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Hormônios Adrenocorticais - fisio

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1 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
 
 
Esses hormônios são produzidos pelas glândulas adrenais – suprarrenais – localizadas nos polos superiores dos rins. 
Elas são compostas por duas porções (interna e externa) distintas: 
 Medula Adrenal (20% centrais) 
- Relacionada ao simpático 
- Epinefrina e Noraepinefrina 
 Córtex Adrenal 
- Secreta os corticoesteroides (derivados do colesterol) 
 
 
CORTICOESTEROIDES: SÍNTESE E SECREÇÃO 
Existem três tipos de hormônios corticoesteroides: 
 Mineralcorticoides 
 Regulação dos eletrólitos dos líquidos corporais (absorção e excreção de sódio e potássio) 
 Aldosterona 
 Glicocorticoides 
 Metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas 
 Cortisol 
 Androgênios 
 Pequenas quantidades 
 Efeitos iguais ao do hormônio sexual masculino testosterona 
 
 
 
 
2 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
E cada um deles é encontrado em uma das três camadas do córtex adrenal e são regulados por mecanismos 
independentes: 
 Zona Glomerulosa (15%) 
 Fina camada, abaixo da capsula 
 Secreção de Aldosterona – contem enzima aldosterona sintase 
 Controlada pela quantidade de Angiostina II e de Potássio 
 Zona Fasciculada (75%) 
 Camada intermediária larga 
 Secreção de Cortisol e Corticoesterona 
 Controlada pelo eixo hipotálamo-hipófise por meio do ACTH 
 Zona Reticular (10%) 
 Camada profunda 
 Secreção de Desidroepiandrosterona (DHEA) e Androstenediona 
 Regulação pelo ACTH e Hormônio estimulante do androgênio cortical (incompreendido) 
 
 
HORMÔNIOS ADRENOCORTICAIS: COLOCAÇÕES GERAIS 
 Esses hormônios são sintetizados a partir do colesterol (80%) fornecido pelo LDL no plasma circulante. As LDLs 
difundem-se do plasma para o líquido intersticial e ligam-se a receptores específicos, contidos nas depressões 
revestidas na membrana das células adrenocorticais. Essas depressões são, então, internalizadas por endocitose, 
formando vesículas, que, fundem-se com lisossomos celulares e liberam o colesterol. 
O transporte do colesterol para as células adrenais é regulado por mecanismos de feedback que podem alterar, a 
quantidade disponível para a síntese dos esteroides. 
 ACTH, que estimula a síntese de esteroides adrenais, aumenta o número de receptores de LDL nas células 
adrenocorticais, e a atividade das enzimas que liberam o colesterol da LDL. 
Uma vez que o colesterol entra na célula, é transportado para as mitocôndrias, onde é clivado pela enzima colesterol 
desmolase, formando Pregnenolona; essa é a etapa limitante na formação de esteroides adrenais. Esse estágio de 
 
3 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
síntese de esteroide é estimulado pelos diferentes fatores que controlam a secreção dos principais produtos 
hormonais, aldosterona e cortisol, e que aumentam a conversão de colesterol para pregnenolona: 
 ACTH, que estimula a secreção de cortisol 
 Angiotensina II, que estimula a secreção de aldosterona 
Os estágios de formação dos produtos esteroides do córtex – aldosterona, cortisol e androgênios – ocorrem nas 
mitocôndrias e no RE, e são catalisados por um sistema enzimático específico. 
 Esses hormônios são ligados a proteínas plasmáticas - Função reservatória garante uma distribuição hormonal 
uniforme aos tecidos. 
 95% Cortisol plasmático  Transcortina e albumina 
 Meia vida longa (60 a 90min) 
 60% Aldosterona  Proteínas plasmáticas 
 Meia vida curta (20min) 
 Os esteroides adrenais são degradados pelo fígado e conjugados, formando ácido glicurônico e sulfato (em 
menor quantidade). 25% dessas substancias inativas são excretadas na bile, e logo após, nas fezes, já o restante 
entra na microcirculação (sem ligação com proteínas plasmáticas) e são filtrados pelos rins e excretados na urina, 
pois são muito solúveis no plasma. 
Doenças hepáticas reduzem a inativação dos hormônios adrenocorticais, e doenças renais reduzem a excreção dos 
conjugados inativos. 
FUNÇÕES DOS MINERALCORTICOIDES – ALDOSTERONA 
Deficiência causa depleção renal de sódio e hipercalcemia: 
 ⇡ Concentração de K+ no LEC 
 Na+ e Cloreto são eliminados do organismo 
 ⇣ volumes totais de LEC e do sangue 
Esses fatores acabam por diminuir o débito cardíaco, o qual evolui para um estado de “choque” e logo a morte. 
Eles são a parte aguda salvadora de vida dos hormônios adrenocorticais. 
Efeitos renais e circulatórios da Aldosterona 
 Aumenta a reabsorção e secreção tubular renal 
Ela aumenta a reabsorção de Na+ e a secreção de K+ pelas células epiteliais tubulares renais, principalmente as céls. 
principais dos túbulos renais. Isso permite a conservação do Na+ no LEC enquanto o K+ e excretado na urina. 
Alta concentração de aldosterona no plasma causa um aumento de Na+ total e redução de K+ no LEC. 
 Excesso de Aldosterona e relação com Na+ 
A elevação de Na+ no LEC acontece porque, quando o sódio é reabsorvido pelos túbulos, ocorre a absorção osmótica 
simultânea de quantidade quase equivalente de água e então ocorre a estimulação a sede e o aumento de ingestão 
 
