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SEMINÁRIO IRRIGAÇÃO

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ERIGLEDSON
FELLIPE PINHEIRO
PAULO
JERLANIA
INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS (IFAL) – 
CAMPUS SATUBA
CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
IRRIGAÇÃO POR MICROASPERÇÃO
SATUBA, 2020
CONCEITOS
Figura 1. Método de irrigação
Microaspersão é o sistema de irrigação que utiliza emissores que lançam gotículas de água e propiciam uma precipitação mais suave e uniforme que a aspersão. Normalmente operam com asas giratórias ou “bailarinas”, podendo trabalhar de cabeça para cima ou de ponta cabeça
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CONCEITOS
Microaspersão 
Sistema de irrigação que utiliza emissores que lançam gotículas de água e propiciam uma precipitação mais suave e uniforme que a aspersão. 
Microaspersão é o sistema de irrigação que utiliza emissores que lançam gotículas de água e propiciam uma precipitação mais suave e uniforme que a aspersão. Normalmente operam com asas giratórias ou “bailarinas”, podendo trabalhar de cabeça para cima ou de ponta cabeça
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AGROTÓXICOS
Brasil se destaca como maior consumidor global de agrotóxicos: 
1- Lavoura de soja – passou a consumir o triplo de agrotóxicos (hectare plantado). 
	Lucros dos vendedores; 
	Vendedores de remédios (controlar os efeitos maléficos)
abe-se que o Brasil se destaca como maior consumidor global de agrotóxicos (CARNEIRO et al., 2015), posição alcançada em função do avanço das lavouras transgênicas, com destaque para a soja Geneticamente Modificada (GM) e os herbicidas ali aplicados [1].
Orgulho nacional, entre os anos 2000 e 2012 (ALMEIDA et al., 2017) a lavoura de soja passou a consumir o triplo de agrotóxicos, por hectare plantado. No período, a produtividade em grãos, por tonelada de herbicida aplicado, cresceu apenas 18%. Isso equivale a uma redução de rendimento em termos de volume colhido, por litros de herbicida utilizado, da ordem de 43%. Quem ganhou com isso? Acerta quem pensou nos lucros dos vendedores de veneno e dos vendedores de remédios para controlar os males causados pelos venenos, que estão presentes nos alimentos, na água que bebemos e até no leite que as mães oferecem, no peito, a seus bebês (PALMA et al, .2014; Pignati et al., 2017)
 Como evitar que a sociedade tome conhecimento destes fatos? Só calando os cientistas que, responsavelmente os denunciam. Só desativando unidades de organização, representação e defesa do consumidor. E é isto que este governo tem feito. Os líderes das pesquisas acima citadas sofrem perseguições, e entidades como o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) se encontram ameaçadas de extinção, neste caso pela MP870 de 1 de janeiro de 2019.
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FATORES ESTIMULANTES
	Após 2º guerra Mundial = Usados como arma química (novo mercado) - Campanha mundial; Contribuição do Estado Brasileiro – concessão de crédito agrícola (obrigatoriedade de compra de agrotóxicos. 
	 Custo irrisório de registro de produtos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) = R$ 180,00 a R$ 1.800,00 – Flexibilização no registro. 
	Redução e isenção de Imposto sobre a Comercialização;
	 Política governamental = Menos benefícios ao cultivo com base orgânica. 
	
