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Salário de contribuição, acidente de trabalho e regras gerais

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SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
1 INTRODUÇÃO E DEFINIÇÃO 
 
– Regulado pelo art. 28, Lei 8.213/91 
– Utilizado para o cálculo do salário benefício e, por sua 
vez, para o cálculo de todos os benefícios do RGPS 
• Exceto o salário família e o salário maternidade 
– Importante para o Plano de Custeio e o Plano de 
Benefícios do RGPS 
– Todos os segurados, salvo o segurado especial, 
contribuem com fundamento no salário contribuição 
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SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
CONCEITO: 
 
– Base de cálculo sobre a qual incidirá a contribuição previdenciária do 
segurado empregado, doméstico, avulso, contribuinte individual e 
facultativo, assim como da cota patronal do empregador doméstico e do 
microempreendedor individual, normalmente formado por parcelas 
remuneratórias do labor, ou, no caso do segurado facultativo, o valor por 
ele declarado, observados os limites mínimos e máximos legais 
 
» Pode, excepcionalmente, ser formado por verbas teoricamente 
indenizatórias, nos casos expressos previstos pela norma 
previdenciária, em que o legislador entendeu se tratar de 
remuneração disfarçada 
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SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
2 LIMITES 
 
– Limite mínimo = piso salarial, legal ou normativo da 
categoria, inexistindo, o salário mínimo 
• Considera o valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o 
tempo de trabalho efetivo durante o mês 
– Quando a admissão, a dispensa e o afastamento ou a falta do 
empregado ocorrer no curso do mês, o salário contribuição será 
proporcional ao número de dias de trabalho efetivo, pois 
proporcionalmente alcançará a um salário mínimo considerando a 
jornada integral no mês 
– Salário mínimo se refere à jornada integral, podendo a remuneração 
ser inferior a um salário mínimo para o segurado empregado e o 
avulso 
– Segurado contribuinte individual e facultativo terá o piso equivalente 
ao salário mínimo 
• Quando as remunerações do contribuinte individual que preste serviços a 
pessoas jurídicas forem menores ao salário mínimo, este deverá efetuar o 
complemento (art. 5º, Lei 10.666/03) 
• Já aquele que trabalha por conta própria, o art. 28 da Lei 8.212/91 é omisso 
 
– Limite máximo = R$ 5.645,80 (MTPS/MF 1/2018) 
SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
3 DELIMITAÇÃO 
 
– Segurado empregado e trabalhador avulso 
 
• Remuneração auferida em uma ou mais empresas 
 
• Totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer 
título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho, qualquer que 
seja a sua forma, inclusive gorjetas (art. 457, CLT), os ganhos habituais 
sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes do reajuste 
salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à 
disposição do empregador ou tomador de serviços, nos termos da lei ou 
do contrato ou, ainda, de CCT ou ACT ou sentença normativa 
 
• Compreende-se no salário, além do pagamento em dinheiro, a 
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a 
empresa, por força de contrato ou costume, fornece habitualmente ao 
empregado (art. 458, CLT) 
» Há vedação para pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas 
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SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
• Ainda que a pessoa jurídica não pague a remuneração no mês, a quantia 
devida será considerada como salário contribuição e deverá ser paga a 
respectiva contribuição previdenciária 
 
• Adiantamento de remuneração (“vale”), referente aos meses 
subsequentes, também integra o salário contribuição 
 
• Também incide contribuição previdenciária sobre o valor da 
compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa de Proteção 
ao Emprego (PPE), integrando o salário contribuição (Lei nº 
13.189/20015) 
 
• Adicional noturno, adicional de insalubridade e periculosidade possuem 
natureza remuneratória e, por isso, integram o salário contribuição, 
devendo incidir contribuição previdenciária (STJ, AgRg no AREsp 69958 
de 12/06/2012) 
SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
• Hora Repouso Alimentação (HRA), prevista no art. 2º, §2º, Lei 5.811/72, 
configura retribuição pelo trabalho ou o tempo à disposição da empresa 
e se submete à contribuição previdenciária, integrando o salário 
contribuição 
» Verba paga aos empregados que prestam serviços em atividades de 
exploração, perfuração, produção e refinação de petróleo, 
industrialização do xisto, indústria petroquímica e transporte de 
petróleo e derivados 
 
• A verba chamada “quebra de caixa” também possui natureza 
remuneratória e compõe o salário de contribuição (art. 462, §1º, CLT) 
 
• Salário paternidade, que não possui natureza jurídica de benefício 
previdenciário, sendo salário pago pelo empregador durante cinco dias 
após o nascimento do filho do empregado (art. 10, §1º, ADCT), integra o 
salário contribuição e deve incidir contribuição previdenciária (STJ, REsp 
1.230.957, 26/02/2014) 
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SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
• Parcela recebida a título de férias gozadas também integra o salário 
contribuição, vez que possui natureza remuneratória e salarial (art. 148, 
CLT) 
 
• Licença casamento e licença para prestação de serviços eleitorais, 
independentemente do afastamento, possuem natureza remuneratória e 
integram o salário contribuição (Informativo 548, STJ) 
 
• Segurado empregado e avulso, quando no mandato de dirigente sindical, 
seu salário contribuição será a remuneração paga pela entidade sindical 
ou empresa de origem 
 
SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
– Segurado empregado doméstico 
• Remuneração registrada na CTPS 
• No caso da anotação feita constar valor inferior ao realmente 
pago, deverá prevalecer a importância real 
 
– Segurado contribuinte individual 
• Remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo 
exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês 
• Contribuição será recolhida sobre a remuneração real, sem a 
ficção de salário base (Lei 10.6666/2003) 
 
– Segurado Facultativo 
• Valor declarado (não é mais adotada, também, a ficção do salário 
base) 
 
 
 
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SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
4 COMPOSIÇÃO 
 
– Em regra, o salário contribuição será composto pelas parcelas 
remuneratórias decorrentes do labor, nos termos da CLT, a 
remuneração é: 
 
Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos 
legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como 
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber. 
§1º Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as 
comissões pagas pelo empregador. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
§2º As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-
alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e 
abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao contrato de 
trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e 
previdenciário. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
§3º Considera-se gorjeta não só a importância espontaneamente dada pelo cliente ao 
empregado, como também o valor cobrado pela empresa, como serviço ou adicional, a 
qualquer título, e destinado à distribuição aos empregados. (Redação dada pela Lei nº 
13.419, de 2017) 
§4º Consideram-se prêmios as liberalidades concedidas pelo empregador em forma de 
bens, serviços ou valor em dinheiro a empregado ou a grupo de empregados, em razão 
de desempenho superior ao ordinariamente esperado no exercício de suas atividades. 
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017) 
SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
Art. 458 - Além do pagamento em dinheiro, compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a 
alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações "in natura" que a empresa, por força do contrato ou do 
costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas 
alcoólicas ou drogas nocivas. 
§1º Os valores atribuídos às prestações "in natura" deverão ser justos e razoáveis, não podendo exceder,em 
cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salário-mínimo (arts. 81 e 82). 
§2º Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades 
concedidas pelo empregador: 
I – vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, 
para a prestação do serviço; 
II – educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a 
matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; 
III – transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por 
transporte público; 
IV – assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; 
V – seguros de vida e de acidentes pessoais; 
VI – previdência privada; 
VII – (VETADO) 
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura. 
§3º - A habitação e a alimentação fornecidas como salário-utilidade deverão atender aos fins a que se 
destinam e não poderão exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento) do 
salário-contratual. 
§4º - Tratando-se de habitação coletiva, o valor do salário-utilidade a ela correspondente será obtido mediante 
a divisão do justo valor da habitação pelo número de co-habitantes, vedada, em qualquer hipótese, a 
utilização da mesma unidade residencial por mais de uma família. 
§5º O valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou odontológico, próprio ou não, inclusive o 
reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico-
hospitalares e outras similares, mesmo quando concedido em diferentes modalidades de planos e coberturas, 
não integram o salário do empregado para qualquer efeito nem o salário de contribuição, para efeitos do 
previsto na alínea q do § 9o do art. 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 
2017). 
SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
4 COMPOSIÇÃO 
 
– Em regra, o salário contribuição será composto pelas 
parcelas remuneratórias decorrentes do labor, inclusive a 
gratificação natalina (13º salário) 
 
Súmula 688, STF. É legitima a incidência da contribuição previdenciária 
sobre o 13º salário. 
 
– Salário maternidade 
• Também é salário contribuição, conquanto se trate de benefício 
previdenciário 
 
– Comissões pagas ao corretor de seguros 
 
Súmula 458, STJ. A contribuição previdenciária incide sobre a comissão 
paga ao corretor de seguros. 
 
