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“O gênio de Escher está em que ele não só imaginou, mas na verdade, descreveu dezenas de mundos semireais e semimíticos, mundos repletos de voltas estranhas, aos quais ele parece convidar seus espectadores”. 
Douglas Hofstader
Se alguém quer entender uma obra de arte, deve antes de tudo encará-la como um todo. O que acontece? Qual o clima das cores, a dinâmica das formas e as reais intenções do artista? Antes de identificarmos quaisquer elementos, a composição total da obra de arte faz uma afirmação que não podemos desprezar. Se há um algum tema relacionado à obra do artista não podemos desprezar, porque nada pode ser impunemente deixado de lado pelo observador. Guiados com segurança pela idéia geral do artista, tentamos reconhecer 46 as características gerais e, em seguida, explorar os detalhes que ficam pendentes, e assim toda a riqueza da obra se mostra e, com vigor, conhecemos toda a mensagem que o artista quis nos passar. É exatamente nesta direção que o artista trabalha: o seu desejo é que o observador, munido ou não de um arcabouço de idéias sobre percepção visual receba parcial ou integralmente a mensagem que ele quis consciente ou inconscientemente passar a cada um de nós. Uma das ferramentas que pode ser utilizada para interpretarmos obras de arte é análise dos elementos que devem ser utilizados para se trabalhar com a percepção visual, a qual de forma alguma irão substituir a nossa intuição, mas sim dar a cada um de nós mais elementos a fim de que cheguemos mais perto da aquilo que o artista pensou essencialmente passar a cada um de nós.
Uma das maneiras de se obter equilíbrio numa obra de arte é pela da simetria, mas não é a única. Por simetria entendemos aqui deixar duas partes de uma composição exatamente iguais. Na maioria das vezes o artista trabalha com algum tipo de desigualdade, o que terá na obra o efeito de realçar algum elemento sem que haja evidentemente um abandono das questões de equilíbrio. Equilíbrio ou desequilíbrio; possível ou impossível; dia ou noite; geometria euclidiana ou não euclidiana; bidimensionalidade e tridimensionalidade? A dicotomização é uma marca tão presente no trabalho de Escher que fica difícil avaliarmos que a busca de equilíbrio era um alvo a ser atingido dentro de suas produções. Para isso, a análise deveria ser feita em todas as suas obras, evitando qualquer tipo de generalização.
Maurits Cornelis Escher nasceu em Leeuwarden, Friesland, em uma casa que hoje faz parte do Museu de Cerâmica de Princessehof. Ele era o filho mais novo do engenheiro civil, George Arnold Escher e sua segunda esposa, Sara Gleichman. Em 1903, a família mudou-se para Arnhem, onde frequentou a escola primária e a escola secundária até 1918. Conhecido por seus amigos e família como "Mauk", ele era uma criança doente, e foi colocado em uma escola especial, com sete anos de idade, e falhou no segundo grau. Embora ele tenha se destacado no desenho, suas notas eram geralmente baixas. Ele também fez carpintaria e aulas de piano até os seus treze anos de idade. Em 1919, Escher frequentou a Faculdade de Arquitetura e Artes Decorativas de Haarlem em Haarlem, Ele estudou brevemente arquitetura mas ele falhou (em parte devido a uma infecção persistente da pele) e mudou para artes decorativas. Ele estudou com Samuel Jessurun de Mesquita, com quem permaneceu amigos durante vários anos. Em 1922, Escher deixou a escola depois de ter experiência adquirida em desenho e ao fazer xilogravuras.
 
Após viajar por alguns países da Europa, como Itália e Espanha, Escher morreu no Hospital Hilversum antes de ter completado os 74 anos
Maurits Cornelis Escher, ou apenas Escher, foi um dos grandes artistas gráficos do século passado e segue inspirando novos criadores. Conhecido pelo ilusionismo lúdico e pelo uso frequente de da geometria, desvendar os processos por trás da obra do holandês é um quebra-cabeça complicado.
O artista dizia não ter nenhuma habilidade com os números, mas seu dom para criar padrões geométricos vem sendo estudado por matemáticos até hoje. Um dos mergulhos mais interessantes no processo criativo de Escher foi dado pelo cineasta Han Van Gelder, que dirigiu o documentário Adventures In Perception em 1971.
Maurits Cornelis Escher (Leeuwarden, 17 de junho de 1898 — Hilversum, 27 de março de 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes . Ele também era conhecido pela execução de transformações geométricas (isometrias) nas suas obras.
