Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS – GESTÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO AMANDA ELI GONZAGA PLANO DE NEGÓCIOS ELI’S ESTÉTICA São José 2014 AMANDA ELI GONZAGA PROJETO DE ESTÁGIO PLANO DE NEGOCIOS PARA A IMPLANTAÇÃO DE UM SALÃO DE BELEZA NO BAIRRO CAMPECHE Trabalho de Conclusão de Estágio apresentado ao Curso de Administração do Centro de Educação da UNIVALI – Kobrasol, como requisito para a obtenção do Título de Bacharel em Administração. Professor Orientador: Profº. Esp. Crisanto Soares Ribeiro. São José 2014 AMANDA ELI GONZAGA PLANO DE NEGÓCIOS ELI’S ESTÉTICA Este Trabalho de Conclusão de Estágio (TCE) foi julgado adequado para obtenção do título de Bacharel em Administração e aprovado pelo Curso de Administração da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão. Área de concentração: Empreendedorismo. São José, novembro de 2014. Prof(a) Msc. Josiane da Luz UNIVALI – CE São José Coordenador(a) do Curso Banca Examinadora: Prof Esp. Crisanto Soares Ribeiro UNIVALI – CE São José Professor Orientador Prof(a) Esp. Janypher Marcela Inácio UNIVALI – CE São José Membro Prof(a) Maria Albertina Bonin UNIVALI – CE São José Membro AGRADECIMENTO O primeiro e maior agradecimento vai para minha irmã Anelise Eli, que foi a responsável pelo estímulo e auxílio em todo o processo de construção desse sonho. Faço uma homenagem especialíssima a toda minha família, em especial a Thiago João Farias meu companheiro e grande incentivador de mais essa conquista, obrigada por sua paciência e seu amor. Ao professor orientador e amigo Crisanto Ribeiro que através de seu conhecimento e bondade possibilitou a concretização de uma grande vitória e um grande aprendizado, para você o meu reconhecimento. O meu profundo agradecimento aos professores Ayrton Santos de Queiroz e Rogerio Raul da Silva, pelo conhecimento adquirido, vocês foram verdadeiros mestres e imprescindíveis na construção desse trabalho, Agradeço aos membros da banca, pelas orientações fundamentais para a conclusão do trabalho. A minha querida “Giseli”, Luiza Oliveira companheira de trabalhos e festas te levarei comigo para o resto da vida, obrigada pela parceria e por me aguentar durante esses 4 anos. Meu muito obrigada ao amigo André Borchardt, que fez com que esse desafio se tornasse mais leve e possível. Por fim agradeço de coração a pessoa que representou toda essa jornada: Claudia Regina das Chagas Minha Tia, Amiga, Colega de trabalho, Colega de classe, entre trancos e barrancos conseguimos, não foi fácil, mas você acreditou que seria possível. Obrigada pelos puxões de orelhas, por sua persistência e carinho enfim por esse amor fraterno que me dedicasse e me dedicas diariamente, Te amo. “Uma mulher que corta seus cabelos está prestes a mudar sua vida” Coco Chanel RESUMO O culto à beleza é uma forte tendência nos dias atuais, de acordo com a revista Exame (2013) esse mercado vem crescendo significativamente nos últimos anos. Cita que o Brasil já ocupa o terceiro lugar no consumo de produtos de beleza, tal fato é fruto da competição e das mudanças do comportamento social, a participação crescente da mulher no mercado de trabalho, o aumento da expectativa de vida das pessoas, e à estabilidade da economia. Apresentando desse modo um nicho de mercado importante e promissor a ser explorado por empreendedores que pretendem abrir um salão de beleza. De acordo com Dornellas (2008) o empreendedor precisa planejar seu negócio para que este seja bem sucedido. Destaca que um plano de negócios é um instrumento que ajuda a atrair investidores, fornecedores, parceiros e clientes. Sendo assim o presente trabalho tem como proposta elaborar um plano de negócio para a implantação do Eli’s Estética, um salão de beleza no bairro Campeche. O procedimento metodológico desenvolveu-se por meio de questionário, no qual foi possível identificar os principais aspectos dos clientes referentes ao consumo de produtos e serviços oferecidos por um salão de beleza. Também neste contexto, foram avaliados os concorrentes, o que proporcionou base sólida para enfrentar um mercado tão competitivo, nesse estudo foi realizado um levantamento de todos os recursos necessários para abertura do novo empreendimento. Para concluir a viabilidade do negócio, utilizamos como indicador financeiro o método de payback, com auxilio do software plano de negócios do SEBRAE. Portanto, após todas estas aplicações verificou-se que é altamente viável a implantação do Eli’s Estética. Palavra- Chave: Empreendedorismo, Plano de Negócios, Salão de Beleza. ABSTRACT The cult of beauty is a strong trend nowadays. According to the magazine Exame (2013) this market has grown significantly in recent years, leading Brazil to occupy the third position in the consumption of beauty products. This fact is the result of competition, changes of social behavior, the growing participation of women in the labor market, the increase of life expectancy, and may contribute to the stability of the economy. Thereby this area represents a important and promising market to be exploited by the businessmen that wish to open a beauty salon. According Dornellas (2008), the key point of a successful business is the planning, that attracts more investors, suppliers, partners and customers. Therefore, this study aimed to drawing up a business plan for the deployment of a beauty salon (Eli's Aesthetics), in the neighborhood of Campeche. The methodological approach was developed through a questionnaire, in which was possible to identify the main aspects of the customers regarding the consumption of products and services offered by a salon. Were also evaluated the competitors beauty salons, which provided solid information to compete in this market. In this study was performed a survey of all resources required to opening this new business venture. To verify the business viability, we used a financial indicator (method of payback), using the business plan software of SEBRAE. Finally, after all these applications it has been found that it is highly feasible the implementation of the salon Eli's Aesthetics in the neighborhood of Campeche. Key-words: Entrepreneurship, Business Plan, Beauty Salon. LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1- Razões para a construção do PN .............................................................. 26 Figura 2- Informações do Plano de Negócios ........................................................... 27 Figura 3 - Balanço Patrimonial .................................................................................. 50 Figura 4 - Estrutura da DRE ...................................................................................... 52 Figura 5 - Fórmula do Ponto de Equilíbrio ................................................................. 57 Figura 6-Capital Social Eli's Estética ......................................................................... 69 Figura 7- Localização dos concorrentes .................................................................... 85 Figura 8 - Panfleto Promocional ................................................................................ 89 Figura 9 - Cartão Fidelidade Frente .......................................................................... 91 Figura 10 - Cartão Fidelidade Verso .........................................................................91 Figura 11 - Localização Eli's Estética ........................................................................ 93 Figura 12 - Planta Baixa ............................................................................................ 95 Figura 13 - Planta Humanizada ................................................................................. 96 Figura 14- Fachada Eli's Estética .............................................................................. 97 Figura 15 - Fluxograma Recepção ............................................................................ 99 Figura 16 - Fluxograma Assistente de Cabeleireiro ................................................ 100 Figura 17 - Fluxograma Cabeleireiro ....................................................................... 101 Figura 18 - Fluxograma da Depiladora .................................................................... 103 Figura 19 - Fluxograma Manicure/Pedicura ............................................................ 104 Figura 20 - Organograma da Organização .............................................................. 106 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1- Gênero da amostra ................................................................................... 70 Gráfico 2- Faixa etária ............................................................................................... 71 Gráfico 3- Residentes no Bairro Campeche .............................................................. 72 Gráfico 4- Renda Familiar Mensal ............................................................................. 73 Gráfico 5- Frequência de consumo de serviços ........................................................ 74 Gráfico 6- Serviços utilizados .................................................................................... 75 Gráfico 7- Valor pago por serviços prestados ........................................................... 76 Gráfico 8- Formas de pagamento .............................................................................. 77 Gráfico 9- Salão que frequenta ................................................................................. 78 Gráfico 10- Motivo que leva a frequentar o salão de beleza ..................................... 79 Gráfico 11- Diferencial da estrutura física ................................................................. 80 Gráfico 12- Anseio do consumidor em relação a produtos e serviços ....................... 81 Gráfico 13 - Meio de comunicação ............................................................................ 82 Gráfico 14 - Descrição dos investimentos ............................................................... 111 Gráfico 15 - Estimativa de custos fixos ................................................................... 117 Gráfico 16 - Demonstrativo de Resultados .............................................................. 118 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Cinco Ingredientes Básicos do Sumário Executivo .................................. 31 Tabela 2- Serviços utilizados..................................................................................... 75 Tabela 3- A motivação a frequentar o salão citado na questão 9.............................. 79 Tabela 4 - Meio de comunicação .............................................................................. 82 Tabela 5 - Preço de Venda........................................................................................ 88 Tabela 6 - Capacidade Instalada ............................................................................... 98 Tabela 7 – Estimativa de Investimento fixo ............................................................. 107 Tabela 8 - Estimativa de estoque inicial .................................................................. 108 Tabela 9 - Prazo médio de recebimento ................................................................. 109 Tabela 10 - Prazo médio de pagamento dos fornecedores ..................................... 109 Tabela 11 - Necessidade média de estoque ........................................................... 109 Tabela 12 - Necessidade Líquida de Capital de giro em dias ................................. 110 Tabela 13 – Estimativas dos investimentos pré-operacionais ................................. 110 Tabela 14 - Investimento Total ................................................................................ 111 Tabela 15 - Faturamento Mensal ............................................................................ 112 Tabela 16 - Custos Unitários ................................................................................... 112 Tabela 17 - Custo de comercialização .................................................................... 113 Tabela 18 - Custo de mercadoria vendida .............................................................. 114 Tabela 19 - Custos com mão de obra ..................................................................... 115 Tabela 20 - Custos de depreciação ......................................................................... 115 Tabela 21 – Dos custos fixos da empresa .............................................................. 116 Tabela 22 - Demonstrativo de Resultado ................................................................ 117 Tabela 23 - Indicadores de Viabilidade ................................................................... 118 Tabela 24 - Ações Preventivas e Corretivas ........................................................... 119 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Características do empreendedor ........................................................... 23 Quadro 2 - Estrutura de Plano de Negócio ............................................................... 29 Quadro 3 - Setor de Atividade Econômica ................................................................ 32 Quadro 4 - Fórmula do cálculo do VPL ..................................................................... 55 Quadro 5 Matriz F.O.F.A ........................................................................................... 59 Quadro 6 - Análise dos Concorrentes ....................................................................... 83 Quadro 7 Fornecedores ............................................................................................ 85 Quadro 8 - Necessidade de Pessoal ....................................................................... 105 Quadro 9 - Matriz F.O.F.A ....................................................................................... 120 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 16 1.1 Objetivo geral ............................................................................................. 17 1.2 Objetivos específicos .................................................................................. 18 1.3 Justificativa ................................................................................................. 18 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................. 21 2.1 O surgimento do empreendedorismo ......................................................... 21 2.2 A importância do Empreendedorismo ........................................................ 21 2.3 O Empreendedor e seu Perfil ..................................................................... 22 2.4 Plano de Negócio ....................................................................................... 25 2.5 Importância do Plano de Negócios ............................................................. 27 2.6 Estrutura do Plano de Negócio ...................................................................28 2.6.1 Sumário Executivo ...................................................................................... 30 2.6.2 Setores de Atividades ................................................................................. 32 2.6.3 Forma Jurídica ............................................................................................ 32 2.6.4 Enquadramento Tributário .......................................................................... 33 2.7 Análise de Mercado .................................................................................... 35 2.7.1 Estudo dos clientes .................................................................................... 36 2.7.2 Estudo dos concorrentes ............................................................................ 37 2.7.3 Estudo dos fornecedores ............................................................................ 38 2.8 Plano de Marketing ..................................................................................... 38 2.8.1 Produtos e Serviços ................................................................................... 39 2.8.2 Preço .......................................................................................................... 40 2.8.3 Promoção ................................................................................................... 41 2.8.4 Praça .......................................................................................................... 43 2.8.5 Localização do negócio .............................................................................. 43 2.9 Plano Operacional ...................................................................................... 45 2.9.1 Layout ......................................................................................................... 45 2.9.2 Capacidade Produtiva ................................................................................ 46 2.9.3 Processos Operacionais ............................................................................. 47 2.9.4 Necessidade de Pessoal ............................................................................ 47 2.10 Plano Financeiro ......................................................................................... 48 2.10.1 Investimento Inicial ..................................................................................... 48 2.10.2 Balanço Patrimonial .................................................................................... 49 2.10.3 Demonstração de Resultado ...................................................................... 51 2.10.4 Demonstração de Fluxo de Caixa .............................................................. 53 2.10.5 Métodos de Análise de Investimentos ........................................................ 54 2.10.6 Valor presente líquido (VPL)....................................................................... 55 2.10.7 Taxa Interna de Retorno (TIR) .................................................................... 56 2.10.8 Payback ...................................................................................................... 56 2.10.9 Ponto de Equilíbrio ..................................................................................... 57 2.11 Construção de cenários .............................................................................. 57 2.12 Análise da Matriz F.O.F.A........................................................................... 58 3 METODOLOGIA ........................................................................................ 61 3.1 Caracterização de pesquisa ....................................................................... 61 3.2 Contextos e participantes ........................................................................... 62 3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados .................................... 63 3.4 Tratamento e análise de dados .................................................................. 64 4 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ................................................ 65 5 PLANO DE NEGÓCIOS ............................................................................. 67 5.1 Sumário Executivo ...................................................................................... 67 5.1.1 Resumo ...................................................................................................... 67 5.1.2 Dados dos Empreendedores ...................................................................... 68 5.1.3 Missão da Empresa .................................................................................... 68 5.1.4 Setores de Atividades ................................................................................. 68 5.1.5 Forma Jurídica ............................................................................................ 69 5.1.6 Enquadramento Tributário .......................................................................... 69 5.1.7 Capital Social e Fonte de Recursos ........................................................... 69 5.2 Análise de Mercado .................................................................................... 69 5.2.1 Análise dos Clientes ................................................................................... 70 5.2.1.1 Gênero dos entrevistados ........................................................................... 70 5.2.1.2 Faixa etária .................................................................................................. 71 5.2.1.3 Residentes do bairro Campeche ................................................................. 72 5.2.1.4 Renda Familiar Mensal ................................................................................ 72 5.2.1.5 Consumo de serviços .................................................................................. 73 5.2.1.6 Serviços Utilizados ...................................................................................... 74 5.2.1.7 Valor pago por serviços prestados .............................................................. 76 5.2.1.8 Forma de pagamento dos serviços de salão de beleza .............................. 77 5.2.1.9 Qual salão costuma frequentar no bairro .................................................... 77 5.2..1.10 Motivação na escolha de um salão de beleza ............................................ 78 5.2.1.11 Diferenciais ................................................................................................. 80 5.2.1.12 Quais produtos e serviços deseja encontrar no salão de beleza ............... 80 5.2.1.13 Formas mais interessante para receber informações do salão .................. 81 5.3 Análise dos Concorrentes........................................................................... 83 5.3.1 Análise dos Fornecedores .......................................................................... 85 5.4 Plano de Marketing ..................................................................................... 87 5.4.1 Produtos e Serviços ................................................................................... 87 5.4.2 Preço .......................................................................................................... 88 5.4.3 Estratégias promocionais ........................................................................... 89 5.4.4 Estrutura de comercialização ..................................................................... 90 5.4.5 Localização do negócio .............................................................................. 92 5.5 Plano Operacional ...................................................................................... 93 5.5.1 Leiaute ........................................................................................................ 94 5.5.2 Capacidade Instalada .................................................................................97 5.5.3 Processos Operacionais ............................................................................. 98 5.5.3.1 Fluxograma da Recepção .......................................................................... 98 5.5.3.2 Fluxograma do Assistente de Cabeleireiro ................................................ 100 5.5.3.3 Fluxograma da Cabeleireira ...................................................................... 101 5.5.3.4 Fluxograma da Depiladora ........................................................................ 102 5.5.3.5 Fluxograma da Manicure/ Pedicura ........................................................... 104 5.5.4 Necessidade de Pessoal .......................................................................... 104 5.6 Plano Financeiro ....................................................................................... 106 5.6.1 Estimativa de Investimentos Fixos ........................................................... 107 5.6.2 Capital de Giro – Estoque Inicial .............................................................. 108 5.6.3 Capital de giro – caixa mínimo ................................................................. 109 5.6.4 Estimativas dos investimentos pré-operacionais ...................................... 