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Como-Estudar-Portugues-para-Concursos-Folha-Dirigida

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2FOLHA DIRIGIDA
Índice
Introdução
Português: como estudar?
Capítulo 1:
Gramática para concursos 
Capítulo 2:
O que estudar de acordo
com seu nível
Capítulo 3:
Como interpretar textos
corretamente
Capítulo 4:
Redação para concursos
Capítulo 5:
Português e as bancas
Capítulo 6:
Comece a praticar!
3FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | INTRODUÇÃO
Português é uma disciplina certeira em quase todas as provas 
de concursos públicos. Alguns tiram de letra as questões que 
envolvem gramática, interpretação de textos e redação. Já ou-
tros temem esses conteúdos. 
Afinal, qual é a melhor forma de se preparar para Português? 
Quais conteúdos de Gramática não posso deixar de estudar? 
Existe alguma fórmula para interpretar textos corretamente? E a 
redação, como elaborar um texto nota 10? 
Para solucionar suas dúvidas e te ajudar, a FOLHA DIRIGIDA, 
em parceria com professores conceituados de diversos cursos, 
elaborou o e-book “Como estudar Português para concursos”. 
PROFESSORAS QUE PARTICIPARAM DO E-BOOK:
# Claudia Barbosa: leciona na Femperj e no Portal da Língua 
Portuguesa; 
# Aline Aurora: professora do site AprendaCom;
# Vivian Barros: docente de Língua Portuguesa e Redação do 
curso Ágora; 
# Tatiana Rodrigues: professora da Degrau Cultural;
# Mônica Massad: coordenadora da Academia de Português 
e Redação.
CAPÍTULO POR CAPÍTULO:
No capítulo 1, veremos como montar um plano de estudos ide-
al para Língua Portuguesa. Porque não adianta querer estudar 
sem organizar sua rotina de preparação. 
No capítulo 2, separamos quais conteúdos devem ser estu-
dados de acordo com o nível de escolaridade do cargo que 
almeja.
 
Já no capítulo 3, você aprenderá como interpretar textos cor-
retamente e no capítulo 4, como montar uma redação para 
concursos públicos com dicas exclusivas. 
As bancas organizadoras possuem formas diferentes de co-
brar os conteúdos de Português. No capítulo cinco, desvenda-
remos as seis principais bancas do país, Consulplan, Cesgran-
rio, Esaf, FCC, Cespe e FGV. 
No entanto, você até pode saber os conteúdos na teoria, mas 
praticar é fundamental. Por isso, no capítulo seis apresentamos 
uma série de questões para você praticar tudo o que apren-
deu ao longo deste e-book. 
PRONTOS PARA O DESAFIO?
Com este e-book, você estará preparado para encarar as pro-
vas de Português de qualquer concurso público. Vamos nessa!
4FOLHA DIRIGIDA
Capítulo 1
GRAMÁTICA PARA CONCURSOS
5FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | GRAMÁTICA PARA CONCURSOS
Planejar os estudos para concursos públicos é a chave para 
aprovação! A professora de Língua Portuguesa, Aline Aurora, 
complementa ao dizer que o planejamento deve caminhar de 
mãos dadas com organização e foco. 
“
“Costumo dizer que concurso público não é apenas para o 
mais inteligente e sim para o persistente e coerente com
aquilo que se predispôs a fazer.”
Aline Aurora
Não adianta nada você estudar para concurso se sua vida 
não é organizada e não possui um estudo planejado. Não 
basta estudar, tem de se preparar, treinar. 
O concurseiro pode ser comparado a um atleta. Ele pode ter o 
dom, facilidade ou diversas habilidades. Mas isso não adian-
tará se ele não treinar e se preparar. É preciso ter uma vida 
regrada, organizada, planejada. 
Os candidatos ao concurso público devem ter uma estratégia 
de estudo bem definida e usar o tempo a seu favor, saber 
fazer escolhas efetivas e canalizar toda sua energia para seu 
objetivo: o termo de posse.
ALGUMAS ESTRATÉGIAS SÃO:
# Analisar o edital; 
# Conhecer o perfil da organizadora; 
# Fazer provas anteriores a fim de que perceba como cada 
conteúdo é cobrado; 
# Planejar de modo a conciliar todas as disciplinas do edital. 
A questão é como estudar e não o quanto estudar. Se a pes-
soa acorda e diz: “Ah! Hoje estou com vontade de estudar Por-
tuguês”, alguma coisa está errada, segundo a professora Aline 
Aurora. Para começar, é importante fazer um quadro de horá-
rio e segui-lo fielmente.
MAS COMO MONTAR UM PLANO DE ESTUDOS DE PORTUGUÊS 
PERFEITO?
Ao estudar Português para concursos, o primeiro passo é ter 
a disciplina de estudar todos os dias e ter em mãos uma boa 
gramática. “Não adianta investir rios de dinheiro em Vade Me-
cum e não ter uma gramática de qualidade na estante”, expli-
ca a professora. 
Ela recomenda os seguintes autores:
# Para os iniciantes:
. Nilson Teixeira – “Gramática da Língua Portuguesa para con-
cursos”
“A linguagem é simples e explana bem o conteúdo, além de 
oferecer muitas questões para treinar”, identifica a professora. 
# Para os demais: 
. Fernando Pestana – “A gramática”
“Esta sem sombra de dúvidas é a mais completa do mercado”, 
garante Aline Aurora.
O segundo passo para um bom plano de estudos é montar 
um cronograma desde a base da Gramática: acentuação, or-
tografia, morfologia, sintaxe, concordância, pontuação, etc. 
Depois de elaborar o cronograma de estudos, o candidato 
deve administrar sua rotina de preparação de modo que con-
siga seguir algumas etapas: aulas (presencial ou online), ques-
tões, revisões, resumos (fichas ou mapas mentais) e simulados. 
A professora Aline Aurora detalha uma estratégia que costuma 
indicar a seus alunos ao fazer questões:
“
“É importante analisar cada alternativa. Não basta procurar a 
resposta, é importante analisar, escrevendo em cada asserti-
va a análise feita. Por exemplo, se for uma questão de função 
sintática, é bom analisar todas as alternativas e escrever a 
função de cada uma. Se for uma questão para marcar a crase 
correta, escrever a justificativa da ocorrência errada da crase 
nas demais alternativas e assim por diante. Antes que pense 
algo, digo: isso não é perda de tempo, é revisar o conteúdo 
enquanto faz as questões. Foi dessa forma que comecei a es-
tudar. Funcionou para mim, vai funcionar para você.”
DISCIPLINAS NÃO OBRIGATÓRIAS: 
A maioria dos editais dos concursos não traz a parte de fonéti-
ca e fonologia, portanto os conteúdos desses itens podem ficar 
de fora do planejamento. O ideal é conhecer o concurso e a 
organizadora para saber quais itens são mais cobrados nos 
editais. Tudo que está no edital é importante e deve estar no 
cronograma de estudo. 
DICA Se organize por um edital verticalizado para não deixar nenhum item do programa de fora.
PRINCIPAIS PROBLEMAS ENCONTRADOS AO PLANEJAR OS ES-
TUDOS EM PORTUGUÊS:
Segundo a professora Aline Aurora, pular as etapas descritas 
no plano de estudos e começar a estudar de forma aleatória 
é a forma mais prejudicial de se estudar Português para con-
cursos. 
Por exemplo, a pessoa gosta de crase, acha mais confortável 
e começa por esse item. Apesar de gostar, não consegue en-
tender porque ainda erra tanto as questões de crase. Simples: 
pulou etapas. Há vários assuntos ligados entre si para ser bom 
nesse assunto, por exemplo, precisa estudar artigo, pronomes, 
regência para depois estudar crase. Isso vale para muitos as-
suntos da Língua Portuguesa.
CUIDADO COM A NEGATIVIDADE!
O concurseiro, quando considera a disciplina difícil, faz questão 
de dizer isso o tempo todo como um mantra. A cada palavra 
negativa proferida, alimentamos nosso cérebro com veneno. 
Se eu digo que tenho bloqueio, como vou aprender se já de-
terminei e condicionei meu cérebro a acreditar nisso? 
Quer aprender? Então, estude sem reclamar.
6FOLHA DIRIGIDA
Capítulo 2
O QUE ESTUDAR DE ACORDO COM SEU NÍVEL
7FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | O QUE ESTUDAR DE ACORDO COM SEU NÍVEL
Você já deve ter percebido que alguns tópicos de gramática 
caem em quase todos os concursos, não é mesmo? Pois en-
tão, a professora Claudia Barbosa, que leciona na Fundação 
Escola Superior do Ministério Público do Estado doRio de Ja-
neiro (Femperj) e no Portal da Língua Portuguesa (PLP), fala es-
pecificamente sobre morfologia e sintaxe.
“
“O segredo é estudar essas matérias. Dessa forma, você 
pode prestar vários concursos e garantir sua vaga.
Depois, basta acrescentar as matérias específicas
deste concurso em questão.”
E para facilitar ainda mais a sua vida, a professora dividiu os 
conteúdos de gramática por níveis de ensino.
- NÍVEL FUNDAMENTAL
As provas de Nível Fundamental costumam ser bem mais sim-
ples do que as provas dos outros níveis de ensino, tanto em 
relação ao menor número de questões, quanto ao menor nú-
mero de disciplinas cobradas.
MORFOLOGIA E FONOLOGIA PARA NÍVEL FUNDAMENTAL
# Significado das palavras: os conhecimentos de palavras e 
termos específicos (sinônimo – antônimo – parônimo – homô-
nimo...).
# Ortografia: essas provas cobram do candidato conheci-
mentos de ortografia, sobretudo relacionados à grafia correta 
das palavras complexas.
# Acentuação: as provas também cobram as regras de acen-
tuação, de acordo com as novidades do Novo Acordo Orto-
gráfico.
# Verbos: normalmente são cobradas as formas irregulares de 
verbos e, mais raramente, tempos compostos.
# Plural das palavras: as provas cobram dos candidatos o 
plural das palavras, visto que este é um tópico que ainda pode 
deixar muitos candidatos com dúvidas.
SINTAXE PARA NÍVEL FUNDAMENTAL
# Termos oracionais: as provas cobram, com muita frequên-
cia, a relação dos adjuntos adverbiais, adjuntos adnominais e 
complementos nominais.
# Concordância verbal: as provas cobram muito a relação do 
sujeito posposto com o verbo.
# Regência verbal: as bancas cobram muito a transitividade 
dos verbos e os seus complementos. 
# Pontuação: a parte de pontuação também costuma ser co-
brada, já que a pontuação incorreta na frase pode acarretar 
erros de entendimento.
- NÍVEL MÉDIO
Os concursos que exigem Nível Médio dos candidatos são mui-
to mais comuns do que os de Nível Fundamental e as funções 
a serem exercidas também são muito variadas.
