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RESUMO FISIO II Líquidos corporais Obs.: todos valores são baseados em um homem adulto com 70kg • Os valores podem mudar de acordo com o sexo, idade, porcentagem de gordura corporal, clima quente, dentre outros fatores Entrada diária de água • Ingerida na forma de líquidos ou pela água nos alimentos → 2100ml/dia • Sintetizada pelo corpo como resultado da oxidação de carboidratos → 200 ml/dia • ENTRADA TOTAL → 2300ml/dia − Depende do clima, do hábito e do nível de atividade física Perda insensível de água • Perda constante de água que não é percebida conscientemente • Através da PELE − Independentemente da sudorese → presente mesmo em indivíduos que não possuem gls sudoríparas − 300 a 400 ml/dia por difusão − Essa perda é minimizada pela camada de colesterol da pele OBS.: indivíduos com queimaduras graves que destroem essa camada, podem perder de 3 a 5L/dia • Através do TRATO RESPIRATÓRIO − 300 a 400ml/dia por umidade − O ar inspirado tem pV menor que 47mmHg, fazendo com que a água saia em forma de umidade, já que a pV atm é cerca de 47mmHg − Em climas frios, a pV do vapor atm diminui a quase 0, causando grande perda de água → ressecamento de vias aéreas Perda diária da água • Perda de líquido no SUOR − É muito variável − Geralmente, 100 ml/dia − Climas quentes, exercícios físicos pesados → 1 a 2L/hora • Perda de água nas FEZES − 100 ml/dia − Pode aumentar para vários litros em caso de diarreia grave → ameaça a vida • Perda de água pelos RINS − De acordo com o ganho de eletrólitos e com o grau de hidratação. − Os rins são um importante mecanismo de controle da homeostase de líquidos e eletrólitos. Compartimentos de líquidos corporais • LIC – liquido intracelular − Cerca de 28 a 42L de líquidos totais do corpo → estão dentro das células − Os principais cátions do LIC são o potássio (K+) e o magnésio (Mg2+), e os ânions contrabalanceadores, as proteínas e os fosfatos orgânicos. • LEC – líquido extracelular − Plasma sanguíneo (3L) → circula nos vasos sg − Líquido intersticial (11L) → banha as céls → é o ultrafiltrado do plasma − Liquido transcelular (cerca de 1 a 2L) Líquidos dos espaços sinoviais, peritoneais, pericárdicos, intraoculares e liq cefalorraquidiano − O principal cátion do LEC é o sódio (Na+) e os ânions que o contrabalançam são o cloreto e o bicabornato (HCO3-). • OBS.: o sangue possui tanto LIC (nas hemácias) quanto LEC (no plasma) • Cada compartimento deve obedecer a eletroneutralidade → mesma concentração de cargas + e – • A seletividade da membrana permite a diferença do LIC e do LEC e a homeostasia dos órgãos • As diferenças de pressão osmótica entre o LEC e o LIC são responsáveis pelo movimento de líquido entre esses compartimentos. − Como a membrana plasmática celular contém canais de água (aquaporinas), a água cruza facilmente a membrana − A concentração total de solutos (osmolaridade) é a mesma no LIC e no LEC OSMOSE • É o fluxo de água através da membrana semipermeável, devido às diferenças de concentração dos solutos. • As diferenças de concentração de solutos impermeáveis estabelecem diferenças de pressão osmótica, que é a força que faz com que a água flua por osmose. • Osmolaridade: − É a concentração de partículas osmoticamente ativas (solutos). − Quando duas soluções apresentam a mesma osmolaridade, são denominadas isosmóticas. − Quando apresentam osmolaridades diferentes: A de maior osmolaridade é chamada hiperosmótica A de menor osmolaridade é chamada de hiposmótica. • Pressão osmótica − É o que faz a água se mover de um meio hiperosmótico para um hiposomótico. − Quando duas soluções separadas por membrana semipermeável apresentam a mesma pressão osmótica efetiva, são isotônicas, ou seja, não ocorre o fluxo de água entre elas − OBS: A água flui da solução hipotônica para a solução hipertônica. Casos clínicos: • Acidentes vasculares encefálicos (derrame) − Acúmulo de liq intersticial no cérebro (edema) e inchaço dos neurônios − Edema pode elevar a pressão intracraniana → coma → morte − Barreira hematoencefálica Separa líq cefalorraquidiano de líq intersticial do sangue É permeável a água mas não permite a passagem de outras substâncias Manitol (açúcar) → causa o movimento de líquido para fora do tec cerebral por osmose devido ao gradiente osmótico através da barreira hematoencefálica • Edema − Pode ser formado pelo aumento da pressão hidrostática, diminuição da pressão oncótica, aumento da permeabilidade capilar ou obstrução linfática. Edema intracelular: Ocorre pela depressão de metabolismo, nutrição inadequada das céls. Pode ocorrer por um processo inflamatório, que aumenta a permeabilidade da memb. Celular, permitindo a difusão de íons Na+, consequentemente de água para a célula Edema extracelular Ocorre pelo extravasamento excessivo de líquido para o interstício pelos capilares → falha na drenagem linfática • Transtornos hidroeletrolíticos (diarreia/vômitos) − Aumentar volume vascular → solução com subst. que não cruzam a parede capilar (proteína) Pressão oncótica (gerada por proteínas) retém o líquido no compartimento vascular • Queimaduras − Perde camada de queratina → desidratação → líq corporais hiperosmóticos → urina [ ] (tentativa de preservar o líq do corpo) − Nesses casos, é necessária a administração de soro para reestabelecer o equilíbrio pH dos líquidos corporais Características: • O balanço ácido básico está relacionado à manutenção da concentração normal de íons hidrogênio nos líquidos corporais. • A concentração de H+ nos líquidos do organismo é extremamente baixa. • A faixa normal do pH arterial é de 7,37 a 7,42. • A faixa de pH compatível com a vida, é de 6,8 a 8,0. • Os mecanismos para a manutenção do pH: tamponamento do H+, no LEC e no LIC, e as compensações respiratórias e renal. • Os mecanismos de tamponamento e de compensação respiratórias ocorrem rapidamente, dentro de min ou horas. • Os mecanismos de compensação renal são mais lentos, demorando horas ou dias. Produção de ácidos no organismo Produção pode ser de duas formas → ácido volátil (CO2) ou ácidos não voláteis ou ácidos fixos GÁS CARBÔNICO – CO2 • O CO2 em si não é um ácido, mas quando reage com água, se transforma em ácido fraco – H2CO3 (ác. carbônico) − CO2 + H2O ↔ H2CO3 (atuação da anidrase carbônica) ↔ H+ + HCO3- • O H+ gerado por essa dissociação deve ser tamponado. • Nos pulmões, as reações ocorrem no sentido inverso: o CO2 é regenerado e expirado. ÁCIDOS FIXOS • As proteínas, com aas e enxofre, geram ácido sulfúrico quando são metabolizadas, e os fosfolipídios produzem ácido fosfórico. • Os ácidos sulfúrico e fosfórico não são voláteis → devem ser tamponados até que possam ser excretados pelos rins Tamponamento Características: • Uma solução-tampão é mistura que tem a capacidade de evitar que o pH das soluções sofra grandes variações • É formada por um ácido fraco (HA) ou base fraca (A) e um sal desse ácido ou base • Um dos tampões mais importantes é formado