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RESUMO FISIOLOGIA

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RESUMO FISIO II 
Líquidos corporais 
 Obs.: todos valores são baseados em um homem adulto com 70kg 
• Os valores podem mudar de acordo com o sexo, idade, porcentagem de gordura corporal, clima quente, dentre outros fatores 
 Entrada diária de água 
• Ingerida na forma de líquidos ou pela água nos alimentos → 2100ml/dia 
• Sintetizada pelo corpo como resultado da oxidação de carboidratos → 200 ml/dia 
• ENTRADA TOTAL → 2300ml/dia 
− Depende do clima, do hábito e do nível de atividade física 
 Perda insensível de água 
• Perda constante de água que não é percebida conscientemente 
• Através da PELE 
− Independentemente da sudorese → presente mesmo em indivíduos que não possuem gls sudoríparas 
− 300 a 400 ml/dia por difusão 
− Essa perda é minimizada pela camada de colesterol da pele 
 OBS.: indivíduos com queimaduras graves que destroem essa camada, podem perder de 3 a 5L/dia 
• Através do TRATO RESPIRATÓRIO 
− 300 a 400ml/dia por umidade 
− O ar inspirado tem pV menor que 47mmHg, fazendo com que a água saia em forma de umidade, já que a pV atm é cerca de 
47mmHg 
− Em climas frios, a pV do vapor atm diminui a quase 0, causando grande perda de água → ressecamento de vias aéreas 
 Perda diária da água 
• Perda de líquido no SUOR 
− É muito variável 
− Geralmente, 100 ml/dia 
− Climas quentes, exercícios físicos pesados → 1 a 2L/hora 
• Perda de água nas FEZES 
− 100 ml/dia 
− Pode aumentar para vários litros em caso de diarreia grave → ameaça a vida 
• Perda de água pelos RINS 
− De acordo com o ganho de eletrólitos e com o grau de hidratação. 
− Os rins são um importante mecanismo de controle da homeostase de líquidos e eletrólitos. 
 Compartimentos de líquidos corporais 
• LIC – liquido intracelular 
− Cerca de 28 a 42L de líquidos totais do corpo → estão dentro das células 
− Os principais cátions do LIC são o potássio (K+) e o magnésio (Mg2+), e os ânions contrabalanceadores, as proteínas e os fosfatos 
orgânicos. 
• LEC – líquido extracelular 
− Plasma sanguíneo (3L) → circula nos vasos sg 
− Líquido intersticial (11L) → banha as céls → é o ultrafiltrado do plasma 
− Liquido transcelular (cerca de 1 a 2L) 
 Líquidos dos espaços sinoviais, peritoneais, pericárdicos, intraoculares e liq cefalorraquidiano 
− O principal cátion do LEC é o sódio (Na+) e os ânions que o contrabalançam são o cloreto e o bicabornato (HCO3-). 
• OBS.: o sangue possui tanto LIC (nas hemácias) quanto LEC (no plasma) 
• Cada compartimento deve obedecer a eletroneutralidade → mesma concentração de cargas + e – 
• A seletividade da membrana permite a diferença do LIC e do LEC e a homeostasia dos órgãos 
• As diferenças de pressão osmótica entre o LEC e o LIC são responsáveis pelo movimento de líquido entre esses compartimentos. 
− Como a membrana plasmática celular contém canais de água (aquaporinas), a água cruza facilmente a membrana 
− A concentração total de solutos (osmolaridade) é a mesma no LIC e no LEC 
 OSMOSE 
• É o fluxo de água através da membrana semipermeável, devido às diferenças de concentração dos solutos. 
• As diferenças de concentração de solutos impermeáveis estabelecem diferenças de pressão osmótica, que é a força que faz com 
que a água flua por osmose. 
 
• Osmolaridade: 
− É a concentração de partículas osmoticamente ativas (solutos). 
− Quando duas soluções apresentam a mesma osmolaridade, são denominadas isosmóticas. 
− Quando apresentam osmolaridades diferentes: 
 A de maior osmolaridade é chamada hiperosmótica 
 A de menor osmolaridade é chamada de hiposmótica. 
• Pressão osmótica 
− É o que faz a água se mover de um meio hiperosmótico para um hiposomótico. 
− Quando duas soluções separadas por membrana semipermeável apresentam a mesma pressão osmótica efetiva, são 
isotônicas, ou seja, não ocorre o fluxo de água entre elas 
− OBS: A água flui da solução hipotônica para a solução hipertônica. 
 Casos clínicos: 
• Acidentes vasculares encefálicos (derrame) 
− Acúmulo de liq intersticial no cérebro (edema) e inchaço dos neurônios 
− Edema pode elevar a pressão intracraniana → coma → morte 
− Barreira hematoencefálica 
 Separa líq cefalorraquidiano de líq intersticial do sangue 
 É permeável a água mas não permite a passagem de outras substâncias 
 Manitol (açúcar) → causa o movimento de líquido para fora do tec cerebral por osmose devido ao gradiente osmótico 
através da barreira hematoencefálica 
• Edema 
− Pode ser formado pelo aumento da pressão hidrostática, diminuição da pressão oncótica, aumento da permeabilidade capilar 
ou obstrução linfática. 
 Edema intracelular: 
 Ocorre pela depressão de metabolismo, nutrição inadequada das céls. 
 Pode ocorrer por um processo inflamatório, que aumenta a permeabilidade da memb. Celular, permitindo a difusão 
de íons Na+, consequentemente de água para a célula 
 Edema extracelular 
 Ocorre pelo extravasamento excessivo de líquido para o interstício pelos capilares → falha na drenagem linfática 
• Transtornos hidroeletrolíticos (diarreia/vômitos) 
− Aumentar volume vascular → solução com subst. que não cruzam a parede capilar (proteína) 
 Pressão oncótica (gerada por proteínas) retém o líquido no compartimento vascular 
• Queimaduras 
− Perde camada de queratina → desidratação → líq corporais hiperosmóticos → urina [ ] (tentativa de preservar o líq do corpo) 
− Nesses casos, é necessária a administração de soro para reestabelecer o equilíbrio 
pH dos líquidos corporais 
 Características: 
• O balanço ácido básico está relacionado à manutenção da concentração normal de íons hidrogênio nos líquidos corporais. 
• A concentração de H+ nos líquidos do organismo é extremamente baixa. 
• A faixa normal do pH arterial é de 7,37 a 7,42. 
• A faixa de pH compatível com a vida, é de 6,8 a 8,0. 
• Os mecanismos para a manutenção do pH: tamponamento do H+, no LEC e no LIC, e as compensações respiratórias e renal. 
• Os mecanismos de tamponamento e de compensação respiratórias ocorrem rapidamente, dentro de min ou horas. 
• Os mecanismos de compensação renal são mais lentos, demorando horas ou dias. 
Produção de ácidos no organismo 
 Produção pode ser de duas formas → ácido volátil (CO2) ou ácidos não voláteis ou ácidos fixos 
 GÁS CARBÔNICO – CO2 
• O CO2 em si não é um ácido, mas quando reage com água, se transforma em ácido fraco – H2CO3 (ác. carbônico) 
− CO2 + H2O ↔ H2CO3 (atuação da anidrase carbônica) ↔ H+ + HCO3- 
• O H+ gerado por essa dissociação deve ser tamponado. 
• Nos pulmões, as reações ocorrem no sentido inverso: o CO2 é regenerado e expirado. 
 
 ÁCIDOS FIXOS 
• As proteínas, com aas e enxofre, geram ácido sulfúrico quando são metabolizadas, e os fosfolipídios produzem ácido fosfórico. 
• Os ácidos sulfúrico e fosfórico não são voláteis → devem ser tamponados até que possam ser excretados pelos rins 
Tamponamento 
 Características: 
• Uma solução-tampão é mistura que tem a capacidade de evitar que o pH das soluções sofra grandes variações 
• É formada por um ácido fraco (HA) ou base fraca (A) e um sal desse ácido ou base 
• Um dos tampões mais importantes é formado pelo ácido carbônico (H2CO3) e pelo sal desse ácido, o bicarbonato de sódio (NaHCO3) 
− H2CO3 ↔ H+ + HCO3- 
− NaHCO3 ↔ Na+ + HCO3- 
• A solução tampão resiste às alterações de pH. 
