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Sistema neurológico em equinos

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Sistema neurológico em equinos: 
 
O exame é dificultado pelo escasso acesso para avaliação direta, quando comparado a outros 
sistemas. Isso pode ser percebido já que nenhuma estrutura nervosa pode ser palpada 
diretamente. 
 
➔ Neuroanatomia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➔ Exame clínico: 
I. Identificação animal​ (espécie, raça, sexo, idade, utilização, valor, local de origem e 
utilização do animal). 
II. Anamnese​ (início dos sinais clínicos, evolução, alimentação, vacinação, tratamentos 
realizados, doenças anteriores, número de animais acometidos, ambiente, manejo dos 
animais e número de mortes). 
Início dos sinais clínicos: 
❏ AGUDO NÃO PROGRESSIVO: enfermidades traumáticas e vasculares 
❏ AGUDO PROGRESSIVO E SIMÉTRICO: enfermidades metabólicas, nutricionais e 
tóxicas 
❏ AGUDO PROGRESSIVO E ASSIMÉTRICO: enfermidades inflamatórias (infecções), 
degenerativas e neoplásicas. 
III. Exame físico​ (frequencia cardiaca, frequencia respiratória, grau de desidratação, 
coloração de mucosas, palpação detalhada de todos os membros e coluna vertebral). 
IV. Exame complementar​ (análise do líquido cefalorraquidiano, radiografias simples ou 
contrastadas (rnielografia), eletroencefalografias, tomografia computadorizada e 
ressonância magnética). 
 
O exame neurológico baseia-se na avaliação do comportamento (estado mental), postura e 
movimentos (andar, trotar e galopar), pares de nervos cranianos, reações posturais e, quando 
possível, na realização de reflexos espinhais. Durante o exame neurológico de grandes animais 
a maior quantidade de informações deve ser obtida da anamnese e do exame físico, já que são 
poucas as vezes que os exames complementares acima citados podem ser utilizados, 
principalmente quando os animais são avaliados no campo. 
 
 
 
TÉTANO: 
 
É uma doença infecciosa causada por toxinas do Clostridium tetani, o clostridium produz as 
toxinas tetanosespasmina (neurotoxina- provoca hiperexcitabilidade), hemolisina (tetanolisina) 
e toxina não-espasmogênica de ação periférica. 
 
Patogenia: ​ambiente com pouco oxigênio, portanto, feridas profundas são fontes comuns de 
infecção, bem como feridas com abundante tecido necrótico ou com pouco suprimento 
sanguíneo. Após a infeção pelo clostridium a toxina se espalha por todo o corpo, causando 
espamos musculares generalizados. 
 
Sintomas: relutância ou inabilidade em se alimentar, andar enrijecido (“posição de cavalete’’), 
hiperreflexia aos estímulos externos, prolapso da membrana nictitante é observado devido à 
retração do globo ocular, espasmos nos músculos do dorso e da cernelha causam extensão do 
pescoço e cabeça, disfagia, elevação da cauda. A morte ocorre em 5-7 dias após o início dos 
sinais clínico, devido à paralisia dos músculos da respiração. 
Diagnóstico:​ realizado pelo exame clínico e dados epidemiológicos, dispensando o diagnóstico 
laboratorial. 
 
Tratamento: ​relaxantes musculares, sedativos, soro, antibioticoterapia, vacinação. 
 
SÍNDROME (4 GRUPOS): 
 
Composta pela sindrome cerebral, sindrome cerebelar, sindrome vestibular (tronco encefálico), 
sindrome espinhal. 
● Sindrome cerebral = traumáticas (concussões), infecciosas (raiva, encefalite viral) e 
degenerativos (leucoencefalomalácea). 
● Sindrome cerebelar = abiotrofia cerebelar. 
● Sindrome vestibular = trauma (otite). 
● Sindrome espinhal = infecciosas (mepe), traumáticas. 
 
RAIVA: 
 
É uma encefalite altamente fatal que é causada por um vírus pertencente à ordem 
Mononegavirales, família Rhabdoviridae. Lembrando que a raiva em equinos tem baixa 
incidência em comparação com a do bovinos. A transmissão ocorre principalmente pelo 
morcego hematófago Desmodus rotundu. 
 