pelo ácido carbônico (H2CO3) e pelo sal desse ácido, o bicarbonato de sódio (NaHCO3) − H2CO3 ↔ H+ + HCO3- − NaHCO3 ↔ Na+ + HCO3- • A solução tampão resiste às alterações de pH. − Pode-se adicionar ou remover H+ da solução-tampão e seu pH se alterará minimamente • Os líq corporais contém vários tipos de tampões que formam a primeira defesa contra variações de Ph Tampões do LEC • Principais tampões → bicarbonato e fosfato • Bicarbonato: forma básica é o HCO3 e a forma ácida é o CO2 em equilíbrio com o H2CO3 • Fosfato: forma básica é HPO4²⁻ e a forma ácida é o H2PO4 • Tampão bicarbonato → HCO3/CO2 − É o mais importante apesar do tampão fosfato (6,8) ser mais próximo do pH fisiológico (7,4) − É utilizado como primeira linha de defesa quando o organismo ganha ou perde H+ − Características: A concentração daforma básica é alta – HCO3 O pK é 6,1 que é próximo do pH do LEC O CO2, a forma ácida do tampão, é volátil e pode ser expirado pelos pulmões → restaura o pH A restauração completa do balanço ácido-básico depende dos rins que secretam H+ e sintetizam HCO3 “novo” para substituir o HCO2 consumido no tamponamento de H+ − HCl + NaHCO3 (LEC) ↔ H+ + Cl- + Na+ + HCO3- ↔ Na+ + Cl- + H2CO3 ↔ CO2 + H2O • Tampão fosfato → HPO4²⁻/H2PO4 − O fosfato inorgânico pode atuar como tampão − Seu pK é 6,8, então sua curva de titulação vai de 5,8 a 7,8 pH − Apesar de sua faixa de tamponamento ser mais próxima do pH sanguíneo (7,4), o tampão bicarbonato é mais eficiente pois sua forma ácida pode ser expirada (CO2) Tampões do LIC • Proteínas intracelulares − O tampão mais importante é a hemoglobina – Hb presente em altas concentrações nas hemácias − A oxiemoglobina libera O2 para os tecidos e se transforma em desoxiemoglobina − Essa desoxiemoglobina se liga ao H+ gerado pela dissociação do H2CO3 formado na hemácia pela combinação de CO2 e H2O Forma HHb e o H+ é tamponado Distúrbios ácido-básicos Caracterísicas: • O pH sanguíneo é determinado pela proporção entre as [ ] de HCO3 e CO2. • OBS.: uma solução-tampão é mistura que tem a capacidade de evitar que o pH das soluções sofra grandes variações − Formada por um ác ou base fraco e um sal desse ác ou base • ACIDEMIA: − ↑ de [H+] no sangue e ↓ do pH. − É causada pela acidose. − Se o pH arterial estiver abaixo de 7,37 tem-se uma acidemia. • ALCALEMIA: − ↓ de [H+] no sangue e ↑ do pH. − É causada pela alcalose. − Se o pH arterial estiver acima de 7,42 tem-se uma alcalemia. Distúrbios: • Acidose metabólica − ↓ CO2 ↓PCO2 − ↑ H+ ↓ pH Aumento da produção ou pela ingestão de ácidos fixos ou pela redução da excreção − ↓ HCO3 − Hiperventilação – compensação A ↓ do pH ativa quimiorreceptores nos corpos carotídeos − ↑ reabsorção de HCO3 pelo rim – correção O excesso de H+ vai ser excretado na forma de ácido e de NH4+ Mais HCO3- será sintetizado e absorvido pelos rins, para repor o que foi consumido, no tamponamento. − CASO CLÍNICO: A acidose metabólica pode desenvolver em pacientes diabéticos dependentes de insulina secundária à produção de cetoácidos se as dosagens de insulina não são adequadas. Como resposta compensatória a esta acidose, respiração profunda e rápida se desenvolve. Este modelo de respiração é chamado de respiração de Kussmaul. Com a respiração Kussmaul prolongada, os músculos envolvidos podem se tornar fadigados. Quando a fadiga ocorre, a compensação respiratória é diminuída e a acidose se torna mais grave. • Alcalose metabólica − ↑ CO2 ↑PCO2 − ↓ H+ ↑ pH Temponamento: Para utilizar os tampões do LIC, o H+ sai das células em troca de K+, resultando em hipocalemia. − ↑ HCO3 Perda de H+ pelos sist. gastrointestinal e renal O H+ secretado pelo estômago vai para o ID, onde o pH baixo estimula a secreção de HCO3 pelo pâncreas Vômito – perde HCl pelo estômago HCO3 não é secretado no ID e permanece no sangue − Hipoventilação – compensação ↑ pH inibe os quimiorreceptores carotídeos − ↑ excreção de HCO3 pelo rim – correção − CASO CLÍNICO: Perda de conteúdos gástricos do corpo (p. ex., vômito, sucção nasogástrica) produz alcalose metabólica secundária à perda de HCl. Se a perda do fluido gástrico é significante, a contração do volume do LEC ocorre. Nesta condição, os rins não conseguem excretar quantidades sufi cientes de HCO3 – para compensar a alcalose metabólica. • Acidose respiratória − ↑ CO2 ↑PCO2 Causada pela hipoventilação − ↑ H+ ↓pH − ↑ HCO3 − Nenhuma compensação pulmonar − ↑ reabsorção de HCO3 pelo rim – compensação • Alcalose respiratória − ↓ CO2 ↓PCO2 Causada pela hiperventilação − ↓ H+ ↑pH − ↓ HCO3 − Nenhuma compensação pulmonar − ↓ reabsorção de HCO3 pelo rim – compensação Menos CO2 se entra nas células renais e menos H+ e HCO3- é excretado e reabsorvido, respectivamente. − Alcalose respiratória aguda: a compensação renal ainda não ocorreu e o pH é bem alto. − Alcalose respiratória crônica: a compensação renalç está ocorrendo e tende a normalizar a proporção HCO3-/CO2 e o pH. • OBS: − Para cada distúrbio metabólico, altera a PCO2 (compensação respiratória) para a variação da [HCO3] − Para cada distúrbio respiratório, altera a [HCO3] (compensação renal) para a variação da PCO2 HIATO ANIÔNICO (Anion Gap) para diagnosticar distúrbios acidobásicos • As [ ] de ânions e cátions no plasma devem ser = para manter a neutralidade elétrica. • Medem-se o cátion Na+ e os ânions Cl e HCO3 em laboratório para diagnosticar acidose metabólica − Acidose metabólica – aumento de ácidos não voláteis como na cetoacidose diabética − A queda de HCO3 não é acompanhada pelo aumento equivalente de Cl • Hiato aniônico plasmático = [Na] – [HCO3] – [Cl] − O hiato vai de 8 a 16 mEq/L → geralmente os ânions não medidos excedem os cátions não medidos Sistema renal Excreção • Filtrado → tem tudo que é encontrado no plasma sanguíneo, menos proteína • Quando o filtrado flui para os ductos coletores, já perdeu H2O, nutrientes e íons • Urina → restos metabólicos (ureia) e subst. desnecessária • Os rins processam 180L de fluido por dia → 1,5L é urinado, o resto retorna para a circulação Filtração glomerular • Processo PASSIVO → pressão hidrostática força os fluidos e solutos através de memb. – água, aas, glicose, etc • Proteínas não passam para o filtrado – moléc grandes • As proteínas dentro dos capilares mantêm a pressão coloidosmótica no sangue glomerular – evita a perda de toda água para os túbulos renais • Proteinúria ou hematúria indica problema na membrana de filtração. • CASO CLÍNICO: − A síndrome nefrótica é causada por diversos distúrbios, caracterizando-se por aumento na permeabilidade dos capilares glomerulares às proteínas causando proteinúria. O surgimento de proteínas, na urina, pode indicar a presença de doença renal. Pessoas com essa síndrome, frequentemente, desenvolvem hipoalbuminemia, em virtude da proteinúria. Além disso, normalmente ocorre edema generalizado em pessoas com síndrome nefrótica. • A pressão de filtração resultante (PFR) é responsável pela formação do filtrado. − A pressão hidrostática glomerular (PHg) é a força que impulsiona a água e os solutos para fora do sangue através da memb. − A PHg é contraposta por duas forças que inibem a perda de líquido dos capilares glomerulares: POg: pressão oncótica (coloidosmótica) do próprio sangue que está passando no glomérulo PHc: pressão hidrostática capsular, exercida pelos fluidos na capsula glomerular. − PFR = PHg – (POg + PHc) → a PFR a partir do plasma é de 10mmHg • A taxa de filtração glomerular é o volume de filtrado formado a cada minuto pela ação dos glomérulos renais − TGF normal = 120 a 125 mL/min − Regulação da TGF Controles intrínsecos: agem localmente nos rins para manter a TFG constante, em resposta à PA. Os controles intrínsecos não conseguem lidar com uma PA muito baixa (hemorragia). Se a PA diminuir abaixo de 80mmHg, os controles extrínsecos se sobressaem. Controle miogênico: → Capacidade do músculo liso vascular se contrair ao ser estirado → ↑ PA = arteríolas glomerulares AFERENTES se CONTRAIAM, o que restringe o fluxo de sangue para o glomérulo → ↓ na PA = arteríolas AFERENTES DILATEM e aumentem o fluxo de sangue para o glomérulo = PHg, mantém a TFG constante. Controle por feedback tubuloglomerular: → Realizado pelas céls da mácula densa → no ramo ascendente da alça de Henle e respondem à [NaCl] no filtrado → ↑PA, ↑TFG, ↑ [NaCl] (não há tempo para a reabsorção) Céls da mácula densa libera subst. vasoconstritora (ATP) → CONSTRIÇÃO nas arteríolas aferentes (maior tempo para reabsorção de NaCl) → Céls da mácula densa expostas a um ↓ fluxo de filtrado e ↓ [NaCl],a liberação de ATP é inibida → VASODILATAÇÃO nas arteríolas aferentes. Controles extrínsecos: agem controlando a homeostase da PA pelos sistemas nervoso e endócrino – neural e hormonal Controle pelo SNA Simpático: → ↑PA = noradrenalina liberada pelas fibras simpáticas e adrenalina liberada pela medula da suprarrenal agem nos receptores ALFA1 no músculo liso vascular → forte CONSTRIÇÃO nas arteríolas AFERENTES → INIBIÇÃO do processo de filtração → Isso ESTIMULA o mecanismo da renina-angiotensina pela estimulação das células da mácula densa → o simpático também estimula as células granulares do aparelho justaglomerular, a partir do receptor BETA1, a liberarem RENINA, que vai atuar no sistema renina-angiotensina. Mecanismo da RENINA-ANGIOTENSINA: → Estímulos fazem as céls granulares liberarem o hormônio renina. → Renina converte angiotensinogênio em angiotensina I → Angiotensina I é inativada e convertida em angiotensina II pela ECA (enzima presente nos pulmões) → A angiotensina II age para estabilizar a PA e o volume do LEC Potente vasoconstritor → ativa músculos das arteríolas, ↑PA Estimula a reabsorção de Na pela estimulação da liberação de aldosterona pelo córtex da suprarrenal Estimula o hipotálamo a produzir e a neurohipófise a liberar o ADH, além de ativar os centros da sede Aumenta a reabsorção de fluidos pela constrição das arteríolas eferentes OBS.: todos os efeitos da angiotensina II são para ↑ o volume do LEC e ↑PA → Estímulos que ativam a liberação de RENINA ↓ perfusão sanguínea no glomérulo ↓ estiramento das céls glanulares ↓ de NaCl ↑ sinais das céls da mácula densa ↑ estimulação das céls glanulares ↑ estimulação das céls glandulares via receptores beta1-adrenérgicos pelos nervos simpáticos renais → CASO CLÍNICO: A ECA degrada a bradicinina, inativando-a, e transforma a angiotensina I, hormônio inativo, em angiotensina II, que é ativa. A ECA aumenta os níveis de angiotensina II e reduz os de bradicinina. Os fármacos chamados inibidores da ECA (p. ex., enalapril, captopril), ↓ PA sistêmica, em pacientes com hipertensão, diminuem os níveis de angiotensina II e elevam os de bradicinina. Esses dois efeitos reduzem a resistência vascular sistêmica, a pressão arterial e a resistência vascular renal, aumentando, dessa forma, a IFG e o FSR. Os antagonistas do receptor de angiotensina II (p. ex., losartana) também são usados para tratar a pressão arterial elevada. Como o nome sugere, esses medicamentos bloqueiam a ligação da angiotensina II ao receptor de angiotensina II (AT1). Portanto, bloqueiam os efeitos vasoconstritores da angiotensina II sobre a arteríola aferente, aumentando a IFG e o FSR. Ao contrário dos inibidores da ECA, os antagonistas do receptor de angiotensina II não inibem o metabolismo das cininas (p. ex., bradicinina). Reabsorção tubular: • Glicose e aas são completamente reabsorvidos para manter as [ ] do plasma • A reabsorção de H2O e da maioria dos íons é regulada em resposta a sinais hormonais • Pode ser um processo ATIVO ou PASSIVO de acordo com a subst. transportada • REABSORÇÃO DE Na – processo ATIVO − Na do filtrado → céls tubulares através de T.A. 2º, a favor do gradiente de [ ] → bomba de Na/K → leva moléc de glicose junto − Na dentro das céls tubulares é transportado ativamente para o LI pela bomba Na/K − No líq intersticial → Na difundido para dentro dos capilares pelo grande fluxo de H2O dentro dos vasos • REABSORÇÃO DE H2O, ÍONS E OUTROS NUTRIENTES − Na gera gradiente elétrico ao se movere das céls tubulares para os capilares sanguíneos, favorecendo a reabsorção de ânions. − A H2O se move por osmose para dentro dos capilares peritubulares pelas aquaporinas − A medida que a H2O deixa os túbulos, ↑ [ ] de solutos no filtrado e eles começam a seguir seus gradientes de [ ] para dentro dos capilares tubulares. − Subst. reabsorvidas por T.A. 2º → glicose, aas, lactato, vitaminas e maioria dos cátions • OBS.: existe um transporte máximo – Tm para quase todas subst. reabsorvidas ativamente − Tm = nº de carreadores nos túbulos renais disponíveis para carrear cada subst. − Quando carreadores estão saturados, o excesso é excretado na urina Ex.: hiperglicemia por diabetes melitos ↑ [glicose] no plasma, Tm para glicose é excedido → glicosúria • SUBST NÃO REABSORVIDAS − Falta de carreadores ou subst. muito grandes → ureia, creatinina, ác. úrico − CREATININA → [ ] no plasma é estável → útil para medir a TFG e a função glomerular Capacidades absortivas dos túbulos renais e ductos coletores: • TCP – túbulo contorcido proximal: − As células são as mais ativas na reabsorção. − Glicose, lactato, aas, TA 2º com Na − Na → TA 1º → bomba de Na/K → gera gradiente eletroquímico para a difusão passiva de soluto, osmose e TA 2º com Na − Água → osmose para a reabsorção de solutos − Cátions → TP direcionado pelo gradiente de [ ] − Ânions → TP direcionado pelo gradiente de [ ] para o CL e TA 2º para Na e HCO3 − Ureia e solutos lipossolúveis: difusão passiva direcionada pelo gradiente de [ ] • Ramo descendente da alça de Henle − Reabsorção de H2O por osmose por aquaporinas • Ramo ascendente da alça de Henle − Escasso de aquaporinas → H2O não sai − Na, Cl e K → TA 2º via co-transportador Na-K-2Cl − Ca e Mg → difusão passiva paracelular direcionada pelo gradiente de [ ] • TCD – túbulo contorcido distal e DC – ducto coletor − Pouca reabsorção de NaCl → simporte − A reabsorção é ocorre de acordo com as necessidades