− Pode-se adicionar ou remover H+ da solução-tampão e seu pH se alterará minimamente 
• Os líq corporais contém vários tipos de tampões que formam a primeira defesa contra variações de Ph 
 Tampões do LEC 
• Principais tampões → bicarbonato e fosfato 
• Bicarbonato: forma básica é o HCO3 e a forma ácida é o CO2 em equilíbrio com o H2CO3 
• Fosfato: forma básica é HPO4²⁻ e a forma ácida é o H2PO4 
• Tampão bicarbonato → HCO3/CO2 
− É o mais importante apesar do tampão fosfato (6,8) ser mais próximo do pH fisiológico (7,4) 
− É utilizado como primeira linha de defesa quando o organismo ganha ou perde H+ 
− Características: 
 A concentração daforma básica é alta – HCO3 
 O pK é 6,1 que é próximo do pH do LEC 
 O CO2, a forma ácida do tampão, é volátil e pode ser expirado pelos pulmões → restaura o pH 
 A restauração completa do balanço ácido-básico depende dos rins que secretam H+ e sintetizam HCO3 “novo” para 
substituir o HCO2 consumido no tamponamento de H+ 
− HCl + NaHCO3 (LEC) ↔ H+ + Cl- + Na+ + HCO3- ↔ Na+ + Cl- + H2CO3 ↔ CO2 + H2O 
• Tampão fosfato → HPO4²⁻/H2PO4 
− O fosfato inorgânico pode atuar como tampão 
− Seu pK é 6,8, então sua curva de titulação vai de 5,8 a 7,8 pH 
− Apesar de sua faixa de tamponamento ser mais próxima do pH sanguíneo (7,4), o tampão bicarbonato é mais eficiente pois sua 
forma ácida pode ser expirada (CO2) 
 Tampões do LIC 
• Proteínas intracelulares 
− O tampão mais importante é a hemoglobina – Hb presente em altas concentrações nas hemácias 
− A oxiemoglobina libera O2 para os tecidos e se transforma em desoxiemoglobina 
− Essa desoxiemoglobina se liga ao H+ gerado pela dissociação do H2CO3 formado na hemácia pela combinação de CO2 e H2O 
 Forma HHb e o H+ é tamponado 
Distúrbios ácido-básicos 
 Caracterísicas: 
• O pH sanguíneo é determinado pela proporção entre as [ ] de 
HCO3 e CO2. 
• OBS.: uma solução-tampão é mistura que tem a capacidade de 
evitar que o pH das soluções sofra grandes variações 
− Formada por um ác ou base fraco e um sal desse ác ou base 
• ACIDEMIA: 
− ↑ de [H+] no sangue e ↓ do pH. 
− É causada pela acidose. 
− Se o pH arterial estiver abaixo de 7,37 tem-se uma acidemia. 
• ALCALEMIA: 
− ↓ de [H+] no sangue e ↑ do pH. 
− É causada pela alcalose. 
− Se o pH arterial estiver acima de 7,42 tem-se uma alcalemia. 
 Distúrbios: 
• Acidose metabólica 
− ↓ CO2 ↓PCO2 
− ↑ H+ ↓ pH 
 Aumento da produção ou pela ingestão de ácidos fixos ou pela redução da excreção 
− ↓ HCO3 
− Hiperventilação – compensação 
 A ↓ do pH ativa quimiorreceptores nos corpos carotídeos 
− ↑ reabsorção de HCO3 pelo rim – correção 
 O excesso de H+ vai ser excretado na forma de ácido e de NH4+ 
 Mais HCO3- será sintetizado e absorvido pelos rins, para repor o que foi consumido, no tamponamento. 
− CASO CLÍNICO: 
 A acidose metabólica pode desenvolver em pacientes diabéticos dependentes de insulina secundária à produção de 
cetoácidos se as dosagens de insulina não são adequadas. Como resposta compensatória a esta acidose, respiração 
profunda e rápida se desenvolve. Este modelo de respiração é chamado de respiração de Kussmaul. Com a respiração 
Kussmaul prolongada, os músculos envolvidos podem se tornar fadigados. Quando a fadiga ocorre, a compensação 
respiratória é diminuída e a acidose se torna mais grave. 
• Alcalose metabólica 
− ↑ CO2 ↑PCO2 
− ↓ H+ ↑ pH 
 Temponamento: Para utilizar os tampões do LIC, o H+ sai das células em troca de K+, resultando em hipocalemia. 
− ↑ HCO3 
 Perda de H+ pelos sist. gastrointestinal e renal 
 O H+ secretado pelo estômago vai para o ID, onde o pH baixo estimula a secreção de HCO3 pelo pâncreas 
 Vômito – perde HCl pelo estômago 
 HCO3 não é secretado no ID e permanece no sangue 
− Hipoventilação – compensação 
 ↑ pH inibe os quimiorreceptores carotídeos 
− ↑ excreção de HCO3 pelo rim – correção 
− CASO CLÍNICO: 
 Perda de conteúdos gástricos do corpo (p. ex., vômito, sucção nasogástrica) produz alcalose metabólica secundária à perda 
de HCl. Se a perda do fluido gástrico é significante, a contração do volume do LEC ocorre. Nesta condição, os rins não 
conseguem excretar quantidades sufi cientes de HCO3 – para compensar a alcalose metabólica. 
• Acidose respiratória 
− ↑ CO2 ↑PCO2 
 Causada pela hipoventilação 
− ↑ H+ ↓pH 
− ↑ HCO3 
− Nenhuma compensação pulmonar 
− ↑ reabsorção de HCO3 pelo rim – compensação 
• Alcalose respiratória 
− ↓ CO2 ↓PCO2 
 Causada pela hiperventilação 
− ↓ H+ ↑pH 
− ↓ HCO3 
− Nenhuma compensação pulmonar 
− ↓ reabsorção de HCO3 pelo rim – compensação 
 Menos CO2 se entra nas células renais e menos H+ e 
HCO3- é excretado e reabsorvido, respectivamente. 
− Alcalose respiratória aguda: a compensação renal ainda não ocorreu e o pH é bem alto. 
− Alcalose respiratória crônica: a compensação renalç está ocorrendo e tende a normalizar a proporção HCO3-/CO2 e o pH. 
• OBS: 
− Para cada distúrbio metabólico, altera a PCO2 (compensação respiratória) para a variação da [HCO3] 
− Para cada distúrbio respiratório, altera a [HCO3] (compensação renal) para a variação da PCO2 
 
 HIATO ANIÔNICO (Anion Gap) para diagnosticar distúrbios acidobásicos 
• As [ ] de ânions e cátions no plasma devem ser = para manter a neutralidade elétrica. 
• Medem-se o cátion Na+ e os ânions Cl e HCO3 em laboratório para diagnosticar 
acidose metabólica 
− Acidose metabólica – aumento de ácidos não voláteis como na cetoacidose 
diabética 
− A queda de HCO3 não é acompanhada pelo aumento equivalente de Cl 
• Hiato aniônico plasmático = [Na] – [HCO3] – [Cl] 
− O hiato vai de 8 a 16 mEq/L → geralmente os ânions não medidos excedem os cátions não medidos 
Sistema renal 
 Excreção 
• Filtrado → tem tudo que é encontrado no plasma sanguíneo, menos proteína 
• Quando o filtrado flui para os ductos coletores, já perdeu H2O, nutrientes e íons 
• Urina → restos metabólicos (ureia) e subst. desnecessária 
• Os rins processam 180L de fluido por dia → 1,5L é urinado, o resto retorna para 
a circulação 
 Filtração glomerular 
• Processo PASSIVO → pressão hidrostática força os fluidos e solutos através de 
memb. – água, aas, glicose, etc 
• Proteínas não passam para o filtrado – moléc grandes 
• As proteínas dentro dos capilares mantêm a pressão coloidosmótica no sangue 
glomerular – evita a perda de toda água para os túbulos renais 
• Proteinúria ou hematúria indica problema na membrana de filtração. 
• CASO CLÍNICO: 
− A síndrome nefrótica é causada por diversos distúrbios, caracterizando-se por aumento na permeabilidade dos capilares 
glomerulares às proteínas causando proteinúria. O surgimento de proteínas, na urina, pode indicar a presença de doença renal. 
Pessoas com essa síndrome, frequentemente, desenvolvem hipoalbuminemia, em virtude da proteinúria. Além disso, 
normalmente ocorre edema generalizado em pessoas com síndrome nefrótica. 
