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O BMG tem uma ótima posição de mercado no varejo de crédito 
consignado, especificamente em cartões de crédito para funcionários 
públicos e aposentados, onde é líder. Além disso, o banco pretende 
crescer no mercado digital e de meios de pagamento, com exposição 
ao emergente mercado de fintechs. 
 
Nossa recomendação é NÃO ENTRAR na oferta pública inicial (IPO) do 
Banco BMG. 
Acreditamos que a relação risco/retorno das ações do banco BMG não 
é favorável ao investidor pelo baixo potencial de ganho, dada a 
limitação de crescimento do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) 
de um banco que tem foco em crédito consignado. 
Em nossa análise, concluímos que a oferta do banco BMG NÃO é 
atrativa. O múltiplo preço/lucro 2020 está em 11,3x, nível elevado 
comparado com o de outros bancos. 
Entendemos que deveria haver algum desconto em relação aos seus 
pares mais bem estabelecidos no mercado, como banco Pan e BTG 
Pactual. 
 
Este é um relatório elaborado pela equipe de análise da Levante de 
acordo com o prospecto divulgado pela companhia. 
 
Sumário do IPO do Banco BMG 
 
 
 
 
Visão Geral 
 
O BMG é um banco atuante na área de empréstimos consignados (em 
que o desconto da prestação é feito diretamente na folha de pagamento 
ou de benefício previdenciário do cliente, reduzindo o risco de 
inadimplência). O banco é líder brasileiro (>65% de market share) no 
varejo, especificamente no segmento de cartões de crédito consignado. 
Seus principais beneficiários são funcionários públicos, aposentados e 
pensionistas do INSS. 
Além disso, o banco oferece outros serviços no varejo focados no 
crédito pessoal. São eles: o Crédito na Conta, em que os pagamentos 
são automaticamente deduzidos das contas dos clientes (aposentados 
do INSS ou funcionários públicos); a Lendico, que oferece empréstimos 
pessoais para pessoas com bom histórico de crédito e fora do radar do 
setor bancário; e a oferta de crédito consignado nos EUA por meio de 
acordos de participação entre subsidiárias do banco. 
A companhia também atua - em menor escala - no atacado, oferecendo 
serviços financeiros estruturados, instrumentos derivativos para 
proteção de balanço e seguro-garantia para empresas de médio e 
grande porte. 
O BMG busca vender seus produtos de maneira física e digital, com 
uma abordagem multiprodutos e uso da estratégia omnichannel 
(integração entre os canais de venda utilizados pela empresa). Os 
canais físicos são correspondentes bancários, lojas franqueadas e 
agências bancárias. Já os canais digitais contam com um banco 100% 
digital, lançado em 2018. 
A estratégia do banco é de defender sua posição de liderança no setor 
de financiamento ao consumo como um todo no Brasil, buscando maior 
eficiência operacional, melhorando seu desempenho financeiro e 
construindo uma plataforma completa de serviços financeiros. 
Para tanto, a companhia foca no estreito relacionamento com sua rede 
de franquias e correspondentes bancários para aplicar o seu modelo de 
negócios via cross-selling (entre outras estratégias) e, assim, aumentar 
a sua receita sem grandes investimentos em marketing. Ainda, o BMG 
busca continuamente estabelecer parcerias e realizar aquisições 
 
 
 
estratégicas para desenvolver suas atividades core e negócios 
complementares que tragam valor à estratégia de crescimento. 
 
Vantagem competitiva 
O Banco BMG está bem posicionado para continuar capitalizando em 
cima de sua marca e absorver de forma crescente a ampla demanda 
por financiamento no Brasil. O modelo de negócios multiprodutos, que 
atende diferentes necessidades e fases do ciclo de vida do cliente, 
reduz a volatilidade de resultados em relação aos ciclos econômicos do 
País e permite atuar de forma sustentável em um mercado em contínua 
expansão diante do aumento da expectativa de vida da população. 
Tendo sido um dos primeiros bancos na concessão de empréstimos 
consignados no Brasil, hoje o BMG é uma das principais plataformas de 
financiamento ao consumo, com vantagens competitivas em diferentes 
linhas de produtos: 
(i) É líder absoluto no mercado de cartão de crédito consignado, com 
uma carteira de crédito de R$7,6 bilhões em 30 de junho de 2019; 
 
(ii) Por ser um grande pagador de benefícios a aposentados e 
pensionistas do INSS desde 2015, o banco possui melhor 
capacidade de avaliação de crédito do cliente, mais eficiência na 
cobrança das parcelas, menor custo da operação e maior poder de 
barganha com os grandes bancos, fechando convênios para 
descontar as parcelas do crédito pessoal em conta corrente. 
 