110 5.6.5 Estimativas dos investimentos totais ........................................................ 111 5.6.6 Faturamento mensal da empresa ............................................................. 112 5.6.7 Custo Unitário ........................................................................................... 112 5.6.8 Custos de comercialização ....................................................................... 113 5.6.9 Apuração dos custos da MV ..................................................................... 114 5.6.10 Custo com mão de obra ........................................................................... 115 5.6.11 Custo com depreciação ............................................................................ 115 5.6.12 Custos fixos operacionais mensais .......................................................... 116 5.6.13 Demonstrativo de Resultados ................................................................... 117 5.6.14 Indicadores de Viabilidade........................................................................ 118 5.7 Construção de Cenários ........................................................................... 119 5.7.1 Ações preventivas e corretivas ................................................................. 119 5.7.2 Análise da Matriz F.O.F.A......................................................................... 120 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 122 Referências ............................................................................................................ 124 Apêndice A ............................................................................................................. 129 16 1 INTRODUÇÃO Embora não seja um fenômeno recente, o culto à beleza é uma forte tendência nos dias atuais. De acordo com o SEBRAE (2013) tal fato tem se acentuado nos últimos anos, fruto da competição e de mudanças do comportamento social. Dentre elas uma participação crescente da mulher no mercado de trabalho, o aumento da expectativa de vida das pessoas e à estabilidade da economia. A preocupação com a aparência não é uma exclusividade feminina. Os homens têm mostrado cada dia mais, interesse crescente em produtos e serviços de beleza. Com isso, os gastos com artigos dessa natureza têm aumentado também por parte desse público, mostrando-se um nicho de mercado importante e promissor a ser explorado por empreendedores que pretendem abrir um salão de beleza (ESTADÃO, 2013). Diante desse crescimento, a beleza está entre os segmentos que mais gera oportunidades no mercado de trabalho. A evolução da cosmetologia fez surgir um mercado com alta qualidade na oferta e variedade de serviços, a compreensão desses fatores nos leva a observar o grande crescimento de uma massa de consumidores totalmente voltados ao consumo de produtos e serviços oferecidos na área estética. Através da análise dos dados descritos acima, identifica-se um nicho de mercado com grande potencial a ser explorado e com grandes expectativas de faturamento no ramo da beleza e estética, porém é preciso estar atento a determinados pontos importantes. O mercado atual está cada vez mais competitivo exigindo uma rápida adequação das organizações, os clientes estão cada vez mais informados sobre os produtos e serviços oferecidos pelo mercado em geral e isso os torna mais exigentes perante sua decisão de compra. Para entrar no mercado de trabalho, principalmente no ramo da beleza, onde o bem estar e a satisfação das pessoas estão em jogo, é necessário apurar a viabilidade e a sustentabilidade futura do negócio, assim como prever possíveis situações de risco. 17 Para abertura do próprio negócio não basta apenas montar uma estrutura e esperar que os clientes apareçam. Abrir um negócio é fácil, o difícil é mantê-lo. Estudos realizados pelo SEBRAE (2013) revelam que 30% das empresas brasileiras fecham suas portas logo no primeiro ano de vida. Alguns fatores interferem negativamente no desempenho e na rentabilidade de uma empresa, uma delas é a inexperiência do empresário em lidar com as operações burocráticas do dia a dia, além da falta de planejamento na constituição do empreendimento. O empreendedor é aquele que detecta uma oportunidade e cria um negócio assumindo riscos calculados. Sendo assim empreender é sempre um risco, mas empreender sem um planejamento é um risco que pode ser evitado. Apesar de não ser garantia de sucesso, o plano de negócios é uma ferramenta imprescindível para a tomada de decisões acertadas. Dornelas (2001) enfatiza que o plano de negócios é a ferramenta onde o empreendedor expõe suas ideias em uma linguagem simples de fácil entendimento e que principalmente, mostre a viabilidade e probabilidade de sucesso do negócio. Portanto o Plano de Negócios deve ser o primeiro passo a ser tomado ao pensar em empreender, é necessário que o novo empreendimento esteja preparado para enfrentar a concorrência do mercado, acertando na tomada de decisão e amenizando os riscos de forma significativa. Percebendo a importância de um estudo mais profundo, surgiu a proposta de estudar um plano de negócio para a implantação do empreendimento na área da beleza no bairro Campeche. Portanto essa pesquisa pretende responder a seguinte pergunta: Como o Plano de Negócio pode auxiliar o micro empresário na abertura de seu empreendimento 1.1 Objetivo geral Para Lakatos e Marconi (2011), toda pesquisa deve ter um objetivo delimitado para saber o que se vai investigar, assim sendo o objetivo geral desse trabalho é: 18 Elaborar um plano de negócio para a implantação do Eli’s Estética, no bairro Campeche em Florianópolis. 1.2 Objetivos específicos Segundo Lakatos e Marconi (2011), objetivo específico é o desdobramento do assunto a ser investigado, ou seja, o detalhamento do objetivo geral. Desta forma faz necessária a elaboração dos objetivos específicos: a) Identificar o perfil dos clientes potenciais; b) Elaborar um plano operacional; c) Desenvolver um plano de marketing; d) Verificar a viabilidade do empreendimento. 1.3 Justificativa Empreender e ter a própria empresa tem se tornado o sonho da maioria dos brasileiros, de acordo com uma pesquisa realizada pela GEM - Global Entrepreneurship Monitor, em parceria com o SEBRAE (2012), revela que 43,5% dos brasileiros sonham em ter um negócio próprio, e apenas 24,7% optaram em ter uma carreira em uma empresa. O mercado da beleza vem crescendo significativamente nosúltimos anos. A revista Exame (2013) relata que o Brasil já ocupa o terceiro lugar no consumo de produtos de beleza, atrás dos Estados Unidos e Japão. O aumento do consumo inclui o público feminino e o público masculino, de diferentes faixas etárias e classe sociais. A frequência e os gastos no salão estão cada vez maiores. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular (2013), 21% das mulheres da classe média afirmaram ir ao menos três vezes por mês ao salão de beleza. Entre o público feminino da classe alta o percentual com essa frequência é de 38%. Mesmo entre as mulheres de classe baixa, 11% estiveram em um salão de beleza mais de duas vezes no mês. Na classe alta a média foi de 2,69 vezes no mês, na média, 2,54 vezes e, na baixa, 1,99. 19 Outro dado significativo na pesquisa aponta que Brasileiros com renda entre dois e dez salários mínimos gastam 1,3% do que ganham mensalmente para cuidar dos cabelos e das unhas. É quase o dobro da despesa com arroz e feijão (0,68%). Os gastos com shampoo, condicionador, maquiagem (1,46 do salário) chegaram a ser quase a mesma coisa que se gasta com carne (1,73%). Um estudo proposto pelo FGV (Fundação Getúlio Vargas, 2013) indica que há uma projeção de aumento da renda do brasileiro, apontando a migração de 20 milhões de pessoas das classes D e E para a classe C nos próximos três anos. Outra tendência, já conhecida, é o aumento da presença da mulher no mercado de trabalho, fazendo com que o nicho da beleza cresça ainda mais. É oportuno, portanto um estudo mais profundo sobre o empreendedorismo, tendo em vista que a maior parte dos negócios criados no Brasil são as pequenas empresas que contribuem cada vez mais para o desenvolvimento econômico e social do país. Poucas são as áreas que chamam tanta atenção nos dias atuais quanto o empreendedorismo, portanto elaborar um Plano de Negócios exige muito estudo e dedicação dos novos empreendedores. Incontestáveis livros e artigos destacam a importância do tema, o presidente do conselho de administração da Harvard Business School, e membro da junta de diretores de diversas empresas privadas WILLIAM A. SAHLMAN justifica a importância do Plano da seguinte forma: “na falta de uma bola de cristal, um plano de negócios construído com as informações e análise certas só pode ser considerável indispensável”. (SAHLMAN, 2002, p. 53). De acordo com Dornellas (2008) o empreendedor precisa planejar seu negócio para que este seja bem sucedido. Destaca ainda que um plano de negócios é um instrumento que ajuda a atrair investidores, fornecedores, parceiros e clientes. Infelizmente alguns empreendedores não dão a devida importância para essa essencial arma que é o plano de negócios, em decorrência deste fato pode-se observar uma mortalidade prematura extremamente alta de pequenos e micro negócios. A insuficiência de informações é a principal causadora da morte desses novos negócios. 20 A princípio este estudo terá a importância na comprovação ou não da viabilidade da implantação de um salão de beleza. Para a sociedade em geral a implantação deste empreendimento significa crescimento, valorização, do bairro e oportunidades de emprego. Considerando a comodidade de ter disponível no próprio bairro, perto de casa, uma opção de serviço diferenciado na área da beleza, sem a necessidade de se deslocar para centro ou bairros vizinhos. O tema mostra a importância do empreendedorismo para toda a comunidade acadêmica a fim de estimular o sonho de abrir seu próprio negócio, permitindo um conhecimento mais profundo sobre a importância do plano de negócios assim como assuntos relacionados com o mercado da beleza. Esse projeto serve como ferramenta para que a empresa possa analisar a viabilidade da abertura do empreendimento, identificando os passos que devem ser tomados para o alcance dos objetivos, minimizando os riscos e incertezas. A pesquisa permitirá que a acadêmica desenvolva na prática os conhecimentos adquiridos durante o Curso de Administração. Por se tratar de um projeto cujo autor é o mesmo que o autor da pesquisa existe a necessidade de conhecer o mercado de atuação da empresa e a viabilidade que este oferece para a implantação do negócio. Tendo em vista a oportunidade de realizar um Trabalho de Conclusão de Estagio (TCE) do Curso de Administração juntamente com a pretensão de abrir seu próprio negócio no bairro em que reside, considera-se o momento oportuno para a realização desse estudo. A explosão imobiliária decorrente nos últimos anos, e a propensão do crescimento do bairro foram fatores determinantes para a escolha do local onde será implantado o empreendimento. O ramo escolhido (beleza) faz parte de um nicho de mercado com grande potencial a ser explorado. Quanto ao critério viabilidade, o presente trabalho não encontrou nenhum impedimento, existe disponibilidade financeira e temporal para a realização da pesquisa, e o tema possui uma imensa disponibilidade bibliográfica para o desenvolvimento teórico. A viabilidade deste trabalho será identificada a partir da coleta de informações realizadas durante o estágio. 21 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Com o intuito de fornecer embasamento bibliográfico acerca dos tópicos analisados, serão apresentados neste capítulo conteúdos que favorecem a condução desse trabalho tais como: história e a importância do empreendedorismo, o empreendedor e seu perfil, a importância e estrutura do plano de negócios. 2.1 O surgimento do empreendedorismo O empreendedorismo no Brasil de acordo com Dornelas (2014) começou a tomar forma na década de 90, com a criação do SEBRAE e da SOFTEX (sociedade Brasileira para Exportação de software). Até então assuntos relacionados com empreendedorismo e criação de pequenas empresas não eram falados, isso porque o ambiente político não era propício, além da falta de incentivo e de informações para o auxílio do empreendedor. Empreendedorismo para Hisrich (2014) diz respeito à criação e o crescimento dos negócios assim como o crescimento e prosperidades das nações e regiões. A natureza independente e flexível do trabalho autônomo, a rapidez do avanço tecnológico e a necessidade de ter mais conhecimento para competição na economia são alguns dos vários fatores que contribuem para que o empreendedorismo seja um dos temas mais importantes e procurados no País atualmente. A seguir será apresentada a importância do Empreendedorismo. 2.2 A importância do Empreendedorismo Inicialmente o empreendedorismo era tratado como uma opção para aqueles que procuravam ter um emprego seguro, assim à abertura do próprio negócio era vista como uma oportunidade de altos retornos financeiros. Outro ponto em destaque é a ligação que o aumento da inserção de micros e pequenas empresas têm com o desenvolvimento econômico do país, que cada vez mais tem contribuído 22 através de novos empregos e assim vem diminuindo a desigualdade social brasileira. Para Dolabela (2008), o empreendedorismo é visto como o motor da economia, um agente de mudanças. Ainda na mesma linha Dornelas (2001, p.24) contribui: “o empreendedorismo é o combustível para o crescimento econômico, criando empregos e prosperidade”. No mesmo contexto Lopes (2010), menciona a importância do empreendedorismo para economia e ainda o empreendedorismo é a resposta para se escapar do subdesenvolvimento e processos de globalização. O SEBRAE (2013) aponta que as empresas de pequeno porte são fundamentais para estimular a economia do País e possibilitar a inclusão social, mediante a maior oferta de postos de trabalho. Elas representam 99,1% dos empreendimentos formais no Brasil, geram 52,2% dos empregos com carteira assinada e respondem por 20% do Produto Interno Bruto (PIB). O SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas) oferece apoio aos empreendedores para aabertura do negócio além de oferecer consultorias, cursos na área de gestão de qualidade, fluxo de caixas, marketing, finanças, entre outras. Organiza feiras e eventos nacionais e internacionais, promove rodas de negócios, auxilia o empresário em questões relacionadas ao comercio exterior e demais eventos voltados a pequenas empresas (DORNELAS 2001). Diante desse cenário, mais consumidores entrarão no mercado, ávidos por produtos e serviços de qualidade, positivando o surgimento de mais empreendedores. Portanto, o estudo do empreendedorismo se torna cada vez mais pertinente e importante, uma vez que proporciona efetivações de negócios idealizados, oferecendo mais qualidade de vida para toda sociedade. Apresenta-se a seguir sobre o Empreendedor e seu perfil. 2.3 O Empreendedor e seu Perfil 23 Dornelas (2001) vê os empreendedores como pessoas diferenciadas, que possuem motivação singular, apaixonadas pelo que fazem e que não se contentam em ser mais um na multidão, querem ser reconhecidas e admiradas, referenciadas e limitadas. Schumpeter (1949 apud Dornelas 2001) enfatiza: O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais. Segundo Bessant (2007), empreendedores são indivíduos que possuem necessidade de conquistas e que almejam deixar sua marca no mundo. Dornelas (2008) vê os empreendedores como pessoas que eliminam barreiras comerciais e culturais, encurtam distancias, globalizam e renovam os conceitos econômicos, criam novas relações de trabalho consequentemente trazem riqueza para a sociedade. O empreendedor para Chiavenato (2008, p. 7) “é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades [...] alto nível de energia, imaginação e perseverança”. Dolabela (2014) conceitua o empreendedor como uma pessoa inconformada por natureza com gana de melhorar continuamente, e obcecado por solucionar problemas. O perfil do empreendedor está relacionado com a “pessoa que inicia e ou opera um negócio para realizar uma ideia ou um projeto pessoal, assumindo riscos e responsabilidades e inovando continuamente” (CHIAVENATO, 2008, p.4). Embora não se possa chegar a um único perfil do empreendedor, abrir e gerir uma empresa exige um conjunto de habilidades e conhecimentos. É preciso entender o mercado, o público que deseja atingir e planejar bem o negócio. Uma pesquisa realizada pela Endeavor 2013 (Instituto Empreender) identifica os perfis que compõem o panorama atual do empreendedorismo no País. As características mais identificadas pela pesquisa são apresentadas no quadro abaixo: Quadro 1 - Características do empreendedor PERFIS CARACTERISTICAS 24 APAIXONADO A maioria é mulher, entre 25 e 35 anos. Em geral, possui empresas nas áreas de saúde, estética e venda de acessórios. ANTENADO Geralmente é jovem e tem maior renda familiar. Enfrenta obstáculos de conhecimento e investimento. INDEPENDENTE Empreendedor mais maduro e estável. Não acessa muito a internet, portanto precisa de conteúdo por meio de revistas e ou jornais. Para resolver problemas financeiros, requer educação sobre linhas de financiamento e oportunidades de acesso a capital. ARROJADO A maioria é composta por homens com maior renda pessoal e familiar. Para crescer, precisa de ajuda sofisticada e mentoring /networking com especialistas para resolver problemas de conhecimento empresarial, obstáculos financeiros e pessoais. Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). Conforme Quadro 1, são muitas as características que o empreendedor pode apresentar porém para obter sucesso na vida empresarial, não basta apenas ter as características empreendedoras, no ponto de vista de Dornellas (2001) a parte mais difícil no processo de empreender é saber identificar e avaliar uma oportunidade de negócios. Dolabela (2008) orienta que o empreendedor deverá planejar suas ações e delinear as estratégias da empresa a ser criada ou até mesmo em crescimento. O SEBRAE (2013) orienta que o empreendedor do ramo da beleza deve ser muito bem informado sobre tendências da moda, novos produtos e tecnologias, além de ter facilidade no relacionamento, ser dinâmico e inovador. Além dessas características básicas é fundamental que os profissionais dessa área saibam lidar bem com o público, sendo simpáticos e agradáveis para garantir a fidelidade do cliente e ganhar sua confiança. Dentre as várias características desejáveis para um empreendedor, uma das mais importantes é a capacidade de conhecer quais os principais fatores que podem minimizar as chances de fracasso da sua empresa. Pesce (2012, p. 31) contribui: Se você realmente sonha em empreender, a sua idade não importa. O que importa é ser extremamente apaixonado por solucionar problemas e melhorar as vidas das pessoas, e estar disposto a trabalhar arduamente para fazer as coisas acontecerem. O que importa é entender que, às vezes, nem tudo sairá como você espera e estar sempre pronto para aprender e tentar novamente. 25 A seguir será apresentado sobre Plano de Negócios, uma ferramenta importantíssima que oferecerá ao empreendedor o suporte necessário para sua nova jornada. 2.4 Plano de Negócio O plano de negócio é uma ferramenta imprescindível para o empreendedor, pois é ele quem auxilia no planejamento e desenvolvimento das estratégias do novo negócio. De acordo com Dornelas (2001) o plano de negócio é um documento que deve descrever um empreendimento e o modelo de negócios que sustenta a empresa, seu processo de elaboração envolve um processo de aprendizagem e autoconhecimento permitindo ao empreendedor a integração com o ambiente de negócios. O plano de negócio é um documento usado para descrever o negócio e apresentar a empresa aos fornecedores, investidores, clientes, parceiros, empregados, etc. Deve ser o primeiro passo da empresa rumo à inicialização de um planejamento estratégico. Biagio e Batocchio (2005) descrevem as cinco razões básicas para que a empresa elabore um plano de negócios, conforme figura1 abaixo: 26 Figura 1- Razões para a construção do PN Fonte: Biagio e Batocchio (2005) Segundo Dolabela (2008) o plano de negócios representa uma ferramenta necessária ao empreendedor para verificar o potencial da sua ideia, podendo transformá-lo em um bom negócio. Ainda Dornelas (2008) argumenta que o plano de negócio é uma ferramenta para o empreendedor expor suas ideias em uma linguagem que seus leitores do entendam, e que mostre viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado. Complementando as ideias dos autores anteriormente citados, para o SEBRAE (2013), o plano de negócio é o instrumento ideal para traçar um retrato fiel do mercado, do produto e das atitudes do empreendedor, o que propicia segurança, pois permite identificar e restringir erros no papel ao invés de cometê-los no mercado. O plano de negócios é uma maneira de estruturar a empresa de forma eficiente e eficaz. Sendo assim o próximo tópico trará a importância da elaboração deste instrumento de análise. 27 2.5 Importância do Plano de Negócios Biagio e Batocchio (2005) definem vários pontos importantes de um plano de negócio, como a possibilidade de avaliar riscos e identificar soluções; definir pontos fracos e fortes da empresa; identificar e agregar valor ao cliente, elaborar estratégias de marketing, estabelecer metas, avaliar investimentos retorno do capital investido. O plano de negócio pode ser considerado uma ferramenta que norteia a empresa através das seguintes informações básicas: Figura 2- Informações do Plano de Negócios Fonte: Adaptado Bizzotto (2008) Conforme apresentadosna figura acima são muitos os fatores abordados no plano de negócio que possibilitam maior conhecimento ao empreendedor a respeito dos pontos que podem afetar a administração da empresa. Chiavenato (2008, p.140), cita as utilidades do plano de negócio: Cobre todos os aspectos internos e externos do negócio; Abrange todos os aspectos atuais e futuros do negócio; funciona como uma visão integrada e sistematizada do negócio; Serve como um guia abrangente para a conclusão do negócio; Informa o mercado, principalmente investidores, bancos e financeiras- a respeito do negócio; Divulga aos parceiros internos e externos as características do negócio; Funciona como um meio de avaliação dos desdobramentos do negócio. Dornelas (2008) colabora com o conceito de plano de negócio quando diz que ele é parte fundamental do processo de empreender. 28 É importante salientar que o plano de negócio descreve todo o empreendimento e através de sua elaboração obtém-se aprendizado e conhecimento necessário para gestão do futuro empreendimento. Para o SEBRAE (2013) a principal utilidade de se elaborar um plano de negócio é concluir se sua ideia é viável e a buscar informações mais detalhadas sobre o seu ramo, os produtos e serviços que irá oferecer seus clientes, concorrentes, fornecedores e, principalmente, sobre os pontos fortes e fracos do seu negócio. Ao final, seu plano irá ajudá-lo a responder a seguinte pergunta: “Vale a pena abrir, manter ou ampliar o meu negócio?”. Dando continuidade as ideias dos autores supracitados, pode-se considerar o plano de negócios um pré-requisito básico que serve para verificar a viabilidade e sustentabilidade do empreendimento. A seguir serão apresentados modelos de estrutura de Plano de negócios. 2.6 Estrutura do Plano de Negócio Independente do seu segmento de mercado, Dornelas (2001) sugere um plano de negócios seja escrito de acordo com as necessidades do público alvo. Chiavenato (2008, p.135) enfatiza: “todo novo empreendimento deve ser visualizado do ponto de vista de um plano de negócio completo e que tenha todos os elementos importantes para caracterizá-lo adequadamente”. Cada empresa deve procurar o modelo que melhor lhe convém contribui Biagio e Batocchio (2005), de acordo com seus objetivos, seus produtos e serviços, seu mercado, sua estratégia e sua condição financeira. Uma das recomendações dadas pelo SEBRAE (2013), devemos lembrar de que um plano de negócio é uma trilha e não trilho e não deve ser encarado como um instrumento rígido é preciso acompanhamento permanentemente para devidas correções. E apresentado a seguir o Quadro 2, contendo o resumo das estruturas de planos de negócios. 