• A pressão de filtração resultante (PFR) é responsável pela formação do filtrado. 
− A pressão hidrostática glomerular (PHg) é a força que impulsiona a água e os solutos para fora do sangue através da memb. 
− A PHg é contraposta por duas forças que inibem a perda de líquido dos capilares glomerulares: 
 POg: pressão oncótica (coloidosmótica) do próprio sangue que está passando no glomérulo 
 PHc: pressão hidrostática capsular, exercida pelos fluidos na capsula glomerular. 
− PFR = PHg – (POg + PHc) → a PFR a partir do plasma é de 10mmHg 
• A taxa de filtração glomerular é o volume de filtrado formado a cada minuto pela ação dos glomérulos renais 
− TGF normal = 120 a 125 mL/min 
− Regulação da TGF 
 Controles intrínsecos: agem localmente nos rins para manter a TFG constante, em resposta à PA. 
 Os controles intrínsecos não conseguem lidar com uma PA muito baixa (hemorragia). Se a PA diminuir abaixo de 
80mmHg, os controles extrínsecos se sobressaem. 
 Controle miogênico: 
→ Capacidade do músculo liso vascular se contrair ao ser estirado 
→ ↑ PA = arteríolas glomerulares AFERENTES se CONTRAIAM, o que restringe o fluxo de sangue para o glomérulo 
→ ↓ na PA = arteríolas AFERENTES DILATEM e aumentem o fluxo de sangue para o glomérulo = PHg, mantém a TFG 
constante. 
 Controle por feedback tubuloglomerular: 
→ Realizado pelas céls da mácula densa → no ramo ascendente da alça de Henle e respondem à [NaCl] no filtrado 
→ ↑PA, ↑TFG, ↑ [NaCl] (não há tempo para a reabsorção) 
 Céls da mácula densa libera subst. vasoconstritora (ATP) → CONSTRIÇÃO nas arteríolas aferentes (maior 
tempo para reabsorção de NaCl) 
→ Céls da mácula densa expostas a um ↓ fluxo de filtrado e ↓ [NaCl],a liberação de ATP é inibida → 
VASODILATAÇÃO nas arteríolas aferentes. 
 Controles extrínsecos: agem controlando a homeostase da PA pelos sistemas nervoso e endócrino – neural e hormonal 
 Controle pelo SNA Simpático: 
→ ↑PA = noradrenalina liberada pelas fibras simpáticas e adrenalina liberada pela medula da suprarrenal agem nos 
receptores ALFA1 no músculo liso vascular → forte CONSTRIÇÃO nas arteríolas AFERENTES → INIBIÇÃO do 
processo de filtração 
→ Isso ESTIMULA o mecanismo da renina-angiotensina pela estimulação das células da mácula densa → o simpático 
também estimula as células granulares do aparelho justaglomerular, a partir do receptor BETA1, a liberarem 
RENINA, que vai atuar no sistema renina-angiotensina. 
 Mecanismo da RENINA-ANGIOTENSINA: 
→ Estímulos fazem as céls granulares liberarem o hormônio renina. 
→ Renina converte angiotensinogênio em angiotensina I 
→ Angiotensina I é inativada e convertida em angiotensina II pela ECA (enzima presente nos pulmões) 
→ A angiotensina II age para estabilizar a PA e o volume do LEC 
 Potente vasoconstritor → ativa músculos das arteríolas, ↑PA 
 Estimula a reabsorção de Na pela estimulação da liberação de aldosterona pelo córtex da suprarrenal 
 Estimula o hipotálamo a produzir e a neurohipófise a liberar o ADH, além de ativar os centros da sede 
 Aumenta a reabsorção de fluidos pela constrição das arteríolas eferentes 
 OBS.: todos os efeitos da angiotensina II são para ↑ o volume do LEC e ↑PA 
→ Estímulos que ativam a liberação de RENINA 
 ↓ perfusão sanguínea no glomérulo ↓ estiramento das céls glanulares 
 ↓ de NaCl ↑ sinais das céls da mácula densa ↑ estimulação das céls glanulares 
 ↑ estimulação das céls glandulares via receptores beta1-adrenérgicos pelos nervos simpáticos renais 
→ CASO CLÍNICO: 
 A ECA degrada a bradicinina, inativando-a, e transforma a angiotensina I, hormônio inativo, em angiotensina 
II, que é ativa. A ECA aumenta os níveis de angiotensina II e reduz os de bradicinina. 
 Os fármacos chamados inibidores da ECA (p. ex., enalapril, captopril), ↓ PA sistêmica, em pacientes com 
hipertensão, diminuem os níveis de angiotensina II e elevam os de bradicinina. Esses dois efeitos reduzem a 
resistência vascular sistêmica, a pressão arterial e a resistência vascular renal, aumentando, dessa forma, a 
IFG e o FSR. 
 Os antagonistas do receptor de angiotensina II (p. ex., losartana) também são usados para tratar a pressão 
arterial elevada. Como o nome sugere, esses medicamentos bloqueiam a ligação da angiotensina II ao 
receptor de angiotensina II (AT1). Portanto, bloqueiam os efeitos vasoconstritores da angiotensina II sobre a 
arteríola aferente, aumentando a IFG e o FSR. Ao contrário dos inibidores da ECA, os antagonistas do receptor 
de angiotensina II não inibem o metabolismo das cininas (p. ex., bradicinina). 
 
 
 
 
 Reabsorção tubular: 
• Glicose e aas são completamente reabsorvidos para manter as [ ] do plasma 
• A reabsorção de H2O e da maioria dos íons é regulada em resposta a sinais hormonais 
• Pode ser um processo ATIVO ou PASSIVO de acordo com a subst. transportada 
• REABSORÇÃO DE Na – processo ATIVO 
− Na do filtrado → céls tubulares através de T.A. 2º, a favor do gradiente de [ ] → bomba de Na/K → leva moléc de glicose junto 
− Na dentro das céls tubulares é transportado ativamente para o LI pela bomba Na/K 
− No líq intersticial → Na difundido para dentro dos capilares pelo grande fluxo de H2O dentro dos vasos 
• REABSORÇÃO DE H2O, ÍONS E OUTROS NUTRIENTES 
− Na gera gradiente elétrico ao se movere das céls tubulares para os capilares sanguíneos, favorecendo a reabsorção de ânions. 
− A H2O se move por osmose para dentro dos capilares peritubulares pelas aquaporinas 
− A medida que a H2O deixa os túbulos, ↑ [ ] de solutos no filtrado e eles começam a seguir seus gradientes de [ ] para dentro 
dos capilares tubulares. 
− Subst. reabsorvidas por T.A. 2º → glicose, aas, lactato, vitaminas e maioria dos cátions 
• OBS.: existe um transporte máximo – Tm para quase todas subst. reabsorvidas ativamente 
− Tm = nº de carreadores nos túbulos renais disponíveis para carrear cada subst. 
− Quando carreadores estão saturados, o excesso é excretado na urina 
 Ex.: hiperglicemia por diabetes melitos 
 ↑ [glicose] no plasma, Tm para glicose é excedido → glicosúria 
• SUBST NÃO REABSORVIDAS 
− Falta de carreadores ou subst. muito grandes → ureia, creatinina, ác. úrico 
− CREATININA → [ ] no plasma é estável → útil para medir a TFG e a função glomerular 
 Capacidades absortivas dos túbulos renais e ductos coletores: 
• TCP – túbulo contorcido proximal: 
− As células são as mais ativas na reabsorção. 