Maurits Cornelis Escher nasceu em Leeuwarden, Friesland, em uma casa que hoje faz parte do Museu de Cerâmica de Princessehof. Ele era o filho mais novo do engenheiro civil, George Arnold Escher e sua segunda esposa, Sara Gleichman. Em 1903, a família mudou-se para Arnhem, onde frequentou a escola primária e a escola secundária até 1918. Conhecido por seus amigos e família como "Mauk", ele era uma criança doente, e foi colocado em uma escola especial, com sete anos de idade, e falhou no segundo grau. Embora ele tenha se destacado no desenho, suas notas eram geralmente baixas. Ele também fez carpintaria e aulas de piano até os seus treze anos de idade. Em 1919, Escher frequentou a Faculdade de Arquitetura e Artes Decorativas de Haarlem em Haarlem, Ele estudou brevemente arquitetura mas ele falhou (em parte devido a uma infecção persistente da pele) e mudou para artes decorativas. Ele estudou com Samuel Jessurun de Mesquita, com quem permaneceu amigos durante vários anos. Em 1922, Escher deixou a escola depois de ter experiência adquirida em desenho e ao fazer xilogravuras.
1922 foi um ano importante de sua vida: Escher viajou através da Itália (Florença, San Gimignano, Volterra, Siena, Ravello) e Espanha (Madrid, Toledo, Granada). Ele ficou impressionado com o campo italiano e pela Alhambra, um castelo mouro do século XIV, em Granada. Os intrincados desenhos decorativos no Alhambra, que foram baseados em simetrias geométricas, caracterizam-se entrelaçados com padrões repetitivos esculpidos nos tetos e paredes de pedra, foram uma poderosa influência sobre obras de Escher. Na Itália, Escher conheceu Jetta Umiker, com quem se casou em 1924. O casal estabeleceu-se em Roma, onde seu primeiro filho, Giorgio (George) Arnaldo Escher, em homenagem a seu avô, nasceu. Escher e Jetta mais tarde teve mais dois filhos: Arthur e Jan. Em 1935, o clima político na Itália (sob Mussolini) tornou-se inaceitável para Escher. Ele não tinha nenhum interesse na política, achando impossível envolver-se com quaisquer outros ideais do que as expressões de seus próprios conceitos através de seu próprio meio em particular. Quando seu filho mais velho, George, foi forçado a nove anos de idade a usar uniforme da Opera Nazionale Ballila na escola, a família deixou a Itália e se mudou para Chateau-d'Oex na Suíça, onde permaneceram por dois anos.
Escher, que tinha sido muito afeiçoado e inspirado pelas paisagens da Itália, era decididamente infeliz na Suíça. Em 1937, a família mudou-se novamente, para Uccle, um subúrbio de Bruxelas, na Bélgica. A Segunda Guerra Mundial os obrigou a se mudar em janeiro de 1941, desta vez para Baarn, Países Baixos, onde Escher viveu até 1970. O tempo às vezes nublado, frio e úmido dos Países Baixos lhe permitiu concentrar intensamente em seu trabalho. Por um tempo após ter sido operado, o ano de 1962 foi o único período em que Escher não trabalhou em novas peças. Maurits Cornelis Escher morreu no Hospital Hilversum antes de ter completado os 74 anos.
Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de gerar imagens com efeitos de ilusões de ótica.
Foi numa visita à Alhambra, na Espanha, que o artista conheceu e se encantou pelos mosaicos que havia neste palácio de construção árabe. Escher achou muito interessante as formascomo cada figura se entrelaçava a outra e se repetia, formando belos padrões geométricos. Este foi o ponto de partida para os seus trabalhos mais famosos, que consistiam no preenchimento regular do plano, normalmente utilizando imagens geométricas e não figurativas, como os árabes faziam por causa da sua religião muçulmana, que proíbe tais representações. A partir de uma malha de polígonos, regulares ou não, Escher fazia mudanças, mas sem alterar a área do polígono original. Assim surgiam figuras de homens, peixes, aves, lagartos, todos envolvidos de tal forma que nenhum poderia mais se mexer. Tudo representado num plano bidimensional. Escher brincava com o fato de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas e paradoxais. Posteriormente foi considerado um grande matemático geométrico . Escher utilizou quatro tipos de transformações geométricas que são: translações, rotações, reflexões e reflexões deslizantes.
Foi um artista gráfico holandês famoso por seus trabalhos com ilusão de óptica. Apesar de reconhecido pela originalidade e habilidade, ele era visto, pela classe artística, como intelectual demais e poético de menos. Seus críticos não se interessavam muito pelos temas narrativos e pelo uso da perspectiva – justamente as qualidades que o fizeram tão popular. Escher deixou uma produção de 448 litografias e xilogravuras e mais de 2 mil desenhos e esboços, além de ter ilustrado livros, tapeçarias, selos e murais.
RUIM DE CONTA
Maurits Cornelis Escher nasceu em 1898 em Leeuwarden, Holanda, em uma família rica. Não foi aluno excepcional: suas notas eram boas em desenho, mas medianas em matemática. Quando decidiu ser artista, penou para convencer os pais, mas contou com o apoio do seu professor Samuel Jessurun de Mesquita, um importante artista holandês. No fim, Escher recebeu ajuda da família
TRIP GEOMÉTRICA
Em 1922, o artista viajou pelo continente europeu. Em Granada, na Espanha, visitou os palácios do Alhambra, cujos mosaicos mouros o fascinaram. Ele copiou os desenhos e descobriu os segredos da divisão regular do plano, conceito matemático que o inspiraria na carreira. A partir de 1936, Escher fez outras viagens e estudou simetria e ordenação
XILO O QUÊ?