29 Quadro 2 - Estrutura de Plano de Negócio Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). Após a descrição dos modelos de plano de negócios conforme quadro 2, observa-se pontos convergentes e divergentes entre os autores, um dos pontos AUTOR ANO DO MODELO ESTRUTURA 1. CAPA 2. SUMÁRIO DORNELAS 2001 3. SUMÁRIO EXECUTIVO 4. PRODUTOS E SERVIÇOS 5. ANÁLISE DA INDÚSTRIA 6. PLANO DE MARKETING 7. PLANO OPERACIONAL 8. ESTRUTURA DA EMPRESA 9. PLANO FINANCEIRO 10. ANEXOS 1. SUMÁRIO EXECUTIVO CHIAVENATO 2008 2. ANÁLISE COMPLETA DO SETOR 3. NATUREZA JURIDICA E ESTRUTURA 4. PLANO ESTRATEGICO 7. PLANO OPERACIONAL 8. APENDICES 1. CAPA 2. ÍNDICE BIAGIO e BATOCCHIO 2008 3. SUMÁRIO EXECUTIVO 4. DESCRIÇÃO DA EMPRESA 5. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 6. PRODUTOS E SERVIÇOS 7. ANÁLISE DE MERCADO 8. PLANO DE MARKETING 9. PLANO OPERACIONAL 10. PLANO FINANCEIRO 11. PLANO DE INVESTIMENTO 12. ANEXOS 1. SUMÁRIO EXECUTIVO SEBRAE 2013 2. ANÁLISE DE MERCADO 3. PLANO DE MARKETING 4. PLANO OPERACIONAL 5. PLANO FINANCEIRO 6. CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS 7. AVALIAÇÃO ESTRATÉGICA 8. AVALIAÇÃO DO PLANO 30 convergentes no qual se pode notar é em relação ao item sumario executivo onde todos os autores concordam que deve ser o primeiro item na estrutura do plano de negócios, concordam ainda na necessidade dos itens: análise de mercado, plano de marketing, plano operacional e plano financeiro. Divergentes: Dando continuidade ao estudo escolheu-se o modelo proposto pelo SEBRAE, por apresentar uma estrutura clara e explicativa, aborda os pontos necessários para a realização desse estudo, além de ser a entidade referência em promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável de micros e pequenas empresas. Este modelo conta com o auxílio do software 3.0 que tem por objetivo oferecer uma ferramenta simples e prática para a elaboração de um plano de negócios. Criar uma empresa é um desafio e o plano de negócios, enquanto instrumento de planejamento, é adotado em todo o mundo, por diversas instituições e por empresas dos mais diversos porte e setores. Sendo assim o plano se divide em oito principais pontos, o primeiro ponto descreve o sumario executivo como a seguir. 2.6.1 Sumário Executivo O sumário executivo é a primeira seção de um plano de negócios, ele fornece uma visão geral do projeto, porém deve ser a última parte a ser escrita por se tratar de uma síntese do plano. Para Dornelas (2001) o Sumário Executivo é a principal seção de um plano de negócios, pois é ele quem desperta ou não interesse do leitor, o autor enfatiza que é necessário que ele seja escrito com muita atenção devendo incluir todas as principais informações que constam no plano de negócios. Em linha com Dornelas(2001), Biagio e Batocchio (2005, p.16) salientam que um sumário mal redigido ou que não defina claramente os objetivos do plano de negócio desmotivará o leitor a prosseguir com a leitura. De forma exemplificada Chiavenato (2008, p. 136) descreve o Sumario Executivo: 31 Texto de um parágrafo sobre a natureza do negócio e os aspectos mais importantes do empreendimento; inclui missão e visão do negócio; Texto de um parágrafo sobre as necessidades que a empresa vai atender no mercado; inclui o papel do empreendimento em relação á responsabilidade social; Resumo das características do mercado em que a empresa vai operar; mostra como o mercado está se comportando em relação ao produto /serviço a ser oferecido; Breve relatório sobre os sócios do empreendimento. Completando a ideia do autor anteriormente citado o SEBRAE (2013), indica que ao descrever o plano deve-se fazer um breve relato com suas principais características, como: O que é o negócio; Quais os principais produtos e/ou serviços; Quem serão seus principais clientes; Onde será localizada a empresa; O montante de capital a ser investido; Qual será o faturamento mensal; Que lucro espera obter do negócio; Em quanto tempo espera que o capital investido retorne Devendo conter ainda cinco ingredientes básicos: Tabela 1 - Cinco Ingredientes Básicos do Sumário Executivo Ser simples e conciso apresentando no máximo 3 páginas e 5 minutos de leitura. Transmitir o profissionalismo da empresa ou projeto. Despertar o interesse de quem lê. Destacar as conclusões mais importantes. Fornecer visão geral e clara do plano. Fonte: Adaptado SEBRAE (2013) A análise de mercado é o próximo item a ser desenvolvido de acordo com o modelo do SEBRAE, podendo ser traduzida por todas as relações de troca de bens, serviços ou direitos, com os fatores: clientes, concorrentes e fornecedores. 32 2.6.2 Setores de Atividades Nessa etapa do plano é necessário definir qual é o negócio de sua empresa e, em qual setor a empresa pretende atuar. De acordo com Lacruz (2008) os negócios podem ser classificados quanto ao setor de atividade da seguinte forma: Quadro 3 - Setor de Atividade Econômica Agropecuário Atividade principalrefere-se à produção de hortaliças, frutas cereais ou a criação e ao tratamento de animais. Industrial Atividade principal diz respeito à transformação de matérias primas visando a produção de produtos acabados. Comercial Atividade refere-se a venda de produtos acabados divide-se em comercio varejistas (supermercados, livrarias, fast foods, etc.) e comércio atacadista (distribuidoras em geral: de vestuário, alimentos etc.). Prestação de Serviços Atividade principal é o oferecimento do próprio trabalho ao consumidor, exemplo: bancos, escolas, escritórios, hospitais, salão de beleza, etc. Fonte: Adaptado Lacruz (2008). O quadro acima demonstra os principais setores da economia, onde é necessário enquadrar a estrutura da empresa conforme o setor em que se pretende atuar. 2.6.3 Forma Jurídica Aspectos jurídicos representam para Woiler e Mathias (1985), a relação direta ou indireta referente à viabilidade de um novo negócio. Aspectos diretos estão quando a empresa assina contratos com fornecedores de matérias primas, tecnologia, seguros, empréstimos entre outros, atuam indiretamente quando se refere a forma de sociedade da organização comercial como, seu tipo, seus sócios e suas respectivas participações. 33 Para o SEBRAE (2013) forma jurídica determina a forma pela qual a empresa será tratada pela lei, bem como o seu relacionamento jurídico com terceiros. Para isso é necessário, ter registro na prefeitura da cidade onde funcionará a empresa, no estado, na Receita Federal e na Previdência Social. Dependendo da atividade pode ser necessário também o registro na entidade de classe, na secretaria de meio ambiente e órgãos de fiscalização Apresenta-se a seguir as formas mais comuns para micros e pequenas empresas: Microempreendedor Individual – MEI: pessoa que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário. Empresário Individual: pessoa física que exerce atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. Responde com o seu patrimônio pessoal pelas obrigações contraídas pela empresa. Empresa Individual de Responsabilidade Limitada-EIRELI: empresa constituída por uma única pessoa, titular da totalidade do capital social. A empresa responde por dívidas apenas com seu patrimônio, e não com os bens pessoais do titular. Sociedade Limitada: sociedade composta por, no mínimo, dois sócios, pessoas físicas ou jurídicas. A responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor de suas cotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. 2.6.4 Enquadramento Tributário É necessário escolher a forma de enquadramento tributário da empresa, de acordo com Barreiros (2010) esta é uma decisão estratégica que pode determinar o sucesso ou não de um negócio, assim sendo o autor aconselha fazer simulações para este item antes mesmo da abertura do negócio. De acordo com Kurita (2013) no Brasil existem três tipos de regime tributários, segue abaixo os tipos de regime e os pontos essenciais de cada um deles: 34 Simples Nacional: esse regime traz duas vantagens desejadas por pequenos empresários: as alíquotas tendem a ser menores e a administração da agenda tributária é mais simples. Lucro Presumido: esse regime pode ser vantajoso para empresas cujo lucro seja superior a 32% do faturamento bruto. Isso porque, para maior parte das empresas, a base de cálculo dos impostos é 32% sobre o faturamento bruto (essa é a base presumida). Lucro Real: esse regime é normalmente adotado por empresas de maior porte, pois essas carregam grandes despesas ou são obrigadas a adotar esse regime por força de Lei. Segundo o SEBRAE (2013) consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade simples e o empresário a que se refere devidamente registrados no Registro de Empresa Mercantis ou no Registro de Pessoas Jurídicas. O Simples Nacional destina-se a empresas que se beneficiarão da redução e simplificação dos tributos, a lei enquadra como microempresa, a pessoa jurídica com receita anula bruta igual ou inferior a R$ 360 mil, caso seja superior ao valor de 360 mil ao ano e inferior a 3,6 milhões em igual período esta será enquadrada como empresa de pequeno porte. O SEBRAE (2013) observa que as empresas não optantes pelo Simples estarão sujeitas ao recolhimento dos seguintes tributos e contribuições: IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica; PIS – Contribuição para os Programas de Integração Social; COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social; CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido; IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados (para indústria); ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercado (para indústria, comércio e serviços de transporte intermunicipal e interestadual); ISS – Imposto sobre Serviços (prestação de serviços). Esses são os principais passos necessários para abrir uma empresa a seguir será abordado a importância da análise de mercado. 35 2.7 Análise de Mercado Mercado é o espaço onde ocorrem as relações comerciais entre as pessoas e empresas e onde são aplicadas as estratégias do negócio. Análise de mercado é visto como sessão oportunidade para Sahlman (2002), ele ressalta que os empreendedores devem mostrar percepção ampliada do contexto do novo empreendimento, avaliando tudo o que poderá dar certo ou errado. Devendo demonstrar quais ações serão tomadas, caso o contexto se torne desfavorável aos negócios e explicar quais as maneiras pela qual a gerencia poderá afetar o contexto de forma positiva. Sahlman (2002 p.41) enfoca dois questionamentos sobre o mercado que se deseja atingir: O mercado total para o produto ou serviço do empreendimento é grande, e está em rápido crescimento? O setor já é, ou poderá vir a se tornar, estruturalmente atraente? De acordo com este autor esse item em um plano de negócios deve demonstrar e analisar como a oportunidade pode crescer como o empreendimento poderá expandir sua linha de produtos, serviços, base de clientes ou acesso geográfico. Sahlman (2002) destaca que os investidores, sentem-se melhor em relação aos riscos se este for discutido logo no começo e que um bom plano de negócios deve enfrentar corajosamente os riscos futuros em relação a pessoas, oportunidades e de contexto. Um dos propósitos básicos de um Plano de negócio para Biagio e Batocchio (2005) é demonstrar o conhecimento da empresa sobre o ambiente em que ela está inserida. Sendo assim análise de mercado é uma forma de conhecer o mercado, avaliando de forma sistemática o ambiente onde o produto e serviço da empresa se insere. Chiavenato (2008) afirma que quanto mais informações a empresa consegue a respeito de seu mercado, melhor é seu desempenho em relação aos concorrentes 36 que disputam os mesmos fornecedores e os mesmos consumidores, menor é a incerteza da empresa com relação ao complexo mundo que o cerca. Para SEBRAE (2013), esta é uma das partes mais importantes do Plano de Negócios, pois é através da análise mercadológica que o empreendedor terá as respostas sobre a viabilidade de implantação de seu negócio, e para isso é necessário conhecer profundamente os clientes, concorrentes e fornecedores. 2.7.1 Estudo dos clientes Uma pesquisa realizada pela revista EXAME (2013) aponta um crescimento significativo nos últimos anos no consumo de serviços de beleza. Um dado importante é que esses novos consumidores estão cada vez mais exigentes e com fácil acesso as informações sobre tendências e inovações na área da beleza. Sendo assim é notória a importância de se estudar o perfil dos clientes potenciais, uma vez que o consumo do serviço estará diretamente a sua satisfação. Sob este aspecto, Degen (1989, p. 137) afirma que: [...] a principal razão do fracasso de muitos negócios foi a falta de conhecimento, porparte do empreendedor, sobre o que realmente queriam os seus clientes. Não adianta imaginar um negócio e esperar que agrade aos clientes; é preciso ter certeza, e esta, só se consegue conhecendo bem seus clientes e suas necessidades. Bizzotto (2008) ressalta a importância de analisar também os não clientes, que são aqueles que não estão consumindo e não se sentem satisfeitos com os benefícios que os produtos ou serviços que as empresas fornecem. É necessário definir o estilo do salão que vai depender do público-alvo. Na visão do SEBRAE (2013) uma clientela de alto poder aquisitivo, vai exigir um serviço luxuoso, com um vasto leque de serviços, espaços requintados e um exército de funcionários para um atendimento perfeito. Um público com tempo escasso exige um conceito mais simples, contudo sempre optando pela qualidade dos serviços. O SEBRAE (2013) aponta a existência de consumidores para serviços relacionados à beleza em todas as classes sociais, havendo possibilidade de 37 sucesso tanto em regiões de classe média ou alta como também em bairros de menor poder aquisitivo. O estudo dos concorrentes é um fator importante, pois, é ele quem faz a mercadoria ou a prestação de serviços girarem dentro da empresa. A seguir será apresentado sobre o estudo dos concorrentes. 2.7.2 Estudo dos concorrentes Para Las Casas (2000) esse é o momento de definir a natureza exata das oportunidades disponíveis no ambiente operacional das organizações assim como determinar os pontos fracos e os pontos fortes em relação à concorrência. De acordo com Bizzotto (2008), o empreendedor deve descrever os principais concorrentes em termos dos pontos fortes que o deixam a frente e dos pontos fracos que também podem estar contidos na organização que elabora o plano de negócio, procurando comprar com as soluções que já são conhecidas no mercado. A concorrência existe para a maior parte dos empreendedores, portanto é necessário estar preparado para essa ameaça conhecendo os pontos fortes e fracos desses concorrentes. A maioria dos concorrentes são facilmente identificada a partir da experiência, de artigos de publicações especializadas, de anúncios, sites ou mesmo nas páginas amarelas (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2014). Dornelas (2014) acrescenta que conhecer o concorrente é obrigação de qualquer empreendedor que deseja competir e vencer no mercado competitivo O SEBRAE (2013) acredita que concorrentes são aquelas empresas que atuam no mesmo ramo de atividade que você e que buscam satisfazer as necessidades dos seus clientes. Ao analisar a concorrência o empreendedor poderá aprender importantes lições para o sucesso de seu empreendimento, a concorrência também deve ser vista como uma situação favorável. Bons concorrentes servem como parâmetro de comparação e de parceria, além de ser uma fonte de estímulo à melhoria. Para Hisrich (2014) o estudo dos concorrentes proporcionara ao empreendedor uma base solida para qualquer tomada de decisão no plano de marketing. 38 2.7.3 Estudo dos fornecedores O fornecedor para Rezende (2008) é entendido como quem abastece ou prove produtos ou serviços para a organização atual ou a empresa a ser estabelecida. O mercado fornecedor compreende todas as pessoas e empresas que irão fornecer as matérias-primas e equipamentos utilizados para a fabricação ou venda de bens e serviços. Inicie o estudo dos fornecedores levantando quem serão seus fornecedores de equipamentos, ferramentas, móveis, utensílios, matérias-primas, embalagens, mercadorias e serviços (SEBRAE, 2013). Para Dornelas (2014), uma boa relação com os fornecedores poderá resultar num parcelamento de compras de matérias prima e até mesmo na obtenção de carência para o pagamento, podendo ajudar significativamente a empresa. De acordo com o SEBRAE, o estudo dos fornecedores pode ser feito através de contato pessoal por telefone, e-mail, questões como preço, qualidade, condições de pagamento e prazo médio de entrega devem ser abordados. É de suma importância manter um cadastro atualizado dos fornecedores, pois eles fornecem informações que serão uteis para determinar o investimento inicial e as despesas do negócio. Após o estudo e análise do Mercado o empreendedor terá informações precisas para definir a forma que seu produto ou serviço chegará até o cliente, assim será apresentado o plano de marketing. 2.8 Plano de Marketing Plano de marketing é definido por Biagio e Batocchio (2005) como a forma pela qual a empresa atuará para levar seus produtos e serviços até seu consumidor, assim como despertar no consumidor o desejo de compra-los. Na percepção de Dolabela (2008), o plano de marketing como o planejamento do composto mercadológico de uma organização, com o objetivo de orientar o 39 processo decisório do marketing, mostrando a empresa para onde ela está indo e como chegar lá. De acordo com o SEBRAE (2013) O Plano de Marketing não necessariamente é a garantia para o sucesso de uma empresa, mas ele diminui muito as chances de errar. Dornelas (2014) conceitua plano de marketing como a atuação estratégias no composto de marketing a fim de obter melhor resultado em relação a competidores, numa visão mais especifica, o autor sugere que o item deverá responder a seguinte questão: Qual a participação de mercado à empresa quer atingir, o quanto deseja vender, quanto quer lucrar, em qual segmento e região, com qual penetração de mercado, para quais consumidores e quanto tempo terá o retorno do seu investimento. Tendo em vista uma melhor transparência do assunto, faz-se necessário uma explanação mais detalhada dos elementos que compõem o marketing: Produto, Preço, Promoção e Praça, serão apresentados a seguir. 2.8.1 Produtos e Serviços O primeiro P refere- se ao Produto, Kotler e Armstrong (1995) o definem como qualquer coisa que possa ser oferecida para aquisição no mercado e que possa satisfazer um desejo ou necessidade. Para Kotler (2000) produto ou serviço é a base de qualquer negócio, portanto a empresa deve ter como objetivo oferecer algo de maneira diferente e melhor para atingir o mercado alvo e este venha a preferi-lo até mesmo pague um preço mais alto por ele. Em um plano de negócio, segundo Dornelas (2001, p.130), a descrição do produto deve ressaltar suas características e ressaltar suas características e benefícios. Ou seja, para o empreendedor, deve ficar claro que características estão relacionadas a aspectos físicos e à funcionalidade, e benefícios à satisfação dos clientes e ao que o produto pode proporcionar. Uma boa descrição dos produtos e serviços no ponto de vista de Biagio e Batocchio (2005) inicia-se pela denominação do produto ou serviço oferecido e sua 40 classificação, seguidas de uma descrição física do produto como aroma, sons, cores contatos etc. características que afetam os sentidos humanos. Definir claramente as particularidades de produtos e serviços para Biagio e Batocchio (2005) é considerado um dos principais pontos de atratividade para os clientes. Las Casas (2006) afirma que Produto é a parte mais importante do composto de marketing, pois todas as atividades de uma empresa se justificam pela sua existência. Posicionar o produto no mercado, segundo Dornelas (2008, p. 139) é direcionar o produto para atender às expectativas e necessidades do cliente alvo escolhido, no segmento do mercado definido. Dessa forma, a empresa busca estabelecer uma imagem do produto para os clientes, buscando torná-lo melhor e mais bem aceitável do que o da concorrência. A descrição das características do produto para Bizzotto (2008) deve ser feita a partir da perspectiva do cliente, demonstrando como o produto e serviço a ser oferecido irá alcançar os desejos dos futuros compradores e que o cliente não quer um produto perfeito, ele deseja apenas um produtoque resolva seu problema a um preço que esteja disposto a pagar. O SEBRAE (2013) orienta descrever os principais itens que serão fabricados, vendidos ou quais serviços serão prestados, suas características e as garantias oferecidas. Lembrando ainda que os serviços que serão oferecidos irão variar de acordo com o foco do negócio bem como do seu tamanho e dos profissionais dos quais disponibiliza o empreendimento. Enfim em relação ao produto são diversas as atividades que podem ser desenvolvidas, o importante é promover a satisfação do cliente em escala cada vez maior em relação ao concorrente, o item que segue fala sobre preço um fator importante na decisão de compra. 2.8.2 Preço O segundo P diz respeito ao preço que significa a ¨soma de dinheiro que os clientes devem pagar para obter o produto (KOTLER,1999, p.31). 41 Kotler (1995) enfatiza que os custos do produto definem o piso do preço, e o que define o teto é a percepção do consumidor quanto ao valor do produto, o preço da concorrência é um fator que deve ser considerado. Outro fator importante a ser considerado pelos autores é conhecer a reação dos clientes em relação ao preço praticado pela empresa, somente dessa forma será possível organizar a melhor política de preços e descontos. Para Las Casas (2006) o preço poderá levar a empresa ao desenvolvimento e a lucratividade enquanto que a sua má determinação poderá levar a empresa a falência. A empresa devera identificar às faixas de preços possíveis de atuar em qualquer situação, identificando os preços mínimos, preço ideal, as margens de contribuição e de lucro para cada produto comercializado (BIAGIO, BATOCCHIO, 2005, p.139). Bizzotto (2008), diz não existir preço alto ou preço baixo, o que se deve avaliar é se o preço cobrado por um determinado produto ou serviço é compatível com o benefício obtido. Neste sentido SEBRAE (2013) destaca preço é o que consumidor está disposto a pagar pelo que você irá oferecer. A elaboração do preço deve considerar os custos do produto ou serviço, o quanto o consumidor está disposto a pagar, se o preço será compatível com aquele praticado pelos concorrentes diretos e que ainda apresente margem de lucros. Após a definição do preço do produto ou serviço outra questão a ser analisada é a respeito de como este será vendido e exposto, essa etapa será discutida no próximo item. 2.8.3 Promoção O terceiro P trata outra forma de se estimular as vendas que são as promoções, as quais são muito utilizadas nos lançamentos de novos serviços e produtos no mercado, para Kotler (2000) pode definir o sucesso da empresa, pois 42 significa todas as atividades de comunicação sobre os atributos do produto para os potenciais clientes. Biagio e Batocchio (2005) entendem promoção como o uso de um conjunto de ações de curto prazo com o objetivo de incentivar o consumidor a comprar mais rapidamente, em quantidade maior de produtos e serviços. Na mesma linha de raciocínio este item para Las Casas (2006) significa um dos mais importantes elementos do composto de marketing. Comunicação é utilizada para divulgar produtos e serviços, ajuda a construir marcas, gera imagem positiva, agrega valor. De acordo com SEBRAE (2013), promoção é toda ação que tem como objetivo apresentar, informar, convencer ou lembrar os clientes de comprar os seus produtos ou serviços e não os dos concorrentes. É preciso usar de criatividade para encontrar a melhore maneira de divulgar seus serviços além de observar o que fazem os concorrentes. A seguir, estão relacionadas algumas estratégias: • Propaganda em rádio, jornais e revistas; • Internet; • Amostras grátis; • Mala direta, folhetos e cartões de visita; • Catálogos; • Carro de som e faixas; • Brindes e sorteios; • Descontos (de acordo com os volumes comprados); • Participação em feiras e eventos. A escolha do item deve levar em conta o público alvo que se deseja atingir e o retorno que a estratégia escolhida trará para a empresa seja na imagem do negócio, no aumento de número de clientes ou no acréscimo da receita. Definidos o meio de comunicação a seguir será apresentada a forma com que o produto e serviço chegarão ao consumidor. 