Veja quais são os tópicos mais cobrados de Morfologia e de 
Sintaxe nos concursos de Nível Médio.
MORFOLOGIA E FONOLOGIA PARA NÍVEL MÉDIO
# Significado das palavras: os conhecimentos de palavras e 
termos específicos (sinônimo – antônimo – parônimo – homô-
nimo – hiponímia ...).
# Ortografia: questões de ortografia também caem bastante. 
Começam a aparecer as conhecidas “pegadinhas”, questões 
que têm como objetivo confundir os candidatos mais desaten-
tos. As mudanças ortográficas relativas ao Novo Acordo Orto-
gráfico da Língua Portuguesa também são frequentes e procu-
ram atrapalhar os candidatos que ainda não se atualizaram.
# Classes de palavras: é muito cobrado o conhecimento do 
uso adequado dos verbos, dos pronomes, das conjunções e 
das preposições.
SINTAXE PARA NÍVEL MÉDIO
# Sintaxe da oração: questões que envolvem os termos essen-
ciais da oração e suas funções em determinados contextos.
# Regência verbal: as bancas cobram muito a transitividade 
dos verbos e os seus complementos pronominais.
# Crase: muito cobrada, frequentemente, pelas principais ban-
cas do Brasil.
# Colocação prenominal: as bancas preferem cobrar esse 
tema em locuções verbais.
# Vozes verbais: cobradas frequentemente em reescritura.
8FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | O QUE ESTUDAR DE ACORDO COM SEU NÍVEL
- NÍVEL SUPERIOR
Segundo a professora, os concursos de Nível Superior exigem 
ainda mais dos candidatos. Por isso, contam com questões de 
nível de dificuldade mais alto. Além disso, a própria linguagem 
da prova também costuma ser mais difícil e formal, cobrando 
do candidato um nível de conhecimento de vocabulário muito 
maior do que para os outros níveis.
MORFOLOGIA E FONOLOGIA PARA NÍVEL SUPERIOR
# Significado das palavras / Adequação vocabular: os conhe-
cimentos de palavras e termos específicos (sinônimo – antôni-
mo – parônimo – homônimo – hiponímia ...).
# Ortografia: as questões de ortografia também aparecem 
bastante, no entanto, aparecem mais contextualizadas. Nor-
malmente, uma frase em que o candidato deverá julgar se a 
palavra está correta ou não ou adequada para o texto.
# Verbos: as provas de Nível Superior também costumam co-
brar questões relacionadas aos verbos, tanto aos tempos e 
modos verbais, quanto à concordância verbal.
# Preposições, conjunções e pronomes: outras classes de pa-
lavras que são bastante exploradas são estas três, também 
de forma mais complexa e elaborada que os outros níveis.
SINTAXE PARA NÍVEL SUPERIOR
# Regência nominal e verbal: as provas também costumam 
cobrar questões de regência nominal e verbal, que costumam 
constituir uma grande dificuldade para muitos candidatos. 
# Concordância verbal e nominal: as provas cobram as fle-
xões das palavras em questões relacionadas ao texto.
# Crase: muito cobrada no seu aspecto semântico, frequente-
mente, pelas principais bancas do Brasil.
# Colocação pronominal: as bancas preferem cobrar esse 
tema em locuções verbais.
# Vozes verbais: cobradas frequentemente em reescritura.
EVITE ERROS GRAMATICAIS
Para a professora Claudia Barbosa, a ideia comum entre os 
estudantes é recorrer aos recursos da internet para evitar os 
erros gramaticais. Entretanto, os tradutores ou corretores online 
são muito limitados. Para isso, ela recomenda outros recursos:
# Recorra aos profissionais da área
# Busque bons livros
# Consulte dicionários e o site VOLP, da Academia Brasileira de 
Letras, para dúvidas estritamente ortográficas.
# Há serviços online com profissionais especializados a sanar 
dúvidas de terceiros.
# No programa do CEFIL (Centro Filológico Clóvis Monteiro), os 
concurseiros podem mandar suas dúvidas para o e-mail
cefiluerj@gmail.com.
DICAS BIBLIOGRÁFICAS PARA GRAMÁTICA
# A ‘Moderna Gramática Portuguesa’ atualizada pelo Novo 
Acordo Ortográfico tem como autor Evanildo Bechara, o único 
representante da Academia Brasileira de Letras no Novo Acor-
do Ortográfico. A mais completa e atualizada referência de 
nossa língua. 
# Português Descomplicado por Henrique Nuno. O autor apre-
senta, de forma simples e objetiva, os tópicos da Língua Portu-
guesa cobrados nos diferentes concursos públicos e vestibula-
res do país. 
Ao final de cada capítulo constam exercícios de fixação e 
questões de provas oficiais dispostos num grau crescente de 
dificuldade, facilitando a assimilação do conteúdo. São mais 
de 1.000 exercícios com gabaritos comentados.
9FOLHA DIRIGIDA
Capítulo 3
COMO INTERPRETAR TEXTOS
10FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | COMO INTERPRETAR TEXTOS
Para a professora Claudia Barbosa, o primeiro passo na resolu-
ção de qualquer questão do concurso é saber ler e interpretar 
um texto. A compreensão do enunciado é a chave essencial 
para iniciar a resolução dos problemas. Por isso, Interpretação 
de Texto é o que mais cai nos concursos. 
“
“Decomponha o texto em suas ‘ideias básicas’ em qual é o 
foco do texto e quais são os principais conceitos definidos 
pelo autor. Faça uma leitura analítica para captar sua ideia 
principal. Depois leia novamente para uma avaliação
mais assertiva.”
Claudia Barbosa
11 DICAS PARA FAZER INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Provavelmente, você já errou algum exercício quando sabia o 
conteúdo da questão. A interpretação afeta o nosso relaciona-
mento com amigos, familiares, colegas e professores. E também 
a diversão ao assistir a um filme, ouvir uma música, ver uma 
série...
As próximas dicas da professora Claudia Barbosa têm a in-
tenção de melhorar a sua capacidade interpretativa para as 
provas e também para o dia a dia.
1. APRENDA A INTERPRETAR GRÁFICOS E TABELAS
Gráficos e tabelas caem com muita frequência nos concur-
sos públicos. Eles também são bastante utilizados porjornais e 
pelo mercado de trabalho. Entendê-los pode não ser fácil, mas 
não desista!
Quando você aprender como eles funcionam, vai ser cada 
vez mais fácil fazer a interpretação desse tipo de texto. Esse 
conteúdo é frequente em questões interdisciplinares, incluindo 
a redação.
# Veja aula sobre interpretação de gráficos de Matemática.
# Veja aula sobre interpretação de gráficos e infográficos de 
Português
2. COLOQUE AS ORAÇÕES NA ORDEM DIRETA
A ordem direta é a que organiza as palavras da seguinte for-
ma: sujeito + predicado + complemento. Esse é o jeito objetivo 
de entender uma oração. Faça o exercício de reorganizar as 
orações que estão na ordem indireta, principalmente os enun-
ciados das questões.
3. FIQUE ATENTO A TODOS OS DETALHES
Preste atenção a todos os tipos de texto (como infográficos, 
gráficos, tabelas, imagens, citações, poemas...). Circule os no-
mes dos autores, livro e ano de publicação nas referências do 
texto. Tais detalhes talvez revelem o tema da questão e até 
mesmo a resposta.
4. PRATIQUE A INTERPRETAÇÃO COM POSTS DAS REDES SOCIAIS
Provavelmente você já viu memes ou menes nas redes sociais. 
Para entender o que significam, é preciso interpretar, no míni-
mo, a relação entre dois elementos, que podem ou não estar 
na imagem. Para praticar, experimente anotar em um papel o 
que é engraçado no post e quais são os elementos que cau-
sam esse efeito de sentido e perceba o contexto atual.
5. LEIA TEXTOS LONGOS IMPRESSOS 
Depois de uma hora fazendo uma leitura densa, ficamos can-
sados. Precisamos ter resistência para não fazer análises equi-
vocadas dos textos. Uma das formas de desenvolver a resis-
tência é se acostumar a compreender textos longos.
Procure fontes relevantes para os assuntos que você estuda 
no dia a dia. As provas, além de serem úteis para praticar e 
simular a avaliação, podem ajudar no hábito da leitura des-
se tipo de texto. Experimente baixá-las e interpretar os dados 
na coletânea da redação. Analise também os enunciados das 
questões de diferentes áreas do conhecimento.
Vale lembrar que a maneira que a gente lê um texto impresso 
e na tela do celular ou computador é diferente. Se você fará 
provas impressas, prefira ler textos assim.
6. COMPREENDA MÚSICAS
As músicas estão presentes no nosso dia a dia e utilizam mui-
tas figuras de linguagem. Depois de escutar uma música de 
que você gosta, reflita sobre a letra. O que o autor quis dizer 
com ela? Pesquise a letra e tente interpretar o significado de 
cada estrofe.
7. LEIA TIRINHAS
O concurso público costuma avaliar habilidades importantes 
na vida prática. Tirinhas são facilmente encontradas, são leitu-
ras leves, divertidas e sempre precisam de interpretação. Mui-
tas vezes elas expõem algum problema social, histórico, ou tem 
uma crítica implícita.
8. OLHE PARA OS PERÍODOS, VERSOS E PARÁGRAFOS EM CON-
JUNTO
Escolha uma ou duas palavras que resumam o que você leu 
nos trechos menores, para lembrar depois. Em seguida, procu-
re relações entre o que você acabou de ler. Por exemplo: de 
oposição, causa e consequência, adição.
9. USE UM DICIONÁRIO
Quando estiver lendo, tenha um dicionário por perto e pes-
quise o que não entender. Só assim vai ser possível interpretar 
depois. Para memorizar, anote a palavra que você descobriu 
o que significa em um caderninho. Ela poderá ser útil para re-
solver exercícios e também para a redação.
10. PEÇA A AJUDA AO GOOGLE
Todos nós já passamos por situações confusas no momento 
da leitura. O principal motivo dessa insatisfação com a com-
preensão do texto é a falta de repertório. Nessa hora uma 
pesquisa responsável ao Google poderá ajudar, mas cuidado 
com a fonte, pois precisa ser confiável.
11. REESCREVA OU EXPLIQUE PARA VOCÊ MESMO
Reescreva o que você acabou de ler de maneira resumida e 
utilizando sinônimos. Se preferir, escreva em tópicos. O objeti-
vo dessa dica é ter certeza de que você interpretou o texto e 
também consegue explicá-lo de maneira simples.
11FOLHA DIRIGIDA
Capítulo 4
REDAÇÃO PARA CONCURSOS
12FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | REDAÇÃO PARA CONCURSOS
A professora Vivian Barros, do curso Ágora, preparou muitas 
dicas de como alcançar a mais alta pontuação nas redações. 
Segundo a professora, o primeiro passo para fazer uma boa 
redação é analisar alguns tópicos do edital. Ela explica que a 
redação, muitas vezes, é específica para alguns cargos.