4 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
hídrica, se houver disponibilidade de água, além de favorecer a secreção do hormônio antidiurético, que estimula a 
reabsorção de água pelos túbulos distais e coletores dos rins. 
Portanto, o volume do líquido extracelular aumenta tanto quanto a quantidade do sódio retido, sem grande 
alteração na concentração desse íon 
Entretanto, a liberação excessiva desse hormônio provoca retenção apenas transitória de Na+ e a elevação do 
volume de LEC, o que acarreta um aumento na pressão arterial. Essa elevação da pressão leva a um aumento da 
excreção renal de sódio e água, o que é chamado natriurese de pressão e de diurese de pressão, respectivamente. 
Assim, após o aumento do volume do líquido extracelular de 5% a 15% acima do normal, a pressão arterial também 
se eleva em 15 a 25 mmHg, o que normaliza o débito renal de sódio e água, apesar do excesso de aldosterona. 
Essa normalização da excreção de sódio e água pelos rins como um resultado de natriurese e diurese de pressão é 
chamada escape de aldosterona. Desse momento em diante, a incorporação de sódio e água pelo organismo é nula, 
e é mantido o equilíbrio entre a ingestão e a eliminação de sódio e água pelos rins. Contudo, a pessoa desenvolve 
hipertensão enquanto está exposta ao excesso de aldosterona. 
Se a secreção de aldosterona é interrompida, perde-se grande quantidade de sódio na urina, o que não apenas 
diminui a quantidade de cloreto de sódio no líquido extracelular, como também reduz o volume do líquido 
extracelular. O resultado é a desidratação extracelular grave e o baixo volume sanguíneo, levando ao choque 
circulatório e logo a morte. 
 Excesso de Aldosterona e relação com K+ 
Estimula o transporte de potássio do líquido extracelular para a maioria das células do organismo. Portanto, a 
secreção excessiva de aldosterona, como ocorre em alguns tipos de tumores adrenais, pode causar intensa redução 
da concentração plasmática de potássio, chamada Hipocalemia. 
Quando a concentração de K+ diminui muito, causa fraqueza muscular grave, pois ocorre alteração da excitabilidade 
elétrica das membranas das fibras nervosas e musculares, impedindo a transmissão normal dos potenciais de ação. 
Quando há deficiência de aldosterona, a concentração de K+ no LEC pode se elevar muito acima do normal. Quando 
essa elevação é de 60% a 100%, evidencia-se grave toxicidade cardíaca, incluindo diminuição da força de contração 
e desenvolvimento de arritmias, e concentrações progressivamentemaiores de potássio levam, inevitavelmente, à 
insuficiência cardíaca. 
 Excesso de Aldosterona e relação com H+ 
Provoca a secreção de íons hidrogênio em troca por potássio nas células intercaladas dos túbulos corticais. Isso 
diminui a concentração de íon hidrogênio no líquido extracelular, causando alcalose metabólica. 
Transporte de Na+ e K+ nas glând. Sudoríparas e salivares 
Tem os mesmos efeitos nas glândulas sudoríparas e salivares como nos túbulos renais. Ambas as glândulas formam 
uma secreção primária que contém grande quantidade de cloreto de sódio; entretanto, boa parte desse sal, ao 
passar pelos ductos excretores, é reabsorvida, enquanto os íons potássio e o bicarbonato são secretados. A 
aldosterona aumenta muito a reabsorção de cloreto de sódio e a secreção de potássio pelos ductos. 
O efeito nas glândulas sudoríparas é importante para conservar o sal corporal em ambientes quentes, e o efeito nas 
glândulas salivares é necessário para conservar o sal, quando se perde grande quantidade de saliva. 
 