43 2.8.4 Praça O quarto e último item do Mix de Marketing é a Praça ou canal de distribuição ou ainda canais de distribuição que se refere à forma que a empresa tornara seus produtos e serviços disponíveis aos clientes. Kotler (2000) acrescenta que cada fornecedor deverá decidir como tornar suas mercadorias disponíveis ao mercado alvo, sendo de forma direta ou por meio de intermediários. Biagio e Batocchio (2005) apresentam duas maneiras genéricas de oferecer produtos e serviços ao consumidor: Vendas Diretas quando a empresa atua por meio de uma equipe de venda própria e Vendas Indiretas quando a empresa oferta seus produtos aos consumidores por meio de atacadistas e varejistas. Para o SEBRAE (2013), o empreendedor deverá refletir sobre quais serão os meios mais adequados para se alcançar os clientes, considerando o tamanho dos pedidos, a quantidade de compradores e o comportamento do cliente, isto é, se ele tem por hábito comprar pessoalmente, por telefone ou outro meio. Resumidamente Bispo (2008) aponta que se os 4 elementos do marketing estiverem devidamente alinhados e apontados para a mesma direção é possível criar uma boa imagem e o alcançar os objetivos desejados. A seguir o tema abordado tratará a importância da localização para o sucesso do negócio. 2.8.5 Localização do negócio Para definir a localização é necessário ter base em dados concretos citados anteriormente como o estudo dos clientes, concorrentes e fornecedores, pois para a escolha do ponto ideal requer conhecimento de mercado. Uma boa localização é aquela que favorece o acesso das pessoas, com o menor grau possível de dificuldade. Um salão de beleza deverá estar instalado próximo ao local de residência do público-alvo ou em locais de grande frequência de 44 público. É importante que o local possua um grande fluxo de pessoas e que favoreça o estacionamento de veículos além de possuir boas condições ambientais para uma permanência agradável da clientela (SEBRAE, 2013). Para Neto (2009) uma boa localização é aquela que maximiza a diferença entre receitas e desembolsos operacionais. Outros itens devem ser observados antes da definição pelo local, como a legislação local, as atividades econômicas da maioria das cidades são regulamentadas pelo Plano Diretor Urbano (PDU), e essa Lei determina o tipo de atividade que pode funcionar em determinado endereço. De acordo com o SEBRAE (2013) a consulta de local junto à Prefeitura é o primeiro passo para avaliar a implantação do salão. Outros aspectos que devem ser avaliados num processo de seleção do local de instalação do salão de beleza: Fatores de demanda: A característica populacional em torno do estabelecimento é o principal fator a ser contemplado num estudo de localização. Não se deve restringir à quantidade de pessoas residentes ou passantes que frequentam a região. É necessário, além de identificar o perfil socioeconômico dessa população (faixa etária, renda, nível educacional), identificar os hábitos de consumo dos frequentadores da região. Fatores de oferta: Adicionado ao conhecimento do potencial da região verificado na etapa anterior, é preciso mensurar a influência da concorrência na região. Se for bem atendida, quem são os concorrentes, como eles atuam e que espaço de mercado está disponível. Fatores de custos: A análise do melhor ponto deve envolver também as condições de sua utilização, inclusive aquelas que influenciam diretamente nos custos, seja no investimento inicial (luvas, obras, reformas, comunicação), seja no custo operacional (aluguel, impostos etc.) Após o desenvolvimento do plano de marketing a próximasessão trata do plano de operacional o qual possibilita estruturar e direcionar a empresa, dando sustentação às decisões mercadológicas. 45 2.9 Plano Operacional Biagio e Batocchio (2005), afirmam que o plano operacional compreende desde a maneira de gerenciar o negócio até amaneira de se executar, distribuir e controlar todos os produtos ou serviços disponíveis pela organização. Contribuem ainda que nesse item a empresa definirá a forma que irá realizar seu trabalho, como cuidara dos seus produtos e serviços, como utilizara seus equipamentos e recursos. Chiavenato (2008) descreve o plano operacional na sexta parte do plano de negócios abordando os seguintes objetivos: planejamento de produção, orçamento de despesas gerais, prever vendas, lucro operacional, fluxo de caixa e balancetes assim como os índices operacionais e financeiros. Nessa parte do Plano de negócios Bizzotto (2008) entende a necessidade de descrever como a empresa será gerida, qual será sua estrutura física e de equipamentos, sua formação legal, o histórico da organização e a equipe responsável por oferecer produtos e serviços. Nesse item de acordo com o SEBRAE (2013), deverá conter informações como localização da empresa via de acesso e estacionamento, bem como layout, fluxograma das tarefas, prestação de serviços e todas as rotinas administrativas. O plano operacional avalia de modo geral tudo o que envolve o dia a dia da organização, então, inicialmente será apresentado o tópico layout, o qual representa a alocação física dos recursos transformadores na organização. 2.9.1 Layout O arranjo físico de uma operação é a maneira segundo o a qual se encontrem dispostos fisicamente os recursos que ocupam espaço dentro da instalação de uma operação. (CORREA, 2006, p.406). De acordo com Correa (2006) a decisão do espaço físico é capaz de afetar os níveis de eficiência e eficácia das operações, visando tanto eliminar atividades que não agreguem valor como enfatizar atividades que agreguem. 46 A estrutura física na visão de Chiavenato (2008) é o planejamento do espaço físico a ser ocupado para as operações do negócio, representado por meio do layout. O leiaute1 como mostra a figura acima fornece uma visão geral e clara da empresa, e se a mesma tem condições de funcionar por bastante tempo no local onde está instalada. O SEBRAE (2013) enfatiza que um bom arranjo físico traz uma série de benefícios para a organização como, aumento de produtividade, diminuição de desperdício, maior facilidade na localização dos produtos, melhoria na comunicação entre setores e as pessoas. 2.9.2 Capacidade Produtiva Capacidade produtiva é a quantidade máxima de produto ou serviços que podem ser produzidas por uma empresa num determinado período. Este item é entendido para Biagio e Batocchio (2005) como a descrição de como a empresa produz seus produtos ou serviços, devendo citar os equipamentos necessários, materiais, condições de trabalho e critérios de controle de qualidade. É necessário também determinar a capacidade de produção. O SEBRAE (2013) completa que ao estimar a capacidade instalada da empresa, se determine o quanto pode ser produzido ou quantos clientes podem ser atendidos com a estrutura existente. A capacidade instalada pode ser influenciada pelo número e preparo dos funcionários, a produtividade de equipamentos, disponibilidade dos fornecedores e capacidade de distribuição e armazenamento. Tais fatores apresentam a forma para diminuir a ociosidade e o desperdício. 1 Leiaute é o termo utilizado pelo SEBRAE para definir arranjo físico (Layout) 47 2.9.3 Processos Operacionais Chiavenato (2006) constitui processos operacionais como o comportamento solicitado ás pessoas, ou seja, como elas devem se comportar dentro das organizações, o que devem ou não fazer e ainda o que elas podem fazer. É visto pelo autor como o regulamento interno que restringi o grau de liberdade das pessoas em determinadas situações. Segundo SEBRAE (2013) processos operacionais são às atividades desenvolvidas pela organização, esse é o momento de registrar etapa por etapa, prestação de serviços, rotinas administrativas, todos os trabalhos realizados assim como os responsáveis por cada função, materiais e equipamentos necessários para a realização. 2.9.4 Necessidade de Pessoal Sahlman (2002) propõe falar exaustivamente sobre pessoas, caso essas não tenham experiência nem habilidades deve-se repensar o lançamento do empreendimento. De acordo com Bizzoto (2008), a descrição da equipe técnica deve ser escrita de modo que deixe evidenciada a qualificação da equipe e se esta possui condições de transformar a oportunidade em negócio, para isso cada colaborador deve possuir as características certas na função que lhe compete. Para Oliveira (2005), a estrutura organizacional deve ser delineada de acordo com os objetivos e estratégias da empresa servindo de ferramenta para o alcance de seus objetivos. Em concordância Rezende (2008) fala que este item está relacionado diretamente com os principais objetivos de uma organização que é satisfazer as necessidades dos clientes, buscando e mantendo-os, estar em permanente desenvolvimento, gerar empregos, ter equilíbrio financeiro, alcançar modernidade e competitividade. O organograma segundo Biagio e Batocchio (2005) é uma das formas mais utilizadas para demonstrar a cadeia de comando da organização. 48 A estrutura organizacional da empresa diz respeito à alocação das pessoas nas atividades da organização, a responsabilidade do cargo de cada uma delas, o nível de autoridade de cada cargo e a definição das relações hierárquicas da empresa. Uma das formas mais usuais de demonstrar a cadeia de comando da organização é o organograma. (BIAGIO; BATOCCHIO, 2005, p. 168) 2.10 Plano Financeiro É através do Plano Financeiro que as empresas direcionam suas ações com vistas a atingir seus objetivos imediatos e em longo prazo, (GITMAN, 2002). Dornelas (2014) considera que para muitos empreendedores o plano financeiro seja a parte mais difícil do plano de negócios, pois devera escrever em números tudo o que foi escrito nas seções anteriores, incluindo investimentos, gastos com marketing, despesas com vendas, gasto com o pessoal, custos fixos e variáveis, projeção de vendas, analise de rentabilidade do negócio entre outros. Na mesma perspectiva SEBRAE (2013) cita que o plano financeiro traduz o quanto a empresa precisa de capital e como ele será aplicado, das vendas, custos, resultados e dos principais indicadores de viabilidade. Em resumo, um planejamento financeiro bem feito é indispensável às empresas porque possibilita saber, com antecedência, que caminhos estão sendo trilhados, visando maximizar os resultados econômico-financeiros. A seguir serão apresentados os itens que compõem essa seção. 2.10.1 Investimento Inicial Segundo Lapponi (2000) investir é executar um desembolso com a finalidade de alcançar benefícios futuros, onde o administrador espera retornos maiores do que o valor investido. Marion (2009) entende investimento inicial como a quantia necessária para efetuar primeiras aquisições, primeiros pagamentos etc., proporcionando a empresa os meios para iniciar o negócio. 49 Dolabela (2008) propõe que este item responda a seguinte questão:” Quanto será necessário gastar para montar a empresa e iniciar as atividades?” O autor destaca a importância de analisar o investimento inicial, que ressalta despesas pré- operatória, gastos com a montagem do negócio e os recursos necessários para colocar a empresa em funcionamento. Investimentos fixos para o SEBRAE (2013) é a relação de equipamentos, moveis, utensílios, ferramentas e veículos que serão adquiridos, assim como a quantidade necessária, o valor unitário e ototal do desembolso. Investimento pré- operatórios são os gastos que serão realizados antes do início das atividades da empresa como, despesas com reformas (pintura, instalação elétrica, troca de piso, etc.) taxas de registros, etc. SEBRAE (2013). Para o SEBRAE (2013) capital de giro é o montante de recursos necessário para o funcionamento normal do negócio. Compreendendo a compra de matérias- primas ou mercadorias, financiamento das vendas e o pagamento das despesas. Na mesma linguagem Dolabela (2008) cita que capital de giro são os gastos necessários para colocar a empresa em funcionamento e que posteriormente são cobertos pelas receitas, mas que inicialmente são bancados pelo próprio empreendedor. 2.10.2 Balanço Patrimonial Para Marion (2009), o Balanço Patrimonial é o mais importante relatório gerado pela contabilidade, pois é através dele que se identifica a saúde financeira e econômica de uma empresa. Assaf (2002) concorda com o autor quando fala que o balanço servirá como elemento de partida indispensável para o conhecimento da situação econômica e financeira da empresa. Balanço Patrimonial é definido para Padoveze (2012) como a representação estática do patrimônio, uma vez que o este relatório reflete a posição do conjunto patrimonial em determinado instante. Na mesma linha de raciocínio, Assaf (2002) relata que a informação que esse demonstrativo fornece é totalmente estática e, 50 muito provavelmente, sua estrutura se apresentará relativamente diferente algum tempo após do seu encerramento, sendo ela uma representação da posição financeira em um dado momento. Padoveze (2012) acrescenta que o balanço patrimonial é o conjunto do Ativo e Passivo, onde o nome Balanço traz a ideia de equilíbrio entre ambas as partes. Diante dessa divisão, Marion (2009) argumenta que em uma coluna, o lado esquerdo é denominado ativo, o qual pressupõe algo positivo, o conjunto de bens e direitos os quais são controlados pela empresa; já no lado direito denomina-se passivo e patrimônio líquido, que ao contrário, nos dá uma ideia de algo negativo, dívidas e obrigações exigíveis. A seguir a figura 3, apresenta a estrutura básica do novo formato do balanço patrimonial: Figura 3 - Balanço Patrimonial Fonte: Padoveze (2012). Dentro de uma ótica mais financeira Padoveze (2012) analisa o Balanço como o evidenciador dos tipos de fontes de recursos financeiros, por esse ângulo para o autor o Ativo representa todas as aplicações de recursos dentro da empresa, 51 enquanto que o Passivo representa todos os recursos que entraram na empresa, podendo ser através de recursos próprios ou recursos de terceiros. 2.10.3 Demonstração de Resultado A Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) foi instituída no artigo 187 da Lei n°6404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações) e tem como objetivo principal, apresentar resumidamente, de forma vertical, as operações realizadas num determinado período. Demonstração de Resultado é “um resumo ordenado das receitas e despesas do estabelecimento em determinado período”. MARION (2009). Com o intuito de fortalecer sua importância, o autor complementa que a DRE fornece informações minuciosas que facilitam a tomada de decisão. Para Granatum (2013) a DRE é como um check-up que os médicos nos pedem todo ano: ela é um exame que mostra de forma geral sobre a saúde financeira empresarial, representando resumidamente todas as operações que foram realizadas durante o seu último ano. Para Padoveze (2012), a DRE tem a finalidade de demonstrar de forma evidente os resultados de ganho, tendo em vista o aspecto do usuário externo. De acordo com Assaf (2002), a demonstração de resultado visa fornecer os resultados obtidos pela empresa em determinado exercício social, os quais são transferidos para contas do patrimônio líquido. Para as empresas brasileiras a demonstração de resultado de exercício é obrigatória, de acordo com a lei nº 11.638/07, publicada em 27 de dezembro de 2007. A DRE deverá ser estruturada de acordo com a figura 4: 52 Figura 4 - Estrutura da DRE Fonte: Marion (2009). Conforme figura 4, a demostração da DRE o resume de forma ordenada o quanto a empresa gerou de receita e despesas, num determinado periodo decurso de suas atividades. Para Marion (2009) receita corresponde à entrada de dinheiro no caixa ou entrada de direitos a receber que em geral se dá através da venda de mercadorias ou na prestação de serviços. 53 Na mesma linha Oliveira (2013) resume receita como toda a entrada de elementos para o ativo, seja na forma de dinheiro ou em direitos a receber. A receita pode também ser gerada devido aos juros sobre títulos, depósitos bancários, aluguéis entre outros motivos. Despesas são todos os gastos realizados na produção de um bem ou serviço e que serão incorporados posteriormente ao preço dos produtos ou serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas e insumos consumidos no processo de estoque e comercialização (SEBRAE 2013). Oliveira (2013) denomina despesa como o consumo de bens ou serviços, que direta ou indiretamente, ajuda a produzir receita. 2.10.4 Demonstração de Fluxo de Caixa Demonstração de fluxo de caixa para Dolabela (2008) consiste no acompanhamento das entradas e saídas dos recursos financeiros da empresa, com o intuito de informar se há dinheiro ou não para pagar as contas. O autor ainda compara a DFC (Demonstração de Fluxo de Caixa) à um plano de voo de um avião, ou seja, é uma importante ferramenta para que o empreendedor escolha o melhor percurso e evite desastres. Padoveze (2012, p. 384), tratando das demonstrações contábeis, identifica como os principais objetivos da Demonstração de Fluxo de Caixa: Complementar a análise da dinâmica operacional da empresa, evidenciando a origem dos recursos e onde eles foram aplicados; Explicar a movimentação do elemento patrimonial financeiro, o caixa, o mais importante em termos de análise da solvência e liquidez da empresa, já que para eles são canalizados, inicial ou finalmente, todos os resultados econômicos das operações da empresa; Pelo método indireto, evidenciar o caminho percorrido do lucro até o caixa, talvez o aspecto mais importante dessa demonstração. Esse objetivo busca responder a seguinte questão fundamental para análise da liquidez da empresa: como o lucro se transformou ou não em caixa? Pelo método direto, evidenciar os diversos tipos de fluxos de pagamentos e recebimentos ocorridos pela empresa. 54 Assaf (2002) menciona que uma necessidade em investimento mal direcionada pode acarretar reflexos sobre a posição econômica e sobre a rentabilidade da empresa. De acordo com a IBRACON (2013) os demonstrativos de fluxo de caixa podem ser elaborados de acordo com os métodos diretos e indiretos. O modelo direto segundo Marion (2009) é o mais adequado por ser mais revelador e de fácil entendimento, destacando objetivamente as entradas e saídas de dinheiro, informando sua fonte e sua aplicação. Em contrapartida, o autor destaca que o modelo indireto é o mais rico para análise, por demonstrar as variações do capital de giro próprio que afetam o caixa como, por exemplo, acréscimos sem duplicatas a receber, que adia recebimento, assim como o estoque que provoca mais saídas do caixa. Concordando com Marion (2009), Padoveze (2012) acrescenta que o método direto é pobre em análise, pois após apresentar os pagamentos e recebimentos não demonstra de onde se gerou a receita e o lucro da empresa. Padoveze (2012) observa que para a elaboração do DFC é indispensável saber que existe transações que afetam diretamente o caixa. “A análise da DFC Modelo Indireto evidencia objetivamente quais são as operações que prejudicam ou melhoram o caixa que induz politicasgerenciais a corrigir ou aperfeiçoas os resultados financeiros” MARION (2009). 2.10.5 Métodos de Análise de Investimentos Para Souza e Clemente (2001) a decisão de fazer um investimento envolve o estudo e analise de diversas alternativas que atendam as especificações do projeto e que consequentemente possam gera benefícios futuros. Segundo Dornelas (2014) é importante que conste no plano de negócios itens como o valor do presente líquido a taxa interna de retorno e o payback, os quais representam os primeiros índices observados pelos empreendedores para avaliar um investimento. A seguir serão apresentadas as ferramentas de análise de viabilidade que irão contribuir para a tomada de decisão do empreendedor. 55 2.10.6 Valor presente líquido (VPL) O valor presente líquido para Rebelatto (2004) é um dos instrumentos mais sofisticados e utilizados para se avaliar um investimento de capital, é valor atual das entradas de caixa, incluindo o valor residual (se houver) menos o valor atual das saídas de caixa. Na mesma linha Dornelas (2014), afirma que para medir o VPL de um projeto é necessário estimar o valor atual para os futuros fluxos de reais gerados pelo projeto, deduzindo o investimento feito inicialmente. De acordo com o autor, a expressão do cálculo do VPL é a seguinte: Quadro 4 - Fórmula do cálculo do VPL Fonte: Dolabela (2014, p.178) No qual: VPL= Valor presente liquido Fn= Fluxo de caixa após importo no ano n N= Vida do projeto em anos K= Taxa de desconto Fo= Investimento inicial Se o VPL for positivo, o projeto será viável, pois o valor presente dos futuros fluxos de caixa será maior que o investimento inicial. Caso contrário, o projeto deve ser rejeitado. (DORNELAS 2014, p. 177) Segundo Souza e Clemente (2001), o método do valor presente líquido é uma forma de julgar a rentabilidade de um investimento proposto, é a ferramenta mais conhecida e utilizada pelas empresas. 56 2.10.7 Taxa Interna de Retorno (TIR) A taxa interna de retorno é outro importante indicador utilizado para mensurar a viabilidade do investimento. De acordo com Dornelas (2014) para calcular a taxa interna de retorno é preciso descobrir a taxa de desconto (K) que fornece um valor presente líquido igual a zero. Quando isso acontece, o valor presente dos futuros fluxos de caixa é exatamente igual ao investimento efetuado. Com isso, a TIR é obtida por meio da fórmula do VPL igualando-se a zero e procurando-se o valor para K, que nesse caso será a TIR do projeto. Para Dolabela (2008), o critério de decisão para aceitar ou rejeitar esse indicador é o seguinte: Se TIR for maior que a taxa de retorno desejada, aceita-se o projeto, caso seja menor, o mesmo deverá ser rejeitado. 2.10.8 Payback O prazo de recuperação do investimento é uma preocupação para a maioria dos empreendedores, sendo a assim o payback assume a importância no processo de decisões de investimento. Como as mudanças não economia são continuas e acentuadas, não se pode espera para recuperar o capital investido. SOUZA e CLEMENTE (2001) Na concepção de Gitman (2002) payback consiste no período de tempo necessário para a empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto, a partir das entradas de caixa. Rebelatto (2004) aborda como vantagem o fato do método payback refletir a liquidez de um projeto, e como consequência avalia o risco de não se recuperar o investimento realizado. Um projeto de investimento é mais atrativo quando o tempo for menor para recuperar o investimento inicial. O indicador que tem por função mostrar em quanto tempo será recuperado o dinheiro gasto no investimento inicial é o payback (DOLABELA, 2008). 57 Dolabela (2014) contribui que quanto mais tempo à empresa precisar esperar para recuperar seu investimento maior a possibilidade de perda, o período de uso do payback serve como critério de decisão. 2.10.9 Ponto de Equilíbrio Ponto de equilíbrio é uma ferramenta utilizada para avaliar o nível de operações necessárias para cobrir todos os custos operacionais. De acordo com Dornelas (2001, p.155) no ponto de equilíbrio não há lucro nem prejuízo. É o ponto no qual a receita proveniente das vendas equivale à soma dos custos fixos e variáveis. Segundo Dolabela (2008) ponto de equilíbrio corresponde ao nível de faturamento para que a empresa possa cobrir seus custos, onde acima desse ponto a empresa terá lucro e abaixo dele terá prejuízo. O SEBRAE (2013) considera esse indicador bastante seguro, pois mostra o quanto é necessário vender para que as receitas se igualem aos custos, indicando o momento certo para que isso ocorra eliminando assim a possibilidade de prejuízo. Segue a formula para o cálculo do ponto de equilíbrio: Figura 5 - Fórmula do Ponto de Equilíbrio PE = (Custos Fixo) x 100 (Receita – Custo Variável) Fonte: SEBRAE (2013). Neste sentido, o período de retorno do investimento é utilizado para mensurar o risco associado ao projeto. 