Entenda alguns aspectos que as organizadoras podem levar 
em consideração na redação.
“
“Geralmente, as bancas atribuem a pontuação da redação 
dividindo-as em abordagem do conteúdo e o uso do idioma.”
Vivian Barros
Vamos ao exemplo da Consulpan:
ASPECTOS MACROESTRUTURAIS: É tudo o que tem a ver 
com a abordagem do tema, do conteúdo e construção do 
texto.
Como não perder pontos na abordagem do tema?
 “O ideal é que o candidato não faça um recorte muito espe-
cífico do assunto (tangenciamento do tema). Nesta parte, a 
banca vai esperar que candidato fale do tema de forma mais 
ampla. É isso que chamamos de abordagem do tema e de-
senvolvimento do conteúdo.”
Como não perder pontos na pertinência de exposição relativa 
ao problema, à ordem de desenvolvimento proposto?
A professora explica que se o candidato prometer ao exami-
nador que vai falar dos argumentos X, Y e Z e não desenvolve 
isso, vai violar a ordem de desenvolvimento proposta. 
“Quando o candidato faz a introdução, ele se posiciona e dá 
uma orientação para o examinador de como vai funcionar 
seu tema. A introdução funciona como um cartão de visitas e 
o ideal é que o candidato já esclareça quais argumentos ele 
vai discutir no texto”.
ATENÇÃO!
Vivian Barros alerta que é fundamental que o can-
didato desenvolva os argumentos mencionados na 
introdução, ao longo do texto. Isso será chamado 
de parágrafo de desenvolvimento.
Como não perder pontos no padrão de resposta?
 
Apesar de muitos candidatos ignorarem o padrão de respos-
tas que são disponibilizados no site das bancas como a Con-
sulplan e Cespe, a professora explica que é um material im-
portante. 
# O candidato pode baixar as provas dos últimos concursos; 
# Baixar os temas que a banca privilegia;
# E de acordo com o padrão de resposta, o candidato pode 
analisar o que a banca esperava que você respondesse. Sem 
se esquecer, é claro, de levar exemplos para o texto para for-
tificar a argumentação.
ASPECTOS MICROESTRUTURAIS: É o idioma!
Na Consulplan, por exemplo, a banca elenca os erros grama-
ticais nesta parte.
O que eu devo revisar na prova de redação?
# Conectores - Sequenciação do texto: o texto precisa ter ele-
mentos de coesão para que haja o encadeamento discursivo 
e que não perca o sentido.
# Tempos verbais: apesar de não haver um tempo hábil para 
que o avaliador faça essa análise de tempos verbais, deve ser 
levado em conta.
# Precisão vocabular: a banca vai ver se o candidato está 
usando os vocábulos de forma apropriada.
# Evitar metáfora: o texto dissertativo argumentativo precisa 
ser objetivo e fluido, pois a riqueza do texto está nos argu-
mentos não em usar palavras mais rebuscadas. A metáfora 
tem um aspecto muito subjetivo, por isso é importante evitar a 
subjetividade na sua redação.
Errinhos que o examinador procura no texto:
# Pontuação: atenção na vírgula!
# Concordância verbal e nominal: cuidado na hora de cons-
truir os períodos. Cuidados também com plural, singular no su-
jeito e predicado.
# Regência nominal e verbal 
# Colocação pronominal
# Ortografia
# Acentuação
Dois tipos de texto que podem ser pedidos no concurso:
# Texto argumentativo 
# Texto expositivo
Em relação ao texto argumentativo, o que é interessante
avaliar?
# Quando a banca pede um texto de proposta de interesse 
geral, ela espera que o candidato elabore um textodissertati-
vo-argumentativo.
# Inicie seu texto apresentando uma tese.
# Se posicione a cerca do assunto para não fugir da modali-
dade pedida pela banca.
# Apresentar vários dados, se você não se posicionar. 
# Cuidado com a limitação do texto. A banca penaliza se o 
candidato desrespeitar. 
# Não crie mais uma linha. O examinador vai desconsiderar 
essa frase.
13FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | REDAÇÃO PARA CONCURSOS
ATENÇÃO COM O VOCABULÁRIO!
“
“O texto que é considerado adequado e eficiente é
aquele que pode ser lido tanto por um leigo quanto por um
especialista. Por isso é bom evitar metáforas, usos de jargões.”
Vivian Barros
VIVIAN BARROS RESPONDE DÚVIDAS SOBRE A ESTRUTURA DA 
REDAÇÃO
# Cabe título na redação? Se a banca já der o tema para o 
candidato, o título não é necessário. Só se deve colocar o títu-
lo na redação se a previsão estiver expressa no edital ou se 
houver indicação no caderno de prova “coloque um título”. O 
candidato deve imaginar quantidade de linhas que ele tem 
para desenvolver um bom texto já é pequena… então por que 
você vai queimar uma linha, atribuindo um título?
# Letra: Pode usar letra de forma? Sim, desde que o candi-
dato se atente e consiga diferenciar as letras maiúsculas das 
minúsculas. Mas ele deve ficar atento, pois alguns editais sinali-
zam que na redação não deve ser usada letra de forma.
# Pode fazer texto motivador (texto base)? Depende da or-
ganizadora, se for a Consulplan , por exemplo ela não traz esse 
tipo. No caso, o candidato deve se atentar ao tema.
# Errei uma palavra, e agora? Evite rasuras para facilitar o en-
tendimento do texto. Entretanto, se houver, o candidato deve 
apenas fazer um risco simples na palavra errada e reescrevê-
-la da forma correta logo em seguida. 
DICAS PARA ESTUDAR TEMAS: VISITE O SITE DO ÓRGÃO
Vivian Barros explica que a prova discursiva funciona como 
uma entrevista.
“
“A primeira coisa que sugiro aos meus alunos é visitar o site 
do órgão para descobrir quais são os assuntos de interesse 
da instituição. Por dois motivos: existem bancas que gostam 
de propor temas que tenham relação com a realidade do 
órgão ou do cargo. Então é fundamental avaliar alguns
temas das seleções anteriores.”
ESTRUTURA DA REDAÇÃO (INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E 
CONCLUSÃO)
Introdução: Precisa dizer claramente o que o candidato 
pensa a respeito do tema, o seu posicionamento. 
# Não precisa elaborar uma grande tese. A banca espera que 
o candidato conheça o tema e fale o que entende do assunto.
 
# Cuidados: Nunca usar a primeira pessoa do singular nem 
do plural, apenas terceira pessoa. O exercício dissertativo exige 
impessoalidade.
# É interessante usar as palavras-chave do tema para evitar a 
fuga do tema.
# O candidato pode se apropriar das ideias do texto motiva-
dor (se tiver), mas não pode copiá-las.
# Em vez de imediatamente escrever algo, reflita sobre o tema 
e encontrar quais são as palavras-chave. 
# O tema afeta quem? Onde? Quando? Por quê?
Desenvolvimento: O candidato pode trazer argumentos 
como causas e consequências ou escolher pontos positivos 
e negativos do tema. Sempre lembrando que cada parágrafo 
deve levar um argumento. 
Cuidados:
O candidato não deve restringir a abordagem do tema. Se o 
tema da redação é sobre intolerância, o candidato não pode 
falar apenas de intolerância religiosa. 
Quantos parágrafos para ter um bom texto?
# O ideal é uma dissertação de 4 a 5 parágrafos. 
# O desenvolvimento sempre deve ter de 2 a 3 parágrafos.
# Mais um parágrafo para introdução e outro para conclusão.
# Os parágrafos de desenvolvimento precisam ter harmonia 
na quantidade de linhas. Assim, o candidato mostra à banca 
que ele tem domínio para ambos argumentos apresentados. 
Conclusão: é uma oportunidade que o candidato tem de 
retomar a tese. 
Existem dois tipos de conclusão:
# Conclusão-resumo - Parágrafo em que se resume as princi-
pais ideias apresentadas no texto.
# Conclusão-solução - Dar soluções para o problema.
Dicas finais para uma boa conclusão:
# Use elementos de coesão para indicar conclusão no pará-
grafo, como portanto ou diante isso. 
# Não se deve usar o famoso “concluindo” ou “concluo que”.
# Deixe de lado o “mas” ou “entretanto” para não dar ideia 
adversativa. 
# Não deixe de colocar o ponto final - Na hora da pressa, al-
guns candidatos esquecem e podem sofrer penalização se o 
ponto final não estiver no texto ou não estiver legível. 
# A ilegibilidade ou falta de acentos também pode sofrer pe-
nalização.
# Cuidado com a separação de palavras. Ela deve ser clara e 
da forma correta.
ATENÇÃO! Em ambos tipos de conclusão, o candidato não 
deve trazer novos argumentos. 
14FOLHA DIRIGIDA
Capítulo 5
PORTUGUÊS E AS BANCAS
15FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | PORTUGUÊS E AS BANCAS
“
“Conhecer a banca é o primeiro passo para ser aprovado 
no concurso público. Depois, conheça o edital, planeje-se e 
estude bastante!”
Claudia Barbosa
CONSULPLAN
A Consulplan é hoje conhecida por trazer provas com textos 
curtos e perguntas simples e objetivas, de múltipla escolha 
(com cinco alternativas para resposta). De acordo com Claudia 
Barbosa, os candidatos com boa capacidade de análise terão 
mais facilidade com as provas da banca.
# As questões que abordam interpretação textual são pontos 
fortes na Consulplan (Interpretação textual: 49 - 41,5 %)
# As questões que abordam gramática associada à interpre-
tação textual vêm em segundo lugar (Gramática e interpreta-
ção textual: 46 – 39 %)
# Por fim, as questões que abordam apenas o conteúdo gra-
matical são as últimas opções (Gramática: 23 – 19,5 %)
CONSULPLAN NA INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
A professora destaca que a Consulplan prioriza questões vol-
tadas para a interpretação de textos, o que torna suas ava-
liações “aparentemente mais fáceis”. Entretanto, mesmo nas 
questões de interpretação exigem do candidato certos conhe-
cimentos técnicos, como identificar os gêneros, os tipos textuais 
e suas principais características.
CONSULPLAN NA GRAMÁTICA
Quanto ao conteúdo gramatical, a Consulplan tem certa prefe-
rência aos conteúdos listados abaixo:
# Conjunção
# Análise sintática
# Pronome
# Pontuação
# Verbo
# Regências
Outros tópicos gramaticais também foram localizados nas pro-
vas, mas não apresentam número significativo. São eles:
# Ortografia
# Uso de sufixos e prefixos
# Advérbios
# Adjetivos
# Estrutura do parágrafo
# Concordâncias
# Funções da linguagem
Para a Consulplan, o candidato deve se preparar para uma 
prova que exigirá dele mais do que o decorar de uma série 
de regras gramaticais. Na Língua Portuguesa, a abordagem é 
bem didática.
