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1 - 1 - APOSTILA RESP CIVIL - ANNA VALLERIA

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Responsabilidade Civil – Anna Valéria 
1) Histórico e conceito de responsabilidade civil
O conceito de responsabilidade civil surge por conta da necessidade de justiça, quando alguém danifica/lesiona algo seu ainda que seja algo material não se acha justo. Como também não vai se achar justo que alguém vai lhe tirar algo seu, no caso da moral, da imagem e por isso vai se querer justiça. E por esse motivo antes se resolvia essas questões através da:
*Lei de Talião – “Olho por olho, dente por dente”. Se furava o olho do filho de alguém, podia se furar o olho do filho de quem fez. Isso não é justiça, não gera o sentimento de justiça. Isso é vingança. Essa lei foi recepcionada depois das Lei das Doze Tábuas. 
 Lei das XII Tábuas – foi uma das primeiras legislações escritas do direito romano toma pra si um pouco da lei de Talião. E vai levar em consideração o grau de culpa, se antes matava o filho de alguém se deveria saber o porquê. Se foi por que queria estuprar alguém, tinha que ter uma justificativa. Então a justiça não pode ser feita pelas próprias mãos.
· Se deveria delegar o Ius Puniendi para outra pessoa, nos casos atuais é o Poder Judiciário para representar pessoas, pára que esse terceiro examine esse grau de culpa. Relativize. Olha os agravantes, olha os atenuantes e aí sim se possa se dar uma justiça e não uma vingança. 
· Hoje não tem que mais se ter como resultado a justiça, pois a depender de qual foi dano não pra alcançar essa justiça somente tentar compensar aquela situação, aquele dano. Justiça não vai ter, o que se vai ter é uma compensação. 
Lex aquilia—Código Civil de Napoleão – Vai ser recepcionada pelo Código Civil de Napoleão que é a base do Código Civil de 1916 e é reproduzido novamente em 2002. E leva em consideração a culpa, a ação praticada por alguém e ainda relativizar, levar em consideração como foi. Se leva em conta a conduta. 
*obrigação vs responsabilidade 
A obrigação ela existe por que a responsabilidade pode ser tanto:
*descumprimento obrigacional----responsabilidade contratual: Viola uma regra contratual, tinha uma obrigação naquele contrato e quando quebra tem que assumir aquela quebra contratual e vai ter que pagar as custas, a multa. 
*inobservância de um preceito normativo ----responsabilidade extracontratual: Pode ser que não tenha contrato nenhum, mas bateu no carro de alguém. 
Quando se tem uma regra de conduta expressa, ou uma regra dentro de um ordenamento jurídico e ela é violada, aí aquilo que era uma obrigação vira um dever. 
“A responsabilidade civil deriva da agressão a um interesse  eminentemente particular, sujeitando, assim, o infrator, ao pagamento de uma compensação pecuniária à vítima, caso não possa repor in natura o estado anterior de coisas.” (Gagliano e Pamplona Filho). A responsabilidade Civil decorre de uma ação ou omissão violando um contrato, uma regra disposta ou o ordenamento. Se não puder devolver o celular, vai compensar. Se não puder devolver a rosa, vai compensar. Se puder devolver a rosa sequelada vai ter que fazer a devolução da rosa e pagar indenização, por que não deu pra restaurar a situação originária. 
2) Elementos: 
*conduta 
*dano 
*nexo causal 
3) Espécies: 
*quanto a culpa: Ela pode ser decorrente de uma responsabilidade civil subjetiva X responsabilidade civil objetiva.
Na responsabilidade civil subjetiva se discute qual é a sua culpa. Se realmente contribuiu pra a realização daquele evento.
Na responsabilidade civil objetiva (que se chama de Teoria do Vício Administrativo): Não interessa se era sua intenção ou não de realizar aquele evento, você é responsável. 
Exemplo: no caso de uma batida de carro tem que se verificar qual a culpa daquele que bateu. Pois pode ter ocorrido que foi o outro que entrou errado na via. 
Exemplo: NO caso de uma rebelião dentro do presídio, o Estado é culpado e não interessa nada. Pois a responsabilidade do estado é objetiva, pois ele assume o risco, ele que deve cuidar daquele lugar. Ele assume a responsabilidade de manter a ordem naquele recinto. E deve indenizar a família de alguém morto dentro daquela penitenciária. 
Exemplo: cachorro feroz que se soltou e gerou danos a integridade física de alguém, o dono é responsável, independente se tomou todos os cuidados pra que aquilo não acontecesse. Ele tem responsabilidade civil objetiva. 
OBS: tem que ter a placa informando que a cerca elétrica está funcionando e não pode ser uma voltagem pra matar alguém. E também placa informando sobre o cão.
*quanto a natureza da norma jurídica: responsabilidade contratual X responsabilidade extracontratual (como no caso do pai e filho; no caso do cachorro, que não tem nenhuma relação contratual). Então a responsabilidade civil pode advir dessas duas possibilidades. 
5) Função social da responsabilidade civil: Ela tem que ser vista como:
*compensatória: É compensatória por que não vai ter a justiça que tanto se almeja;
*punitiva: Ela tem que ser uma punição por que a outra pessoa tem que se sentir punida. Tem que ter um cunho de sanção;
*desmotivativa ou desmotivadora: de forma que desmotive a praticar aquilo novamente. O contrário das decisões no TJMA que formataram as indenizações de dano moral para apenas 150,00 reais, pra qualquer tipo de dano. A punição tem que ser educativa. É um valor muito baixo. 
4) A Responsabilidade Civil e o Direito Constitucional 
*princípio da proteção da dignidade da pessoa humana (art. 1, III, CF/88; art. 8º, NCPC, art. 1º do NCP): o princípio coringa; 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana;
Art. 1o O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código.
*solidariedade social (ART. 3º, i, CF/88): 
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
*isonomia ou igualdade lato sensu (art. 5º, CF/88): 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Aula 02 
RESPONSABILIDADE CIVIL – a função é desmotivadora, além de ser punitiva e educativa. Faz com que as pessoas não pratiquem novamente outros ilícitos, para restringir e evitar a prática desses ilícitos que é o que acontece no Brasil todo e em especial no Maranhão nos tribunais de pequenas causas, estão estabelecendo como teto máximo 150, 00 a título de danos morais. 
Ex. o rapaz entra numa clínica pra fazer a operação de um olho e o médico opera o outro olho, e quando percebeu que fez errado ele colocou um remédio no olho que precisava ser operado. O que aconteceu foi que acabou cegando os dois olhos e a pessoa cega entra com uma ação exigindo indenização. Por mais alta que possa ser essa indenização não vão proibir, não vai ter punição pra essa clínica que pode continuar a cometer o mesmo erro com outras pessoas. Quer dizer, onde está o caráter inibidor? Tem que fazer que a pessoa sinta, pois vida é algo caro. Se alguém já nasce cega ela não perde alguma coisa e até consegue trabalhar melhor. O peso de um pessoa que passou a vida inteira com aquela visão vai sentir muito, não aprendeu a desenvolver os outros sentidos. 
A pessoa cega consegue ver, enxergar de forma melhor pois aprendeu a lidar com aquela situação desde o início da sua vida. Trabalha ao longo da vida as limitações. Uma pessoa normal não, ela será uma criança na fase adulta. 
Dar um “dinheirinho” qualquer não vai resolver, não vai inibir. Ela tem que ser desmotivadora pra quem não ocorra novos incidentes dessa natureza envolvendo outras pessoas. Agora essa responsabilidade, após a CF/88, a exemplo de todos os ramos do direito privado ela se voltaao direito constitucional, por que está-se tendo uma diversidade de relações jurídicas, novas relações jurídicas estão surgindo. Hoje não se fala somente em casamento no religioso ou civil, fala em famílias multiparentais e fala de famílias constituídas em poliamor. 
Existe uma diversidade de relações jurídicas surgindo que o Código Civil não consegue acompanhar. Hoje a preocupação com a responsabilidade civil não é somente responsabilidade referente ao direito do consumidor, tem outras responsabilidade que pode decorrer dos tratos comuns. Tem responsabilidade desse hospital que cedia apenas o local para ser realizada a cirurgia. Esse hospital é responsável? Onde vai achar isso? QUER DIZER, existe várias relações pequenas e precisa ter uma resposta e não vai legislação sobre aquilo. Então tem que buscar suporte na CF/88. A responsabilidade civil busca suporta na Constituição Federal. Esse suporte constitucional tem como primazia o princípio da dignidade da pessoa humana.
Então no momento que viola a regar de conduta, a honra, a imagem é necessário que dê uma resposta e essa resposta por vezes pode-se não encontrar na legislação, em um artigo específico mas encontrar-se-á nos princípios da Constituição Federal. 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
NCPC
Art. 7o É assegurada às partes paridade de tratamento em relação ao exercício de direitos e faculdades processuais, aos meios de defesa, aos ônus, aos deveres e à aplicação de sanções processuais, competindo ao juiz zelar pelo efetivo contraditório.
Art. 8o Ao aplicar o ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência.
É necessário observar o princípio da solidariedade social que está no art. 3º da CF. Por que todos nós somos responsáveis pelos atos praticados, eu não posso permitir que alguém ofenda o outro por que estou coadunando com essa ofensa. Pode estar cometendo um ato ali por omissão, não por que alguém foi atropelado por um outro que não se tem nada a ver com isso, a solidariedade deve ser observada;
E também a isonomia ou igualdade: tem que observar que essas relações jurídicas que atinge uma pessoa pode atingir outras também, porque todas são iguais, a proporção que é diferente. 
