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Estudo dirigido sobre plantas forrageiras

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Estudo dirigido 
Conteúdo: Morfologia e Fisiologia de Plantas Forrageiras; Efeitos da desfolha dobre as plantas forrageiras; Valor nutritivo e alternativas para minimizar a estacionalidade de plantas forrageiras.
1. Quais são as principais diferenças entre Gramíneas e Leguminosas forrageiras em relação:
a. Morfologia vegetal;
Gramíneas: 
· Raiz fasciculada; parte aérea: folhas são estreitas com nervuras longitudinais; flores aclamídeas (sem cálice e corola) frutos apresentam-se em forma de espiguetas;
· São formadas por colmos, nós e entre nós
· As folhas são constituídas por: lâmina foliar, bainha, colar, lígula, aurícula.
· Emitem perfilhos da planta-mãe
· Hábito de crescimento pode ser: ereto, decumbente e rasteiro (estolões)
· O perfilho é considerado a unidade de crescimento (unidade vegetativa) das gramíneas forrageiras. O crescimento deste depende da contínua formação de fitômeros que é composto por bainha, lâmina foliar, nó, entrenó e gema axilar
Leguminosas: Diclamídea
· Raiz pivotante(radícula) com raízes secundárias e radicelas, geralmente são mais profundas, explorando uma área maior de solo. Parte aérea: as folhas são largas, com nervuras transversais. o fruto pode ser do tipo vagem ou seco (sâmara).
· Formam plantas isoladas e independentes a partir da semente.
· Os caules podem ser do tipo ereto, prostrado (rasteiros) ou trepadores:
· A folha das leguminosas é constituída de lâmina foliar composta por folíolos
· (foliólulos), pecíolo (peciólulo), podendo apresentar pulvino e estípulas.
Gemas axilares: são as responsáveis por dar origem a um novo perfilho, clone da planta-mãe e menos vigoroso.
P.S: É importante o seu conhecimento, pois a base de uma pastagem produtiva e perene, depende da ativação e crescimento das gemas axilares que formarão perfilhos basais ou aéreos.
b. Fisiologia;
Gramíneas tropicais possuem ciclo de fixação de CO2 conhecido como C4, já as gramíneas temperadas, leguminosas tropicais e temperadas possuem ciclo C3.
Espécies C3 saturam-se de luz em intensidades luminosas mais baixas do que espécies C4
c. Valor nutritivo.
Em geral, as leguminosas são mais ricas em PB, cálcio e fósforo do que as gramíneas, daí o valor nutritivo mais elevado daquelas plantas (Quadro 2). As leguminosas, quer sejam de clima temperado ou tropical, possuem valores semelhantes de PB, enquanto que as gramíneas de clima tropical apresentam, geralmente, teores mais baixos de PB do que as temperadas. 
2. Os fatores abióticos como luz, temperatura e umidade influenciam a alteração morfogênica da planta forrageira e com isso as características estruturais do capim são alteradas. Quais são as características estruturais da planta forrageira que afetam a qualidade da pastagem e por consequência o manejo da pastagem?
O alongamento do colmo, da folha, o aparecimento da folha, tempo de vida da folha, densidade de perfilhos, velocidade de crescimento. Isso alterará as características estruturais tais como: relação folha-colmo (quanto >, > o valor nutricional); tamanho da folha e densidade populacional; n° de folhas por perfilhos. 
3. Quais são os fatores que afetam (induzindo ou diminuindo) o perfilhamento em gramíneas, qual a sua importância?
Os fatores são luz (tanto a qualidade, quanto a quantidade fazem a diferença), temperatura (quanto mais amena melhor, respeitando a temperatura ideal de cada espécie), água (trata-se de um fator limitante, que tem participação nas atividades da planta) e disponibilidade de nutrientes.
Esse perfilhamento, auxilia o estabelecimento de plantas jovens, permitindo a produção de área foliar suficiente para completa interceptação de luz, colaborando para a recuperação da arquitetura das plantas após a remoção do meristema apical, resultado de corte ou pastejo, durante o desenvolvimento da inflorescência
4. Após a desfolha ou pastejo a planta forrageira passa por fases de crescimento, explique quais são elas.
1º Fase: Fase Inicial de rebrotação
Após o pastejo, as plantas buscam refazer sua área foliar com o objetivo de maximizar a captação e interceptação da luz incidente. Nessa fase do crescimento do dossel não há competição por luz e, portanto, a planta prioriza a produção de tecidos foliares. A produção de tecidos foliares nessa fase será proveniente da emissão de folhas novas, a partir do meristema apical dos perfilhos que não foram decapitados. A velocidade de recuperação nessa fase é dependente da área foliar residual, definida pela altura de pós-pastejo. Assim, quanto maior a quantidade e qualidade da área foliar remanescente, maior será a velocidade de rebrotação. O acúmulo de forragem nessa fase é mais lento que nas demais, pois a planta necessita refazer a superfície foliar.
