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2 
SUMÁRIO 
 
DIREITO CIVIL ..................................................................................................................... 3 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL ............................................................................................. 16 
DIREITO DO CONSUMIDOR .............................................................................................. 29 
DIREITO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE ........................................................................... 42 
DIREITO PENAL ................................................................................................................ 49 
DIREITO PROCESSUAL PENAL .......................................................................................... 56 
DIREITO CONSTITUCIONAL .............................................................................................. 65 
DIREITO ELEITORAL .......................................................................................................... 74 
DIREITO EMPRESARIAL .................................................................................................... 85 
DIREITO TRIBUTÁRIO ....................................................................................................... 93 
DIREITO AMBIENTAL ......................................................................................................106 
DIREITO ADMINISTRATIVO ............................................................................................116 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
OBSERVAÇÕES INICIAIS 
O presente material foi preparado pela Equipe Mege imediatamente após a 
divulgação do gabarito preliminar da prova objetiva do TJ-MT. O intuito é auxiliar nossos 
alunos e seguidores na elaboração de recursos e possibilitar também a revisão de temas 
cobrados no certame em formato conclusivo. Trata-se de versão preliminar elaborada 
com as finalidades informadas e concluída em cerca de 24 horas de atuação de nosso 
time específico para 1ª fase de magistratura estadual, sem maiores pretensões de 
aprofundamento e trabalho editorial neste momento de apoio. 
Nas questões que identificamos como antecipadas consideramos apenas o 
conteúdo da turma de reta final TJ-MT, não sendo listadas nesta abordagem, diante do 
curto tempo (com foco maior em ajudar na via recursal e análise de maior ou menor 
chance de aprovação), as produções voltadas aos Simulados, Mege Informativos, 
Turmas Regulares e Extensivas. 
Agradecemos os comentários de reconhecimento pelo trabalho elaborado 
recebidos de nossos alunos em redes sociais, e-mails e mensagens na área do aluno. De 
fato, novamente, foi cumprido o compromisso de revisão e treinamento no formato 
apresentado pela prova oficial. Temos certeza que será, como sempre, uma invasão de 
megeanos na segunda fase (com corte estimado em 74/75 pontos sem as anulações). 
Guardem esta informação! 
Identificamos nas fundamentações as questões que entendemos passíveis de 
anulação. Com isso, o candidato poderá vislumbrar a possibilidade de um aumento em 
sua nota final. Em nossa experiência, constatamos um parâmetro de que a cada 2 (duas) 
questões anuladas a pontuação oficial de corte aumenta em 1 (um) ponto. Essa dica 
deve seguir como norte para definição de maiores chances de avanço no certame. 
Aos alunos do TJ-MT (Reta Final), pedimos que não deixem de reler os 
conteúdos das rodadas com temas antecipados na prova. A melhor fixação será 
importante nos próximos desafios. Como perceberam, o estudo em fase final foi 
revertido em pontos decisivos. Sempre acreditamos muito que, com o devido foco, é 
possível evoluir mesmo em um menor prazo. Portanto, eis aqui o nosso extrato de 
 
 
4 
conferência de pontuação! O respeito ao concurseiro demanda transparência de 
informações e esse é um de nossos valores em cada atuação. 
Aos alunos que prestarão TJ-SP 188, a leitura deste material é de extrema 
importância. Em especial, por seu formato objetivo – pensado justamente para um 
auxílio no sprint final. Levaremos este conteúdo para seção de materiais de sua turma. 
Por fim, vale ressaltar que estamos com inscrições abertas para Turma de 2ª 
fase TJ-MT, onde contaremos com aulas, provas autorais e focadas no estilo esperado 
para o concurso, correções efetivamente personalizadas, material de apoio, preparação 
verticalizada em Humanística com professor Rosângelo Miranda e coordenação geral do 
professor Luiz Otávio Rezende (Juiz do TJDFT; ex-examinador de certames para 
magistratura; e autor em Sentença Cível e Sentença Penal pela Editora Juspodivm), que 
será auxiliado por outros ex-examinadores de concursos públicos em nossas correções 
de atividades. Tudo pensado para auxiliar nossos alunos na manutenção da liderança de 
aprovações também na 2ª fase. Turma com vagas limitadas! 
Inscrições, com preço promocional de lançamento, em: 
 www.mege.com.br/cursomege. 
 
Bons estudos! 
Atenciosamente, 
Equipe Mege. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
DIREITO CIVIL 
 
01. Suponha as seguintes situações hipotéticas: i) o marido, tendo em vista seu desejo 
de futuramente se divorciar da esposa, pretendendo excluir alguns bens adquiridos 
durante o casamento (sob o regime da comunhão parcial) da meação, integraliza-os, 
utilizando-se de procuração outorgada por sua esposa e sem ciência desta, de parte de 
seu patrimônio em pessoa jurídica da qual é detentor de 99% do capital social (o 1% 
restante é detido por seu pai); ii) sociedade limitada que, sem fraudes e em razão de 
dificuldades financeiras decorrentes de alta do dólar, deixa de pagar todos os seus 
fornecedores, apesar de terem os sócios vultoso patrimônio; iii) pessoa jurídica encerra 
irregularmente suas atividades. Considerando a teoria da desconsideração da 
personalidade jurídica, assinale a alternativa correta. 
 
(A) É possível a desconsideração da personalidade jurídica, em todas as situações 
relatadas, tendo em vista o acolhimento da Teoria Menor pelo Código Civil. 
 
(B) O inadimplemento, por si, é causa para a desconsideração da personalidade jurídica, 
independentemente da existência de fraude, atos que configurem confusão patrimonial 
ou desvio de finalidade, razão pela qual somente seria possível a desconsideração da 
personalidade jurídica na situação “ii”. 
 
(C) Em nenhuma das hipóteses é possível a desconsideração da personalidade jurídica, 
conforme decorre da Teoria Maior, expressamente acolhida pelo Código Civil, tendo em 
vista que não se vislumbra prejuízos aos credores na hipótese “i” e nas demais não existe 
intenção fraudulenta. 
 
(D) Na hipótese “ii”, não existe possibilidade de desconsideração da personalidade 
jurídica, em razão do acolhimento da Teoria Maior pelo Código Civil, sendo possível a 
desconsideração da personalidade jurídica na situação “i”, bem como na “iii”; nesta 
última, apenas se verificada a existência de confusão patrimonial ou desvio de 
finalidade. 
 
(E) Somente na hipótese “iii” é possível a desconsideração, tendo em vista que o 
encerramento irregular, por ser um ato que ofende a lei, gera a presunção de fraude, 
independentemente da intenção de causar prejuízos aos credores. 
 
 
 
 
 
 
 
6 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. O Código Civil adotou, em seu art. 50, a teoria da MAIOR 
desconsideração, o que já torna a alternativa incorreta. 
 