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SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
– Terço de férias 
• Havia controvérsia jurisprudencial sobre a legalidade ou não 
de incidência da contribuição previdenciária sobre a quantia 
paga a título de terço de férias gozadas 
• Não compõe o salário contribuição (STF e STJ) 
 
– Horas extras pagas aos segurados empregados e 
domésticos 
• Natureza remuneratória (Informativo 514, STJ) 
 
– Abono incorporado ao salário 
• Parcela remuneratória (Súmula 241, STF) 
 
Súmula 241, STF. A contribuição previdenciária incide sobre o abono 
incorporado ao salário. 
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SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
– Em síntese, parcelas incluídas na composição: 
 
• Parcelas remuneratórias 
• Salário maternidade 
• Férias gozadas 
• Salário paternidade 
• Horas extras 
• Adicional noturno 
• Adicional de periculosidade 
• Hora Repouso Alimentação – HRA 
• Aviso prévio gozado 
SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
Não integram o salário contribuição: 
 
– Benefícios da previdência social, exceto salário 
maternidade 
• Herança do período que a verba possuía natureza trabalhista 
• Apenas para efeito de cálculo da aposentadoria é que o 
valor do auxílio acidente é considerado como salário de 
contribuição (art. 31, Lei 8.213/91) 
 
– Ajuda de custo e adicional mensal 
• Recebidos pelo aeronauta, nas hipóteses de transferência 
provisória ou permanente (Lei 5.929/73) 
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SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
– Parcela in natura recebida e, conformidade com os 
programas de alimentação aprovados pelo MTE (Lei 
6.321/76) 
• Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) é aquele 
aprovado e gerido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, não 
integrando a remuneração 
• Caso o pagamento seja feito em dinheiro, integrará o salário 
contribuição (entendimento do STJ e da Receita Federal) 
• Para STJ, vale alimentação, em dinheiro, não integra o salário 
contribuição. Do mesmo modo, se for disponibilizada, em mesa, 
in natura, mesmo sem a inscrição no PAT 
 
Súmula 67, TNU. O auxílio alimentação recebido em pecúnia por segurado filiado ao 
RGPS integra o salário contribuição e sujeita-se à incidência de contribuição 
previdenciária 
 
• A CLT, pós Reforma Trabalhista, veda que a empresa pague a verba 
de alimentação em dinheiro (art. 457, §2º) 
• A “hora repouso alimentação”, segundo o STJ, também possui 
natureza remuneratória e compõe o salário contribuição 
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SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
– Verbas indenizatórias 
• Importâncias recebidas a título de aviso prévio indenizado (Instrução 
Normativa RFB 1.730/2017), férias e terço indenizados, licença prêmio 
indenizada, incentivo à demissão e multa de 40% do FGTS 
 
– Prêmios e gratificações 
• O Informativo 569, STJ já indicava a não incidência, quando de caráter 
eventual, e a Reforma Trabalhista, alterando a redação do art. 457, CLT 
passou a prever expressamente a não incidência de contribuição 
previdenciária sobre os prêmios, ainda que habituais 
 
– Parcela recebida a título de vale transporte, na forma da Lei 
7.418/85 (Informativo 578, STJ) 
 
Súmula 60, AGU. Não há incidência de contribuição previdenciária sobre o vale transporte pago 
em pecúnia, considerando o caráter indenizatório da verba. 
 
– Ajuda de custo, em parcela única, recebida exclusivamente em 
decorrência da mudança de local de trabalho do empregado 
 
Art. 470, CLT. As despesas resultantes da transferência correrão por conta do empregador. 
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SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
– Diárias para viagem no seu valor total (art. 457, §2º, CLT) 
• Até antes da reforma trabalhista, as diárias acima de 50% da 
remuneração mensal do empregado incidiam contribuição 
previdenciária 
 
– Importâncias recebidas a título de bolsa de complementação 
educacional de estagiário (Lei 11.788/2008) 
• Tanto o é que o estagiário não é segurado obrigatório do RGPS 
 
– Participação nos lucros e resultados da empresa, quando paga 
ou creditada de acordo com lei específica 
 
– Abono do Programa de Integração Social – PIS e do Programa 
de Assistência ao Servidor Público – PASEP 
 
– Valores correspondentes a transporte, alimentação e habitação 
fornecidos pela empresa ao empregado contratado para 
trabalhar em localidade distante de sua residência, em canteiro 
de obras ou local que, por força da atividade, exija 
deslocamento e estada, observadas as normas de proteção 
estabelecidas pelo MTE 
SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
 
Não integrarão o salário contribuição, desde que extensíveis a todos os 
funcionários: 
 
– Importância paga ao empregado a título de complementação o valor 
do auxílio doença, desde que este direito seja extensivo à totalidade 
dos empregados da empresa 
 
– Parcelas destinadas à assistência do trabalhador da agroindústria 
canavieira, de que trata o art. 36 da Lei 4.870/65 
 
– Valor das contribuições efetivamente pago pela pessoa jurídica relativo 
a programa de previdência complementar, aberto ou fechado, desde 
que disponível à totalidade de sus empregados e dirigentes 
 
– Valor relativo à assistência prestada por serviço médico ou 
odontológico, próprio da empresa ou por ela conveniado, inclusive o 
reembolso de despesas com medicamentos, óculos, aparelhos 
ortopédicos, próteses, órteses, despesas médico hospitalares e outros 
similares 
SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
–Valor correspondente a vestuários, equipamentos e outros 
acessórios fornecidos aoempregado e utilizados no local de 
trabalho para prestação dos respectivos serviços 
 
–Ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do 
empregado e o reembolso creche pago em conformidade 
com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de 
seis anos de idade, quando devidamente comprovadas as 
despesas realizadas 
 
Súmula 310, STJ. O auxílio creche não integra o salário de contribuição. 
 
–Valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que 
vise à educação básica de empregados e seus dependentes 
e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela 
empresa, à educação profissional e tecnológica de 
empregados (Lei 9.394/96) 
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SALÁRIO CONTRIBUIÇÃO 
 
– Importância recebida a título de bolsa aprendizagem garantida ao 
adolescente até 14 anos de idade (art. 64, Lei 8.069/90) 
 
– Valores recebidos em decorrência de direitos autorais 
• Nem sobre a receita dos direitos autorais haverá incidência de contribuição 
previdenciária, pois sua natureza jurídica revela um direito real e da 
personalidade simultaneamente 
 
– Valor da multa prevista no art. 477, §8º, CLT 
• Inobservância do prazo legal para o pagamento das verbas rescisórias 
 
– Valor correspondente ao vale cultura 
• Previsto na Lei 12.761/2012, o vale cultura possui caráter pessoal e 
intransferível, válido em todo o território nacional, para acesso e fruição de 
produtos e serviços culturais, no âmbito do Programa de Cultura do 
Trabalhador, no valor mensal de R$ 50,00 
 
– Prêmios e abonos 
 
– “Salário” pago pela empresa pelos primeiros 15 dias de afastamento do 
empregado incapaz para o trabalho (§3º, art. 60, Lei 8.213/91) 
• Entendimento do STJ 
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ACIDENTE DE TRABALHO 
 
1 HISTÓRICO DA PROTEÇÃO 
 
– No mundo: 1º Alemanha, Bismark, 06.07.1884 
• Definição ampla 
• Assistência médica e farmacêutica 
• Pagamento para compensar a ausência de salário 
– No Brasil: em 1919, aprovada a Lei 3.724, 1ª norma geral 
sobre acidente de trabalho 
• Enquadramento restrito, com pagamento de indenização tarifada 
ao trabalhador ou família 
– Proteção acidentária saiu da esfera trabalhista para a 
previdenciária (Lei 5.316/67) 
• Estatização do seguro de acidente de trabalho 
• Art. 201, I, CF 
– Direito social do trabalhador 
• Adoção de medidas de redução dos riscos inerentes ao trabalho 
(art. 7º, XXII, CF) 
• Empregador obrigado a fornecer EPI e instruir empregados (art. 
157, CLT) 
• Proteção extensiva aos domésticos (Lei Complementar 150/2015) 
2 DEFINIÇÃO, REGULAÇÃO E ELEMENTOS 
CARACTERIZADORES 
 
– Previsão nos arts. 19 a 23 da Lei 8.213/91, reformada pela 
Lei Complementar 150/2015 
 
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a 
serviço de empresa ou de empregador doméstico ou pelo exercício do 
trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei, 
provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou 
a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o 
trabalho. 
§ 1º A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e 
individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador. 
§ 2º Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de 
cumprir as normas de segurança e higiene do trabalho. 
§ 3º É dever da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os 
riscos da operação a executar e do produto a manipular. 
§ 4º O Ministério do Trabalho e da Previdência Social fiscalizará e os 
sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel 
cumprimento do disposto nos parágrafos anteriores, conforme dispuser o 
Regulamento. 
– Caracterização depende do nexo entre o exercício do 
trabalho e o evento que cause lesão física ou 
psicológica ao trabalhador 
 
– Elementos típicos 
• Evento decorrente de trabalho a serviço da empresa ou do 
empregador doméstico, de atividade campesina ou 
pesqueira artesanal individualmente ou em regime de 
economia familiar para subsistência, desenvolvida pelo 
segurado especial 
• Causação de lesão corporal ou funcional (psíquica) 
• Ocorrência de morte do segurado, redução ou perda 
temporária ou definitiva da capacidade laboral 
 
– Prevenção é dever legal das empresas 
• Responsáveis pela adoção e uso das medidas coletivas e 
individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador 
• Obrigatória a constituição de CIPA, conforme instrução 
expedidas pelo MTE (art. 163, CLT) 
 