Outra característica é retirar textos geralmente de jornais e de 
poemas e quase sempre são pequenos.
ATENÇÃO!
O conteúdo programático estabelecido em edital é 
sempre respeitado, não ficando quase nunca as-
suntos “de fora” da prova. Daí sugere-se a resolução 
de provas anteriores.
16FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | PORTUGUÊS E AS BANCAS
CESGRANRIO
Segundo Claudia Barbosa, esta fundação é responsável pela 
seleção de candidatos para alguns dos concursos mais dis-
putados no Brasil, como Petrobras, Banco do Brasil, IBGE, BNDES, 
entre outros.
SOBRE AS PROVAS DE GRAMÁTICA DA CESGRANRIO:
# São mais trabalhosas que difíceis e seguem sempre o mes-
mo padrão.
# Estude as provas anteriores, pois é uma excelente maneira 
de se preparar para o exame desta banca.
# As questões de múltipla escolha estão sempre relacionadas 
a um texto e podem cobrar tanto a interpretação de aspectos 
do texto, quanto pontos gramaticais.
# Uma boa estratégia para resolver a prova é fazer uma pri-
meira leitura do texto,sublinhando as informações mais impor-
tantes.
# Não esqueça do título na redação e das referências ao final 
do texto.
# Comece a responder as questões atentamente, voltando 
para o texto que já foi mapeado antes.
MAIS DICAS PARA GRAMÁTICA DA CESGRANRIO:
# As questões da Cesgranrio tendem a ter um enunciado maior 
e demandar mais interpretação, se comparadas com as de-
mais bancas.
# Espere encontrar muitas questões de interpretação, seguida 
de gramática.
# Entre os principais assuntos cobrados estão pontuação, em-
prego das classes de palavras, pronomes, concordância e re-
gência verbal e nominal, crase e emprego de conectores.
# As questões são extensas e testam o nível de atenção do 
candidato.
# No geral, a Cesgranrio tem o costume de repetir muitas ques-
tões, portanto resolva as provas anteriores, acostume-se com 
as palavras usadas pela banca, o estilo, os assuntos envolvi-
dos, etc.
EM RELAÇÃO AOS TEXTOS DA CESGRANRIO...
# Os tipos de texto utilizados pela banca são variados. É pos-
sível se deparar com reportagens jornalísticas, charges, artigos 
de opinião, etc.
# Os temas estão sempre relacionados à atualidade e os tex-
tos geralmente são recentes.
# Quanto mais você estiver atento e em dia com leituras de 
jornais e revistas impressos ou digitais, mais chances vai ter de 
compreender as ideias principais do texto.
# Atenção no enunciado dos exercícios que às vezes tendem 
a confundir intencionalmente o candidato!
ESAF
Segundo a professora Claudia Barbosa, quando falamos sobre 
a Escola de Administração Fazendária (Esaf), os candidatos fi-
cam preocupados, porque a banca tem a fama de elaborar 
provas bem difíceis!
POR QUÊ?
A Esaf tem o hábito de elaborar questões com textos e alterna-
tivas muito extensas, o que pode levar o candidato à exaustão.
Solução: Estude as questões anteriores da banca. A exaustão 
não será mais um problema, já que estará acostumado com a 
metodologia.
Características da Esaf: provas com aproximadamente 48% 
de interpretação. São comuns questões de continuação de 
textos e preenchimento de lacunas nas provas da organiza-
dora.
COMO RESOLVER?
# Para esse tipo de questão, a resposta certa será “a alterna-
tiva que continua o texto” ou “assinale a alternativa que não 
pode ser a conclusão do texto.”
# Estude estrutura do parágrafo, coerência e coesão.
# As questões híbridas (aquelas que envolvem mais de um 
conteúdo em cada alternativa) também aparecem nas provas 
da organizadora.
DICA DA
PROFESSORA
Para não falhar nas questões híbridas da Esaf, não 
deixe de estudar tipos de coesão, emprego de tem-
pos e modos verbais, transposição de voz verbal, 
correlação verbal, conjugação verbal, ortografia, 
acentuação, funções do “se”, regência, crase, pon-
tuação, transformação de oração reduzida para 
desenvolvida e vice-versa, colocação pronominal, 
semântica e concordância.
17FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | PORTUGUÊS E AS BANCAS
FCC
A Fundação Carlos Chagas também é conhecida por se apro-
fundar bastante na questão gramatical. Para a professora Ta-
tiana Rodrigues, o candidato que não conhece e não treina 
os conteúdos morfossintáticos com profundidade não obterá 
êxito nas questões da FCC. 
QUESTÕES CERTAS DA BANCA: 
# A relação do verbo com seu complemento (objeto direto e 
objeto indireto);
# Predicação verbal e vozes verbais (a passagem da voz ativa 
para a passiva, ou da passiva para a ativa, além do reconhe-
cimento sobre em qual voz o verbo se encontra); 
# Pronomes pessoais e pronomes relativos; 
# Semântica de conectivos; 
# Verbos.
CESPE
Essa é uma das bancas mais temidas dos concurseiros. Isso 
porque uma questão errada anula uma certa. O Cebraspe 
(antigo Cespe/UnB) tem um jeito particular de elaborar provas 
de concursos. As questões são organizadas no tipo Certo x Er-
rado que são analisadas individualmente. Um erro faz perder 
ponto dos acertos. 
Boa notícia: segundo a professora Tatiana Rodrigues, o Cespe 
tem se tornado cada vez mais tranquilo na cobrança da Lín-
gua Portuguesa. 
ASSUNTOS RECORRENTES: 
# É a banca que mais cobra questões de Redação Oficial (mui-
tas vezes, de 15 questões de Português, cobra 7 desse tema); 
# Acentuação; 
# Vírgulas nas orações adjetivas; 
# Pronomes relativos; 
# Semântica de conectivos, como em qualquer banca (sobre-
tudo os de oposição).
FGV
Por último, mas não menos importante, a Fundação Getulio Var-
gas costuma empregar dificuldade na análise de suas ques-
tões. 
CARACTERÍSTICAS DA FGV, SEGUNDO A PROFESSORA TATIANA 
RODRIGUES: 
# Fundamentalmente semântica; 
# Adepta a questões que geram ambiguidade. 
FORMAS DE COBRANÇA: 
Questões que envolvam a troca de ordem dos termos, pergun-
tando se essa mudança altera sentidos, além de questões que 
envolvem classificação de orações e orações reduzidas.
TEMA RECORRENTE:
Semântica de conectivos. 
18FOLHA DIRIGIDA
Capítulo 6
COMECE A PRATICAR!
19FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | COMECE A PRATICAR!
Depois de aprender a montar seu plano de estudos em Língua 
Portuguesa, saber quais assuntos são mais cobrados em Gra-
mática para concursos, que tal começar a praticar? 
Neste capítulo você verá dicas exclusivas da professora Aline 
Aurora e exercícios para colocar em prática todos os conheci-
mentos adquiridos. Vamos nessa? 
DICA 1 – PRONOME INDEFINIDO X ADVÉRBIO DE INTENSIDADE
É muito comum confundir a classe gramatical das palavras 
“mais, muito, bastante, pouco”. No entanto, você verá que não 
é tão difícil assim. Vou explicar com uma análise gramatical e 
uma semântica (sentido das palavras). Escolha a que achar 
mais fácil. 
Aspecto gramatical: é necessário saber que o advérbio é uma 
palavra invariável (não flexiona) e liga-se a três classes gra-
maticais (adjetivo, verbo e outro advérbio). Já o pronome, ge-
ralmente, é uma palavra variável (flexiona em gênero e em 
número) e liga-se a um substantivo. 
Aspecto semântico: lembre-se de que o pronome é um quan-
tificador, ou seja, expressa ideia de quantidade, indefinida cla-
ro. Já o advérbio expressa ideia de intensidade.
Observe os exemplos a seguir:
 Comprei muitas flores. (flores = substantivo, logo “muitas” 
= pronome).
 Havia menos pessoas na sala hoje. (pessoas = substan-
tivo, logo “menos” = pronome).
É importante observar que alguns pronomes indefinidos são 
variáveis, como ocorre na frase 1; outros são invariáveis, como 
ocorre na frase 2. Nunca esqueça a semântica. Ela costuma 
ser uma ótima aliada. Veja que, nas frases 1 e 2, os pronomes 
(muitas, menos) indicam ideia de quantidade de flores e pes-
soas. 
Vejamos agora alguns advérbios:
 Pedro estava bastante alegre. (alegre = adjetivo, logo 
“bastante” = advérbio).
 Pedro estuda muito. (canta = verbo, logo “bem” = advér-
bio).
Conseguiu perceber que, nas frases 3 e 4, os advérbios inten-
sificam “para mais” o adjetivo “alegre” e o verbo “estudar”, res-
pectivamente? 
NÃO
ESQUEÇA!
pronome = quantidade / advérbio = intensidade
Agora que você já entendeu, darei uma DICA RÁPIDA para o 
momento de pânico!!! Nas frases a seguir, vamos classificar as 
palavras sublinhadas, ok?
 Ficou bastante tempo na fila.
 Ficou bastante preocupado.
Use o seguinte macete: Substitua o termo sublinhado pela pa-
lavra MUITO e tente passar as frases para o plural ou para o 
feminino. Se a palavra MUITO variar, significa que a palavra 
bastante será pronome indefinido. Caso contrário, será advér-
bio. Observe:
 Ficou MUITAS horas na fila.
 Ficou MUITO preocupada.
PALAVRAS SUBSTITUÍDAS: 
# TEMPO - HORAS.
# PREOCUPADO - PREOCUPADA.
# BASTANTE - MUITO.
Observe que houve concordância entre os termos (muitas ho-
ras). Isso quer dizer que, na primeira frase, BASTANTE é prono-
me indefinido.Já na segunda frase, não houve concordância 
entre os termos (muito preocupada). Isso significa que BASTAN-
TE é advérbio. Espero que tenha entendido.
Agora que tal entender isso numa questão de concurso? Tente 
fazer antes de ler o comentário da questão.
(FGV / IBGE / 2017) No texto 1, há três ocorrências do vocá-
bulo “mais”: (1) “...joga mais luz sobre a origem da vida”; (2) “...
uma das mais importantes publicações científicas” e (3) “...será 
o mais antigo registro de vida na Terra”.
Sobre essas ocorrências, é correto afirmar que em: 
(A) (1) e (2) “mais” tem valor de intensidade;
(B) (1) e (3) “mais” tem valor de quantidade;
(C) (2) e (3) “mais” tem valor de intensidade; 
(D) (2) “mais” tem valor de quantidade indeterminada; 
(E) (3) “mais” tem valor de quantidade determinada.