5 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
Também estimula a absorção intestinal de sódio, especialmente no cólon, o que impede a perda de sódio nas fezes. 
Ao contrário, na ausência de aldosterona, a absorção de sódio pode ser insuficiente, levando à incapacidade de 
absorver cloreto e outros ânions além da água. O cloreto de sódio e a água não absorvidos geram, diarreia, 
resultando em perda ainda maior de sal pelo organismo. 
Mecanismo celular da ação de aldosterona 
1. Devido a lipossolubilidade nas membranas celulares, a aldosterona se difunde facilmente para o interior das 
células epiteliais tubulares; 
2. No citoplasma, o hormônio se combina a receptores mineralocorticoides (MR) proteicos citoplasmáticos 
muito específicos; 
3. Complexo aldosterona-receptor ou um produto desse complexo se difunde para o núcleo, onde pode passar 
por mais alterações, induzindo a formação de um ou mais tipos de RNA mensageiro (mRNA), relacionados ao 
processo de transporte de sódio e potássio; 
4. O mRNA difunde-se de volta ao citoplasma, onde, agindo em conjunto com os ribossomos, provoca a 
formação de proteínas. As proteínas formadas são uma mistura de: 
 Uma ou mais enzimas 
 Proteínas de transporte de membrana 
Uma das enzimas especialmente produzidas é a adenosina trifosfatase de sódio-potássio, que serve como a 
parte principal da bomba de troca de sódio e potássio nas membranas basolaterais das células tubulares 
renais. 
Outras proteínas são as proteínas dos canais epiteliais de sódio inseridos na membrana luminal das mesmas 
células tubulares que permitem a rápida difusão de íons sódio do lúmen tubular para o interior da célula; 
Aldosterona não apresenta efeito imediato importante no transporte de sódio; ao contrário, esse efeito somente 
ocorre após a sequência de eventos que leva à formação de substâncias intracelulares específicas necessárias para o 
transporte 
Regulação da secreção de Aldosterona 
Interligada à regulação das concentrações de eletrólitos 
no líquido extracelular, volume do líquido extracelular, 
volume sanguíneo, pressão arterial e muitos aspectos da 
função renal. Ela é independente da regulação do cortisol 
e dos androgênios. 
Quatro fatores que desempenham papéis essenciais na 
regulação da aldosterona: 
1. A elevação da concentração de íons potássio no 
líquido extracelular aumenta muito a secreção de 
aldosterona. 
2. A elevação da concentração de angiotensina II no 
líquido extracelular também aumenta 
acentuadamente a secreção de aldosterona. 
 
6 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
3. A elevação da concentração de íons sódio no líquido extracelular reduz muito pouco a secreção de 
aldosterona. 
4. O ACTH formado pela hipófise anterior é necessário para a secreção de aldosterona, mas tem pequeno 
efeito no controle da secreção. 
 