(B) INCORRETA. O inadimplemento, por si só, NÃO é causa de desconsideração sob o 
enfoque do Código Civil, que conforme art. 50, tem como requisito o abuso da 
personalidade jurídica caracterizada pelo desvio de finalidade ou pela confusão 
patrimonial. 
 
(C) INCORRETA. A própria resposta da alternativa D (CORRETA) justifica a impropriedade 
da alternativa C. 
 
(D) CORRETA. Da análise das alternativas sob a ótica da teoria da maior desconsideração, 
previstano art. 50 do CC, tem-se como única alternativa correta a letra D. 
 
(E) A própria resposta da alternativa D (CORRETA) justifica a impropriedade da 
alternativa E. 
 
 
02. João é casado com Maria, sob o regime de separação convencional de bens. 
Entretanto, ele possui uma concubina, chamada Rita. Pretendendo dar um presente a 
esta última, João propõe a Paulo, pai de Rita, que este lhe compre um apartamento (de 
propriedade exclusiva de João), por um preço irrisório, e o dê em usufruto vitalício a 
Rita. Após o negócio, Paulo propôs a João que este lhe vendesse uma casa na praia, 
também de sua exclusiva propriedade, pelo valor que entendesse justo. Apesar de Paulo 
nunca ter ameaçado ou sequer insinuado que poderia contar a alguém a respeito do 
negócio anterior, temendo que, se contrariasse Paulo, poderia ter o seu segredo 
revelado, João vendeu a Paulo a casa na praia por metade de seu valor de mercado. 
A respeito dos negócios narrados, é correto afirmar que 
 
(A) o contrato de venda do apartamento é nulo, podendo ser declarado a qualquer 
tempo. Diferentemente, o contrato de compra e venda da casa na praia é anulável, 
podendo ser desconstituído num prazo de até 4 anos. 
 
(B) ambos os contratos são anuláveis. O prazo prescricional para sua anulação é de 4 
anos, contados da celebração dos negócios jurídicos, e somente Maria é legitimada para 
pleitear a anulação da venda do apartamento. 
 
 
 
7 
(C) o contrato de compra e venda do apartamento é nulo, podendo ser declarada a 
nulidade a qualquer tempo. O contrato de compra e venda da casa de praia é válido. 
 
(D) o contrato de compra e venda do apartamento é anulável, podendo ser 
desconstituído num prazo de até 4 anos. O contrato de compra e venda da casa de praia 
é válido. 
 
(E) ambos os contratos são nulos. As nulidades não são suscetíveis de confirmação e não 
convalescem pelo tempo, podendo ser declaradas a qualquer tempo. 
 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
No primeiro caso, trata-se de simulação, haja vista que foi formalizado contrato de 
compra e venda entre JOÃO e PAULO que, em verdade, buscava dissimular doação de 
JOÃO para RITA. Assim, conforme art. 167 do CC: “É nulo o negócio jurídico simulado, 
mas subsistirá o que esse dissimulou, se válido for na substância e na forma” e §1º do 
mesmo artigo: “Haverá simulação nos negócios jurídicos quando: I – aparentarem 
conferir ou transmitir direitos a pessoas diversas daquelas às quais realmente se 
conferem, ou transmitem”. As nulidades são matéria de ordem pública, razão pela qual 
podem ser alegadas a qualquer tempo, não se convalidando pelo decurso de lapso 
temporal. 
 
Quanto ao segundo negócio jurídico, estão presentes os requisitos de existência, 
validade e eficácia e não há qualquer vício capaz de ensejar a sua nulidade ou 
anulabilidade, não se podendo sequer falar em coação já que, conforme dispõe o art. 
153 do CC: “Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem 
o simples temor reverencial”. 
 
Assim, tem-se que o primeiro negócio jurídico é nulo, em razão da simulação, e o 
segundo é válido, sendo a resposta correta a alternativa C. 
 
 
03. Assinale a alternativa que corresponde à regra constante da Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro que positivou o princípio da vigência sincrônica. 
 
(A) Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco 
dias depois de oficialmente publicada. 
 
 
 
8 
(B) Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique 
ou revogue. 
 
(C) Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a 
correção, o prazo de início da vigência começará a correr da nova publicação. 
 
(D) A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não 
revoga nem modifica a lei anterior. 
 
(E) A lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o 
direito adquirido e a coisa julgada. 
 
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
Pelo princípio da vigência sincrônica, a obrigatoriedade da lei é simultânea, porque entra 
em vigor a um só tempo em todo o país, ou seja, quarenta e cinco dias após sua 
publicação, não havendo data estipulada para sua entrada em vigor. É o que dispõe o 
art. 1º da LINDB: “Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 
quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada”. Portanto, a alternativa correta 
é a letra A. 
04. Caio e Tício receberam em comodato um apartamento de propriedade de Mélvio, 
pelo prazo de dois anos, em 31.12.2012. Após o término do contrato, Caio e Tício 
devolveram o imóvel em 31.12.2014 e, em razão dos danos causados por estes no 
imóvel, o mesmo ruiu completamente em 01.01.2015. O valor apurado para a 
reconstrução foi de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais). Em 25.12.2017, Caio enviou uma 
carta de próprio punho a Mélvio, se desculpando pela ruína ocasionada no imóvel, bem 
como requerendo um prazo para o pagamento dos danos ocasionados. Em 01.06.2018, 
Mélvio ajuizou ação de reparação civil, pretendendo a condenação de Caio e Tício ao 
pagamento do valor da reconstrução e perdas e danos. 
Assinale a alternativa correta. 
 
(A) A pretensão está prescrita em relação a Tício, podendo Mélvio postular a 
condenação de Caio no valor de até R$ 100.000,00 (cem mil reais), acrescida de metade 
do valor das perdas e danos. 
 
(B) A pretensão está prescrita em relação a Tício, podendo Mélvio postular a 
condenação de Caio no valor total da reconstrução, mais perdas e danos. 
 
 
9 
 
(C) Mélvio poderá requerer apenas metade do valor da reconstrução do imóvel de Caio 
e apenas a outra metade de Tício. 
 
(D) Mélvio poderá requerer o valor total de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), mais 
perdas e danos, de Caio, de Tício, ou de ambos, isolada ou conjuntamente. 
 
(E) A pretensão está prescrita, tendo em vista o decurso do prazo prescricional previsto 
em lei, bem como ausência de qualquer causa de interrupção. 
 