3 DOENÇAS EQUIPARADAS (OCUPACIONAIS) 
 
– Também consideradas pela legislação como acidente de 
trabalho 
• Guardam nexo com o exercício da atividade laborativa 
– Podem ser doença profissional (tecnopatia ou ergopatia) ou 
doença do trabalho (mesopatia) 
• DOENÇA PROFISSIONAL – produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar a determinada atividade, constante na relação do MTE 
(art. 20, I, Lei 8.213/91) 
– Doenças ocupacionais típicas 
– Aquelas típicas do exercício de determinadas atividades laborativas (profissões) 
– Exemplo: silicose que normalmente assola mineiros 
• DOENÇA DO TRBALHO – adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione 
diretamente, constante na relação do MTE (art. 20, II, Lei 8.213/91) 
– Doenças ocupacionais atípicas 
– Compostas por enfermidades que se fazem presentes em atividades que não 
guardam nexo com o trabalho, podendo decorrer ou não do exercício do trabalho 
– Exemplo: disacusia (surdez) 
– Rol exemplificativo no RPS 
• Agentes ou fatores de risco 
• Doenças 
• Nexo técnico epidemiológico CID-10 (art. 337, RPS) 
– Dia do acidente (doença profissional ou do trabalho) 
• Data do início da incapacidade laborativa para o exercício da 
atividade habitual, o dia da segregação compulsória, ou o dia 
em que for realizado o diagnóstico 
• Vale o que ocorrer primeiro 
 
Atenção: Doenças progressivas 
 
– Não são consideradas doença do trabalho (art. 20, §1º, 
Lei 8.213/91) 
• Doença degenerativa; 
– Salvo quando perícia do INSS constata que tem nexo com o trabalho 
• Inerente a grupo etário; 
• A que não produza incapacidade laborativa; 
• A doença endêmica adquirida por segurado habitante de 
região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que 
é resultante de exposição ou contato direto determinado 
pela natureza do trabalho. 
4 ACIDENTE DE TRABALHO POR EQUIPARAÇÃO 
 
– Determinados eventos são equiparados, pois o exercício da atividade laboral é 
considerado uma concausa para sua ocorrência (causalidade indireta), concorrendo 
com outras alheias ao trabalho 
 
Art. 21. Equiparam-se também ao acidente do trabalho, para efeitos desta Lei: 
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para 
a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija 
atenção médica para a sua recuperação; 
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de: 
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; 
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; 
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; 
d) ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; 
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; 
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; 
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro de seus planos 
para melhor capacitação da mão-de-obra, independentementedo meio de locomoção utilizado, inclusive 
veículo de propriedade do segurado; 
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de 
locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado. 
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras necessidades 
fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no exercício do trabalho. 
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação de acidente do trabalho a lesão que, resultante de acidente 
de outra origem, se associe ou se superponha às consequências do anterior. 
 
– Inciso I: hipótese aberta, rol exemplificativo, os demais são suas concretizações 
5 RECONHECIMENTO 
 
• Expedição da CAT 
– Comunicação de Acidente de Trabalho 
 
• Segurado empregado, empregado doméstico e 
trabalhador avulso: 
– Cabe à empresa ou empregador expedir CAT ao INSS, 
até primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em 
caso de morte, de imediato, sob pena de multa 
administrativa 
• Multa no valor entre o limite mínimo e máximo do salário de 
contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências 
• Competência da Receita Federal 
5 RECONHECIMENTO 
 
• Omissão 
– Poderão promover a comunicação o acidentado, seus 
dependentes, a entidade sindical, o médico que o 
assistiu ou qualquer outra autoridade pública 
– Não exime à empresa ou o empregador negligente de 
multa 
 
• Segurado especial 
– Cabe ao próprio acidentado, seus dependentes, a 
entidade sindical, o médico que o assistiu ou qualquer 
outra autoridade pública 
5 RECONHECIMENTO 
 
• CAT deverá se referir às seguintes ocorrências (art. 
327, IN INSS 77/2015) 
– I – CAT inicial: acidente de trabalho típico, trajeto, 
doença profissional, do trabalho ou óbito imediato 
– II – CAT de reabertura: afastamento por agravamento 
de lesão de acidente do trabalho ou de doença 
profissional ou do trabalho 
– III – CAT de comunicação de óbito: falecimento 
decorrente de acidente ou doença profissional ou do 
trabalho, após o registro da CAT inicial 
– CAT deve ser preenchida em 4 vias 
• INSS, segurado ou dependente, sindicato e empresa 
 
– Acidente de trabalhador aposentado que permaneceu 
na atividade 
• Registrada e encerrada 
• Direito à reabilitação profissional, se preenchidos os 
requisitos (art. 18, §2º Lei 8.213/91) 
 
– Acidente que resulte a morte imediata do segurado, 
exige-se: 
• Boletim de registo policial da ocorrência ou, se necessário, 
cópia do inquérito policial 
• Laudo de exame cadavérico ou documento equivalente, se 
houver; 
• Certidão de óbito 
 
• Nexo Técnico Epidemiológico 
– É comum que empresas não expeçam a CAT visando 
encobrir a ocorrência do acidente de trabalho 
– Por essa razão foi criado o Nexo Técnico 
Epidemiológico 
– Previsto no art. 21-A, Lei 8.213/91, disciplinado na IN 
INSS 31/2008 
– O NTEP, a partir do cruzamento das informações de 
código da Classificação Internacional de Doenças – 
CID-10 e do código da Classificação Nacional de 
Atividade Econômica – CNAE aponta a existência de 
uma relação entre a lesão ou agravo e a atividade 
desenvolvida pelo trabalhador 
 
• Nexo Técnico Epidemiológico 
– Indicação embasada em estudos científicos alinhados 
com os fundamentos da estatística e epidemiologia. 
– A partir dessa referência, a medicina pericial do INSS 
ganha mais uma importante ferramenta-auxiliar em 
suas análises para conclusão sobre a natureza da 
incapacidade ao trabalho apresentada, se de natureza 
previdenciária ou acidentária. 
– Implementado nos sistemas informatizados do INSS, 
para concessão de benefícios, em abril de 2007 e de 
imediato provocou uma mudança radical no perfil da 
concessão de auxílios-doença de natureza acidentária 
 
• Nexo Técnico Epidemiológico 
– Houve um incremento da ordem de 148% 
– Este valor permite considerar a hipótese que havia um 
mascaramento na notificação de acidentes e doenças 
do trabalho 
– A empresa ou o segurado poderão requerer a não 
aplicação do nexo técnico epidemiológico, cuja decisão 
caberá recurso com efeito suspensivo ao Conselho de 
Recursos do Seguro Social 
– Aplicação ao empregador doméstico, após a LC 
150/2015 
• Procedimento do Nexo Técnico Epidemiológico 
– Para a identificação do nexo entre o trabalho e o 
agravo, que caracteriza o acidente do trabalho, a 
perícia médica do INSS poderá ouvir testemunhas, 
efetuar pesquisa ou realizar vistoria no local de 
trabalho ou solicitar o perfil profissiográfico 
previdenciário diretamente ao empregador para 
esclarecer os fatos 
– Conceito de agravo 
• Lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou 
síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica, de 
natureza clínica ou subclínica, inclusive morte, 
independentemente do tempo de latência 
• Procedimento do Nexo Técnico Epidemiológico 
– Caso não concorde com o NTEP, a empresa poderá 
ofertar requerimento administrativo, no prazo de 15 
dias, da data da entrega da Guia de Recolhimento do 
FGTS e Informações à Previdência Social – GFIP que 
registre a movimentação do trabalhador, sob pena de 
não conhecimento da alegação na via administrativa 
– A empresa deve formular as alegações necessárias e 
apresentar as provas que possui demonstrando a 
inexistência de nexo entre o trabalho e o agravo, 
podendo a documentação probatória trazer entre 
outros meios de prova, evidências técnicas 
circunstanciadas e tempestivas à exposição do 
segurado, podendo ser produzidas no âmbito de 
programas de gestão de risco, a cargo da empresa, que 
possuam responsável técnico legalmente habilitado 
• Procedimento do Nexo Técnico Epidemiológico 
– O INSS informará ao segurado sobre a contestação da 
empresa para que este, querendo, possa impugná-la 
– Da decisão do requerimento cabe recurso, com efeito 
suspensivo, por parte da suspensivo, por parte do 
segurado ou da empresa, ao Conselho de Recursos do 
Seguro Social, no prazo de 30 dias 
 
 
• Natureza do Nexo Técnico Previdenciário 
• Poderá ser de natureza causal ou não, havendo três espécies: 
– Nexo técnico profissional ou do trabalho 
• Fundamentado nas associações entre patologias e 
exposições constantes das listas A e B do anexo II do Decreto 
3.048/99 
– Nexo técnico por doença equiparada a acidente de 
trabalho ou nexo técnico individual 
• Decorrente de acidente de trabalho típicos ou de trajeto, 
bem como de condições especiais em que o trabalho é 
realizado e com ele relacionado diretamente, nos termos do 
art. 2º do art. 20, Lei 8.213/91 
– Nexo técnico epidemiológico previdenciário 
• Aplicável quando houver significativas estatística da 
associação entre o código de Classificação Internacional de 
Doenças-CID, e da Classificação Nacional de Atividades 
Econômicas-CNAE 
 
 
 