2º Fase: Fase intermediária de rebrotação
Quando a planta é capaz de produzir assimilados para sustentar o crescimento das próprias folhas jovens, ela poderá investir na formação de novos perfilhos. Dessa forma, folhas jovens e perfilhos novos produzidos irão contribuir para aumentos crescentes no acúmulo de folhas do dossel. Esse processo avança até que a massa de forragem aumenta muito e as folhas começam a se sobrepor e sombrear umas às outras, especialmente aquelas posicionadas mais próximas do solo.
3º Fase: Fase final de rebrotação
Com o avanço do processo de rebrotação, ocorre o sombreamento das folhas que em resposta iniciam um processo de intenso alongamento de colmos (estiolamento), buscando colocar folhas novas em plena luz, condição que faz com que as folhas localizadas em horizontes inferiores do dossel acelerem o processo de senescência em função da baixa disponibilidade luminosa e idade fisiológica avançada das folhas. As novas folhas produzidas são menores que aquelas posicionadas próximo do solo em função da elevação do meristema apical; redução do acúmulo de folhas (saldo negativo entre alongamento de folhas novas e senescência de folhas velhas) e, consequentemente, aumento do acúmulo de colmos e material morto.
Após o corte a pastagem passa por uma fase de recuperação seguida de uma segunda, mais lenta, caracterizada por um reajuste na atividade fisiológica, associada à integração morfogenética que pode ocorrer durante muitas semanas.
1º Fase: Recuperação do aparato fotossintético
Consiste na manutenção de meristemas apicais, que possibilitam a planta reestabelecer o seu ritmo acelerado de crescimento, possibilitando a geração novas folhas, mais eficientes fotossinteticamente. Em plantas estoloníferas e rizomatosas, esse processo ocorre mais facilmente uma vez que os pontos de crescimento se mantêm bastante próximos ao solo e, portanto, fora do alcance da boca do animal
Já no caso de algumas plantas cespitosas, as quais apresentam desenvolvimento sincronizado de seus perfilhos, a possibilidade de que, em um único corte ou pastejo seja eliminada a maioria de seus meristemas ativos varia durante a estação de crescimento, com o desenvolvimento da planta. Se o corte ocorrer quando essas plantas estiverem alongando suas hastes, com consequente elevação do meristema apical, os mesmos serão eliminados e a recuperação dessas plantas será lenta.
2º Fase: Aumento na capacidade fotossintética do material remanescente
Fotossíntese compensatória consiste na maior taxa fotossintética presente em folhas de plantas pastejadas do que em folhas de plantas intactas.
Esse processo atua em conjunto com a formação do novo aparato fotossintético, multiplicando seus efeitos e garantindo à planta forrageira recuperação rápida após o corte.
5. Para quantificar a desfolha, ou seja, planejar o quanto o animal vai colher do pasto, quais são os parâmetros a serem definidos, explique cada um deles.
(1) Frequência de corte – intervalo de tempo entre desfolhações sucessivas;
Quanto tempo o animal fica no pasto e quanto fica no descanso.
(2) Intensidade de corte – proporção e status fisiológicos do material removido;
O quanto o animal retira da planta
(3) Época de corte – relacionada à fase de desenvolvimento das plantas e à
estação do ano: influencia a quantidade de tempo que se deixará o animalsobre o pasto
6. Para formação e estabelecimento da pastagem, o que o produtor deve avaliar e planejar antes do plantio?
•	As condições de solo e clima da propriedade:
Identificação topográfica e física da área; Declividade do solo: solos com mais declives necessitam de pastagem com maior e melhor cobertura de solo; Presença de pedras no solo (solo de cascalho); escolher a espécie que melhor se adapte ao clima da região.
•	Escolha da espécie adaptadas:
Na escolha da espécie a ser implantada, é necessária levar em consideração alguns pontos como, o potencial produtivo da mesma, adaptabilidade da espécie em relação as condições edafoclimáticas, escolher espécie que seja resistente a pragas e doenças da região que deseja, leva em consideração o valor nutritivo que a espécie deve ter para cumprir determinada finalidade. 
•	Qualidade e preparo das sementes:
A qualidade da semente está diretamente relacionada com a produção final da pastagem, semente com uma maior qualidade, apresentam uma maior taxa de germinação, e uma maior capacidade de suporte. A estocagem da semente deve ser feita, na sombra em local seco, ventilado, e sobre estrados. Se a estocagem for feita de maneira incorreta, ela pode ocasionar aparecimento de doenças e apodrecimento da semente.