 
 
 
 
Breve histórico 
1930: Fundação do Banco de Crédito Predial S.A. como um banco 
comercial, oferecendo produtos para pessoas físicas e jurídicas. 
1965: Criação da BMG Financeira S.A. – Crédito, Financiamento e 
Investimento. 
1971: Criação do BMG Leasing S.A. – Arrendamento Mercantil, com 
finalidade de financiar a compra de veículos leves e pesados. 
1985: Aquisição, por meio da BMG Financeira, do capital majoritário do 
banco comercial Brasilinvest Banco Comercial S.A., tornando-se o BMG 
Banco Comercial S.A. 
1989: Alteração da denominação da empresa para Banco BMG S.A., 
seu nome atual. 
1998: Início da concessão de empréstimos consignados. 
2002: Estruturação do seu primeiro programa de securitização por meio 
de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs). 
2004: Realização de um acordo de cessão de créditos. O BMG foi um 
dos primeiros bancos médios a realizar a atividade. 
2005: Consolidação como um dos principais players do mercado de 
crédito consignado. No mesmo ano, lança seu cartão de crédito 
consignado. 
2011: Fundação de companhia de crédito ao consumo, a BMG Money, 
com o foco de oferecer crédito consignado para funcionários do setor 
público nos Estados Unidos. 
2012: Associação com o Itaú Unibanco para a criação de uma joint 
venture voltada para empréstimo consignado, Banco Itaú BMG 
Consignado S.A. 
2014: Unificação de negócios com o Banco Itaú BMG e aumento da 
participação do BMG no capital social do Itaú BMG para 40%. 
2015: Início das operações de cartão de crédito consignado para 
aposentados e pensionistas do INSS. 
 
 
 
2016: Alienação da participação no Banco Itaú BMG Consignado para o 
Itaú Unibanco. 
2017: Lançamento da BMG Digital Invest, plataforma de investimentos 
online e 100% digital. 
2018: Compra de 65% da subadquirente Pago Soluções em 
Pagamentos S.A., empresa brasileira de meios eletrônicos de 
pagamento. 
2018: Lançamento do banco digital do BMG. 
 
Destinação dos recursos 
 
Com a oferta pública de ações (IPO), o Banco BMG pretende investir o 
valor estimado de R$ 1,23 bilhão da seguinte forma: 
1) Novos produtos como empréstimo consignado e produtos de 
adquirência (45%) 
2) Expansão orgânica das linhas de negócio existentes, em especial o 
cartão de crédito consignado e o crédito na conta (45%) 
3) Inovações tecnológicas e iniciativas de marketing voltadas à 
expansão de seu banco digital (10%) 
 
Condições da oferta 
 
O IPO se dará através da oferta primária (86%) e secundária (14%) de 
ações: 
(i) Oferta primária: venda de novas ações. Os recursos obtidos com 
as cerca de 103,4 milhões de ações serão destinados ao caixa da 
empresa para realizar o plano de negócios. 
(ii) Oferta secundária: venda de participação dos sócios. Os recursos 
obtidos com as 16,5 milhões de ações irão para a família Pentagna 
Guimarães. 
 
 
 
 
 
 
Valores para reserva 
O valor mínimo para participar daoferta é de R$ 3.000,00 e o máximo 
é de R$ 1.000.000,00 por investidor não-institucional (pessoas físicas e 
jurídicas e clubes de investimentos). 
 
 
Preço por ação 
O preço por ação estará situado na faixa indicativa entre R$ 11,60 e R$ 
13,40, porém, podendo ser fixado acima ou abaixo da faixa. 
Considerando o preço médio de R$ 12,50, o valor total da oferta será 
de R$ 1,5 bilhão. 
 