COMENTÁRIO: questão pede o valor semântico do termo MAIS 
(quantidade ou intensidade). Você nunca pode esquecer que 
pronome indica quantidade indefinida (ou indeterminada, 
como dita na questão) e advérbio indica intensidade. Na frase 
(1), o termo MAIS é pronome, pois está ligado ao substantivo 
LUZ, portanto é quantidade de luz. Já nas frases (2) e (3), a 
palavra MAIS é advérbio, pois está ligada aos adjetivos IM-
PORTANTE e ANTIGO, respectivamente, portanto expressa ideia 
de intensidade. Feita essa análise, você acerta a questão cujo 
gabarito é letra C.
20FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | COMECE A PRATICAR!
DICA 2 - (LOCUÇÃO VERBAL X TEMPO COMPOSTO)
A locução verbal é formada por dois ou mais verbos que se 
unem e desempenham, em uma oração, o valor equivalente 
ao de um único verbo. A locução é composta por VERBO AU-
XILIAR + VERBO PRINCIPAL. O verbo principal sempre estará na 
forma nominal (infinitivo, gerúndio ou particípio).
Exemplos: 
 Ele parece estar feliz. (auxiliar + infinitivo)
 Pedro está estudando agora. (auxiliar + gerúndio)
 Ninguém tinha encontrado o livro certo. (auxiliar + particí-
pio)
Quando a locução verbal é formada pelos verbos auxiliares 
“TER” ou “HAVER” + PARTICÍPIO, temos um tempo composto. Que-
ro dizer que todo TEMPO COMPOSTO é uma locução verbal, 
mas cuidado: nem toda locução verbal é um tempo composto, 
ok?
PARA LEMBRAR:
# TER / HAVER + PARTICÍPIO – Locução verbal de um TEMPO 
COMPOSTO.
# AUXILIAR + INFINITIVO – Apenas locução verbal.
# AUXILIAR + GERÚNDIO – Apenas locução verbal.
CUIDADO!
Verbos que não formam locução verbal: causativos (MANDAR 
/ DEIXAR / FAZER) e sensitivos (VER / OUVIR / SENTIR). Nesses ca-
sos, teremos um período composto:
 O professor deixou entrar o aluno. (o professor deixou 
que entrasse o aluno)
DICA
RÁPIDA
Se os verbos tiverem o mesmo sujeito, será uma lo-
cução verbal. Caso contrário, haverá duas orações. 
Observe que na frase acima, há sujeitos diferentes 
para cada verbo (professor deixou / aluno entrar).
(ALINE / 2017) Assinale a opção em que não há uma locução 
verbal:
(A) O rapaz tinha lido o material errado.
(B) O estudo vai se tornando cada vez mais agradável.
(C) O rapaz deixou de estudar na hora errada.
(D) O funcionário viu chegar o documento.
COMENTÁRIO: Uma forma rápida de resolver essa questão é 
observar se há um sujeito para cada verbo ou procurar verbo 
causativo ou sensitivo. GABARITO: LETRA D
(A) Quem tinha lido o livro errado? O rapaz. (tempo composto 
– locução verbal)
(B) O que vai se tornando mais agradável? O estudo (locução 
verbal)
(C) Quem deixou de estudar? O rapaz – o verbo deixar aqui 
não é causativo (locução verbal)
(D) Quem viu? O funcionário / O que chegou? O documento – 
aqui há um verbo sensitivo (VER)
DICA 3 – (ANEXO x EM ANEXO)
Às vezes bate aquela dúvida na hora de enviar um e-mail. 
Como se referir ao arquivo que irá junto com a mensagem? 
Está anexo ou em anexo? A língua portuguesa admite o uso 
das duas formas. Ambas as expressões estão corretas e re-
presentam a ligação entre dois termos. Agora, é preciso saber 
usar cada uma. Veja os exemplos:
 Segue o documento em anexo.
 Segue o documento anexo.
 Seguem as fotos anexas.
O termo “anexo” é um adjetivo e concorda em gênero e em 
número com o substantivo a que se refere. Já a expressão “em 
anexo” é uma locução adverbial, portanto é INVARIÁVEL.
(FUMARC / PREFEITURA DE BELO HORIZONTE / 2011) Levan-
do em consideração a língua padrão escrita, assinale a frase 
CORRETA:
(A) Em anexo, seguem os documentos oficiais.
(B) Segue anexo a coleta de preços.
(C) As reclamações dos funcionários seguem anexo.
(D) Segue anexa as partituras musicais.
COMENTÁRIO: Toda vez que aparecer a expressão “em anexo”, 
ela deve ficar invariável. Já o termo “anexo” deve sempre con-
cordar com o substantivo a que se refere. RESPOSTA LETRA A. 
Vamos corrigir as alternativas erradas:
(B) Segue ANEXA a coleta;
(C) As reclamações seguem ANEXAS;
(D) SEGUEM ANEXAS as partituras.
21FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | COMECE A PRATICAR!
DICA 4 – ACERCA DE X A CERCA DE X HÁ CERCA DE
E aí... sabe a diferença entre ACERCA DE, A CERCA DE e HÁ CER-
CA DE? É muito simples. Guarde as informações do quadro a 
seguir para não errar mais.
SIGNIFICA EXEMPLOS
A CERCA DE “a respeito de” ou “sobre”:
Estávamos conver-
sando acerca da 
prova.
A CERCA DE ou
CERCA DE
“perto de”, “aproxi-
madamente”,
“próximo de”:
O rapaz foi encon-
trado a cerca de 10 
m do local.
HÁ CERCA DE
(tempo decorrido)
“faz aproximada-
mente” “há aproxi-
madamente”
O curso foi lançado 
há cerca de dois 
anos.
(FGV / PREFEITURA DE CUIABÁ – MT / 2015) “A questão acerca da 
aposentadoria das mulheres...”. 
Assinale a opção que indica a expressão sublinhada que está 
corretamente grafada.
(A) Há cerca de dez dias todos os políticos defendiam a apo-
sentadoria.
(B) As mulheres trabalham acerca de cinco anos menos que 
os homens.
(C) A discussão na Câmara era a cerca da lei de aposenta-
doria.
(D) Nada se discutiu a cerca da nova lei.
(E) Estamos acerca de dez dias do final do ano
COMENTÁRIO: Para resolver essa questão, bastar substituir a 
expressão destacada por outra equivalente, como: acerca 
de = sobre; a cerca de = aproximadamente; Há cerca de = 
há aproximadamente. A letra A está correta, pois temos ideia 
de tempo decorrido e pode ser substituído por “há aproxima-
damente”. Na letra B, deveria ser A CERCA DE (= aproximada-
mente); na letra C, deveria ser ACERCA DE (= sobre); na letra D, 
deveria ser ACERCA DE (= sobre); na letra E, deveria ser A CERCA 
DE (= aproximadamente). GABARITO – LETRA A
DICA 5 – USO DOS PORQUÊS
Muita gente se pergunta se é para usar “porque” (junto) ou “por 
que” (separado). Então, vamos aprender para não esquecer 
mais, ok?
# PORQUE – É uma conjunção; equivale a “POIS”. 
# PORQUÊ – É um substantivo; vem precedido de artigo (equi-
vale a “O MOTIVO”).
# POR QUE – Pode ser um pronome interrogativo (aparece em 
perguntas diretas ou indiretas); equivale a POR QUE RAZÃO.
Pode ser um pronome relativo preposicionado; equivale a 
“PELO QUAL” ou “PELA QUAL”.
# POR QUÊ – É um pronome interrogativo, aparece no final de 
frase ou antes de alguma pontuação.
EXEMPLOS
PORQUE = POIS Aprendeu porque estudou.
PORQUÊ = O MOTIVO
Não sabemos o porquê do 
barulho.
Não sabemos o motivo do 
barulho.
POR QUE
= POR QUE RAZÃO
= PELO QUAL / PELA 
QUAL
Por que (razão) não veio?
Não conheço a rua por que 
passei. (pela qual passei)
POR QUÊ
= POR QUE RAZÃO 
(antes de pontua-
ção)
Não veio por quê?
Agora tente fazer a questão antes de ler o comentário.
(CONSULPLAN / TJ-MG / 2017) Estabeleça a associação correta 
entre a 1ª coluna e a 2ª considerando o emprego do por que 
/ porque.
(1) “Muitas pessoas se perguntam por que há tão poucas mu-
lheres [...]. ” (2º§)
(2) “Misoginia é o ódio contra as mulheres apenas porque são 
mulheres. ” (4º§)
( ) Faltei_____________ você estava doente.
( ) Todos sabem _____________ não poderei estar presente.
( ) Não se sabe ____________realizou tal procedimento.
( ) Este ponto de vista é _________não há manifestação de 
outro pensamento.
A sequência está correta em: 
(A) 1, 1, 1, 2
(B) 1, 2, 1, 2
(C) 2, 1, 1, 2 
(D) 2, 2, 2, 1
COMENTÁRIO: Na coluna (1), temos um pronome interrogativo 
numa pergunta indireta. Observe que conseguimos colocar a 
palavra RAZÃO depois do pronome; na coluna (2), é uma con-
junção, que equivale a “pois”. As lacunas devem ser preenchi-
das da seguinte forma:
( ) Faltei PORQUE você estava doente. (= POIS)
( ) Todos sabem POR QUE não poderei estar presente. (= POR 
QUE RAZÃO)
( ) Não se sabe POR QUE realizou tal procedimento. (= POR QUE 
RAZÃO)
( ) Este ponto de vista é PORQUE não há manifestação de ou-
tro pensamento. (= POIS – aqui a substituição por “pois” ficaria 
estranha, mas é fácil perceber a ideia explicativa).
GABARITO: LETRA C
22FOLHA DIRIGIDA
COMO ESTUDAR PORTUGUÊS PARA CONCURSOS | COMECE A PRATICAR!
DICA 6 – PALAVRA SE (PIS ou PA)
Questões sobre a palavra SE são recorrentes em concurso. Va-
mos saber a diferença entre PIS (partícula de indeterminação 
do sujeito) e PA (partícula apassivadora). 
# A palavra SE será PIS quando ligada a verbo transitivo indi-
reto (VTI), verbo transitivo direto + objeto direto preposicionado 
(VTD + OD prep.), verbo intransitivo (VI) e verbo de ligação (VL). 
# A palavra SE será PA quando ligada a verbo transitivo direto 
(VTD) e verbo transitivo direto e indireto (VTDI). 
Saber essa diferença é importante para você resolver questões 
de vários itens do edital, como: voz verbal, concordância e ti-
pos de sujeito. Por essa razão, tente guardar no coração todas 
as informações do quadro a seguir:
“PIS” “PA”
TRANSITIVIDADE 
VERBAL
VTI = Precisa-se de 
dinheiro.
VTD + OD prep. = 
Comeu-se do bolo.
VI = Vive-se bem 
aqui.
VL = Era-se feliz.
VTD = Leu-se o 
livro.
VTDI = Deu-se o 
recado a Pedro.