Ao ser feita a escolha da semente é necessário escolher as que apresentem um um maior valor cultural pois assim a taxa de germinação será maior, será necessária uma menor quantidade de sementes por ha, o plantio será facilitado, a formação da pastagem será mais uniforme e terá menos impurezas misturadas com as sementes. 
Outro cuidado muito importante é em questão a profundidade em que a semente será plantada, e isso irá variar de acordo com o solo da área, em solos mais argilosos a profundidade deve ser menor que em solos arenosos.
•	Fertilidade e preparo do solo:
O preparo do solo deve ser criterioso, tanto no convencional, como no plantio direto; para facilitar a germinação das sementes, e também o controle de ervas daninhas. As áreas plantadas devem estar corrigidas e adubadas de acordo com a análise do solo, sendo que a calagem deve ser realizada de 60 a 90 dias antes do plantio. 
•	Época e método de plantio:
Observar a época ideal para o plantio das sementes, sendo que no Brasil Central a época ideal vai de out-nov a dez-jan. 
As sementes podem ser semeadas a lanço, em linhas ou em faixas, e a quantidade de semente deve variar de acordo com o método escolhido.
•	Manejo de formação:
Primeiramente deve ser realizada uma análise das características produtivas das sementes e das exigências que devem ser cumpridas, pensando nisso escolhe-se a espécie forrageira e determinando o seu VC define-se a taxa de semeadura. Em quanto isso deve-se também escolher a área onde a semente será implantada e se necessário realizar a reforma da mesma, posteriormente realizar o diagnóstico da área e o preparo do solo, e só então é realizada a semeadura.
7. Como é calculada a Taxa de semeadura para espécies de pastagem?
É necessário conhecer o %VC do lote de sementes, o tamanho da área em que será formada a pastagem e a maneira como as sementes serão distribuídas na área (a lanço ou em sulco)
Taxa mínima de semeadura (kg de sementes por hectare) = PVC/ha ÷ %VC
8. Quais são as estratégias para minimizar o efeito da estacionalidade de plantas forrageiras?
Adubação nitrogenada: aumenta a taxa de lotação, mas deve-se avaliar o custo-benefício. Deve-se utilizar a ad. Nitrogenada em períodos estratégicos no final da época das águas, retirando os animais para auxiliar a absorção de N e ter uma produção considerável durante todo o ano. A reposição deve ser feita no início das chuvas. Em doses + pesadas, aplicar 1/3 no período das águas e 2/3 no final.
P.S: Dosséis que recebem maiores de N, tem seu crescimento + acelerado, portanto, apresentam modificações + rápidas.
Uso de irrigação: Minimiza os efeitos do estresse hídrico sobre a planta, aumentando a produtividade principalmente, em locais em que há restrição hídrica. Há necessidade de investimento inicial, devendo-se avaliar em quanto tempo leva para ser pago.
Diferimento do pasto: pode ser entendido como o adiamento do uso do pasto pelo animal. É uma estratégia de manejo que consiste em selecionar determinadas áreas da propriedade e excluí-las do pastejo, garantindo acúmulo de forragem para ser pastejada durante o período de escassez. Os piquetes para diferimento são vedados no fim do “período das águas”, como forma de garantir produção de forragem para ser pastejada durante o “período de seca”.
Porém, deve-se ter cuidado com o período de diferimento porque: 
· Grande parte dos perfilhos vegetativos (sem inflorescência) desenvolve-se em perfilhos reprodutivos (com inflorescência) e estes, passam à categoria de perfilhos mortos;
· Redução da quantidade de folha verde, bem como aumento das massas de folhas e colmos secos no pasto;
· Tombamento das plantas é outra característica comum em pastos diferidos, comumente chamados de “acamados”.
· Grande quantidade de forragem de baixa qualidade.
Então, basicamente, para manter a qualidade de pastos diferidos, deve-se considerar: escolha da espécie forrageira; duração do período de diferimento; altura do pasto no início do período de diferimento; adubação nitrogenada estratégica. Por outro lado, períodos de diferimentos curtos resultam em baixa produção de forragem, que pode ser insuficiente para alimentação dos animais, mas com melhores características qualitativas.
As gramíneas de porte baixo são as mais indicadas para diferimento, pois possuem, em geral, colmos mais finos, o que favorece o aumento da relação folha/colmo no pasto diferido e tbm por possuírem bom potencial de produção durante o outono, época em que normalmente os pastos permanecem diferidos.
Suplementação: adicionar ração mineral com nutrientes deficientes da forragem de acordo com o PMD do animal que se quer atingir. Essa suplementação não deve ser utilizada como meio de corrigir o mal manejo o que resultaria em baixa eficiência econômica do sistema de exploração.

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