do corpo no momento, regulada por hormônios Aldosterona para o Na ↓ de Na – hiponatremia ↓ do volume sanguíneo ou da PA ↑ de K no LEC – hipercalemia ADH para H2O → inserção de aquaporinas PTH – paratormônio para o Ca − O PAN (peptídeo natriurético atrial) reduz a [Na] diminuindo o volume e a PA Liberado por céls atriais cardíacas ↑ volume sanguíneo e ↑PA = PAN inibe a reabsorção de Na nos DC → secreção de angiotensina II e estímulo da TFG → dilata arteríolas renais → ↓ reabsorção de H2O, ↓ vol sg, ↓PA Secreção tubular • Subst. como H, K, NH4, creatinina e certos ác orgânicos podem se mover para dentro ou para fora do filtrado • Com exceção do potássio, o TCP é o principal local de secreção, mas as porções corticais dos ductos coletores e as regiões finais dos TCD também participam da secreção Regulação da [ ] e do volume de urina • Osmolaridade = nº de partículas dissolvidas em 1kg de água • ↑ osmolaridade = ↑ concentração • Os rins realizam realiza a manutenção da [ ] osmótica do plasma por mecanismos de contracorrente − Contracorrente = líq fluem por túbulos adjacentes em direções opostas − Estabelece um gradiente osmótico do córtex à medula − Permite que os rins variem a [ ] da urina • Mecanismo contracorrente − A alça de Henle descendente é impermeável aos solutos e permeável a H2O − A AH ascendente é permeável aos solutos e impermeável a H2O − A reciclagem da ureia contribui para o gradiente osmótico medular Nos ramos finais da AH, a ureia entra no filtrado por difusão facilitada Filtrado chega ao DC: a ureia muito [ ], é transportada por difusão facilitada para fora do túbulo e para dentro do LI medular Isso faz com que a ureia recircule de volta ao ramo fino da AH e contribua para a alta osmolaridade medular • Formação da urina diluída − O filtrado é diluído ao passar pelo ramo ascendente da AH. − Para excretar urina diluída → permitir que o filtrado siga seu caminho para a pelve renal sem reabsorver água ADH não é liberado pela neurohipófise → DC impermeável a água • Formação da urina concentrada − O ADH inibe a diurese, ↓ vol da urina − O ADH gera a inserção de aquaporinas no DC → água passa facilmente para dentro das céls e depois para o LI − A liberação de ADH é estimulada pelo ↑ da osmolaridade do plasma acima de 300mOsm ou grande ↓ do vol sanguíneo• Diuréticos − Subst. química que ↑ o vol urinário por não ser reabsorvida e por carregar água junto com ela (ex.: glicose em diabetes melito) − O álcool estimula a diurese pela inibição da liberação de ADH − ↑ fluxo urinário pela inibição da reabsorção de Na e da reabsorção de água no TCP (ex.: cafeína) Equilíbrio hídrico e osmolaridade do LEC • A entrada de H2O deve ser igual à saída. • O aumento da osmolaridade do plasma (>300mOsm/Kg) desencadeia: − Ativa o mecanismo da sede − Liberação de ADH → faz com que os rins conservem mais H2O e excretem urina concentrada • A diminuição da osmolaridade inibe tanto a sede quanto a liberação de ADH • Regulação da ingestão de H2O − ↑ da osmolaridade do plasma excita o centro da sede no hipotálamo Boca seca: ↑ da pressão coloidosmótica ↓ líquidos deixem a corrente sanguínea para as céls Menos produção de saliva, aumentando a sede: gls salivares obtém água do sangue − Os neurônios do centro da sede são estimulados quando: Osmorreceptores perdem água por osmose para o LEC hipertônico Osmorreceptores são ativados pela angiotensina II por estímulo de barorreceptores • Regulação da perda de água − Perda obrigatória de água na urina → rins excretam 900 a 1200mOsm de solutos para manter a homeostase do sangue − A [ ] de solutos e o vol de urina dependem da ingestão de líquidos, da dieta e da perda de água por outros meios − INFLUÊNCIA DO ADH A quantidade de água reabsorvida nos DC é proporcional à quantidade de ADH liberada ↓[ ] de ADH = maior parte da água que chega aos DC não é reabsorvida → falta aquaporinas Resultado = urina diluída e redução dos líq corporais ↑[ ] de ADH = aquaporinas são inseridas e quase toda água é reabsorvida Resultado = urina concentrada e em pequeno volume Os osmorreceptores do hipotálamo reconhecem a [ ] de solutos do LEC e estimulam ou inibem a liberação de ADH da neurohipófise de acordo com essa [ ] ↓ da osmolaridade do LEC = ↑ liberação de ADH pela estimulação dos osmorreceptores ↑ da osmolaridade do LEC = ↓ liberação de ADH ↑ excreção de água na urina, restaurando a osmolaridade sanguínea ↓ PA ↑ secreção de ADH Diretamente via barorreceptores no átrio e em alguns vasos sanguíneos Indiretamente via sistema renina-angiotensina • CASO CLÍNICO: − Hemorragia → ↓ PA, ativando os baroreceptores. A norepinefrina causa intensa vasoconstrição das arteríolas aferente e eferente, reduzindo a IFG e o FSR. ↑ atividade simpática ↑ a liberação de epinefrina e angiotensina II, causando maior vasoconstrição e a redução do FSR. O aumento da resistência vascular, dos rins e de outros leitos vasculares, aumenta a resistência periférica total. Com isso, a PA tende a aumentar, contrabalançando a queda de pressão provocada pela hemorragia. Assim, esse sistema atua para preservar a pressão arterial, à custa da manutenção dos valores normais da IFG – intensidade de filtração glomerular e do FSR – fluxo sanguíneo renal. − Estenose da artéria renal (estreitamento da luz da artéria), causada por aterosclerose, pode causar aumento sistêmico da PA, mediado pela estimulação do sistema renina-angiotensina. ↑ pressão na região da artéria proxima à estenose, mas a pressão na região distal à estenose se mantém normal ou ↓. A administração de fármacos para reduzir a PA sistêmica também diminui a pressão distal à estenose → o FSR, a PCG – pressão na cápsula glomerular e a IFG diminuem. Mecanismos renais do balanço acidobásico: • Reabsorção de HCO3 filtrado: − Quase 99,9% do HCO3 filtrado é reabsorvido − Maior parte é no TCP e pequena parte na AH, TCD e nos DC − Mecanismo de reabsorção de HCO3 no TCP Na, gerado pela bomba Na/K, entra na cel a favor do gradiente de [ ] e o H é sai contra o seu gradiente de [ ] através do contratransporte (TA 2º) O H secretado se combina com o HCO3→ H2CO3 → anidrase carbônica → H2O + CO2 que entram facilmente na cél Na cel, o CO2 e a H2O se combinam → H2CO3 pela anidrase carbônica intercelular → H + HCO3 O H é secretado pelo trocador Na/H para auxiliar em nova reabsorção de HCO3 O HCO3 é transportado para o sangue por dois mecanimos: Simporte de Na/HCO3 Antiporte de Cl/HCO3 − Efeito da PCO2 Acidose respiratória: ↑ PCO2 ↑ [CO2] nas céls para gerar H e ↑ HCO3 pode ser reabsorvido ↑ ↓ [HCO3] no plasma ↑pH arterial Alcalose respiratória: ↓ PCO2 ↓ [CO2] nas céls para gerar H e ↓HCO3 pode ser reabsorvido ↓ [HCO3] no plasma ↓pH arterial • Excreção de H na forma de ácido titulável − Ácido titulável = H excretado com tampões urinários − O fosfato inorgânico é o mais importante desses tampões devido à sua ↑ [ ] na urina e pK ideal − Mecanismo de excreção: O ácido titulável é excretado por todo o néfron, mas principalmente