2.11 Construção de cenários A análise de cenários é a etapa final do plano, consiste na simulação de cenários otimistas e pessimista para uma determinada organização. Para Neto (2009) a etapa utiliza três cenários distintos: o mais provável, pessimista e otimista. O cenário mais provável refere-se a que cuja expectativa é de maior probabilidade de ocorrência, representado por um caso-base. O cenário 58 pessimista pode ocorrer com a junção de situações desfavoráveis ocasionando assim um resultado inferior ou até negativo. Já o cenário otimista são situações favoráveis que combinadas conduzem maior valor. Segundo o SEBRAE (2013) esse item é construído através de simulações para as variáveis de maior incerteza. Aspectos relacionados a preço, volume de venda, custos e condições de financiamento do projeto varia-se para maior e para menor, determinando ações preventivas e corretivas para potencializar situações desfavoráveis impactando diretamente na rentabilidade do negócio. Na construção de cenários é fundamental considerar algumas possibilidades: Nos primeiros meses, as vendas serem menores que o previsto; O início das atividades ser um pouco mais demorado que o programado; Estratégias de marketing podem não surtir os efeitos esperados no curto prazo; Necessidade de obter mais recursos financeiros que o previamente planejado; Possíveis reações de concorrentes. 2.12 Análise da Matriz F.O.F.A A matriz F.O.F.A., conhecida também como análise SWOT é uma técnica de análise simples, cujo objetivo é detectar pontos fortes e fracos, com a finalidade de tornar a empresa mais eficiente e competitiva, corrigindo assim suas deficiências. Biagio e Batocchio (2005) recomendam primeiramente a correção dos pontos fracos, para então adotar mecanismos que possam estudar de forma mais abrangente as oportunidades identificadas. Diante dessa visão a análise ambiental por meio da matriz SWOT permitirá de forma simples identificar e definir metas e os objetivos estratégicos da empresa. De acordo com Lacruz (2008) as ameaças e as oportunidades estão relacionadas com o ambiente externo da empresa, já as forças e fraquezas se relacionam com o ambiente interno. Portanto as oportunidades e as ameaças são identificadas a partir do macro ambiente e as forças dizem respeito ao que a empresa faz bem, a forma pela qual os clientes definem a qualidade da empresa. 59 Segundo SEBRAE (2013) a matriz F.O.F.A. é sempre feita em quatro quadrados iguais. Em cada quadrado são registrados fatores positivos e negativos para a implantação do negócio. O quadro a seguir representa um acróstico da matriz: Quadro 5 Matriz F.O.F.A Forças Faça uso das forças São características internas da empresa ou de seus donos que representam vantagens competitivas sobre seus concorrentes ou uma facilidade para atingir os objetivos propostos.Exemplos: • Atendimento personalizado ao cliente • Preço de venda competitivo • Equipe treinada e motivada • Localização estratégica da empresa Oportunidades Explore as oportunidades São situações positivas do ambiente externo que permitem à empresa alcançar seus objetivos ou melhorar sua posição no mercado. Exemplos: • Existência de linhas de financiamento • Poucos concorrentes na região • Aumento crescente da demanda • Disponibilidade de bons imóveis para locação Fraquezas Elimine as fraquezas São fatores internos que colocam a empresa em situação de desvantagem frente à concorrência ou que prejudicam sua atuação no ramo escolhido. Exemplos: • Pouca qualificação dos funcionários • Indisponibilidade de recursos financeiros • Falta de experiência anterior no ramo • Custos de manutenção elevados Ameaças Evite as ameaças São situações externas nas quais se têm pouco controle e que colocam a empresa diante de dificuldades, ocasionando a perda de mercado ou a redução de sua lucratividade. Exemplos: • Impostos elevados e exigências legais rigorosas • Existência de poucos fornecedores • Escassez de mão de obra qualificada • Insegurança e violência na região Fonte: SEBRAE (2013). De acordo com o quadro acima a análise da F.O.F.A. permite a identificação dos aspectos favoráveis e desfavoráveis do negócio, dos sócios e do mercado. Para que a análise tenha seu resultado maximizado Biagio e Batocchio (2005) recomendam: Eliminar os itens classificados como pontos fracos onde a empresa enfrenta ameaças graves do mercado e tendências desfavoráveis no ambiente; Capitalizar as oportunidades identificadas como os princípios norteadores onde a empresa apresenta pontos fortes perante o mercado; Corrigir os itens classificados como pontos fracos onde a empresa identificou oportunidades potenciais de negócios alinhadas aos princípios norteadores; Monitorar os classificados como pontos fortes nas áreas onde a empresa enfrenta ameaças e tendências desfavoráveis no ambiente 60 Existem várias propostas para estruturar um Plano de Negócios de acordo como citados pelos autores estudados, porém sua estrutura não precisa seguir um padrão rigoroso, ela pode variar de acordo com os interesses e segmento de cada empreendimento, cabe ao empreendedor analisar criteriosamente as características da empresa para a escolha mais adequada. 61 3 METODOLOGIA Neste item serão apresentados os procedimentos metodológicos utilizados no decorrer do trabalho, que são: caracterização da pesquisa, contexto e participantes e tratamento e análise de dados. 3.1 Caracterização de pesquisa Com o intuito de identificar a viabilidade do negócio é necessário ter conhecimento acerca do ambiente e de todo o processo da pesquisa. Portanto para a abordagem do problema foi utilizada uma combinação do tipo qualitativa e quantitativa. Para Marconi e Lakatos (2011) na pesquisa qualitativa faz-se a coleta dos dados a fim elaborar a teoria base, ou seja, o conjunto de conceitos, princípios e significados, esse método se preocupa em analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do comportamento humano. O método quantitativo, segundo Richardson et al. (1999 apud Marconi e Lakatos 2011), caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto de modalidades de coletas de informações quanto no tratamento delas por meio de técnicas e estatísticas. No método quantitativo, os pesquisadores contam com amostras amplas de informações numéricas, enquanto que no qualitativo as amostras são menores, os dados são analisados de uma forma global. Logo este estudo pode ser definido como quantitativo porque leva em consideração a pesquisa feita junto ao público-alvo para identificar os clientes potenciais. Já o método qualitativo por se tratar de um plano de negócio tem a intenção de compreender os fenômenos sociais da população estudada. A pesquisa realizada para se obter dados sobre a viabilidade para a implantação do Eli’s estética tem como objetivo de pesquisa descritiva onde serão identificadas as características da população moradora do Campeche. 62 Para Gil (1999, p.44), a pesquisa descritiva tem por objetivo estudar as características de um grupo: sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, nível de renda, estado de saúde física e mental etc. Foi caracterizada como bibliográfica, pois foi elaborada a partir de materiais já publicados como livros, revistas e site de pesquisas. De acordo com Koche (1997), o objetivo da pesquisa bibliográfica é conhecer e analisar as principais contribuições teóricas existentes sobre um determinado assunto, servindo como instrumento indispensável para qualquer tipo de pesquisa. Gil (1999, p.65), completa: “a principal vantagem para pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente”. 3.2 Contextos e participantes Na presente pesquisa foi utilizada a amostra como tipo de amostragem, visto que a população participante da pesquisa e a população estudada é formada por moradores do Bairro Campeche. De acordo com Vergara (2005), população é o conjunto de elementos, que podem ser pessoas, empresas, produtos, etc., que possuem características e são objetos de estudo. Na mesma linha Gil (1999p. 100) define amostra como um subconjunto do universo ou da população, por meio do qual se estabelece ou se estimam as características desse universo ou população. Com base nas definições apresentadas, juntamente com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) constatou-se no censo de 2010 que o bairro do Campeche possui cerca de 15.000 habitantes, distribuídos entre crianças, adultos e idosos. Desta forma o tamanho da amostra foi calculado a partir do site cuali.com.br (2014) considerando a população de 15.000 pessoas e um erro amostral de 8%, resultando em amostra de 149 pessoas. Na realização desta pesquisa de campo os dados coletados serão distribuídos no Campeche, uma vez que nessa região estão localizados os prováveis 63 clientes do futuro empreendimento, além de ser a região onde a organização estará situada. 3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados Foi utilizado como instrumento de coleta de dados primários um questionário, com o objetivo de explorar informações e identificar as características da população local. O questionário foi elaborado pela autora com base a outro questionário elaborado anteriormente por Tavares (2013) e foram adaptados de acordo com IBGE (2010). Uma das maiores vantagens do questionário para Gil (1999) é o fato de que ele possibilita atingir um grande número de pessoas, mesmo que estejam dispersas numa área geográfica muito extensa. Para Lapolli et al (2011) o questionário é uma técnica de custo razoável, apresenta as mesmas questões para todas as pessoas, garante o anonimato e atende as finalidades especificas de uma pesquisa. A aplicação do questionário foi feita pela autora, onde foram distribuídos em pontos estratégicos, como posto de saúde do bairro, locadoras e nos próprios salões de beleza visto como concorrentes diretos do empreendimento utilizou-se ainda o Google Drive que é um serviço de armazenamento e sincronização de arquivos, que oferece um leque de aplicações importantes para a construção do trabalho. A pesquisa foi feita do dia 27 de Setembro até o dia 11 de Outubro. O questionário foi composto por 12 questões fechadas e 1 aberta, visou analisar questões referentes à renda mensal, idade, hábitos de frequentar salões de beleza, serviços carentes nessa área, o gasto médio em cuidados com a beleza, entre outros fatores importantes. Este aplicativo tem como intuito identificar as características dapopulação local, bem como identificar seu perfil e a necessidade de abertura de um salão de beleza. 64 3.4 Tratamento e análise de dados A análise e interpretação de dados é a parte mais importante de um trabalho, pois é através dela que o pesquisador interpreta os dados coletados e os transforma em análises. Para Gil (1999), não existem normas que indiquem os procedimentos a serem adotados no processo de interpretação de dados, e sim recomendações acerca de cuidados para que a interpretação não comprometa a pesquisa. Partindo com os resultados obtidos com as perguntas do questionário, utilizou-se o Google Drive para montar planilhas e facilitar a análise desses dados, quanto aos questionários, serão numerados e apresentados através de gráficos. Para a interpretação da análise será elaborado textos explicativo bem como as leis da estatística para indicar os números da pesquisa quantitativa. O Plano de Negócios adotou a estrutura proposta pelo SEBRAE (2013). 65 4 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO A ideia do plano de negócios Eli’s Estética surgiu quando a empreendedora pensava no tema do seu trabalho de Conclusão de Estagio (TCE). Conversando com sua irmã sobre o assunto que poderia despertar seu interesse para a elaboração do TCC, Anelise Eli (a irmã), que acabara de concluir o curso profissionalizante de cabelereira pelo SENAC lembrou-se de quando eram crianças e de como gostavam de brincar de salão de beleza. Lembraram- se da vez que Amanda cortou o cabelo da vizinha com uma tesoura zig zag, de quando queimou a orelha da irmã Ariana tentando alisar seu cabelo com um ferro de passar roupas e do dia em que Anelise resolveu fazer as unhas da irmã mais velha Anésia com o alicate que a mãe guardava cuidadosamente, resultado Anésia ficou sete dias com as mãos toda esfoladas e machucadas. Motivo este que fez com que a mãe dona Eli matriculasse Anelise com apenas 14 anos num curso de manicure e pedicura, a menina não utilizou seus conhecimentos para ganhar dinheiro, mas gostava da arte e era responsável pelo embelezamento das mãos e pés das mulheres de casa, agora sem machucar ninguém. Dona Eli sempre foi muito vaidosa e desde cedo despertava nas filhas o interesse em cuidar da aparência. O tempo foi passando e as meninas foram crescendo, sem muitos recursos financeiros, os cuidados com a pele e cabelo ficavam por conta de receitas caseiras feitas por elas mesmas, faziam depilação, unhas, penteados e maquiagem em casa. Levando em conta o relato acima, a oportunidade de fazer um trabalho de conclusão de curso de Administração de empresas, a formação de Anelise no curso de Cabelereira, juntamente com o fato relevante de que em dia de festas as irmãs são bastante procuradas por amigos, vizinhos e familiares para a arrumação de cabelos, unhas e maquiagem entre outros, surgiu à ideia de estudar a viabilidade de abertura de um salão de beleza no Bairro onde moram. Eli’s Estética, o nome do empreendimento, foi criado em homenagem à mãe das empreendedoras, o nome conota através do uso do apóstrofo (‘) e seguido da letra (s) a ideia de posse, onde indica que a estética é da Eli. 66 Salão de Beleza Eli’s Estética Rua Pau de Canela, 1527 Campeche – Florianópolis – SC (48) 3304-5260 www.elistetica.blogspot.com elistetica@gmail.com Amanda Eli, Sócia Administradora Rua Pau de Canela, 1527 Campeche – Florianópolis – SC Anelise Eli, Sócia Cabelereira Rua da Capela, 60 Campeche – Florianópolis – SC Este plano de negócios foi elaborado por Amanda Eli. http://www.elistetica.blogspot.com/ mailto:elistetica@gmail.com 67 5 PLANO DE NEGÓCIOS Nesta etapa do trabalho serão apresentados os principais passos e decisões tomadas para o desenvolvimento do Plano de Negócios da Eli’s Estética. O Plano foi elaborado e adaptado conforme o modelo SOFTWARE CEPN 3.0 – Como Elaborar um Plano de Negócio, SEBRAE (2013). 5.1 Sumário Executivo 5.1.1 Resumo Trata-se de um plano de negócio para verificação de viabilidade da implantação de um salão de beleza no Bairro Campeche. Os serviços oferecidos pela empresa são: cortes de cabelos com consultoria em visagismo, manicure/ pedicura, depilação, maquiagem, escova modeladora e progressiva, relaxamento capilar, cauterização, reflexos e mechas, penteados, coloração capilar e estética de sobrancelhas. O foco da Eli’s Estética é a prestação de serviços de alta qualidade, atendimento personalizado, realizados por pessoas qualificadas na área da beleza e apaixonadas pelo que fazem. Atingindo pessoas exigentes de diversas faixas etárias, geralmente pertencentes à classe C e D, que buscam transformação, cuidados e bem-estar. O atendimento não se restringirá apenas ao público feminino, o salão atenderá também o público masculino e infantil. Tendo em vista que a localização de qualquer empreendimento no ramo de serviços é de grande importância, o salão terá sede fixa na Rua Pau de Canela, 1527, no Bairro Campeche em Florianópolis, local este que possui uma grande circulação de pessoas e veículos, com boa visibilidade do empreendimento e de fácil acesso. 68 5.1.2 Dados dos Empreendedores A Eli’s Estética estará muito bem estruturada para aproveitar a oportunidade que se apresenta. Amanda Eli Gonzaga possui profundos conhecimentos do ramo do seu negócio a partir da análise de mercado e estudos de viabilidade, desenvolvido nesse processo, graduanda em Administração de Empresas pela UNIVALI. Será a profissional responsável por toda manutenção da engrenagem que garante o andamento correto das funções administrativas da empresa. Contratando os profissionais da equipe, cuidando das compras de materiais, gerenciando os recursos financeiros e humanos. Primando pelo sucesso do empreendimento e um bom ambiente de trabalho. Anelise Eli Gonzaga possui formação profissional de cabeleireiro e especialização em visagismo pelo SENAC. Possui conhecimentos sobre técnicas para cuidado e tratamento dos cabelos. Atuará como consultora de beleza dentro do salão, orientando e sugerindo a melhor opção. Caberá a ela estabelecer uma boa relação e fidelizar o cliente, sempre atenta às tendências da moda, a novos produtos e tecnologias, de forma dinâmica e inovadora. 5.1.3 Missão da Empresa A missão da Eli’s Estética é oferecer o que há de melhor no mercado da beleza, proporcionando autoestima e sensação de bem estar ao cliente através de produtos e serviços de qualidade e preços justos. 5.1.4 Setores de Atividades A empresa estará enquadrada como prestadora de serviço no ramo de beleza e estética. De acordo com a classificação econômica de atividades ela será constituída com o CNAE: 9302-5/01 – Cabeleireiros. (CNAE, 2014). http://www.cnae.ibge.gov.br/subclasse.asp?TabelaBusca=CNAE_110@CNAE%201.0%20/%20CNAE%20FISCAL%201.1@0@cnae@0&codsubclasse=9302-5/01&codclasse=93025&codgrupo=930&CodDivisao=93&CodSecao=O 69 5.1.5 Forma Jurídica A forma jurídica definida a partir da análise de empresas retratadas na fundamentação teórica, para a Eli’s Estética é a de sociedade limitada, que é constituída quando duas ou mais pessoas associam-se para a criação de uma pessoa jurídica, com patrimônio distinto da pessoa física dos sócios. 5.1.6 Enquadramento Tributário Por se tratar de empreendimento com previsão de faturamento inferior a R$ 3.600.000,00, a empresa optará pelo sistema de tributação pelo Simples Nacional que segundo o SEBRAE (2013), essa opção, é destinada às empresas que se beneficiarão da redução e simplificação de tributos, além do recolhimento de imposto único. 5.1.7 Capital Social e Fonte de Recursos O capital social representa os recursos (dinheiro, equipamentos) colocados pelos proprietários para a montagem do negócio. Como o projeto trata- se de uma sociedade, determinou- se o valor e o percentualdas sócias no capital, onde para a abertura do negócio, 100% dos recursos aplicados terão origem em recursos das sócias. Figura 6-Capital Social Eli's Estética Nº Sócio Valor Participação (%) 1 Amanda Eli Gonzaga R$ 34.908,06 50,00 2 Anelise Eli Gonzaga R$ 34.908,06 50,00 Total R$ 69.816,13 100,00 Fonte: Dados primários. Para a abertura do negócio, 100% dos recursos aplicados terão origem em recursos das sócias. 5.2 Análise de Mercado Segundo fundamentação teórica análise de mercado destaca o entendimento da empresa acerca dos clientes, concorrentes e fornecedores. 70 5.2.1 Análise dos Clientes Um bom relacionamento entre cliente e empresa é primordial para o sucesso organizacional, portanto justifica-se a importância de identificar suas características, seus interesses e comportamentos bem como motivações de compra. De acordo com o SEBRAE (2013), o questionário é uma excelente ferramenta para se levantar informações necessárias acerca dos clientes, portanto aplicou-se um questionário (apêndice A), assim a pesquisa desenvolveu-se através de 13 perguntas entre os dias 27 de Setembro até o dia 11 de Outubro. A amostra calculada foi de 149 pessoas baseada na população do Bairro Campeche em Florianópolis no estado de Santa Catarina. O questionário foi elaborado pela autora tendo por base questionário elaborado anteriormente por Duminelli (2012) com adaptações de acordo com IBGE (2010). Segue o questionário e suas respectivas respostas. 5.2.1.1 Gênero dos entrevistados Na primeira questão procurou-se identificar o gênero dos possíveis clientes, estas informações servirão para analisar o público potencial. Gráfico 1- Gênero da amostra Fonte: Dados Primários Feminimo 84% Masculino 16% Gênero 71 Conforme gráfico acima 84% dos pesquisados são pertencentes ao gênero feminino e apenas 16% são do masculino. Nota-se portanto que o público feminino tem uma maior representatividade na pesquisa. Com isso, as ações de publicidade terão que dispor uma maior atenção a esse perfil. 5.2.1.2 Faixa etária O segundo item questionado foi em relação a idade dos possíveis clientes. Gráfico 2- Faixa etária Fonte: Dados Primários O gráfico dois mostra que, 5% dos entrevistados possuem idade entre 15 e 20 anos, 37% entre 21 a 30 anos, 25% entre 31 a 40, 14% entre 41 a 50, 11% entre 51 a 60 e 8% acima de 60 anos de idade. De acordo com a análise pode-se concluir que a maior parte da população estudada tem entre 21 a 30 anos, seguido da população com idade entre 31 a 40 anos, essas duas faixas etárias representam mais de 50% da população estudada. 5% 37% 25% 14% 11% 8% Idade 15 a 20 anos 21 a 30 anos 31 a 40 anos 41 a 50 anos 51 a 60 anos mais de 60 anos 72 5.2.1.3 Residentes do bairro Campeche Com a questão três buscou-se identificar se os entrevistados eram moradores do bairro Campeche, localizado no município de Florianópolis. Gráfico 3- Residentes no Bairro Campeche Fonte: Dados Primários Foi identificado portanto que, 88% dos entrevistados moram no Campeche e 12% reside nos bairros vizinhos como: Rio Tavares, Lagoa, Costeira. Ficando claro que a maioria dos entrevistados fornecerá nas próximas etapas da pesquisa, informações relevantes acerca do mercado onde o empreendimento será inserido. 5.2.1.4 Renda Familiar Mensal A quarta questão teve como objetivo levantar informações sobre a renda familiar mensal dos entrevistados e consequentemente a classe social pertencente. Sim 88% Não 12% Mora no bairro Campeche 73 Gráfico 4- Renda Familiar Mensal Fonte: Dados Primários Conforme apontado no gráfico acima, tem-se uma faixa mais significativa a renda familiar mensal de R$1.357,00 até R$ 3.390,00, representando 38% dos entrevistados e uma fatia de apenas 3% possuem renda acima de R$ 16.951,00. Assim sendo, segundo o IBGE, a maioria dos entrevistados pertencem a Classe C (com 38%), seguido pela classe D (21%), somando assim 59% do total. 5.2.1.5 Consumo de serviços Este item buscou informações a respeito da frequência dos clientes no consumo de serviços de salão de beleza. 3% 21% 38% 28% 10% Renda Familiar Mensal acima de R$ 16.951,00 Até R$ 1.356,00 de R$ 1.357,00 até R$ 3.390,00 de R$ 3.391,00 até R$ 6.780,00 de R$ 6.781,00 até R$ 16.950,00 74 Gráfico 5- Frequência de consumo de serviços Fonte: Dados Primários Quanto a frequência no consumo de serviços de salão de beleza, o gráfico acima demonstra que 45% dos entrevistados frequentam algum salao de beleza uma vez no mês, 28% 1 vez na semana e apenas 1% frequenta anualmente. Portanto percebe-se que o consumo desse serviço é bastante frequente para grande parte dos entrevistados, sendo este um fator que estimula a criação de novos empreendimentos na área. 5.2.1.6 Serviços Utilizados A questão de número 6 foi uma questão de múltipla escolha que buscou saber quais serviços os consumidores procuram realizar no salão de beleza. 28% 0% 1% 4% 11% 45% 1% 10% Frequência de consumo de serviços 1 vez na semana 2 vezes na semana 3 vezes na semana anual bimestral mensal bimestral trimestral 75 Gráfico 6- Serviços utilizados Fonte: Dados Primários Tabela 2- Serviços utilizados Serviços Número de citações Porcentagem Alisamento 22 5,55% Corte 114 28,78% Depilação 42 10,60% Escova 42 10,60% Escova progressiva 25 6,31% Manicure/Pedicura 98 24,74% Maquiagem 5 1,26% Pintura 48 12,12% Total 396 100,00% Fonte: Dados Primários Observou-se no gráfico 6 que o serviço mais utilizado pelos entrevistados é o corte de cabelo, com 28,78% das citações. Seguido pelo serviço de pedicure/manicura com 24,74% de citações. Com base nessas informações a empresa poderá se posicionar estrategicamente oferecendo uma atividade atrativa para o mercado, já que identificar o que os consumidores estão utilizando em termos 0 20 40 60 80 100 120 Serviços utilizados 76 de serviços de salão de beleza serve para que o empreendedor promova melhorias e adaptações em seus serviços para que fiquem adequados as necessidades desses consumidores. 5.2.1.7 Valor pago por serviços prestados A questão de número 6 buscou conhecer os valores gastos com serviços de salão de beleza por cada consumidor. Conforme distribuição do gráfico abaixo. Gráfico 7- Valor pago por serviços prestados Fonte: Dados Primários Dos pesquisados 29% responderam que gastam acima de R$ 201,00 mensalmente e apenas 17% dos entrevistados responderam que gastam de R$ 31,00 á R$ 50,00 em serviços beleza no mês. Observa-se portanto que o valor mais alto citado na questao foi a opção da grande maioria dos entrevistados, o que leva a crer na existencia de uma massa de consumidores, dispostos a gastar cada vez mais com esses serviços. 