Ex. um ônibus capota e todos quebram o dedo mindinho, mas você é um pianista. Para os outros quebrar o dedo não tem o mesmo peso que para o pianista, pois necessita dele para o seu ofício. A falta desse dedo para outras pessoas não vai gerar lucros cessantes, o que deixou de lucrar. 
Ex. no presídio houve uma rebelião, explodiram e morreu todo mundo. O estado vai pagar indenização pra todos, mas tinha o que foi buscar emprego naquele dia e o que já estava empregado, o estado vai pagar mais, o apenado também – a família será indenizada, mas não no mesmo valor. A família não pode dizer que aquele apenado trazia tanto pra casa, decorrente dos assaltos que cometia, a cada final de semana. Isso não existe, mas a pessoa que estava visitando pode pedir mais também por que pode-se entender que com a sua morte ele deixou de receber. 
A responsabilidade tem que ser a mesma, o que vai diferenciar é o quantum, mas deve haver igualdade nessa responsabilidade. 
ELEMENTOS 
Toda responsabilidade civil tem três elementos básicos:
· A conduta humana; É ação ou omissão da pessoa, seja física ou jurídica – a responsabilidade pode ser objetiva ou subjetiva. E as pessoas jurídicas, principalmente se for de direito público, elas geralmente tem uma responsabilidade objetiva, ou seja, não se discute se estava certo ou errado. Mas para ter um responsabilidade que decorrer de um dever violado é necessário que alguém faça ou deixe de fazer alguma. 
1. Há uma voluntariedade: não necessariamente uma produção dos reflexos daquela sua ação ou omissão; não uma produção dos resultados mas no risco de ter aqueles resultados, como por exemplo, quando se dirige em alta velocidade – se quer dirigir com velocidade, não queria atropelar ninguém, mas quis dirigir com velocidade ao dirigir com velocidade praticou uma condução humana. Se dessa conduta humana causar um dano a outro e o dano decorreu deste conduta, tem-se uma responsabilidade recaindo sobre si. Então quando a conduta humana, quando se fala em voluntariedade, não pé necessariamente na produção dos efeitos mas também nos riscos de ocorrer. 
Se deve observar que cada conduta, seja uma ação ou omissão, pode gerar danos a alguém. No caso do síndico que demitiu guardas, tirou câmeras de segurança, deve se pensar que daquela conduta pode gerar uma redução da segurança e está se praticando algo que depois poderá ter que responder por isso. Não tem nada a ver com o resultado, tem a ver mesmo com os riscos de ocorrer os resultados. 
É possível ter uma responsabilidade sem ilicitude? Se se diz que a responsabilidade é uma violação de dever que causa dano a outro, é possível agir de forma ilícita contra a ordem pública, contra um contrato? Se a regra está no contrato e se viola esse dever contratual, a responsabilidade é contratual, se não tem nenhum contrato com uma pessoa mas viola uma regra de conduta a responsabilidade é uma responsabilidade extracontratual. Ex. no momento que entra no transporte público e paga a passagem está-se sujeitando as regras de conduta daquele transporte, inclusive a segurança do transporte, e no momento que as viola, que entra no ônibus e não paga a passagem, assalta, causa um acidente a pessoa tem que ser responsabilizada já que violou a regra de conduta. 
O transporte público não tem nenhum contrato com a pessoa, se ocorre um acidente ele não vai pagar pra você o contrato que foi o valor da passagem. Ele tem uma responsabilidade extracontratual, pois não havia contrato e ele violou o dever de segurança que inerente a esses serviços. 
Mas é possível falar em responsabilidade sem falar em ilicitude? É, e está disposto no Art. 1.285. O dono do prédio que não tiver acesso à via pública, nascente ou porto, pode, mediante pagamento de indenização cabal, constranger o vizinho a lhe dar passagem, cujo rumo será judicialmente fixado, se necessário.
OU seja vai violar invadindo a propriedade alheia, isso é um ilícito mas isso é lícito, aparado pelo ordenamento. Mas essa licitude do ordenamento está atrelada à uma indenização. Não tem por onde passar, e esse morador vai permitir que a pessoa e sua família entra e saia por aquele local mas é claro que isso será indenizado. Não pode aproveitar a deixa. E também não podem aproveitar o espaço pra fazer outra diferente da passagem. Não é pra fazer comércio, é pra passar. 
· Culpa genérica: quando olha a situação de um maneira mais abrangente. Ex. É quando se diz assim “o estado está figurando como pessoa nesse processo, então ele é culpado. Não interessa a culpa é dele”. 
· Os pais possuem o que se chama “culpa in vigilando” em relação aos filhos: quando se alcança a maioridade, juridicamente, os pais não tem mais nenhuma responsabilidade pelos filhos, cessa quando alcança a maioridade. O fato dele manter a faculdade, a educação é mais de cunho moral do que de cunho jurídico por que juridicamente já se é plenamente capaz. Mas a cultura brasileira não admite isso, é até sair da faculdade ou mesmo até arranjar um emprego, até casar e até mesmo assim. Vai ter sempre a tentativa de manter os filhos debaixo da asa. Até os 18 anos os pais tem responsabilidade sobre os filhos por conta do poder familiar, e essa responsabilidade é a mais ampla possível, ainda que você não esteja sob a guarda do seu pai, ele não deixa de ser seu pai. Não importa se os pais são divorciados ou não. O pai não deixa de ser pai porque mora em outra casa, possui todos os deveres e poderes. Consequentemente se o filho cometeum ilícito, o rapaz é quem cometeu o ilícito mas que paga a conta são os pais – é uma responsabilidade objetiva. 
EXCEÇÃO: crítica dessa responsabilidade objetiva dos pais e fazendo um olhar geral da situação como um todo, é pai, pai paga. É Estado, o Estado paga. Ah! Faltou energia e entrou ladrão na casa e levou o gado todo, a CEMAR PAGA. Se esse for o olhar, é responsabilidade objetiva e está-se diante de uma culpa genérica e é uma culpa que precisa de limitação – é preciso verificar o tamanho da contribuição que aquela vítima deu também no ilícito. Por exemplo, houve um acidente de um ônibus no Rio de Janeiro por conta de uma briga dentro e acabou que capotou. As empresas de transporte são obrigadas a reparar o dano, mas quem deu vazão aquilo? As empresas tem responsabilidade objetiva, não pode negar que alguém teve culpa naquilo que gerou o capotamento, pois o motorista ficou desacordado depois de receber uma garrafa na cabeça. Caso Vale, do rapaz que teve que fazer cirurgia para refazer o maxilar de uma pedrada que levou enquanto estava no trem da empresa, pedra lançada por pessoas que ficam em locais específicos e atacam os vagões com pedras, paus. Nessa situação era dever da Vale garantir a segurança desses passageiros, no entanto não tomou as medidas cabíveis. Sendo assim vai pagar tudo. Mas na hora era pessoa que estava perturbando, provocando e acabou sendo agredido, e podia ser mesmo que o local onde foi atingido não era um local de foco desses ataques. 
Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano – é a possibilidade de relativizar o princípio da reparação integral. Não há que se falar em reparação integral. 
Parágrafo único. Se houver excessiva desproporção entre a gravidade da culpa e o dano, poderá o juiz reduzir, equitativamente, a indenização. 
Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. - portanto se houve uma concorrência dela, não tem como o dano se pago unicamente ou exclusivamente da transportadora, no caso. 
OBS: dolo é culpa no direito civil não tem diferença, são a mesma coisa. Não tem intenção, a intenção está na prática da conduta, não existe intenção é na produção dos efeitos. 
Enunciado 459 CNJ – a conduta da vítima pode ser fator atenuante do nexo de causalidade na responsabilidade civil objetiva. Onde se observa uma culpa genérica, mas não é excludente é apenas atenuante, ou seja, a reparação não será integral. Agora se a culpa é exclusiva da vítima aí sim seria excludente. 
Art. 738 CC. A pessoa transportada deve sujeitar-se às normas estabelecidas pelo transportador, constantes no bilhete ou afixadas à vista dos usuários, abstendo-se de quaisquer atos que causem incômodo ou prejuízo aos passageiros, danifiquem o veículo, ou dificultem ou impeçam a execução normal do serviço. Então no momento que tem uma briga dentro do ônibus está-se violando esse artigo, está contribuindo para uma responsabilidade da própria pessoa que viola. 
Parágrafo único. Se o prejuízo sofrido pela pessoa transportada for atribuível à transgressão de normas e instruções regulamentares, o juiz reduzirá equitativamente a indenização, na medida em que a vítima houver concorrido para a ocorrência do dano. O caso do ônibus que transportava os universitários que capotou, depende muito da situação se foi gerada algo. Houve efetivamente problema no freio do ônibus, então não foi culpa do motorista que não tinha histórico de alta velocidade, logo se foi esse o motivo é responsabilidade da empresa. Mesmo se o motorista tinha uma planilha pra checar as condições do ônibus, a empresa é responsável por que o motorista é um preposto dele, ela contratou e não observou.
Só assim pode-se olhara culpa de uma maneira diferenciada, isolada, de uma maneira peculiar. Devendo analisar o quantum da culpa vítima também, a participação da pessoa que é uma culpa strictu sensu e não vendo a culpa de uma maneira absoluta, dizendo que se é estado ou os pais é responsabilidade objetiva e não se discute. 
· Culpa estrita: Para se analisar essa culpa estrita deve-se levar em conta a voluntariedade. Não olha só a visão macro. Ver o caso com as peculiaridades do caso. É claro que existem situações que não tem como olhar as especificidades do caso, por exemplo, o cara que cometeu suicídio no presídio – o estado deve indenizar? Pois o estado deve garantir a proteção da integridade física daquele apenado. 