por céls da porção final do TCD e do DC Pode ser excretado por ATPase H estimulada pela aldosterona ou pela ATPase H/K O H secretado se combina com a forma ácida do tampão fosfato (HPO4²⁻) → H2PO4 – ác titulável excretado O H secretado pela ATPase H é produzido a partir do CO2 + H2O = H2CO3 que se dissocia em H (que é secretado) e HCO3 (que é reabsorvido pelo sangue via trocador Cl/HCO3) • Excreção de H como NH4 − Mecanismo de excreção: TCP: Glutamina é metabolizada em NH3 e alfa-cetoglutarato, que é metabolizado em HCO3 Na cel, NH3 é convertida em NH4, que é secretado para o lúmen pelo trocador Na/NH4 HCO3 é reabsorvido para o sangue via simporte Na/HCO3 Uma parte do NH4 é excretada diretamente na urina AH ascendente espessa: Parte do NH4 é reabsorvido por substituição pelo K no co-transportador Na-K-2Cl DC: Quando o H é secretado no líq tubular a NH3 se combina formando o NH4 Apenas a forma NH3 é lipossolúvel e pode se difundir através das céls dos DC para o líq tubular No líq tubular, o NH3 se combina com o H secretado, formando o NH4 Sistema endócrino Composto por um grupo de glândulas cuja função é regular o metabolismo do corpo, através de vários tipos de mensageiros químicos; HORMÔNIOS • São substancias químicas secretadas para o LEC, que regulam a função de outras células. − Existem três classes: Proteicos Esteroides - derivados do colesterol Aminas - derivados da tirosina Feedback negativo • Controle da liberação hormonal a partir do próprio hormônio • Tem como finalidade inibir sua hipersecreção − Feedback de alça LONGA: quando o hormônio volta a agir lá no eixo hipotálamo-hipófise. − Feedback de alça CURTA: quando um hormônio da hipófise anterior age sobre o hipotálamo, inibindo a secreção do hormônio liberador hipotalâmico. − Feedback de alça ULTRACURTA: o hormônio hipotalâmico inibe a sua própria secreção (EX: o hormônio liberador do hormônio de crescimento, o GHRH, inibe a própria secreção de GHRH). − OBS: A variável controlada não é a taxa de secreção do hormônio, mas o grau de atividade no tecido-alvo. Então, somente quando a atividade no tecido-alvo se eleva até um nível apropriado, os sinais de feedback para a glândula endócrina serão suficientes para tornar mais lenta a secreção do hormônio. Feedback positivo • A ação de um hormônio causa secreção adicional desse hormônio. − EX: Durante o ciclo menstrual, os ovários secretam estrogênio, que estimula a hipófise anterior a secretar FSH e de LH. E o FSH e o LH vão voltar a estimular a ovulação e a secreção de mais estrogênio pelos ovários. Regulação dos Receptores Hormonais • Para responder a um hormônio, um tecido-alvo tem que ter receptores específicos para esse hormônio. • A reatividade do tecido-alvo depende tanto da concentração hormonal quanto da sensibilidade desses receptores. • Essa sensibilidade pode ser alterada por duas maneiras: − Regulação para baixo → o hormônio diminui o número ou a afinidade, de seus receptores no tecido-alvo. Objetivo: reduzir a sensibilidadedo tecido-alvo, quando os níveis hormonais ficam elevados por longo períodos. − Regulação para cima → o hormônio aumenta o número, ou a afinidade, dos seus receptores. HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS • H. liberador da tireotrofina (TRH): Estimula a secreção de TSH (H. Estimulador da tireóide) • H. liberador de corticotrofina (CRH): estimula a secreção de ACTH • H. liberador do H. do crescimento (GHRH): estimula a secreção do H. do crescimento • H. liberador da gonadotrofina (GnRH): Estimula a secreção de FSH e LH. • H. inibidor da prolactina (PIH): INIBE a secreção de prolactina pelos lactotrofos HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS • A hipófise anterior (ADENOHIPÓFISE) secreta seis hormônios peptídicos: − Hormônio estimulante da tireoide (TSH) Estimulado: pelo TRH e indiretamente pela gestação Inibido: por retroalimentação negativa exercida pelos hormônios tireoidianos na hipófise anterior. − Hormônio folículo estimulante (FSH) Nas mulheres, estimula a maturação do folículo ovariano e a produção de estrogênios. Nos homens, estimula a produção de esperma. Estimulado pelo GnRH Inibido por retroalimentação negativa exercida por inibina, estrogênios nas mulheres e testosterona nos homens. − Hormônio luteinizante (LH) Nas mulheres, desencadeia a ovulação e estimula a produção do estrogênio e progesterona pelos ovários. Nos homens, estimula a produção de testosterona Estimulado pelo GnRH Inibido por retroalimentação negativa exercida por estrogênio e progesterona nas mulheres e testosterona nos homens. − Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) Promove a liberação de glicocorticoides e androgênios no córtex da supra-renal. Estimulado pelo CRH Inibido por retroalimentação negativa exercida pelos glicocorticoides − Hormônio do crescimento - GH Provoca o crescimento de quase todos os tecidos do corpo que são capazes de crescer; Principais ações Crescimento linear, efeito diabetogênico (aumenta a [ ] de glicose no sangue), aumento da síntese de proteínas, crescimento de órgãos, redução do catabolismo de proteínas e aa; SOMATOMEDINAS O GH estimula o fígado a produzir essas pequenas proteínas chamadas somatomedinas, seus efeitos sobre o crescimento são = aos efeitos da insulina, são chamadas de fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs). Elas amplificam em todos os aspectos a ação do hormônio do crescimento sobre os tecidos. → A maioria dos efeitos do GH resulta mais das somatomedinas, do que dos efeitos diretos do próprio hormônio A mais importante é a somatomedina C e sua concentração acompanha a da taxa de secreção do GH Regulação Via estimulante: GHRH → age sobre a adenohipófise e estimula a síntese e secreção do hormônio do crescimento Via inibitória: SOMATOSTATINA → Age sobre adenohipófise, bloqueando a ação do GHRH e inibindo a secreção do GH Durante a infância, sua secreção permanece estável, tem uma elevação considerável na puberdade, e cai na senescência − Prolactina Na puberdade, estimula a proliferação dos ductos mamários. Na gravidez, estimula o crescimento e desenvolvimento dos alvéolos mamários, que irão produzir leite. Durante a amamentação, é responsável pela diminuição da fertilidade, uma vez que inibe a ovulação → inibindo a secreção do GnRH INIBIÇÃO: Em mulheres NÃO grávidas ou em lactação, a secreção de prolactina é inibida pela dopamina do hipotálamo. O efeito inibitório da dopamina supera o efeito estimulante do TRH. ESTIMULAÇÃO: A gravidez e a amamentação são os estímulos mais importantes da secreção de prolactina. DEFICIÊNCIA de prolactina → Pode ser causada pela destruição dos lactotrofos da adenohipófise → falha na lactação. EXCESSO de prolactina: Deficiência de dopamina por comprometimento do hipotálamo ou tumores secretores de prolactina • A hipófise posterior (NEUROHIPÓFISE) secreta dois hormônios: − Hormônio antidiurético – ADH Secretado em casos de: Aumento da osmolaridade plasmática → detectado