10% 14% 14% 17% 29% 16% Valor pago por serviços prestados acima de R$ 201,00 de R$ 101,00 à R$ 150,00 de R$ 151,00 à R$ 200,00 de R$ 31,00 à R$ 50,00 de R$ 51,00 à R$ 100,00 Menos de R$ 30,00 77 5.2.1.8 Forma de pagamento dos serviços de salão de beleza Questionou-se a forma de pagamento dos serviços prestados pelos salões de beleza. Segue resultado: Gráfico 8- Formas de pagamento Fonte: Dados Primários Os dados auferidos relatam que 73% dos entrevistados pagam a vista pelos serviços utilizados em saloes de beleza, 25% deles indicaram cartao de credito como forma de pagamento e apenas 2% utilizam cheque. Esse índice demonstra que os prazos de recebimento desse tipo de estabelecimento são normalmente curtos. 5.2.1.9 Qual salão costuma frequentar no bairro Para este questionamento foi necessário mapear os principais concorrentes, para saber qual o salão de beleza no bairro que o entrevistado costuma frequentar. 73% 25% 2% Formas de Pagamento A vista Cartão de Crédito Cheque 78Gráfico 9- Salão que frequenta Fonte: Dados Primários Constatou-se que 52%, ou seja, mais da metade dos entrevistados não frequentam nenhum dos salões mapeados como concorrentes, 22 % frequentam o salão Espaço Essencial, 14% costumam frequentar o salão de beleza Marlete Cabelereira, 7% frequentam o Zila Machado e por 5% o salão escolhido foi o Cort e Café a Corter. Fica claro a necessidade de se elaborar estratégias para atração dos clientes dos concorrentes, bem como os consumidores que não são fieis a nenhum dos concorrentes citados. 5.2..1.10 Motivação na escolha de um salão de beleza Este item teve como objetivo avaliar o motivo pelo qual o entrevistado optou pelo concorrente citado na questão de número 9, os resultados serão apresentados no gráfico 10 á seguir: 52% 14% 7% 5% 22% Salão que freqüenta Outro Marlete Cabelereira Zila Machado Cort e Café Espaço Essencial 79 Gráfico 10- Motivo que leva a frequentar o salão de beleza Fonte: Dados Primários Tabela 3- A motivação a frequentar o salão citado na questão 9 Motivo Número de citações Porcentagem Qualidade nos Serviços 98 37,12% Facilidade de localização 52 19,69% Condições de pagamento 12 4,54% Atendimento 68 25,75% Preço 34 12,87% Total 264 100% Fonte: Dados Primários Conforme se pode constar no Gráfico 10 e tabela 2, um dos principais motivos pela escolha do concorrente é a qualidade dos serviços com 37%, o atendimento foi determinante na escolha de 26% dos entrevistados, por 19% a facilidade de localização, por 15% o preço e apenas 4% indicaram a forma de pagamento como fator decisório na escolha. Nota-se nessa questão a importância de se oferecer serviços de qualidade para fidelizar o cliente. 37% 20% 4% 26% 13% O que motiva a frequentar o salão citado na questão 9 Qualidade nos Serviços Facilidade de localização Condições de pagamento Atendimento Preço 80 5.2.1.11 Diferenciais Esta questão busca conhecer quais os desejos dos consumidores em relação aos serviços prestados dentro de um salão de beleza. Gráfico 11- Diferencial da estrutura física Fonte: Dados primários. Verifica-se que para 38% dos entrevistados o preço reduzido em relação aos concorrentes seria um diferencial interessante, já para 28% dos consumidores entrevistados, uma sala de estética com massagem, limpeza de pele e drenagem linfática é um desejo ainda não encontrado nos salões que frequentam. A falta de um espaço exclusivo para crianças e a necessidade de um espaço especial para atender ao público masculino foram citados por 19% e 15% respectivamente. Esta questão serve como base para futuras estratégias. 5.2.1.12 Quais produtos e serviços deseja encontrar no salão de beleza A questão número 12 traz uma pergunta aberta sobre o anseio do consumidor em relação aos produtos e serviços que desejaria encontrar num salão de beleza. 15% 28% 19% 38% Diferencial na estrutura física do salão Espaço Masculino Sala de Estética Espaço criança Preço reduzido 81 Gráfico 12- Anseio do consumidor em relação a produtos e serviços Fonte: Dados primários. De acordo com o gráfico 12 o serviço mais desejado no salão de beleza, apontado por 37% dos entrevistados, foi venda de produtos de beleza nas instalações do salão, 25% desejam ter a comodidade de pagar pelos serviços através do cartão de crédito e em terceiro lugar, a massagem corporal foi indicada por 20% dos entrevistados. Essas informações podem ser utilizadas pelo empreendedor como forma de inovação dentro do seu empreendimento. 5.2.1.13 Formas mais interessante para receber informações do salão Querendo identificar a melhor opção para manter contato com o consumidor, a questão de número 13 segue: 37% 25% 20% 9% 9% Diferencial desejado no Salão de Beleza Venda de Produtos de Beleza Cartão de Crédito Massagem Corporal Depilação a Laser Café 82 Gráfico 13 - Meio de comunicação Fonte: Dados primários. Tabela 4 - Meio de comunicação Meio de comunicação Número de Indicações Porcentagem Telefone 40 19,80% E-mail 55 27,22% Face book 82 40,59% Panfletos 15 7,42% Nenhum 10 4,95% Total 202 100,00% Fonte: Dados primários. Conforme o gráfico 13 e a tabela 3 foram constatados que 40,59% consideram interessante receberem informações do salão através do Facebook, 27,22% indicou o e-mail como forma mais eficiente para receber informações acerca dos serviços do salão. A seguir 19,80% optaram pelo telefone e 7,42% por panfletos e 4,95% optaram em não receber informações. Conota-se a importância das redes sociais nesse item, onde através de uma publicidade gratuita é possível manter um relacionamento estreito com o cliente consumidor. 83 5.3 Análise dos Concorrentes O estudo dos concorrentes possibilita a empresa avaliar se poderá competir com as empresas que já estão há mais tempo no mercado. É necessário enumerar pontos fortes e fracos em relação à qualidade oferecida, preços, localização, condições de pagamento, horário de atendimento, entre outros. A pesquisa de mercado indicou a existência de quatro concorrentes da Eli's Estética, todos localizados no bairro Campeche e pesquisados diretamente durante a elaboração deste Plano de Negócios, segue pesquisa: Quadro 6 - Análise dos Concorrentes Empresa Qualidade Preço Formas de Pagamento Localização Atendimento Serviços Cort e Café à Corter Muito bom Acima do mercado A vista; Cartão de crédito e débito. Rua Nicolau João de Abreu, 283 Campeche – Floripa. Terça a sábado das 9 às 20h. Almoço executivo; Mão/pe; Depilação; Corte; Penteados; Química; Pintura. Zila Machado Bom Compatível com o mercado À vista; Cheque. Av. Campeche, 1891 Campeche – Floripa. Terça a sexta: 13 às 19 Sábado 9 às 19h. Corte; Pintura; Escovas; Mão/pé; Química. Espaço de Beleza Essencial Bom Compatível com o mercado À vista; Cheque; C artão crédito/débit o. Av. Campeche, 1.235 Campeche – Floripa. Terça a sábado das 9 as 19h. Corte Pintura; Escovas; Mão/pé; Química. Marlete Bom Compatível com o mercado À vista; Cheque. Servidão Vitor Chagas, 267. Campeche- Floripa Terça a sexta: 13 às 19h. Sábado: 9 às 19h. Corte; Pintura; Escovas; Mão/pé; Química. Fonte: Dados primários. 84 O Quadro 6 demonstra os quatro principais concorrentes do empreendimento. Onde o primeiro item relaciona a qualidade dos serviços prestados, estes estão divididos em três categorias: Muito Bom; Bom; Regular. Pode-se verificar que no quesito qualidade dos salões foram avaliados como bons, apenas o Cort e Café a Corte foi considerado muito bom, por apresentar estrutura sofisticada e serviços diferenciados. Além de utilizar produtos importados em seus serviços, conta com serviços de café e almoço executivo. Embora avaliado como bom, a Marlete Cabelereira é o salão pioneiro no bairro o que o torna o mais conhecido, gerando confiança e qualidade dos serviços e atendimento. Avaliando o item preços, é possível perceber que três dos concorrentes praticam um preço compatível com o mercado. Já o Cort e Café, pratica preços acima da média, justificados pela utilização de produtos de ótima qualidade, equipamentos de última geração e uma estrutura física moderna. Em se tratando de formas de pagamento os salões Zila Machado e Marlete não contam com a opção de cartão de crédito e débito. Todavia, aceitam pagamentos a vista ou cheque para 30 dias. Os demais concorrentes possuem as mesmas modalidades de pagamento, incluindo a opção de cartões de crédito e débito. Outro fator analisado na pesquisa dos concorrentes foi quanto a sua localização, neste caso é possível atentar que todas estão localizadas próximas umas das outras, no bairro Campeche. Considerandoque o bairro Campeche possui grande movimentação de veículos e pedestres e passa atualmente por uma forte expansão imobiliária, com propensão de crescimento populacional. A seguir apresenta-se a localização dos concorrentes. 85 Figura 7- Localização dos concorrentes Fonte: Google Maps (2014). 5.3.1 Análise dos Fornecedores De acordo com SEBRAE (2013), Ao analisar o fornecedor é de suma importância pesquisar preço, qualidade, condições de pagamento e prazo de entrega, a empresa deverá também evitar comprar produtos e matérias primas do mesmo fornecedor, sendo assim segue abaixo a relação dos principais fornecedores: Quadro 7 Fornecedores Americanas Prazo de pagamento: 30 dias Entrega: 10 dias. Quantidade Valor unitário Total Secador de Cabelo 2 R$ 150,00 R$ 300,00 Impressora 1 R$ 269,00 R$ 269,00 Telefone sem fio 1 R$ 109,00 R$ 109,00 Ar Cond. 12000 BTUS 1 R$ 1.124,80 R$ 1.124,80 Computador 1 R$ 1.199,00 R$ 1.199,00 Máquina de corte 1 R$ 89,00 R$ 89,00 TV LED 42 polegadas 1 R$ 1.040,00 R$ 1.040,00 Maxibel Prazo de pagamento: 30 dias Entrega: 20 dias Carrinho de apoio 2 R$ 140,00 R$ 280,00 Espelho para parede 5 R$ 70,00 R$ 350,00 Bancada de cabelereiro 1 R$ 980,00 R$ 980,00 Balcão da recepção 1 R$ 1.400,00 R$ 1.400,00 86 Cadeira para corte 2 R$ 528,00 R$ 1.056,00 Cadeira para corte infantil 1 R$ 390,00 R$ 390,00 Lavatório 1 R$ 718,00 R$ 718,00 Lavatório portátil 1 R$ 358,00 R$ 358,00 Kit manicure cadeira 1 R$ 598,00 R$ 598,00 Expositor de esmalte 1 R$ 229,00 R$ 229,00 Alicate em aço inox 2 R$ 16,90 R$ 33,80 Palito em aço inox 2 R$ 5,90 R$ 11,80 Espátula em aço inox 2 R$ 6,60 R$ 13,20 Bacia para pedicura 2 R$ 7,90 R$ 15,80 Esterilizador de materiais 1 R$ 448,00 R$ 448,00 Panela termo depiladora 1 R$ 129,00 R$ 129,00 Kit pincel maquiagem 1 R$ 79,00 R$ 79,00 Poltrona de espera 4 R$ 109,00 R$ 436,00 Pinça sobrancelhas 3 R$ 7,40 R$ 22,20 Prancha alisadora 2 R$ 69,00 R$ 138,00 Cadeira da recepção 1 R$ 179,00 R$ 179,00 Carioca cosméticos Prazo de pagamento: 30 dias Entrega: 1 dia Lençol descartável 1000 R$ 1,95 R$ 1.950,00 Papel para depilação 500 R$ 0,58 R$ 290,00 Cera depiladora 20 R$ 2,00 R$ 40,00 Esmaltes 50 R$ 1,99 R$ 99,50 Shampoo 5 litros 2 R$ 69,90 R$ 139,80 Condicionador 5 l 2 R$ 35,00 R$ 70,00 Kit Progressiva 1 l 2 R$ 198,00 R$ 396,00 Tintura para cabelo 10 R$ 7,90 R$ 79,00 Defrizante 3 R$ 17,90 R$ 53,70 Reparador de pontas 5 R$ 3,90 R$ 19,50 Fixador de penteado 2 R$ 12,90 R$ 25,80 Lixa descar. 100 um 1 R$ 6,50 R$ 6,50 Protetor de bacia 1 R$ 10,00 R$ 10,00 Luvas descartáveis 1 R$ 15,00 R$ 15,00 Kit cauterização 2 R$ 30,00 R$ 60,00 Amolecedor de cutículas 1 R$ 12,00 R$ 12,00 Aplicador de creme 2 R$ 2,99 R$ 5,98 Creme capilar 1 kg 2 R$ 28,00 R$ 56,00 Kit maquiagem 1 R$ 379,90 R$ 379,90 Pó descolorante - 1K 1 R$ 100,00 R$ 100,00 Água oxigenada - 1 litro 2 R$ 12,00 R$ 24,00 Acetona - 5 litros 2 R$ 15,00 R$ 30,00 Óleo Capilar - 1 litro 1 R$ 15,00 R$ 15,00 Papel mechas 100 um 2 R$ 28,00 R$ 56,00 Agulha de para luzes 3 R$ 4,00 R$ 12,00 Touca de silicone 10 R$ 4,80 R$ 48,00 Algodão – 1 kg 1 R$ 13,00 R$ 13,00 Creme Relaxante – 1 Kg 1 R$ 80,00 R$ 80,00 Neutralizante - 1 L 2 R$ 11,00 R$ 22,00 Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). O quadro 7, apresenta os principais fornecedores escolhidos após uma análise de preços, considerando ainda prazo de entrega e condições de pagamento. 87 5.4 Plano de Marketing Este item apresenta os diferenciais de produtos e serviços, política de preços, canais de distribuição, estratégias de promoção e comunicação, bem como a localização do negócio. 5.4.1 Produtos e Serviços No quesito variedade de serviços, e empresa oferece os principais serviços do ramo que são: Relaxamento capilar - Tratamento para cabelos crespos ou ondulados que deixa o cabelo com cachos mais definidos, e com aspecto leve e natural, diminuindo o volume dando mais movimentos aos fios. Consultoria em visagismo - Profissional especializado em imagem pessoal, para definir a imagem analisará alguns pontos como: aspectos físicos, o formato do rosto e das feições, as proporções do rosto e do corpo e a cor da pele, identificando as características, para então definir o que deseja expressar através de sua imagem; Estética de sobrancelha e cílios - Técnica que utiliza o visagismo, objetivando o melhor formato de sobrancelha para cada formato de rosto. Reflexos e Mechas - Técnica de coloração ou descoloração capilar, que visa incluir um ou mais tom diferentes da cor natural. Lavagem capilar - Higienização dos cabelos através de Shampoos adequados para cada tipo específico. Hidratação capilar - Técnica através de massagens e vaporização de repor a umidade natural, nutrientes e queratina perdida. São tratamentos a base de queratina, proteínas, vitaminas, extrato de seda, óleos vegetais, ceramidas, silicone e lanolina. Cauterização - Técnica de hidratação profunda dos cabelos à base de queratina que deixa os cabelos mais macios, sedosos e com a aparência mais lisa devido ao seu fator antifrizz; Penteado - Mudança de visual temporária pode utilizar produtos e equipamentos, dependendo do que a cliente solicitar; 88 Unhas pé e mão - Retirada de cutícula e coloração das unhas; Escova modeladora - Mudança da forma capilar através de técnicas de escovação com secador. Escova progressiva - Técnica que utiliza produtos a base de queratina, que mudam a estrutura interna dos fios garantindo cabelos mais lisos. Maquiagem - consiste na aplicação de produtos com efeito cosmético, de embelezamento, ou disfarce, seguindo-se alguns casos os ditames da moda e com uso de substâncias especificamente destinadas a tal fim; Corte de cabelo (feminino, masculino e infantil) - poderão ser feitos a tesoura ou máquina de corte; Depilação - Retirada de pelos indesejáveis, utilizando várias técnicas (Ceras quente ou fria, Técnica egípcia) Coloração capilar - Técnica para mudança ou potencializarão da cor natural do cabelo. 5.4.2 Preço Para a determinação do preço dos serviços, foram considerados: preços praticados pelos concorrentes, o preço que os clientes estariam dispostos a pagar assim como os custos de mão de obra e produtos utilizados A figura abaixo apresenta os principais serviços e seus preços, respectivamente. Tabela 5 - Preço de Venda Produto/Serviço Preço de Venda Unitário (R$) Coloração capilar R$ 50,00 Depilação R$ 30,00 Maquiagem R$ 70,00 Escova Progressiva R$ 110,00 Escova Modeladora R$ 45,00 Unhas pé e mão R$ 30,00 Penteado R$ 80,00 Cauterização R$ 60,00 Hidratação capilar R$ 35,00 Reflexos e Mechas R$ 120,00 Estética de sobrancelha R$ 25,00 89 Relaxamento capilar R$ 100,00 Corte Feminino R$ 40,00 Corte Masculino e Infantil R$ 25,00 Fonte: Elaborado pela Acadêmica (2014) 5.4.3 Estratégias promocionais Devido à baixa disponibilidade de recursos financeiros, como forma de divulgar a empresa que é nova no mercado iremos utilizar métodos gratuitos. Inicialmente com o intuito de criar a identidade do salão será criada a sua logomarca, assim como um blog onde divulgaremos serviços, produtos, promoções, fotos e endereço do empreendimento. A elaboração da logo, assim como a criação do blog, será feita por Rubens Laureano, um amigo publicitário que não cobrará pelos serviços. Em seguida criaremos os materiais de divulgação utilizando cores, fontes de letras e uma linguagem padronizada, para a criação dos panfletos que serão distribuídos em pontos comerciais. A impressão de 3.000,00 unidades de panfletos com tamanho 10x15, foi orçado na Vip Cópias, localizada na Rua Tenente Silveira, 111, Loja 5, centro/Florianópolis ao preço de R$ 180,00. Segue figura do panfleto: Figura 8 - Panfleto Promocional Fonte: Elaborado pela Acadêmica (2014)90 Como forma de divulgação será feito um anúncio no Jornal do Campeche, colorido, com tamanho de 9x5, com tiragem de 2.000 unidades e circulação mensal ao custo de R$ 80,00. O cadastramento do empreendimento nas listas telefônicas online é outra forma de divulgação gratuita que será adotada, como por exemplo, a Lista Amarela e o Guia Fácil. Outro meio gratuito e eficiente para a divulgação do salão são as redes sociais, como o Facebook e o Instagram, que tem um grande alcance, atingindo várias faixas etárias e classes sociais. Além de servir como divulgação dos serviços é uma excelente ferramenta de relacionamento com o cliente. 5.4.4 Estrutura de comercialização Os serviços serão prestados nas instalações do salão. O atendimento será realizado de segunda a sábado, das 9 às 21h, sem fechar para o almoço. Haverá ainda flexibilidade nos horários mediante agendamento prévio. Em algumas situações os clientes poderão ser atendidos em outros locais, como: em domicílio e/ou nos intervalos de trabalho de outras empresas, desde que avaliado e negociado previamente. Outro serviço prestado fora das instalações será atender noivas em suas residências e agendar disponibilidade para acompanhar em sessões de fotos. Variedade na forma de pagamento dos serviços é outro fator a ser observado para satisfazer os clientes. Atualmente, muitas pessoas não costumam andar com dinheiro em espécie no bolso, portanto, possuir no estabelecimento uma máquina de cartão é uma boa maneira de atrair o público e proporcionar essa comodidade no pagamento, tanto no crédito, como no débito. Para o empreendedor esse modelo de pagamento gera confiança no recebimento e um fluxo maior de clientes pelo salão. Além do uso de cartões, o pagamento poderá ser feito em dinheiro ou cheque. Pensando na fidelização dos clientes, a Elis Estética irá implementar mecanismos para esse fim. Um desses programas é o “Cartão Indicação”, no qual o cliente recebe dois cartões. O primeiro com um desconto de 10% que ele poderá repassar a algum amigo. Assim que esse amigo utilizar algum serviço no salão, automaticamente quem indicou receberá um desconto de 20% em qualquer outro serviço a sua escolha. Outra promoção adotada terá o auxílio poderoso da internet, 91 é o programa “Corte e Post”. Onde o cliente será incentivado a mostrar seu novo look. Ele deverá compartilhar sua foto nas redes sociais com a hastag #CorteiNaElis, feito isso é só comunicar seu post na próxima vez em que ele for ao salão e ganhará 50% de desconto no próximo corte. Outra ação para reter os clientes será o “Um mês, um spa”, onde o cliente contratará um mês de serviços de manicure/pedicura e ganha uma sessão de spa para os pés. Segue a figura ilustrativa do programa: Figura 9 - Cartão Fidelidade Frente Fonte: Elaborado pela Acadêmica (2014) Figura 10 - Cartão Fidelidade Verso Fonte: Elaborado pela Acadêmica (2014) O programa em detalhes: a) Quatro serviços de coloração de unhas das mãos (uma por semana), b) Dois serviços de coloração de unhas dos pés (quinzenal), quando contratados de uma só vez, ganhará de brinde um spa os para pés, que consiste na esfoliação, massagem e hidratação dos pés; 92 c) Cada vez que o procedimento é realizado será colocado um carimbo no verso do cartão, para fins de maior de controle. Segundo pesquisa feita com os concorrentes, pensando nos dias de baixo movimento - terça e quarta – iremos oferecer um desconto de 15% em corte, escova e pedicura/manicure. Essa ação visa aumentar o volume de atendimentos nos dias tradicionalmente de pouco fluxo de clientes pelos salões. 5.4.5 Localização do negócio Terá sede fixa na Rua Pau de Canela, 1527, Bairro Campeche em Florianópolis, onde a empreendedora possui nesse endereço um terreno com aproximadamente 250 metros quadrados com escritura pública, contando com serviços de água, luz e esgoto já disponíveis e um estacionamento para até cinco veículos. Um endereço de fácil localização, com grande circulação de veículos e pedestres, bastante conhecida pela população local, pois é a única rua que liga Campeche ao bairro Rio Tavares. O bairro Campeche, segundo o IBGE 2010, possui aproximadamente 15.000 habitantes. Outro ponto a ser destacado na escolha dessa localização é o conhecimento que a empreendedora tem sobre a região e suas características, além disso, o Campeche passa por uma expansão imobiliária atualmente, com grande propensão de crescimento, onde prevalecem construções de casas e condomínios luxuosos. 93 Figura 11 - Localização Eli's Estética Fonte: Google Maps (2014). 5.5 Plano Operacional Este item apresenta a forma que a Eli’s Estética será organizada internamente: Estacionamento: é a área externa útil da empresa onde os clientes poderão deixar seus carros seguros enquanto aguardam a realização dos procedimentos. Terá disponibilidade para até 4 carros; Recepção: área em que será feito o primeiro e último contato do cliente no salão, composto pelo caixa e por um balcão de atendimento com equipamentos de informática que possibilitem o cadastramento do cliente bem como o controle dos serviços realizados; Sala de espera: área próxima a recepção, onde o cliente aguarda seu horário agendado confortavelmente, estarão disponíveis café, água, jornais,revistas atualizadas e uma televisão; 94 Salão para procedimentos: área com tamanho suficiente para a acomodação de móveis e equipamentos para a realização do serviço de beleza. Local bem arejado com cores discretas, iluminação serena e agradável; Sala de depilação: área específica para tal procedimento contendo uma maca que possibilita o atendimento de um cliente por vez ; Banheiro: área de uso comum de funcionários e clientes, próximo das áreas de atendimento; Administração: sala onde ocorrerão os procedimentos administrativos; Estoque: como a empresa não possui um grande volume de estoque de produtos e materiais essa área fica alocada na sala da administração. 5.5.1 Leiaute O leiaute da Eli’s Estética foi elaborado pelo projetista amigo da família Antônio Salgado Neto, onde a principal recomendação foi otimizar a área disponível para construção de 60 m². O projeto apresenta seis ambientes divididos em: hall de entrada; que foi adaptado para facilitar o acesso de pessoas portadoras de necessidades especiais e permite ao cliente uma primeira impressão geral do salão, a recepção; onde será feito o primeiro contato com o cliente e fornecedores, o salão principal; onde será desempenhada grande parte do processo produtivo, uma sala específica para depilação; um lavabo para cliente e funcionários e um escritório onde ocorrerá todo o processo administrativo, no qual disponibiliza de um espaço para o armazenamento do pequeno volume de materiais de uso no salão, produtos de limpeza, material de escritório, entre outros. A planta será evidenciada na figura abaixo: 95 Figura 12 - Planta Baixa Fonte: Projeto Antônio Salgado Neto (2014). Para que o leiaute do salão fosse visto de forma clara foi elaborado também a planta humanizada do empreendimento como mostra a figura a seguir: 96 Figura 13 - Planta Humanizada Fonte: Projeto Antônio Salgado Neto (2014) A figura 13 permite entender a divisão de cada nível no processo produtivo, bem como a alocação de máquinas, equipamentos e móveis do salão. 97 Com o objetivo de criar uma identidade para o salão e atrair a atenção do consumidor, a área externa apresenta uma fachada moderna com uma grande vidraça que permite a visualização do interior do estabelecimento. Ainda na fachada da loja será instalado um letreiro luminoso com o nome da empresa e sua logomarca, conforme figura abaixo: Figura 14- Fachada Eli's Estética Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014) 5.5.2 Capacidade Instalada O atendimentoestará disponível ao cliente, das 09:00 da manhã ás 21:00 da noite, no entanto a capacidade de produção discorrerá da seguinte forma: Até 12 horas por dia, 6 dias por semana, totalizando até 26 dias por mês, ou seja o Eli´s Estética atenderá em média 312 dias por ano. Domingos e feriados considerados dias não produtivos para o salão. Os colaboradores do empreendimento serão capacitados a atingirem 100% de sua produção total, toda equipe estará envolvida com a produção anual isso porque terão participação direta no faturamento da empresa. 