• Procedimentos a serem adotados pela perícia 
médica na inspeção no ambiente de trabalho 
(Resolução INSS 485/2015) 
– Observação de elementos inerentes à história clínica e 
ocupacional, descritos nos documentos: 
– Prontuário médico 
– PPP e demais dados da análise da função 
– Laudo técnico das condições de ambiente de trabalho 
– LTCAT 
– Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA 
– Programa e Controle Médico de Saúde Ocupacional – 
PCMSO 
– Carteira de trabalho, para análise dos vínculos 
empregatícios anteriores; e 
– Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT, se houver 
 
 
 
• Inspeção no ambiente de trabalho 
– Precedida de envio de Carta de Comunicação de Inspeção à 
empresa 
– Finalidades: 
• Reconhecer tecnicamente o nexo entre o trabalho e o agravo 
• Verificar se existe, por parte da empresa, cumprimento quanto às 
normas de segurança e higiene do trabalho 
• Verificar a adoção e o uso de medidas coletivas e individuais de 
proteção e segurança da saúde do trabalhador 
• Constatar se a doença ou lesão invocada como causa do benefício 
junto ao INSS é pré existente ou não ao ingresso no RGPS, 
excetuando-se os casos de progressão e agravamento• Verificar se as informações do PPP estão em concordância com o 
LTCAT utilizado como base para sua fundamentação, com fins à 
aposentadoria especial 
• Confirmar se as informações contidas no LTCAT estão em 
concordância com o ambiente de trabalho inspecionado, com fins 
à aposentadoria especial 
• Avaliar a compatibilidade da capacidade laborativa do 
reabilitando frente ao posto de trabalho de origem e frente ao 
posto de trabalho proposto pelo empregador 
• Inspeção no ambiente de trabalho 
– Após realização da inspeção, a perícia médica do INSS 
reconhecerá ou não o nexo entre o trabalho e o 
agravo, devendo a APS mantenedora do benefício, em 
ambos os casos, emitir junto à perícia uma Carta de 
Notificação, em três vias, sendo uma para ser juntada 
ao processo concessório e as outras duas para serem 
enviadas à empresa e ao segurado 
– Quando na realização da inspeção, forem constatadas 
irregularidades nas normativas previdenciárias, o 
executor da inspeção deverá emitir Representação 
Administrativa e encaminhar suas respectivas cópias 
aos órgãos competentes 
6 SEGURADOS COBERTOS 
 
– Segurado empregado, empregado doméstico, 
trabalhador avulso e segurado especial 
• Empresa paga contribuição SAT de 1, 2 ou 3% - Segurado 
empregado e trabalhador avulso 
• Empregador doméstico paga contribuição SAT de 0,8% 
• Segurado especial é contribuinte de 0,1 sobre a receita 
decorrente da comercialização de sua produção 
7 BENEFÍCIOS PAGOS AOS SEGURADOS E DEPENDENTES 
 
– Segurado empregado, trabalhador avulso e segurado especial 
• Pensão por morte de acidente de trabalho, auxílio acidente por acidente 
de trabalho, auxílio doença por acidente de trabalho e aposentadoria por 
invalidez por acidente de trabalho 
– Segurado empregado doméstico 
• Auxílio doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte e auxílio 
acidente, desde que o acidente tenha ocorrido a partir de 02.06.2015, 
data da publicação da Lei Complementar 150/2015 
 
ATENÇÃO 
– Pagamento apenas aqueles segurados que tem, em seu favor, 
recolhimento de contribuição SAT 
– O contribuinte individual (autônomo ou não) não terá deferido 
pelo INSS benefício por acidente de trabalho e sim benefício 
comum 
• STJ vem pronunciando o direito do contribuinte individual autônomo em 
perceber benefício acidentário, fixando a competência da Justiça 
Estadual para processar as demandas previdenciárias 
– Segurado facultativo também não o terá, já que não trabalha 
 
8 PRESCRIÇÃO DOS BENEFÍCIOS ACIDENTÁRIOS 
 
– Cinco anos: 
 
 Art. 104. As ações referentes à prestação por acidente do trabalho 
prescrevem em 5 (cinco) anos, observado o disposto no art. 103 desta Lei, 
contados da data: 
I - do acidente, quando dele resultar a morte ou a incapacidade 
temporária, verificada esta em perícia médica a cargo da Previdência 
Social; ou 
II - em que for reconhecida pela Previdência Social, a incapacidade 
permanente ou o agravamento das seqüelas do acidente. 
 
– Prescrição progressiva 
 
Súmula 85, STJ. Nas relações jurídicas de trato sucessivo em que a Fazenda 
Pública figure como devedora, quando não tiver sido negado o próprio 
direito reclamado, a prescrição atinge apenas as prestações vencidas antes 
do quinquênio anterior à propositura da ação. 
 
9 PRINCIPAIS CONSEQUENCIAS JURÍDICAS DO 
RECONHECIMENTO DO ACIDENTE DE TRABALHO OU 
EQUIPARADO 
 
– Evento entrará na estatística da empresa para majoração 
até 100% da contribuição de 1, 2, 3% sobre a remuneração 
dos segurados empregados e avulsos (art. 10, Lei 
10.666/2003) 
– O empregado (inclusive doméstico), após a cessação do 
auxílio doença acidentário, tem garantia de estabilidade 
provisória no emprego por ao menos doze meses (art. 118, 
Lei 8.213/91) 
– O empregador obriga-se a depositar a importância a título 
de FGTS (art. 15, §5º, Lei 8.036/90) 
– Dispensa-se a carência para concessão de aposentadoria 
por invalidez e do auxílio doença 
– Ação judicial eventualmente proposta contra o INSS será 
de competência originária da Justiça Estadual (art. 109, CF), 
bem como as respectivas revisionais 
10 CÁLCULOS DOS BENEFÍCIOS 
 
– O cálculo dos benefícios acidentários passou a ser o 
mesmo dos benefícios previdenciários comuns, 
inexistindo diferenciação para a definição de sua renda 
mensal inicial 
 
11 RESPONSABILIDADE CIVIL DA EMPRESA PERANTE A 
JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
Súmula Vinculante 22, STF. A Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar as ações de indenização por danos morais e 
patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por 
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não 
possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da 
promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. 
 
– Responsabilidade civil objetiva ou subjetiva? 
12 AÇÃO REGRESSICA PROPOSTA PELO INSS CONTRA A 
EMPRESA NEGLIGENTE 
 
– Art. 120, Lei 8.213/90 
– O pagamento das prestações previdenciárias por 
acidente de trabalho não exclui a responsabilidade 
civil da empresa ou de outrem 
– É possível presumir relativamente à culpa da empresa 
– O pagamento de contribuição SAT não tem o condão 
de excluir a responsabilidade civil da empresa perante 
a previdência social 
– Competência da Justiça Federal (art. 109, I, CF) 
– É razoável reduzir em 50% o valor da indenização 
quando o trabalhador acidentado também incorreu 
em culpa concorrente com a empresa 
– Hipóteses de responsabilidade solidária: 
• Empresa empregadora e a tomadora de serviço pelo 
acidente de trabalho culposo na terceirização 
• Empresas consorciadas 
• Na hipótese de trabalhador avulso, entre o órgão gestor de 
mão de obra e o operador portuário 
• Empresa incorporadora e construtora 
– A pretensão de reparação de danos ao erário é 
imprescritível (art. 37, §5º, CF) 
• Não vem sido acolhida a imprescritibilidade pela 
jurisprudência 
• STJ adotou a tese da prescrição quinquenal e que trata-se de 
prescrição do fundo de direito e não prescrição de trato 
sucessivo 
– Em tese, existe a possibilidade da ação regressiva ser 
movida contra o empregador doméstico após o 
advento da LC 150/2015, acaso a Previdência Social 
demonstre a culpa do empregador 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
1 ESPÉCIES DE PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS 
 
– Abarcam benefícios e serviços devidos aos beneficiários do 
RGPS (segurados e dependentes), quando preenchidos os 
requisitos legais para sua concessão 
 
• BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS = Obrigações de pagar quantia certa 
• SERVIÇOS = Obrigações de fazer devidas pela Previdência Social0 
 
– Plano de prestações (Lei 8.213/91) prevê dez benefícios, sendo 
oito em prol dos segurados e dois para os dependentes, além de 
dois serviços disponíveis para ambos: 
 
• Benefícios dos SEGURADOS = aposentadoria por invalidez, aposentadoria 
por idade, aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria 
especial, auxílio doença, salário família, salário maternidade e auxílio 
acidente 
• Benefícios dos DEPENDENTES = pensão por morte e auxílio reclusão 
• Serviços para SEGURADOS e DEPENDENTES = serviço social e reabilitação 
profissional 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
2 CLASSIFICAÇÃO DAS PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS 
(diversos critérios) 
 
– Natureza da utilidade 
• Benefícios (obrigações de pagar quantia certa) ou Serviços 
(obrigações de fazer devidas pela Previdência Social). 
 