Patogênia: ​ocorre posteriormente à mordida de um animal infectado pelo vírus, a porta de 
entrada do vírus é atraves da pele e membranas mucosas (essas rotas são utilizadas quando a 
transmissão se dá por mordidas superficiais ou abrasões na pele, ingestão ou inalação de 
material infectado). 
 
Sintomas:​ incoordenação motora, paresia ou paralisia dos membros (principalmente os 
pélvicos), andar em círculos, ataxia, paresia da faringe, tremores do lábio e focinho, alterações 
comportamentais, com evolução para decúbito lateral e movimentos de pedalagem que 
culminam com a morte. 
Nesta espécie, a medula espinhal é a região mais afetada a, possivelmente em função do 
principal local de inoculação dos vírus (através das mordidas) ser nos membros, o que 
comumente gera sinais clínicos como ataxia e paralisia de membros pélvicos, combinados com 
perda do tônus da cauda e do esfíncter anal, além da perda da percepção sensorial de 
membros e tremores musculares. 
- Furiosa (convulsões, agressividade, fotofobia, hidrofobia, tenesmo, andar em círculos e 
hiperestesia) 
- Obscura 
- Paralítica 
 
Diagnóstico: ​Atráves da imunofluorescência direta (IFD), que confere rapidez e eficácia na 
obtenção do diagnóstico. A inoculação intracerebral em camundongos (ICC) é outra técnica 
para confirmação da raiva, entretanto tem a desvantagem de utilizar animais e também 
demorar a averiguar o resultado final. No diagnóstico pos-portem podemos encontrar 
corpusculo de negri e fazer a coleta do encefálo, cerebelo e tronco encefálico levando para um 
laboratório para ser analisado. 
 
Tratamento: ​não há. Podemos fazer uma prevenção com a utilização de vacinação. 
 
ENCEFALITE VIRAL: 
 
São zoonoses causadas por vírus da família Togaviridae, gênero Alphavirus e abrigam três 
vírus: o vírus da encefalomielite do leste, oeste e venezuela. São transmitidos por mosquitos, 
principalmente dos gêneros Culex, Aedes, Anopheles e Culiseta, os equinos e humanos são 
hospedeiros acidentais, e os principais reservatórios são os pássaros e alguns roedores 
silvestres. 
 
Sintomas: ​em geral iniciam-se com febre e apatia, a partir de então, o animal pode 
recuperar-se ou o vírus invade o SNC e dá inicio aos sinais neurológicos, que incluem ataxia, 
alterações sensoriais, andar em círculos, andar a esmo, pressão da cabeça contra objetos, 
agitação, hiperexcitabilidade, nistagmo, cegueira e ranger de dentes. Na fase final da doença, 
os cavalos apresentam depressão progressiva (cabeça baixa, orelhas caídas, ptose labial e 
protusão lingual) e evoluem para decúbito com movimentos de pedalagem. 
 
Diagnóstico: ​os dados epidemiológicos e achados clínicos característicos associados às lesões 
histológicas permitem o diagnóstico presuntivo de encefalomielites virais. Utiliza-se como 
exames o teste de elisa e de fixação de complemento. 
 
Tratamento:​ tratar sintomas e vacinação (prevenção). 
 
LEUCOENCEFALOMALÁCEA: 
 
É uma doença causada pela ingestão de metabólitos do fungo Fusarium verticillioides, as 
micotoxinas fumonisinas (B1, B2, A1 e A2), sendo o principal tipo a B1. Esta condição ocorre 
frequentemente pela ingestão de milho e de seus subprodutos, que estejam contaminados pelo 
fungo. Causa liquefação da substância branca de um ou dos dois hemisférios cerebrais. 
 
Sintomas:​ sonolência, pressão da cabeça contra objetos, cegueira parcial ou completa, 
paralisia faríngea, anorexia, fraqueza generalizada, incoordenação motora, relutância em 
caminhar, cruzamento dos membros, alterações de comportamento e andar em círculo, 
evoluindo para decúbito lateral com movimentos de pedalagem, seguidos de morte. 
 
Diagnóstico:​ observação dos sinais clínicos neurológicos em equinos que tem o histórico de 
consumo de milho e/ou rações que contenham o grão, conjuntamente com a identificação de 
malácia na substância branca do encéfalo ou do tronco encefálico. Amostras do alimento 
fornecido podem ser encaminhadas ao laboratório para detecção do fungo e da quantificação 
de suas toxinas. 
 