 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
Conforme dispõe o CC, art. 585: “Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente 
comodatárias de uma coisa, ficarão solidariamente responsáveis para com o 
comodante”. Assim, verifica-se que, por força do referido artigo, Caio e Tício respondem 
solidariamente pelos danos decorrentes da perda do imóvel cujo comodante era Mélvio. 
A questão narra que o imóvel ruiu em razão de danos causados pelos comodatários, que 
devem responder por perdas e danos, conforme estabelece o art. 582 do CC: “O 
comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, 
não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou natureza dela, sob pena de 
responder por perdas e danos [...]”. Em complemento, verifica-se que, em 25.12.2017, 
Caio enviou carta de próprio punho a Mévio, na qual foi requerido prazo para 
ressarcimento dos prejuízos, o que configura causa de interrupção do prazo 
prescricional, conforme dispõe o art. 202, VI, do CC: “A interrupção da prescrição, que 
somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que 
extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor”. Portanto, quando 
do ajuizamento da ação de reparação civil, não havia ainda transcorrido o prazo 
prescricional. Desta forma, a alternativa que está adequada a todas as nuances da 
questão é a alternativa D. 
 
05. João e José são irmãos. José, em razão de um acidente, necessitou de cuidados e de 
acompanhamento constante. João deixa seu emprego, onde tinha uma remuneração de 
R$ 1.000,00 (mil reais) mensais, para se dedicar totalmente aos cuidados de seu irmão 
José. Após dois anos, José se recuperou e doou para João um apartamento de sua 
propriedade, avaliado em R$ 800.000,00 (oitocentos mil reais), como forma de retribuir 
a dedicação do irmão. Constou expressamente da doação que ela se destinava acompensar João pelos serviços prestados, equivalentes aos valores salariais que deixou 
de receber, por ter abandonado o seu emprego para cuidar do doador. Após o 
 
 
10 
recebimento da doação, João perdeu o apartamento em razão de uma ação 
reivindicatória ajuizada por terceiro. É correto afirmar que João: 
 
(A) não tem direito a ser indenizado pela evicção por ter recebido o bem por doação, 
tendo em vista a inexistência do direito à evicção em negócios jurídicos gratuitos. 
 
(B) poderá pleitear de José a indenização pela totalidade do valor do bem em até um 
ano. 
 
(C) poderá pleitear de José a indenização pela totalidade do valor do bem em até 180 
dias. 
 
(D) somente terá direito à indenização se provar que José sabia que iria perder a 
propriedade. 
 
(E) tem direito a ser indenizado pela evicção até o limite do valor dos serviços prestados. 
 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
Os temas DOAÇÃO e EVICÇÃO foram tratados na Rodada 1 da Turma de Reta Final TJ-
MT. 
 
Na hipótese, verifica-se que a doação de José feita a João não foi gratuita, mas sim 
onerosa, haja vista que João deixou seu emprego para se dedicar totalmente aos 
cuidados de seu irmão José. Assim, sendo onerosa, deve ser tratada como contrato 
oneroso, conforme CC, art. 447. Configurou-se a evicção com a perda do bem – recebido 
como forma de pagamento pelos serviços prestados ao irmão – em razão de sentença 
em ação reivindicatória, motivo pelo qual José faz jus ao valor da indenização pela 
totalidade dos serviços prestados, tal como se verifica na descrição da alternativa E, que 
está correta. 
 
06. Caio, servidor público municipal aposentado, contratou Tício para que ajuizasse ação 
contra o Município, pleiteando o pagamento de auxílio-alimentação. O pedido foi 
julgado improcedente em sentença, confirmada pelo Tribunal Estadual. Sem requerer 
autorização de Caio, Tício deixou de apresentar recursos aos Tribunais Superiores, em 
razão da Súmula Vinculante do Supremo Tribunal Federal nº 55, a qual consubstancia o 
entendimento de que “o direito ao auxílio-alimentação não se estende aos servidores 
inativos”. É correto afirmar que Tício: 
 
 
11 
 
(A) não deve ser condenado, tendo em vista que a condenação pela perda de uma 
chance pressupõe a possibilidade de vitória na demanda, não existente no caso, em 
razão da súmula vinculante. 
 
(B) deve ser condenado pela perda da chance decorrente de sua omissão em recorrer, 
em valor equivalente à pretensão de Caio, podendo ser acrescida de lucros cessantes e 
danos morais. 
 
(C) não pode ser condenado por não ter recorrido, tendo em vista o não acolhimento 
pelo ordenamento jurídico brasileiro da teoria da perda de uma chance. 
(D) deve ser condenado pela perda da chance decorrente de sua omissão em recorrer, 
em valor a ser apurado, não podendo ser equivalente à pretensão de Caio, tendo em 
vista que o que se indeniza é a perda da chance e não a pretensão perdida. 
 
(E) deve ser condenado pela perda da chance decorrente de sua omissão em recorrer, 
tendo em vista que, mesmo improvável a vitória, Caio tinha o direito de requerer sua 
pretensão em juízo em última instância. 
 
 
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. A teoria da perda de uma chance tem ampla aplicação do direito 
brasileiro. Entretanto, para o seu reconhecimento, a chance deve ser séria e real. Não 
se exige a certeza do ganho, mas sim que a chance, ou seja, a probabilidade, seja efetiva, 
o que não se verifica na hipótese, haja vista a existência de súmula vinculante contrária 
à pretensão do autor. Assim, não há qualquer amparo legal para a condenação de Tício 
por ter deixado de apresentar recurso, na medida em que não havia chance séria e real 
de ganho por parte do autor. 
 
(B) INCORRETA. Conforme explicado na alternativa A, não havia chance séria e real capaz 
de respaldar qualquer condenação do advogado por ter deixado de apresentar recurso, 
tendo em vista que o recurso não possuía probabilidade (chance) de êxito. 
 
(C) INCORRETA. Não é esta a justificativa para que o advogado não seja condenado, 
tendo em vista que o direito brasileiro acolhe a teoria da perda de uma chance. 
 
 
 
12 
(D) INCORRETA. A alternativa estaria correta se de fato houvesse chance de êxito para 
o autor, o que foi afastado em razão da existência de súmula vinculante contrária à 
pretensão do autor. Logo, não havia chance séria e real, necessária à aplicação da teoria. 
 
(E) INCORRETA. Conforme entendimento do STJ, o fato de deixar de apresentar recurso, 
por si só, não enseja a condenação do advogado com base na teoria da perda de uma 
chance se não houver qualquer probabilidade de êxito da demanda. Nesse sentido é o 
REsp 1758767/SP. 
 
 
 
07. Foi ajuizada uma ação reivindicatória de uma extensa área urbana, de 20 000 m², 
ocupada há 6 (seis) anos, de boa-fé, por 50 (cinquenta) famílias, que a usam para 
moradia. Deverá a ação 
 
(A) ser julgada improcedente, tendo em vista o preenchimento dos requisitos para 
aquisição da área pela usucapião especial coletiva, valendo a sentença como título para 
o registro no cartório de registro de imóveis. 
(B) ser improcedente, tendo em vista que o juiz deverá declarar que o proprietário 
perdeu o imóvel, em razão da desapropriação judicial por interesse social, fixando a 
indenização devida, valendo a sentença como título para o registro no cartório de 
registro de imóveis. 
 