Riscos ao meio ambiente e à saúde humana
(LOPES; ALBUQUERQUE, 2018)
Crescimento econômico
Atualmente, o Brasil ainda possui políticas públicas que fomentam o uso e o comércio de agrotóxicos mantidas pela influência da bancada ruralista no Congresso Nacional. Exemplos disso são o custo irrisório de registro de produtos na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) (de R$ 180,00 a R$ 1.800,00) e a isenção, na maioria dos estados, do Imposto sobre a Comercialização de Mercadorias e Serviços (ICMS)6. Segundo Jobim et al.3, essa tecnologia agrícola, porém, ao mesmo tempo que gera crescimento econômico, provoca riscos ao meio ambiente e à saúde humanA. 
Mas, por que o Brasil se tornou o maior consumidor de agrotóxicos? Isso se deu em função de dois fatores prioritários: a opção por um modelo de desenvolvimento baseado em latifúndios monocultores voltados para exportação, e uma série de políticas, como a redução e a isenção de impostos que, ao longo do tempo, tem incentivado o uso desses produtos na agricultura. O país oferece mais benefícios ao cultivo baseado no uso de agrotóxicos do que aos cultivos orgânicos. 
Logo após a Segunda Grande Guerra, as indústrias químicas fabricantes de venenos usados como armas químicas durante os conflitos, encontraram na agricultura um novo mercado para seus produtos químicos, empregando-os para o controle de pragas e doenças nas culturas. Assim, essas indústrias logo iniciaram uma agressiva campanha mundial para disseminar o uso de agrotóxicos
Receptivo a essa pressão, o Estado brasileiro contribuiu para que os produtores passassem a incorporar os agrotóxicos no cultivo, vinculando a concessão de crédito agrícola à obrigatoriedade da compra agrotóxicos pelos agricultores e direcionando um percentual do valor de empréstimos de custeio para aquisição desses produtos. Outro grande impulso foi dado pelo Programa Nacional dos Defensivos Agrícolas, instituído em 1975, que levou à instalação da indústria de agrotóxicos no país. Desde então, o Estado vem concedendo diversas isenções fiscais e tributárias aos produtores de agrotóxicos e promovendo reduções de alíquotas de impostos, em paralelo a uma flexibilização no registro desses produtos.
A política governamental não apenas estimulou o uso de agrotóxicos, como incentivou os agricultores familiares a trocarem a semente tradicional, que eles mesmos selecionavam e plantavam, pela semente híbrida, sob alegação de que era mais produtiva.
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DEFENSORES- AGROTÓXICOS
Os resíduos são mínimos e sem evidencias que podem fazer mal a saúde - Defensores
 Alergias 
Dermatites
 Perda de visão
Feridas expostas
 Câncer
 Sistema nervoso
 Danos ao fígado
 Danos aos rins
 Problemas respiratórios
 Intoxicações agudas
Morte
	Inseticidas
	 herbicidas 
	 fungicidas
Defensores do uso de agrotóxicos, dizem que eles são seguros e que os resíduos são mínimos e não há evidências que podem fazer mal a saúde – mas em contrapartida, cada vez aparecem mais trabalhos científicos relacionando o uso de agrotóxicos com doenças como câncer, má formação congênitas, mal de Parkinson, depressão, suicídios, diminuição da capacidade de aprendizagem em crianças, ataques cardíacos, problemas mentais e outros de ordem comportamentais e que não existem limite diário aceitável de ingestão dessas substâncias, colocando com isto em questionamento o limite diário aceitável de ingestão desses produtos, o que gera uma dúvida muito grande na sociedade já que no último levantamento feito pela ANVISA (ANVISA, 2011) 28% dos alimentos foram considerados insatisfatório e 35% satisfatório mas com resíduos; além da contaminação da água e até mesmo do leite materno como foi demonstrado por uma pesquisa que mostrou em Lucas do Rio Verde – MT que 100% das amostras do leite materno estavam contaminadas por pelos menos um agrotóxico, (Azenha 2001).
AZENHA, M. Exclusivo: A pesquisadora que descobriu veneno no leite materno.VIOMUNDO, 2011. Disponível em: < http://www.viomundo.com.br/denuncias/exclusivo-a-pesquisadora-que-descobriu-veneno-no-leite-materno.html> Acesso em : 01julho de 2012.
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AGROTÓXICOS – MEIO AMBIENTE
	Contaminação do solo e água; 
	Atingir organismos vivos que não ameaças a lavouras; 
 (ALISSON, 2016).
	Fundação Oswaldo Cruz e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) : 
(AUGUSTO, 2011)
	Resíduos na água da chuva – 40% dos testes
	Resíduos no ar = 11% das amostras – Endossulfam (cancerígeno);
	 Resíduos águas de poços artesanais = 32% das amostras; 
	Agrotóxicos no sangue e urina seres humanos. 
Além da contaminação do solo e da água, o uso de agroquímicos podem atingir organismos vivos que não são prejudiciais à lavoura e extinguir determinadas espécies fundamentais para o equilíbrio ambiental, levando ao aparecimento de pragas secundárias. Em 2012, por exemplo, foram gastos R$ 9,7 bilhões com agroquímicos no Brasil. Já em 2014, o gasto saltou para R$ 12 bilhões, dos quais R$ 4,6 bilhões foram voltados paraa compra de inseticidas (ALISSON, 2016). 
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz e da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que mediu os efeitos do uso de agrotóxicos em moradores de dois municípios mato-grossenses produtores de grãos, Campo Verde e Lucas do Rio Verde, constatou que há resíduos de agrotóxico na água da chuva e no ar. Em 40% dos testes com a água da chuva foi identificada a presença de venenos agrícolas. Nos testes com o ar, 11% das amostras continham substâncias tóxicas, como o endossulfam, proibido pelo potencial cancerígeno. O levantamento monitorou também a água dos poços artesianos e identificou a existência de resíduos de agrotóxicos em 32% das amostras analisadas. Foi constatado, ainda, que os agrotóxicos estão até mesmo no sangue e na urina das pessoas (AUGUSTO, 2011). 
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AGROTÓXICOS - LIBERAÇÃO
Mês de Janeiro (2019) - Liberação de 57 novos agrotóxicos no mercado Brasileiro;
Agronegócio dispõe - 2.123 “alternativas para controle” = usados em misturas (ameaças para a saúde humana e ambiental); 
Cerca de 27 agrotóxicos são análisados na água potável distribuídas pelas torneiras no Brasil, por exemplo. 
Resulta que, em dois meses de governo, avançam rápido os perigos que ameaçam a todos nós. Desde o dia 1/1/2019 já foram liberados 57 novos agrotóxicos no mercado brasileiro. Com isso, o agronegócio passa a dispor de 2.123 “alternativas para controle” do que não lhes agrada, no território rural Brasileiro. São 2123 agrotóxicos, que em grande parte dos casos podem ser usados em misturas, gerando vastíssimo leque de ameaças para a saúde humana e ambiental. Tão grandes são os riscos que sequer dispomos de meios para avaliá-los. Considere-se, por exemplo, que apenas 27 agrotóxicos são analisados na água potável distribuída pelas torneiras do Brasil. E isso, em menos da metade das cidades onde existem torneiras. No interior vale tudo, porque ali vive um povo forte, que resiste a tudo. 
Guilherme Franco Netto, especialista de Saúde, Ambiente e Sustentabilidade da Fiocruz, explica que as novas combinações podem ser até mais perigosas do que os compostos separados, que já são conhecidos.
— Muitos contêm princípios ativos autorizados para uso, mas suas fórmulas combinam produtos químicos cujo risco e periculosidade toxicológica não foram devidamente avaliados. Portanto, não se sabe o impacto da liberação dessas centenas de produtos ao meio ambiente e à saúde da população
O modelo de desenvolvimento da agricultura adotado no Brasil - baseado no agronegócio em grandes extensões de terra, produzindo poucas culturas destinadas à exportação em grande escala, enfatizado a partir do final dos anos 1990 – tornou os agrotóxicos extremamente relevantes na economia (NAOE, 2016). 
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AGROTÓXICOS – LIBERAÇÃO 
Figura 1. Aumento de agrotóxicos aprovados. 
Fonte.: Greenpeace e Ministério da Agricultura. . 