VOZ VERBAL Voz ativa Voz passiva sinté-tica
TIPO DE SUJEITO Sujeito indetermi-nado
Sujeito simples ou 
composto
CONCORDÂNCIA Verbo SEMPRE no singular
Verbo concorda 
com o sujeito
Para ter certeza de que se trata de uma partícula apassiva-
dora (PA), passe a frase para a voz passiva analítica. Exemplo: 
Leu-se o livro = O livro foi lido. Observe que a palavra “livro” é 
o sujeito do verbo ler. Se o sujeito estiver no plural, o verbo irá 
também para o plural. Observe: Leram-se os livros = Os livros 
foram lidos. Vamos ver como esse assunto pode ser cobrado 
em concurso.
(VUNESP / TJ-SP / 2017) Leia o texto para responder à ques-
tão.
Confirmando-se a análise do Centro de Previsão do Tempo 
e Estudos Climáticos, a maior parte do Nordeste brasileiro en-
frentará mais três meses de chuvas abaixo do normal, de abril 
a junho, prolongando uma seca que já dura cinco anos. (Folha 
de S.Paulo, 03.04.2017)
Na oração “Confirmando-se a análise do Centro de Previsão 
do Tempo e Estudos Climáticos...”, a palavra “se” tem o mesmo 
emprego que se verifica em: 
(A) Se houve restrições ao seu projeto, é porque precisa de 
melhorias.
(B) Vivia-se muito bem por aqui, antes da invasão dos turistas.
(C) Precisa-se de técnico em informática, com referências atu-
alizadas.
(D) Observa-se a fascinação das pessoas pelos recursos tec-
nológicos.
(E) Os jovens amaram-se de imediato, quando se conhece-
ram nas férias de verão.
COMENTÁRIO: Primeiro passo é fazer a análise da palavra SE 
presente no enunciado. Observe que o verbo “confirmando” é 
transitivo direto, portanto temos uma partícula apassivadora 
(PA), pois é possível passar para voz passiva analítica: “Confir-
mando-se a análise” = “a análise SENDO CONFIRMADA”. Agora 
é só procurar um verbo transitivo direto + PA. Gabarito: letra D 
(Observa-se a fascinação = a fascinação é observada). Na le-
tra A, a palavra SE é conjunção; nas letras B e C, é PIS (partícula 
de indeterminação do sujeito); na letra E, pronome recíproco, 
pois indica reciprocidade.
DICA 7 – PALAVRA QUE (PRONOME RELATIVO X CONJUÇÃO IN-
TEGRANTE)
Vamos a uma dica rápida para saber a diferença entre pro-
nome relativo (QUE) e conjunção integrante (QUE) a partir dos 
exemplos a seguir: 
 Já li o livro que me deu. (Já li o livro O QUAL me deu)
 Quero que leia aquele livro. (Quero ISSO)
Na frase (1), a palavra QUE é um pronome relativo, pois se re-
fere a livro e pode ser substituído pelo pronome O QUAL. Na 
frase (2), a palavra QUE é uma conjunção integrante, pois a 
oração “que leia aquele livro” pode ser substituída pelo prono-
me ISSO e completa o sentido do verbo QUERER.
INFORMAÇÕES IMPORTANTES
PRONOME RELATIVO CONJUNÇÃO INTEGRANTE
Refere-se a um antecedente. Não se refere a um termo antecedente.
Inicia uma oração adjetiva. Integra uma oração substan-tiva.
Equivale a O QUAL / A QUAL. A oração equivale a ISSO.
Nunca aparece depois de 
verbo.
Pode aparecer depois de 
verbo.
Vamos a uma questão de concurso. Tente fazer antes de ler o 
comentário, ok?
(CESGRANRIO / FINEP / 2011) A palavra em destaque na frase:
“As coisas novas que aprendo exercitam o cérebro.” tem a 
mesma classe da palavra destacada em:
(A) “[...] um sintoma de que eu me tornaria” (L. 7-8)
(B) “[...] um teste vocacional que, para minha imensa surpresa, 
deu arquitetura (L. 23-25)
(C) “Tenho a comunicar que – aos 58 anos – comecei a ter 
aulas de piano” (L. 32-33)
(D) “Dizem que, quando chegamos a uma certa idade, é bom 
aprendermos” (L. 40-41)
(E) “Acho que nunca vou conseguir fazer piruetas patinando, 
[...]” (L. 45-46)
COMENTÁRIO: Nesse tipo de questão, é muito comum a banca 
colocar pronome relativo e conjunção integrante nas alterna-
tivas. O primeiro passo é analisar a classe da palavra QUE do 
enunciado. Vejamos: a palavra QUE pode ser substituída por 
AS QUAIS (as coisas novas AS QUAIS aprendo...), logo só pode 
ser pronome relativo. Comece, então, eliminando todas as pa-
lavras QUE as quais vierem depois de verbo (lembre-se: PRO-
NOME RELATIVO NUNCA VEM DEPOIS DE VERBO). Assim, já elimi-
namos as alternativas C, D e E. Viu como ficou fácil? Na letra A, 
temos uma conjunção integrante, pois podemos substituir pelo 
pronome ISSO (um sintoma DISSO); na letra B, substituímos por 
O QUAL (um teste vocacional O QUAL ... deu arquitetura).
GABARITO: LETRA B.
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DICA 8 – ADJUNTO ADNOMINAL X COMPLEMENTO NOMINAL
Para diferenciar o adjunto adnominal do complemento nomi-
nal, é preciso reconhecer a que termo se relaciona. 
# Será Adjunto Adnominal (AA) se o elemento se relacionar 
com substantivo (concreto ou abstrato).
 Os livros de Pedro são raros. (livros = substantivo concre-
to)
# Será Complemento Nominal (CN) se o elemento se relacio-
nar com adjetivo, advérbio ou substantivo (só abstrato).
 Tenho medo de escuro. (medo = substantivo abstrato)
 Pedro é fiel aos seus valores. (fiel = adjetivo)
 Pedro votou favoravelmente a seu amigo. (favoravel-
mente = advérbio) 
Mas só isso não basta. Quando o termo é preposicionado e se 
liga a um substantivo abstrato, a confusão começa: será ad-
junto ou complemento? Você verá que não é tão complicado 
assim.
AA AGENTE
CN PACIENTE
 O amor dos pais é fundamental. (os pais amam – AA)
 O amor aos pais é fundamental. (os pais são amados – 
CN)
Observe que os termos “aos pais” e “dos pais” se ligam ao 
substantivo abstrato AMOR. Pensando que o substantivo abs-
trato expressa, em sua maioria, ideia de ação, pois vem de um 
verbo (AMOR vem de AMAR), basta observar se o termo pre-
posicionado pratica ou sofre a ação. Na primeira frase, os pais 
amam, então temos AA; já na segunda, os pais são amados, 
logo CN.
Guarde no coração a seguinte tabela:
ADJUNTO NOMINAL COMPLEMENTONOMINAL
Pode ou não ter preposição DEVE ter preposição(obrigatória)
Pode indicar posse Não indica posse
Tem valor de agente
(pratica a ação)
Tem valor de paciente
(sofre a ação)
Liga-se a um:
substantivo concreto
substantivo abstrato
Liga-se a um: 
substantivo (somente
abstrato)
adjetivo
advérbio
DICA
RÁPIDA
O adjunto adnominal apresenta valor de agente 
(pratica a ação expressa pelo substantivo a que se 
refere). O complemento apresenta valor de pacien-
te (sofre a ação expressa pelo substantivo a que se 
refere). 
Vamos ver como a banca FGV cobrou esse conteúdo.
(FGV / PREFEITURA DE NITERÓI / 2015) Considerando os seguin-
tes segmentos do texto 1: “redução da maioridade penal” e 
“inclusão de jovens”, a afirmação correta sobre o papel dos 
termos sublinhados é:
(A) os dois termos exercem a função de adjuntos adnominais;
(B) apenas o primeiro termo exerce a função de adjunto;
(C) apenas o segundo termo exerce a função de adjunto;
(D) os dois termos exercem a função de complementos nomi-
nais;
(E) apenas o primeiro termo exerce a função de complemento.
COMENTÁRIO: Os termos sublinhados estão ligados a um subs-
tantivo abstrato, então a dica é identificar se eles apresentam 
valor de agente ou paciente. Os dois termos apresentam valor 
de paciente (a maioridade penal é reduzida / os jovens são 
incluídos), então ambos são complementos nominais.
RESPOSTA: LETRA D.
DICA 9 - PRONOME LHE: OBJETO INDIRETO OU ADJUNTO AD-
NOMINAL
Você sabia que o pronome oblíquo LHE nem sempre é objeto 
indireto (OI)? Pois é!!! Vamos saber essa diferença agora. Ob-
serve:
LHE – Objeto Indireto (OI): 
# Completa o sentido de um verbo transitivo indireto (VTI).
# Pode ser substituído por A ELE / A ELA.
LHE – Adjunto Adnominal (AA): 
# Apresenta ideia de posse. 
# Pode ser substituído por SEU, SUA, DELE, DELA.
Agora fica fácil saber a função sintática do pronome “lhe”.
 Deram-lhe um presente lindo. (Deram A ELE = OI)
 Pegaram-lhe os documentos. (Pegaram os documentos 
DELE = AA)
Vamos a uma questão!
(ESPP / COBRA / 2013) Considere o período abaixo.
Era a ideia que lhe fervia na cabeça.
A função sintática do termo destacado é:
(A) adjunto adnominal
(B) adjunto adverbial
(C) objeto direto
(D) objeto indireto
COMENTÁRIO: O pronome LHE apresenta ideia de posse e 
pode ser substituído por DELE ou DELA. Vejamos: Era a ideia que 
fervia na cabeça DELE. Por essa razão, apresenta a função de 
adjunto adnominal. RESPOSTA: LETRA A.
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DICA 10 - CRASE FACULTATIVA
Observe como é fácil fazer questão de crase facultativa.
(IBFC / SEAP-DF / 2013) Indique a alternativa em que o sinal da 
crase é facultativo:
(A) O paciente foi socorrido às pressas
(B) Hoje cedo, Sofia voltou à casa da mãe.
(C) Morte de bebês leva à punição de médico.
(D) Esse assunto se refere à sua casa.
COMENTÁRIO: Se cair no concurso questão de crase faculta-
tiva, basta procurar na frase as seguintes palavras: nome de 
mulher, ATÉ, MINHA, TUA, SUA, NOSSA. Ficou fácil, viu? GABARITO: 
LETRA D, pois apareceu o pronome possessivo SUA. Nas de-
mais alternativas, todas as crases são obrigatórias: letra A) nas 
locuções femininas; letra B) a palavra casa está definida; letra 
C) antes de palavra feminina.
DICA 11 - CONCORDÂNCIA - FALTA X FALTAM
Qual seria a frase correta?
 Falta algumas páginas para ler.