 
Coordenadores da Oferta 
A XP Investimentos é o coordenador líder. Os demais coordenadores 
são: (i) Itaú BBA; (ii) Credit Suisse; (iii) Brasil Plural e; (iv) BB-
Investimentos. 
 
 
 
 
 
 
Cronograma da Oferta 
Início do período de reserva 11 de outubro de 2019 
Encerramento do período de reserva 23 de outubro de 2019 
Encerramento do procedimento de 
precificação 24 de outubro de 2019 
Início das negociações 28 de outubro de 2019 
 
 
 
Cenário Macro 
A inflação segue controlada e a taxa de juros está na mínima histórica e 
com viés de queda - com fundamentos, e não devido a desmandos do 
Executivo. A reforma da Previdência, em vias de aprovação, reforça que 
o Brasil caminha para realizar uma mudança estrutural em meio à sua 
bagunça fiscal e, também, para atingir um novo padrão de juros e 
inflação, ambos controlados. 
Com o encaminhamento da reforma da Previdência, uma pergunta fica 
no ar. E agora? Quais os próximos passos? A equipe econômica não 
demorou para responder a essa pergunta e já prepara um pacote de 
medidas, que deve ser apresentado logo após a votação. Correções 
estruturais, aceleração de privatizações, medidas que favorecerão a 
demanda agregada e medidas microeconômicas estarão prontas para 
entrar em discussão tão logo a reforma da Previdência seja aprovada. A 
reforma tributária, por exemplo, é considerada tão importante quanto a 
da Previdência e já vem sendo discutida no Congresso há algum tempo. 
No cenário externo, voltamos para o ponto em que os bancos centrais, 
visando evitar uma desaceleração brusca de suas economias, 
comprometem-se com uma política monetária mais flexível e realizam 
seguidas reduções nas taxas de juros. O cenário se desenha para um 
uma desaceleração controlada das principais economias do globo. 
Tudo isso tem possibilitado que a Bolsa ultrapasse e se mantenha 
acima dos 100 mil pontos. O cenário para a Bolsa é positivo para os 
últimos meses do ano, com cada vez mais investidores saindo das 
aplicações em renda fixa e buscando ativos de risco. 
 
 
 
 
 
Transformação Digital 
Os smartphones conquistam cada vez mais a atenção de jovens e 
adultos. Eles já funcionam como extensões do corpo humano com 
funcionalidades como: lembretes de tarefas, agenda de compromissos, 
aplicativos de mensagens, promoções em restaurantes e acesso à conta 
corrente. 
As fintechs surgiram a partir desse contexto, para oferecer uma 
transformação digital no mercado financeiro. O Nubank, por exemplo, 
ganhou expressão ao disponibilizar um serviço eficiente e com baixo 
custo para o usuário. 
O interessado pode solicitar um cartão de crédito e, se for aprovado, 
recebe o documento em sua casa. O desbloqueio é realizado pelo 
próprio aplicativo, assim que o cliente o solicita. Ele ainda consegue 
pedir para alterar o limite de crédito e fazer o pagamento da fatura 
antes do prazo previsto. 
Com o aumento da concorrência em função da criação de fintechs, os 
bancos tradicionais precisaram se modernizar também. O Itaú, por 
exemplo, criou o Cubo — um ambiente de coworking para incentivar a 
troca de ideias. O Bradesco deu origem ao InovaBRA, um ecossistema 
de inovação. Além disso, a instituição criou o Next — uma versão digital 
do banco com uma mensalidade mais acessível para os usuários. 
O banco Inter, de Minas Gerais, seguiu o caminho do Nubank e criou 
um ambiente 100% digital para conseguir manter e atrair novos 
clientes. A conta é gratuita e oferece serviços online tanto para pessoas 
físicas como para jurídicas. Outras instituições financeiras tradicionais 
começaram a seguir o mesmo caminho, muitas vezes, buscando 
parcerias com fintechs. 
Por isso, cada vez menos jovens vão em agências bancárias, pois eles 
passaram a frequentar os bancos apenas para realizar o saque de 
dinheiro ou efetuar depósitos. 
Cada instituição bancária desenvolve o seu modelo próprio de 
tecnologia para atender os clientes. Contudo, a tendência é que todas 
ofereçam plataformas completas, incluindo desde o acesso a saldos, 
transferências e investimentos. 
https://cubo.network/
https://www.inovabra.com.br/
https://next.me/?__hstc=4866225.786da15f9106e3a032d120656a47e1b3.1516660733652.1516660733652.1516707215096.2&__hssc=4866225.1.1516707215096&__hsfp=2065713712
https://bancointer.com.br/conta-corrente.jsf
https://blog.leucotron.com.br/ti-estrategico-o-que-e-e-qual-e-a-sua-importancia/
 