OBS: Mesmo se tratando de uma responsabilidade objetiva, não significa que o estado não poderá mover uma ação contara que lhe que lhe foi preposto. É uma ação regressiva contra aquela pessoa que estava representando. 
2. Elemento – a culpa voluntária; 
3. Previsão – previsibilidade; 
4. Falta de cuidado, cautela, diligência e atenção. E isso remete a três “coisinhas” que são básicas quando se fala em culpa e são distintas: imprudência (é o excesso, por exemplo, de velocidade de carro), imperícia e negligência (é falta de cuidado, pode até ser que seja durante ou antes, mas teve falta de cuidado).
OBS: A culpa decorreu de uma ação chama-se “culpa in cometendu”. A culpa que decorre de uma inação, omissão se chama “culpa in omitindu”. 
Quando ao critério do aplicador do direito – ele vai olhar a culpa – é objetiva, acabou, não ver as peculiaridades, a culpa é da transportadora. Não interessa se tacaram uma garrafa na cabeça do motorista, de tinha uma arma apontada pra cabeça do motorista, a culpa é objetiva. Vai aplicar a culpa in abstrato ou culpa genérica. OU então...
Vai fazer a aplicação em abstrato, a culpa é da transportadora mas vai analisar as peculiaridades. 
Presunção: presume-se que os pais são responsáveis pelos filhos, presume-se que você tem responsabilidade pelo seu cachorro, pelo seu funcionário por que existe a culpa in vigilando, in custodiendo e in elegendo. 
· Culpa in vigilando: você tem que fiscalizar aquelas pessoas que estão soba sua responsabilidade. Quando os professores, funcionários gerarem algum dano para os alunos, é a UNDB que vai sofrer um dano, que vai arcar por que os funcionários são preposto. Tem que observar as funções, as atividades do seu funcionário. Tem que saber o que o seu funcionário está realizando as suas funções de acordo com o seu ofício, se nada faz presume-se que está fazendo com a anuência pois falta aí a responsabilidade in vigilando e mais in elegendo pois quem escolheu foi a própria empresa. 
Então há uma responsabilidade in vigilando que é de fiscalização e de condução. Como também há uma relação in vigilando por que escolheu. Nas relações de pai e filho só a responsabilidade in vigilando, por que pai não escolhe filho, muito menos na adoção. 
E existe a culpa in custodiendo para as coisas, os animais que se tem em casa somos responsáveis por ele, se fugiu problema seu pois é responsabilidade sua de manter ele sob sua custódia, de mantê-lo. Não de fiscalizar por que não vai ser babá de cachorro, e nem escolher. 
Mas há a crítica que diz que essas classificações está perdendo força, esse carácter de função, pois não pode dizer de forma absoluta ou abstrata de que todo pai tem responsabilidade objetiva por seus pais por todos s pais terem a culpa in vigilando. 
Ex. O Ricardo estava numa choperia e é menor de idade, 17 anos. Agrediu Leonardo e Leonardo entrou com uma ação contra os pais de Ricardo. E pediu a condenação solidária contra os pais do rapaz também, e o juiz entendeu eu o Rogério como era separado da dona Ermínia não precisava pagar. Mas poder familiar não até os 18 anos, que o Rogério proponha uma regressiva. 
O juiz entende que a jurisprudência do STJ caminha no sentido de que é possível ao genitor, ainda que separado e sem o exercício da guarda, eximir-se da responsabilidade civil de ilícito praticado por filhos menores se comprovado que não concorreu com culpa na ocorrência do dano. Ou seja, olhou o caso de forma isolada, esqueceu a culpa abstrata, a culpa objetiva dos pais e foi olhar a peculiaridade. E ver-seque ele permitiu que o pai fosse retirado do polo passivo da ação pelo fato da contestação do pai em dizer que não morava com o garoto, se ele tivesse sido revel danou-se. Flexibilizou a regra de conduta, estão olhando de forma estrita algo que era pra ser visto de forma abstrata por conta do novo código. 
E o novo código no art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Ou seja, no inciso 1º os pais são responsáveis pelos seus filhos.
Art. 933. As pessoas indicadas nos incisos I a V do artigo antecedente, ainda que não haja culpa de sua parte, responderão pelos atos praticados pelos terceiros ali referidos. Esse artigo, portanto, não admite essa peculiaridade. Quem vem admitindo essa peculiaridade, reforçando e quebrando um pouco isso aqui é a doutrina, a jurisprudência. Não é muito correto, pois pai é pai. A única exceção que se veria, seria no caso de o garoto sofrer alienação parental por que não tem nenhuma participação daquela criança, mas ainda que esteja presente mesmo que quinzenalmente. Isso não significa que não possa saber da vida dos filhos, ou mesmo que nos 15 dia deixa de ser pai daquelas crianças. Ele não tem as crianças nas mãos mas não deixa de ser pai. 
· O dano;
· E o nexo causal.
Aula 03 25/08/2016
RESPONSABILIDADE CIVIL – 25/08/16
Na verdade sempre se entende que a mesma relação de pais e filhos, que envolvesse empregadores e empregados, que envolvesse donos de animais estar-se-ia diante e uma culpa presumida. Então se presume a culpa dos pais pelos atos de seus filhos, eles podem até estarem separados, podem até ter uma guarda ou poder familiar, mas exatamente por ter o poder familiar ele é responsável absoluto pelos atos praticados pelo menor. Até antes de completar os 18 anos. 
Da mesma maneira que um funcionário da UNDB comete um ato contra um aluno, o responsável é a UNDB e não o funcionário, por que na verdade ela deveria fiscalizar os serviços dos seus funcionários. Então ela possui culpa in elegendo. Há uma presunção de culpa. 
Não há como atingir a pessoa que cometeu o ato civilmente, mas penalmente sim. Se caso o funcionário agrediu um aluno, por exemplo. Mas a empresa vai ter culpa in elegendo. E ela pode promover ação regressiva, mesmo para justificar uma demissão por justa causa. 
A questão que se faz: Não pode mais ter uma mera presunção. 
O caso do pai que se eximiu da culpa do filho que agrediu o rapaz em um bar. Ele só conseguiu se eximir por que o legislador entendeu que há uma mera presunção. Já que era presunção, poderia se provar que não tinha culpa nenhuma naquele caso, já que é uma presunção até que se prove o contrário. 
OBS: A tendência hoje é considerar não uma presunção de culpa mas uma responsabilidade objetiva. Não se ver mais uma responsabilidade como presunção. Só poderá se eximir quando:
· Conseguir provar que houve culpa exclusiva da vítima;
· Se houve caso fortuito ou força maior;
· Se existir algum (ou culpa) concorrente – culpa exclusiva por causa de terceiro. 
Mas fora isso ele não consegue se eximir. Na presunção ter-se-ia essa abertura. O fato de não está em convívio com o seu filho não significa que ele não é um reflexo seu. 
É preciso quebrar mais essa presunção e passar a ter uma responsabilidade objetiva.
No trem o “pingente” vai em cima e o “surfista” vai entre os vagões. No metro não tem vagões por que é sanfonado. O pingente é indenizado, responsabilidade objetiva (porque tem um gancho para passar por outro vagão), por que se sabe que a pessoa abre uma porta para ir para uma porta e não tem noção. Pode haver um oscilação e ele cair, e não tem ali nenhuma segurança, portanto é a empresa que deveria garantir uma segurança ali. 
Já o surfista não tem como visualizar, o acesso ali foi ele quem provocou. O surfista não é indenizado, então é uma excludente. No ônibus não tem surfista, tem o morcego (se pendura pra não querer pagara a passagem). Por que não tem vagões, agora se ele está ali por que o ônibus está lotado, então a responsabilidade é da empresa, pois não poderia super lotar e não poderia iniciar uma viagem com aquela pessoa. 
No caso da bicicleta, ou patins, skate, como ele não está vendo poderia ser uma excludente por que ele não sabia.
CASO DE SUICÍDIO EM PRESÍDIO: A responsabilidade é do estado por que deveria garantir a integridade física. Na hora que o Estado recebe aquele apenado ou os funcionários que vão trabalhar naquela unidade prisional ele tem o dever de cuidar. De zelar. Na penitenciária não pode entrar nada que possa virar uma arma. Existem várias armas brancas que são criadas de forma artesanal pelos presos. E o homem cuja arma branca for a própria mão? Se for um lutador de MMA, Jiu-Jítsu, com uma técnica ele pode asfixiar uma pessoa, com um toque ele pode matar. 
1. 
Ementa
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - MORTE DE PRESO EM ESTABELECIMENTO PRISIONAL - DIREITO À INCOLUMIDADE - INTELIGÊNCIA DO ART. 5º, XLIX, DA CR/88 - RESPONSABILIDADE CIVIL ESTADO - CULPA IN VIGILANDO - INDENIZAÇÃO DEVIDA - PENSIONAMENTO - PRESTAÇÃO DE ALIMENTOS - OBRIGATORIEDADE - DANOS MORAIS - FIXAÇÃO - CRITÉRIOS.
- O Estado é responsável pela integridade física de detento sob sua custódia em estabelecimento prisional, incumbindo aos seus agentes a vigilância e a adoção de medidas preventivas eficazes. A falha na prevenção e vigilância, que redunda no suicídio do detento, enseja a reparação dos danos decorrentes. Conforme pacífico entendimento jurisprudencial, é devido pensionamento mensal aos pais de vítima pertencente a família de baixa renda, ainda que demonstrado que o filho não propiciava amparo financeiro, pois se joga com a simples possibilidade de que o filho viesse a prestar auxílio aos pais. Para a fixação da indenização por danos morais devem ser consideradas a culpabilidade do ofensor e sua capacidade econômica, visando adequar o caráter punitivo da pena às peculiaridades do caso concreto e impedir uma penalização excessiva.
