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Documentos Médico-Legais 
Documento é todo instrumento que tem a faculdade de reproduzir e representar uma manifestação do pensamento. São provas.
No campo médico-legal da prova, são expressões gráficas, públicas ou privadas, que têm o caráter representativo de um fato a ser avaliado em juízo. Provas são coisas documentadas.
Os documentos de interesse da Justiça são: notificações, atestados, relatórios e pareceres.
· Notificações: São comunicações compulsórias feitas pelos médicos às autoridades competentes de um fato profissional, por necessidade social ou sanitária, tais como: acidentes de trabalho, doenças infecto-contagiosas, uso habitual de substâncias entorpecentes ou crime de ação pública que tiverem conhecimento e que não exponham o cliente a procedimento criminal.
Por exemplo, se você for fazer um diagnostico clinico de Hanseníase você obrigatoriamente tem que notificar a Secretaria de Saúde. Tuberculose também tem que notificar. Obrigatoriamente temos que notificar, principalmente em ambiente hospitalar.
· Atestados: Declaração pura e simples, por escrito, de um fato médico e suas consequências. Devem ser elaborados de maneira simples, em papel timbrado, podendo servir o receituário médico.
· Devem ter unicamente como fim, provar um estado mórbido real, atual ou anterior, para fins de licença, dispensa ou justificativas ou um estado de higidez.
· Atestado falso: art. 302 do Código Penal. Tem multa e pode ser condenado a prisão de 3 meses a 1 ano. Cuidado ao dar atestados para horários que você não estava com a pessoa, a pessoa pode cometer um crime e você estará enrascado perante o juiz. Colocar a hora exata para não dar problema.
· Falsificação de atestado, de laudo: acontece também, mas aí verificar a assinatura, padrão das letras. Se você pegar um atestado seu falsificado primeiro fale com o advogado e depois comunique a delegacia policial.
· Classificação:
1. Oficiosos: quando fazem provas ou justificativas mais simples, como nas ausências às aulas ou às provas.
2. Administrativos: quando para o serviço público, para efeito de licenças, aposentadorias ou abono de faltas.
3. Judiciários: para interesse da administração da Justiça, requisitados sempre juízes.
Numa audiência judiciária em que a pessoa é convocada a comparecer como testemunha ou até mesmo como réu, ou até mesmo numa situação de julgamento. A única coisa que o juiz aceita para eventual ausência é atestado médico e pode até suspender a audiência.
Diferença entre Atestado e declaração: No atestado, quem o firma, por ter fé de ofício, prova, reprova ou comprova uma situação mórbida. Na declaração, exige-se apenas o relato da morbidade. A declaração é mais “leve” do que o atestado.
· Relatório: Descrição minuciosa de uma perícia médica a fim de responder à solicitação da autoridade policial ou judiciária, frente a um inquérito ou processo. É o que se faz quando está no hospital, prontuário, anamnese, história clínica. O relatório tem que ser bem detalhado porque vai servir de prova para um julgamento, uma ação criminal.
· Laudo: relatório realizado após suas investigações, contando para isso com a ajuda de outros recursos ou consultas a tratados especializados. Por exemplo, temos de 7 a 10 dias para emitir um relatório sobre certa situação.
· Auto: quando o relatório é ditado diretamente a um escrivão e diante de testemunhas. É feito imediatamente durante a perícia. Ex.: em caso de flagrante. Nos serviços maiores de IML, sede no Rio, é feito um auto do exame na hora.
· O Relatório tem alguns pontos:
· Preâmbulo: constam dessa parte a hora, local em que o exame é feito, nome da autoridade que requereu. Nome, títulos e residência dos peritos e qualificação do examinado.
· Quesitos: são questões formuladas, já existentes nas ações penais, mas podem existir quesitos acessórios, à vontade da autoridade competente. Para cada relatório e cada tipo de exame existem quesitos oficiais. Exemplo: houve morte? Qual a causa da morte? Qual a causa básica da morte? Outras opiniões que você queira relatar. São esses 4 quesitos oficiais, mas podem ser feitas outras perguntas extras.
· Histórico: Consiste no registro dos fatos mais significativos que motivam o pedido da perícia ou que possam esclarecer e orientar a ação do perito. Essa parte do laudo deve ser creditada ao periciado, não havendo responsabilidade do perito sobre seu conteúdo. Escrever: segundo o periciado.
· Descrição: É a parte mais importante do relatório, sendo necessário que se exponham todas as particularidades das lesões, descrevendo suas características, suas particularidades, não devendo ser referida apenas de maneira nominal, tais como: “ferida contusa”, “ferida cortante”, “queimadura”, etc. Descrever é relatar, devendo ser feito de maneira completa, minuciosa, metódica e objetiva, não chegando jamais ao terreno das hipóteses. Visum et repertum.
A essência da perícia é dar a imagem mais aproximada possível do dano e do seu mecanismo de ação, do qual a lesão foi resultante, oferecendo à autoridade julgadora, elementos de convicção sobre o fato. Informação hospitalar é extremamente importante.
· Discussão: Nesta fase, serão postas em discussão as hipóteses, afastando-se ao máximo as conjecturas pessoais, podendo-se inclusive citar autoridades recomendadas sobre o assunto, literatura, etc. Esta fase pode ser omitida no relatório.
· Conclusão: Compreende-se nesta parte, a síntese diagnóstica redigida com clareza, disposta ordenadamente, deduzida pela descrição e discussão. É a análise sumária do exame.
· Respostas aos quesitos: Respostas de forma sintética e convincente, afirmando ou negando, não deixando nenhum quesito sem resposta.