 
 
Análise financeira e valuation 
No limite inferior de preço da oferta de R$ 11,60 por ação, o valor de 
mercado do Banco BMG será de R$ 6,6 bilhões, com múltiplo Preço 
Lucro (P/L) 2020 de 13,2x e múltiplo preço/valor patrimonial da ação 
(P/VPA) de 1,62x. 
 
 Múltiplos 
Preço por 
ação 
Valor de mercado (R$ 
m) 
P/L 2019 
(x) 
P/L 2020 
(x) 
P/VPA 2019 
(X) 
R$ 11,60 R$ 6.638 21,3 13,2 1,62 
R$ 12,50 R$ 7.543 24,2 15,0 1,84 
R$ 13,40 R$ 8.448 27,1 16,8 2,06 
 
 
Importante observar que o banco BMG faz um ajuste anual no 
montante de R$ 88 milhões referentes a despesas com ágio líquido de 
impostos. 
 Múltiplos 
Preço por 
ação 
Valor de mercado (R$ 
m) 
P/L 2019 
(x) 
P/L 2020 
(x) 
P/VPA 2019 
(X) 
R$ 11,60 R$ 6.638 16,6 11,3 1,62 
R$ 12,50 R$ 7.543 18,9 12,8 1,84 
R$ 13,40 R$ 8.448 21,1 14,3 2,06 
 
Mesmo fazendo este ajuste no lucro recorrente de R$ 88 milhões por 
ano, o múltiplo preço/lucro recorrente 2020 é elevado: 11,3x. 
 
 
 
 
Em nossa análise, concluímos que a oferta do banco BMG NÃO é 
atrativa, pois o múltiplo preço/lucro 2020 de 11,3x é elevado 
comparado aos outros bancos. 
 
Acreditamos que a relação risco e retorno das ações do banco BMG não 
é favorável pelo baixo potencial de retorno dada a limitação de 
crescimento do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de um banco 
que tem foco em crédito consignado. 
Nossas projeções apontam para um lucro líquido recorrente de R$ 400 
milhões em 2019 e R$ 590 milhões em 2020, crescimento suportado 
pelo aumento do crédito, pela redução do custo de captação de 
recursos e pela integração de canais de venda. 
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) projetado é de 13,7% em 
2020. 
Acreditamos que o ROE sustentável de longo prazo do banco pode 
chegar a 16% ao ano. 
Com esse nível de ROE, o preço alvo para as ações do Banco BMG é de 
R$ 14,75 por ação, potencial de valorização de apenas 18% se 
considerado o preço médio da oferta de R$ 12,50 por ação. 
Para estimar o preço alvo do banco BMG, utilizamos o modelo de 
avaliação de dividendos de Gordon (DDM) e o múltiplo (P/VPA). Para 
tal, calculamos: 1) ROE implícito dado o preço da oferta e; 2) preço 
justo das ações dado o ROE sustentável de longo prazo. 
 
20,1 
13,4 
11,3 
7,0 
6,9 
6,4 
Pan
BTG Pactual
BMG
Banco do Brasil
ABC Brasil
Banrisul
 
 
 