Jurisprudência dos animais:
Ementa
RECURSO DE APELAÇÃO AÇÃO DE PROCEDIMENTO ORDINÁRIO DANOS MATERIAIS E MORAIS FURTO DE ANIMAL APREENDIDO EM CURRAL MUNICIPAL RESPONSABILIDADE DO MUNICÍPIO PELA GUARDA DA COISA FALHA NA FISCALIZAÇÃO QUE NÃO CONSEGUIU IMPEDIR A AÇÃO DE TERCEIROS RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA CULPA 'IN VIGILANDO' ATO ILÍCITO, NEXO CAUSAL E DANO CARACTERIZADOS PROCEDÊNCIA DA AÇÃO CONCORDÂNCIA DAS PARTES ACERCA DO VALOR ESTIMADO DO ANIMAL SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA PARA LIQUIDAR O VALOR DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS.
1. A responsabilidade pela guarda de animal apreendido pela Municipalidade e mantido em suas dependências é subjetiva.
2. O furto do animal, ainda que decorrente da ação de terceiros, impõe a condenação ao pagamento de indenização por danos materiais, em razão da culpa 'in vigilando'.
3. Havendo concordância, em sede recursal, acerca do valor da avaliação do animal, os danos materiais devem ser liquidados, ficando afastada a liquidação por arbitramento.
4. Recursos voluntários parcialmente providos e reexame necessário não conhecido.
EMENTA: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL- APELAÇÃO- AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MORAIS- CERCEAMENTO DE DEFESA- INOCORRÊNCIA- PÓLO ATIVO DA LIDE- COMPOSIÇÃO POR MENOR E SEUS PAIS- VERIFICAÇÃO- LAUDO PSICOSSOCIAL- PRODUÇÃO POR PSICÓLOGO FORENSE- MEIO LEGAL DE PROVA DIVERSO DA PERÍCIA- VALIDADE- REQUISITOS DA PROVA PERICIAL- INAPLICABILIDADE- REPARAÇÃO DE DANOS- AMORDAÇAMENTO E IMOBILIZAÇÃO DE CRIANÇA EM SALA DE AULA PELA PROFESSORA- DANO MORAL PURO- PRESENÇA COM RELAÇÃO AO ALUNO,MAS NÃO COM RELAÇÃO AOS PAIS- RESPONSABILIDADE CIVIL DA ESCOLA- VERIFICAÇÃO- INDENIZAÇÃO- CIRCUNSTÂNCIAS DO CASO- MAJORAÇÃO DO QUANTUM- NÃO CABIMENTO- JUROS DE MORA- TERMO INICIAL- RECURSO CONHECIDO E PROVIDO EM PARTE.
Apresentado o rol de testemunhas com todos os requisitos exigidos no art. 407 do CPC, não se verifica cerceamento de defesa com a produção da prova testemunhal. Se pela qualificação descrita na inicial os pais do autor menor atuam na lide como seu representante e de per si, o que se pode entender é que o pólo ativo da lide foi composto pelos pais e pelo filho. Como todo meio legal é hábil para provar a verdade dos fatos alegados no curso do processo, mesmo que não especificado no CPC, a produção de laudo psicossocial por psicólogo forense é válida, sendo despiciendos os requisitos legais destinados à perícia, já que não se trata de prova pericial strito sensu. Sofre dano moral puro a criança de quatro anos de idade que é amordaçada e imobilizada pela professora em sala de aula, sendo civilmente responsável a instituição de ensino por indenizá-la. Não sofre dano moral os pais de aluno que recebe técnica disciplinar extrema e reprovável da professora, se resta comprovado que a criança não ficou com qualquer trauma decorrente. O valor da indenização por danos morais deve ser fixado de forma proporcional às circunstâncias do caso, com razoabilidade e moderação, não devendo a condenação ser aquém, de forma que não sirva de repreensão para quem tem o dever de pagá-la, nem além, que possa proporcionar o enriquecimento sem causa de quem a recebe. Se há relação contratual os juros de mora na ação de indenização são contados da citação. 
Recurso conhecido e parcialmente provido.
Enunciado nº 451 do CJF/STJ: “A responsabilidade civil por ato de terceiro funda-se na responsabilidade objetiva ou independente de culpa, estando superado o modelo de culpa presumida.” Então não se fala mais em culpa in vigilando, in elegendo e in custodiendo, fala-se em responsabilidade objetiva. 
OBS: ato de terceiro é o ato do hospedeiro, dos pais, do entregador, do Estado. 
Súmula 341 do STF: É presumida a culpa do patrão ou comitente pelo ato culposo do empregado ou preposto.  É responsável pelos atos do seu empregado, o empregador. – Aqui já se fala em responsabilidade objetiva e está em consonância com os arts. 932 e 933. 
SÚMULA 341
Ausência de responsabilidade civil da empregadora por ato doloso praticado por seu empregado, por razões estritamente pessoais
(...) "o acórdão que nega a responsabilidade civil do empregador, por homicídio praticado por seu empregado (vigilante), por razões pessoais e estranhas ao serviço,  não entra em manifesta divergência com a Súmula 341 do STF. Nesse sentido, a 1ª Turma, no julgamento do RE 106.664/RJ, Rel. Ministro Sydney Sanches, decidiu: 'EMENTA  - Súmula 341 do STF. Não entra em manifesta divergência com a súmula 341 do STF acórdão que nega responsabilidade civil da empregadora, por ato doloso (homicídio) praticado por seu empregado (vigia), por razões estritamente pessoais, estranhas ao serviço, contra vizinho do estabelecimento. RE não conhecido, quanto à alegação de negativa de vigência dos artigos 159, 1521, III, 1522 e 1524 do C. Civil, e de dissídio com julgados, face ao óbice regimental do valor da causa (art. 325, VIII, do RISTF, c/ a redação anterior a ER n. 2/85). Nem por manifesta divergência com a súmula, porque não configurada, na espécie.' Isso posto, nego seguimento ao recurso (Código de Processo Civil, art. 557, caput)." (RE 601811, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, decisão monocrática, julgamento em 30.9.2009, DJe de 16.10.2009).
2) DANO – sabe-se que para haver dano é necessário que haja uma violação de interesse jurídico da pessoa. Por muito tempo se dizia que para gerar o dano era preciso que o dano estético tivesse que ser visualizado, mas não precisa ser visualizado, ele precisa somente ser sentido, rejeitado. E é lógico que esse dano estético pode trazer várias outras seqüelas. Ex. pessoa que queimou a mão pode ser que essa pessoa tinha sua mão como modelo para uso de anéis, para expor jóias. Nesse caso houve lucros cessantes. Não houve só um dano estético como também um dano patrimonial. E esse dano estético abala a auto-estima. Mas isso vai de pessoa para pessoa, pode ser que pra um seja um dano estético minúsculo, enquanto que para outros pode ser o fim do mundo. 
2.1 Requisitos do dano indenizável:
a) violação a um interesse jurídico: Esse interesse jurídico, portanto, que precisa ser violado para haver o dano, é um interesse que não se limita ao interesse material pode ser tanto um dano material, um dano moral e um dano estético.
b) certeza do dano: Por muito tempo se dizia que para gerar o dano era preciso que o dano estético tivesse que ser visualizado, mas não precisa ser visualizado, ele precisa somente ser sentido, rejeitado. E é lógico que esse dano estético pode trazer várias outras seqüelas. Ex. pessoa que queimou a mão pode ser que essa pessoa tinha sua mão como modelo para uso de anéis, para expor jóias. Nesse caso houve lucros cessantes. Não houve só um dano estético como também um dano patrimonial. E esse dano estético abala a auto-estima. Mas isso vai de pessoa para pessoa, pode ser que pra um seja um dano estético minúsculo, enquanto que para outros pode ser o fim do mundo. 
Vai ter que ponderar o caso específico daquela pessoa pra saber se houve aquele dano. E o dano da pessoa que ficou tetraplégica? A pessoa perdeu o emprego e a esposa teve que parar de trabalhar pra cuidar dela. Quer dizer que esse dano foi extensivo. Estendeu-se para outras pessoas, e isso precisa ser majorado. O dano não se limitou aquela vítima. 
Esse dano precisa ser certo: não pode ser um mero aborrecimento. Mas há ainda a discussão que o mero aborrecimento deve ser indenizado. Mas o dano além de ser algo concreto, certo ele deve subsistir.Por que na hora que acontece o evento não se tem a obrigação de propor a ação no dia seguinte imediatamente, tem um lapso temporal, tem o prazo pra isso que são 3 anos ou 5 anos, depende da situação. Pode propor um mês depois, e pode ser também que a dor no dia da audiência, que pode ocorrer muito tempo depois do incidente, não seja mais a dor do dia em que ocorreu aquele problema. Mas ela tem ainda que existir dentro da pessoa.
c) subsistência do dano
2.2.Espécies: patrimonial e moral ; dano reflexo e dano indireto; danos coletivos, difusos e a interesses individuais homogêneos (art. 81 do CDC): 
Art. 81 CDC. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de:
I - interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato;
II - interesses ou direitos coletivos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base;
III - interesses ou direitos individuais homogêneos, assim entendidos os decorrentes de origem comum.
*aspectos a serem considerados: dano emergente e lucros cessantes (art. 1.059 CC)
Art. 1.059. Os sócios serão obrigados à reposição dos lucros e das quantias retiradas, a qualquer título, ainda que autorizados pelo contrato, quando tais lucros ou quantia se distribuírem com prejuízo do capital.