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA(responsável pela ciência agrônoma)
IBAMA (que estuda o impacto ambiental)
ANVISA (Impactos à saúde)
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Ministério da Agricultura validou 169 novos registros de defensivos agrícolas entre 1º de janeiro e 14 de maio deste ano, 14% mais do que em igual período de 2018.
O governo de Jair Bolsonaro (PSL) diz que o alto índice se dá pela agilidade nas avaliações, maior do que nos governos anteriores, mas com mesmo rigor. A própria ministra Tereza Cristina declarou não haver "insegurança na liberação desses produtos, que estavam em uma fila enorme e que eram represados por problemas ideológicos". No site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), onde é possível consultar a lista de petições, há agrotóxicos aguardando análise há 10 anos.
O salto das liberações (veja no quadro abaixo) começou em 2016 e seguiu em elevação nos anos seguintes, "muito por conta de pressões impostas pelo Congresso", avalia o engenheiro florestal e especialista em agricultura e alimentação do Greenpeace, Iran Magno. 
"Mais opções e não aumento na quantidade" 
O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) rebate com o argumento de que metade dos registros concedidos neste ano refere-se a cópias de ingredientes ativos, matéria-prima "que será utilizada na fabricação de um produto formulado". A entidade ressalta que o número acima da média é impulsionado, também, pela criação de novas marcas comerciais à base de princípios ativos que estão no mercado. "Isso significa mais opções para o agricultor e não aumento na quantidade de produtos utilizados no campo", diz, em nota.
"Mais opções e não aumento na quantidade" 
O Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) rebate com o argumento de que metade dos registros concedidos neste ano refere-se a cópias de ingredientes ativos, matéria-prima "que será utilizada na fabricação de um produto formulado". A entidade ressalta que o número acima da média é impulsionado, também, pela criação de novas marcas comerciais à base de princípios ativos que estão no mercado. "Isso significa mais opções para o agricultor e não aumento na quantidade de produtos utilizados no campo", diz, em nota.
Ao todo, já foram publicados 197 novos registros neste ano, dos quais 28 são referentes a decisões tomadas durante a transição de governos, em dezembro. Dos novos agrotóxicos que chegam ao mercado, 26% não são permitidos na União Europeia.
Para um agrotóxico ser liberado no país, é preciso que ele passe pelo crivo do Ministério da Agricultura (responsável pela ciência agrônoma), Ibama (que estuda o impacto ambiental) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa , que analisa os impactos à saúde)
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AGROTÓXICOS
A população tem o direito de ter conhecimento? 
1-Calando os cientistas; 
2- Desativando unidades de organização; 
3- Desativando representação e defesa do consumidor. 
CONSEA foi ameaçado assim que o Presidente atual tomou posse. MP 870 de 1 de Janeiro de 2019. 
 Como evitar que a sociedade tome conhecimento destes fatos? Só calando os cientistas que, responsavelmente os denunciam. Só desativando unidades de organização, representação e defesa do consumidor. E é isto que este governo tem feito. Os líderes das pesquisas acima citadas sofrem perseguições, e entidades como o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) se encontram ameaçadas de extinção, neste caso pela MP870 de 1 de janeiro de 2019.
Leonardo Melgarejo e Murilo Mendonça Oliveira de Souza, CONTRA OS AGROTÓXICOS, 2019. 
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CONSEA- BREVE HISTÓRICO
	Decreto n° 807, em 24 de abril de 1993 – Itamar Franco; 
	Abordagem na segurança alimentar, trabalho escravo, assistência social, educação e pobreza - 2 anos (duração);
	Decreto nº 1.366 de 12 de janeiro de 1995 – Extinção; 
	Confirmado pela Lei de nº 10.683 de 2003; 
	Em 2019 – Extinto- Presidente Jair Bolsonaro - Medida Provisória de nº 870, de 1º de janeiro de 2019, que anula as atribuições e composições do conselho em questão (BRASIL, 2019). 
Sua criação foi na época de Itamar Franco, pelo decreto de n° 807, em 24 de abril de 1993. Tinha uma abordagem não apenas na segurança alimentar, mas de outros assuntos, como trabalho escravo, assistência social, educação e pobreza, contudo durou cerca de dois anos (PAIVA, 2009), sendo extinto pelo Decreto nº 1.366 de 12 de janeiro de 1995 (BURLANDY, 2003). Em 2003 novas mudanças ocorreram diante da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marco em que foi recriado o CONSEA, pelo Decreto de nº 4.582 de 30 de janeiro de 2003 e confirmado pela Lei de nº 10.683 de 2003 (IPEA, 2012). Em 2019, mais uma vez ele é extinto, atualmente pelo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, formalizado pela Medida Provisória de nº 870, de 1º de janeiro de 2019, que anula as atribuições e composições do conselho em questão (BRASIL, 2019). 
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MP 870 -2019 
	Revogou inciso e artigo da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional/LOSAN, de 2006 - (Assegura o direito humano à alimentação adequada (DHAA) – retirada das competências do CONSEA - extinção do CONSA na estrutura organizativa do Sistema Nacional deSegurança Alimentar e Nutricional – SISAN.
	(LOSAN), que asseguravam o direito humano à alimentação adequada. 
	Retirada do CONSEA a prerrogativa de convocar a Conferência Nacional de Segurança alimentar e nutricional; 
A Medida Provisória n. 870, de 01 de janeiro de 2019, publicada pelo novo governo federal de modo a estabelecer a organização administrativa dos órgãos da Presidência da República e seus Ministérios, trouxe más noticias para a política pública de segurança alimentar e nutricional.
Ela revoga inciso e artigo da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional/LOSAN, de 2006, de modo a levar a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional/CONSEA na estrutura organizativa do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – SISAN. A Losan tem como objetivo fundamental estruturar um sistema nacional de políticas públicas para a realização do Direito Humano à Alimentação Adequada.
Representava um espaço de consolidação da participação da sociedade nas políticas voltadas à promoção de sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis e de defesa de uma agenda da administração pública que defenda os cidadãos da violação do direito humano à alimentação adequada.
A Medida Provisória 870?2019, a primeira assinada por Bolsonaro, alterou as disposições da Lei Orgânica de Segurança Alimentar (Losan), de 2006, que tem o objetivo de assegurar o direito humano à alimentação adequada. O governo extinguiu as atribuições do Consea e também revogou os pontos sobre a composição do conselho.... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2019/01/13/seguranca-alimentar-sob-risco-de-retrocesso-no-governo-bolsonaro.htm?cmpid=copiaecola
Em 1º de janeiro de 2019, ao tomar posse, o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, editou a Medida Provisória nº 870 que, entre inúmeras decisões, revogou disposições constantes na Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Losan), aprovada pelo Congresso Nacional em 2006. 
Essa revogação parcial da LOSAN provocou uma enorme e grave alteração no Consea. Dentre outras modificações, ela excluiu a descrição do Conselho como um componente do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) e, além disso, excluiu sua forma de composição de 1/3 de governo e 2/3 de sociedade civil, com presidência da sociedade civil.
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MOTIVOS DA MEDIDA
	Esvaziar as atribuições do Conselho Nacional de Segurança;
	Favorecer o empresariado da alimentação escolar; 
	“Entrega governamental se tornará mais célere” – Presidente da república;
	Atuação contra uso de agrotóxicos – deliberação de agrotóxicos no governo em 2019. 
