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MARCELO SANTOS DIREITO CIVIL 1 – 2019 Síntese: FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: parte geral e LINDB. 17ª ed. rev., ampl. e atual. Salvador: Juspodium, 2019. DOMICÍLIO Quanto à origem: • Voluntário; • Legal ou necessário; Quanto à natureza ou extensão: • Geral; • Profissional; • Especial. Domicílio facultativo – domicílio do diplomata O agente diplomático mantém o seu domicílio no país que representa, se não o renunciar com autorização do governo. É a regra da imunidade internacional de jurisdição dos agentes diplomáticos, que estabelece que eles só poderão ser demandados no próprio país. Também não incidirá a norma caso o diplomata venha ser demandado no Brasil, hipótese em que seu domicilio seguirá às regras do domicílio necessário em relação ao servidor público. O diplomata é o servidor público que representa o Brasil perante as outras nações. Ele negocia acordos internacionais, promove os interesses comerciais brasileiros, estimula relações culturais e econômicas entre o Brasil e outros países, dá apoio a brasileiros em viagem ou que vivem no exterior e busca informações importantes para a condução da nossa política externa, por exemplo. Domicílio voluntário Também denominado real, é aquele estabelecido em virtude de manifestação de vontade da pessoa (art. 70, CC). Domicílio necessário ou legal Decorre diretamente da lei: é o domicílio do incapaz, do servidor público, do militar, do marítimo e do preso (art. 76, CC). Domicílio geral É do domicílio voluntário ou legal que se destina aos atos da vida civil, que constitui o centro dos negócios e interesses de uma pessoa (art. 71, CC/02). Domicílio especial ou negocial É aquele estabelecido em um contrato para dirimir as questões dele decorrentes (art. 78, CC), ou ainda, para uma determinada relação jurídica, como o domicílio eleitoral (art. 42, do Código Eleitoral – Lei n. 4.737/1965). Residência Significa estar em um lugar de maneira estável e contínua. Logo, nem toda residência constitui domicílio, mas somente aquela qualificada pela habitualidade, pelo ânimo definitivo. MARCELO SANTOS DIREITO CIVIL 1 – 2019 Síntese: FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: parte geral e LINDB. 17ª ed. rev., ampl. e atual. Salvador: Juspodium, 2019. Temos a hipótese em que o domicílio não tem por base a residência com ânimo definitivo, mas, ao contrário, é considerado domicílio o simples paradeiro da pessoa (art. 73, CC). A vinculação de uma pessoa a um determinado lugar resulta de um ato jurídico da própria pessoa, fixando-o como seu domicílio. Ao afirmarmos que o domicílio é o centro dos negócios e interesses de uma pessoa, estamos a dizer que este é o centro de sua vida de relação, isto é, o lugar onde a pessoa, por excelência, desenvolve suas relações econômicas e pessoais. Não basta para estabelecer o domicílio a manifestação de vontade da pessoa, pois é necessário somar esse ato jurídico à residência habitual. Se realmente a pessoa tem mais de uma residência onde habitualmente permaneça ou alternadamente viva, se em vários centros tem ocupações constantes, habituais, é contrariar a realidade das coisas, por amor de uma abstração infundada, persistir em considerar que somente uma dessas residências ou centro de atividade seja o seu domicílio e, arbitrariamente, escolher um deles para esse fim. Podemos ter as seguintes hipóteses de pluralidade de domicílios: a) Vários domicílios privados ou geral (art. 71, CC) b) Vários domicílios profissionais (parágrafo único, art. 72, CC); c) Domicílio geral e profissional; d) Domicílio geral e necessário; e) Domicílio geral e de eleição (contratual). Em relação a pessoa que não possui residência, visando a proteção de terceiros, a lei considera seu domicílio o lugar onde for encontrada (art. 73, CC) – domicílio ocasional ou aparente. Ver art. 46, §§2º e 3º, CPC Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. § 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. § 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor. § 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. MARCELO SANTOS DIREITO CIVIL 1 – 2019 Síntese: FARIAS, Cristiano Chaves; ROSENVALD, Nelson. Curso de Direito Civil: parte geral e LINDB. 17ª ed. rev., ampl. e atual. Salvador: Juspodium, 2019. O domicílio profissional, diversamente do geral, se refere exclusivamente às relações concernentes ao exercício da profissão. As demais relações jurídicas da pessoa se regem pelo seu domicílio geral, isto é, o lugar onde ele estabeleceu sua residência com ânimo definitivo. Domicílio Legal ou necessário (art. 76, CC) • Incapaz; • Servidor público; • Militar; • Marítimo; • Preso
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