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Processos de Conformação Mecânica – Aula 01 Apresentação e introdução Prof. Leandro Entringer Falqueto E-mail: leandro.falqueto@hotmail.com I – Ementa do curso • Conformação por deformação plástica – Introdução – Fatores metalúrgicos na conformação • Processos de conformação mecânica – Trefilação – Extrusão – Forjamento – Laminação – Estampagem – Estiramento – Dobramento • Projetos de matrizes, materiais para ferramentas, equipamentos e máquinas, fora e potência, dispositivos e equipamentos auxiliares • Métodos analíticos para solução dos problemas de conformação • Conformação por sinterização – Projeto de peças sinterizadas • Aspectos técnicos, ambientais e de segurança II – Avaliação • 9,0 pontos em avaliações – Avaliação 1 – Avaliação 2 – Avaliação 3 • 1,0 ponto em trabalho • Média Parcial: – MP > 7,0 = Aprovado – MP < 7,0 = Prova Final • Prova Final: III – Bibliografia • FERREIRA, R. A. S., Conformação Plástica – Fundamentos Metalúrgicos e Mecânicos. 2. ed. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2010. • DIETER, G. E., Metalurgia Mecânica. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 1981 Introdução 1. Processos de fabricação • Segundo o dicionário, fabricar significa “transformar matérias em objetos de uso corrente”, dentre outros significados. • Os processos de fabricação podem ser divididos em dois grupos: – Processos mecânicos (aplicação de tensões externas); • Conformação plástica ( s < sR); • Usinagem ( s > sR); – Processos metalúrgicos (altas temperaturas); • Solidificação ( T > TF); • Sinterização (T < TF); Legenda: • s - Tensão aplicada • sR – Tensão de ruptura • T – Temperatura de trabalho • TF – Temperatura de fusão Processos de Fabricação Processos Mecânicos Fabricação por deformação plástica Laminação Forjamento Extrusão Trefilação Estampagem Usinagem Torneamento Fresagem Plainamento Retíficação Processos Metalúrgicos Fabricação por solidificação Fundição Lingotamento Soldagem Fabricação por sinterização Metalurgia do pó Processos de Fabricação Processos Mecânicos Fabricação por deformação plástica Laminação Forjamento Extrusão Trefilação Estampagem Usinagem Torneamento Fresagem Plainamento Retíficação Processos Metalúrgicos Fabricação por solidificação Fundição Lingotamento Soldagem Fabricação por sinterização Metalurgia do pó Processos de Fabricação Processos Mecânicos Fabricação por deformação plástica Laminação Forjamento Extrusão Trefilação Estampagem Usinagem Torneamento Fresagem Plainamento Retíficação Processos Metalúrgicos Fabricação por solidificação Fundição Lingotamento Soldagem Fabricação por sinterização Metalurgia do pó 2. Processos de conformação mecânica • São processos de fabricação que modificam um corpo sólido por meio de deformação plástica. • Podem exibir altas taxas de produção, mas requerem o uso de equipamentos pesados e caros e ferramental adequado. 2.1. Forjamento • Processo no qual modifica-se a geometria e as dimensões de um corpo metálico pela ação de tensões compressivas. • A ação das matrizes pode ser por meio de golpes (martelos) ou por ação contínua (prensas hidráulicas, por exemplo). • Exemplo: Virabrequim 2.2. Extrusão • Processo no qual modifica-se a geometria/dimensões de um corpo metálico pela sua passagem por uma matriz que lhe confere sua forma e dimensões finais. • Exemplo: fabricação de tubos e perfis. 2.3. Trefilação • Processo em que se obtêm produtos com seções de geometria diversas pela tração desses produtos por uma matriz que define o perfil do trefilado. • Exemplos: Arame, tubo. 2.4. Laminação • Processo no qual modifica-se a geometria/dimensões de um corpo metálico pela passagem entre dois cilindros laminadores. • Exemplos: Perfis, placas, tubos, chapas finas. 3. Classificação dos processos de conformação mecânica 3.1. Por tipo de esforço – Processo de compressão direta • A força é aplicada diretamente na superfície do material e este escoa perpendicularmente à direção de compressão. – Processo de compressão indireta • Tensões compressivas indiretas desenvolvem-se pela reação do material com a matriz. – Processo do tipo trativo • Utilização de tensões trativas. – Processo de dobramento • Utilização de momentos fletores à chapa. – Processo por cisalhamento • Utilização de forças cisalhantes de magnitude suficiente para romper o material no plano cisalhante. Trabalho a quente Trabalho a frio 3.2. Por temperatura de trabalho – Trabalho a frio • Temperatura abaixo da temperatura de recristalização; – ↑ limite de resistência e ↓ ductilidade. – Ocorre encruamento. – Trabalho a quente • Temperatura de trabalho acima da temperatura de recristalização; – ↓ limite de resistência e ↑ ductilidade. – Há recuperação e recristalização do material. Material totalmente recristalizado • Mas o que é recuperação e recristalização? – Recuperação: • Processo em que ocorre rearranjo e eliminação parcial dos defeitos (discordâncias) introduzidos durante a deformação plástica. • Há uma restauração parcial das propriedades mecânicas do material referente aos seus valores antes da deformação. – Recristalização: • É a formação de um novo conjunto de grãos livres de deformação e que são equiaxiais (isto é, possuem dimensões aproximadamente iguais em todas as direções). • Na recristalização há a restauração das propriedades originais do material. Material encruado Material recuperado Material parcialmente recristalizado Crescimento de grãos • Características gerais: – Trabalho a frio • Menores deformação se comparado ao trabalho a quente. • Encruamento. • Elevada qualidade dimensional e superficial. • Equipamentos e ferramentas mais rígidas. – Trabalho a quente • Grandes deformações. • Baixa qualidade dimensional e superficial. • Normalmente empregado para desbaste. • Peças grandes e de formas complexas. • Contração térmica, crescimento de grãos, oxidação. • Vantagens do trabalho a quente – Menor energia requerida para deformar o metal (↓ limite de resistência). – Aumento da capacidade do material se deformar sem se romper (↑ ductilidade). – Homogeneização química das estruturas brutas de fusão (por exemplo, eliminação de segregações) em virtude da rápida difusão atômica interna. – Eliminação e refino da granulação grosseira e colunar do material fundido, proporcionando grãos menores, recristalizados e equiaxiais. • Desvantagens do trabalho a quente – Necessidade de equipamentos especiais e maior gasto de energia. – Reações do metal com a atmosfera do forno (causando oxidação, por exemplo), necessitando de atmosfera inerte ou protegida em alguns casos. – Maior desgaste do ferramental. – Necessidade de grandes tolerâncias dimensionais devido à expansão e contração. – Estrutura e propriedades menos uniformes do que em caso de trabalho à frio seguido de recozimento. 4. Quadro resumo de alguns processos
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