A medida busca esvaziar as atribuições do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), órgão de assessoramento direto da Presidência da República e integrante do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan).
“Não é uma surpresa que um governo intimamente ligado com as bancadas ruralistas e com o empresariado da alimentação queira acabar com os espaços de controle social. Os nutricionistas podem ter certeza que nosso mandato é um espaço de contestação desses movimentos”, afirma a deputada federal Fernanda Melchionna.
Em nota, o Ministério da Cidadania informou que não apenas o Consea, mas todos os conselhos vinculados à Presidência da República foram extintos com a justificativa de que a "entrega governamental se tornará mais célere". A pasta também frisou que as competências dos antigos conselhos serão mantidas "em outros órgãos".... 
"Por que extinguir um órgão que é meramente consultivo para o governo e que contribuiu tanto ao longo desses anos para a política alimentar brasileira?”, questiona Afonso. "O governo ainda não se manifestou sobre os motivos da extinção do Consea. Isso vem junto com ações que prejudicam questões indígenas e fundiárias, além do controle de ONGs, que se veem ameaçadas de serem monitoradas pelo governo", critica o diretor da ONG Ação da Cidadania... 
A política de segurança alimentar e nutricional (SAN) teve o objetivo estratégico de formar um conjunto “diversificado e articulado de órgãos, ações e políticas públicas” 10. Outros temas, ainda no primeiro mandato do presidente Lula, entraram na pauta, uma vez que são temas que permeiam as discussões de várias cadeias produtivas, “como transgênicos, programas de transferência de renda e agricultura urbana”, com reforço da participação de organizações da sociedade civil11. Estas novas pautas podem ter relação com o fim do CONSEA, pois o debate sobre alimentos transgênicos e liberação do uso de alguns agrotóxicos vai contra interesses de alguns setores rurais.
O órgão também apoiava a mobilização contra o chamado PL do Veneno, o Projeto de Lei 6.299, de 2002, que “atualiza” a legislação sobre agrotóxicos. O projeto está pronto para ser levado ao plenário da Câmara. – FALA CONTRA AGROTOXICO.
“A luta pela comida de verdade, não industrializada, sem veneno, é uma das bandeiras do Conselho”, escreveu em maio do ano passado a presidenta do Consea, a professora e pesquisadora Elisabetta Recine. “Defendemos a proibição de todos os agrotóxicos banidos em outros países e que ainda são usados no Brasil
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CONSEA - CARACTERÍSTICAS 
	Espaço de controle social e construção de propostas sobre alimentação;
	Espaço democrático do Estado brasileiro;
	Referência internacional no combate à pobreza e a fome ;
	Defensor do direito à alimentação adequada e saudável.
Espaço de controle social e construção de propostas sobre o elemento primordial para a vida do ser humano ‒ a alimentação ‒, o Consea tem participação de dois terços de representantes de organizações sociais representativas dos setores mais vulneráveis da sociedade brasileira, que atuam em caráter voluntário, e um terço do governo, conforme determina o artigo 11 da Lei Orgânica nº 11.346, de 15 de setembro de 2006.
No documento aos parlamentares, o órgão do Ministério Público Federal destaca que o Sisan - e muito particularmente o Consea - é reconhecido internacionalmente pela capacidade de retirar o Brasil, em 2014, do Mapa Mundial da Fome.
O órgão consultivo era diretamente ligado à Presidência da República e formado por dois terços de representantes de organizações da sociedade civil. As políticas originadas no Consea, com a participação democrática e voluntária dos membros, tiveram um papel-chave para tirar o Brasil do Mapa da Fome da ONU, em 2014, e tornaram o órgão uma referência internacional.... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2019/01/13/seguranca-alimentar-sob-risco-de-retrocesso-no-governo-bolsonaro.htm?cmpid=copiaecola
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ALIMENTAÇÃO ADEQUADA
Figura 4. Representação gráfica das dimensões da alimentação adequada.
 Fonte: Leao, Recine (2011).
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea) é bem claro ao afirmar, em seu relatório "Os impactos dos agrotóxicos na segurança alimentar e nutricional: contribuições do Consea", que o uso de agrotóxicos viola o direito humano à alimentação adequada, considerando-se que segurança alimentar não é somente ter alimentos disponíveis, mas sim alimentos de qualidade. Portanto, o uso de agrotóxicos, assim como de sementes transgênicas, e alimentos com alto teor de sal, açúcar e gordura, viola esse direito humano fundamental.
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IMPORTÂNCIA - CONSEA 
	 Participação da sociedade civil na proposição e discussão = 
	Segurança alimentar, como a questão da fome;
	 Uso de agrotóxicos e formas nocivas de alimentação; 
	Acesso a alimentação saudáveis; 
	Políticas públicas voltadas a alimentação e nutrição. 
"A importância do Consea é óbvia. A participação da sociedade civil na proposição e discussão de questões referentes à segurança alimentar, desde a questão da fome até o uso de agrotóxicos e formas nocivas de alimentação, foi crucial. Tudo isso agora está comprometido, porque a sociedade civil passa a não contar mais com fóruns de participação junto ao governo e perde esse canal de diálogo direto", diz Afonso... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/deutschewelle/2019/01/13/seguranca-alimentar-sob-risco-de-retrocesso-no-governo-bolsonaro.htm?cmpid=copiaecola*
CONSEA 
	 Ações são norteadas pelas deliberações das conferências nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional.
	Exerce papel fundamental na orientação e articulação federativa e democrática junto aos Conseas estaduais e municipais. 
Inseguranca alimentar e 
nutricional
Fome
Delimitar e caracterizar melhor as ações em cada território e por grupos populacionais específicos.
s deliberações das conferências nacionais de Segurança Alimentar e Nutricional, são por lei, norteadoras das ações do Consea nacional, que exercia papel fundamental na orientação e articulação federativa e democrática junto aos Conseas estaduais e municipais. Essa atuação conjunta reforça a gestão participativa dos bens públicos, a fim de que haja uma melhor aplicação dos recursos em benefício da qualidade de vida das pessoas. A partir da escuta dos problemas que geram a insegurança alimentar e nutricional e a fome, as prioridades e ações podem ser melhor delimitados e caracterizadas em cada território e por grupos populacionais 
Todas as conquistas do CONSEA= ações intersetoriais e parcerias com outros órgãos, instituições e segmentos organizados da sociedade que fortaleceu as políticas de inclusão social.
específicos.
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SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL 
Acesso
Permanente
Para todos
Sem afetar a outras necessidades
Respeite a Diversidade Cultural
Realize práticas alimentares - Promovam saúde
Art. 3º da Lei 11.346 de 15 de setembro de 2006 – LOSAN
CONSEA 
Dois terços de representantes da sociedade civil, com cargos que não eram remunerados — exceto passagens e diárias para custear a participação de plenárias e 1/3 de governo. 
(MARÍLIA MIRAGAIA, Folha de São Paulo, 2019)
Site= https://www.brasildefato.com.br/2019/05/09/comissao-reverte-medida-de-bolsonaro-e-recria-consea-pilar-do-combate-a-fome-no-pais/
um terço dos seus membros compostos por representantes do governo e dois terços representantes da sociedade civil.
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CONSEA E AGROTÓXICOS 
	Reunião – Plenária de 19 de julho 2013;
	Discussão e aprovação do encaminhamento de propostas resultantes de debates (mesa de controvérsias sobre agrotóxicos. 
	Especialistas, pesquisadores, 
	Representantes do governo e da sociedade civil;
	Necessidade de redução do uso de agrotóxicos 
Excelentíssima Senhora Presidenta da República, 
 