Aula 04 01/09/2016
1) Responsabilidade civil por ato de terceiros (arts. 932 e 933): Tem-se o grupo de responsabilidade dos atos próprios, quando a pessoa que pratica o ato será ela responsabilizada pela prática direta desse ato. E agora será um ato praticado por um terceiro e outra pessoa vai ser responsabilizada pela prática desse ato por parte desse terceiro. 
Nessa responsabilidade por fato de terceiro, há ali uma lista fechada que se encontra noart. 932, onde se encontra as situações cujos atos ilícitos são praticados por alguém mas que não é este alguém o responsável direto para a solução do problema, quem irá reparar civilmente este ato ilícito é uma outra pessoa. E sabe-se que pode ter responsabilidades de forma paralela (responsabilidade civil, penal, administrativa com pessoa distintas em cada um desses polos). Não interessa se o menino matou alguém, vai haver nesse caso uma responsabilidade penal, responde criminalmente e a responsabilidade criminal é na pessoa do imputado, é pessoal. 
Já na responsabilidade civil a responsabilidade é dos pais, por isso se fala em responsabilidade civil por ato de terceiro por que quem praticou o crime não foi o pai, mas o pai será responsabilizado. Deixou de existir a questão de culpa, o que existe aqui é uma responsabilidade objetiva que só será elidida, se provar que houve uma culpa exclusiva da vítima, se provar que houve um caso fortuito ou força maior para se eximir desse ato praticado por uma outar pessoa. 
RESPONSABILIDA DE MANEIRA INDIRETA: 
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia; 
Esse primeiro inciso está falando sobre os pais, sobre autoridade, sobre menoridade e sobre companhia. Fala dos pais e atribui a responsabilidade de um ato praticado por um filho ao pai, mas ao pai que consta no registro do nascimento por que há o princípio da responsabilidade paterna, basta ser pai. A função de um pai não é apenas procriar, dar vida àquela criança é também administrar a vida daquela criança ou adolescente. 
Quando se tem uma incapacidade, essa incapacidade é uma incapacidade de fato (também chamada de capacidade de exercício) por que todos nascem capazes de direito e vai adquirir ao longo da vida essa capacidade fática e quando adquirir essas duas vai ter capacidade plena. 
· Essa capacidade fática pode ser perdida ao longo da vida, pode ser plenamente capaz e por algum motivo perdeu a capacidade de exercer direitos. Essa capacidade de exercício passará a ser feita por outras pessoas. A incapacidade poderá ser por duas formas:
· Incapacidade por idade: Quando o problema é de idade, quando se tem menos de 18 anos, quem vai cuidar dessa incapacidade, quem vai suprir essa incapacidade de exercício, fazendo valer um direito meu, agindo em meu nome é o que detém o poder familiar, no caso os pais. Mas esse poder familiar pode ser perdido dos pais, por que, afinal, existe limite desse poder familiar, não pode haver uma extrapolação pois esse menor, embora incapaz para exercer por conta própria seus direitos. 
Esse menor pode ter um apartamento, pois continua tendo direitos, tem o direito de propriedade mas quem vai alugar, quem vai assinar o contrato, quem vai entrar na justiça pra cobrara o aluguel atrasado em nome do menor é o representante legal dele que detém o poder familiar. 
Ainda na questão da idade, não tem poder familiar mas não tem 18 anos, não tem poder familiar por que os pais morreram ele é órfã, ou os pais foram destituídos do poder familiar, onde deveria existir poder familiar e não existirá o que se chama de tutela. 
· Incapacidade por discernimento: Quando o problema da incapacidade não é de idade mas sim de discernimento mas se ter a curatela, o curador. 
Na hora que se tem o poder familiar é por que o menino ainda é menor de idade, e os pais tem o dever de conduzir a vida desse menor educando, não somente educação acadêmica mas também educação de valores, ele tem que ensinar valores sociais, religiosos, morais. A responsabilidade do ato daquela criança é dos pais, ela é um reflexo dos pais. Portanto, se é pai, pode não ter a convivência com aquele menor, mas não existe a quebra desse vínculo por que não existe a figura do ex-pai. Ainda que tenha havido a perda do poder familiar, mas não existe ex-pai. No momento que há a perda do poder familiar vai para o estado e essa criança poderá será ser adotada e terá novos pais. E aquele pai que existiu antes continuará na certidão de nascimento para evitar o casamento entre ascendentes. Esse pai é responsável pelos filhos menores em razão da incapacidade que esses filhos tem e por que ele tem oq eu se chama de autoridade parental mas é necessário que faça cobrança daquele pai que está em companhia com o filho. 
Companhia não significa exatamente guarda. Quando o casamento se dissolve, quando o casal dissolve o relacionamento, seja casamento, união estável, namoro que tenha filhos, não haverá quebra do vínculo entre pai e filho, haverá a quebra daquela sociedade afetiva. É natural que um deles mantenha a criança por perto, mas o outro pai não deixou de ter poder familiar por conta disso, por que não se extingue em razão da quebra do vínculo dos genitores e o poder familiar só se extingue quando se alcança a maioridade, só se extingue quando cometer um dos atos repudiados pelo ordenamento. Os pais são separados, ou um mora do outro estado, todos os dois detém do poder familiar por que se tem menos de 18 anos. Ainda que se visite de 15 em 15 dias, mas naquele momento vai estar com ele. Então os pais são responsáveis por aqueles atos cometidos pelos seus filhos desde que esteja na menoridade. Se o menino estiver na maioridade não existe mais o poder familiar. 
OBS: No Brasil há uma realidade bem distinta, pois os filhos, embora alcancem a maioridade, continuar sendo providos pelos seus pais de forma que todos os seus bens pertencem aos pais. No momento em que esse maior comete algum ilícito a responsabilidade civil deverá recair sobre o patrimônio daquele que causou o dano à alguém, no entanto ele não tem nada no nome dele e a pessoa prejudicada não poderá pleitear que sejam os pais daquela pessoa responsabilizados por aquele dano, pois não existe mais o poder familiar e a responsabilidade dos pais pelos atos de seus filhos. E a pessoa fica duplamente prejudicada, vítima duplamente por que não pode transferir esse prejuízo para outra pessoa. A responsabilidade civil dos pais pelos atos de seus filhos é até a maioridade. 
Se são dois filhos, um menor e outro maior e os dois causam danos a pessoas, poderá ser cobrada a responsabilidade somente pelos danos causados pelo filho menor de idade, por que existe aí o poder familiar e a responsabilidade por ato de terceiro mas do filho maior de idade não. Os pais podem até pagar os danos do filho maior de idade mas os pais poderão propor uma ação regressiva contra o filho para pedirem os valor pago pelos seus danos. Mas no caso do menor de idade não poderá ser proposta uma ação regressiva em face do menor de idade, reaver o dinheiro que eles pagaram pelos prejuízos que ele causou, é o que está previsto no art. 934 do CC. “Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz.” Salvo se cometeu o ato foi um descendente seu absolutamente incapaz, abaixo dos 16 anos, ou relativamente incapaz, abaixo dos 18 anos. Não vai poder reaver, só vai poder reaver se for maior de 18 anos. 
OBS: O padrasto somente será responsabilizado se houver uma paternidade sócio afetiva reconhecida, por que a partir do momento que se reconhece como filho, e a CF/88 diz que filho é filho tem direito, então não interessa de que maneira virou um filho, se foi por adoção, se é biológico, se foi por inseminação artificial ou se é filho sócio afetivo, é filho e como filho recebe alimentos, tem direito a sucessão. É necessário que haja o reconhecimento da paternidade sócio afetiva. 
· Responsabilidade subsidiária: é quando entra primeiro contra o devedor principal, tem uma dívida e um devedor por fora, ou por sucessão. Se esse devedor não paga, só aí que vai ter direito de cobrar o substituto dele.
· Responsabilidade solidária: na dívida solidária, é uma dívida com vários devedores iguais, pode propor ação contra qualquer um deles e contra todos, e o que pagar se quiser entra com uma ação regressiva contraos demais. 
E se os pais não tem dinheiro e quem tem dinheiro é o menor? O caso da mini miss, dos futuros jogadores de futebol onde os pais vivem em função dos filhos e nesse caso não possuem patrimônio, quem vai saudar o débito? O patrimônio do filho ou do pai? É o do pai, sem poder pedir uma regressão pro filho, não tem direito de regresso mas responsabilidade é solidária. 
O menino foi criado pela avó, os pais não perderam o poder familiar mas cada um tomou um rumo e esse menino foi criado pela avó. E isso ainda é algo recorrente, e muitos avós entravam com o pedido de guarda e por causa do estatuto da criança e do adolescente, diz que a guarda é para todos os efeitos inclusive efeitos previdenciários e eles entravam com uma maneira de perpetuar a pensão deles. E quando esse avô morria não tinha mais filhos menores e como era ele quem provia a casa, pegava uma criança de 2 meses de idade e pedia a guarda pra quando morrer deixar a pensão. Aí a previdência fez uma lei concedendo a guarda pra todos os avós mas em fins previdenciários. E a guarda serve para autorizar uma viagem, pra autorizar uma internação daquele menor, etc, mas sem fins previdenciários. 
· A enumeração do art. 932 é numerus clausus? Sim, é taxativo.