(C) ser julgada procedente em parte, declarando a aquisição pela usucapião de parte da 
área, limitada a 350 m2 por família, desde que os ocupantes comprovem justo título, 
bem como não sejam, e nem tenham sido, em qualquer momento, proprietários de 
outro imóvel urbano ou rural. 
 
(D) ser improcedente, tendo em vista que o juiz deverá declarar que o proprietário 
perdeu o imóvel, em razão da desapropriação judicial por interesse social, sem qualquer 
direito a indenização, valendo a sentença como título para o registro no cartório de 
registro de imóveis. 
 
(E) ser julgada procedente, tendo em vista que, em razão da extensão da área, não se 
mostra aplicável a usucapião constitucional urbana que requer ocupação de até 250 m², 
não tendo ainda se consumado o prazo da usucapião ordinária. 
 
 
 
 
 
 
13 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
O tema DESAPROPRIAÇÃO JUDICIAL foi tratado na Rodada 4 da Turma de Reta Final TJ-
MT. 
 
Trata-se de hipótese de desapropriação judicial, prevista no CC, art. 1.228, §§ 4º e 5º, 
que assim estabelecem: “Art. 1.228. § 4o O proprietário também pode ser privado da 
coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-
fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem 
realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de 
interesse social e econômico relevante; § 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz 
fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como 
título para o registro do imóvel em nome dos possuidores”.
 
 
 
08. Maria é casada com José e mantinha um relacionamento extraconjugal com João 
quando engravidou. Nasceu Caio, que foi registrado em nome de José e era tido por este 
como filho. Entretanto, em razão de sua semelhança física com João, este ajuizou um 
pedido de reconhecimento de paternidade, tendo o teste de DNA comprovado o vínculo 
biológico. José ama seu filho e quer manter-se como pai de Caio. Assinale a solução que 
deve ser adotada, considerando o entendimento de Jurisprudência. 
 
(A) Deverá prevalecer a paternidade socioafetiva, devendo continuar a constar como pai 
de Caio, no registro de nascimento, somente José. 
 
(B) O sistema jurídico somente admite a pluripaternidade como uma situação provisória, 
devendo Caio, após a maioridade, escolher quem continuará a constar do seu registro 
de nascimento como pai. 
 
(C) Deverá prevalecer a paternidadebiológica, devendo ser retirado o nome de José do 
registro de nascimento, e ser inserido o nome de João. 
 
(D) Poderá ser incluído o nome de João como pai no registro de nascimento, mas sem 
os efeitos jurídicos decorrentes da paternidade, salvo o de permitir o conhecimento, por 
parte de Caio, da sua origem genética, por ter prevalência a paternidade socioafetiva de 
José. 
 
 
 
14 
(E) Deverá ser incluído o nome de João como pai no registro de nascimento, para os 
efeitos jurídicos próprios, devendo, entretanto, ser mantido o nome de José, em razão 
da paternidade socioafetiva deste. 
 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
A questão cobrou jurisprudência dos tribunais superiores, que é no seguinte sentido: 
STF, RE 898.060 (com repercussão geral): "A paternidade socioafetiva, declarada ou não 
em registro público, não impede o reconhecimento do vínculo de filiação concomitante 
baseado na origem biológica, com os efeitos jurídicos próprios”. 
 
 
09. Caio, com idade de 70 anos, viúvo, tinha três filhos, João, Maria e José. Apesar das 
suas boas condições físicas e mentais, em razão da sua idade, decidiu fazer um 
testamento, em que deixou toda a parte disponível de seu acervo patrimonial para 
Helena, sua amiga íntima, preservando expressamente a legítima de seus descendentes. 
O testamento foi lavrado em notas de Tabelião em 01.12.2017. Em 01.02.2018, Caio foi 
citado numa ação de investigação de paternidade, em que Joaquim alegou ser seu filho. 
A ação foi julgada procedente, tendo em vista que a paternidade foi comprovada por 
exame de DNA, transitando em julgado em 01.07.2018. Em 18.09.2018, Caio faleceu. O 
testamento realizado por Caio 
 
(A) deve ser alterado, tendo em vista que a superveniência de novo herdeiro diminui o 
acervo hereditário que foi originalmente reservado para João, Maria e José, devendo ser 
retirada da parte de Helena o quanto for necessário para restabelecer a proporção 
originária destes, em igualdade de condições com Joaquim. 
 
(B) deve ser declarado rompido, em razão da superveniência de outro descendente 
sucessível, pois a lei presume, de forma absoluta, que se o testador, ao tempo da 
elaboração do testamento, soubesse da existência de outro herdeiro, teria testado de 
forma diferente. 
 
(C) é válido, tendo em vista que José já possuía herdeiros necessários, tendo deliberado 
de forma inequívoca que pretendia deixar para seus filhos apenas a parte indisponível 
que será partilhada entre João, Maria, José e Joaquim, devendo a metade disponível ser 
atribuída a Helena. 
 
 
 
15 
(D) poderá ser convalidado, desde que com expressa concordância de João, Maria, José 
e Joaquim, que devem concordar com a deliberação de seu falecido pai em atribuir 
metade de seus bens a pessoa que não constaria da ordem de vocação hereditária. 
 
(E) é um ato anulável, tendo em vista que a idade de Caio é um sério indício de que a 
vontade por este manifestada poderia ter sido realizada por influência de Helena, a qual 
poderia ter se aproveitado da senilidade do testador. 
 
 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO! 
 
O tema da SUCESSÃO LEGÍTIMA foi tratado na Rodada 8 da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
Da narrativa da questão, verifica-se que o falecido respeitou a legítima (parte 
indisponível) de seus herdeiros necessários, testando apenas sobre a parte disponível 
de seu patrimônio. Assim, não há que se falar em qualquer óbice ao cumprimento do 
testamento, ainda que, em momento posterior, o testador tenha um filho reconhecido 
em razão de sentença decorrente de ação de investigação de paternidade, que não 
afetará o testamento, mas apenas reduzirá a fração que caberá a cada um de seus 
herdeiros necessários. É possível compreender que a questão apontava para o 
reconhecimento da alternativa C como a correta. Entretanto, há um erro material na 
opção, tendo em vista que o nome do de cujus é CAIO, e não JOSÉ, como apontado na 
alternativa, o que torna a questão passível de anulação por ausência de alternativa 
correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
10. João e José formam um casal homoafetivo, sem filhos, que possuem domicílio certo 
em Cuiabá. A empresa Y atua no ramo de produção de cosméticos e também está 
localizada na capital do Estado do Mato Grosso. Com base nessas informações e nas 
regras de competência fixadas no CPC/2015, assinale a alternativa correta. 
 