 
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), reunido em plenária no dia 19 de junho de 2013, discutiu e aprovou o encaminhamento das propostas resultantes dos debates ocorridos durante a Mesa de Controvérsias sobre Agrotóxicos, realizada em Brasília, nos dias 20 e 21 de setembro de 2012. A atividade contou com a participação de especialistas, pesquisadores(as), representantes de governo e da sociedade civil, sendo organizada por este Conselho com o objetivo de estimular o Governo Brasileiro a adotar iniciativas concretas de curto, médio e longo prazo para a redução do uso dos agrotóxicos. As propostas constantes neste documento também se fundamentam nas proposições aprovadas na 4° Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em Salvador, em novembro de 2011
Brasília, 1º de julho de 2013 - E.M. nº 003-2013/CONSEA
 
Como conclusão geral da Mesa de Controvérsias sobre Agrotóxicos, pactuou-se que há uma concordância a respeito da necessidade de redução do uso de agrotóxicos e de afirmação do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PLANAPO), em consonância também com o que estabelece o Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional 2012-2015.
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CONSEA E AGROTÓXICOS 
	Reunião – Plenária de 19 de julho 2013- Propostas:
	Plano de redução do uso de agrotóxicos:
	1- Proibir no Brasil os agrotóxicos já vedados em outros países; coibir a comercialização - encontram em processo de reavaliação na ANVISA e no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA);
	Dentre outras. 
	
