1,Y, e, g) sendo: Qn d: quantidade procurada; pn: preço do bem; p1 ... pn-1: preço dos outros bens; Y: renda; e: expectativa quanto ao preço futuro (e); g: os gostos e preferências dos consumidores (g). A análise microeconômica utiliza, neste ponto, a hipótese de que “tudo o mais permanece constante”, em latim, coeteris paribus. Adotando-se esta hipótese, torna-se possível o estudo de determinado mercado ou situação, uma vez que significa selecionar apenas uma das variáveis para observar a sua interferência num determinado processo econômico. Por exemplo, na análise da demanda, na qual influenciam as cinco variáveis determinantes, pode se supor que apenas uma delas (por ex., o preço do bem) se altera e, com isto, estudam-se os efeitos sobre a quantidade demandada. Tabela da demanda: apresenta a relação entre o preço de um bem e a quantidade que os consumidores estão dispostos a comprar, mantendo as demais varáveis sob a hipótese de coeteris paribus. Temos assim o efeito puro e isolado da variável escolhida para a análise. Pn Q d R$ 0,75 3 R$ 0,50 4 R$ 0,25 6 R$ 0 8 Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 5 1.1.2. Relação entre quantidade procurada e preço do bem Existe uma relação inversamente proporcional entre a quantidade procurada e o preço do bem, coeteris paribus. É a chamada lei geral da demanda. Essa relação pode ser representada pela tabela e pelo gráfico acima. Os economistas supõem que a curva de demanda revela as preferências dos consumidores. Sob a hipótese de que estão maximizando sua satisfação. A inclinação negativa da curva de demanda reflete o fato de que a quantidade procurada de determinado produto varia inversamente com relação ao seu preço. Matematicamente, a relação entre quantidade demandada e preço do bem representada pela função de demanda, caeteris paribus as demais variáveis, se expressa como indicado a seguir: Qnd = f (pn) A expressão significa que a quantidade demandada do bem n (Qnd ) é função (f) do preço (pn), isto é, depende do preço (pn). A curva de demanda é negativamente inclinada devido ao efeito conjunto de três fatores: o efeito renda e o efeito substituição e a lei da utilidade marginal decrescente. Se o preço de um bem aumenta, a queda da quantidade demandada será provocada por esses três efeitos somados. Efeito Renda: quando aumenta o preço de um bem A, tudo o mais constante, o consumidor perde poder aquisitivo. E a demanda por esse produto A diminui. Embora o seu salário monetário não tenha se alterado, o seu salário real sofreu uma perda. Efeito Substituição: se um bem A possui um substituto B, ou seja, outro bem similar que tenha a mesma utilidade, quando o preço do bem A aumenta, coeteris paribus, o consumidor passa a adquirir o bem substituto (B), reduzindo assim a demanda de A. Lei da Utilidade Marginal Decrescente: Aquilo que pagamos no mercado por um produto é o equivalente ao que realmente nos satisfaz. Ao se aumentar a quantidade consumida, o montante de satisfação (utilidade) total aumenta, porem o incremento de satisfação proporcionado pelo consumo de cada unidade adicional do mesmo bem é decrescente. Portanto, ao se aumentar a quantidade consumida de um bem, o montante que se está disposto a pagar por cada unidade adicional dele também decresce. A demanda efetivamente não é influenciada apenas pelo preço , como vimos acima, existem cinco varáveis determinantes. Mediante a hipótese de coeteris paribus é que selecionamos os efeitos de cada uma delas. A seguir se destaca a influencia de cada uma das variáveis sobre a demanda. Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 6 1.1.3. Relação entre quantidade procurada e a renda Se a renda do consumidor aumenta e a demanda do produto também, temos um bem normal. Se a renda do consumidor aumenta e a demanda do produto cai, temos um bem inferior. Se a renda do consumidor aumenta e a demanda do produto não sofre alteração, temos um bem de consumo saciado. 1.1.4. Relação entre quantidade procurada e os preços de outros bens Quando há uma relação direta entre o preço de um bem e a quantidade demandada de outro, eles são chamados de bens substitutos. Quando há uma relação inversa entre o preço de um bem e a quantidade demandada de outro, eles são chamados de bens complementares. 1.1.5. Relação entre quantidade procurada e a expectativa quanto ao preço futuro do bem As expectativas dos consumidores quanto ao preço ou variações de preço de um bem fazem com que eles antecipem ou adiem as suas compras alterando assim a quantidade demandada do bem. 1.1.6. Relação entre quantidade procurada e os gostos e preferências A demanda de um bem sofre também a influencia dos hábitos e preferências dos consumidores. Os gastos em publicidade e propaganda objetivam justamente aumentar a procura dos bens influenciando o gosto dos consumidores. 