(A) No caso de falecimento de José ocorrido no estrangeiro, o foro de situação dos bens 
imóveis será o competente para processar e julgar a ação de inventário. 
 
(B) No caso de ação de dissolução da união estável de João e José, será competente o 
foro do último domicílio do casal. 
 
(C) Se a empresa Y demandar ação de reparação de danos contra serventia notarial com 
sede no interior do Estado, por ato praticado em razão do ofício, será competente o foro 
da Comarca de Cuiabá. 
 
(D) Tramitando no juízo da Comarca de Cuiabá ação de falência da empresa Y, a 
intervenção da União como interessada no feito implicará na remessa dos autos à Justiça 
Federal. 
 
(E) Caso José proponha uma ação possessória imobiliária, terá competência relativa o 
juízo do foro de situação da coisa. 
 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
A resposta da questão foi abordada em nossa aulão de revisão de véspera, na qual 
chamamos atenção dos alunos para a competência para processar e julgar as ações de 
dissolução de união estável. Além disso, a questão inteira foi abordada em nossa 
primeira rodada de processo civil da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
(A) INCORRETA. Segundo o artigo 48 do NCPC, “o foro de domicílio do autor da herança, 
no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento 
de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e 
para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no 
estrangeiro”. No caso da questão, José tinha domicílio em Cuiabá, razão pela qual o foro 
competente para processar o seu inventário é o da Comarca de Cuiabá, sendo 
irrelevante se o estava viajando ou passando férias no estrangeiro, já que possuía 
domicílio no Brasil. Ademais, a menção ao local onde estão os bens imóveis, neste caso, 
 
 
17 
é irrelevante, e tenta confundir o candidato com as hipóteses em que analisamos os 
limites da jurisdição nacional, especialmente a de “competência exclusiva”, prevista no 
artigo 23 do NCPC. 
 
(B) CORRETA. Art. 53 do NCPC – “Art. 53. É competente o foro: I - para a ação de divórcio, 
separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: 
a) de domicílio do guardião de filho incapaz; 
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz; 
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal”. 
 
(C) INCORRETA. Art. 53, III, f, do NCPC – “Art. 53. É competente o foro: III - do lugar: f) 
da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por ato 
praticado em razão do ofício”. 
 
(D) INCORRETA. Em regra, quando há interesse jurídico da União, as ações 
anteriormente propostas perante a Justiça Estadual devem ser remetidas à Justiça 
Federal. No entanto, a Justiça Federal não tem competência para julgar as ações de 
falência, conforme dispõe o artigo 109, I, da Constituição, bem como o artigo 45 do 
NCPC: “Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a 
União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição 
de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de 
trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; /Art. 45. Tramitando o 
processo perante outro juízo, os autos serão remetidos ao juízo federal competente se 
nele intervier a União, suas empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou 
conselhode fiscalização de atividade profissional, na qualidade de parte ou de terceiro 
interveniente, exceto as ações: I - de recuperação judicial, falência, insolvência civil e 
acidente de trabalho; II - sujeitas à justiça eleitoral e à justiça do trabalho”. 
 
(E) CORRETA. Art. 47, §2º, do NCPC – “Art. 47. Para as ações fundadas em direito real 
sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. § 2o A ação possessória 
imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência 
absoluta. 
 
 
11. A Advocacia Pública, o Ministério Público e a Defensoria Pública compõem as 
chamadas funções essenciais à justiça. A respeito da atuação dessas instituições no 
processo civil, assinale a alternativa correta. 
 
(A) O juiz determinará, de ofício, a intimação pessoal da parte patrocinada pela 
Defensoria Pública quando o ato processual depender de providência ou informação 
que somente por ela possa ser realizada ou prestada. 
 
 
18 
 
(B) A curadoria especial é função institucional da Defensoria Pública e do Ministério 
Público. 
 
(C) Os membros da Defensoria Pública, do Ministério Público e da Advocacia Pública 
serão civil e regressivamente responsáveis quando agirem com dolo ou fraude no 
exercício de suas funções. 
 
(D) Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público terá 
vista dos autos antes das partes, sendo intimado de todos os atos do processo. 
 
(E) A intimação pessoal do membro do Ministério Público se dá da mesma forma da 
intimação pessoal do membro da Defensoria Pública, mas de forma diversa da prevista 
para os membros da Advocacia Pública.
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Art. 186, §2º, do NCPC – “Art. 186, § 2o A requerimento da Defensoria 
Pública, o juiz determinará a intimação pessoal da parte patrocinada quando o ato 
processual depender de providência ou informação que somente por ela possa ser 
realizada ou prestada”. 
 
(B) INCORRETA. Art. 72, Parágrafo único do NCPC – “Art. 72. O juiz nomeará curador 
especial ao: I - incapaz, se não tiver representante legal ou se os interesses deste 
colidirem com os daquele, enquanto durar a incapacidade; II - réu preso revel, bem 
como ao réu revel citado por edital ou com hora certa, enquanto não for constituído 
advogado. Parágrafo único. A curatela especial será exercida pela Defensoria Pública, 
nos termos da lei. 
 
(C) CORRETA. Arts. 181, 184 e 187 do NCPC – “Art. 181. O membro do Ministério Público 
será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício 
de suas funções. / Art. 184. O membro da Advocacia Pública será civil e regressivamente 
responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções. / Art. 187. O 
membro da Defensoria Pública será civil e regressivamente responsável quando agir 
com dolo ou fraude no exercício de suas funções”. 
 
(D) INCORRETA. Art. 179, I, do NCPC “Art. 179. Nos casos de intervenção como fiscal da 
ordem jurídica, o Ministério Público: I - terá vista dos autos depois das partes, sendo 
intimado de todos os atos do processo”. 
 
 
19 
 
(E) INCORRETA. A intimação pessoal de todos eles, inclusive da Advocacia Pública, será 
feita mediante remessa dos autos, conforme artigos 183, §1º, 180, e 186, §1º, todos do 
NCPC: “Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas 
respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de prazo em dobro para 
todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá início a partir da intimação 
pessoal. § 1o A intimação pessoal far-se-á por carga, remessa ou meio eletrônico. / Art. 
180. O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que 
terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1º / Art. 186. A 
Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações 
processuais. § 1o O prazo tem início com a intimação pessoal do defensor público, nos 
termos do art. 183, § 1º”. 
 