98 Tabela 6 - Capacidade Instalada Cálculo Receita Média de atendimentos diários 20 Dias produtivos 26 Valor médio dos serviços R$ 58,57 Total aproximado R$ 30.457,14 Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014) A capacidade instalada mensal do salão é de R$ 30.457,14 em serviços. Considerando o tempo despendido para a realização de cada serviço, o cálculo foi realizado somando a quantidade de serviços realizados durante um mês, dividido pelos 26 dias produtivos, obtendo a média de atendimentos diários = 20. Somando o valor de cada serviço, dividindo pelos 14 serviços que o salão disponibilizará encontrou-se o valor médio dos serviços. Por fim multiplicou-se a média de atendimentos diários vezes os dias produtivos, multiplicado pelo valor médio dos serviços, alcançando o valor citado anteriormente. 5.5.3 Processos Operacionais Este item compreende a descrição das principais atividades da empresa, logo os processos operacionais da Eli’s Estética são: 5.5.3.1 Fluxograma da Recepção Este é o primeiro contato do cliente com a empresa, portanto é essencial primar por um atendimento de qualidade, segue o fluxograma desse processo: 99 Figura 15 - Fluxograma Recepção Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). O processo de atendimento ao cliente pode ser feito via telefone, e-mail, ou através da visita do mesmo no balcão da recepção, caso o cliente ainda não tenha será feito um cadastro para facilitar a interação entre cliente e empresa com dados pessoais e preferências, após receberá informações sobre horário de atendimento, opções e preços dos serviços, formas de pagamentos, entre outros. Se for do interesse do cliente realizar algum procedimento o mesmo será encaminhado ao profissional responsável. 100 5.5.3.2 Fluxograma do Assistente de Cabeleireiro O assistente de cabeleireiro desempenha uma importante função com os clientes que procuram procedimentos capilares, servindo de ligação entre cliente e cabeleireiro, segue fluxograma do processo: Figura 16 - Fluxograma Assistente de Cabeleireiro Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). 101 Após o cliente passar pela recepção e agendar um horário para procedimentos capilares, ele será recebido pelo assistente do cabeleireiro que o guiará até um dos lavatórios para a higienização dos cabelos. Na primeira etapa será utilizado shampoo específico para o procedimento desejado, em seguida será aplicado o condicionador para o tipo de cabelo trabalhado e por fim seca-se o cabelo e o encaminha para a cabeleireira. 5.5.3.3 Fluxograma da Cabeleireira É considerado o principal processo de um salão de beleza, pois desempenha a maior parte dos serviços ofertados, segue o fluxograma do processo: Figura 17 - Fluxograma Cabeleireiro Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). 102 Após o cliente ter passado por seu assistente, já com o cabelo pré-preparado a cabeleireira recebe-o para iniciar o procedimento desejado, finalizando com a modelagem dos cabelos, preenche a ficha assinalando os serviços efetuados e o encaminha para o pagamento na recepção. 5.5.3.4 Fluxograma da Depiladora Depilação é um serviço muito procurado atualmente nos salões e não poderia ficar de fora dos serviços oferecidos, segue o fluxograma desse processo: 103 Figura 18 - Fluxograma da Depiladora Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). A depiladora aguarda o cliente já com a cera aquecida e maca preparada, após o cliente passar pela recepção será encaminhado até a sala da depilação, onde o procedimento começará com a higienização da parte do corpo a ser depilado, em seguida aplica-se a cera, retira-se o pelo e por fim é feita a higienização pós-cera. 104 5.5.3.5 Fluxograma da Manicure/ Pedicura Este serviço é considerado o de uso mais frequente pelos consumidores, chegando a fazê-lo semanalmente, segue o fluxograma do processo: Figura 19 - Fluxograma Manicure/Pedicura Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014) 5.5.4 Necessidade de Pessoal Conforme exposto na fundamentação teórica, a seguir apresenta-se o Quadro 06 com a necessidade de colaboradores da Eli’s Estética, com as respectivas qualificações: 105 Quadro 8 - Necessidade de Pessoal Nº de Colaboradores Cargo/Função Qualificações necessárias 1 Assistente de Cabeleireiro Profissional capacitado e com conhecimento em higienização de materiais, escovação e métodos de aplicação de produtos. Desejável criatividade, bom relacionamento interpessoal, capacidade de comunicação e postura profissional. 1 Maquiadora/ Designer de sobrancelhas Profissional especializado em visagismo, antenada a tendências de produtos e novas técnicas. Bom relacionamento com os clientes e cursos de aperfeiçoamento constantes. Desejável experiência anterior nessa área. 1 Manicure/Pedicura Profissional capacitada e possuir um bom relacionamento interpessoal ter consciência de manusear e esterilizar os equipamentos. 1 Depilação Profissional altamente capacitada em assuntos relacionados à anatomia e patologia da pele, assim como produtos, técnicas e procedimentos pós-depilação. Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014) Apresentou- se no quadro acima a necessidade de mão de obra para o Eli’s Estética, portanto é primordial que os colaboradores tenham as qualificações exigidas para o melhor funcionamento e sucesso da organização. Como forma de ilustrar a cadeia de comando dentro da organização, foi elaborado um organograma representativo. Segue: 106 Figura 20 - Organograma da Organização Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). Conforme a ilustração, a empresa será gerenciada por duas sócias: a) Amanda, uma das sócias, será responsável por toda parte administrativa desde a recepção dos clientes, incluindo na contratação de mão de obra, compra de produtos e fechamento financeiro; b) Anelise, a outra sócia, será responsável praticamente por todos os processos produtivos, uma vez que será a cabeleireira do salão. Para o serviço contábil haverá a necessidade de contratar um profissional terceirizado. 5.6 Plano Financeiro O plano financeiro do Salão de Beleza Eli’s Estética abrange primeiramente a estimativa dos investimentos fixos, de capital de giro, de investimento total, os gastos pré-operacionais, estimativa do faturamento mensal da empresa, custos de mão de obra, custos fixos mensais, demonstrativo do resultado, bem como a análise de indicadores de viabilidade. 107 5.6.1 Estimativa de Investimentos Fixos O salão Eli’s Estética estima um investimento fixo de R$ 83.995,60, sendo R$ 72.000,00 em imóveis, R$ 3.090,80 em máquinas e R$ 8.904,80 em utensílios. Segue tabela: Tabela 7 – Estimativa de Investimento fixo Imóveis Quantidade Valor Unitário Total Prédio 60 m² 1 R$ 72.000,00 R$ 72.000,00 Sub Total R$ 72.000,00 Máquinas Secador de Cabelo 2 R$ 150,00 R$ 300,00 Impressora 1 R$ 269,00 R$ 269,00 Telefone sem fio 1 R$ 109,00 R$ 109,00 Ar Cond. 12000 BTUS 1 R$ 1.124,80 R$ 1.124,80 Computador 1 R$ 1.199,00 R$ 1.199,00 Máquina de corte 1 R$ 89,00 R$ 89,00 Sub Total R$ 3.090,80 Móveis e Utensílios Carrinho de apoio 2 R$ 140,00 R$ 280,00 Espelho para parede 5 R$ 70,00 R$ 350,00 Bancada de cabelereiro 1 R$ 980,00 R$ 980,00 Balcão da recepção 1 R$ 1.400,00 R$ 1.400,00 Cadeira paracorte 2 R$ 528,00 R$ 1.056,00 Cadeira para corte infantil 1 R$ 390,00 R$ 390,00 Lavatório 1 R$ 718,00 R$ 718,00 Lavatório portátil 1 R$ 358,00 R$ 358,00 Kit manicure cadeira 1 R$ 598,00 R$ 598,00 Expositor de esmalte 1 R$ 229,00 R$ 229,00 Alicate em aço inox 2 R$ 16,90 R$ 33,80 Palito em aço inox 2 R$ 5,90 R$ 11,80 Espátula em aço inox 2 R$ 6,60 R$ 13,20 Bacia para pedicura 2 R$ 7,90 R$ 15,80 Esterilizador de materiais 1 R$ 448,00 R$ 448,00 Panela termo depiladora 1 R$ 129,00 R$ 129,00 Kit pincel maquiagem 1 R$ 79,00 R$ 79,00 Poltrona de espera 4 R$ 109,00 R$ 436,00 Pinça sobrancelhas 3 R$ 7,40 R$ 22,20 Prancha alisadora 2 R$ 69,00 R$ 138,00 TV LED 42 polegadas 1 R$ 1.040,00 R$ 1.040,00 Cadeira da recepção 1 R$ 179,00 R$ 179,00 Sub total R$ 8.904,80 Total Invest. Fixos R$ 83.995,60 Fonte: Elaborado pela acadêmica. Dos investimentos fixos citados acima, mais de 85% - representando a maior parte do investimento - será destinada a construção de um prédio de 60 m². Esta obra foi orçada na Abel Construtora e a opção por essa empresa justifica-se pelo 108 fato de ser uma empresa conceituada na área da construção civil, ofertou o menor preço em relação às outras empresas pesquisadas e zela pela qualidade em seus serviços. O custo será de R$: 1.200,00 o m², totalizando R$ 72.000,00. 5.6.2 Capital de Giro – Estoque Inicial Capital de giro diz respeito ao estoque indispensável para que a empresa inicie suas atividades. A tabela abaixo apresenta a estimativa do estoque inicial que é composto pela matéria-prima necessária para abertura do negócio. Tabela 8 - Estimativa de estoque inicial Lençol descartável 1000 R$ 1,95 R$ 1.950,00 Papel para depilação 500 R$ 0,58 R$ 290,00 Cera depiladora 20 R$ 2,00 R$ 40,00 Esmaltes 50 R$ 1,99 R$ 99,50 Shampoo 5 litros 2 R$ 69,90 R$ 139,80 Condicionador 5 l 2 R$ 35,00 R$ 70,00 Kit Progressiva 1 l 2 R$ 198,00 R$ 396,00 Tintura para cabelo 10 R$ 7,90 R$ 79,00 Defrizante 3 R$ 17,90 R$ 53,70 Reparador de pontas 5 R$ 3,90 R$ 19,50 Fixador de penteado 2 R$ 12,90 R$ 25,80 Lixa descar. 100 un 1 R$ 6,50 R$ 6,50 Protetor de bacia 1 R$ 10,00 R$ 10,00 Luvas descartáveis 1 R$ 15,00 R$ 15,00 Kit cauterização 2 R$ 30,00 R$ 60,00 Amolecedor de cutículas 1 R$ 12,00 R$ 12,00 Aplicador de creme 2 R$ 2,99 R$ 5,98 Creme capilar 1 kg 2 R$ 28,00 R$ 56,00 Kit maquiagem 1 R$ 379,90 R$ 379,90 Pó descolorante - 1K 1 R$ 100,00 R$ 100,00 Água oxigenada - 1 litro 2 R$ 12,00 R$ 24,00 Acetona - 5 litros 2 R$ 15,00 R$ 30,00 Óleo Capilar - 1 litro 1 R$ 15,00 R$ 15,00 Papel para mechas – 100 un 2 R$ 28,00 R$ 56,00 Agulha de para luzes 3 R$ 4,00 R$ 12,00 Touca de silicone para Luzes 10 R$ 4,80 R$ 48,00 Algodão – 1 kg 1 R$ 13,00 R$ 13,00 Creme Relaxante – 1 Kg 1 R$ 80,00 R$ 80,00 Neutralizante - 1 L 2 R$ 11,00 R$ 22,00 TOTAL R$ 4.108,68 Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). As compras do estoque inicial foram calculadas com base na capacidade de produção inicial e o mercado potencial. Além desses fatores, foi levado em consideração que não há necessidade de um estoque de longo prazo. 109 5.6.3 Capital de giro – caixa mínimo O Salão Eli’s Estética avaliou a política de vendas através das respostas obtidas na pesquisa de mercado onde 73% dos entrevistados relatam fazer o pagamento em dinheiro, 25% utilizam o cartão de crédito e apenas 2% utilizam cheque. Obteve-se o prazo médio total de recebimento de 09 dias, multiplicando o percentual médio de vendas com o prazo de dias para o recebimento. Segue tabela: Tabela 9 - Prazo médio de recebimento PMV Nº de dias Média Ponderada Cartão de Crédito 25% 30 7,5 Cheque 2% 30 0,6 Dinheiro 73% 0 0 Prazo médio total 09 dias Fonte: elaborado pela acadêmica (2014). Do mesmo modo realizou-se o prazo médio de pagamento aos fornecedores. Tabela 10 - Prazo médio de pagamento dos fornecedores Prazo médio de compras (%) Número de dias Média Ponderada em dias Cosméticos 70,00 60 42,00 Enxovais e Uniformes 10,00 30 3,00 Utensílios 10,00 30 3,00 Material de limpeza 10,00 30 3,00 Prazo médio total 51 Fonte: elaborado pela acadêmica (2014). Estimou-se na tabela acima que: 70% das compras referentes a compra de produtos serão pagas em 60 dias. Os demais fornecedores serão pagos em 30 dias, totalizando uma média de 51 dias para o pagamento das compras. A tabela estima a necessidade média do estoque do salão. Tabela 11 - Necessidade média de estoque Necessidade média de estoque Número de dias 15 Fonte: elaborado pela acadêmica (2014). Conforme tabela 11 estimou-se a necessidade média de produtos em estoque de 15 dias, considerando a facilidade e disponibilidade de compra dos insumos necessários para a realização dos procedimentos no salão. 110 Na tabela 12 apresenta-se o cálculo da necessidade líquida de capital de giro, sabendo que o prazo médio de recebimento do salão é de 9 dias e que a empresa possui a necessidade média de estoque de 15 dias, verificou-se que a empresa apresenta um recurso de 24 dias fora de seu caixa. Segue tabela: Tabela 12 - Necessidade Líquida de Capital de giro em dias Recursos da empresa fora do seu caixa Número de dias 1. Contas a Receber – prazo médio de vendas 9 2. Estoques – necessidade média de estoques 15 Subtotal Recursos fora do caixa 24 Recursos de terceiros no caixa da empresa 3. Fornecedores – prazo médio de compras 51 Subtotal Recursos de terceiros no caixa 51 Necessidade Líquida de Capital de Giro em dias -27 Fonte: elaborado pela acadêmica (2014) Como se pode observar na tabela 12, o salão compra seus produtos a prazos maiores do que o recebimento pelos serviços, portanto não há necessidade de capital de giro nos meses seguintes a abertura. 5.6.4 Estimativas dos investimentos pré-operacionais Nesta etapa são demonstrados os investimentos realizados antes do início das atividades da empresa. Segue tabela dos investimentos pré-operacionais: Tabela 13 – Estimativas dos investimentos pré-operacionais Descrição Valor Despesas de Legalização R$ 715,00 Obras civis e/ou reformas R$ 0,00 Divulgação de Lançamento R$ 260,00 Cursos e Treinamentos R$ 700,00 Outras despesas R$ 0,00 TOTAL R$ 1.675,00 Fonte: elaborado pela acadêmica (2014). O total demonstrado na tabela 13, R$ 1.675,00 foi distribuído entre as despesas de legalização, que de acordo com a contadora Dóris Afonso, é necessário um alvará de localização que custa R$ 150,00, um contrato social que custa R$500,00 e o registro na junta comercial ao custo de R$ 65,00. Além desses documentos pagos, faz-se indispensável a elaboração de outros sem custos. A divulgação de lançamento no valor de R$260,00 reais. Outro custo pré-operacional é 111 um curso motivacional para a integração da equipe, alinhamento das estratégias, entre outros. Esse curso foi orçado na Mastery Coaching pelo valor de R$700,00. 5.6.5 Estimativas dos investimentos totais Após a estimativa do valor para os investimentos fixos financeiros e pré- operacionais segue figura com o valor total a ser investido no futuro empreendimento. Gráfico 14 - Descrição dos investimentos Fonte: Adaptado SEBRAE (2013). Cerca de 98% dos valores serão alocados para investimentos fixos e cerca de 2% para investimentos pré-operacionais. Para a abertura do negócio, 100% dos recursos aplicados terão origem em recursos das sócias, conforme tabela abaixo: Tabela 14 - Investimento Total Fontes de recursos Valor (%) Recursos próprios R$ 69.816,13 100,00 Recursos de terceiros R$ 0,00 0,00 Outros R$ 0,00 0,00 TOTAL R$ 69.816,13 100,00 Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014) 98,04% 1,96% Descrição dos Investimentos Investimentos fixos investimentos pré-operacionais 112 5.6.6 Faturamento mensal da empresa Nesta fase foram aferidos quanto a empresa irá faturar por mês, as informações necessáriasforam estimadas de acordo com o conhecimento de mercado de ambas as sócias e potencial de capacidade produtiva da empresa. Segue tabela nº 15: Tabela 15 - Faturamento Mensal Produto/Serviço (Estimativa de Vendas) Preço de Venda Unitário (R$) Faturamento Total (em R$) Coloração capilar 60 R$ 50,00 R$ 3.000,00 Depilação 50 R$ 30,00 R$ 1.500,00 Maquiagem 15 R$ 70,00 R$ 1.050,00 Escova Progressiva 40 R$ 110,00 R$ 4.400,00 Escova Modeladora 40 R$ 45,00 R$ 1.800,00 Unhas pé e mão 90 R$ 30,00 R$ 2.700,00 Penteado 15 R$ 80,00 R$ 1.200,00 Cauterização 15 R$ 60,00 R$ 900,00 Hidratação capilar 40 R$ 35,00 R$ 1.400,00 Reflexos e Mechas 25 R$ 120,00 R$ 3.000,00 Estética de sobrancelha 30 R$ 25,00 R$ 750,00 Relaxamento capilar 12 R$ 100,00 R$ 1.200,00 Corte Feminino 60 R$ 40,00 R$ 2.400,00 Corte Masculino e Infantil 30 R$ 25,00 R$ 750,00 TOTAL R$ 26.050,00 Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). De acordo com a tabela acima obteve-se o faturamento de R$ 26.050,00, onde estimou-se a quantidade de vendas de serviços oferecidos multiplicado pelo preço de venda do salão. 5.6.7 Custo Unitário A seguir tabela representativa dos custos unitários dos principais serviços do salão. Tabela 16 - Custos Unitários Serviço Custo Unitário Coloração capilar R$ 10,00 Depilação R$ 2,20 Maquiagem R$ 4,00 Escova progressiva R$ 10,00 Escova Modeladora R$ 2,00 Manicure/pedicura R$ 1,30 113 Penteado R$ 3,50 Cauterização R$ 3,00 Hidratação R$ 4,10 Reflexo e mexas R$ 7,89 Sobrancelha R$ 0,10 Relaxamento capilar R$ 6,52 Corte R$ 2,20 Fonte: elaborado pela acadêmica (2014). O custo unitário total tem relação direta com o volume de serviços prestados em um mês. Contando que cada serviço será realizado apenas uma vez esse custo fica em R$ 56,81. 5.6.8 Custos de comercialização Os custos variáveis do salão de beleza estão relacionados aos gastos com a prestação de serviços os quais variam de acordo com o faturamento mensal. Podendo destacar dentre eles, os impostos, propagandas e taxa de administração do cartão de crédito. Conforme tabela: Tabela 17 - Custo de comercialização Descrição (%) Faturamento Estimado Custo Total SIMPLES (Imposto Federal) 6,00 R$ 26.050,00 R$ 1.563,00 Comissões (Gastos com Vendas) 5,00 R$ 26.050,00 R$ 1.302,50 Propaganda (Gastos com Vendas) 0,50 R$ 26.050,00 R$ 130,25 Taxas de Cartões (Gastos com Vendas) 1,00 R$ 26.050,00 R$ 260,50 Total Impostos R$ 1.563,00 Total Gastos com Vendas R$ 1.693,25 Total Geral (Impostos + Gastos) R$ 3.256,25 Fonte: Adaptado SEBRAE (2013). Para calcular os impostos devidos pela empresa tomou-se como base a tributação do simples nacional, onde numa única guia abrange impostos federais, estaduais e municipais. O faturamento estimado da empresa é de R$ 26.050,00, 114 enquadrando-se na primeira faixa na tabela do referido tributo, aplicando-se um percentual de 6%. Outro custo variável será referente a comissão de 5% recebida pelos colaboradores em cima do faturamento mensal. Inicialmente a Eli’s Estética investirá um percentual de 0,5% do seu faturamento em propagandas, anunciando sua marca e seus serviços. A taxa de administração do cartão de crédito será de 4%, prevendo que 25% dos serviços prestados pelo salão serão recebidos dessa forma. Aplicou-se esse percentual ao faturamento total da empresa e multiplicou-se pela taxa de administração do cartão de crédito. Sendo assim, o custo variável mensal totalizou R$ 3.256,25. 5.6.9 Apuração dos custos da Mercadorias Vendidas Para apuração dos custos dos serviços prestados multiplicou-se a quantidade de serviços estimados de vendas pelo custo de aquisição, conforme tabela abaixo: Tabela 18 - Custo de mercadoria vendida Serviço Vendas Custo Unitário CMV Coloração capilar 60 R$ 10,00 R$ 600,00 Depilação 50 R$ 2,20 R$ 110,00 Maquiagem 15 R$ 4,00 R$ 60,00 Escova Progressiva 40 R$ 10,00 R$ 400,00 Escova Modeladora 40 R$ 2,00 R$ 80,00 Unhas pé e mão 90 R$ 1,30 R$ 117,00 Penteado 15 R$ 3,50 R$ 52,50 Cauterização 15 R$ 3,00 R$ 45,00 Hidratação capilar 40 R$ 4,10 R$ 164,00 Reflexos e Mechas 25 R$ 7,89 R$ 197,25 Estética de Sobrancelha 30 R$ 0,10 R$ 3,00 Relaxamento capilar 12 R$ 6,52 R$ 78,24 Corte 90 R$ 2,20 R$ 192,00 TOTAL R$ 2.098,99 Fonte: elaborado pela acadêmica (2014). Estimou-se, portanto o valor total do custo de mercadoria vendido – CMV – o valor de R$ 2.098,99. 115 5.6.10 Custo com mão de obra Este item abrange os salários dos colaboradores, bem como encargos sociais (INSS, FGTS, férias, 13º e aviso prévio). Segue tabela representativa desse cálculo: Tabela 19 - Custos com mão de obra Função Colaboradores Salário Subtotal (%) de encargos Encargos sociais Total Depilação 1 R$ 784,00 R$ 784,00 80,36 R$ 630,02 R$ 1.414,02 Manicure/ Pedicura 1 R$ 784,00 R$ 784,00 80,36 R$ 630,02 R$ 1.414,02 Maquiadora e Designer 1 R$ 784,00 R$ 784,00 80,36 R$ 630,02 R$ 1.414,02 Assistente 1 R$ 784,00 R$ 784,00 80,36 R$ 630,02 R$ 1.414,02 TOTAL 4 3.136,00 R$ 2.520,09 R$ 5.656,09 Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014) A estimativa acima engloba apenas salários fixos baseado na tabela do salário mínimo previsto para 2015, não levando em consideração o pagamento das comissões, visto que estes estão diretamente relacionados com a produção. 5.6.11 Custo com depreciação Máquinas e equipamentos desgastam-se e ficam ultrapassadas com o tempo, sendo necessária sua reposição. A depreciação é o reconhecimento da perda do valor dos bens pelo uso. Calculada conforme tabela nº 20 apresentada abaixo: Tabela 20 - Custos de depreciação Ativos Fixos Valor do bem Vida útil em Anos Depreciação Anual Depreciação Mensal Imóveis R$ 72.000,00 25 R$ 2.880,00 R$ 240,00 Máquinas R$ 1.891,80 10 R$ 189,18 R$ 15,76 Móveis/utensílios R$ 8.904,80 10 R$ 890,48 R$ 74,21 Computadores R$ 1.199,00 5 R$ 239,80 R$ 19,98 Total R$ 4.199,46 R$ 349,95 Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). Para a realização do cálculo acima foram divididos os respectivos bens que a empresa avaliou necessário para o início de suas atividades. Posteriormente dividiu- se pelo valor da vida útil do bem para obter a depreciação anual logo, realizou-se o rateio para os doze meses, encontrando, assim a depreciação mensal de R$ 349,95. 116 5.6.12 Custos fixos operacionais mensais São custos que independem da produção mensal, ou seja, é obrigação da empresa o pagamento dos débitos mesmo se não tiver sido efetuado nenhum serviço no salão. A tabela apresentada a seguir evidencia a descrição dos custos operacionais mensais: Tabela 21 – Dos custos fixos da empresa Descrição Custo em R$ IPTU 28,00 Energia elétrica 120,00 Telefone + internet 102,00 Pró-labore 10.000,00 Salários + encargos 5.656,09 Material de limpeza 40,00 Material de escritório 30,00 Serviços de terceiros 500,00 Depreciação 349,95 TOTAL 16.826,04 Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). Os itens aluguel e condomínio, não são destacados na tabela acima devido a inexistência desses fatores no projeto. Os serviços de terceiros dizem respeito aos honorários mensais do contador. A soma destas e das demais despesas fixas mensais totalizam um montante de R$: 16.826,04. 117 Gráfico 15 - Estimativa de custos fixos Fonte: SEBRAE (2013). O Gráfico 15 acima estima um crescimento de 3% ao mês para o primeiro ano e 20% de crescimento anual a partir do 2º ano, com base nesses dados totalizam assim, um custo fixo anual de R$ 238.795,66. 5.6.13 Demonstrativo de Resultados Somente após reunir as informações sobre o faturamento da empresa, como custos fixos e variáveis foi possível estimar o demonstrativo de resultados do salão. A tabela nº 22 abaixo apresenta os devidos resultados: Tabela 22 - Demonstrativo de Resultado Descrição (R$) (R$) Anual (%) 1. Receita Total com Vendas R$ 26.050,00R$ 312.600,00 100,00 2. Custos Variáveis Totais 2.1 (-) Custos com materiais diretos e/ou CMV(*) R$ 2.098,99 R$ 25.187,88 8,06 2.2 (-) Impostos sobre vendas R$ 1.563,00 R$ 18.756,00 6,00 2.3 (-) Gastos com vendas R$ 1.693,25 R$ 20.319,00 6,50 Total de custos Variáveis R$ 5.355,24 R$ 64.262,88 20,56 3. Margem de Contribuição R$ 20.694,76 R$ 248.337,12 79,44 4. (-) Custos Fixos Totais R$ 16.826,04 R$ 201.912,48 64,59 5. Resultado Operacional: LUCRO R$ 3.868,72 R$ 46.424,64 14,85 Fonte; Adaptado SEBRAE (2013). 118 Gráfico 16 - Demonstrativo de Resultados Fonte: Adaptado SEBRAE (2013). O gráfico acima demonstra o resultado obtido pela empresa no primeiro ano de R$ 38.764.00. 5.6.14 Indicadores de Viabilidade A tabela 23 abaixo apresenta os indicadores de viabilidade do empreendimento, fornece respostas se este é viável ou não, segue: Tabela 23 - Indicadores de Viabilidade Indicadores Ano 1 Ponto de Equilíbrio R$ 300.589,47 Lucratividade 11,10 % Rentabilidade 55,52 % Prazo de retorno do investimento 1 ano e 10 meses Fonte: Adaptado SEBRAE (2013). O primeiro item destaca o ponto de equilíbrio, o qual representa que a empresa precisa vender no primeiro ano o valor de R$: 300.589,47 para cobrir todos os seus custos. 119 O valor da lucratividade foi estimado em 11,10%, esse é um fator de competitividade, pois ao obter uma boa lucratividade a empresa poderá investir em tecnologia, marketing, compra de novos produtos e equipamentos. Outro indicador que mostra a atratividade no negócio é a rentabilidade que mede em percentual o tempo (mês ou ano) de retorno do capital investido, para esse item estimou-se um retorno de 55,52% ao ano. Deste modo entende-se que o prazo total para retorno do investimento será de 1 ano e 10 meses. 