Desses fatores, a concentração de íons potássio e o sistema reninaangiotensina são, evidentemente, os mais 
importantes na regulação da secreção de aldosterona: 
 Pequena elevação percentual na concentração de íons potássio pode provocar um aumento de várias vezes 
na referida secreção. 
 Ativação do sistema renina-angiotensina, geralmente em resposta ao menor fluxo sanguíneo renal ou à 
perda de sódio, pode aumentá-la em muitas vezes. 
Aldosterona age nos rins (1) para auxiliá-los na excreção do excesso de íons potássio; e (2) para aumentar o volume 
sanguíneo e a pressão arterial, normalizando, assim, o nível de atividade do sistema renina-angiotensina. Esses 
mecanismos de controle por feedback são essenciais para a manutenção da vida. 
FUNÇÕES DOS GLICORTICOIDES 
Cortisol no metabolismo dos carboidratos 
 Estímulo da Gliconeogênese 
Capacidade de estimular a gliconeogênese - formação de carboidratos a partir de proteínas e algumas outras 
substâncias - pelo fígado. 
aumento do ritmo da gliconeogênese resulta, principalmente, dos efeitos diretos do cortisol no fígado, bem como da 
antagonização dos efeitos da insulina. 
1. O cortisol aumenta as enzimas necessárias para a conversão de aminoácidos em glicose pelas células 
hepáticas. Isso resulta da ativação da transcrição de DNA que gera o conjunto de enzimas necessárias para a 
gliconeogênese. 
2. O cortisol provoca a mobilização de aminoácidos a partir dos tecidos extra-hepáticos, principalmente dos 
músculos. Como resultado, mais aminoácidos são disponibilizados no plasma para entrar no processo de 
gliconeogênese pelo fígado e, assim, promover a formação de glicose. 
3. O cortisol antagoniza os efeitos da insulina para inibir a gliconeogênese no fígado. O efeito global do cortisol 
é o aumento na produção de glicose pelo fígado. 
A elevação das reservas de glicogênio nas células hepáticas, que acompanha o aumento da gliconeogênese, 
potencializa os efeitos de outros hormônios glicolíticos - epinefrina e glucagon - para mobilizer a glicose em 
momentos de necessidade, como entre as refeições. 
 Redução do uso celular de glicose 
Provoca redução moderada da utilização de glicose pela maior parte das células do organismo. Embora a causa exata 
dessa redução não seja conhecida, um efeito importante do cortisol é a diminuição da translocação dos 
transportadores de glicose GLUT 4 para a membrana celular, em especial nas células do músculo esquelético, o que 
conduz à resistência à insulina. Os glicocorticoides também podem deprimir a expressão e a fosforilação de outras 
 
7 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
cascatas de sinalização que influenciam a utilização de glicose, direta ou indiretamente, ao afetar o metabolismo das 
proteínas e dos lipídios. 
Elevação da concentração de glicose 
Aumento da gliconeogênese quanto a redução moderada da velocidade de utilização da glicose pelas células 
provocam a elevação da concentração sanguínea de glicose. Essa elevação, por sua vez, estimula a secreção de 
insulina. 
Os altos níveis de glicocorticoides reduzem a sensibilidade de muitos tecidos, especialmente do músculo esquelético 
e tecido adiposo, aos efeitos estimulantes da insulina na captação e utilização da glicose. 
Os altos níveis de ácidos graxos, causados pelo efeito dos glicocorticoides na mobilização de lipídios a partir dos 
depósitos de gordura, podem prejudicar as ações da insulina nos tecidos. Dessa maneira, o excesso da secreção de 
glicocorticoides pode produzir distúrbios no metabolismo de carboidratos. 
Diabetes adrenal aumento da concentração sanguínea de glicose (50% ou mais acima do normal). A administração 
de insulina reduz apenas moderadamente a concentração sanguínea de glicose no diabetes adrenal, porque os 
tecidos ficam resistentes aos efeitosda insulina. 
Cortisol no metabolismo das proteínas 
 Redução das proteínas celulares 
Redução dos depósitos de proteínas nas células corporais, exceto no fígado, causada pela diminuição da síntese de 
proteínas e pelo aumento do catabolismo das proteínas já presentes nas células. Efeitos resultantes da: 
 Redução do transporte de aminoácidos para os tecidos extra-hepáticos 
 Ação do cortisol, o qual reduz a formação de RNA e a subsequente síntese proteica nos músculos e tecidos 
linfoides, principalmente. 
Excesso elevado de cortisol torna os músculos muito fracos e as funções imunológicas dos tecidos linfoides podem 
ser reduzidas até apenas uma fração do normal. 
 Aumento das concentrações plasmáticas e hepáticas de proteínas 
Esses aumentos são exceções à depleção de proteínas que ocorre em todas as demais partes do corpo. Acredita-se 
que essa diferença resulte de possível efeito do cortisol para estimular o transporte de aminoácidos para as células 
hepáticas (mas não para a maioria das outras células) e a produção de enzimas hepáticas necessárias para a síntese 
proteica. 
 Cortisol e a relação com aminoácidos 
O cortisol reduz o transporte de aminoácidos para as células musculares e, talvez, para outras células extrahepáticas. 
O transporte reduzido de aminoácidos para as células extra-hepáticas diminui suas concentrações intracelulares e, 
consequentemente, a síntese proteica. Entretanto, o catabolismo proteico nas células continua a liberar 
aminoácidos que se difundem para fora das células, aumentando a concentração plasmática de aminoácidos. 
 