· A responsabilidade é solidária ou subsidiária? Sem restrição? É solidária em relação aos pais e sem restrição, por que na verdade não pode pedir a devolução do dinheiro que pagou pois o filho é menor. Há uma jurisprudência que diz que a avó, apesar de não ser pai ou mãe, ela tem autoridade, e como tem autoridade e tinha a criança em sua companhia ela se torna responsável. Então pode propor a ação direta na avó, se ela tiver na companhia da criança, ou pode ir nos pais, pois a responsabilidade é entre eles. E avó pode propor uma ação regressiva contra os demais. Não é o simples fato de sela ser uma avó, mas o fato de ela ter esse criança na companhia dela. 
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
Ainda tem em razão a incapacidade de quem ainda é menor mas não tem mais pais, ou pode até ser maior mas não tem discernimento. Mas é a mesma situação do inciso I, ou seja, essa responsabilidade é imposta diretamente ao responsável? O menino menor de idade, não tem mais pais, é tutelado por alguém e pratica um ilícito civil, quem paga a conta é o tutor. Uma pessoa que não tem discernimento quem paga a conta é o curador. O pródigo é curatelado, ele possui uma incapacidade de fato voltado para a questão de gestão, não consegue controlara as despesas dele sem trazer prejuízo para as pessoas que dependem dele. Ele pode casar, pode ter filhos, pode votar, pode ser eleito, ministrar uma aula, pode praticar vários atos da vida civil menos mexer com dinheiro. O curador não pode ser responsabilizado por algum ato ilícito do pródigo que não esteja relacionado com a sua curatela. Ex. O pródigo bate o carro e gera um dano, o curador não pode ser responsabilizado. O pródigo não pode responsabilizar o seu curador por um ato ilícito seu, pois não foi um ato que dependesse a curatela, e ainda que haja uma responsabilidade para o curador, ele pode reaver por que nesse caso é maior de idade. Da mesma forma o tutor, menos se for menor de idade. Se esse curador ou tutor não for um parente, ele pode cobrara dentro do patrimônio do menor. 
OBS: avô não tem poder familiar, ele pode ser curador, tutor, guardião, só não pode adotar e ter poder familiar. Então se o avô pagou ele não pode reaver por que esse menino é descendente dele. Se não for parente pode reaver, mesmo que seja menor, a questão é ser descendente e ser menor de idade.
· Isenção de responsabilidade do incapaz? Não há essa isenção quando estiver falando de curatela por que tem que se ver os limites da curatela. Então se a curatela está limitada a questão de patrimônio na hora em que se comete um ato ilícito em que não está ligada àquela questão patrimonial, então o curador não pode ser responsável. 
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
Também antes era culpa presumida e passou a ser culpa objetiva; os empregadores é simples, a UNDB é responsável pelos empregados dela, pelos atos deles pois são seus prepostos. E o comitente é aquele que contrata alguém pra fazer um determinado serviço, uma comissão. Ele também é responsável também por esta pessoa que ele contratou. Os serviçais não existem mais, o serviçal é um escravo e ainda que isso exista à margem do direito, hoje ninguém pode trabalhar sem o recebimento de uma contraprestação. O estagiário é um empregado, tem uma relação. E quando há uma relação em razão de uma eleição, de uma vigilância há uma responsabilidade objetiva. 
Esse que contrata pode propor uma ação contra o seu funcionário, e mesmo uma ação regressiva mas deve observar o que está disposto no art. 462, §1º da CLT. “Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contrato coletivo.
§ 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do empregado.” – Ou seja, na ação regressiva, a rigor não poderia descontar nada do funcionário a não ser que seja um desconto já estabelecido por lei, mas numa ação decorrente de um ato ilícito pode fazer o desconto, não pode fazer é o desconto integral. Pois pode ser que o valor do dano causado pelo funcionário tenha sido maior que o seu salário e não pode descontar todo o salário do funcionário, existe um limite pra isso e vai-se parcelar esse valor ou mesmo demitir e fazer uma compensação de valores. Mas pdoe manter o funcionário e ele assume essa dívida, cobra essa dívida de forma parcelada.
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
A responsabilidade é da UNDB, a responsabilidade é do hotel (é responsável pelo hóspede quando faz alguma besteira) e a UNDB é responsável pelo aluno quando ele faz alguma besteira mas a UNDB não é responsável pelos alunos por que são todos maiores, mas a doutrina entende que essa responsabilidade dos educandos é no caso dos menores, e quando são maiores não tem como “babar os alunos”. O hotel tem que ter controle dos seus hóspedes, de quem é hóspede e quem não é hóspede. Se a escola for público quem vai pagar é o poder público, e se ele for maior de idade não há responsabilidade por esses órgãos.
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia. 
Aqueles que de forma gratuita, quer dizer, aqueles que não pagaram pelo produto do crime, mas que partilharam do produto do crime. Então todas essas pessoas são responsáveis pelo produto do crime.
Ex. João que roubou aquele objeto, mas levou para casa onde moram 5 familiares, todos são responsáveis pelo produto do roubo, ninguém a contraprestação, todos são responsáveis pelo ato praticado apenas pelo João, mas só será responsável por aquilo que teve benefício. Não é uma responsabilidade solidária e sim uma solidariedade indicada, sabe-se a responsabilidade de cada um. 
Ao lado dessa responsabilidade por fato de 3º, tem-se:
2) Responsabilidade Civil pelo fato da coisa e do animal: que é um expressão equivocada, e para Cavaliere a melhor nomenclatura seria “responsabilidade pela guarda de coisas inanimadas”, por que na hora que se diz que há uma responsabilidade civil pelo fato da coisa e do animal, está0se dizendo que a coisa ou o animal fez alguma coisa e a pessoa vai ser responsável, só que a responsabilidade civil no Brasil é pautada na conduta humana. Aonde está a conduta humana se quem gerou o dano foi uma coisa ou um animal? Então não haveria a conduta humana, então para não haver a descaraterização do instituto da responsabilidade civil, deve-se mudar a nomenclatura e entender que é pela guarda da coisainanimada e que causaram danos à alguém. 
Faz-se necessário primeiro definir quem é o guardião primeiro. Pois o guardião é quem detém àquela coisa ou animal que é um bem jurídico que é uma coisa. No momento que se tem um cachorro e foge de casa e causa dano à alguém, será responsabilizado. Não se discute se o cachorro era dócil ou não, é responsabilidade é objetiva. Agora no momento em que se deixa o cachorro com um adestrador e ele foge, a responsabilidade pelo ato praticado por este cachorro será paga por este adestrador. 
Ex. Anna Valéria tem uma cachorrinha de exposição e que participa de várias exposições e ganha dinheiro com essa cachorrinha. E por descuido, deixa a empregada passear com a cachorra e ela aparece “prenha” (expressão chula e ridícula) de um cachorro 10 vezes maior que a cadela, não é da mesma raça. E vai ter que fazer uma Cesária pra retirar os cachorros que são grandes, e não tem valor nenhum pra ela, pois a cadela é de pedigree. O cachorro de alguém trouxe um dano para Anna Valéria. A responsabilidade é do dono do cachorro? Ou existe uma responsabilidade concorrente/solidária se a empregada deixou que isso acontecesse? Sendo que a empregada é um preposto de Anna Valéria. Se aquele cachorro não tiver dono nenhum, e poderia ser afastado da cachorra, então a responsabilidade é da empregada e pode-se pedir uma regressiva contra ela, pois se perdeu dinheiro, se gastou dinheiro fazendo uma Cesária, e a cachorra não pode mais ser exposta. Lucros cessantes. 
· Quem é o responsável pelos danos causados pelo animal furtado e que se encontrava na posse do ladrão?
Na hora que alguém furtou o cachorro, quem paga a conta é o ladrão e não o dono. Pois é o ladrão que tem a guarda do cachorro, tem o cachorro na sua guarda. 
Ex. Num petshop, um cachorro morde o outro, a responsabilidade é de quem? Do dono do cachorro que mordeu? Não. A responsabilidade é do petshop, pois ele tinha a obrigação de zelar pelo cachorro, pois se delegou a responsabilidade para a o petshop. Pois se passa a confiança.
Ex. Ou eles no momento de tosarem o cachorro, eles feriram o cachorro, quem paga a conta é o petshop, mais uma vez por que ele tinha a obrigação de zelar pelo cachorro. Que o Petshop mova uma ação civil regressiva contra o funcionário dela, se vai mover uma ação civil por conta dessa situação do ato praticado pelo animal ou mesmo por conduta negligente do empregado, e vai responder em relação ao empregado dela (o Petshop), como relação do empregador em relação ao seu empregado, que não segurou os animais. 
Aula dia 15/09
Essa responsabilidade que estamos tratando aqui, que é a hipótese do “art. 932. São também responsáveis pela reparação civil:
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
II - o tutor e o curador, pelos pupilos e curatelados, que se acharem nas mesmas condições;
III - o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele;
IV - os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
V - os que gratuitamente houverem participado nos produtos do crime, até a concorrente quantia.
Essa responsabilidade que a pessoa vai assumir em razão de um ato praticado por outra pessoa. É uma responsabilidade que incide sobre aquela pessoa que não praticou o ato mas incide por razões bem definidas, ou por que tem uma relação parental com aquela pessoa (detentor do poder familiar dela), ou por que é o empregador daquela pessoa, ou por que é o dono daquele hotel, daquele prédio em razão de uma situação daquela pessoa, do status que ela possui o ato praticado por alguém a quem se deve ou se tem uma obrigação de cuidar, zelar, observar, de eleger ou de guardar essa pessoa será responsável. 
Mas essa responsabilidade, que é a responsabilidade solidária se tiver de ser (eu não entendi essa parte, mas parece com algo como “elivertente”) da obrigação solidária. 