1.2. Teoria da oferta Oferta de um bem é a quantidade de um bem que as empresas desejam disponibilizar em cada período de tempo. Esta definição mostra que a quantidade oferta também é resultado de um desejo, o da busca do lucro por parte das empresas e a quantidade ofertada é um fluxo, o que obriga a referir um período de tempo. A oferta de todo bem ou serviço depende de variáveis que influenciam a decisão dos empresários de produzir e ofertar mais ou menos quantidade de um bem ou serviço. Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 7 Determinantes da oferta: são quatro as variáveis que determinam a oferta: Qno = f (pn, f1,…, fn, e, t) (1) o preço do bem; (2) o preço dos fatores da produção; (3) expectativa dos empresários; (4) tecnologia. Lei da Oferta: diferentemente da função demanda, a função oferta mostrauma correlação direta entre quantidade ofertada e nível de preços. É a chamada lei geral da oferta que diz que quanto maior o preço de um bem, maior será a quantidade ofertada. (Slides II). A relação direta entre quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem se deve ao fato de que um aumento do preço de mercado estimula as empresas a elevar a produção; novas empresas serão atraídas, aumentando a quantidade ofertada do produto. Além do preço do bem, a oferta de um bem ou serviço é afetada pelos preços dos recursos da produção (que equivale aos custos de produção da empresa), pelas expectativas dos empresários quanto ao futuro do mercado e pelas alterações tecnológicas que possibilitam aumentos da produção em menor tempo ou com menor gasto de recursos produtivos. Os economistas supõem que a curva de oferta revela as decisões dos empresários. Sob a hipótese se supõe que as empresas produzem e vendem bens e serviços visando a maximização do lucro. A inclinação positiva da curva de oferta reflete o fato de que a quantidade ofertada de determinado produto varia direta e positivamente com relação ao seu preço. Função oferta: Qno = f (pn, f1,…, fn-1,E,t) sendo: Qn o: quantidade procurada; pn: preço do bem; f1 ... fn-1: preço dos fatores da produção; E: expectativas dos empresários; t: tecnologia. Novamente, utilizamos a hipótese de coeteris paribus, para a análise do impacto de cada varável sobre a quantidade ofertada. Tabela da oferta: apresenta a relação entre o preço de um bem e a quantidade que as empresas produtoras estão dispostas a vender, mantendo as demais varáveis sob a hipótese de coeteris paribus. Temos assim o efeito puro e isolado da variável escolhida para a análise. Pn Q o R$ 0,75 10 Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 8 R$ 0,50 8 R$ 0,25 6 R$ 0 0 Gráfico da oferta: a relação entre o preço do bem e a quantidade demanda pode ser representada graficamente em um sistema de eixos. A curva da oferta mostra a quantidade oferecida a vários preços mantendo-se constantes os demais determinantes da oferta. P re ço Quantidade Oferta Como um preço maior aumenta a quantidade oferecida, a curva da oferta se inclina para cima. Oferta 1.2.1. Relação entre quantidade ofertada e preço do bem Diferentemente da função demanda, a função oferta mostra uma correlação direta entre quantidade ofertada e nível de preços, coeteris paribus. É a chamada lei geral da oferta, quanto maior o preço de um bem, maior será a quantidade ofertada. A relação direta entre quantidade ofertada de um bem e o preço desse bem deve-se ao fato de que um aumento do preço de mercado estimula as empresas a elevar a produção; novas empresas serão atraídas, aumentando a quantidade ofertada do produto. Além do preço do bem, a oferta de um bem ou serviço é afetada pelos preços dos recursos da produção (que equivale aos custos de produção da empresa), pelas expectativas dos empresários quanto ao futuro do mercado e pelas alterações tecnológicas que possibilitam aumentos da produção em menor tempo ou com menor gasto de recursos produtivos. Os economistas supõem que a curva de oferta revela as decisões dos empresários. Sob a hipótese se supõe que as empresas produzem e vendem bens e serviços visando a maximização do lucro. A inclinação positiva da curva de oferta reflete o fato de que a quantidade ofertada de determinado produto varia direta e positivamente com relação ao seu preço. Matematicamente, a relação entre quantidade ofertada e preço do bem representada pela função de oferta, caeteris paribus as demais variáveis, se expressa como indicado a seguir: Qno = f (pn) Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 9 A expressão significa que a quantidade ofertada do bem n (Qno ) é função (f) do preço (pn), isto é, depende do preço (pn). A curva de oferta é positivamente inclinada devido a que preços mais altos incentivam o ganho das empresas. Se o preço de um bem aumenta, o aumento da quantidade ofertada será provocada por esse estímulo para a maximização do lucro. A oferta efetivamente não é influenciada apenas pelo preço, como vimos acima, existem quatro varáveis determinantes. Mediante a hipótese de coeteris paribus é que selecionamos os efeitos de cada uma delas. A seguir se destaca a influencia de cada uma das variáveis sobre a oferta. 