– Beneficiários 
• Segurados, Dependentes e Mistas 
 
– Programação 
• Programáveis – quando são objeto de uma prévia programação 
previdenciária, pois o evento futuro é previsível. Ex.: 
aposentadoria por tempo de contribuição 
• Não programáveis – prestações devidas quando ocorre um 
infortúnio que enseja sua concessão que, apesar de possível, não 
integra uma programação específica do regime. Ex.: aposentadoria 
por invalidez 
 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
2 CLASSIFICAÇÃO DAS PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS (diversos 
critérios) 
 
– Temporariedade 
• Vitalícias – nãopossuem prazo ou limite máximo de tempo para a sua 
manutenção. Ex.: aposentadoria por idade 
• Temporárias – há prévia limitação de tempo pela legislação previdenciária. 
Ex.: Salário maternidade. 
 
– Exigência de carência (número mínimo de contribuições mensais) 
• Sem carência – auxílio acidente, salário família, pensão por morte, auxílio 
reclusão, serviço social e reabilitação profissional 
• Com carência – aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de 
contribuição e aposentadoria especial 
• Mistas – poderão ou não ter carência, a depender dos eventos ensejadores 
ou do enquadramento dos beneficiários, como o salário maternidade, auxílio 
doença e aposentadoria por invalidez 
 
– Função substitutiva ou não da remuneração do segurado 
• Substitutivos da remuneração ou do salário contribuição – não podem ser 
inferior a um salário mínimo: aposentadorias, auxílio doença, salário 
maternidade, pensão por morte e auxílio reclusão 
• Não substitutivos – salário família e auxílio acidente, pois estes benefícios 
não irão substituir a renda do segurado, e sim agregar-se a ela 
 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
2 CLASSIFICAÇÃO DAS PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS (diversos 
critérios) 
 
– Submissão ao teto do RGPS 
• Limitados ao teto – regra geral. Não poderão ter renda mensal superior ao 
valor máximo do salário contribuição 
• Não limitados ao teto – Exceções. Pode ocorrer no salário maternidade de 
empregadas e trabalhadoras avulsas, bem como no acréscimo de 25% sobre 
a aposentadoria por invalidez se o segurado necessitar da assistência 
permanente de outra pessoa 
 
– Necessidade ou não do afastamento do trabalho para sua concessão 
• Permissivos do trabalho concomitante – podem ser acumulados com a 
remuneração do segurado, como aposentadoria por idade, por tempo de 
contribuição, auxílio acidente e salário família 
• Não permissivos do trabalho concomitante – é condição para manutenção 
do benefício o afastamento do trabalho, a exemplo da aposentadoria por 
invalidez e o salário maternidade 
 
– Possibilidade de reiteradas concessões ou de apenas uma única vez 
• Reeditáveis – podem ser concedidos várias vezes, desde que realizada sua 
hipótese de concessão: salário maternidade, auxílio reclusão e auxílio 
doença 
• Não reeditáveis – apenas concedidos uma vez, como auxílio acidente, 
aposentadoria por idade, especial e por tempo de contribuição 
 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
2 CLASSIFICAÇÃO DAS PRESTAÇÕES PREVIDENCIÁRIAS 
(diversos critérios) 
 
– Periodicidade de pagamento 
• Prestação continuada – atuais benefícios previstos na Lei 
8.213/91, cujo pagamento é continuado e mensal 
• Prestação instantânea – benefícios pagos em uma parcela, a 
exemplo do extinto pecúlio, previsto no art. 81, Lei 8.213/91 
 
– Planos de benefícios previdenciários 
• Benefício definido – benefícios programados têm seu valor ou 
nível previamente estabelecidos, sendo o custeio determinado 
atuarialmente, de forma a assegurar sua concessão e manutenção 
• Contribuição definida – benefícios programados têm seu valor 
permanentemente ajustado ao saldo de conta mantido em favor 
do participante, inclusive na fase de percepção de benefícios, 
considerando o resultado líquido de sua aplicação, os valores 
aportados e os benefícios pagos 
• Contribuição variável – aquele cujos benefícios programados 
apresentem a conjugação das características das modalidades de 
contribuição definida e benefício definido 
 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
3 DEPENDENTES DOS SEGURADOS (art. 16, Lei 8.213/91) 
 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 
(Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 
II - os pais; 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que 
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 
 
§ 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das 
classes seguintes. 
§ 2º .O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que 
comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. 
§ 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com 
o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. 
§ 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser 
comprovada. 
 
– Pessoas físicas expressamente designadas pela legislação como 
beneficiários do RGPS, cuja proteção social decorre do seu 
vínculo jurídico e econômico com o segurado. 
• Vínculo jurídico – pressupõe laços de família ou relação de parentesco, 
ainda que por afinidade. 
• Vínculo econômico – é exigível que a pessoa eleita como dependente 
seja sustentada pelo segurado. 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
3 DEPENDENTES DOS SEGURADOS (art. 16, Lei 8.213/91) 
 
– A relação entre o dependente do segurado com a Previdência 
Social é derivada da relação jurídica entre o segurado e o RGPS 
– Farão jus a pensão por morte, auxílio reclusão, serviço social e 
reabilitação profissional 
– A inscrição se dá no momento do requerimento da prestação 
previdenciária, mediante apresentação dos documentos 
listados no art. 22, RPS 
– Ocorreram modificações progressivas com a Lei 13.135/2015: 
• Retirada a emancipação como causa de antecipação da maioridade 
previdenciária (vigência em 18.06.2015); 
• Retirada a exigência de incapacidade civil do irmão com deficiência 
mental ou intelectual, excluída a necessidade de interdição judicial 
(vigência em 18.06.2017) 
• Inserido como dependente o irmão com deficiência grave, nos termos do 
RPS (vigência em 180 dias, a contar de 18.06.2015) 
– Tais mudanças, somadas aquelas apresentadas pela Lei 
13.146/2015, com vigência a partir de 03.01.2016, sem implicar 
a revogação retroativa da norma anterior acarretou em 
mudança de posicionamento administrativo da Previdência 
Social 
 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
3 DEPENDENTES DOS SEGURADOS (art. 16, Lei 8.213/91) 
 
– 1ª classe – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o 
filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave 
 
• Gozam de presunção absoluta de dependência econômica. São os 
dependentes presumidos, necessitam apenas comprovar o elo 
parental com o segurado, com exceção do enteado e do menor 
tutelado 
– ATENÇÃO: A Corte Especial do STJ EXCLUIU O MENOR SOB GUARDA no 
rol de equiparados a filho no julgamento do AgRg na SLS 1988, de 
4/3/2015: “II - Hipótese em que a decisão cujos efeitos foram aqui 
suspensos discrepa da jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça “no 
sentido de ser indevida pensão por morte a menor sob guarda se o 
óbito do segurado tiver ocorrido sob a vigência da MP nº 1.523/96, 
posteriormente convertida na Lei nº 9.528/97” 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
3 DEPENDENTES DOS SEGURADOS (art. 16, Lei 8.213/91) 
 
– 1ª classe – o cônjuge, a companheira, o companheiro e o 
filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 
(vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave 
 
• Além desses, o ex cônjuge e ex companheiro(a) também serão 
considerados como dependentes desde que haja a percepção de 
alimentos por ocasião da separação judicial 
• Interpretação conjugada da Súmula 336 do STJ e do art. 1.707, CC 
– direito à pensão por morte em decorrência do falecimento do 
respectivo segurado, desde que demonstradaa necessidade 
econômica superveniente, até a data do óbito, através da 
prestação de alimentos in natura ou de qualquer outro auxílio 
substancial que conduzisse à dependência econômica 
• União estável 
• Concubinato 
• Parceiro(a) homoafetivo 
• Separação de fato 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E 
SERVIÇOS 
 
3 DEPENDENTES DOS SEGURADOS (art. 16, Lei 8.213/91) 
 
– 1ª classe – o cônjuge, a companheira, o companheiro e 
o filho não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha 
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave 
 
• Súmula 37, TNU – Pensão por morte, devida ao filho até os 
21 anos de idade, não se prorroga pela pendência do curso 
universitário 
• O exercício de labor remunerado pelo absolutamente ou 
relativamente incapaz com deficiência intelectual ou mental 
não fará cessar a sua condição de dependente (revogação do 
art. 77, §4º da Lei 8.213/91 pela Lei 13.135/2015) 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
3 DEPENDENTES DOS SEGURADOS (art. 16, Lei 8.213/91) 
 
– 2ª classe – os pais 
 
• Apenas farão jus aos benefícios previdenciários caso inexista 
algum dependente preferencial 
– Vale dizer que um benefício percebido por um dependente preferencial, 
uma vez cessado, não será transferido aos dependentes das classes 
inferiores (II e III) 
• É preciso que demonstrem que dependiam economicamente do 
filho falecido ou preso, sendo seu o ônus da prova 
– O auxílio deve ser substancial, permanente e necessário, cuja falta 
acarretaria desequilíbrio dos meios de subsistência do dependente 
(Enunciado 13 do Conselho de Recursos da Previdência Social) 
• A percepção pelos pais do segurado falecido de remuneração ou 
de benefícios previdenciário anterior já constituem indícios 
contrários à comprovação de dependência econômica, máxime 
quando os valores são superiores ao salário mínimo 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
3 DEPENDENTES DOS SEGURADOS (art. 16, Lei 8.213/91) 
 
3ª classe – o irmão não emancipado, de qualquer condição, 
menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha 
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 
 