Quando se fala em obrigação subsidiária, se tem a oportunidade de propor uma ação contra o devedor principal e se ele não tiver dinheiro pra pagar vai em busca do devedor subsidiário, acessório, ou superveniente. Uma obrigação solidária, as duas pessoas estão devendo alguém e esse credor poderá propor a ação tanto contra ou contra a outra. Se propuser a ação pra um dos devedores por que julga esse ter mais possibilidade de pagar do que outro, por que tem dinheiro no banco, possui bens e por se tratar de uma obrigação solidária, poderá a parte propor uma ação regressiva contra o outro devedor cobrando a metade do valor que foi pago daquela obrigação, ou seja, se pagou 150 mil reais da dívida proporá uma ação regressiva pedindo os 75 mil. 
Na responsabilidade solidária, não existe esse repasse. Na hora em que o filho comete um ato ilícito conta alguém a responsabilidade objetiva é dos pais, por que não existe mais a questão da culpa presumida (culpa in vigilando do pai), o pai agora é responsável de forma objetiva e ele não poderá cobrar esse garoto.
Na hora em que se está andando pelo corredor e o chão molhado faz você escorregar e cair e se lesionar, vai propor ação contra a UNDB por conta da responsabilidade objetiva, disposta no art. 932 (supracitado). Não foi ela quem fez isso mas ela erra na medida quando não observou o ato dos seus empregados, logo ela tem essa responsabilidade, por que ela tem culpa in vigilando e in elegendo. Vai ser acionada e paga uma indenização de 30 mil reais mas poderá promover uma ação regressiva contra o seu funcionário. Mas nessa situação em que ela vai promover uma ação regressiva contra o seu funcionário, ela vai pedir ressarcimento de 15 mil ou 30 mil?!
· Na situação a): quando se é obrigado solidariamente e tem que pagar uma dívida se 150 mil, 75 mil de um e 75 mil da outra, um só foi selecionado pra pagar os 150 mil reais mas pode promover a ação regressiva e ela vai receber só a metade. 
· Na situação b): Não é obrigação solidariedade é uma responsabilidade solidária, também pode promover ação o empregador contra os atos praticados pelo seu empregado. Na hora que a sentença arbitrou danos morais de 30 mil reais, a UNDB vai promover a ação contra o funcionário dela pra conseguir o valor integral, portanto não é uma obrigação solidária pois se fosse ela pagaria só a metade. Ela é responsável pelo todo, quer dizer, a responsabilidade, na verdade, é uma prática do ato e do funcionário do ato (?), mas o ordenamento entende que também pode promover a ação contra o dono. 
O item 4 não vai cair na prova. 
Responsabilidade civil sobre o mau uso da propriedade: o que seria isso? Na verdade há uma subdivisão, ou uma divisão sobre a incidência sobre esse mau uso da propriedade. Quando se estudou no 4º período Direitos Reais, se viu a diferença entre posse e propriedade. Qual a diferença entre eles? A propriedade está relacionada ao dono, o domínio do título e a posse é a visibilidade, é a parte exteriorizada. Todo proprietário tem posse? Tem posse indireta. Toda propriedade tem posse mas nem toda posse gera propriedade. O inquilino tem uma posse direta daquele bem, é ele quem abre e fecha a porta, é ele que gasta com o piso. 
O inquilino ele tem o exercício direto daquele bem, mas sem dúvidas o proprietário que tem a posse indireta ele tem o direito de alugar, de vender, de escolher o inquilino que ele quer. Então isso também é posse, posse não é somente posse direta. 
É preciso saber sobre posse e propriedade para saber sobre o mau uso desse bem. Quando um azulejo da parte externa desse bem; se alugou uma casa que o proprietário não estava cuidando bem dela, não zelou por um questão estrutural dessa casa, a responsabilidade é lógico do proprietário, se porventura a má utilização da casa traz um dano. Nos casos dos casarões onde os inquilinos estavam substituindo as peças das casas antigas por outras mais modernas e isso não pode, pois é uma história daquele povo, de uma nação e por isso deve ser mantidoem todos os seus detalhes e não pode modificar uma casa do século XVIII. Tem que manter todo o material originário daquela casa, não pode substituir, lógico que vai ter que fazer reparações mas os materiais utilizados tem que ser aquele que remete ao material original. Não pode tirar a escada de madeira por que tá dando cupim e colocar uma escada de ferro ou de caracol que não existia naquela época. Tem que fazer nos mesmo moldes, no mesmo padrão do que existia naquela época, tem que restaurar, pode até está utilizando uma estrutura de hoje mas a estética tem que ser daquela época. 
Dá trabalho cuidar desses bens, vai trazer alguns benefícios mas também vai ter ônus. Não pode deixar esse prédio abandonado por uma questão simples, pode ir a ruína, pode cair em cima de um carro, ou cima de uma pessoa e a reponsabilidade desse ocorrido é do proprietário e não pode dizer que o prédio é antigo, pois deve haver a conservação. Nos casos dos prédios tombados. Se se tem uma casa e não se zela por ela e se porventura ela cai em ruína de alguém, a responsabilidade é sua. 
A responsabilidade não é só sobre pessoas, sobre ações, são por coisas inanimadas também. E existe uma crítica que é feita, por Cavaliere, então na verdade a casa não tem ação mas ela precisa ser cuidada, não é por que se construiu essa casa da melhor forma pode ser que cause um dano a alguém. Se resolveu quebrara uma parede, fazer uma reforma que veio a causar um dano a outrem, então é isso que dispõe sobre a ruína de edifício ou de construção. Art. 937 CC. O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
Aí se trata de uma responsabilidade do próprio dono do imóvel. Edifício aqui não é prédio, é uma edificação, uma casa. 
Se dá esses exemplos dos bens tombados por que eles precisam de conservação. Embora a pessoa a qual tenha alugado o imóvel e tenha feito uma reforma que veio causar um dano a terceiro, a responsabilidade não é da pessoa que fez a reforma e sim do proprietário por que qualquer benfeitoria do imóvel só pode ser feita com autorização. Mesmo que a outra pessoa não requereu, pois o proprietário é aquela pessoa, se se achar injustiçado pode entrar com uma regressiva provando que não foi comunicado ou que não autorizou. Caso aquela benfeitoria foi necessária, uma instalação elétrica, paciência, ele tinha que fazer por que foi exatamente por que demorou a fazer que foi necessário que o outro fizesse. 
Antigamente em São Luís as pessoas não moravam em prédios, por que tinham poucos, e nem em condomínios, preferiam casas. Embora atualmente essa realidade esteja mudando as pessoas ainda estão se adaptando em conviver em condomínio, se acha que todo mundo tem o mesmo gosto musical, que todo mundo tem que sofrer as desilusões amorosas dele então sempre que ele pega um fora ele passa a noite inteira chorando ouvindo músicas deprê. As pessoas tem que entender que conviver significa saber respeitar limites, regras de horário, de decibéis, não pode fazer tudo.
Se, por exemplo, uma parte do prédio despenca e causa dano a alguém, quem paga? O proprietário ou o inquilino? O proprietário, por que ele tinha que conservar aquele bem, é responsável pela estrutura do bem. Agora, o vaso de planta de Samambaia, despensa do 5º andar, quem paga é o inquilino, por que não faz parte da estrutura do bem, pela água do prédio que foi jogada fora, quem paga é o inquilino. Por que são coisas que caem desse imóvel.
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido. Vai fumar e jogar o cigarro pela janela, Não é por que a área do prédio é comum que vai fazer o que bem entender. 
Se esse negócio que cai do prédio, não se tiver como identificar quem foi, vai contratar um físico? Como faz? Todos fazem. Se não conseguir identificar qual foi a unidade residencial responsável pela projeção daquele objeto toda aquela torre vai ser responsável, até que alguém declare quem foi o bonito.
E se pode conjugar outras responsabilidades, essa responsabilidade do mau uso da propriedade pode ser conjugada com outra? Quais seriam as situações? Pode conjugar, imagina se quem jogou essa coisa foi o filho do inquilino, e se tem aí a responsabilidade por ato praticado pelo filho e pelo mau uso da coisa. Ou quem jogou a água foi a empregada, responsabilidade pelo mau uso da propriedade e pela responsabilidade por seu preposto. 
P2
RESPONSABILIDADE CIVIL – P2:
RESPONSABILIDADE PELO FATO DA COISA:
· Em teoria, carro não sai rodando por aí, e nem um brinquedo ou coisa do tipo, saem matando alguém, causando danos sem alguém utilizar. E para isso tipo de coisa, que não são ser moventes, para os ser moventes tem um tipo específico, para esse tipo de coisa não existe ainda um tipo específico, porém, esse tipo de objeto pode vir a causar dano a alguém, e aí como esse objeto só vai ter a possibilidade de causar dano se alguém utilizar esse objeto, o prof. nunca viu decisão do judiciário no sentido, ‘’fulano de tal deixou o notebook dele parado, e alguém pegou o notebook dele, e o usou para agredir uma outra pessoa, e por conta disso, o dono do notebook é responsável pelo dano’’, não tem decisão nesse sentido que se conheça, porém, para veículos é muito comum as pessoas sofrem danos através de acidente automobilísticos, e é muito comum veículos causarem danos, então, apesar de não ter previsão expressa para isso, não tem um dispositivo legal que fale assim, ‘’você é obrigado a cuidar do seu carro, guardar a chave para que ninguém possa utilizá-la’’, o judiciário tem entendido que no momento que você disponibiliza o seu carro para alguém, você é responsável pelo dano que aquela pessoa vier a causar na direção do seu carro.
· Obs. tanto veículos de automoção são objetivos muitos propícios a causar danos para as pessoas.