− Glicose, lactato, aas, TA 2º com Na 
− Na → TA 1º → bomba de Na/K → gera gradiente eletroquímico para a difusão passiva de soluto, osmose e TA 2º com Na 
− Água → osmose para a reabsorção de solutos 
− Cátions → TP direcionado pelo gradiente de [ ] 
− Ânions → TP direcionado pelo gradiente de [ ] para o CL e TA 2º para Na e HCO3 
− Ureia e solutos lipossolúveis: difusão passiva direcionada pelo gradiente de [ ] 
• Ramo descendente da alça de Henle 
− Reabsorção de H2O por osmose por aquaporinas 
• Ramo ascendente da alça de Henle 
− Escasso de aquaporinas → H2O não sai 
− Na, Cl e K → TA 2º via co-transportador Na-K-2Cl 
− Ca e Mg → difusão passiva paracelular direcionada pelo gradiente de [ ] 
• TCD – túbulo contorcido distal e DC – ducto coletor 
− Pouca reabsorção de NaCl → simporte 
− A reabsorção é ocorre de acordo com as necessidades do corpo no momento, regulada por hormônios 
 Aldosterona para o Na 
 ↓ de Na – hiponatremia 
 ↓ do volume sanguíneo ou da PA 
 ↑ de K no LEC – hipercalemia 
 ADH para H2O → inserção de aquaporinas 
 PTH – paratormônio para o Ca 
− O PAN (peptídeo natriurético atrial) reduz a [Na] diminuindo o volume e a PA 
 Liberado por céls atriais cardíacas 
 ↑ volume sanguíneo e ↑PA = PAN inibe a reabsorção de Na nos DC → secreção de angiotensina II e estímulo da TFG → 
dilata arteríolas renais → ↓ reabsorção de H2O, ↓ vol sg, ↓PA 
 Secreção tubular 
• Subst. como H, K, NH4, creatinina e certos ác orgânicos podem se mover para dentro ou para fora do filtrado 
• Com exceção do potássio, o TCP é o principal local de secreção, mas as porções corticais dos ductos coletores e as regiões finais dos 
TCD também participam da secreção 
 Regulação da [ ] e do volume de urina 
• Osmolaridade = nº de partículas dissolvidas em 1kg de água 
• ↑ osmolaridade = ↑ concentração 
• Os rins realizam realiza a manutenção da [ ] osmótica do plasma por mecanismos de contracorrente 
− Contracorrente = líq fluem por túbulos adjacentes em direções opostas 
− Estabelece um gradiente osmótico do córtex à medula 
− Permite que os rins variem a [ ] da urina 
• Mecanismo contracorrente 
− A alça de Henle descendente é impermeável aos solutos e permeável a H2O 
− A AH ascendente é permeável aos solutos e impermeável a H2O 
− A reciclagem da ureia contribui para o gradiente osmótico medular 
 Nos ramos finais da AH, a ureia entra no filtrado por difusão facilitada 
 Filtrado chega ao DC: a ureia muito [ ], é transportada por difusão facilitada para fora do túbulo e para dentro do LI medular 
 Isso faz com que a ureia recircule de volta ao ramo fino da AH e contribua para a alta osmolaridade medular 
• Formação da urina diluída 
− O filtrado é diluído ao passar pelo ramo ascendente da AH. 
− Para excretar urina diluída → permitir que o filtrado siga seu caminho para a pelve renal sem reabsorver água 
 ADH não é liberado pela neurohipófise → DC impermeável a água 
• Formação da urina concentrada 
− O ADH inibe a diurese, ↓ vol da urina 
− O ADH gera a inserção de aquaporinas no DC → água passa facilmente para dentro das céls e depois para o LI 
− A liberação de ADH é estimulada pelo ↑ da osmolaridade do plasma acima de 300mOsm ou grande ↓ do vol sanguíneo• Diuréticos 
− Subst. química que ↑ o vol urinário por não ser reabsorvida e por carregar água junto com ela (ex.: glicose em diabetes melito) 
− O álcool estimula a diurese pela inibição da liberação de ADH 
− ↑ fluxo urinário pela inibição da reabsorção de Na e da reabsorção de água no TCP (ex.: cafeína) 
 
 Equilíbrio hídrico e osmolaridade do LEC 
• A entrada de H2O deve ser igual à saída. 
• O aumento da osmolaridade do plasma (>300mOsm/Kg) desencadeia: 
− Ativa o mecanismo da sede 
− Liberação de ADH → faz com que os rins conservem mais H2O e excretem urina concentrada 
• A diminuição da osmolaridade inibe tanto a sede quanto a liberação de ADH 
• Regulação da ingestão de H2O 
− ↑ da osmolaridade do plasma excita o centro da sede no hipotálamo 
 Boca seca: ↑ da pressão coloidosmótica ↓ líquidos deixem a corrente sanguínea para as céls 
 Menos produção de saliva, aumentando a sede: gls salivares obtém água do sangue 
− Os neurônios do centro da sede são estimulados quando: 
 Osmorreceptores perdem água por osmose para o LEC hipertônico 
 Osmorreceptores são ativados pela angiotensina II por estímulo de barorreceptores 
• Regulação da perda de água 
− Perda obrigatória de água na urina → rins excretam 900 a 1200mOsm de solutos para manter a homeostase do sangue 
− A [ ] de solutos e o vol de urina dependem da ingestão de líquidos, da dieta e da perda de água por outros meios 
− INFLUÊNCIA DO ADH 
 A quantidade de água reabsorvida nos DC é proporcional à quantidade de ADH liberada 
 ↓[ ] de ADH = maior parte da água que chega aos DC não é reabsorvida → falta aquaporinas 
 Resultado = urina diluída e redução dos líq corporais 
 ↑[ ] de ADH = aquaporinas são inseridas e quase toda água é reabsorvida 
 Resultado = urina concentrada e em pequeno volume 
 Os osmorreceptores do hipotálamo reconhecem a [ ] de solutos do LEC e estimulam ou inibem a liberação de ADH da 
neurohipófise de acordo com essa [ ] 
 ↓ da osmolaridade do LEC = ↑ liberação de ADH pela estimulação dos osmorreceptores 
 ↑ da osmolaridade do LEC = ↓ liberação de ADH ↑ excreção de água na urina, restaurando a osmolaridade sanguínea 
 ↓ PA ↑ secreção de ADH 
 Diretamente via barorreceptores no átrio e em alguns vasos sanguíneos 
 Indiretamente via sistema renina-angiotensina 
• CASO CLÍNICO: 
− Hemorragia → ↓ PA, ativando os baroreceptores. 
 A norepinefrina causa intensa vasoconstrição das arteríolas aferente e eferente, reduzindo a IFG e o FSR. 
 ↑ atividade simpática ↑ a liberação de epinefrina e angiotensina II, causando maior vasoconstrição e a redução do FSR. 
 O aumento da resistência vascular, dos rins e de outros leitos vasculares, aumenta a resistência periférica total. Com isso, 
a PA tende a aumentar, contrabalançando a queda de pressão provocada pela hemorragia. 
 Assim, esse sistema atua para preservar a pressão arterial, à custa da manutenção dos valores normais da IFG – intensidade 
de filtração glomerular e do FSR – fluxo sanguíneo renal. 
− Estenose da artéria renal (estreitamento da luz da artéria), causada por aterosclerose, pode causar aumento sistêmico da PA, 
mediado pela estimulação do sistema renina-angiotensina. 
 ↑ pressão na região da artéria proxima à estenose, mas a pressão na região distal à estenose se mantém normal ou ↓. 
 A administração de fármacos para reduzir a PA sistêmica também diminui a pressão distal à estenose → o FSR, a PCG – 
pressão na cápsula glomerular e a IFG diminuem. 