Brasília, 1º de julho de 2013 - E.M. nº 003-2013/CONSEA
 
De responsabilidade dos órgãos de saúde, agricultura e meio ambiente intervenientes no processo de avaliação, registro, fiscalização e monitoramento dos impactos dos agrotóxicos 
 
Componentes de um Plano de Redução do Uso de Agrotóxicos: 
 
 
1. Proibir no Brasil os agrotóxicos já vedados em outros países, a exemplo dos banidos na União Europeia, e coibir a comercialização e contrabando destes ingredientes ativos, notadamente os que se encontram em processo de reavaliação na ANVISA e no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). 2. Proibir as pulverizações aéreas de agrotóxicos. 
 3. Instituir programa que estimule uma maior eficiência com o mínimo de uso desse tipo de tecnologia para evitar o desperdício existente na sua aplicação e o risco do consumo de produtos tóxicos. 4. Incluir no Plano de Redução do Uso de Agrotóxicos a redução do uso 
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CONSEA E AGROTÓXICOS 
	Reunião – Plenária de 19 de julho 2013- Propostas:
	Monitoramento dos impactos dos agrotóxicos:
	7- Incluir no Programa de análise de resíduos de agrotóxicos (PARA) da ANVISA: Leite, milho, soja, carnes, peixes e águas de abastecimento (consumo humano) e alimentos processados e industrializados (cumprimento da Portaria n° 2.914/2011/MS);
	Dentre outras medidas. 
	