 
12. O Código de Processo Civil de 2015 introduziu no sistema processual um mecanismo 
próprio e diferenciado, destinado a disciplinar situações que envolvem a 
desconsideração da personalidade jurídica. Acerca desse incidente, assinale a 
alternativa correta. 
(A) Será resolvido por decisão interlocutória, recorrível por agravo de instrumento, 
quando proferida pelo relator. 
(B) Não se aplica ao processo de competência dos juizados especiais. 
(C) A instauração será dispensada se o pedido de desconsideração da personalidade 
jurídica for requerido na petição inicial. 
(D) Não é cabível na fase de cumprimento de sentença. 
(E) Quando tramitar em autos apartados não suspenderá o processo principal. 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Realmente a decisão que julga o incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica é uma decisão interlocutória. Mas se este incidente for julgado 
pelo relator, no Tribunal, o recurso cabível não é o agravo de instrumento, mas o Agravo 
Interno, conforme artigo 136, Parágrafo único do NCPC – “Art. 136. Concluída a 
instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória. Parágrafo 
único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno”. 
 
(B) INCORRETA. Art. 1062 do NCPC – “Art. 1.062. O incidente de desconsideração da 
personalidade jurídica aplica-se ao processo de competência dos juizados especiais”. 
 
 
 
20 
(C) CORRETA. Art. 134, §2º, do NCPC – “Art. 134, §2o Dispensa-se a instauração do 
incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, 
hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica”. 
 
(D) INCORRETA. Art. 134, do NCPC – “Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível 
em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na 
execução fundada em título executivo extrajudicial”. 
 
(E) INCORRETA. Não há esta diferenciação em autos apartados, de maneira que, 
instaurado o incidente, o juiz deverá suspender o processo, salvo se requerido na 
petição inicial, nos termos do artigo 134, §3º, do NCPC: “Art. 134. O incidente de 
desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no 
cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial. § 3o 
A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2º”. 
 
 
13. O Código de Processo Civil conceitua sentença como o pronunciamento por meio do 
qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, bem como extingue a 
execução. Com relação à fase decisória, é correto afirmar que 
 
(A) o juiz não está autorizado a proferir decisão de mérito em relação à parte 
incontroversa do pedido, dando continuidade ao procedimento em relação às demais 
pretensões. 
 
(B) sobrevindo o trânsito em julgado de decisão que revoga o benefício da gratuidade 
da justiça para o autor, não efetuado o recolhimento das despesas no prazo assinalado, 
o processo não será extinto, mas o valor devido será encaminhado para inscrição em 
dívida ativa. 
 
(C) quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteriormente, 
no processo relativo à ação contida será proferida sentença com resolução de mérito. 
 
(D) na ação relativa à obrigação de pagar quantia, caso seja formulado pedido genérico, 
o juiz não está autorizado, na sentença, a definir a extensão da obrigação, que deverá 
ser apurada em liquidação. 
 
(E) desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre que a decisão for favorável à 
parte a quem aproveitaria eventual sentença terminativa. 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
 
21 
 
(A) INCORRETA. Art. 356, I, do NCPC – “Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito 
quando um ou mais dos pedidos formulados ou parcela deles: I - mostrar-se 
incontroverso”. 
 
(B) INCORRETA. Art. 102, Parágrafo único do NCPC – “Art. 102.Sobrevindo o trânsito 
em julgado de decisão que revoga a gratuidade, a parte deverá efetuar o recolhimento 
de todas as despesas de cujo adiantamento foi dispensada, inclusive as relativas ao 
recurso interposto, se houver, no prazo fixado pelo juiz, sem prejuízo de aplicação das 
sanções previstas em lei. Parágrafo único. Não efetuado o recolhimento, o processo 
será extinto sem resolução de mérito, tratando-se do autor, e, nos demais casos, não 
poderá ser deferida a realização de nenhum ato ou diligência requerida pela parte 
enquanto não efetuado o depósito”. 
 
(C) INCORRETA. Art. 57 do NCPC – “Art. 57. Quando houver continência e a ação 
continente tiver sido proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será 
proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as ações serão 
necessariamente reunidas”. 
 
(D) INCORRETA. Art. 491, do NCPC – “Art. 491. Na ação relativa à obrigação de pagar 
quantia, ainda que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde logo a 
extensão da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial 
de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando: I - 
não for possível determinar, de modo definitivo, o montante devido; II - a apuração do 
valor devido depender da produção de prova de realização demorada ou 
excessivamente dispendiosa, assim reconhecida na sentença”. 
 
(E) CORRETA. É o chamado Princípio da primazia do julgamento do mérito, previsto no 
artigo 488 do NCPC – “Art. 488. Desde que possível, o juiz resolverá o mérito sempre 
que a decisão for favorável à parte a quem aproveitaria eventual pronunciamento nos 
termos do art. 485”. 
 
 
14. Em relação aos recursos previstos no Direito Processual brasileiro, é correto afirmar 
que 
 
(A) não possui efeito suspensivo o recurso especial ou ordinário contra a decisão do 
tribunal de segunda instância no julgamento de resolução de demandas repetitivas. 
(B) no caso de falecimento do recorrente, é possível ao sucessor a complementação do 
recurso já interposto. 
 
 
 
22 
(C) interposta apelação, não é possível ao juiz de primeiro grau convencer-se das razões 
expostas pelo apelante e alterar a sentença proferida. 
 
(D) a desistência do recurso não impede a análise de questão cuja repercussão geral já 
tenha sido reconhecida daquela e objeto de julgamento de recursos extraordinários ou 
especiais repetitivos. 
 
(E) não impede a interposição do recurso a aquiescência tácita da parte com relação à 
decisão proferida. 
 
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO! 
 
QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO. A questão aponta como assertiva correta apenas a 
letra “D”. No entanto, conforme será exposto na explicação à assertiva “C”, esta 
também está correta. 
O tema Recursos foi abordado em nossa Terceira Rodada de Processo Civil da Turma de 
Reta Final TJ-MT. 
 
(A) INCORRETA. Trata-se de uma exceção aos efeitos dos recursos excepcionais, os 
quais, em regra, não possuem efeito suspensivo – “Art. 987. Do julgamento do mérito 
do incidente caberá recurso extraordinário ou especial, conforme o caso. § 1o O recurso 
tem efeito suspensivo, presumindo-se a repercussão geral de questão constitucional 
eventualmente discutida”. 
 
(B) INCORRETA. Dispõe o artigo 1.004 do NCPC que, “se, durante o prazo para a 
interposição do recurso, sobrevier o falecimento da parte ou de seu advogado ou 
ocorrer motivo de força maior que suspenda o curso do processo, será tal prazo 
restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessor, contra quem começará a 
correr novamente depois da intimação”. Veja, entretanto, que a devolução do prazo só 
ocorrerá, obviamente, se o recurso ainda não foi interposto. Caso o recurso já tenha 
sido interposto, o sucessor não poderá complementar o recurso, pois terá ocorrido a 
preclusão consumativa. 
 