8 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
Portanto, o cortisol mobiliza aminoácidos nos tecidos não hepáticos e, dessa forma, reduz as reservas teciduais de 
proteínas. 
Uma maior concentração plasmática de aminoácidos e seu transporte aumentado para as células hepáticas pelo 
cortisol também poderiam ser responsáveis pela utilização melhorada de aminoácidos pelo fígado, causando efeitos 
como: 
 Maior desaminação de aminoácidos pelo fígado; 
 Aumento da síntese proteica no fígado; 
 Formação maior de proteínas plasmáticas pelo fígado; 
 Aumento da conversão de aminoácidos em glicose — Gliconeogênese 
Cortisol no metabolismo da gordura 
 Mobilização de Ácidos graxos no tec. adiposo 
Essa mobilização eleva a concentração de ácidos graxos livres no plasma, o que também aumenta sua utilização para 
a geração de energia. Ele também exerce efeito direto no aumento da oxidação de ácidos graxos nas células. 
Elevada mobilização de gorduras + maior oxidação de ácidos graxos contribui para que os sistemas metabólicos 
celulares deixem de utilizar glicose para a geração de energia e passem a utilizar ácidos graxos em momentos de 
jejum ou outros estresses. Conservação, a longo prazo, de glicose e glicogênio corporal. 
 Excesso de Cortisol e obesidade 
Excesso de secreção de cortisol se desenvolve um tipo peculiar de obesidade, com deposição excessiva de gordura 
no tórax e na cabeça, gerando sinais clínicos chamados “giba de búfalo” e “face em lua cheia”. Embora sua causa 
seja desconhecida, foi sugerido que essa obesidade resulta do estímulo excessivo à ingestão alimentar, de modo que 
a gordura seja gerada em alguns tecidos mais rapidamente do que é mobilizada e oxidada. 
Cortisol e a relação com a inflamação 
Estresse físico ou neurogênico provoca aumento imediato e acentuado da secreção de ACTH pela hipófise anterior, 
seguido, minutos depois, por grande aumento da secreção adrenocortical de cortisol. 
Glicocorticoides causam rápida mobilização de aminoácidos e gorduras a partir de suas reservas celulares, tornando-
os disponíveis para a geração de energia e para a síntese de novos compostos, incluindo a glicose, necessários aos 
diferentes tecidos do organismo. 
Efeitos anti-inflamatórios 
Tecidos são lesados por trauma, infecção bacteriana ou outros fatores, quase sempre ficam “inflamados”. Em 
algumas condições, como na artrite reumatoide, a inflamação é mais lesiva que o próprio trauma ou a doença. A 
administração de grande quantidade de cortisol, pode bloquear essa inflamação ou até mesmo reverter seus efeitos, 
quando iniciada. 
A inflamação tem cinco estágios principais: 
 