por osmoreceptores Hipovolemia → redução da PA → detectada por barorreceptores Resulta em: Aumento da permeabilidade da água → aquaporinas → maior reabsorção de água Contração do músculo liso vascular → aumento da resistência periférica total FISIOPATOLOGIA DIABETES INSÍPITO CENTRAL: → Causada por falha da neurohipófise em secretar ADH, com isso os ductos coletores ficam impermeáveis à água. → Produção de muita urina diluída, e líquidos corporais concentrados. DIABETES INSÍPITO NEFROGÊNICO: → As células principais do ducto coletor não respondem ao ADH, devido ao defeito em um receptor, com isso, a água não é reabsorvida nos ductos coletores, resultando na excreção de grandes volumes de urina diluída. → Os líquidos corporais ficam concentrados, e a osmolaridade sérica aumenta. OBS: Ao contrário do diabetes insípito central, os níveis de ADH estão elevados, devido à estimulação da secreção pelo aumento da osmolaridade. − Ocitocina Causa a ejeção do leite e contrações uterinas relacionadas ao trabalho de parto O principal estímulo para a secreção de ocitocina é a sucção da mama. HORMÔNIOS TIREOIDEOS • Atuam sobre praticamente todos os sistemas de órgãos no corpo, regulando o metabolismo; − ↑ consumo de O2, ↑ débito cardíaco, ↑FC, ↑ metabolismo basal, ↑ da temp. corporal, ↑ absorção de glicose − No período perinatal, os hormônios da tireoide são essenciais para a maturação do SNC. • REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DOS HORMONIOS TIREOIDEANOS − O controle principal da síntese e da secreção dos hormônios tireoideanos é feito pelo eixo hipotalâmico-hipofisário. − Hipotálamo → TRH O TRH afeta diretamente os tireotrofos da hipófise anterior, aumentando sua secreção de TSH. − Adenohipófise → TSH O TSH aumenta a síntese e a secreção dos hormônios da tireoide, estimulando cada etapa da via biossintética. OBS: a secreção de TSH é regulada por dois fatores: Pelo TRH Pelos hormônios tireoidianos, que inibem a secreção de TSH regulando para baixo os receptores de TRH nos tireotrofos, diminuindo, assim, sua sensibilidade à estimulação pelo TRH (feedback negativo) • FISIOPATOLOGIA DOS HORMONIOS DA TIREOIDE − Hipertireoidismo A forma mais comum do hipertireoidismo é a DOENÇA DE GRAVES, um distúrbio autoimune, caracterizado pelo aumento dos níveis circulantes de imunoglobulinas estimulantes da tireoide. Essas imunoglobulinas são anticorpos para os receptores de TSH, nas células foliculares da tireoide. Quando presentes, os anticorpos estimulam, intensamente, a glândula tireoide, resultando em aumento da secreção de hormônios da tireoide e hipertrofia da glândula. Outras causas de hipertireoidismo são neoplasias na glândula, excesso de secreção de TRH ou de TSH e administração de hormônios tireóideos exógenos. CAUSA Doença de graves, adm. Exógena de hormônios ou neoplasia na tireoide → Níveis de TSH = ↓ [devido ao feedback negativo de T3]. Aumento da secreção de TRH ou de TSH (distúrbio hipotalâmico ou hipofisário) → Níveis de TSH: ↑. Sinais e sintomas: Perda de peso, aumento do metabolismo basal, Produção excessiva de calor e transpiração, frequência cardíaca aumentada, devido à regulação para cima dos receptores B1 no coração, Dispneia, Exoftalmia, Bócio − Hipotireoidismo A causa mais comum é a destruição autoimune da tireoide (tireoidite), quando os anticorpos podem destruir, literalmente a glândula ou podem bloquear a síntese de hormônios tireoidianos. Outras causas são: a remoção cirúrgica da tireoide, como tratamento do hipertireoidismo, insuficiência hipotalâmica ou da hipófise e deficiência de I-. CAUSA: Defeito na tireoide → Níveis de TSH ↑ pelo feedback negativo da falta de T3 e T4. Defeito no hipotálamo ou na hipófise → níveis de TSH ↓. Sinais e sintomas: Ganho de peso, diminuição do metabolismo basal, diminuição da produção de calore sensibilidade ao frio, frequência cardíaca diminuída, retardo no crescimento, retardo mental, hipoventilação, Letargia Quando a causa do hipotireoidismo é defeito na tireoide, os altos níveis de TSH vão desenvolver o bócio pela estimulação constante da glândula. − Cretinismo Causado por hipotireoidismo extremo em fetos, bebês ou crianças. Se caracteriza pela deficiência do crescimento corporal e por retardo mental. Resulta da ausência congênita da tireoide, de sua incapacidade de produzir hormônio tireoidiano devido a um defeito genético ou da ausência de iodo na dieta (cretinismo endêmico). HORMÔNIO PARATIREOIDEO – PTH • Produzido e secretado pelas células principais das 4 paratireoides, localizadas no pescoço sob a tireoide. • Seu papel é o de regular a concentração de Ca2+ no LEC. • Regulação da secreção de PTH − A secreção do PTH é regulada pela concentração plasmática de Ca2+ Baixas concentrações estimulam as paratireoides a secretarem PTH, e altas concentrações de Ca2+, inibem. • Ações do PTH − Osso: O PTH se liga aos seus receptores nos osteoclastos e estimula a reabsorção óssea, fornecendo Ca2+ e fosfato para o LEC. − Rim: O PTH inibe a reabsorção de fosfato, inibindo o simporte de Na+/fosfato pelo TCP. Provoca fosfatúria, aumento de fosfato na urina → Esse fosfato seria, de outro modo, complexado com o Ca2+ no LEC. Além dessas ações, o PTH também estimula a reabsorção de Ca2+ no TCD do néfron. OBS: isoladamente, os efeitos do PTH, no osso, não podem ser responsáveis por aumentar a concentração plasmática de Ca2+, pois, o fosfato liberado pelo osso, vai se complexar com o Ca2+, no LEC, e limitar o aumento da concentração de Ca2+ ionizado → forma ativa. − Intestino delgado: Indiretamente, o PTH estimula a absorção intestinal de Ca2+ pela ativação da vitamina D. • FISIOPATOLOGIA DO PTH − Hiperparatireoidismo: Comumente causado por adenomas da paratireoide, que secretam grandes quantidades de PTH. As consequências são: Hipercalcemia: resulta do aumento da reabsorção óssea, renal e intestina de Ca2+. Hipofosfatemia: resulta da diminuição da reabsorção renal de fosfato e da fosfatúria. Sintomas: cálculos decorrentes da hipercalciúria, ossos comprometidos, decorrente do aumento da reabsorção. − Hipoparatireoidismo: Pode ser causada por cirurgia na tireoide, tratamento de hiperparatireoidismo. Assim, haverão baixos níveis circulantes de PTH, resultando em: Hipocalemia: diminuição de reabsorção óssea, renal e intestinal do Ca2+ Hiperfosfatemia: aumento da reabsorção de fosfato. CALCITONINA • Sintetizada e secretada pelas células parafoliculares ou células C da tireoide. • O principal estimulo para a secreção de calcitonina é o aumento da concentração plasmática de Ca2+. • Ação: Inibe a reabsorção óssea osteoclástica, diminuindo a concentração plasmática de Ca2+ VITAMINA D • Em conjunto com o PTH, é o segundo maior hormônio regulador do Ca2+ e do metabolismo do fosfato. − O papel do PTH é o de manter a concentração plasmática de Ca2+ e suas ações são coordenadas para aumentar a concentração de Ca 2+ ionizado em direção ao normal. − O papel da vitamina D é o de promover a mineralização