Utilizamos a seguinte fórmula: 
Preço teto/PL (que é o múltiplo P/VPA) = (ROE – g) / (Ke – g). 
Adotamos as seguintes premissas: custo de capital próprio (Ke) de 9% 
ao ano e taxa de crescimento (g) na perpetuidade de 3% ao ano. As 
duas premissas são de crescimento real acima da inflação. 
Assim, o ROE implícito do Banco BMG ao preço de R$ 11,00 por ação é 
de 12,7% ao ano. No limite superior de R$ 14,00 por ação, o ROE 
implícito é de 14% ao ano. 
Fazendo a conta ao contrário: qual deveria ser o preço-alvo das ações 
do Banco BMG se assumirmos um ROE sustentável de longo prazo de 
16%, com as mesmas premissasde Ke e g: 9% e 3%, 
respectivamente? 
Utilizando a fórmula acima o resultado é preço teto de R$ 14,75 por 
ação para o BMG, com potencial de valorização de apenas 18% no 
preço médio do intervalo de R$ 12,50 por ação. 
Concluímos que, o potencial de valorização das ações do BMG é de 27% 
no limite inferior do intervalo, de 18% no preço médio e de apenas 
10% no preço superior do intervalo. 
 
Preço da oferta ROE Implícito Preço Alvo Potencial de valorização 
R$ 11,60 12,70% R$ 14,75 27% 
R$ 12,50 14,00% R$ 14,75 18% 
R$ 13,40 15,30% R$ 14,75 10% 
 
Assim, se a oferta sair no preço médio do limite superior de preço de 
R$ 13,40 por ação, o potencial de valorização do investimento em 
ações do BMG será menor, pois o mercado projetará no preço um ROE 
mais alto do que o esperado. 
O ABC Brasil é o único banco médio com capital aberto na Bolsa de 
Valores, e ressaltamos que os múltiplos P/E do banco BMG estão acima 
do banco ABC. 
 
 
 
Os bancos Pan (BPAN4) e BTG Pactual (BPAC11) negociam a múltiplos 
mais elevados que o banco BMG, porém esses dois bancos têm forte 
crescimento no digital e estão expostos ao crescimento do mercado de 
capitais. 
 
Conclusão 
O Banco BMG tem uma ótima posição de liderança de mercado no 
varejo de crédito consignado, especificamente em cartões de crédito 
para funcionários públicos e aposentados. Além disso, o BMG pretende 
crescer no banco digital e de meios de pagamentos, com exposição ao 
emergente mercado de fintechs. 
Nossa recomendação é NÃO ENTRAR na oferta pública inicial (IPO) do 
Banco BMG. 
O Banco BMG deverá apresentar algum crescimento de lucro líquido em 
2019 e 2020, com ROE sustentável por volta de 16% ao ano. 
Avaliamos que o banco BMG tem uma boa operação e possibilidade 
crescimento no longo prazo, com três fatores são de suma importância 
para nossa conclusão: 
(i) Redução do custo de captação de recursos 
(ii) Forte crescimento da carteira de crédito pessoal voltado ao 
consumo 
(iii) Plataforma completa de serviços financeiros 
A janela para a operação é boa, visto que os IPO’s voltaram ao foco dos 
investidores após Vivara (VIVA3) ter inaugurado uma nova sequência 
de aberturas de capital. 
Entretanto, entendemos que deveria haver algum desconto em 
relação aos seus pares mais bem estabelecidos no mercado como 
banco Pan e BTG Pactual. 
Os investidores institucionais estão cada vez mais seletivos nos 
processos de abertura de capital e preferem empresas mais maduras e 
com histórico de crescimento, sempre com um desconto na hora de 
 
 
 
alocar capital nas novas empresas. Nossa previsão é que os pedidos de 
reservas deverão ficar mais concentrados no limite inferior de preço. 
Afinal, o BMG precisa entregar o crescimento esperado em termos de 
lucro líquido em 2019 e provar para o mercado porque o BMG merece 
ser negociado acima dos concorrentes, como ABC Brasil (ABCB4) e BTG 
Pactual (BPAC11). 
Ao contrário da oferta pública inicial do Banco Inter, que veio ao 
mercado buscando múltiplos de fintech, mas ainda sem o track record 
de um banco digital, acreditamos que o múltiplo do banco BMG é 
comparável aos múltiplos de bancos tradicionais – menores que os de 
fintech. 
No entanto, a ausência de investidores-âncora, pode atrapalhar a 
colocação da oferta no mercado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Relatório Especial IPO – Banco BMG é um conteúdo preparado pela 
equipe de analistas da Levante Ideias de Investimentos. 
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Conforme o artigo 16, parágrafo único da ICVM 598/2018, o analista Eduardo Guimarães se declara 
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