9 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
1. Liberação por células de tecidos lesados de substâncias químicas que ativam o processo inflamatório, 
histamina, bradicinina, enzimas proteolíticas, prostaglandinas e leucotrienos; 
2. Aumento do fluxo sanguíneo na área inflamada, causado por alguns dos produtos liberados pelos tecidos, 
que é chamado eritema; 
3. Extravasamento de grande quantidade de plasma quase puro dos capilares para as áreas lesadas, devido ao 
aumento da permeabilidade capilar, seguido pela coagulação do líquido tecidual, provocando, assim, edema 
não deprimível; 
4. Infiltração da área por leucócitos; 
5. Após dias ou semanas, o crescimento de tecido fibroso que, frequentemente, contribui para o processo 
regenerativo. 
Quando uma grande quantidade de cortisol é secretada ou injetada na pessoa, o glicocorticoide exerce dois efeitos 
anti-inflamatórios básicos: 
 Bloqueio dos estágios iniciais do processo inflamatório, antes mesmo do início da inflamação considerável; 
 Se a inflamação já se iniciou, a rápida resolução da inflamação e o aumento da velocidade da regeneração. 
 Efeitos do cortisol na prevenção da inflamação 
 O cortisol estabiliza as membranas dos lisossomos (Efeito mais importante) 
 Dificulta a ruptura das membranas dos lisossomos intracelulares. Portanto, a maior parte das 
enzimas proteolíticas liberadas por células lesadas que provocam inflamação, principalmente 
armazenadas nos lisossomos, é liberada em quantidades muito reduzidas. 
 O cortisol reduz a permeabilidade dos capilares 
 Efeito secundário da redução da liberação de enzimas proteolíticas. Essa redução da permeabilidade 
impede a perda de plasma para os tecidos. 
 O cortisol reduz a migração de leucócitos para a área inflamada e a fagocitose das células lesadas. 
 Resultado do fato de o cortisol diminuir a formação de prostaglandinas e leucotrienos que 
aumentariam a vasodilatação, a permeabilidade capilar e a mobilidade dos leucócitos. 
 O cortisol suprime o sistema imunológico, reduzindo acentuadamente a reprodução de linfócitos 
 Os linfócitos T são, especificamente, suprimidos. Por sua vez, a menor quantidade de células T e 
anticorpos na área inflamada reduz as reações teciduais que promoveriam o processo inflamatório e 
levariam a morte. 
 Úteis para evitar a rejeição de tecidos transplantados 
 O cortisol atenua a febre 
 Reduz a liberação de interleucina 1 a partir dos leucócitos, que é um dos principais estimuladores do 
sistema de controle hipotalâmico da temperatura. A diminuição da temperatura, por sua vez, reduz 
o grau de vasodilatação. 
 Cortisol e a resolução da inflamação 
O efeito imediato é o bloqueio da maior parte dos fatores que favorecem a inflamação. Além disso, ocorre aumento 
da regeneração. Provavelmente, isso resulta dos mesmos basicamente indefinidos fatores que permitem que o 
organismo resista a muitos outros tipos de estresse físico quando uma grande quantidade de cortisol é secretada: 
 Mobilização de aminoácidos e do uso destes ácidos para reparar os tecidos lesados; 
 Estímulo da gliconeogênese que disponibiliza maior quantidade de glicose nos sistemas metabólicos 
essenciais; 
 Maior disponibilidade de ácidos graxos para a produção de energia celular; 
 
10 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
 Algum outro efeito do cortisol na inativação ou remoção de produtos inflamatórios. 
O cortisol desempenhaum papel importante no combate a certos tipos de doença - artrite reumatoide, febre 
reumática e glomerulonefrite aguda – visto que todas se caracterizam por intensa inflamação local, e os efeitos 
danosos no organismo são causados, principalmente, pela própria inflamação, e não por outros aspectos da doença. 
Regulação da secreção de Cortisol 
 ACTH estimula a secreção 
Secreção é controlada quase inteiramente pelo ACTH secretado pela hipófise anterior. Esse hormônio, também 
chamado corticotropina ou adrenocorticotropina, também estimula a produção de androgênios adrenais. 
O importante fator liberador que controla a secreção de ACTH é chamado fator liberador de corticotropina (FLC) – 
peptídeo – 
Este peptídeo é secretado no plexo capilar primário do sistema portal hipofisário (eminência mediana do 
hipotálamo) e, então, transportado para a hipófise anterior, onde induz a secreção de ACTH. Os corpos celulares dos 
neurônios que secretam FLC se localizam, no núcleo paraventricular do hipotálamo, o qual recebe muitas conexões 
nervosas do sistema límbico e do tronco cerebral inferior. 
 ACTH ativa Céls adrenocorticais 
O principal efeito do ACTH é a ativação da adenilil ciclase na membrana celular. 
Ativação induz a formação de AMPc no citoplasma celular, o qual ativa as enzimas intracelulares que causam a 
formação dos hormônios adrenocorticais. Esse é outro exemplo do AMPc como um sistema sinalizador de segundo 
mensageiro. 
O mais importante de todos os estágios estimulados por ACTH no controle da secreção adrenocortical é a ativação 
da enzima proteina cinase A, que causa a conversão inicial do colesterol em pregnenolona. Essa é a “etapa 
limitante” da produção de todos os hormônios adrenocorticais, o que explica por que o ACTH é, normalmente, 
necessário para que qualquer hormônio adrenocortical seja formado. 
 Estresse fisiológico e ACTH 
Estresse físico ou mental pode levar à secreção muito 
elevada de ACTH e, como consequência, de cortisol, que, 
frequentemente, aumenta em até 20 vezes. 
 Estresse físico 
 Estímulos são transmitidos centralmente 
por meio do tronco cerebral e, para a 
eminência mediana do hipotálamo, onde 
o FLC é secretado para o sistema portal 
hipofisário. Em alguns minutos, toda a 
sequência de controle provoca a 
liberação de grandes quantidades de 
cortisol no sangue. 
 