• Para percepção do benefício não podem existir dependentes nas 
classes superiores, bem como deve ser demonstrada a concreta 
dependência econômica 
• Este inciso III do artigo 16, da Lei 8.213/91, sofreu mais de uma 
modificação com o advento da Lei 13.135/2015, mas nem todas 
entraram em vigor no dia da sua publicação operada em 
18/6/2015 (art. 6º, da Lei 13.135), que passou a ter a seguinte 
redação no futuro: “III - o irmão de qualquer condição menor de 
21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave, nos termos do 
regulamento.” 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
3 DEPENDENTES DOS SEGURADOS (art. 16, Lei 8.213/91) 
 
3ª classe – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor 
de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência 
intelectual ou mental ou deficiência grave; 
 
• Nota-se que foi retirada a emancipação como causa de antecipação da 
maioridade previdenciária (vigência em 18/6/2015); foi retirada a 
exigência de incapacidade civil do irmão com deficiência mensal ou 
intelectual, e excluída a necessidade de interdição judicial (vigência em 
18/6/2017); foi inserido como dependente o irmão com deficiência 
grave, nos termos do regulamento (vigência em 180 dias, a contar de 
18/6/2015). 
• Posteriormente, nova modificação legal foi feita. Por força da Lei 13.146, 
publicada em 7 de julho de 2015, que aprovou o Estatuto da Pessoa com 
Deficiência e entrará em vigor em 180 dias após a sua publicação (início 
de janeiro de 2016), houve a alteração do artigo 16, inciso III, da Lei 
8.213/91, pois a classe III passará a ter a conseguinte redação: “o irmão 
não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos 
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave”. Logo, em janeiro de 2016, a emancipação voltou a ser causa de 
antecipação da maioridade previdenciária do irmão do segurado. 
4 TEMPO DE SERVIÇO E DE CONTRIBUIÇÃO E SUA CONTAGEM 
RECÍPROCA 
 
• Até EC 20/98 – a legislação previdenciária se referia a tempo de serviço 
como o período de exercício da atividade laborativa remunerada 
considerado para a concessão dos benefícios previdenciários 
 
• 1ª Reforma da Previdência Social – extinto o tempo de serviço e criado o 
tempo de contribuição 
– Não basta o mero exercício do trabalho, e sim a existência de contribuições 
previdenciárias efetivamente pagas, ou, ao menos, com presunção de 
pagamento nas hipóteses de responsabilização tributária das empresas 
– O art. 4º da EC 20/98 afirma o tempo de serviço considerado pela legislação 
vigente para efeito de aposentadoria, cumprido até que a lei discipline a 
matéria, será contado como tempo de contribuição 
» Não foi editada, até hoje, essa norma jurídica 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
4 TEMPO DE SERVIÇO E DE CONTRIBUIÇÃO E SUA CONTAGEM 
RECÍPROCA 
 
• Definição de tempo de contribuição (art. 59, RPS) 
– O tempo, contado de data a data, desde o início até a data do requerimento 
ou do desligamento de atividade abrangida pela previdência social, 
descontados os períodos legalmente estabelecidos como de suspensão de 
contrato de trabalho, de interrupção de exercício e de desligamento da 
atividade 
 
• Previsão do direito à contagem recíproca do tempo de serviço 
– Já era previsto na Lei 6.226/75 
– Atualmente expresso no art. 201, §9º , CF/88, in verbis: 
 
Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo 
de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e 
urbana, hipótese em que os diversos regimes de previdência social se 
compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei. 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
4 TEMPO DE SERVIÇO E DE CONTRIBUIÇÃO E SUA CONTAGEM 
RECÍPROCA 
 
– A contagem recíproca é o direito dos segurados computarem esse tempo de 
contribuição do RGPS, se houver migração para o RPPS, e vice-versa 
– Pode, ainda, haver contagem recíproca: 
» Entre Regimes Próprios de entes políticos diversos, ou mesmo com 
regimes previdenciários estrangeiros, se houver tratado internacional 
autorizando, com previsão de reciprocidade, conforme art. 443 da 
Instrução Normativa 77/2015 
» Conforme STJ, também é considerado o militar, apesar do mesmo não 
se aposentar e sim integrar a reserva 
 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
4 TEMPO DE SERVIÇO E DE CONTRIBUIÇÃO E SUA CONTAGEM 
RECÍPROCA 
 
• Regulamentação através do art. 94, Lei 8.213/91 
– Autoriza a contagem recíproca do tempo de serviço (antes da EC 20/98) ou 
de contribuição, para fins de obtenção de benefício previdenciário, vedada 
a contagem de qualquer período fictício, a exemplo do período de licença 
prêmio não gozada 
» STJ admite o direito adquirido às contagens de tempo de serviço 
fictícias até o advento da EC 20/98 
» Verifica-se que a contagem recíproca não é garantida apenas para a 
aposentadoria, mas para todos os benefícios previdenciários 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
4 TEMPO DE SERVIÇO E DE CONTRIBUIÇÃO E SUA CONTAGEM 
RECÍPROCA 
 
• Compensação dos regimes 
– Na hipótese de contagem recíproca, caberá aos diferentes regimes 
previdenciários se compensarem financeiramente, sendo feita ao sistema a 
que o interessado estiver vinculado ao requerer o benefício 
– Os critérios estão definidos na Lei 9.796/99 e no Decreto 3.112/99 
– Essa compensação não é condição para a contagem recíproca 
– Funcionará como um “acerto de contas”, sendo paga pelo regime de origem 
ao regime instituidor e calculada proporcionalmente ao período de 
serviço/contribuição objeto da contagem recíproca 
» Para o RGPS a compensação será proporcional ao percentual do tempo de serviço total 
do segurado correspondente aotempo de contribuição no âmbito do regime de origem, 
se acordo com a renda mensal inicial e a data de início do benefício 
» O índice de reajuste é o INPC (art. 41-A, Lei 8.213/91) 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
4 TEMPO DE SERVIÇO E DE CONTRIBUIÇÃO E SUA CONTAGEM 
RECÍPROCA 
 
• EXCEÇÃO – Não admissão de contagem recíproca 
– Do tempo de contribuição do segurado facultativo e do contribuinte individual 
que optaram por recolher 11% sobre o salário de contribuição de um salário 
mínimo, ou 5% sobre um salário mínimo no caso de contribuinte individual 
enquadrado como MEI que fizer o recolhimento simplificado ou o segurado 
facultativo de baixa renda com atividades domésticas em sua residência, salvo se 
recolhida retroativamente a qualquer tempo a complementação de 9% ou de 
15% com os respectivos encargos legais 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
4 TEMPO DE SERVIÇO E DE CONTRIBUIÇÃO E SUA CONTAGEM 
RECÍPROCA 
 
• Trabalhador rural 
– Para fins de contagem recíproca, considerando em RPPS, o tempo de serviço 
prestado pelo trabalhador rural anteriormente à competência novembro de 1991 
(período anterior à filiação obrigatória) será reconhecido apenas se houver 
indenização ao INSS (art. 123, parágrafo único c/c art. 127, V, RPS) 
» Posicionamento já confirmado no STJ e STF, bem como nas Súmulas 268 
do Tribunal de Contas da União e 10 da Turma Nacional de 
Uniformização 
– No âmbito do RGPS, o tempo de serviço desse segurado prestado antes da 
vigência da Lei 8.213/91 será computado independentemente do recolhimento 
das contribuições a ele correspondentes, exceto para efeito de carência (art. 55, 
§2º, Lei 8.213/91) 
» Também poderão considerar no RGPS o tempo de serviço prestado no 
âmbito da extinta Previdência Rural, sem a necessidade de indenizar, 
mas esse período não valerá como carência, pois esta pressupõe o 
pagamento mensal e tempestivo das contribuições 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
4 TEMPO DE SERVIÇO E DE CONTRIBUIÇÃO E SUA CONTAGEM 
RECÍPROCA 
 
• De acordo com o art. 96 da Lei 8.213/91 e o 127 do RPS: 
– É vedada a contagem de tempo de contribuição no serviço público com o de 
contribuição na atividade privada quando concomitantes 
» Salvo nas hipóteses constitucionais que admitem a acumulação de 
cargos, empregos ou funções públicas (art. 130, §12, Decreto 2.048/99). 
Nesse caso, a contagem recíproca objetivará apenas a consideração das 
remunerações prestadas em um regime previdenciário em outro para 
elevar a renda da aposentadoria 
– Não será contado por um regime o tempo de contribuição utilizado para 
concessão de aposentadoria por outro regime 
» Esse mesmo período contributivo não poderá ser levado, porquanto já 
considerado 
– Não será admitida a contagem em dobro ou em outras condições especiais 
» Mesmo que o segurado exerça atividades nocivas à saúde este período 
não será computado de maneira diferenciada em outro regime 
previdenciário básico 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
4 TEMPO DE SERVIÇO E DE CONTRIBUIÇÃO E SUA CONTAGEM 
RECÍPROCA 
 
• A contagem recíproca pressupõe o cômputo de um período contributivo 
de um regime previdenciário básico em outro regime previdenciário 
básico (RGPS em RPPS ou vice-versa) prestado em épocas diversas 
 