 Faltam algumas páginas para ler.
Cuidado com os verbos FALTAR, BASTAR, RESTAR, ACONTECER e 
SOBRAR. Em geral, eles aparecem antes do sujeito, causando 
confusão na hora de concordar, pois muitos pensam que o 
termo seguinte é objeto direto. No entanto, esses verbos são 
INTRANSITIVOS, logo não pedem objeto, ok? Então, você precisa 
localizar o sujeito para fazer a concordância. Observe
# FALTAM algumas páginas para ler. 
# ACONTECERAM vários PROBLEMAS ontem na festa.
# RESTAM mais itens para estudar.
SEMPRE
LEMBRAR
A crase será facultativa apenas em 3 casos:
# Antes de nome de mulher - Entreguei o livro à Va-
lentina. / Entreguei o livro a Valentina
# Depois da preposição ATÉ - Fui até à padaria. / Fui 
até a padaria
# Antes de pronome possessivo feminino - Assistiu 
à minha aula. / Assistiu a minha aula
COMENTÁRIO: Nessa questão, a banca resolveu cobrar 2 as-
suntos: diferença entre MAS X MAIS e concordância com verbo 
FALTAR. Vamos por parte: MAS (= porém) e MAIS (contrário de 
MENOS). O verbo FALTAR é intransitivo, portanto devemos pro-
curar o sujeito, que é a palavra “ideias”. Agora já podemos re-
solver a questão. Observe que há uma relação de oposição 
entre as orações, e o verbo FALTAR deve concordar com o su-
jeito “ideias”, portanto o correto é “Marcos é esforçado, mas fal-
tam-lhe ideias”. GABARITO: LETRA B
DICA 12 – SUJEITO PARTITIVO (A MAIORIA, PARTE DE, GRANDE 
PARTE...)
 A maioria dos alunos ESTUDA ou ESTUDAM?
Já se fez essa pergunta? É comum ficar na dúvida, mas nesse 
caso não fique mais, pois as duas formas estão corretas. Va-
mos entender o motivo. 
A regra é a seguinte: quando houver sujeito partitivo + es-
pecificador, o verbo pode concordar com o núcleo do sujeito 
(ideia partitiva) ou com o especificador. 
 A maioria dos alunos ESTUDA.
 A maioria dos alunos ESTUDAM.
CUIDADO!!! VERBO FICA NO EXEMPLO
Sujeito Partitivo + 
Especificador no 
plural
SINGULAR ou
PLURAL
A maioria dos alu-
nos estuda.
A maioria dos alu-
nos estudam.
Sujeito Partitivo + 
Especificador no 
singular
SINGULAR A maioria da po-pulação vota.
Sujeito partitivo 
sem especificador SINGULAR A maioria estuda.
Vejamos como isso pode ser cobrado em concurso público:
(AOCP / UFPEL / 2015) Em “A maioria dos outros experimentou 
o primeiro cigarro antes dos 26”, o verbo em destaque:
(A) deveria estar no plural para concordar com o sujeito “ou-
tros”.
(B) está no plural por concordar com “outros”.
(C) deveria estar no singular para concordar com “maioria”, 
mas não está.
(D) está no singular por concordar com “maioria”.
(E) está conjugado no tempo presente do indicativo.
COMENTÁRIO: Se aparecer sujeito partitivo + especificador, lem-
bre-se de que o verbo PODE concordar com o termo MAIORIA 
ou com o especificador “DOS OUTROS”. GABARITO – LETRA D. 
Vamos analisar as alternativas:
A) “outros” não é o sujeito, mas sim o especificador. O verbo 
poderia concordar com ele.
B) o verbo não está no plural.
C) o verbo está no singular.
D) está no pretérito perfeito.
em caso de sujeito oracional, o verbo ficará sem-
pre no singular. Exemplos: FALTA ler algumas páginas 
(sujeito = ler). Na ordem direta temos: ler algumas 
páginas FALTA.
ATENÇÃO
Agora uma questão para ver se entendeu!
(ZAMBINI / MPE-SP / 2016) Marcos é esforçado, _______ ide-
ais. Assinale a alternativa que completa esse enunciado de 
acordo com a norma culta.
(A) mais falta-lhe
(B) mas faltam-lhe
(C) mais faltam-lhe
(D) mas falta-lhe
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DICA 13 – RELAÇAO DE CAUSA E EFEITO
Questão sobre Causa e Efeito costuma ser o terror dos con-
curseiros. Vamos tentar entender, então? Existem diversos me-
canismos responsáveis pela relação de causa e efeito dentro 
de um texto. É importante, então, conhecer alguns desses me-
canismos e ler o texto com muita atenção. Vamos conhecer 
algumas palavras que serão suas melhores amigas de agora 
em diante, ok? 
# Verbos causais: implicar, causar, provocar, acarretar, gerar, 
ocasionar, originar, resultar em (de) etc.
# Verbos causativos: mandar, deixar, fazer.
# Algumas preposições: com, de, por.
# Algumas locuções prepositivas: devido a, graças a, em vir-
tude de, em razão de, por causa de, em decorrência de, etc.
# Conjunções causais: porque, pois, uma vez que, já que, como, 
porquanto.
# Conjunções consecutivas(consequência): que (quando as-
sociada com tão, tanto, tamanho), de modo que, de maneira 
que.
# Conjunções conclusivas (elas expressam ideia de conse-
quência também): logo, portanto, por isso, por conseguinte.
Agora se você tem dificuldade em decorar, o caminho é a se-
mântica. Para identificar a relação de causa e efeito, é impor-
tante perceber que haverá dois acontecimentos ligados en-
tre si. Exemplo: “Choveu” (acontecimento 1) e “rio transbordou” 
(acontecimento 2). A causa sempre será o acontecimento que 
provocará o outro acontecimento. Podemos perceber que o 
acontecimento 1 (chover) provocou o acontecimento 2 (trans-
bordar). Isso indica que a chuva é a causa do transbordamen-
to do rio. Agora vou juntar os acontecimentos usando algumas 
das palavras da lista acima:
 Devido à forte chuva, o rio transbordou. (causa / efeito)
 Por ter chovido muito, o rio transbordou. (causa / efeito)
 O rio transbordou porque choveu ontem. (efeito / causa)
Vamos ver como esse assunto é cobrado pela banca Funda-
ção Carlos Chagas (FCC).
(FCC / TRT - MG / 2015) TRECHO DO TEXTO: Quando me per-
gunto o que deverá desaparecer nos próximos anos, por con-
ta dos avanços tecnológicos que mudam ou suprimem hábitos 
e valores tradicionais, incluo os álbuns de fotografias. [...]
O autor estabelece uma relação de causa e efeito entre
(A) a nova tecnologia aplicada ao arquivamento de imagens 
e o crescente desinteresse pela revelação de fotos e por sua 
conservação em álbuns próprios.
(B) o preço que se deve pagar pelo desapego à memória e o 
hábito, arraigado entre nós, de conservarem álbuns as velhas 
fotografias de família.
(C) o desprestígio que vêm atingindo as lembranças do pas-
sado recente e a revalorização das lembranças registradas 
num tempo mais remoto.
(D) o desprestígio por que momentaneamente passamos ál-
buns de fotografias e o mau gosto das capas que passaram 
a ostentar.
(E) a perda da memória familiar, entre os que se iludem com o 
avanço tecnológico, e a possibilidade da restauração de hábi-
tos outrora prestigiados.
COMENTÁRIO: A banca FCC costuma cobrar relação de cau-
sa e efeito, portanto é importante que você já procure essa 
relação na sua primeira leitura. Cada vez que você identificar 
uma causa e efeito, procure marcar no texto. Dessa forma, na 
hora de fazer uma questão desse tipo, você vai procurar a fra-
se que já foi marcada no texto da prova. Aí, você deve estar 
pensando: - professora, como achar causa e efeito no texto? 
Bem... como já disse, algumas palavras estabelecem essa rela-
ção (conjunções, preposições, locuções, verbos...). Ao ler o texto 
da prova, você vai observar que o autor usou a preposição 
POR, como destaquei no trecho acima. Maldade no coração 
nessa hora! Em geral, essa preposição indica “por causa de”, 
como podemos notar no segmento “por conta dos avanços 
tecnológicos” (por causa dos avanços tecnológicos). Identifica-
da essa ideia, você deve marcar esse segmento e procurá-lo 
nas alternativas, como ocorre na LETRA A.
GABARITO: LETRA A - a nova tecnologia aplicada ao arquiva-
mento de imagens (CAUSA) e o crescente desinteresse pela re-
velação de fotos e por sua conservação em álbuns próprios 
(EFEITO). (por conta dos avanços tecnológicos, o desinteresse 
pelas fotografias reveladas ocorrerá).
LETRA (B) O preço que se paga pelo desapego (último parágra-
fo) não é a causa do hábito de conservar álbuns. Lembre-se 
de que causa é um acontecimento que provoca outro, o efeito.
LETRA (C) o desprestígio [...] NÃO PROVOCA a revalorização das 
lembranças registradas.
LETRA D) o desprestígio por que momentaneamente passamos 
álbuns de fotografias NÃO É CAUSA do mau gosto das capas 
que passaram a ostentar.
LETRA (E) a perda da memória familiar [...] NÃO É CAUSA da pos-
sibilidade da restauração de hábitos outrora prestigiados.
DICA 14 – TIPOLOGIA TEXTUAL
Já leu um texto e ficou na dúvida se é argumentativo ou expo-
sitivo? Sabe o que é um texto injuntivo? E a diferença entre nar-
ração e descrição? Vamos aprender a tipologia textual agora. 
Preparado (a)?
Tipologia é o modo de organização do texto. É necessário co-
nhecer as características de cada texto para identificar sua 
tipologia (argumentação, exposição, narração, descrição e in-
junção). Como o objetivo aqui é dar uma dica rápida, farei um 
quadro para facilitar. É muito importante que se estude esse 
tópico com muita calma.
Narrativo Descritivo Injuntivo
O que é?
Uma história;
Um relato de 
acontecimentos
Um retrato ver-
bal;
Uma ilustração 
com palavras
Uma instru-
ção;
Orientação
Caracte-
rísticas
Ideia cronoló-
gica (ação das 
personagens);
Verbos no pre-
térito perfeito e 
advérbios
Sem ação das 
personagens;
Texto estático;
Verbos no pre-
sente ou preté-
rito imperfeito.
Verbos no 
imperativo
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Argumentativo Expositivo
O que é?
Defesa de um ponto de 
vista (tese).
O autor argumenta.
Apresentação de 
uma ideia.
O autor expõe, 
informa.
Característi-
cas
Argumentos 
(causa/efeito, compara-
ção, etc.)
Modalizadores 
(palavras que expres-
sam juízo de valor)
Polifonia
(citação, dados 
estatísticos)
Que tal ver se acerta a próxima questão?