 Mecanismos renais do balanço acidobásico: 
• Reabsorção de HCO3 filtrado: 
− Quase 99,9% do HCO3 filtrado é reabsorvido 
− Maior parte é no TCP e pequena parte na AH, TCD e nos DC 
− Mecanismo de reabsorção de HCO3 no TCP 
 Na, gerado pela bomba Na/K, entra na cel a favor do gradiente de [ ] e o H é sai contra o seu gradiente de [ ] através do 
contratransporte (TA 2º) 
 O H secretado se combina com o HCO3→ H2CO3 → anidrase carbônica → H2O + CO2 que entram facilmente na cél 
 Na cel, o CO2 e a H2O se combinam → H2CO3 pela anidrase carbônica intercelular → H + HCO3 
 O H é secretado pelo trocador Na/H para auxiliar em nova reabsorção de HCO3 
 O HCO3 é transportado para o sangue por dois mecanimos: 
 Simporte de Na/HCO3 
 Antiporte de Cl/HCO3 
− Efeito da PCO2 
 Acidose respiratória: 
 ↑ PCO2 
 ↑ [CO2] nas céls para gerar H e ↑ HCO3 
pode ser reabsorvido 
 ↑ ↓ [HCO3] no plasma ↑pH arterial 
 Alcalose respiratória: 
 ↓ PCO2 
 ↓ [CO2] nas céls para gerar H e ↓HCO3 
pode ser reabsorvido 
 ↓ [HCO3] no plasma ↓pH arterial 
• Excreção de H na forma de ácido titulável 
− Ácido titulável = H excretado com tampões urinários 
− O fosfato inorgânico é o mais importante desses tampões devido à sua ↑ [ ] na urina e pK ideal 
− Mecanismo de excreção: 
 O ácido titulável é excretado por todo o néfron, mas principalmente por céls da porção final do TCD e do DC 
 Pode ser excretado por ATPase H estimulada pela aldosterona ou pela ATPase H/K 
 O H secretado se combina com a forma ácida do tampão fosfato (HPO4²⁻) → H2PO4 – ác titulável excretado 
 O H secretado pela ATPase H é produzido a partir do CO2 + H2O = H2CO3 que se dissocia em H (que é secretado) e HCO3 
(que é reabsorvido pelo sangue via trocador Cl/HCO3) 
• Excreção de H como NH4 
− Mecanismo de excreção: 
 TCP: 
 Glutamina é metabolizada em NH3 e alfa-cetoglutarato, que é metabolizado em HCO3 
 Na cel, NH3 é convertida em NH4, que é secretado para o lúmen pelo trocador Na/NH4 
 HCO3 é reabsorvido para o sangue via simporte Na/HCO3 
 Uma parte do NH4 é excretada diretamente na urina 
 AH ascendente espessa: 
 Parte do NH4 é reabsorvido por substituição pelo K no co-transportador Na-K-2Cl 
 DC: 
 Quando o H é secretado no líq tubular a NH3 se combina formando o NH4 
 Apenas a forma NH3 é lipossolúvel e pode se difundir através das céls dos DC para o líq tubular 
 No líq tubular, o NH3 se combina com o H secretado, formando o NH4 
Sistema endócrino 
 Composto por um grupo de glândulas cuja função é regular o metabolismo do corpo, através de vários tipos de mensageiros químicos; 
 HORMÔNIOS 
• São substancias químicas secretadas para o LEC, que regulam a função de outras células. 
− Existem três classes: 
 Proteicos 
 Esteroides - derivados do colesterol 
 Aminas - derivados da tirosina 
 Feedback negativo 
• Controle da liberação hormonal a partir do próprio hormônio 
• Tem como finalidade inibir sua hipersecreção 
− Feedback de alça LONGA: quando o hormônio volta a agir lá no eixo hipotálamo-hipófise. 
− Feedback de alça CURTA: quando um hormônio da hipófise anterior age sobre o hipotálamo, inibindo a secreção do hormônio 
liberador hipotalâmico. 
− Feedback de alça ULTRACURTA: o hormônio hipotalâmico inibe a sua própria secreção (EX: o hormônio liberador do hormônio 
de crescimento, o GHRH, inibe a própria secreção de GHRH). 
− OBS: A variável controlada não é a taxa de secreção do hormônio, mas o grau de atividade no tecido-alvo. Então, somente 
quando a atividade no tecido-alvo se eleva até um nível apropriado, os sinais de feedback para a glândula endócrina serão 
suficientes para tornar mais lenta a secreção do hormônio. 
 Feedback positivo 
• A ação de um hormônio causa secreção adicional desse hormônio. 
− EX: Durante o ciclo menstrual, os ovários secretam estrogênio, que estimula a hipófise anterior a secretar FSH e de LH. E o FSH 
e o LH vão voltar a estimular a ovulação e a secreção de mais estrogênio pelos ovários. 
 Regulação dos Receptores Hormonais 
• Para responder a um hormônio, um tecido-alvo tem que ter receptores específicos para esse hormônio. 
• A reatividade do tecido-alvo depende tanto da concentração hormonal quanto da sensibilidade desses receptores. 
• Essa sensibilidade pode ser alterada por duas maneiras: 
− Regulação para baixo → o hormônio diminui o número ou a afinidade, de seus receptores no tecido-alvo. 
 Objetivo: reduzir a sensibilidadedo tecido-alvo, quando os níveis hormonais ficam elevados por longo períodos. 
− Regulação para cima → o hormônio aumenta o número, ou a afinidade, dos seus receptores. 
 HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS 
• H. liberador da tireotrofina (TRH): Estimula a secreção de TSH (H. Estimulador da tireóide) 
• H. liberador de corticotrofina (CRH): estimula a secreção de ACTH 
• H. liberador do H. do crescimento (GHRH): estimula a secreção do H. do crescimento 
• H. liberador da gonadotrofina (GnRH): Estimula a secreção de FSH e LH. 
• H. inibidor da prolactina (PIH): INIBE a secreção de prolactina pelos lactotrofos 
 HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS 
• A hipófise anterior (ADENOHIPÓFISE) secreta seis hormônios peptídicos: 
− Hormônio estimulante da tireoide (TSH) 
 Estimulado: pelo TRH e indiretamente pela gestação 
 Inibido: por retroalimentação negativa exercida pelos hormônios tireoidianos na hipófise anterior. 
− Hormônio folículo estimulante (FSH) 
 Nas mulheres, estimula a maturação do folículo ovariano e a produção de estrogênios. 
 Nos homens, estimula a produção de esperma. 
 Estimulado pelo GnRH 
 Inibido por retroalimentação negativa exercida por inibina, estrogênios nas mulheres e testosterona nos homens. 
− Hormônio luteinizante (LH) 
 Nas mulheres, desencadeia a ovulação e estimula a produção do estrogênio e progesterona pelos ovários. 
 Nos homens, estimula a produção de testosterona 
 Estimulado pelo GnRH 
 Inibido por retroalimentação negativa exercida por estrogênio e progesterona nas mulheres e testosterona nos homens. 
 
 
− Hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) 
 Promove a liberação de glicocorticoides e androgênios no córtex da supra-renal. 
 Estimulado pelo CRH 
 Inibido por retroalimentação negativa exercida pelos glicocorticoides 
− Hormônio do crescimento - GH 
 Provoca o crescimento de quase todos os tecidos do corpo que são capazes de crescer; 
 Principais ações 
 Crescimento linear, efeito diabetogênico (aumenta a [ ] de glicose no sangue), aumento da síntese de proteínas, 
crescimento de órgãos, redução do catabolismo de proteínas e aa; 
 SOMATOMEDINAS 
 O GH estimula o fígado a produzir essas pequenas proteínas chamadas somatomedinas, seus efeitos sobre o 
crescimento são = aos efeitos da insulina, são chamadas de fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs). 
 Elas amplificam em todos os aspectos a ação do hormônio do crescimento sobre os tecidos. 
→ A maioria dos efeitos do GH resulta mais das somatomedinas, do que dos efeitos diretos do próprio hormônio 
 A mais importante é a somatomedina C e sua concentração acompanha a da taxa de secreção do GH 
 Regulação 
 Via estimulante: GHRH → age sobre a adenohipófise e estimula a síntese e secreção do hormônio do crescimento 
 Via inibitória: SOMATOSTATINA 
→ Age sobre adenohipófise, bloqueando a ação do GHRH e inibindo a secreção do GH 
 Durante a infância, sua secreção permanece estável, tem uma elevação considerável na puberdade, e cai na senescência 
− Prolactina 
 Na puberdade, estimula a proliferação dos ductos mamários. Na gravidez, estimula o crescimento e desenvolvimento dos 
alvéolos mamários, que irão produzir leite. 
 Durante a amamentação, é responsável pela diminuição da fertilidade, uma vez que inibe a ovulação → inibindo a 
secreção do GnRH 
 INIBIÇÃO: 
 Em mulheres NÃO grávidas ou em lactação, a secreção de prolactina é inibida pela dopamina do hipotálamo. 
 O efeito inibitório da dopamina supera o efeito estimulante do TRH. 
 ESTIMULAÇÃO: 
 A gravidez e a amamentação são os estímulos mais importantes da secreção de prolactina. 
 DEFICIÊNCIA de prolactina → Pode ser causada pela destruição dos lactotrofos da adenohipófise → falha na lactação. 