Por vezes torna-se necessário aguardar a evolução de uma lesão, ou aguardar exames complementares solicitados, para responder os quesitos. Neste caso, citar os motivos e o prazo para a resposta. Por exemplo, quando em lesões corporais por ação contundente tem 9 quesitos para responder e 1 deles é se a pessoa tem que ficar afastada das ocupações habituais por mais de 30 dias, quando se responde sim para esse quesito essa lesão passa de leve para grave. Numa mulher com cicatriz no rosto se diz que é uma deformidade permanente, não importa se vai operar daqui pra frente, se analisa o agora. E deformidade permanente é lesão gravíssima.
Fazer o mais impessoal possível. Não se pode fazer perícia de parentes, é anulada se fizer.
· Parecer médico-legal: quando o perito é chamado para intervir numa ação em andamento, estudando situações conflitantes de laudos elaborados, redige relatório e responde a quesitos formulados pelas partes ou pela Autoridade. O juiz não fica restrito a perícia, ele pode aceitar ou não, ou pedir um parecer médico de um perito renomado.
· Depoimento oral: cabe ao Juiz a faculdade de convocar o perito, para esclarecer pontos duvidosos de perícias realizadas por ele ou por outrem. Depoimento tomado em audiências de instrução e julgamento.
RESUMÃO
Documento é todo instrumento que pode reproduzir e representar um pensamento. Os documentos de interesse a Justiça são notificações, atestados, relatórios e pareceres. As notificações são comunicações compulsórias feitas pelos médicos às autoridades, como em acidentes de trabalho, doenças infecto-contagiosas, uso habitual de entorpecentes ou crime de ação pública que tiverem conhecimento e não exponham o cliente a procedimento criminal. Os atestados são declarações pura e simples, por escrito, de um fato médico e suas consequências. Devem ser elaborados de maneira simples, em papel timbrado, podendo servir o receituário. Devem provar um estado mórbido real, atual ou anterior, para fins de licença, dispensa ou justificativas ou um estado de higidez. Os atestados são classificados em oficiosos, administrativos e judiciário. Os oficiosos são quando fazem provas ou justificativas mais simples, como nas ausências as aulas ou as provas. Os administrativos são para o serviço público, para efeito de licenças, aposentadorias ou abono de faltas. Os judiciários são para interesse daadministração da Justiça, requisitados sempre juízes. O atestado, quem o firma, por ter fé de ofício, prova, reprova ou comprova uma situação mórbida. Já na declaração, exige-se apenas o relato da morbidade. O relatório é o que é feito quando se está no hospital. Tem história clínica, anamnese, exame físico. É uma descrição minuciosa de uma perícia médica a fim de responder a uma solicitação da autoridade policial ou judiciária frente a um inquérito ou processo. O laudo é o relatório realizado após suas investigações, contando para isso com a ajuda de outros recursos ou consultas a tratados especializados. É feito com mais tempo de estudo, com fotos etc. O auto é o relatório ditado diretamente a um escrivão e diante de testemunhas. É feito durante a perícia.
O relatório tem alguns pontos, como preâmbulo, quesitos e histórico. No preâmbulo consta a hora, local em que o exame é feito, nome da autoridade que requereu. Nome, títulos e residência dos peritos e qualificação do examinado. Os quesitos são questões formuladas, já existentes nas ações penais, mas podem existir quesitos acessórios, a vontade da autoridade competente. O histórico consiste no registro dos fatos mais significativos que motivam o pedido da perícia ou que possam esclarecer e orientar a ação do perito. Essa parte do laudo deve ser creditada ao periciado, não fazendo responsabilidade do perito sobre seu conteúdo. A descrição é a parte mais importante do relatório, sendo necessário que se exponham todas as particularidades das lesões, descrevendo suas características, não devendo ser referida apenas de maneira nominal, tais como: “ferida contusa”, “ferida cortante”, “queimadura” etc. Descrever é relatar, devendo ser feito de maneira completa, minuciosa, metódica e objetiva, não chegando jamais ao terreno das hipóteses (Visum et repertum – o que é observado é um dado a se conhecer e descrever). A essência da perícia é dar a imagem mais aproximada possível do dano e do seu mecanismo de ação, do qual a lesão foi resultante, oferecendo à autoridade julgadora, elementos de convicção sobre o fato. Descrever orlas de escoriação, se tem ou não zona de tatuagem para saber se foi ou não à distância, descrever a lesão em si. 
Outra fase do relatório é a discussão. Nessa fase, serão postas em discussão as hipóteses, afastando-se ao máximo as conjecturas pessoais, podendo-se inclusive citar autoridades recomendadas sobre o assunto, literatura etc. Esta fase pode ser omitida no relatório. Deve ser o mais impessoal possível. A conclusão é a síntese diagnóstica redigida com clareza, em ordem, deduzida pela descrição e discussão. É a análise sumária do exame.
As respostas aos quesitos são de forma sintética, convincente, afirmando ou negando, não deixando nenhum quesito sem resposta. Por vezes torna-se necessário aguardar a evolução de uma lesão, ou aguardar exames complementares solicitados, para responder os quesitos. Nesse caso, citar os motivos e o prazo para a resposta. Deve-se responder a vários quesitos, como se vai afastar a pessoa de suas ocupações por 30 dias, se há deformidade permanente etc. 
O parecer médico-legal é quando o perito é chamado para intervir numa ação em andamento, estudando situações conflitantes de laudos elaborados, redige relatório e responde a quesitos formulados pelas partes ou pela autoridade. O depoimento oral cabe ao Juiz a faculdade de convocar o perito, para esclarecer pontos duvidosos de perícias realizadas por ele ou por outrem. Depoimento tomado em audiências de instrução e julgamento.

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