(C) INCORRETA. O gabarito considerou esta assertiva como incorreta. No entanto, esta 
assertiva está correta, uma vez que, como regra, conforme dispõe o artigo 494 do NCPC, 
“publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la para a) corrigir-lhe, de ofício ou a 
requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo; ou b) por meio de 
 
 
23 
embargos de declaração. Ou seja, em regra, o juiz não pode convencer-se das razões 
expostas pelo apelante e alterar a sentença proferida. Conforme exposto em nossa 
Terceira Rodada de Processo Civil, no caso de apelação, o CPC previu apenas três 
hipóteses em que ocorrerá o efeito regressivo, ou seja, em que o juiz poderá, ao analisar 
as razões da apelação, retratar-se de sua sentença, sendo elas: a) apelação interposta 
contra sentença de indeferimento da petição inicial (art. 331); b) apelação interposta 
contra sentença de improcedência liminar (art. 332, §3º); c) apelação interposta contra 
sentença que extinguiu o processo sem resolução de mérito (art. 485, §7º, do NCPC. 
Desta forma, entendo que a questão deverá ser anulado ou, ao menos, considerar como 
correta a assertiva C. 
 
(D) CORRETA. Art. 988, Parágrafo único do NCPC – “Art. 998. O recorrente poderá, a 
qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. 
Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de questão cuja 
repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de recursos 
extraordinários ou especiais repetitivos”. 
 
(E) INCORRETA. Art. 1000 do NCPC – “Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou 
tacitamente a decisão não poderá recorrer. Parágrafo único. Considera-se aceitação 
tácita a prática, sem nenhuma reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer”. 
 
 
15. Para o Direito brasileiro, a Fazenda Pública, em razão da atividade de tutela do 
interesse público, ostenta condição diferenciada das demais pessoas físicas e jurídicas 
no processo, sendo correto afirmar que 
 
(A) assim como o Ministério Público e a Defensoria Pública, desfruta de prazo em dobro 
apenas para recorrer e contestar. 
 
(B) a prerrogativa do prazo em dobro aplica-se no âmbito do Juizado Especial da Fazenda 
Pública. 
 
(C) o prazo fixado na Lei de Mandado de Segurança para apresentação de informações 
da autoridade impetrada deve ser contado em dobro. 
 
(D) o prazo fixado no Código de Processo Civil para impugnação pelo ente público do 
cumprimento da sentença deve ser computado em dobro. 
(E) o prazo para apelação do ente público no Mandado de Segurança será computado 
em dobro. 
RESPOSTA: E 
 
 
24 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Art. 183 do NCPC – “Art. 183. A União, os Estados, o Distrito Federal, os 
Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público gozarão de 
prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais, cuja contagem terá 
início a partir da intimação pessoal”. 
 
(B) INCORRETA. Art. 9º da Lei 10.259/01 – “Art. 9o Não haverá prazo diferenciado para 
a prática de qualquer ato processual pelas pessoas jurídicas de direito público, inclusive 
a interposição de recursos, devendo a citação para audiência de conciliação ser efetuada 
com antecedência mínima de trinta dias”. 
 
(C) INCORRETA. O artigo 7º, I, do NCPC, estipula que “ao despachar a inicial, o juiz 
ordenará que se notifique o coator do conteúdo da petição inicial, enviando-lhe a 
segunda via apresentada com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 
(dez) dias, preste as informações”. No entanto, este prazo de 10 dias para a 
apresentação de informações não é para a Fazenda Pública, mas sim para a autoridade 
coatora, que são coisas distintas. E ainda que assim não fosse, cumpre ressaltar que, 
segundo o §2º do artigo 183 do NCPC que “não se aplica o benefício da contagem em 
dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o ente público”. 
No caso da prestação de informações no Procedimento do Mandado de Segurança, a 
FazendaPública já possui um prazo específico, conforme dispõe o artigo 7º, I, da Lei 
12.016/09, não havendo que se falar, portanto, em prazo em dobro. 
 
(D) INCORRETA. No cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública, esta já possui 
um prazo específico para a impugnação, conforme dispõe o artigo 535 do NCPC: “Art. 
535. A Fazenda Pública será intimada na pessoa de seu representante judicial, por carga, 
remessa ou meio eletrônico, para, querendo, no prazo de 30 (trinta) dias e nos próprios 
autos, impugnar a execução, podendo arguir: (...)”. 
 
(E) INCORRETA. A Lei 12.016/09 não estipula um prazo específico para a Fazenda Pública 
recorrer, razão pela qual deve ser aplicado o artigo 183 do NCPC, permitindo-se a 
contagem em dobro. 
 
 
 
16. Com relação aos Juizados Especiais, assinale a alternativa correta. 
 
(A) Não poderão ser partes o incapaz, o preso, a massa falida, o insolvente civil e as 
sociedades de crédito ao microempreendedor. 
 
 
25 
 
(B) Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, 
conforme dispuserem as normas de organização judiciária. 
 
(C) É admissível a denunciação da lide àquele que estiver obrigado, por lei ou contrato, 
a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo. 
 
(D) É cabível o incidente de uniformização de jurisprudência quando houver divergência 
entre as decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito processual. 
 
(E) No Juizado Especial Cível, a decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser 
rescindida quando se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou 
corrupção do juiz. 
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. As sociedades de crédito ao microempreendedor podem ser partes nos 
Juizados Especiais Cíveis, conforme se verifica pela leitura do artigo 8º, caput, e §1º, IV, 
da Lei 9099/95: “Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o 
incapaz, o preso, as pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, 
a massa falida e o insolvente civil. § 1o Somente serão admitidas a propor ação perante 
o Juizado Especial: IV - as sociedades de crédito ao microempreendedor, nos termos do 
art. 1o da Lei no 10.194, de 14 de fevereiro de 2001”. 
 
(B) CORRETA. Art. 12 da Lei 9.099/95 – “Art. 12. Os atos processuais serão públicos e 
poderão realizar-se em horário noturno, conforme dispuserem as normas de 
organização judiciária”. 
 
(C) INCORRETA. Art. 10 da Lei 9099/95 – “Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer 
forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio”. 
 
(D) INCORRETA. Tal incidente tem cabimento apenas nos Juizados Especiais Federais e 
nos Juizados Especiais da Fazenda Pública. No entanto, o objetivo é compor divergência 
sobre direito material, e não processual, conforme dispõem os artigos 14 da Lei 
10.259/01 e 18 da Lei 12.153/09: Art. 14. Caberá pedido de uniformização de 
interpretação de lei federal quando houver divergência entre decisões sobre questões 
de direito material proferidas por Turmas Recursais na interpretação da lei. /Art. 18. 
Caberá pedido de uniformização de interpretação de lei quando houver divergência 
entre decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito material”. 
 
