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Epidermólise Bolhosa

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Epidermólise Bolhosa
Diagnóstico:
· O diagnóstico da epidermólise bolhosa é clínico e laboratorial, devendo o especialista analisar a história familiar e a consanguinidade dos pais, como fator importante, além de obter a confirmação exata da doença através da imuno fluorescência, do mapeamento genético e antígenos monoclonais específicos, além da microscopia eletrônica, sendo a mesma considerada padrão-ouro no diagnóstico da epidermólise 
bolhosa (LANSCHUETZER, 2010).
· A doença não tem cura e não é transmissível. A confirmação do diagnóstico da Epidermólise Bolhosa acontece basicamente por biópsia da pele e imunofluorescência direta.
Tratamento:
O tratamento consiste em amenizar as lesões, diminuindo as dores, evitando traumas cutâneo-mucosos, prevenindo infecções, realizando curativos adequados e dieta rica em ferro, zinco, proteínas e carboidratos, além de apoio multidisciplinar, com psicológicos, nutricionistas, odontologistas, fisioterapeutas, hematologistas, dermatologistas, pediatras, enfim, profissionais integrais são fundamentais para uma melhor qualidade de vida dos pacientes acometidos de epidermólise bolhosa (JORGE, 2003). 
Com o tratamento e acompanhamento profissional adequados, é possível prever e até evitar complicações. Por isso, o  tratamento é multiprofissional. Apesar de ser uma doença rara e grave, se houver diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado, os pacientes podem ter uma vida e participar das atividades diárias com menos restrições. Eles podem ir à escola, brincar, ir à praia e praticar esportes de forma supervisionada e adaptada. Com o crescimento da criança e cuidado com os traumas, o surgimento das bolhas pode diminuir com a idade.
Existem diferentes curativos especiais para o tratamento das feridas provocadas pela doença disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).  O Ministério da Saúde também oferta quatro tipos de procedimentos:
· Tratamento intensivo de paciente em reabilitação física.
· Tratamento de outras malformações congênitas.
· Tratamento de grande queimado.
· Avaliação clínica para diagnóstico de doenças raras.
O tratamento deve ser multidisciplinar, porém não existe nenhum tipo específico de terapêutica. O uso de Citocinas e Fatores de Necrose Tumoral (Tumor Necrotic Factor) é sugerido no tratamento de redução das bolhas epiteliais e mucosas. Deve-se evitar traumas cutâneo-mucosos durante atividades de lazer, tomando cuidados com banhos, uso de roupas e calçados com acessórios, entre outros. Infecções secundárias devem ser tratadas, pelo pediatra ou dermatologista, com antimicrobianos tópicos e/ou sistêmicos e dieta rica em proteínas, ferro e zinco. Otorrinolaringologistas devem estar familiarizados com esta patologia, no diagnóstico diferencial de lesões bolhosas das vias aéreas superiores e, também, no diagnóstico das disacusias (dificuldade auditiva). A fisioterapia é muito importante para o reforço das articulações, principalmente quando estas áreas apresentam cicatrizes. Na articulação temporomandibular, os benefícios dos exercícios fisioterápicos permitem reforço da musculatura, movimentos mandibulares corretos e desenvolvimento equilibrado.
O acompanhamento odontológico é imperativo. A análise funcional deve ser realizada diagnosticando padrões de deglutição, fonação e ausência de hábitos deletérios. Hipotonia muscular e respiração bucal são achados frequentes nestes pacientes. O plano de tratamento deve prever cuidados para preservar a integridade do esmalte dentário, por meio de medidas preventivas e controles odontopediátricos periódicos. A criança deve, tão cedo quanto possível, ser habituada a uma rigorosa higiene bucal, que pode ser realizada com uso de cotonete, gaze ou escova dental macia. Creme dental pode ser utilizado a partir do 3° ano de vida, lembrando que este não deve produzir ardor nas lesões da mucosa, assim como as soluções antimicrobianas utilizadas para reduzir o risco de infecções. A terapia com flúor é imprescindível.
As vacinas são extremamente importantes para as crianças com epidermólise bolhosa, devido ao rompimento da barreira epitelial e mucosa de defesa. Vacina contra catapora deve ser ministrada.
O uso de chupetas é contra indicado, por agredir a mucosa bucal e promover maior desequilíbrio neuromuscular. Exercícios fisioterápicos que estimulem a motricidade oral são indicados para o desenvolvimento das bases ósseas e posicionamento dos dentes em harmonia.
Para a prevenção de infecções das vias aéreas, exercícios fisioterápicos especiais para o aparelho respiratório são preconizados.
Tanto quanto possível, as crianças com epidermólise bolhosa devem frequentar a escola normalmente. Sua inteligência não é afetada pela doença. Professores e colegas devem ser informados que a epidermólise bolhosa não é contagiosa.
A interação com demais especialidades facilita o planejamento de terapias, divide responsabilidades e enriquece o atendimento.

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