do novo osso, e suas ações são coordenadas para aumentar, tanto a concentração de Ca2+ quanto a de fosfato, no plasma, de modo que esses elementos possam ser depositados no mineral do osso novo. • A vitamina D aumenta a reabsorção de Ca2+ no intestino, no rim, pela reabsorção de Ca2+ e fosfato e no osso, estimulando a atividade dos osteoclastos juntamente com o PTH. • FISIOPATOLOGIA DA VIT. D − Deficiência de vitamina D em criança causa raquitismo, uma condição em que quantidades insuficientes de Ca2+ e fosfato estão disponíveis para a mineralização dos ossos em crescimento. − Em adultos, a deficiência de vitamina D resulta em osteomalácia, na qual o osso novo não mineraliza, resultando em curvatura e amolecimento dos ossos sustentadores de peso. SUPRARRENAL • As glândulas suprarrenais estão localizadas na cavidade retroperitoneal, acima de cada rim. − A MEDULA, na zona interna da glândula, compõe aproximadamente 20% do tecido. Ela é de origem neuroectodermica Secreta as catecolaminas epinefrina e norepinefrina. − O CÓRTEX suprarrenal, na zona externa da glândula, é de origem mesodérmica e tem três camadas distintas: Glomerular: síntese de mineralcorticoides (Aldosterona) Fascicular: síntese de glicocorticoides (cortisol) Reticular: síntese de sexocorticoides (androgênios: androstenediona e desidroepiandrosterona (DHEA). • Vias biossintéticas no córtex suprarrenal − Cada camada do córtex sintetiza e secreta, predominantemente, um tipo de esteroide − A base para essa especialização é a presença ou ausência de enzimas que catalisam as várias modificações do núcleo esteroide − O precursor de todos os esteroides adrenocorticais é o COLESTEROL − A maior parte do colesterol é fornecida para o córtex suprarrenal pela circulação, e pequenas quantidades são sintetizadas nas próprias células suprarrenais corticais − O primeiro passo, em cada via, é a conversão de colesterol em pregnenolona, catalisada pela colesterol desmolase → enzima limitadora da intensidade/velocidade na via • GLICOCORTICOIDES (Cortisol) → Zona Fascicular: − O principal glicocorticoide produzido nos seres humanos é o cortisol − Enzimas necessárias para converter o colesterol em cortisol: Desmolase colesterol → converte colesterol em pregnenolona 17alfa-hidroxilase → hidroxila pregnenolona para formar 17-hidroxipregnenolona 3beta-hidroxiesteroide desidrogenase → converte 17-hidroxiprenenolona em 17-hidroxiprogesterona 21beta-hidroxilase e 11beta-hidroxilase → hidroxilam em C11 e C21 produzindo o cortisol. − Outro gliococorticoide presente nessa via é a corticosterona EX: se a etapa de 17alfa-hidroxilase for bloqueada, a zona fasciculada ainda pode produzir corticosterona. Assim, o cortisol não é absolutamente necessário para sustentar a vida, desde que a cortoicosterona esteja sendo sintetizada. Bloqueios nas etapas do colesterol desmolase, 3beta-hidroxiesteroide desidrogenase, 21beta-hidroxilase ou 11beta- hidroxilase são devastadores, por impedir a produção de cortisol e de corticosterona. → Nesses casos, sem terapia de reposição hormonal adequada, ocorrerá morte • MINERALOCORTICOIDES (Aldosterona) → Zona Glomerular: − O principal mineralocorticoide no corpo é aldosterona − As etapas necessárias para converter colesterol em corticosterona são idênticas às da zona fasciculada, e a adição da enzima aldosterona sintase, na zona glomerulosa, converte a corticosterona em aldosterona. − 11-desoxicorticosterona (DOC) e corticosterona também têm atividade mineralocorticoide. Assim, se a via dos mineralocorticoide estiver bloqueada abaixo do nível da DOC, os mineralocorticoides continuarão a ser produzidos. Mas, se a via estiver bloqueada acima do nível da DOC (ex: ausência de 21beta-hidroxilase), então, a nenhum mineralocorticoide será produzido. • ANDROGÊNIOS (DHEA e androstenediona) → Zona Reticular: − DHEA e androstenediona são esteroides androgênicos produzidos, principalmente pela zona reticular, com quantidades menores produzidas na zona fasciculada. Têm fraca atividade androgênica, mas, nos testículos, são convertidos em testosterona, o androgênio mais potente. − Os precursores para os androgênios suprarrenais são a 17-hidroxipregnenolona e a 17-progesterona. − Nos homens, os androgênios suprarrenais têm pouca importância, pois os testículos produzem sua própria testosterona, a partir do colesterol, e não requerem os precursores suprarrenais. − Nas mulheres, entretanto, o córtex suprarrenal é a principal fonte de compostos androgênicos. • Regulação da secreção dos esteroides adrenocorticais − A síntese e excreção de hormônios esteroides, pelo córtex, dependem daestimulação da colesterol desmolase pelo ACTH. − A zona fascicular (glicocorticoides): está sobre controle exclusivo do eixo hipotálamo-hipófise → CRH - hipotálamo e ACTH - adenohipófise. − A zona reticular (androgênios) também está sob controle do eixo hipotálamo-hipófise, embora pode ter controle adicional independente. − A zona glomerulosa, (mineralocorticoides), depende de ACTH para a primeira etapa na biossíntese de esteroides, mas é controlada separadamente pelo sistema renina angiotensina-aldosterona. ACTH Secretado pela adenohipófise Tem padrão secretor pulsátil e diurno OBS: O relógio interno que determina o padrão diurno pode ser deslocado por alternância do ciclo vigília-sono, por exemplo, quando a pessoa varia o horário de dormir e de despertar. O padrão diurno também pode ser abolido por coma, cegueira ou exposição constante à luz ou ao escuro. • Regulação da secreção de Aldosterona − O ACTH continua sendo essencial nesse processo porque estimula a colesterol desmolase (1ª etapa da via). − Aldosterona apresenta padrão diurno, os níveis mais baixos ocorrem à meia-noite, e os níveis mais altos antes de acordar. − A regulação primária da secreção de aldosterona ocorre pelas variações do volume do LEC, por meio do sistema renina- angiotensina II-aldosterona e pelas alterações dos níveis séricos de K+. Renina-angiotensina II-aldosterona O mediador dessa regulação é a angiotensina II, que aumenta a síntese e a secreção de aldosterona, pela estimulação da colesterol desmolase e aldosterona sintase, primeira e última etapas da via. ↓ do vol. do LEC → ↓ da pressão de perfusão rena → ↑ a secreção de renina pelas céls justaglomerulares do rim. A renina então, catalisa a conversão do angiotensinogênio em angiotensina I, que é inativa. A enzima conversora de angiotensina (ECA) catalisa a conversão da angiotensina I em angiotensina II que atua na zona glomerulosa para estimular a síntese de aldosterona. EX: reduções do volume do LEC estimulam a secreção de aldosterona, e a aldosterona esimula a reabsorção de sódio pelos rins, para ajudar a restaura o teor de sódio no LEC e o volume do LEC. Potássio K+ sérico ↑ da [ ] sérica de K+ → ↑ a secreção de aldosterona, e as reduções reduzem a secreção de aldosterona. EX: ↑ da [ ] sérica de K+ atua nas células suprarrenais as desporalizando e abrindo canais de cálcio