Brasília, 1º de julho de 2013 - E.M. nº 003-2013/CONSEA
 Monitoramento dos impactos dos agrotóxicos: 
 6. Criar um programa nacional de monitoramento dos resíduos e do descarte de embalagens de agrotóxicos, fertilizantes, metais e solventes em água potável, rios, lagos e solos de biomas específicos como o Pantanal e águas subterrâneas. 7. Incluir no Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos (PARA) da ANVISA, o leite, o milho, a soja, as carnes, os peixes, a água de abastecimento para consumo humano e alimentos processados e industrializados, cumprindo com a Portaria n° 2.914/2011/MS, implantando uma rede de laboratórios públicos para realizar estas análises, garantido o orçamento necessário para tal funcionamento. 8. Implantar uma Vigilância Integral à Saúde (epidemiológica, sanitária, ambiental, laboral, farmacológica e nutricional), de forma participativa e integrada (saúde, agricultura, ambiente, educação), garantindo o cumprimento da Norma Regulamentadora n° 31, do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) que estabelece os preceitos para a segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura e assegurando orçamento para tal 
 
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funcionamento. 9. Realizar estudos sobre os custos sociais, econômicos, ambientais, especialmente para a saúde pública, decorrentes de intoxicações agudas e crônicas por agrotóxicos. 10. Definir metodologia única de monitoramento em todos os órgãos ambientais nas três esferas federativas e investir em pesquisas voltadas ao estudo do comportamento das moléculas dos ingredientes ativos e seus impactos na biodiversidade brasileira e na saúde humana. 
 
.: De jeito nenhum! Em nenhum momento podemos dizer que o consumo de frutas, verduras e legumes é perigoso. Até porque, essa impressão de que alimentos in natura são mais contaminados pelos agrotóxicos é mentira. Os alimentos processados também apresentam alto teor de contaminação, pois o processamento não reduz a quantidade de agrotóxicos.
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CONSEA E AGROTÓXICOS 
	Reunião – Plenária de 19 de julho 2013- Propostas:
	Melhorar a avaliação de agrotóxicos:
	Incluir as universidades no processo de avaliação das pesquisas realizadas pelas empresas solicitantes de liberação do uso de seus produtos;
	Criar penalidades, incluindo o pagamento de ressarcimento financeiro, para os responsáveis pela contaminação por agrotóxicos e por transgênicos de sistemas agroecológicos.
	Dentre outras medidas. 
	
Brasília, 1º de julho de 2013 - E.M. nº 003-2013/CONSEA
Mecanismos para melhorar a avaliação de agrotóxicos: 
 
11. Construir mecanismos para revisar o método de avaliação ambiental, considerando as especificidades de cada bioma e de cada espécie. 12. Criar um modelo democrático de decisão no que diz respeitoao registro e fiscalização de agrotóxicos, com fóruns de discussão e com controle social sobre os órgãos de Governo que atuam nessas questões, incluindo-se as universidades no processo de avaliação das pesquisas realizadas pelas empresas solicitantes de liberação do uso de seus produtos.
Criar um modelo democrático de decisão no que diz respeito ao registro e fiscalização de agrotóxicos, com fóruns de discussão e com controle social sobre os órgãos de Governo que atuam nessas questões, incluindo-se as universidades no processo de avaliação das pesquisas realizadas pelas empresas solicitantes de liberação do uso de seus produtos
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CONSEA E AGROTÓXICOS 
	Reunião – Plenária de 19 de julho 2013- Propostas:
	Responsabilidade dos órgãos de tributação federal e estaduais:
	Incluir, no processo de tomada de decisão governamental sobre a tributação,maior para agrotóxicos de maior toxicidade, como forma de desincentivo ao seu uso.
	