(FUJB / MPE-RJ / 2011) O dia 12 de junho é reservado ao com-
bate ao Trabalho Infantil. A data, designada pela Organização 
Internacional do Trabalho (OIT), em 2002, e endossada pela 
legislação nacional, Lei n. 11.542, em 2007, visa chamar a aten-
ção das diferentes sociedades para a existência do trabalho 
infantil, sensibilizando todos os povos para a necessidade do 
cumprimento das normas internacionais sobre o tema, em es-
pecial as Convenções da OIT 188, de 1973, e 182, de 1999, que 
tratam, respectivamente, da idade mínima para o trabalho e 
as piores formas de trabalho infantil.
(Trabalho infantil, Marcelo Uchôa)
O texto 1 já permite sua inserção entre os textos de tipo:
(A) narrativo;
(B) descritivo;
(C) dissertativo expositivo;
(D) dissertativo argumentativo;
(E) injuntivo.
COMENTÁRIO: Para acertar uma questão de tipologia, é impor-
tante identificar o objetivo e as características do texto. Veja-
mos: não é uma história, então não pode ser a letra A; Não 
apresenta uma imagem ou ilustração, então não é descritivo, 
como indica a letra B; o autor não defende um ponto de vista, 
não expressa juízo de valor, não pode ser a letra D; não é uma 
instrução com verbos no imperativo, logo não pode ser a letra 
E; o autor do texto apenas informa sobre o dia do combate 
ao Trabalho Infantil sem expressar juízo de valor. Além disso, há 
predominância de polifonia, como a citação da Lei n. 11.542 e 
das Convenções da OIT 188. GABARITO: LETRA C.
DICA 15 – REDAÇÃO OFICIAL
Por último resolvi deixar uma dica sobre Redação Oficial. Afi-
nal, esse item tem sido cada vez mais frequente nos editais. É 
claro que há várias regras no Manual de Redação Oficial da 
Presidência da República, por isso é importante ter uma cópia 
desse manual para estudar. Você encontra-o disponível no site 
do Planalto.
As demais autoridades serão tratadas com o vocativo SE-
NHOR, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador, Senhor 
Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador...
Vamos à nossa última questão!
(CESPE / TCE-PA / 2016)
O vocativo “Excelentíssimo Senhor”, seguido do car-
go respectivo, SÓ PODE SER EMPREGADO em comu-
nicações dirigidas aos 3 Chefes de Poder (Executi-
vo, Legislativo, Judiciário).
DICA
RÁPIDA
Excelentíssimo Senhor Presidente da República.
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional.
Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.
A respeito da correspondência oficial hipotética apresentada, 
julgue o item a seguir com base no que dispõe o Manual de 
Redação da Presidência da República(MRPR).
O vocativo foi inadequadamente empregado no texto, deven-
do ser substituído por Excelentíssimo Senhor. 
( ) CERTO ( ) ERRADO
COMENTÁRIO: O item está ERRADO, pois só se deve usar “Exce-
lentíssimo Senhor” para os 3 Chefes de Poder. Na correspon-
dência hipotética apresentada, o vocativo está correto, pois o 
destinatário é um deputado.
Agora que você já praticou bastante, calma que ainda tem 
muito mais. A professora Claudia Barbosa orienta com exem-
plos de questões muito recorrentes e que exigem muita aten-
ção dos candidatos. Segundo a especialista, essas são ques-
tões que os candidatos devem ter atenção redobrada.
01. (Consulplan) Na frase “Proteção, sim; violação de privaci-
dade, não”, há uma indicação de:
a) ideia de concessão.
b) motivo e finalidade.
c) oposição de ideias.
d) causa e consequência.
e) ideias que se completam.
Comentário da professora: Essa questão foi retirada de uma 
prova com texto argumentativo e com tese explicitada logo no 
primeiro período: “Proteção, sim; violação de privacidade, não”. 
O autor deixa claro que a proteção é importante, mas sem 
exageros. Notem que “proteção” é exatamente o contrário de 
“violação de privacidade”, por isso podemos dizer que a frase 
marca uma ideia de oposição de ideias, tanto que podería-
mos reescrevê-la utilizando uma conjunção adversativa: prote-
ção sim, mas sem violação de privacidade. GABARITO: C
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02. (Consulplan) Assinale o elemento de coesão textual desta-
cado que tem o seu referente corretamente identificado.
a) “Esse é o desejo dos consumidores...” – Proteção, sim; viola-
ção de privacidade, não
b) “E esse é o mote...” – Internet
c) “Por óbvio, essa premissa é válida...” – defesa dos direitos
d) “... e praticam seus atos cotidianos...” – direitos
e) “... é inverter essa lógica.” – validade da Internet
Comentário: um clássico dos concursos! Veja que o elemento 
importantíssimo de coesão textual é o pronome. Ele deve estar 
em perfeita harmonia com seu antecedente, fazendo a remis-
são de maneira adequada. Para encontrarmos a resposta cor-
reta, vamos analisar cada alternativa: 
a) “Esse é o desejo dos consumidores...” – Proteção, sim; viola-
ção de privacidade, não.
CORRETA, veja: “Proteção, sim; violação de privacidade, não. 
Esse é o desejo dos consumidores brasileiros...”
b) “E esse é o mote...” – Internet ERRADO, veja que o “esse” refe-
re-se a “Proteção, sim; violação de privacidade, não” “Proteção, 
sim; violação de privacidade, não. Esse é o desejo dos consu-
midores brasileiros que navegam na Internet. E esse é o mote 
– mais que o mote, o alerta...”
c) “Por óbvio, essa premissa é válida...” – defesa dos direitos 
ERRADA. O pronome “essa” refere-se, na verdade, à presunção 
de que todos são legítimos de direitos e praticam seus hábitos 
cotidianos pautados na legitimidade, na confiança e no res-
peito.
d) “... e praticam seus atos cotidianos...” – direitos ERRADA. O 
pronome “seus” refere-se aos atos cotidianos de todos.
e) “... é inverter essa lógica.” – validade da Internet ERRADA. O 
termo “essa lógica” refere-se à lógica de se pressupor que to-
dos são legítimos de direitos e praticam seus hábitos cotidia-
nos pautados na legitimidade, na confiança e no respeito.
GABARITO: A
QUESTÕES DA PROFESSORA MÔNICA MASSAD
TEXTO: UM BASTA À HIPOCRISIA
Rodrigo Constantino 
Os fatos não deixam de existir pelo simples fato de serem ig-
norados. Aldous Huxley Infelizmente, a hipocrisia abunda no 
mundo, principalmente nas elites. Em troca do status de um no-
bre homem, pessoas vendem a alma ao diabo, traindo escan-
caradamente sua própria consciência e bom senso. A cretinice 
assume grau espantoso nos debates, e qualquer um que es-
teja mais preocupado com a verdade que com as aparências 
de suas intenções perde a paciência ao notar que está dando 
murro em ponta de faca. O interesse dessa elite pérfida não é 
a busca sincera pela verdade e resultados; mas, sim, o confor-
to psíquico de apresentar ser bem intencionado. O mensageiro 
que traz a notícia, que destaca os fatos verdadeiros, que de-
monstra o absurdo das teorias românticas, esse é o culpado, 
um insensível, egoísta. A hipocrisia, aliada à ignorância de mui-
tos, acaba vencendo a lógica e a verdade. A necessidade da 
mente humana de acreditar em explicações simplistas, culpar 
fatores exógenos e bodes expiatórios, e buscar conforto mes-
mo que na mentira alimenta bastante essa hipocrisia. Esse tex-
to é um apelo para darmos um basta a isso.
São tantos exemplos de debates hipócritas que mal sei por 
onde começar. Talvez o caso recente de cotas em universi-
dades seja interessante. Com a constatação da existência de 
muitos negros miseráveis no país, logo surgem as soluções mi-
lagrosas, que encobrem atrás de uma nobre embalagem um 
objetivo populista eleitoreiro, que trará resultados catastróficos. 
Debater com seriedade o tema poucos querem, pois envolve 
estudo, a clara culpabilidade do próprio governo, maior cau-
sador da miséria que vivemos, e medidas que depositam nos 
próprios indivíduos parte da solução. Mais fácil confundirem 
correlação com causalidade, e apontarem o racismo como 
culpado pela situação dos negros. E assim partimos para a 
solução hipócrita das cotas, que representam discriminação, 
injustiça e abuso de poder do governo. Os membros da elite fi-
cam satisfeitos com a aparência de que tal medida representa 
um ato de justiça. Hipocrisia pura!
1. O segundo período do texto, em sua relação argumentativa 
com o primeiro, estabelece: 
a) Uma exemplificação da hipocrisia referida;
b) Um esclarecimento sobre o que foi dito anteriormente;
c) Uma explicação metalinguística do que seja hipocrisia;
d) Uma razão da existência da hipocrisia como fenômeno so-
cial; 
e) Uma retificação de algo que pode gerar ambiguidade de 
sentido
Comentário da professora: Esta é uma questão de relação ló-
gica textual e mostra de forma explícita que o parágrafo trata 
de relação entre causa e consequência, sendo a razão da hi-
pocrisia um problema social. Isto pode ser verificado no trecho 
do parágrafo “Debater com seriedade o tema poucos querem, 
pois envolve estudo, a clara culpabilidade do próprio governo, 
maior causador da miséria que vivemos, e medidas que depo-
sitam nos próprios indivíduos parte da solução. Mais fácil con-
fundirem correlação com causalidade, e apontarem o racismo 
como culpado pela situação dos negros. E assim partimos para 
a solução hipócrita das cotas, que representam discriminação, 
injustiça e abuso de poder do governo. Os membros da elite fi-
cam satisfeitos com a aparência de que tal medida representa 
um ato de justiça. Hipocrisia pura!” Gabarito: D.
2. A expressão “dar murro em ponta de faca” se refere a uma 
ação:
a) De que não se pode prever os resultados;
b) Cujos resultados são medíocres;
c) Que é contrária ao bom senso; 
d) Cuja utilidade é demonstrar dedicação intensa.
Comentário da professora: A expressão em si deixa a ideia 
implícita que de que não adianta lutar contra o que não tem 
jeito. Qualquer ação contrária não mudará o resultado.
Gabarito: C.
28FOLHA DIRIGIDA
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3. “alimenta bastante essa hipocrisia”; a frase em que a forma 
bastante está empregada ERRADAMENTE é:
a) Os atos hipócritas são bastante incômodos para os since-
ros; 
b) A necessidade de encontrar culpados traz bastante sofri-
mentos psíquicos;
c) Os hipócritas aparecem bastante nos debates públicos; 
d) São bastante problemáticos os encontros de políticos em 
campanha; 
e) Os políticos bastante experientes trazem a hipocrisia no 
sangue
Comentário da professora: Trata-se de uma questão de con-
cordância nominal e “bastante” ao modificar o substantivo “so-
frimentos” deveria concordar com

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