5.7 Construção de Cenários 5.7.1 Ações preventivas e corretivas A demonstração de cenários leva em consideração uma possível diminuição das vendas ou então um aumento das receitas. Segue tabela com os cenários: Tabela 24 - Ações Preventivas e Corretivas Receita (pessimista) 10,00 % Receita (otimista) 10,00 % Descrição Cenário Provável Cenário Pessimista Cenário otimista Valor (%) Valor (%) Valor (%) 1. Receita total com vendas R$ 26.050,00 100 R$ 23.445,00 100 R$28.655,00 100 2. Custos variáveis totais 2.1 (-) Custos com materiais diretos/CMV R$ 2.098,99 8,06 R$ 1.889,09 8,06 R$ 2.308,89 8,06 2.2 (-) Impostos sobre vendas R$ 1.563,00 6,00 R$ 1.406,70 6,00 R$ 1.719,30 6,00 2.3 (-) Gastos com vendas R$ 1.693,25 6,50 R$ 1.523,93 6,50 R$ 1.862,58 6,50 Total de Custos Variáveis R$ 5.355,24 20,56 R$ 4.819,72 0 0,56 R$ 5.890,76 20,56 3. Margem de contribuição R$ 20.694,76 79,44 R$ 18.625,28 79,44 R$ 22.764,24 79,44 4. (-) Custos fixos totais R$ 16.826,04 64,59 R$ 16.826,04 71,77 R$ 16.826,04 58,72 Resultado Operacional R$ 3.868,72 14,85 R$ 1.799,24 7,67 R$ 5.938,20 20,72 Fonte: Adaptado SEBRAE (2013) Para o cenário pessimista foi levado em consideração uma queda de 10% no faturamento, e para o cenário otimista um aumento também de 10% nas vendas 120 mensais. A elaboração desses cenários é de suma importância, pois possibilita ao gestor mensurar o tamanho do prejuízo em caso de uma redução no volume de vendas. No entanto mesmo que ocorra um cenário pessimista a Eli´s Estética não será afetada de forma crítica e nem terá impacto na rentabilidade do negócio. 5.7.2 Análise da Matriz F.O.F.A A análise F.O.F.A é um instrumento que permite ao empreendedor identificar aspectos favoráveis e desfavoráveis do empreendimento tanto interno como externos, destacados no quadro abaixo: Quadro 9 - Matriz F.O.F.A FATORES INTERNOS FATORES EXTERNOS Forças • Qualidade nos serviços; • Orientação empreendedora; • Equipe qualificada; • Localização. Oportunidades • Aumento da renda das classes sociais; • Processo de expansão imobiliário no bairro onde será instalada • Crescimento do mercado que busca por qualidade de vida e autoestima. Fraquezas • Ser novidade no bairro; • Negócio em fase inicial e sem histórico no mercado; • Recursos financeiros limitados. Ameaças • Concorrência profissional e autônoma de serviços básicos; • Fidelização de clientes nos concorrentes; • Evolução do mercado. Fonte: Elaborado pela acadêmica (2014). Após a análise do ambiente interno foi possível identificar no item forças a qualidade dos serviços ofertados e uma equipe qualificada. Nesse contexto a Eli’s Estética se compromete em dar continuidade nesses quesitos investindo em cursos e treinamento com fins de atualização profissional. Outra força a ser destacada é quanto à localização do empreendimento, já citado anteriormente. Orientação empreendedora é outro item a ser mencionado em relação as forças do salão, uma vez que as sócias possuem capacidade para inovar em serviços e no modelo de gestão, adaptando-se a novos cenários. 121 A identificação das fraquezas não significa incompetência, e sim o reconhecimento de suas fragilidades com a intenção de minimizá-las. Sendo assim foi elaborado um plano de marketing visando ampla divulgação do empreendimento, que possibilitará reverter a fraqueza do fato de o salão ser novidade no bairro e o negócio estar em fase inicial. Inicialmente não será possível realizar outros investimentos além do descritos nesse plano de negócios levando em consideração a limitação dos recursos financeiros bem como a decisão de não recorrer a nenhum tipo de empréstimo. Quanto aos fatores externos considera-se relevante o crescimento imobiliário da região onde a empresa será instalada, o aumento da renda da classe social bem como o desenvolvimento de uma cultura voltada ao consumo de serviços de embelezamento. Com a finalidade de aproveitar a oportunidade citada a Eli´s Estética se posicionará como uma empresa capaz de satisfazer os anseios desse público, utilizando meios de marketing adequados para atingir esse novo mercado consumidor. Uma vez atraídos ao estabelecimento serão ofertados serviços de qualidade e um atendimento diferenciado com intuito de reter o consumidor. As ameaças identificadas pela empresa foram: a concorrência, a fidelização feita pelos mesmos e a evolução do mercado. Para neutralizar essas ameaças os profissionais da Eli’s Estética focarão em um atendimento simpático e agradável, para ganhar a confiança do cliente e garantir o seu breve retorno. A gestão do salão investirá em novidades não constatadas nos concorrentes, como a flexibilidade de horários, a pontualidade do atendimento, atendimento em domicílio, máquina de cartão, profissional especializado em visagismo, instalações confortáveis contando com ambiente arejado e agradável. Os profissionais do salão conhecerão todas as técnicas e equipamentos utilizados, participarão de cursos e capacitações constantes para atualizar-se, bem como workshop, feiras entre outros tendo em vista a rápida evolução desse mercado. 122 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS Ultimamente, devido ao acelerado desenvolvimento global e a abrangente concorrência entre as organizações que pretendem ampliar seus negócios ou até mesmo os empreendedores que irão abrir uma nova empresa, devem utilizar ferramentas que possibilitem obter conhecimentos mais completos sobre o mercado em que o empreendimento irá se estabelecer, sobre questões financeiras que envolvem o negócio, a fim de diminuir os riscos de insucesso da empresa. Nesta conjuntura, o plano de negócio é visto como uma ferramenta fundamental de gestão que pode e deve ser utilizada pelo empreendedor que deseja realizar o seu sonho de abrir um negócio próprio. Além de possibilitar a sustentabilidade do mesmo, oferece uma ampla visão das etapas de elaboração do projeto, desde a ideia, passando pela pesquisa de mercado, plano de marketing e financeiro, obtendo assim valores que apresentama viabilidade ou não do negócio. Sendo assim, realizou-se este estudo visando analisar a viabilidade de implantação de um Salão de Beleza localizado no bairro Campeche no município de Florianópolis – Santa Catarina. Dessa forma fez-se necessário a elaboração dos objetivos específicos, sendo que o primeiro deles foi identificar o perfil dos clientes potenciais, após elaborou-se um plano operacional e de marketing, para então verificar a viabilidade do empreendimento. Com o objetivo de alcançar o primeiro objetivo específico que foi conhecer o perfil do cliente potencial, foi executada uma pesquisa de mercado. Onde se verificou características da população local, constatando-se, por exemplo: se os mesmos eram moradores do bairro, quais os serviços que utilizam em suas idas ao salão, a renda média dos moradores e os meios pelos quais gostariam de receber propaganda. Tal objetivo foi alcançado uma vez que se percebeu que os moradores gostariam de encontrar novidades dentro de um salão de beleza no bairro, com uma equipe qualificada e capaz de oferecer um produto de ótima qualidade com preço justo. Em seguida foi elaborado um plano operacional que elencou os principais serviços que serão ofertados, seu custo unitário e preço de vendas. Foi criado 123 também um leiaute e um fluxograma para verificar a distribuição dos setores, o fluxo de realização dos serviços, bem como a alocação dos móveis e máquinas necessários para o perfeito funcionamento das atividades. Além de recursos financeiros, o salão também deverá contar com uma equipe de pessoas motivadas e qualificadas para o desenvolvimento de suas funções. Deste modo, buscou-se formar uma equipe enxuta, porém eficaz, que contará com salário fixo e comissão por produção. Por fim, foi criado um plano de marketing com ações de publicidade visando o público alvo, a cartela de serviços, os preços, a distribuição e as promoções que serão implantadas no salão. Após estas etapas, buscou-se elucidar o último e principal objetivo deste plano de negócios; a viabilidade financeira. Para tanto, foi elaborado um plano financeiro para a Eli’s Estética, considerando os valores dos investimentos fixos, os investimentos pré-operacionais, o faturamento, as despesas fixas e variáveis, custos dos serviços, depreciação, demonstrativo de resultado e, finalmente, a análise dos indicadores de viabilidade. No presente estudo, podemos verificar que a taxa média mensal de lucratividade ficará em 11,10% ao mês e uma rentabilidade anual de 55,52%, significando que a empresa recuperará, ao longo dos meses, através de seus lucros o investimento inicial. Assim sendo, o prazo de retorno total dos investimentos da empresa será de 1 ano e 10 meses, indicando um prazo razoável e praticável. Portanto, constata-se que foi atingido de maneira satisfatória o objetivo principal deste trabalho, bem como alcançado também o objetivo geral e os objetivos específicos em todos os aspectos. Após analisar este plano de negócios do Salão de Beleza Eli’s Estética, pode- se concluir que o projeto é viável e sua abertura perfeitamente possível no bairro Campeche, cidade de Florianópolis. 124 Referências ANDRADE, Arnaldo Rosa de. Planejamento estratégico: formulação e implementação e controle. São Paulo: Atlas, 2012. ASSAF, Neto Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico-financeiro. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. BARBETTA, Pedro Alberto. Estatística aplicada ás Ciências Sociais 4º ed. Florianópolis: UFSC, 2001.’ BARREIROS, Laécio. Como escolher o enquadramento tributário da sua empresa. Disponível em: http://www.pensandogrande.com.br/como-escolher-o- enquadramento-tributario-de-sua-empresa/. Acesso em 12/09/2014. BESSANT, John. Inovação e Empreendedorismo. Supervisão Arysinha Jacques Affonso. São Paulo, bookman, 2007. BIAGIO, Luiz Arnaldo; BATOCCHIO, Antônio. Plano de negócios: estratégia para micro e pequenas. Barueri: Manole, 2005. BISPO, Anselmo Lino. Venda orientado por marketing/ Anselmo Lino Bispo. Brasília: SENAC-DF, 2008. BIZZOTO Carlos Eduardo Negrão. Plano de negócios para empreendimentos inovadores. São Paulo: Atlas, 2008. CORREA, Henrique L.Carlos A.Correa. Administração de produções: manufatura e serviços: uma abordagem estratégica. 2. ed. São Paulo: Atlas,2006. CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo Dando Asas ao Espírito Empreendedor. 3º ed.- São Paulo: Saraiva 2008. ____________. Administração geral e pública. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. CUALI. Pesquisas e Sistemas. Disponível em: http://www.cuali.com.br/amostra- margem-erro#ferramentaamostragem/. Acesso em 16/07/2014. DOLABELA, Fernando. O segredo de Luísa. Rio de Janeiro: Sextante, 2008. ____________. Empreendedorismo na base pirâmide: A história de um Intraempreendedor, Desafios e Aprendizado. - Rio de Janeiro, RJ: Atlas Books, 2014. http://www.pensandogrande.com.br/como-escolher-o-enquadramento-tributario-de-sua-empresa/ http://www.pensandogrande.com.br/como-escolher-o-enquadramento-tributario-de-sua-empresa/ http://www.cuali.com.br/amostra-margem-erro#ferramentaamostragem http://www.cuali.com.br/amostra-margem-erro#ferramentaamostragem 125 ____________. Empreendedorismo Transformando Ideias em Negócios. Rio de Janeiro: Campos, 2001. ____________. Empreendedorismo Transformando Ideias em Negócios. Rio de Janeiro: Empreende LTC, 2014. DORNELAS, José Carlos Assis. Empreendedorismo corporativo: Como ser empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. DORNELAS, Jose Carlos de Assis. Empreendedorismo corporativo: Como ser empreendedor, inovar e se diferenciar na sua empresa. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. DUMINELLI, Fernanda Pedro. Plano de negócios: Estudo da viabilidade econômica e financeira para a abertura de um salão de beleza em Forquilhinha. Santa Catarina: Unesc, 2012. ENDEAVOR. Faces do Empreendedorismo no Brasil. Disponível em: http://www.endeavor.org.br/artigos/estrategia-crescimento/cenarios-e-tendencias/as- diversas-faces-do-empreendedorismo-no-brasil. Acesso em 24/04/2014. ESTADÃO. Oportunidade de crescimento no setor de beleza. Disponível em: < http://blogs.estadao.com.br/sua-oportunidade?/em-crescimento-setor-de-beleza- atrai/> Acesso em 31/ /03/ 2014. EXAME. Competição de Mercados. Disponível em: http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/179/noticias/a-competicao- aumentou-2 acesso dia 4/10/14. GRANATUM. Dicas DRE. Disponível em: http://www.granatum.com.br/dicas/o-que- e-dre/.Acesso dia 15/06/14. GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1999. GITMAN, Lawrence J. Princípios da Administração Financeira. 3. ed. São Paulo: Harbra, 2002. HISRICH, Robert, D; PETERS, Michael P.; SHEPHERD, Dean, A. Empreendedorismo. 9º. ed. Porto Alegre: Amgh, 2014. IBRACON. Demonstrações Financeiras e Aspectos contábeis e tributários. Disponível: http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detNoticia.php?cod=249 Acesso dia 15/06/14. http://www.endeavor.org.br/artigos/estrategia-crescimento/cenarios-e-tendencias/as-diversas-faces-do-empreendedorismo-no-brasil http://www.endeavor.org.br/artigos/estrategia-crescimento/cenarios-e-tendencias/as-diversas-faces-do-empreendedorismo-no-brasil http://blogs.estadao.com.br/sua-oportunidade/em-crescimento-setor-de-beleza-atrai/ http://blogs.estadao.com.br/sua-oportunidade/em-crescimento-setor-de-beleza-atrai/ http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/179/noticias/a-competicao-aumentou-2%20acesso%20dia%204/10/14 http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/179/noticias/a-competicao-aumentou-2%20acesso%20dia%204/10/14 http://www.granatum.com.br/dicas/o-que-e-dre/ http://www.granatum.com.br/dicas/o-que-e-dre/ http://www.ibracon.com.br/ibracon/Portugues/detNoticia.php?cod=249 126 IBGE. Cidades de Santa Catarina. Disponívelem www.ibge.gov.br. Acesso em: 04/08/2014. IBGE. Descrição CNAE. Disponível em: http://www.cnae.ibge.gov.br/pesquisa.asp?pesquisa=9302501&TabelaBusca=CNAE 110@CNAE%201.0%20/%20CNAE%20FISCAL1.1@1@cnae@1&source=subclase. Acesso em 25/10/2014. KOCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica, Teoria da Ciência e prática da Pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes 1997. KOTLER, Philip. Princípios de marketing. 7ª ed. Rio de Janeiro, LTC Editora, 1999. KOTLER, Philip. Administração de marketing. São Paulo: Pearson Education, 2000. KOTLER, Philip. Princípios de marketing. Rio de Janeiro: S.A. 1995. KURITA, Thais Mayumi. Como descobrir o melhor regime tributário para sua empresa. Disponível em: http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-descobrir-o- melhor-regime-tributario-para-sua-empresa. Acesso: 10/102014. LACRUZ, Adonai Jose. Plano de negócios passo a passo: transformando sonhos em negócios. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008. LAPPONI, Juan Carlos. Projetos de investimento: construção e avaliação do fluxo de caixa. São Paulo: Lapponi, 2000. Las Casas, Alexandre Luzzi. Marketing de Varejo. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. ____________. Plano de Marketing para micro e pequena empresa. 2. ed..São Paulo: Atlas, 2001. ____________. Marketing: conceitos básicos, exercícios, casos. São Paulo: Atlas, 2006. LOPES, Rose Mary A. Educação empreendedora: conceitos, modelos e práticas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. MARCONI, Marina de Andrade; Lakatos Eva Maria. Metodologia Cientifica. 6°. ed. São Paulo: Atlas, 2001. MARION, José Carlos, Contabilidade Básica - 10. Ed.- São Paulo: Atlas, 2009. http://www.ibge.gov.br/ http://www.cnae.ibge.gov.br/pesquisa.asp?pesquisa=9302501&TabelaBusca=CNAE110@CNAE%201.0%20/%20CNAE%20FISCAL1.1@1@cnae@1&source=subclase http://www.cnae.ibge.gov.br/pesquisa.asp?pesquisa=9302501&TabelaBusca=CNAE110@CNAE%201.0%20/%20CNAE%20FISCAL1.1@1@cnae@1&source=subclase http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-descobrir-o-melhor-regime-tributario-para-sua-empresa http://exame.abril.com.br/pme/noticias/como-descobrir-o-melhor-regime-tributario-para-sua-empresa 127 MARTINS, Petrônio Garcia, Fernando Piero Laugeni. Administração da produção. São Paulo: Saraiva, 2002. NETO, Correia. Elaboração e avaliação de projetos de investimentos: Considerando o risco. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. Novo Negócio. Informações importantes para os empreendedores que querem ter um pequeno negócio lucrativo. Disponívelem:<http://www.novonegocio.com.br/pequenos-negocios- lucrativos/>Acesso em 15/11/2013. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Sistemas Organizações e Métodos: Uma abordagem Gerencial-15. Ed. São Paulo: Atlas, 2005. OLIVEIRA, Jayr Figueiredo de; SILVA, Edison Aurélio da. Gestão de negócios. São Paulo: Saraiva 2005. OLIVEIRA, Michelle Silva de; Moreira Sherley Cabral. Noções de contabilidade básica para cursos técnicos. Brasília: IFB, 2013. PADOVEZE, Clóvis Luís. Manual de contabilidade básica: contabilidade introdutória e intermediaria. - 8. Ed.- São Paulo: Atlas, 2012. PESCE, Bel. A Menina do Vale, Como o empreendedorismo pode mudar a sua vida. 1.ª ed. – Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2012. REBELATTO, Daisy. Projeto de investimento, Com estudo de caso completo na área de serviços. – Barueri, SP: Manole, 2004. REZENDE. Denis Alcides. Planejamento estratégico para as organizações privadas e públicas: guia prático para a elaboração de plano de negócios/ Rio de Janeiro: Brasport:2008. SAHLMAN, W.A. Como Elaborar Um Plano de Negócios, Empreendedorismo e Estratégia. Harvard Business Review, Boston /Agosto de 2002. SOUZA, Alceu; CLEMENTE, Ademir. Decisões financeiras e analise de investimentos: fundamentos, técnicas e aplicações. 4. ed. São Paulo :Atlas, 2001. SEBRAE. Banco de ideias de Negócios. Disponível em:< http://www.sebrae- sc.com.br/ideais/default.asp?vcdtexto=2567&%5E%5E> Acesso em 02/11/2013. ____________. Ideias de negócios. Disponível em:< http://www.sebrae- sc.com.br/ideais/>. Acesso em 14/10/2013. http://www.novonegocio.com.br/pequenos-negocios-lucrativos/ http://www.novonegocio.com.br/pequenos-negocios-lucrativos/ http://www.sebrae-sc.com.br/ideais/default.asp?vcdtexto=2567&%5E%5E http://www.sebrae-sc.com.br/ideais/default.asp?vcdtexto=2567&%5E%5E 128 SEBRAE. Empreendedorismo no Brasil. Disponível em:<http://bis.sebrae.com.br/GestorRepositorio/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf /9696c98c23d137fd0d8af1300d9742b0/$File/4226.pdf> Acesso em 02/11/2013. ____________. Empreendedorismo- como entender a empresa. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/tipoconteudo/empreendedorismo?codT ema=2. Acesso em 02/11/2013. ____________. Abra seu negócio. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/uf/amapa/abra-seu-negocio/como-fechar-empresa- amapa#.UnkhX3C-pBE/>. Acesso em 01/11/2013. ____________. Importância do plano de negócio. Disponível em http://www.sebraemais.com.br/noticias-midia/a-importancia-do-plano-de-marketing. Acesso em 25/05/14. ____________. Como elaborar um plano de Negócios. Disponível em: http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Link/Tutoriais-- -Software-Como-Elaborar-um-Plano-de-Negocios-30.Acesso em 03/08/2014. ____________. Como abrir e administrar seu salão de beleza. Disponível em: http://www.metacerta.com/blog/13-dicas-do-sebrae-sobre-como-abrir-e-administrar- seu-salao-de-beleza/ Acesso em 18/09/2014. ____________. Salão de beleza. Disponível em: www.sebrae- sc.com.br/ideais/default.asp?vcdtexto=2567&%5E%5E. Acesso em 18/09/2014 ____________. Característica da empresa pela forma jurídica. Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/Caracter%C3%ADsticas- da-empresa-pela-forma-Jur%C3%ADdica. Acesso em 14/10/2014. http://bis.sebrae.com.br/GestorRepositorio/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/9696c98c23d137fd0d8af1300d9742b0/$File/4226.pdf http://bis.sebrae.com.br/GestorRepositorio/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.nsf/9696c98c23d137fd0d8af1300d9742b0/$File/4226.pdf http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/tipoconteudo/empreendedorismo?codTema=2 http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/tipoconteudo/empreendedorismo?codTema=2 http://www.sebrae.com.br/uf/amapa/abra-seu-negocio/como-fechar-empresa-amapa#.UnkhX3C-pBE/ http://www.sebrae.com.br/uf/amapa/abra-seu-negocio/como-fechar-empresa-amapa#.UnkhX3C-pBE/ http://www.sebraemais.com.br/noticias-midia/a-importancia-do-plano-de-marketing.%20Acesso%20em%2025/05/14 http://www.sebraemais.com.br/noticias-midia/a-importancia-do-plano-de-marketing.%20Acesso%20em%2025/05/14 http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Link/Tutoriais---Software-Como-Elaborar-um-Plano-de-Negocios-30.Acesso%20em%2003/08/2014 http://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Link/Tutoriais---Software-Como-Elaborar-um-Plano-de-Negocios-30.Acesso%20em%2003/08/2014 http://www.metacerta.com/blog/13-dicas-do-sebrae-sobre-como-abrir-e-administrar-seu-salao-de-beleza/ http://www.metacerta.com/blog/13-dicas-do-sebrae-sobre-como-abrir-e-administrar-seu-salao-de-beleza/ http://www.sebrae-sc.com.br/ideais/default.asp?vcdtexto=2567&%5E%5E http://www.sebrae-sc.com.br/ideais/default.asp?vcdtexto=2567&%5E%5E http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/Caracter%C3%ADsticas-da-empresa-pela-forma-Jur%C3%ADdica http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/ap/artigos/Caracter%C3%ADsticas-da-empresa-pela-forma-Jur%C3%ADdica 129 Apêndice A Pesquisa sobre Consumo de Serviços de Beleza Esta é uma pesquisa do Curso de Administração da UNIVALI que tem o objetivo de analisar a viabilidade da abertura de um salão de beleza no bairro Campeche. Sua colaboração é muito importante para o sucesso da pesquisa e consiste em responder ao questionário adiante. Não existem respostas certas ou erradas. O que importa é sua percepção a respeito de cada item da pesquisa. Os dados serão analisadosde forma agregada, sem identificação dos respondentes. Portanto, não precisa se identificar. Os itens relacionados ao seu perfil, constantes no final do questionário, serão utilizados, apenas, para análises de tendências de respostas. BLOCO A – DADOS PESSOAIS 1. Gênero: a) () Feminino b) () Masculino 2. Idade: a) ( )15 a 20 anos b) ( ) 21 a 30 c) ( ) 31 a 40 d) ( ) 41 a 50 e) ( ) 51 a 60 f) ( ) mais de 60 3. Você mora no bairro Campeche? a) ( ) Sim b) ( ) Não c) ( ) Se não, onde mora?__________ 4. Qual sua renda familiar mensal aproximada? a) ( ) Até R$ 1356,00 b) ( ) de R$ 1357,00 até R$ 3390,00 c) ( ) R$ 3.391,00 até R$ 6.780,00 d) ( ) de R$ 6.781,00 até R$ 16.950,00 e) ( ) Acima R$ 16.951,00 130 BLOCO B – CONSUMO DE SERVIÇOS 5. Com que frequência você vai ao salão? a) ( ) 1 vez na semana b) ( ) 2 vezes na semana c) ( ) 3 vezes por semana d) ( ) mensal e) ( ) bimestral f) ( ) trimestral g) ( ) anual 6. Quais serviços você procura realizar no salão de beleza? a) ( ) Corte b) ( ) Pintura c) ( ) Escova d) ( ) Alisamento e) ( ) Manicure/pedicura f) ( ) Depilação g) ( ) Maquiagem h) ( ) Escova Progressiva 7. Qual o valor pago por serviços prestados em um mês no salão de beleza? a) ( ) Menos de R$ 30,00 b) ( ) de 31 até 50 reais c) ( ) de 51 até 100 reais d) ( ) de 101 até 150 reais e) ( ) de 151 até 200 reais f) ( ) acima de 201. 8. Como você costuma pagar seus serviços de salão de beleza? a) ( ) A vista b) ( ) Cartão de Crédito d) ( ) Cheque 9. Qual salão no Campeche você costuma frequentar? a) ( ) Marlete Cabeleireira b) () Zilá Machado c) ( ) Espaço Essencial d) ( ) Cort e Café a Corte 10. O que o motiva a frequentar o salão citado na questão 9? a) ( ) Qualidade nos serviços b) ( ) Facilidade de localização c) ( ) Condições de pagamento d) ( ) Atendimento e) ( ) Preço f) ( ) Outro. Qual?__________ 11. Você gostaria de frequentar um salão de beleza que apresentassem quais dos seguintes diferenciais: 131 a) ( ) Espaço para criança b) ( ) Espaço reservado para atendimento masculino c) ( ) Preço reduzido em comparação com a concorrência d) ( ) Sala de estética (massagem, limpeza de pele, drenagem linfática) 12. Quais produtos e serviços você desejaria encontrar num salão de beleza que não encontra atualmente?__________ 13. Qual o meio você acha mais interessante para receber informações do salão? a) () Telefone b) () E-mail c) () Facebook d) () Panfletos e) ()nenhum POR FAVOR, CONFIRA SE VOCÊ PREENCHEU TODAS AS QUESTÕES. OBRIGADO POR SUA PARTICIPAÇÃO | Amanda Eli Gonzaga | AMANDAMDR@HOTMAIL.COM