Brasília, 1º de julho de 2013 - E.M. nº 003-2013/CONSEA
De responsabilidade dos órgãos de tributação federal e estaduais 
 21. Analisar os impactos mais diretos de custo decorrentes da isenção/redução da tributação federal e estadual sobre agrotóxicos e os desdobramentos desse impacto em termos sociais e econômicos mais amplos, com vistas a acabar com subsídios e isenção nos impostos para os agrotóxicos, destinando a arrecadação destes no fortalecimento dos sistemas agroecológicos.
Incluir, no processo de tomada de decisão governamental sobre a tributação, perspectivas mais amplas que o olhar meramente econômico, viabilizando propostas de tributação maior para agrotóxicos de maior toxicidade, como forma de desincentivo ao seu uso
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MOBILIZAÇÕES SOCIAS 
Banquetaço: Acre, Alagoas, Amazonas, Pará, Bahia, Ceará, Rio grande do Norte, Pernambuco, Maranhão, Paraíba, Sergipe, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio grande do Sul. 
(IDEC, 2019; NUNES, 2019, REDE TVT, 2019)
O objetivo era dialogar com a população sobre essas duas temáticas, e assim chamar a atenção dos governantes sobre a manutenção das instâncias e programas da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, especialmente do Consea.
O Instituto Brasileiro de Deseja do consumidor (IDEC) e a Rede TVT divulgaram que 22 estados brasileiros participaram do banquetaço, que foram: Acre, Alagoas, Amazonas, Pará, Bahia, Ceará, Rio grande do Norte, Pernambuco, Maranhão, Paraíba, Sergipe, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio grande do Sul (IDEC, 2019; NUNES, 2019, REDE TVT, 2019).
No dia 27 de fevereiro, quarta-feira, será realizado um grande banquete coletivo em mais de 15 cidades de todo o país. Desta vez o Banquetaço vai pedir a manutenção do CONSEA – Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, extinto pelo atual governo, através da Medida Provisória Nº 870/2019, no primeiro dia do ano. A iniciativa prevê a distribuição de mais de 15 mil refeições em todo o país, em sua maior parte preparadas com produtos da agricultura familiar e agroecológica.
A mobilização (banquetaco) é também pela “manutenção de iniciativas exitosas, como o combate à fome, a redução de agrotóxicos e a rotulagem do transgênico”, explica Glenn Makuta, membro do Slow Food São Paulo. Isso porque a articulação para que essas medidas se concretizem era uma das funções do Consea.
o objetivo da ação contra o fim do órgão é alertar a população sobre os perigos da falta de políticas públicas na segurança alimentar dos brasileiros, e sensibilizar quanto a importância da alimentação saudável, agricultura familiar, combate à fome e ao fim do uso de agrotóxicos na lavoura, atribuições até então previstas pelo Consea.
Com o objetivo de questionar a extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional pelo presidente da República Jair Bolsonaro em seu primeiro dia de mandato, membros de movimentos sociais e da sociedade civil se reuniram em vários municípios do país para realizar o ato público conhecido como Banquetaço. Além do usual banquete preparado a muitas e carinhosas mãos, a mobilização contou com apresentação musical, sorteio de livros, brincadeiras e teve até ciranda em torno da mesa que alimentou filas de pessoas em um dos principais espaços públicos da capital paulista.
o objetivo era conscientizar sobre a importância do Consea, que atuava na discussão de políticas para combater a fome e até no controle do uso de agrotóxicos.
Os manifestantes dizem ainda ter como intenção sensibilizar parlamentares a votarem contra a revogação do conselho quando a Medida Provisória 870 for apreciada em plenário no Congresso Nacional, o que deve ocorrer até 3 de março
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MOBILIZAÇÕES SOCIAS 
Petição contra a extinção do CONSEA (FIAN internacional); 
541 Emendas – 12 % reinvidicações (manutenção do CONSEA);
Comissão Mista da MP 870/2019:  Losan volta a vigorar com seu texto integral 
Também foi feita uma petição contra a extinção do conselho, realizada pela FIAN Internacional – Organização pelo Direito Humano à Alimentação e à Nutrição Adequadas. Em 13 de fevereiro, a organização protocolou cópias do documento na presidência da Câmara, no Senado e no Ministério da Cidadania para ser anexado ao processos de análise da MP 870.
Além dessas ações, deputados e senadores também se manifestaram sobre a MP 870. Ao todo, foram apresentadas 541 emendas à medida, sendo que 12% delas reivindicaram a manutenção do Consea.
Comissão Mista da MP 870/2019= Requer a realização de Audiência Pública para debater as repercussões da ‘extinção’ do CONSEA pela MP nº 870, de 2019. FEVEREIRO DE 2019. 
Uma audiência pública é uma reunião pública, transparente e de ampla discussão em que se vislumbra a comunicação entres os vários setores da sociedade e as autoridades públicas.
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23 sites de representação do governo, ONGs e Instituições interessadas no tema:
 Gráfico 1. Conquistas do CONSEA mencionadas por sites (comunicação em massa) Fonte: (Autor, 2019)
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É preciso preservar os espaços de diálogo com a sociedade civil e fortalecer as políticas de combate à fome e à miséria. Em uma democracia, acima de tudo, é preciso haver diálogo com a sociedade e estar preparado para o contraditório. Fechar as portas para a participação da sociedade, a história demonstra, nos leva a governos autoritários e de confronto com seu povo. Não é isso que nos levará a um país melhor.
(NOTA DA ACAO DE CIDADANIA, 2019). 
MOBILIZAÇÕES SOCIAS 
Sua extinção significa retrocesso e descumprimento do preceito constitucional que assegura a participação popular na formulação das políticas públicas
 (CONSELHO REGIONAL DE NUTRIÇÃO – CRN 5, 2019)
A atuação do Consea em prol do Direito Humano à Alimentação Adequada é histórica e possibilitou inúmeros avanços, entre os quais, a inclusão da alimentação como direito social na Constituição Federal de 1988, a promulgação da Losan e a criação da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. Portanto, sua extinção significa retrocesso e descumprimento do preceito constitucional que assegura a participação popular na formulação das políticas públicas
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REFERÊNCIAS
AUGUSTO, Danilo. Os danos dos agrotóxicos ao meio ambiente. Radioagência NP, mar. 2011. Disponível em: . 
http://www.radioagencianp.com.br/9573-Os-danos-dos-agrotoxicos-ao-meio-ambiente
CICLO VIVO. Estudo mostra que agricultura orgânica pode alimentar o mundo inteiro,
 16 mar. 2016. Disponível em: 
https://ciclovivo.com.br/planeta/meio-ambiente/estudo-mostra-que-agricultura-organica-pode-alimentar-o-
mundo-inteiro/

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