 EXCESSO de prolactina: 
 Deficiência de dopamina por comprometimento do hipotálamo ou tumores secretores de prolactina 
• A hipófise posterior (NEUROHIPÓFISE) secreta dois hormônios: 
− Hormônio antidiurético – ADH 
 Secretado em casos de: 
 Aumento da osmolaridade plasmática → detectado por osmoreceptores 
 Hipovolemia → redução da PA → detectada por barorreceptores 
 Resulta em: 
 Aumento da permeabilidade da água → aquaporinas → maior reabsorção de água 
 Contração do músculo liso vascular → aumento da resistência periférica total 
 FISIOPATOLOGIA 
 DIABETES INSÍPITO CENTRAL: 
→ Causada por falha da neurohipófise em secretar ADH, com isso os ductos coletores ficam impermeáveis à água. 
→ Produção de muita urina diluída, e líquidos corporais concentrados. 
 DIABETES INSÍPITO NEFROGÊNICO: 
→ As células principais do ducto coletor não respondem ao ADH, devido ao defeito em um receptor, com isso, a água 
não é reabsorvida nos ductos coletores, resultando na excreção de grandes volumes de urina diluída. 
→ Os líquidos corporais ficam concentrados, e a osmolaridade sérica aumenta. 
 OBS: Ao contrário do diabetes insípito central, os níveis de ADH estão elevados, devido à estimulação da secreção pelo 
aumento da osmolaridade. 
− Ocitocina 
 Causa a ejeção do leite e contrações uterinas relacionadas ao trabalho de parto 
 O principal estímulo para a secreção de ocitocina é a sucção da mama. 
 HORMÔNIOS TIREOIDEOS 
• Atuam sobre praticamente todos os sistemas de órgãos no corpo, regulando o metabolismo; 
− ↑ consumo de O2, ↑ débito cardíaco, ↑FC, ↑ metabolismo basal, ↑ da temp. corporal, ↑ absorção de glicose 
− No período perinatal, os hormônios da tireoide são essenciais para a maturação do SNC. 
• REGULAÇÃO DA SECREÇÃO DOS HORMONIOS TIREOIDEANOS 
− O controle principal da síntese e da secreção dos hormônios tireoideanos é feito pelo eixo hipotalâmico-hipofisário. 
− Hipotálamo → TRH 
 O TRH afeta diretamente os tireotrofos da hipófise anterior, aumentando sua secreção de TSH. 
− Adenohipófise → TSH 
 O TSH aumenta a síntese e a secreção dos hormônios da tireoide, estimulando cada etapa da via biossintética. 
 OBS: a secreção de TSH é regulada por dois fatores: 
 Pelo TRH 
 Pelos hormônios tireoidianos, que inibem a secreção de TSH regulando para baixo os receptores de TRH nos 
tireotrofos, diminuindo, assim, sua sensibilidade à estimulação pelo TRH (feedback negativo) 
• FISIOPATOLOGIA DOS HORMONIOS DA TIREOIDE 
− Hipertireoidismo 
 A forma mais comum do hipertireoidismo é a DOENÇA DE GRAVES, um distúrbio autoimune, caracterizado pelo aumento 
dos níveis circulantes de imunoglobulinas estimulantes da tireoide. 
 Essas imunoglobulinas são anticorpos para os receptores de TSH, nas células foliculares da tireoide. 
 Quando presentes, os anticorpos estimulam, intensamente, a glândula tireoide, resultando em aumento da secreção de 
hormônios da tireoide e hipertrofia da glândula. 
 Outras causas de hipertireoidismo são neoplasias na glândula, excesso de secreção de TRH ou de TSH e administração de 
hormônios tireóideos exógenos. 
 CAUSA 
 Doença de graves, adm. Exógena de hormônios ou neoplasia na tireoide → Níveis de TSH = ↓ [devido ao feedback 
negativo de T3]. 
 Aumento da secreção de TRH ou de TSH (distúrbio hipotalâmico ou hipofisário) → Níveis de TSH: ↑. 
 Sinais e sintomas: 
 Perda de peso, aumento do metabolismo basal, Produção excessiva de calor e transpiração, frequência cardíaca 
aumentada, devido à regulação para cima dos receptores B1 no coração, Dispneia, Exoftalmia, Bócio 
− Hipotireoidismo 
 A causa mais comum é a destruição autoimune da tireoide (tireoidite), quando os anticorpos podem destruir, literalmente 
a glândula ou podem bloquear a síntese de hormônios tireoidianos. 
 Outras causas são: a remoção cirúrgica da tireoide, como tratamento do hipertireoidismo, insuficiência hipotalâmica ou da 
hipófise e deficiência de I-. 
 CAUSA: 
 Defeito na tireoide → Níveis de TSH ↑ pelo feedback negativo da falta de T3 e T4. 
 Defeito no hipotálamo ou na hipófise → níveis de TSH ↓. 
 Sinais e sintomas: 
 Ganho de peso, diminuição do metabolismo basal, diminuição da produção de calore sensibilidade ao frio, frequência 
cardíaca diminuída, retardo no crescimento, retardo mental, hipoventilação, Letargia 
 Quando a causa do hipotireoidismo é defeito na tireoide, os altos níveis de TSH vão desenvolver o bócio pela estimulação 
constante da glândula. 
− Cretinismo 
 Causado por hipotireoidismo extremo em fetos, bebês ou crianças. 
 Se caracteriza pela deficiência do crescimento corporal e por retardo mental. 
 Resulta da ausência congênita da tireoide, de sua incapacidade de produzir hormônio tireoidiano devido a um defeito 
genético ou da ausência de iodo na dieta (cretinismo endêmico). 
 HORMÔNIO PARATIREOIDEO – PTH 
• Produzido e secretado pelas células principais das 4 paratireoides, localizadas no pescoço sob a tireoide. 
• Seu papel é o de regular a concentração de Ca2+ no LEC. 
• Regulação da secreção de PTH 
− A secreção do PTH é regulada pela concentração plasmática de Ca2+ 
 Baixas concentrações estimulam as paratireoides a secretarem PTH, e altas concentrações de Ca2+, inibem. 
• Ações do PTH 
− Osso: 
 O PTH se liga aos seus receptores nos osteoclastos e estimula a reabsorção óssea, fornecendo Ca2+ e fosfato para o LEC. 
− Rim: 
 O PTH inibe a reabsorção de fosfato, inibindo o simporte de Na+/fosfato pelo TCP. 
 Provoca fosfatúria, aumento de fosfato na urina → Esse fosfato seria, de outro modo, complexado com o Ca2+ no LEC. 
 Além dessas ações, o PTH também estimula a reabsorção de Ca2+ no TCD do néfron. 
OBS: isoladamente, os efeitos do PTH, no osso, não podem ser responsáveis por aumentar a concentração plasmática de Ca2+, pois, o fosfato 
liberado pelo osso, vai se complexar com o Ca2+, no LEC, e limitar o aumento da concentração de Ca2+ ionizado → forma ativa. 
− Intestino delgado: 
 Indiretamente, o PTH estimula a absorção intestinal de Ca2+ pela ativação da vitamina D. 
• FISIOPATOLOGIA DO PTH 
− Hiperparatireoidismo: 
 Comumente causado por adenomas da paratireoide, que secretam grandes quantidades de PTH. 
 As consequências são: 
 Hipercalcemia: resulta do aumento da reabsorção óssea, renal e intestina de Ca2+. 
 Hipofosfatemia: resulta da diminuição da reabsorção renal de fosfato e da fosfatúria. 
 Sintomas: cálculos decorrentes da hipercalciúria, ossos comprometidos, decorrente do aumento da reabsorção. 
− Hipoparatireoidismo: 
 Pode ser causada por cirurgia na tireoide, tratamento de hiperparatireoidismo. 
 Assim, haverão baixos níveis circulantes de PTH, resultando em: 
 Hipocalemia: diminuição de reabsorção óssea, renal e intestinal do Ca2+ 
 Hiperfosfatemia: aumento da reabsorção de fosfato. 
 CALCITONINA 
• Sintetizada e secretada pelas células parafoliculares ou células C da tireoide. 
• O principal estimulo para a secreção de calcitonina é o aumento da concentração plasmática de Ca2+. 
• Ação: Inibe a reabsorção óssea osteoclástica, diminuindo a concentração plasmática de Ca2+ 
 VITAMINA D 
• Em conjunto com o PTH, é o segundo maior hormônio regulador do Ca2+ e do metabolismo do fosfato. 
− O papel do PTH é o de manter a concentração plasmática de Ca2+ e suas ações são coordenadas para aumentar a concentração 
de Ca 2+ ionizado em direção ao normal. 