1.2.2. Relação entre quantidade ofertada e o preço dos recursos da produção Para o estudo da relação entre a oferta de um bem e os recursos que são utilizados para a sua produção se utilizam a teoria da produção e a teoria dos custos, duas importantes teorias para a análise da oferta, pois conhecer os gastos em recursos da produção e os volumes de produção de uma empresa é fundamental para entendermos o funcionamento da oferta. A teoria da produção preocupa-se com a relação técnica entre quantidades físicas de produtos e quantidades de recursos utilizados. A teoria dos custos transforma estas relações técnicas da teoria de produção em valores monetários, indicando as despesas de produção da empresa, por tanto, trata-se de um estudo dos custos da empresa. Produção: é o processo de transformação de recursos produtivos adquiridos pela empresa em produtos para a venda no mercado. Neste processo, diferentes insumos ou recursos ou fatores são combinados, de forma a obter o bem ou serviço final. Um método de produção é tecnicamente eficiente quando utiliza a menor quantidade possível de insumos. A eficiência econômica está associada ao método de produção mais barato. O empresário, ao decidir o quê, como e quanto produzir, varia a quantidade utilizada de insumos, para com isso alterar a quantidade produzida e ofertada do seu produto. Nessa composição dos recursos, se destacam os chamados fatores fixos e fatores variáveis. Fatores fixos: aqueles cuja quantidade não muda quando se aumenta ou diminui o voluma de produto total. Por ex., terra, prédio, instalações, setor administrativo e financeiro. Fatores variáveis: aqueles cujas quantidades utilizadas variam quando se altera o volume de produção total. Por ex., mão-de-obra, matéria-prima, energia. Como o objetivo máximo de toda empresa é obter o máximo lucro possível, elas procurarão sempre obter o máximo de Receita Total (produto da venda dos bens e Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 10 serviços no mercado) e o mínimo gasto em insumos ou fatores de produção(custos de produção). O custo total de produção é o total de despesas realizadas pela empresa com a combinação de fatores fixos (custos fixos) e fatores variáveis (custos variáveis). 1.2.3. Relação entre quantidade ofertada e as expectativas dos empresários Quanto mais otimistas os empresários se encontrem em relação a sua apreciação do futuro, melhores previsões de produção e vendas serão elaboradas fazendo com que aumentem as contratações de recursos produtivos e aumente a quantidade ofertada de bens ou serviços. 1.2.4. Relação entre quantidade ofertada e a tecnologia A inovação tecnológica permite obter melhores níveis de produção com menores gastos de recursos produtivos, sendo assim, as mudanças técnicas têm efeito positivo sobre a quantidade ofertada.1.3. Produção e custos Para o estudo da relação entre a oferta de um bem e os recursos que são utilizados para a sua produção, se utilizam a teoria da produção e a teoria dos custos, duas importantes teorias para a análise da oferta, pois conhecer os gastos em fatores da produção e os volumes de produção de uma empresa é fundamental para entendermos o funcionamento das decisões empresariais. A teoria da produção preocupa-se com a relação técnica entre quantidades físicas de produtos e quantidades de fatores utilizados. A teoria dos custos transforma estas relações técnicas de produção em valores monetários, indicando as despesas de produção da empresa, por tanto, trata-se de um estudo dos custos da empresa. (Slides II). Produção: é o processo de transformação de recursos produtivos adquiridos pela empresa em produtos para a venda no mercado. Neste processo, diferentes insumos ou recursos ou fatores são combinados, de forma a obter o bem ou serviço final. Um método de produção é tecnicamente eficiente quando utiliza a menor quantidade possível de insumos. A eficiência econômica está associada ao método de produção mais barato. O empresário, ao decidir o quê, como e quanto produzir, modifica a quantidade utilizada de fatores da produção, para com isso alterar a quantidade produzida e ofertada do seu Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 11 produto. Nessa composição dos fatores, se destacam os chamados fatores fixos e fatores variáveis. (Slides II). Fatores fixos: aqueles cuja quantidade não muda quando se aumenta ou diminui o voluma de produto total. Por ex., terra, prédio, instalações, setor administrativo e financeiro. Fatores variáveis: aqueles cujas quantidades utilizadas variam quando se altera o volume de produção total. Por ex., mão-de-obra, matéria-prima, energia. Como o objetivo máximo de toda empresa é obter o máximo lucro