sensíveis à voltagem. Quando os canais de cálcio se abrem, a [ ] do cálcio intracelular ↑ e estimula a secreção de aldosterona. Aumentos no K+ sérico estimulam a secreção de aldosterona, e aldosterona aumenta a secreção de K+ pelo rim, diminuindo, assim, o K+ sérico em direção ao normal. • Ações dos esteroides adrenocorticais: − MINERALOCORTICOIDES: Aldosterona – TCD e DC: ↑ reabsorção de Na, ↑ secreção de K e H Tumor secretor de aldosterona: ↑ reabsorção de Na, ↑ secreção de K e H ↑ vol de LEC, hipertensão, hipopotassemia e alcalose metabólica Insuficiência suprarrenal: ↓ reabsorção de Na, ↓ secreção de K e H ↓ vol de LEC, hipotensão, hiperpotassemia e acidose metabólica − GLICOCORTICOIDES: Cortisol promove a gliconeogênese e armazenamento de glicogênio Cortisol tem efeitos catabólicos e diabetogênicos É necessário para a manutenção da PA e desempenha papel permissivo nas arteríolas, regulando para cima os receptores alfa1-adrenérgicos → resposta vasoconstritora às catecolaminas ↑ a FG, causando vasodilatação das arteríolas aferentes • Ações dos androgênios suprarrenais: − DHEA e androstenediona → convertidos em testosterona nos testículos − Homens: Papel menor, pois a síntese de testosterona original é a partir de colesterol − Mulheres: Principais androgênios. Responsáveis pelo desenvolvimento de pelos pubianos, axilares e pela libido Em excesso (síndrome adrenogenital), pode levar à masculinização das mulheres • FISIOPATOLOGIA DO CÓRTEX SUPRARRENAL − Doença de Addison Insuficiência adrenocortical primária → destruição autoimune de todas as zonas do córtex da suprarrenal ↓ da síntese de todos hormônios adrenocorticais ↓ dos níveis circulantes de cortisol, aldosterona e androgênios suprarrenais Sintomas: ↓ cortisol = hipoglicemia, anorexia, perda de peso, náusea, vômitos, fraqueza ↓ aldosterona = hiperpotassemia, acidose metabólica e hipotensão (↓ vol do LEC) Nas mulheres = ↓ DHEA e androstenediona = ↓ pelos pubianos e axilares, ↓ do libido Hiperpigmentação da pele (cotovelos, joelhos, mamilos) = ↑ níveis de ACTH Perfil do doente: ↑ CRH ↑ ACTH ↓ cortisol, aldosterona e androgênios Tratamento: glicocorticoides e mineralocorticoides − Insuficiência suprarrenal secundária Ocorre quando o CRH ou o ACTH é insuficiente Pode ocorrer a diminuição do ACTH, diminuindo a secreção de cortisol pelo córtex Perfil do doente: ↓ ACTH ↓ cortisol Aldosterona = normal Não terá hipopotassemia, acidose metabólica e redução do vol do LEC, não haverá hiperpigmentação pois ↓ACTH − Síndrome de Cushing Excesso da produção espontânea de cortisol, ou administração de glicocorticoides exógenos Perfil do doente: ↓ CRH – feedback negativo pelo excesso de cortisol ↓ ACTH – feedback negativo pelo excesso de cortisol ↑ cortisol Tratamento: Cetoconazol ou metirapona → bloqueia a biossíntese de hormônios esteroides Adrenalectomia bilateral associada à reposição hormonal de esteroides − Doença de Cushing Problema na adenohipófise, com hipersecreção de glicocorticoides e androgênios pela estimulação de ACTH Perfil do doente: ↓ CRH – feedback negativo pelo excesso de cortisol ↑ ACTH – adenoma hipofisário secretor de ACTH – não responde ao feedback negativo ↑ cortisol Tratamento: remoção cirúrgica do tumor secretor − Síndrome de Conn Hiperaldosteronismo primário → tumor secretor de aldosterona ↑ aldosterona = ↑ reabsorção de Na, ↑ secreção de K e H Efeitos: ↑ vol do LEC – devido ao ↑ da reabsorção de Na Hipertensão – devido ao ↑ da reabsorção de Na Alcalose metabólica – devido ao ↑ da secreção de H Os níveis circulantes de renina serão REDUZIDOS pois o vol aumentado do LEC aumenta a pressão de perfusão renal, que inibe a secreção de renina. Tratamento: antagonista da aldosterona → espironolactona, seguida pela remoção cirúrgica do tumor Sist. reprodutor masculino e feminino Sistema reprodutor masculino • Gametogênese contínua por toda a vida • Espermatogênese → processo dura cerca de 72 dias • TESTÍCULOS − No escroto → T cerca de 2°C abaixo da T corporal − Células de Sertoli Estimulada por testosterona e FSH Suporte estrutural Barreira hematotesticular → junções que ligam duas céls de Sertoli Guiam as céls espermáticas em direção ao lúmen quando amadurecem Expressam receptor para andrógeno → testosterona, FSH Produzem fluidos que servem para a manutenção do sptz Função fagocítica → corpos residuais: citoplasma do sptz Produz hormônio antimülleriano – AMH → responsável pela regressão de ductos que darão origem ao sist. feminino Produz hormônio inibina → inibe a produção de FSH Produz proteína de ligação a andrógeno – ABP → mantém nível alto de andrógeno Enzima CYP19 – aromatase → converte testosterona em estrógeno − Células de Leydig Produzem testosterona Expressa receptor para LH Níveis reduzidos de LH diminui a prod de testosterona − TESTOSTERONA Regula a função da cél de Sertoli Pode ser convertida em DHT (di-hidrotestosterona) Masculinização da genitália, crescimento e atividade da próstata, crescimento do pênis, escurecimento e pregueamento do escroto, crescimento de pelos pubianos e axilares, crescimento de pelos faciais e corporais e aumento da massa muscular − O testículo é regulado por um eixo endócrino e gonadotrofinas hipofisárias → eixo hipotalâmico-hipofisário Hipotálamo: hormônio liberador de gonadotrofina – GnRH Hipófise anterior: hormônio luteinizante – LH hormônio folículo estimulante – FSH • EREÇÃO: − Evento neurovascular. − Sist. simpático → ejaculação + vasoconstrição − Sist. parassimpático → ereção + vasodilatação • OBS.: Caso Clínico − Disfunção erétil – DE Pode ser causada por prod insuficiente de andrógeno, dano neurovascular (diabetes melito, lesão da medula espinhal), dano estrutural do pênis, fatores psicogênicos, medicações prescritas (antidepressivos) e drogas (álcool e tabaco) Tratamento: uso de inibidores seletivos de GMPc fosfodiesterases (Viagra), os quais auxiliam na manutenção de uma ereção Sistema reprodutor feminino • Gametogênese apenas durante a vida intrauterina • OVÁRIO: − Folículo primordial 5º mês de gestação – 7 milhões Maturidade sexual – 300 mil → atresia: cerca de 270 mil Entre a menarca e menopausa ovula cerca de 450 Menopausa – menos de 1000 − Folículo antral Células granulosas → receptores para FSH Células da teca → receptor para LH e produção de andrógenos (androstenediona e testosterona) • Hormônios femininos − Hipotálamo → GnRH − Hipófise anterior → FSH e LH − Ovarianos → estrogênio e progesterona • Ciclo ovariano − A cada 28 dias, FSH e LH fazem com que cerca de 8 a 12 folículos comecem a crescer nos ovários − Um ou mais desses folículos amadurece e é ovulado no 14º dia do ciclo, o restante sofre atresia − Durante o crescimento dos folículos é secretado estrogênio. − Depois da ovulação, o folículo se desenvolve em corpo lúteo que secreta estrogênio e progesterona − Após 14 dias, o corpo lúteo degenera → cai os níveis de estrogênio e progesterona → menstruação
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