• Apenas a legislação geral sobre o RPPS (de competência da União) poderá 
criar restrições ou vedações com razoabilidade à contagem recíproca do 
tempo de contribuição (arts. 94 e 95, Lei 8.213/91) 
– É normatização geral sobre o RPPS de todos os entes federativos, sendo incongruente a 
existência de novas regras proibitivas ou restritivas apenas no cunho estadual ou municipal 
» Entendimento já confirmado pelo STF ao se posicionar pela inconstitucionalidade de leis de 
lavra dos municípios e estados com caracteres restritivos 
– Antes da instituição do regime jurídico único, com a Lei 8.112/90, entendem o STF e o STJ que o 
tempo celetista prestado em condições especiais pelo servidor público (federal, estadual, 
distrital ou municipal) será contado com a respectiva conversão prevista na legislação 
previdenciária 
 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
4 TEMPO DE SERVIÇO E DE CONTRIBUIÇÃO E SUA CONTAGEM 
RECÍPROCA 
 
• É possível que um segurado obtenha mais de uma aposentadoria por 
regimes diversos, desde que preencha os requisitos de cada uma e sem a 
utilização simultânea de tempo de serviço ou de contribuição da mesma 
atividade, observado o teto dos Ministros do STF (art. 40, §11, CF) 
• Por força da Lei 13.135/2015, em regra, a pensão por morte vitalícia ou 
temporária para ser deferida ao cônjuge, companheiro ou companheira 
pressupõe o recolhimento de 18 contribuições mensais. 
• Acaso inexistam 18 contribuições mensais vertidas pelo falecido segurado, 
a pensão por morte será paga por apenas 4 meses 
• Nesse sentido, de acordo com o novel artigo 77, §5º, da Lei 8.213/91, 
inserido pela Lei 13.135/2015, o tempo de contribuição a Regime Próprio 
de Previdência Social (RPPS) será considerado na contagem das 18 
(dezoito) contribuições mensais, o que pode ser denominado de 
contagem recíproca post mortem, acaso promovida após o falecimento do 
segurado 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
5 INDENIZAÇÃO PARA A CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO OU DE 
CONTRIBUIÇÃO 
 
• É comum que segurados do RGPS queiram, para cômputo do tempo de 
serviço/contribuição, queiram considerar períodos no qual exerceram 
atividade laborativa remunerada, mas encontraram obstáculo em razão 
da inexistência do pagamento das contribuições previdenciárias, nas 
hipóteses em que a responsabilidade tributária lhes é atribuída 
– Razões do não recolhimento: falta de zelo ou a categoria, à época do labor, 
não era enquadrada como segurada obrigatória 
 
• Reconhecimento de filiação 
– É o direito do segurado ter reconhecido, em qualquer época, o tempo de 
exercício de atividade anteriormente abrangida pela previdência social (art. 
121, RPS) 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
5 INDENIZAÇÃO PARA A CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO OU DE 
CONTRIBUIÇÃO 
 
• Disciplina legal – art. 96, IV, Lei 8.213/91 
 
O tempo de serviço anterior ou posterior à obrigatoriedade de filiação à 
Previdência Social só será contado mediante indenização da contribuição 
correspondente ao período respectivo, com acréscimo de juros moratório de 
0,5% ao mês, capitalizados anualmente e multa de 10% 
 
• Indenização ao INSS 
– Espécie de ressarcimento pelo não pagamento da contribuição previdenciária 
– Possui caráter subsidiário, ou seja, se ainda for juridicamente possível o 
adimplemento da contribuição previdenciária, não se admitirá a indenização 
previdenciária 
 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
5 INDENIZAÇÃO PARA A CONTAGEM DE TEMPO DE SERVIÇO OU DE 
CONTRIBUIÇÃO 
 
• Decadência – Contribuinte individual 
– É comum a não atuação do órgão de arrecadação, ante as dificuldades de 
fiscalização dos segurados contribuintes individuais que trabalhem por 
conta própria, operando-se a decadência quinquenal para o lançamento das 
contribuições previdenciárias 
– Assim, consumada a decadência, o contribuinte individual apenas contará 
com esse tempo de serviço/contribuição para a percepção de benefício 
previdenciário se indenizar o INSS (retroação da data de início das 
contribuições), exceto para fins de carência 
 
• Em relação ao segurado facultativo, como inexiste obrigatoriedade de 
recolhimento da sua contribuição, já que sua filiação é sempre 
discricionária, não se há de falar em indenização 
 
• Na hipótese de mero complemento de contribuição a ser feita pelo 
contribuinte individual, cabe o efetivo recolhimento do plus a qualquer 
tempo, não havendo indenização a ser paga 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
6 MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DE SEGURADO NO PERÍODO DE GRAÇA 
 
– Fundamentada no Princípio da Solidariedade,garante cobertura 
determinado período, mantendo a qualidade de segurado, mesmo sem 
verter contribuições ao fundo previdenciário, de acordo com a Lei 8.213/91, 
in verbis: 
 
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: 
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício; 
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer 
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado 
sem remuneração; 
 
• SEGURADO OBRIGATÓRIO = Período de graça básico = 12 meses 
 
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já 
tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a 
perda da qualidade de segurado. 
 
• Possibilidade de prorrogação por mais 12 meses, caso o segurado tenha pago mais de 120 
contribuições sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado 
» Regra não beneficia segurado especial, por inexistirem contribuições efetivas, salvo se ele tiver 
mais de 120 contribuições pagas sobre a receita decorrente da comercialização da sua produção 
(incomum) ou se optou em recolher com o mesmo regime de contribuinte individual, valendo-se 
da faculdade do art. 25, §1º, Lei 8.212/91 
 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses 
para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação 
pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da 
Previdência Social. 
 
• Pode ocorrer mais uma prorrogação de 12 meses para o segurado 
desempregado, desde que comprovada essa situação por registro no 
órgão do próprio MTE, a exemplo da percepção do seguro 
desemprego 
• Essa prorrogação só beneficiária segurado empregado e empregado 
doméstico, pois apenas nestes casos haverá um verdadeiro 
desemprego 
» Ressaltando que apenas os segurados empregados de possuam vínculo 
empregatício, pois há casos de inexistência de vínculo empregatício, a 
exemplo do servidor titular de cargo em comissão e do titular de 
mandato eletivo 
 
• Pela interpretação literal do dispositivo, não seria exigido que o 
desemprego fosse involuntário para fins de prorrogação em 12 meses 
do período de graça 
» Porém a TNU já afirmou reiteradamente que o desempregado 
voluntário não pode ser beneficiado por extensão do período de graça 
• A comprovação da condição de desempregado é admitida pelo 
INSS através da apresentação dos seguintes documentos, 
devendo se operar ainda dentro do período de graça (art. 137, 
§4º, IN INSS 77/2015): 
» Declaração expedida pelas Superintendências Regionais do 
Trabalho e Emprego ou outro órgão do MTE; 
» Comprovação de recebimento do Seguro Desemprego; ou 
» Inscrição cadastral no Sistema Nacional de Emprego 
 
• Na esfera administrativa, o INSS não vem aceitando a 
comprovação do desemprego por outros meios de prova 
• Porém, TNU editou Súmula 27 que diz: 
 
A ausência de registro em órgão do MTE não impede a 
comprovação do desemprego por outros meios admitidos em 
Direito 
 
 
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. 
 
• SEGURADO FACULTATIVO = Período de regra básico = 06 meses, sem direito 
a prorrogação 
• Na via administrativa, o segurado facultativo gozará de um período de graça 
de 12 meses (art. 137, §7º, IN INSS 77/2015), após cessação do benefício por 
incapacidade ou salário maternidade 
• O segurado obrigatório que, durante o prazo de manutenção da sua 
qualidade de segurado (12, 24 ou 36 meses), se filiar ao RGPS como 
facultativo, ao deixar de contribuir nessa última, terá direito de usufruir o 
período de graça de sua condição anterior (art. 137, §9º, IN INSS 77/2015) 
 
HIPÓTESES ESPECIAIS 
 
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de 
doença de segregação compulsória; 
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; 
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças 
Armadas para prestar serviço militar; 
 
• Esse regramento especial afasta, quando mais benéfico, as disposições 
gerais do período de graça pata o segurado obrigatório e o facultativo 
» Por exemplo, um segurado facultativo é preso, o seu período de graça será de 
12 meses após o livramento, e não de 06 meses após a cessação das 
contribuições, pois a regra especial afasta a geral 
 
 
Súmula 26, AGU – Para concessão de benefício por incapacidade, não será 
considerada a perda da qualidade de segurado decorrente da própria moléstia 
incapacitante 
 
Súmula 08, Conselho de Recursos da Previdência Social – Fixada a data do início 
da incapacidade, antes da perda da qualidade de segurado, a falta de 
contribuição posterior não prejudica o seu direito as prestações previdenciárias 
 
• Importante fixar a data de início da incapacidade (DII) para ver se nessa data 
a pessoa ainda era ou não segurada da Previdência Social 
 
• O início do prazo para definir o momento da perda da qualidade ocorrerá no 
dia seguinte ao término do prazo do recolhimento da competência do mês 
anterior 
» O RPS, no art. 14, fixou uma data única para todos os segurados, que é o dia 
seguinte à data final de recolhimento do contribuinte individual, que se operará 
até o dia 15 do mês seguinte ao da competência, ou, se não houver expediente 
bancário, no dia útil posterior 
 
§3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos 
perante a Previdência Social. 
 