− O papel da vitamina D é o de promover a mineralização do novo osso, e suas ações são coordenadas para aumentar, tanto a 
concentração de Ca2+ quanto a de fosfato, no plasma, de modo que esses elementos possam ser depositados no mineral do 
osso novo. 
• A vitamina D aumenta a reabsorção de Ca2+ no intestino, no rim, pela reabsorção de Ca2+ e fosfato e no osso, estimulando a 
atividade dos osteoclastos juntamente com o PTH. 
• FISIOPATOLOGIA DA VIT. D 
− Deficiência de vitamina D em criança causa raquitismo, uma condição em que quantidades insuficientes de Ca2+ e fosfato estão 
disponíveis para a mineralização dos ossos em crescimento. 
− Em adultos, a deficiência de vitamina D resulta em osteomalácia, na qual o osso novo não mineraliza, resultando em curvatura 
e amolecimento dos ossos sustentadores de peso. 
 SUPRARRENAL 
• As glândulas suprarrenais estão localizadas na cavidade retroperitoneal, acima de cada rim. 
− A MEDULA, na zona interna da glândula, compõe aproximadamente 20% do tecido. 
 Ela é de origem neuroectodermica 
 Secreta as catecolaminas epinefrina e norepinefrina. 
− O CÓRTEX suprarrenal, na zona externa da glândula, é de origem mesodérmica e tem três camadas distintas: 
 Glomerular: síntese de mineralcorticoides (Aldosterona) 
 Fascicular: síntese de glicocorticoides (cortisol) 
 Reticular: síntese de sexocorticoides (androgênios: androstenediona e desidroepiandrosterona (DHEA). 
• Vias biossintéticas no córtex suprarrenal 
− Cada camada do córtex sintetiza e secreta, predominantemente, um tipo de esteroide 
− A base para essa especialização é a presença ou ausência de enzimas que catalisam as várias modificações do núcleo esteroide 
− O precursor de todos os esteroides adrenocorticais é o COLESTEROL 
− A maior parte do colesterol é fornecida para o córtex suprarrenal pela circulação, e pequenas quantidades são sintetizadas nas 
próprias células suprarrenais corticais 
− O primeiro passo, em cada via, é a conversão de colesterol em pregnenolona, catalisada pela colesterol desmolase → enzima 
limitadora da intensidade/velocidade na via 
• GLICOCORTICOIDES (Cortisol) → Zona Fascicular: 
− O principal glicocorticoide produzido nos seres humanos é o cortisol 
− Enzimas necessárias para converter o colesterol em cortisol: 
 Desmolase colesterol → converte colesterol em pregnenolona 
 17alfa-hidroxilase → hidroxila pregnenolona para formar 17-hidroxipregnenolona 
 3beta-hidroxiesteroide desidrogenase → converte 17-hidroxiprenenolona em 17-hidroxiprogesterona 
 21beta-hidroxilase e 11beta-hidroxilase → hidroxilam em C11 e C21 produzindo o cortisol. 
− Outro gliococorticoide presente nessa via é a corticosterona 
 EX: se a etapa de 17alfa-hidroxilase for bloqueada, a zona fasciculada ainda pode produzir corticosterona. 
 Assim, o cortisol não é absolutamente necessário para sustentar a vida, desde que a cortoicosterona esteja sendo 
sintetizada. 
 Bloqueios nas etapas do colesterol desmolase, 3beta-hidroxiesteroide desidrogenase, 21beta-hidroxilase ou 11beta-
hidroxilase são devastadores, por impedir a produção de cortisol e de corticosterona. 
→ Nesses casos, sem terapia de reposição hormonal adequada, ocorrerá morte 
• MINERALOCORTICOIDES (Aldosterona) → Zona Glomerular: 
− O principal mineralocorticoide no corpo é aldosterona 
− As etapas necessárias para converter colesterol em corticosterona são idênticas às da zona fasciculada, e a adição da enzima 
aldosterona sintase, na zona glomerulosa, converte a corticosterona em aldosterona. 
− 11-desoxicorticosterona (DOC) e corticosterona também têm atividade mineralocorticoide. 
 Assim, se a via dos mineralocorticoide estiver bloqueada abaixo do nível da DOC, os mineralocorticoides continuarão a ser 
produzidos. 
 Mas, se a via estiver bloqueada acima do nível da DOC (ex: ausência de 21beta-hidroxilase), então, a nenhum 
mineralocorticoide será produzido. 
• ANDROGÊNIOS (DHEA e androstenediona) → Zona Reticular: 
− DHEA e androstenediona são esteroides androgênicos produzidos, principalmente pela zona reticular, com quantidades 
menores produzidas na zona fasciculada. 
 Têm fraca atividade androgênica, mas, nos testículos, são convertidos em testosterona, o androgênio mais potente. 
− Os precursores para os androgênios suprarrenais são a 17-hidroxipregnenolona e a 17-progesterona. 
− Nos homens, os androgênios suprarrenais têm pouca importância, pois os testículos produzem sua própria testosterona, a 
partir do colesterol, e não requerem os precursores suprarrenais. 
− Nas mulheres, entretanto, o córtex suprarrenal é a principal fonte de compostos androgênicos. 
• Regulação da secreção dos esteroides adrenocorticais 
− A síntese e excreção de hormônios esteroides, pelo córtex, dependem daestimulação da colesterol desmolase pelo ACTH. 
− A zona fascicular (glicocorticoides): está sobre controle exclusivo do eixo hipotálamo-hipófise → CRH - hipotálamo e ACTH - 
adenohipófise. 
− A zona reticular (androgênios) também está sob controle do eixo hipotálamo-hipófise, embora pode ter controle adicional 
independente. 
− A zona glomerulosa, (mineralocorticoides), depende de ACTH para a primeira etapa na biossíntese de esteroides, mas é 
controlada separadamente pelo sistema renina angiotensina-aldosterona. 
 ACTH 
 Secretado pela adenohipófise 
 Tem padrão secretor pulsátil e diurno 
 OBS: O relógio interno que determina o padrão diurno pode ser deslocado por alternância do ciclo vigília-sono, por 
exemplo, quando a pessoa varia o horário de dormir e de despertar. O padrão diurno também pode ser abolido por 
coma, cegueira ou exposição constante à luz ou ao escuro. 
• Regulação da secreção de Aldosterona 
− O ACTH continua sendo essencial nesse processo porque estimula a colesterol desmolase (1ª etapa da via). 
− Aldosterona apresenta padrão diurno, os níveis mais baixos ocorrem à meia-noite, e os níveis mais altos antes de acordar. 
− A regulação primária da secreção de aldosterona ocorre pelas variações do volume do LEC, por meio do sistema renina-
angiotensina II-aldosterona e pelas alterações dos níveis séricos de K+. 
 Renina-angiotensina II-aldosterona 
 O mediador dessa regulação é a angiotensina II, que aumenta a síntese e a secreção de aldosterona, pela estimulação 
da colesterol desmolase e aldosterona sintase, primeira e última etapas da via. 
 ↓ do vol. do LEC → ↓ da pressão de perfusão rena → ↑ a secreção de renina pelas céls justaglomerulares do rim. 
 A renina então, catalisa a conversão do angiotensinogênio em angiotensina I, que é inativa. 
 A enzima conversora de angiotensina (ECA) catalisa a conversão da angiotensina I em angiotensina II que atua na zona 
glomerulosa para estimular a síntese de aldosterona. 
 EX: reduções do volume do LEC estimulam a secreção de aldosterona, e a aldosterona esimula a reabsorção de sódio 
pelos rins, para ajudar a restaura o teor de sódio no LEC e o volume do LEC. 
 Potássio K+ sérico 
 ↑ da [ ] sérica de K+ → ↑ a secreção de aldosterona, e as reduções reduzem a secreção de aldosterona. 
 EX: ↑ da [ ] sérica de K+ atua nas células suprarrenais as desporalizando e abrindo canais de cálcio sensíveis à 
voltagem. Quando os canais de cálcio se abrem, a [ ] do cálcio intracelular ↑ e estimula a secreção de aldosterona. 
 Aumentos no K+ sérico estimulam a secreção de aldosterona, e aldosterona aumenta a secreção de K+ pelo rim, 
diminuindo, assim, o K+ sérico em direção ao normal. 