AMPcíclico 
 Colesterol  Pregnenolona 
 
 
11 FISIOLOGIA Natasha Ferreira ATM 25 
 Estresse mental 
 Resultado do aumento da atividade no sistema límbico, especialmente na região da amígdala e 
hipocampo, que transmitem, então, sinais para o hipotálamo posteromedial. 
 Efeito inibitório do cosrtisol para reduzir a secreção de ACTH 
O cortisol apresenta efeitos de feedback negativo direto: 
 Hipotálamo, reduzindo a formação de FLC; 
 Hipófise anterior, reduzindo a formação de ACTH. 
Ambos contribuem para a regulação da concentração plasmática de cortisol, quando o organismo não encontra-se 
em estado de estresse. Isso significa que, quando a concentração de cortisol fica muito elevada, os processos de 
feedback automaticamente reduzem o ACTH para o nível normal de controle. 
Contudo, os estímulos de estresse são preponderantes; eles sempre podem se impor ao feedback inibitório direto 
do cortisol, provocando exacerbações periódicas de sua secreção em múltiplos momentos ao longo do dia, ou sua 
secreção prolongada em situações de estresse crônico. 
ACTH e a associação com outros hormônios 
Quando o ACTH é secretado pela hipófise anterior, outros hormônios (estruturalmente semelhantes) são secretados 
também. Isso ocorre porque o gene transcrito para formar a molécula de RNA que provoca a síntese de ACTH causa, 
inicialmente, a formação de uma proteína maior - pré-pró-hormônio - chamada pró-opiomelanocortina (POMC) - 
precursor do ACTH e de outros peptídeos, como hormônio melanócito-estimulante (MSH), blipotropina, b-
endorfina. 
Quando a secreção de ACTH está elevada, a secreção destes outros hormônios pode aumentar e causar efeitos 
significativos no organismo do indivíduo. 
 
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ANORMALIDADES DA SECREÇÃO ADRENOCORTICAL 
Doença de Addison - Hipoadrenalismo, onde ocorre uma atrofia primária do córtex adrenal, em 80% dos 
casos é autoimune. 
 Deficiência de mineralocorticoides: 
 Redução da liberação de Aldosterona 
 Grande eliminação de sódio e água pela urina / redução do 
volume do LEC. Hipercalemia. Choque circulatório. Morte 
em poucos dias. 
 Deficiência de glicocorticoides 
 Lentidão na mobilização de energia. Incapacidade de 
responder aos diferentes tipos de estresse (Crise adrenal). 
 Pigmentação por melanina das mucosas e pele 
 Como não estamos tendo cortisol, nem aldosterona, não 
acontecerá feedback negativo sobre o hipotálamo e a hipófise 
e consequentemente vamos ter excesso de ACTH liberado 
pela hipófise. 
 Excesso de ACTH 
 
Síndrome de Cushing – Hiperadrenalismo causado por hipersecreção no córtex adrenal: 
 Adenomas na adeno-hipófise secretores de uma grande quantidade de ACTH - (mais comum) 
 Se tem ACTH em excesso tem cortisol em excesso 
 Anormalidades hipotalâmicas que resultam em altos níveis de FLC e consequentemente ACTH. 
 Se tem ACTH em excesso tem cortisol em excesso 
 Adenomas do córtex adrenal. 
 Lava ao aumento de cortisol 
Aspectos da síndrome: 
 Aumento na concentração sanguínea de glicose. 
 Aumento no catabolismo proteico com redução nas proteínas teciduais 
– fraqueza intensa. 
 Redução na deposição de proteína nos ossos – osteoporose. 
 Fragilidade do tecido subcutâneo (redução de colágeno). 
 Estrias violáceas 
 Supressão do sistema imune. 
 Aparência edematosa da face – face em lua cheia 
 Com excesso de cortisol, tem a produção de androgênios pela camada fasciculada, então, 
normalmente, vamos ter excesso de androgênio 
 
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 Acne e pelos faciais. 
 Excesso de androgênio 
 Hipertensão. 
 Cortisol tem um efeito 
mineralocorticoide reduzido nos rins 
pela presença de uma enzima que 
impede o efeito mineralocorticoide. 
 Porém quando o cortisol está em excesso, muitas vezes, a atividade da enzima se torna insuficiente 
(enzima saturada) e consequentemente o efeito mineralocorticoide acontece, o que acarreta o 
desenvolvimento da hipertensão pelo aumento reabsorção de Na e água.

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