§4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do 
prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da 
contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos 
fixados neste artigo e seus parágrafos. 
 
 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E 
SERVIÇOS 
 
7 CARÊNCIA 
 
• Visa resguardar o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema, 
bem como prevenir a ocorrência de fraudes 
• A concessão de alguns benefícios previdenciários depende do 
prévio pagamento de um mínimo de contribuições 
previdenciárias em dia 
 
 Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições 
mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao 
benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos 
meses de suas competências. 
 
• Para fins de carência, um dia de trabalho, no mês, vale como 
contribuição para aquele mês, para qualquer categoria de 
segurado (art. 145, IN INSS 77/2015) 
REGRAS GERAIS DO PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS 
 
7 CARÊNCIA 
 
 Art. 27. Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições: 
(Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) [...] 
II - realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem 
atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso 
referentes a competências anteriores, no caso dos segurados contribuinte individual, 
especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no 
art. 13. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015) 
 
• As contribuições previdenciárias recolhidas em atraso, em período anterior ao 
primeiro pagamento sem atraso, não podem ser consideradas para o cômputo 
do período de carência 
 
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o 
segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no 
órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social. 
 
• Pode ocorrer mais uma prorrogação de 12 meses para o segurado 
desempregado, desde que comprovada essa situação por registro no órgão do 
próprio MTE, a exemplo da percepção do seguro desemprego 
• Essa prorrogação só beneficiária segurado empregado e empregado doméstico, 
pois apenas nestes casos haverá um verdadeiro desemprego 
» Ressaltando que apenas os segurados empregados de possuam vínculo 
empregatício, pois há casos de inexistência de vínculo empregatício,a exemplo do 
servidor titular de cargo em comissão e do titular de mandato eletivo 
 
 
• Pela interpretação literal do dispositivo, não seria exigido que o 
desemprego fosse involuntário para fins de prorrogação em 12 meses 
do período de graça 
» Porém a TNU já afirmou reiteradamente que o desempregado 
voluntário não pode ser beneficiado por extensão do período de graça 
 
• A comprovação da condição de desempregado é admitida pelo INSS 
através da apresentação dos seguintes documentos, devendo se 
operar ainda dentro do período de graça (art. 137, §4º, IN INSS 
77/2015): 
» Declaração expedida pelas Superintendências Regionais do Trabalho e 
Emprego ou outro órgão do MTE; 
» Comprovação de recebimento do Seguro Desemprego; ou 
» Inscrição cadastral no Sistema Nacional de Emprego 
 
• Na esfera administrativa, o INSS não vem aceitando a comprovação 
do desemprego por outros meios de prova 
• Porém, TNU editou Súmula 27 que diz: 
 
A ausência de registro em órgão do MTE não impede a comprovação do 
desemprego por outros meios admitidos em Direito 
 
 
• Para os segurados que possuem presunção de recolhimento da 
contribuição previdenciária não se há de falar de recolhimento em 
atraso, devendo a carência ser computada a contar do mês da 
filiação, independentemente do recolhimento, a saber: empregado, 
empregado doméstico, trabalhador avulso e contribuinte individual 
que presta serviços à empresa 
 
• A inserção do empregado doméstico neste rol se deu apenas por 
força da Lei Complementar 150/2015, que modificou o artigo 27, da 
Lei 8.213/91 
 
• Já o contribuinte individual que trabalha por conta própria e o 
segurado facultativo, por serem os responsáveis tributários pelo 
recolhimento da sua contribuição não possuem presunção de 
recolhimento, de modo que o período de carência será contado 
apenas da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem 
atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições 
recolhidas com atraso referentes a competências anteriores 
 
• As contribuições previdenciárias recolhidas em atraso, em período 
anterior ao primeiro pagamento sem atraso, não podem ser 
consideradas para o cômputo do período de carência 
• Ademais, para o segurado especial, a carência será realizada pelo 
exercício da atividade campesina ou pesqueira artesanal para 
subsistência, no período equivalente ao número de contribuições 
mensais exigidas, não sendo necessário o efetivo recolhimento da 
contribuição sobre a produção rural ou pesqueira, ante da ficção 
normativa de filiação automática do segurado especial 
 
• O termo inicial da carência será o primeiro dia da competência 
recolhida. O segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte 
individual que prestar serviços à pessoa jurídica têm em seu favor a 
presunção absoluta de recolhimento das suas contribuições 
previdenciárias, a teor do art. 33, §5º, Lei 8.212/91, pois a 
responsabilidade tributária é da empresa 
 
• Já para o empregado doméstico inexistia esta presunção, devendo 
ser demonstrado antigamente o pagamento das suas contribuições 
previdenciárias, apesar de a responsabilidade ser do empregador 
doméstico. Caso inexistissem os pagamentos, se for comprovado o 
exercício da atividade laboral pelo período exigido, o segurado 
doméstico recebia o benefício no valor mínimo, na forma do artigo 
36, da Lei 8.213/91 
 
 
 
• No entanto, com o advento da Lei Complementar 150/2015, o empregado 
doméstico passou a ter a mesma presunção de recolhimento que já 
beneficiava o empregado, tendo sido modificado o artigo 27 e tacitamente 
revogado o artigo 36, da Lei 8.213/91 
• O período de carência será computado: 
 
I – para o segurado empregado, empregado doméstico (LC 150/2015), o 
trabalhador avulso e o contribuinte individual que presta serviços a pessoa 
jurídica (este a partir da competência 04/2003), da data de filiação ao Regime 
Geral de Previdência Social, ou seja, a partir do exercício de atividade laborativa 
remunerada; 
II – para o segurado contribuinte individual que não presta serviços à pessoa 
jurídica, o facultativo e o segurado especial que contribui da mesma forma que o 
contribuinte individual, da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição 
sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as contribuições recolhidas 
com atraso referentes a competências anteriores; 
III – para o segurado especial, a partir do efetivo exercício da atividade rural ou 
pesqueira artesanal para fins de subsistência sem o auxílio de empregados 
permanentes. 
 
• Frederico Amado defende que presunção de recolhimento da contribuição 
previdenciária em favor do empregado doméstico deverá retroagir à 
vigência da LC 150/2015, pois se trata de correção de discriminação negativa 
por omissão, na medida em que a responsabilidade tributária de recolher já 
era do empregador doméstico 
• Depende de carência a concessão dos seguintes benefícios 
previdenciários: 
 
 I – 10 contribuições mensais - salário-maternidade, para as 
seguradas contribuinte individual, especial e facultativa; 
II – 12 contribuições mensais - auxílio-doença e aposentadoria por 
invalidez (em regra); 
III – 180 contribuições mensais - aposentadoria por idade, tempo 
de contribuição e especial. 
 
• Em caso de parto antecipado, o período de carência para o 
salário maternidade será reduzido em número de contribuições 
equivalente ao número de meses em que o parto foi 
antecipado 
• A Medida Provisória 664/2014 chegou a inserir, como regra geral, 
carência de 24 recolhimentos mensais para a pensão por morte e o 
auxílio-reclusão, mas a lei de conversão (13.135/2015) restaurou a 
redação anterior, dispensando a carência para os benefícios dos 
dependentes 
– De acordo com o artigo 5º da Lei 13.135/2015, “os atos praticados com base 
em dispositivos da Medida Provisória no 664, de 30 de dezembro de 2014, 
serão revistos e adaptados ao disposto nesta Lei”. 
– Desta forma, os efeitos da MP 664/2014 foram desconstituídos pela Lei de 
Conversão, cabendo ao INSS rever de ofício as negativas de auxílios-
reclusão e pensões por morte em razão da não integralização de carência 
de 24 recolhimentos durante a sua vigência (de 1/3/2015 a 17/6/2015 neste 
ponto) 
 
• Contudo, nas hipóteses de aposentadoria por idade, tempo de 
contribuição e especial, para os filiados ao RGPS até 24.07.1997, 
existe uma regra de transição para integralização da carência, pois no 
regime anterior exigia-se apenas 60 contribuições mensais 
– Assim, levando-se em conta o ano em que o segurado implementar todas 
as condições necessárias à obtenção do benefício, será obedecida a tabela 
do art. 142, Lei 8.213/91 
– A regra de transição incidiu até 2010, pois os segurados antigos que 
preencheram os requisitos em 2011 em diante terão que realizar a carência 
de 180 contribuições mensais 
 
 
• Independe de carência a concessão das seguintes prestações: 
 
I – pensão por morte, auxílio-reclusão, salário-família e auxílio-acidente; 
II – salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada doméstica e 
trabalhadora avulsa; 
III – auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer 
natureza ou causa, doença profissional ou do trabalho, bem como nas hipóteses de 
doenças ou afecções graves especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da 
Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os 
critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe 
confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; 
IV – serviço social e reabilitação profissional. 
 
• Com a Lei 13.135/2015, a pensão por morte e o auxílio-reclusão voltaram a ter o 
período de carência sempre dispensado, tendo sido restaurado o inciso I do 
artigo 26 da Lei 8.213/91 
– Inclusive, este é o entendimento do próprio INSS veiculado no Memorando Circular 
Conjunto nº 39/DIRBEN/DIRAT/INSS 
• A aposentadoria por invalidez e o auxílio doença dispensarão

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