Tratamento:​ DMSO, benzodiazepínicos, terapia de suporte, vacinação, manejo alimentar 
adequado (prevenção). 
 
ABIOTROFIA CEREBELAR: 
 
É uma doença que acomete principalmente cavalos árabes e pôneis, que afeta 
especificamente o cerebelo. Essa área causa a morte de neurônios, tambémconhecidos como 
fibras de purkinje. ​A doença é geneticamente predisposta. A predisposição genética 
pode ser vista como programação (que já é ativada nos primeiros meses de vida). 
 
Sintomas:​ equilibrio, habilidades motoras mostram limitações claras, tremor de cabeça, 
ataxia, dismetria. 
 
Tratamento:​ não existe. 
 
Prevenção:​ evitar conhecidos cruzamentos genéticos que predispõem ao 
aparecimento. 
 
OTITE: 
 
É uma infeção do ouvido médio que causa inclinação da cabeça para o lado acometido. 
 
Sintomas:​ nistagmo, incoordenação, andar em círculos, alterações de comportamento 
como agressividade. 
 
Diagnóstico: historico associado a sintomas. 
 
Tratamento:​ corticoides, dmso, terapia de suporte. 
 
MIELOENCEFALITE EQUINA (MEPE): 
 
É uma afecção neurológica, que tem como agente etiológico o Sarcocystis neurona, 
que tem como hospedeiros definitivos (HD) os gambás (Didelphis virginiana e D. 
albiventris), e os equinos são considerados hospedeiros aberrantes. A MEP afeta 
geralmente animais adultos, mas há casos descritos em potros de dois meses de 
idade. 
 
Ciclo biológico: ​Após a ingestão dos esporocistos de Sarcocystis spp. pelo (HD), os 
esporozoítos são liberados no intestino, penetram no epitélio intestinal e posteriormente 
o endotélio vascular de vários órgãos. Após as divisões formam-se os merozoítos, que 
penetram nas células musculares esqueléticas e cardíacas, desenvolvendo os 
merontes (sarcocistos), completando o ciclo quando estes músculos são ingeridos por 
predadores. 
 
Sintomas: ​dependem da área do SNC que está afetada pela infecção. As lesões no 
encéfalo podem causar apatia, alterações no comportamento e convulsões; lesões no 
tronco encefálico e medula espinhal podem causar alterações na marcha, 
incoordenação e uma ampla variedade de sinais relacionados a danos nos núcleos dos 
nervos cranianos, que incluem paralisia do nervo facial, desvio da cabeça, ataxia em 
um ou mais membros, paralisia da língua, incontinência urinária, disfagia e atrofia dos 
músculos masseter e temporal. Dano severo a substância cinzenta da medula podem 
produzir fraqueza e atrofia dos músculos do membro inervado. 
 
Diagnóstico:​ observação de sinais clínicos sugestivos de MEP e resposta ao 
tratamento específico. A detecção de anticorpos contra S. neurona no líquido 
cefalorraquidiano (LCR), pelo método de western blot, é útil, embora cavalos 
clinicamente saudáveis possam apresentar anticorpos no LCR. Outros métodos de 
diagnóstico incluem testes sorológicos como imunofluorescência indireta (IFI) e ELISA 
para detecção de anticorpos contra proteínas snSag-1. A técnica de 
imuno-histoquímica também é usada na confirmação do diagnóstico histopatológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRAUMAS: 
 
 
Nivel da lesão Idade Tipo de 
traumatismo 
Incidentes 
comuns 
Síndrome 
cervical Potro (até 1 
ano) 
Luxação 
C1-C2 
hiperflexão Quadriparesia, 
depressão 
respiratória 
cervical Adulto jovem Fratura de 
epifises 
Fratura de 
compressão 
quadriparesia 
Torácica 
cranial 
Fratura de 
processo 
espinhoso 
dorsal 
Movimentos 
para trás 
Saltos ouo 
quedas 
paraparesia 
T2-51 qualquer Fratura 
transversa de 
arco vertebral 
com luxação 
quedas nenhuma 
Subluxação 
sacrolíaca 
adulto quedas quedas claudicação 
Fratura sacral qualquer compressão Queda sobre o 
dorso em 
posição de cão 
sentado 
Incontinencia 
urinária e fecal, 
paresia 
posterior (s/n), 
paralisia cauda 
e anus

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