As principais técnicas empregadas por Escher foram a xilogravura e a litografia. A primeira consiste em criar desenhos em relevo em um bloco de madeira, sobre o qual se aplica tinta. Na segunda, usa-se um pedaço de pedra plana, desenhando-se por cima
MICO ACADÊMICO
H.S.M. Coxeter, um dos papas da geometria moderna, se entusiasmou com os desenhos de Escher, e o convidou a participar de uma de suas aulas. Mas se decepcionou: Escher não conseguiu acompanhar o conteúdo apresentado, nem mesmo quando o professor discorria sobre as teorias que o artista aplicava, intuitivamente, em sua própria obra
SURREAL
Escher criava diferentes níveis de realidade. A obra Desenhando (1948) é talvez a mais emblemática: uma mão tridimensional parece desenhar um pulso bidimensional que, por sua vez, transforma-se em uma mão tridimensional e desenha o punho da primeira. Outro exemplo é a obra Répteis (1943)
DOIDEIRA
A perspectiva cria ilusões de óptica por meio do desenho de objetos ou de estruturas impossíveis de serem construídos materialmente. O artista também trabalhou com múltiplos pontos de vista, como em Relatividade (1953). Em Cascata (1961), a água que move o moinho parece, paradoxalmente, subir para cair novamente. O objeto que inspirou Escher é o Triângulo de Penrose, que parece ser um objeto sólido, feito de três barras entrelaçadas, com uma combinação de propriedades que não pode ser realizada na vida real
ANJOS E DEMÔNIOS
Ao representar o infinito em planos bidimensionais, Escher aplicou conceitos de geometria hiperbólica. Usando a ideia da divisão regular do plano imaginada em uma superfície curva, as imagens se repetem a partir do centro e tornam-se menores, proporcionalmente, tendendo ao infinito
Xilogravura
"Dia e Noite" é uma das principais obras de Maurits Cornelis Escher (1898 - 1972) que fora um grande artista gráfico do século XX, "gênio das ilusões óticas" que sempre mostrava sua arte em dimensões paradoxais. A obra foi feita em 1938, e, trata-se de uma xilogravura - técnica similar ao carimbo, onde a imagem é gravada em uma madeira e depois é passada para uma superfície (geralmente papel ou tecido) com o auxílio de um rolo de borracha mergulhado em tinta. 
Escher, nesta obra, retrata o paralelo entre o dia e a noite que se mantem separados por pássaros que surgem (como se brotassem) dos campos e ganham forma a partir de uma metamorfose "inter-renal", Como duas formações de sentido contrário, voam as pretas para a esquerda e as brancas para a direita. No lado esquerdo fundem-se as brancas umas nas outras e formam céu e paisagem de dia. Do lado direito, unem-se as pretas na noite. A paisagem do dia e da noite são imagens refletidas uma de outra, ligadas por campos cinzentos, dos quais de novo evoluem aves" (ESCHER, 1989: 9).
O limite entre os pássaros brancos e negros, no centro da imagem, de onde os pássaros parecem fluir, dá-se como um espelho que faz o negativo ou oposto, ou até mesmo o "enantiômero" do dia e da noite aparecerem ao mesmo tempo, e de certo modo, no mesmo espaço. 
O estudo da obra de Escher nos permitiu compreender as diferentes possibilidade e familiaridades entre saberes produzidos nas práticas desse artista e nas práticas da matemática escolar. Do ponto de vista da filosofia da linguagem, baseando-se em Wittgenstein e tantos outros que discutiram este assunto, como a organização social humana é baseada quase inteiramente sobre o uso de significados, logo o uso das obras de Escher poderá fazer um maior ou menor sentido de acordo com os objetivos e com a visão que cada educador tem da matemática, seja ela escolarmente estabelecida ou não, tendo em vista que do ponto de vista da Etnomatmática, são produzidas nos meios sociais várias matemáticas distintas. 93 Tomando como referência as idéias de Wittgenstein, a apropriação feita pelos meios escolares da obra de Escher reflete que, qualquer explicação de uma estrutura social como uma instituição, precisaria explicar os significados partilhados que criam e sustentam a estrutura, e isso faz com que o estudo deste artista dentro de uma perspectiva matemática possa ter um forte significado para o educador no seu trabalho docente.
Esta verdadeira experiência que cada um de nós pode ter com o artista certamente fará com que o enxergamos com olhos, corações e mentes completamente diferentes, que nos colocará num outro lugar dentro da matemática muito semelhante a tantos outros que Escher representou nos seus desenhos: a princípio um mundo impossível, mas de rara beleza que nos prende, assombra, encanta e maravilha e que nos transforma como educadores e como pessoas!

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