possível, elas procurarão sempre obter o máximo de Receita Total (produto da venda dos bens e serviços no mercado) e o mínimo gasto em insumos ou fatores de produção (custos de produção). A análise microeconômica utiliza-se ainda do conceito de Receita Marginal que consiste na variação da Receita Total quando se aumentam as vendas em uma unidade. Noutros termos, a Receita Marginal é o incremento que resulta na Receita Total quando se vende uma unidade adicional de produto. O custo total de produção é o total de despesas realizadas pela empresa com a combinação de fatores fixos (custos fixos) e fatores variáveis (custos variáveis). Existem vários conceitos de custos. A visão contábil de custos difere da visão econômica em dois aspectos principais. Em primeiro lugar, a contabilidade divide os custos totais em diretos e indiretos, segundo sua proximidade com o processo produtivo. Já a análise econômica divide os custos em fixos e variáveis e ainda incorpora o conceito de custo de oportunidade, representado pelas opções que ficaram de fora toda vez que se escolhe uma aplicação produtiva para os recursos. Outra classificação dos custos é a que define custos recuperáveis, aqueles que podem ser recuperados mediante venda no mercado secundário e custos irrecuperáveis, aqueles que não têm possibilidades de revenda, como é o caso dos gastos em propaganda. Outro conceito importante é o de Custo Marginal, que consiste no incremento do Custo Total quando se aumenta a produção em uma unidade. Utilizando-se dos conceitos de Receita Marginal e Custo Marginal, a microeconomia oferece uma metodologia para identificar o ponto de maior eficiência (por tanto, de maior lucro ou de menor prejuízo) de uma empresa. 2. MERCADO O preço na economia de mercado é determinado tanto pela oferta quanto pela demanda. Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 12 Colocam-se, desse modo, em um único gráfico, as curvas de oferta e demanda. Diz-se que o mercado está em equilíbrio quando o preço não mostra tendência a mudar. Esse preço é atingido quando a quantidade demandada é igual à quantidade ofertada. Somente ao preço de equilíbrio de mercado os compradores compram a quantidade que desejam e os vendedores conseguem vender a quantidade que desejam. Nessa situação, ninguém quer comprar ou vender uma quantidade diferente. 3. ESTRUTURAS DE MERCADO O preço e a quantidade de equilíbrio de mercado são resultado da ação da oferta e da demanda. Entretanto, a oferta e a demanda interagem de modo diferente dependendo de cada mercado, pois cada um tem características específicas de produto, tecnologia, acesso, informação, tributação, regulamentação e participantes. As estruturas de mercado são modelos que captam aspectos que apontam como cada mercado está organizado e como funciona. (Slides III). As principais estruturas de mercado são: • Concorrência perfeita: muitos vendedores e muitos compradores, sendo que ninguém tem domínio do mercado. • Monopólio: um único vendedor que define o preço do produto. • Concorrência monopolista: muitas empresas que produzem produtos diferenciados, embora substitutos. P R E Ç O Quantidade $ Mercado Quantidade $ Demanda de Mercado Oferta de Mercado Figura 1: Determinação do preço de equilíbrio de Mercado P0 Oferta de Mercado Demanda de Mercado Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 13 • Oligopólio: poucos vendedores de produtos substitutos. QUADRO DE CARACTERÍSTICAS DO MERCADO E ESTRUTURA DE MERCADO CARACTERÍSTICAS DO MERCADO ESTRUTURA DE MERCADO CONCORRÊNCIA PERFEITA MONOPÓLIO OLIGOPÓLIO CARACTERÍSTICAS 1. Número de Empresas 2. Tipo de Produto 3. Barreiras a Entrada 4. Outros 5. Quem fixa o preço 6. Tipo de lucro Qual o tipo de demanda? Qual o tipo de oferta? (fazer o gráfico !) GRAU DE CONCENTRAÇÃO Calcula-se comparando o valor do faturamento das maiores empresas do mercado com o total do faturamento do mercado. Qual a conseqüência de um aumento da renda dos consumidores em cada tipo de mercado? Qual a conseqüência de um aumento da oferta em cada tipo de mercado? Qual o grau de utilização da capacidade produtiva em cada mercado? Faculdade de Ciências Aplicadas da Unicamp Cidade Universitária de Limeira UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS 14 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BENEVIDES PINTO, D ; VASCONCELLOS, M A S (Org.). Manual de economia. Equipe dos professores da USP. SP: SARAIVA, 2008. GONÇALVES da SILVA, Ana L. Concorrência sob condições oligopolísticas. Campinas, IE/Unicamp, 2010. VASCONCELLOS, M A S ; GARCIA, M E. Fundamentos de economia. SP: SARAIVA, 2006. PINDYCK, Robert S.; Rubinfeld, Daniel L. Microeconomia. Prentice Hall (pearson), 2006 SANDRONI, PAULO. Dicionário de economia e administração. SP: Nova Cultural, 2008. VARIAN, Hal R. Microeconomia - Princípios Básicos - Uma Abordagem Moderna. SP: Moderna, 2006, 7ª. Ed.
Compartilhar