· Inclusive, tem um dispositivo legal que fala da responsabilidade objetiva quando aquela atividade seja com alto potencial de causar dano, e tem se entendido que dirigir é uma atividade com alto potencial de causar dano. Então, apesar de não ter uma regulamentação específica sobre isso se tem entendido de que quando eu empresto o meu veículo para alguém, eu tenho a responsabilidade pelo dano que causarem utilizando o meu veículo, porque eu sou proprietário, e eu sabia que aquele veículo que eu realizei aquele empréstimo, aquela poderia vir a causar dano para alguém.
· Não tem previsão legal expressa para isso, é uma questão apenas jurisprudência bem específica com fundamento muito vago, é a ideia de que você tem o dever de guarda. Por que vale para cá, e não vale para outros objetos? Talvez seja pela valorização que os brasileiros dão a esses objetos, por este ter um valor bem mais alto do que os outros bens móveis em detrimento de um valor de um carro. Nós acabamos dando uma diferenciação para o carro, que em teoria, ele não deveria ter, ele era para ser um bem móvel como qualquer outro, mas fomos criando, sem previsão legal, essa regra distinta para questões de veículo e empréstimo de veículo. 
· Atualmente, por uma construção jurisprudencial, sem previsão legal, damos a ideia de responsabilidade pelo fato de você ser proprietário da coisa. Construção doutrinária e jurisprudencial.
· Ex: Empréstimo de veículo, responsabilidade pela teoria da guarda, em caso de acidentes com terceiros.
· Os ser moventes tem regra específica para utilizar, está no art. 936, que diz que o dono ou detentor do animal ressarcirá o dano por este causado, se não comprovar culpa da vítima ou força maior. Então, o cachorro mordeu o cachorro do vizinho, o proprietário do cachorro tem responsabilidade. Salvo, se provar que não foi o cachorro, ou que o cara atiçou o teu cachorro de maneira que o cachorro não poderia agir de outra maneira que não se defender, elementos como esse, o proprietário não teria responsabilidade. O próprio dispositivo legal limita o ato a culpa da vitima ou força maior, masno geral, você vai ser responsável. Pois o proprietário é que tem que cuidar do seu animal, o ser movente é de responsabilidade sua. 
· Esse dispositivo também autoriza a responsabilidade em acidentes em estradas, que é muito comum as pessoas criarem gado, bode, e aí, esses animais eventualmente vão atravessar a pista, e não pedem licença, não olham para o lado.
· Para esses animais domésticos que possam causar um dano a alguém, e esse dispositivo serve também para animais de grande porte que possam causar um acidente, e serve qualquer animal que você tiver, como p. ex., um leão. 
· No caso de acidente ou dano causado por ser movente, todos esses casos o proprietário teria responsabilidade.
· Ex. se o cara deixou o bode dele solto, e o cara vinha com velocidade acima do limite permitido na rodovia, de quem a responsabilidade pelo acidente? Teria que provar que naquela circunstâncias especificas, o acidente foi causado não pelo animal ter ingressado de maneira abrupta, mas pela velocidade exagerada com que o cara vem dirigindo. Mas a ideia de o cara está infringindo uma norma de trânsito não quer dizer que ele é responsável por aquele acidente, se tinha que provar que aquela velocidade exagerada, o descumprimento de uma determinada lei de trânsito foi o que causou o acidente. O nexo causal entra a conduta e o dano. 
· Também temos a responsabilidade do proprietário da coisa em relação aos imóveis, a renda do imóvel gera responsabilidade, e o código de novo tentou de tratar preservar aquele que sofre o dano retirando a ideia de tentar analisar a culpa ou coisa parecida. 
Art. 937- O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse manifesta.
· Então, se eu tenho um imóvel, e ele tem rachaduras, ou se está tendo uma construção, o proprietário daquele prédio da construção vai ter responsabilidade objetiva, se algum objeto cair.
· Essa aqui é quando cai um pedaço do prédio, diferente do objeto que foi lançado, que é o caso do art. 938, e vai haver responsabilidade. Aqui é quando parte do prédio que vai ruir, e causar dano para alguém.
· Ou quando for lançada alguma coisa do próprio prédio.
· Discussão: de até onde tem a responsabilidade ou não quando o prédio não entra em ruína, como p. ex., quando o cara que foi contratado para reparar foi quem sofreu o dano. O proprietário será responsabilizado? Mas isso não foi acidente de trabalho? Não, porque tem relação de trabalho, não iria para justiça de trabalho, ele não é funcionário, é o cara que tem uma empresa, é autônomo, faz o serviço, e tem uma empresa lá de reparo e de construção. Cabe a reparação ou não pelo proprietário? É culpa exclusiva da vítima? O dispositivo não fala em culpa exclusiva da vítima, mas ele não falar quer dizer que ela não pode ser utilizada, culpa exclusiva da vítima não é uma regra geral? O código não fala dela ser uma excludente geral, mas para muitos é. Quando ele fala em caso fortuito e força maior ele fala no geral, mas quando ele fala em culpa exclusiva da vítima, ele fala em dispositivos específicos, não tem um artigo que fala assim, ‘’a culpa exclusiva da vítima rompe o nexo de causalidade em qualquer caso de responsabilidade civil’’, mas a maioria dos autores entendem, por consequência logica, ela rompe o nexo de causalidade independente de ter dispo ou não. 
· Ex. o prédio estava precisando de reparo, e estavam percebendo que o prédio precisava de reparo, contratam um sujeito para fazer esse reparo, e ele durante a execução do serviço dele derruba o teto em cima dele mesmo, e aí amputa a perna, e depois morreu. 
· A ideia é que ele sofreu o dano por conta da ruína, mas essa ruína foi ele mesmo que provocou, é diferente de um cara que não tenha relação jurídica com o proprietário do imóvel, e sofre por conta dessa ruína, p. ex., ele puxando o telhado, e estivesse outras pessoas passando, aquelas outras pessoas, o proprietário do imóvel seria responsabilizado pelo dano causado. A respeito da problemática de como responsabilizar, o dispositivo não fala quais são as excludentes que se aplicam a ele, diferente de quando ele fala do animal, ele deixa bem claro lá, ‘’ culpa exclusiva da vítima e força maior’’, para esse ele não deixa bem claro quais seriam os instrumentos de defesa, e se ele não disse qual é, cabe todos? ou não cabe nenhum? A maioria entende que cabe todos.
· Obs. se o prédio tiver seguro, o seguro vai responsável, e ele vai pagar por um débito que o proprietário do prédio tenha, porque quando é um condomínio, todos condôminos teriam responsabilidade pela ruína que esse prédio provocou. O condomínio são várias pessoas que são proprietários daquele imóvel, então, todas elas são responsável por aquele imóvel, a responsabilidade é de todo mundo. 
Art. 938 – Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
· Dispositivo de ‘’menino atentado’’, ex., em um prédio, aquele que joga carro, garrafa PET cheia, etc, ele será responsabilizado se causar dano a outrem. Mas, claro, que tem casos que não são provenientes de arruaça de criança. 
· Obs. vale lembrar, que quando o projeto do código foi feito ainda não tinha responsabilidade objetiva dos pais pelos atos da criança, então, eu tinha que tentar demonstrar de que veio de uma determinada unidade, de aquela pessoal daquela unidade tinha responsabilidade por aquele lançamento, porque eventualmente o cara podia dizer que foi uma criança, mas aí violaram o dever de cuidado sobre essa criança, para não pedir que ela lançasse o objeto? Se saiu da unidade que você mora, não importa quem jogou, porque caiu, se jogaram, ou se caiu, vai ter dever de indenizar, não importa as circunstâncias. Então, lançou um objeto, caiu o objeto, quem é o dono da unidade, que mora, reside lá, vai ser responsável. Quando eu consigo detectar a unidade que ele saiu exatamente, perfeito, e quem habita o prédio ou a parte, vai responsabilizado. E quando eu não sei de onde saiu? E quando é um condomínio em que tem vários prédios? Mantém a ideia do prédio, ou o legislador quando falou prédio queria falar de todo condomínio? Quando ele falou prédio, ele quer falar que é o prédio todo, até mesmo que mora no apartamento virado por outro lado, e não poderia ter lançado? Quando ele fala prédio, ele quer falar de todo mundo que mora na mesma propriedade, então, é o condomínio todo? É a ideia de prédio como a propriedade todo, ou a ideia de edificação? E se a propriedade todo, posso limitar as partes que iriam causar o dano?
· Os autores falam que sempre que possível identificar a unidade, só habitante daquela unidade específica vai ser responsável pelo dano causado, não sendo possível, vai ser o prédio, o condomínio será responsável.
· Em suma, uma coisa é a ruína, outra é objetos que foram lançados ou caíram, que não fazem parte da estrutura da prédio, quando o objeto é lançado de uma unidade de um condomínio e atinge um terceiro, o causando dano, mesmo assim vai ter responsabilidade. 
· Obs. não importa se queria tomar medida de proteção, p. ex. botei uma lona ou rede, mas a flecha atravessou, e atingiu a pessoa, paga indenização mesmo assim. Objetos lançados o seu responsável será obrigado a indenização.
RESPONSABILIDADE OBJETIVA EXTRACONTRATUAL:
· O art. 927 é a regra geral do dever de indenizar. ‘’Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo’’.
· O PU do art. 927 criou uma exceção a regra geral, que seria a responsabilidade subjetiva, onde há a necessidade da culpa, só que ele colocou uma exceção que não diz quais são as exceções, então, ela é uma exceção que serve para tudo que você argumentar que é uma atividade de risco. 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa (uma responsabilidade objetiva), nos casos especificados em lei (aí nós vamos ter várias legislações que tratam de responsabilidade objetiva, como p. ex., legislação

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