• Ações dos esteroides adrenocorticais: 
− MINERALOCORTICOIDES: 
 Aldosterona – TCD e DC: ↑ reabsorção de Na, ↑ secreção de K e H 
 Tumor secretor de aldosterona: 
 ↑ reabsorção de Na, ↑ secreção de K e H 
 ↑ vol de LEC, hipertensão, hipopotassemia e alcalose metabólica 
 Insuficiência suprarrenal: 
 ↓ reabsorção de Na, ↓ secreção de K e H 
 ↓ vol de LEC, hipotensão, hiperpotassemia e acidose metabólica 
− GLICOCORTICOIDES: 
 Cortisol promove a gliconeogênese e armazenamento de glicogênio 
 Cortisol tem efeitos catabólicos e diabetogênicos 
 É necessário para a manutenção da PA e desempenha papel permissivo nas arteríolas, regulando para cima os receptores 
alfa1-adrenérgicos → resposta vasoconstritora às catecolaminas 
 ↑ a FG, causando vasodilatação das arteríolas aferentes 
• Ações dos androgênios suprarrenais: 
− DHEA e androstenediona → convertidos em testosterona nos testículos 
− Homens: 
 Papel menor, pois a síntese de testosterona original é a partir de colesterol 
− Mulheres: 
 Principais androgênios. 
 Responsáveis pelo desenvolvimento de pelos pubianos, axilares e pela libido 
 Em excesso (síndrome adrenogenital), pode levar à masculinização das mulheres 
• FISIOPATOLOGIA DO CÓRTEX SUPRARRENAL 
− Doença de Addison 
 Insuficiência adrenocortical primária → destruição autoimune de todas as zonas do córtex da suprarrenal 
 ↓ da síntese de todos hormônios adrenocorticais 
 ↓ dos níveis circulantes de cortisol, aldosterona e androgênios suprarrenais 
 Sintomas: 
 ↓ cortisol = hipoglicemia, anorexia, perda de peso, náusea, vômitos, fraqueza 
 ↓ aldosterona = hiperpotassemia, acidose metabólica e hipotensão (↓ vol do LEC) 
 Nas mulheres = ↓ DHEA e androstenediona = ↓ pelos pubianos e axilares, ↓ do libido 
 Hiperpigmentação da pele (cotovelos, joelhos, mamilos) = ↑ níveis de ACTH 
 Perfil do doente: 
 ↑ CRH 
 ↑ ACTH 
 ↓ cortisol, aldosterona e androgênios 
 Tratamento: glicocorticoides e mineralocorticoides 
 
− Insuficiência suprarrenal secundária 
 Ocorre quando o CRH ou o ACTH é insuficiente 
 Pode ocorrer a diminuição do ACTH, diminuindo a secreção de cortisol pelo córtex 
 Perfil do doente: 
 ↓ ACTH 
 ↓ cortisol 
 Aldosterona = normal 
 Não terá hipopotassemia, acidose metabólica e redução do vol do LEC, não haverá hiperpigmentação pois ↓ACTH 
− Síndrome de Cushing 
 Excesso da produção espontânea de cortisol, ou administração de glicocorticoides exógenos 
 Perfil do doente: 
 ↓ CRH – feedback negativo pelo excesso de cortisol 
 ↓ ACTH – feedback negativo pelo excesso de cortisol 
 ↑ cortisol 
 Tratamento: 
 Cetoconazol ou metirapona → bloqueia a biossíntese de hormônios esteroides 
 Adrenalectomia bilateral associada à reposição hormonal de esteroides 
− Doença de Cushing 
 Problema na adenohipófise, com hipersecreção de glicocorticoides e androgênios pela estimulação de ACTH 
 Perfil do doente: 
 ↓ CRH – feedback negativo pelo excesso de cortisol 
 ↑ ACTH – adenoma hipofisário secretor de ACTH – não responde ao feedback negativo 
 ↑ cortisol 
 Tratamento: remoção cirúrgica do tumor secretor 
− Síndrome de Conn 
 Hiperaldosteronismo primário → tumor secretor de aldosterona 
 ↑ aldosterona = ↑ reabsorção de Na, ↑ secreção de K e H 
 Efeitos: 
 ↑ vol do LEC – devido ao ↑ da reabsorção de Na 
 Hipertensão – devido ao ↑ da reabsorção de Na 
 Alcalose metabólica – devido ao ↑ da secreção de H 
 Os níveis circulantes de renina serão REDUZIDOS pois o vol aumentado do LEC aumenta a pressão de perfusão renal, que 
inibe a secreção de renina. 
 Tratamento: antagonista da aldosterona → espironolactona, seguida pela remoção cirúrgica do tumor 
Sist. reprodutor masculino e feminino 
 Sistema reprodutor masculino 
• Gametogênese contínua por toda a vida 
• Espermatogênese → processo dura cerca de 72 dias 
• TESTÍCULOS 
− No escroto → T cerca de 2°C abaixo da T corporal 
− Células de Sertoli 
 Estimulada por testosterona e FSH 
 Suporte estrutural 
 Barreira hematotesticular → junções que ligam duas céls de Sertoli 
 Guiam as céls espermáticas em direção ao lúmen quando amadurecem 
 Expressam receptor para andrógeno → testosterona, FSH 
 Produzem fluidos que servem para a manutenção do sptz 
 Função fagocítica → corpos residuais: citoplasma do sptz 
 Produz hormônio antimülleriano – AMH → responsável pela regressão de 
ductos que darão origem ao sist. feminino 
 Produz hormônio inibina → inibe a produção de FSH 
 Produz proteína de ligação a andrógeno – ABP → mantém nível alto de andrógeno 
 Enzima CYP19 – aromatase → converte testosterona em estrógeno 
− Células de Leydig 
 Produzem testosterona 
 Expressa receptor para LH 
 Níveis reduzidos de LH diminui a prod de testosterona 
− TESTOSTERONA 
 Regula a função da cél de Sertoli 
 Pode ser convertida em DHT (di-hidrotestosterona) 
 Masculinização da genitália, crescimento e atividade da próstata, crescimento do pênis, escurecimento e 
pregueamento do escroto, crescimento de pelos pubianos e axilares, crescimento de pelos faciais e corporais e 
aumento da massa muscular 
− O testículo é regulado por um eixo endócrino e gonadotrofinas hipofisárias → eixo hipotalâmico-hipofisário 
Hipotálamo: hormônio liberador de gonadotrofina – GnRH 
 Hipófise anterior: 
 hormônio luteinizante – LH 
 hormônio folículo estimulante – FSH 
• EREÇÃO: 
− Evento neurovascular. 
− Sist. simpático → ejaculação + vasoconstrição 
− Sist. parassimpático → ereção + vasodilatação 
• OBS.: Caso Clínico 
− Disfunção erétil – DE 
 Pode ser causada por prod insuficiente de andrógeno, dano 
neurovascular (diabetes melito, lesão da medula espinhal), 
dano estrutural do pênis, fatores psicogênicos, medicações 
prescritas (antidepressivos) e drogas (álcool e tabaco) 
 Tratamento: uso de inibidores seletivos de GMPc fosfodiesterases (Viagra), os quais auxiliam na manutenção de uma 
ereção 
 Sistema reprodutor feminino 
• Gametogênese apenas durante a vida intrauterina 
• OVÁRIO: 
− Folículo primordial 
 5º mês de gestação – 7 milhões 
 Maturidade sexual – 300 mil → atresia: cerca de 270 mil 
 Entre a menarca e menopausa ovula cerca de 450 
 Menopausa – menos de 1000 
− Folículo antral 
 Células granulosas → receptores para FSH 
 Células da teca → receptor para LH e produção de andrógenos 
(androstenediona e testosterona) 
• Hormônios femininos 
− Hipotálamo → GnRH 
− Hipófise anterior → FSH e LH 
− Ovarianos → estrogênio e progesterona 
• Ciclo ovariano 
− A cada 28 dias, FSH e LH fazem com que cerca de 8 a 12 folículos comecem a 
crescer nos ovários 
− Um ou mais desses folículos amadurece e é ovulado no 14º dia do ciclo, o 
restante sofre atresia 
− Durante o crescimento dos folículos é secretado estrogênio. 
− Depois da ovulação, o folículo se desenvolve em corpo lúteo que secreta 
estrogênio e progesterona 
− Após 14 dias, o corpo lúteo degenera → cai os níveis de estrogênio e 
progesterona → menstruação

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