 
26 
 
(E) INCORRETA. Art. 59 da Lei 9099/95 – “Art. 59. Não se admitirá ação rescisória nas 
causas sujeitas ao procedimento instituído por esta Lei”. 
 
17. Com relação ao direito à prova previsto no atual Código de Processo Civil, é correto 
afirmar que 
 
(A) a confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de 
coação, por meio de ação cuja legitimidade é exclusiva do confitente e não pode ser 
transferida a seus herdeiros se ele falecer após a propositura. 
 
(B) dados representados por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos não 
poderão constar da ata notarial. 
 
(C) os peritos e assistentes técnicos estão sujeitos a impedimento ou suspeição. 
 
(D) a escrituração contábil é indivisível, e, se dos fatos que resultam dos lançamentos, 
uns são favoráveis ao interesse de seu autor e outros lhe são contrários, ambos serão 
considerados em conjunto, como unidade. 
 
(E) fixados os honorários do perito, o juiz não poderá reduzir a remuneração 
inicialmente arbitrada para o trabalho.
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Art. 393 do NCPC – “Art. 393. A confissão é irrevogável, mas pode ser 
anulada se decorreu de erro de fato ou de coação. Parágrafo único. A legitimidade para 
a ação prevista no caput é exclusiva do confitente e pode ser transferida a seus 
herdeiros se ele falecer após a propositura”. 
 
(B) INCORRETA. Art. 384, Parágrafo único do NCPC – “Art. 384. A existência e o modo 
de existir de algum fato podem ser atestados ou documentados, a requerimento do 
interessado, mediante ata lavrada por tabelião. Parágrafo único. Dados representados 
por imagem ou som gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial”. 
 
(C) INCORRETA. Os peritos, obviamente, estão sujeitos ao impedimento e suspeição (art. 
465, §1º, I, do NCPC). No entanto, o mesmo não ocorre com o assistente técnico, eis 
que, segundo o artigo 466, § 1º, do NCPC, “os assistentes técnicos são de confiança da 
parte e não estão sujeitos a impedimento ou suspeição”. 
 
 
27 
 
(D) CORRETA. Art. 419 do NCPC – “Art. 419. A escrituração contábil é indivisível, e, se 
dos fatos que resultam dos lançamentos, uns são favoráveis ao interesse de seu autor e 
outros lhe são contrários, ambos serão considerados em conjunto, como unidade”. 
 
(E) INCORRETA. Art. 465, §5º, do NCPC – “Art. 465, § 5o Quando a perícia for 
inconclusiva ou deficiente, o juiz poderá reduzir a remuneração inicialmente arbitrada 
para o trabalho”. 
18. As tutelas provisórias têm como objetivo minimizar as consequências nefastas que 
o tempo do processo pode causar no direito da parte. No entanto, sua efetivação poderá 
causar prejuízos à parte adversa. A respeito do tema, assinale a alternativa correta. 
 
(A) A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, 
sempre que possível. 
 
(B) A sentença que reconhece a prescrição ou decadência da pretensão do autor não 
tem o condão de gerar a responsabilidade daquele que se beneficiou da efetivação da 
tutela de urgência. 
 
(C) Por se tratar de dano decorrente de decisão judicial, não há que se falar em 
responsabilidade pela efetivação da tutela provisória de urgência, salvo em caso de 
culpa do requerente. 
 
(D) A responsabilidade do requerente pela efetivação da tutela provisória que ao final 
do processo foi cassada é subjetiva, depende de apuração da culpa e do prejuízo, 
devendo ser realizada em autos apartados. 
 
(E) O prejudicado pela tutela de urgência infundada necessita propor ação de 
indenização contra o requerente para obter o reconhecimento de seu direito e a 
condenação do responsável. 
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. Parágrafo único do artigo 302 do NCPC - “Art. 302. Independentemente 
da reparação por dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da 
tutela de urgência causar à parte adversa, se: I - a sentença lhe for desfavorável; II - 
obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios 
necessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias; III - ocorrer a cessação 
 
 
28 
da eficácia da medida em qualquer hipótese legal; IV - o juiz acolher a alegação de 
decadência ou prescrição da pretensão do autor. Parágrafo único. A indenização será 
liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre que possível”. 
 
(B) INCORRETA. Art. 302, IV, do NCPC - “Art. 302. Independentemente da reparação por 
dano processual, a parte responde pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência 
causar à parte adversa,se: IV - o juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da 
pretensão do autor”. 
 
(C) INCORRETA. “A Segunda Seção do STJ é firme no entendimento de que os danos 
decorrentes da execução de tutela antecipada, assim como de tutela cautelar e 
execução provisória, são disciplinados pelo sistema processual vigente, 
independentemente da análise sobre culpa da parte, ou se esta agiu de má-fé (REsp 
1767956/RJ, Rel. Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/10/2018, 
DJe 26/10/2018)”. 
 
(D) INCORRETA. Vide comentários às alíneas B e C. 
 
(E) INCORRETA. “A sentença de improcedência, quando revoga tutela concedida por 
antecipação, constitui, como efeito secundário, título de certeza da obrigação de o 
autor indenizar o réu pelos danos eventualmente experimentados, cujo valor exato 
será posteriormente apurado em liquidação nos próprios autos (REsp 1767956/RJ, Rel. 
Ministro MOURA RIBEIRO, TERCEIRA TURMA, julgado em 23/10/2018, DJe 
26/10/2018)”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
19. Nos termos das súmulas do STJ, assinale a alternativa correta. 
 
(A) O CDC se aplica nos contratos previdenciários celebrados com entidades fechadas. 
 
(B) O CDC se aplica aos contratos de planos privados de assistência à saúde na 
modalidade de autogestão. 
 
(C) É considerada abusiva a cláusula contratual de plano que saúde que preveja algum 
prazo de carência para utilização dos serviços de assistência médica nas situações de 
emergência ou urgência. 
 
(D) O CDC se aplica aos empreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades 
cooperativas. 
 
(E) É possível ao julgador conhecer, de ofício, da abusividade das cláusulas nos contratos 
bancários. 
 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
A questão foi inteiramente trabalhada na Turma de Reta Final TJ-MT e no aulão de 
revisão de véspera e no material das rodadas! 
 
Trata-se de questão bastante objetiva, que cobra, em cada uma de suas assertivas, 
enunciados de Súmula do STJ. 
 
(A) INCORRETA. Segundo a Súmula 563 do STJ: “O CDC é aplicável às entidades abertas 
de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados 
com entidades fechadas”. 
Sobre essa diferenciação, fizemos alerta na revisão de véspera. 
 
(B) INCORRETA. Segundo a Súmula 608 do STJ: “Aplica-se o CDC aos contratos de planos 
de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão”. 
Também sobre essa Súmula, que contém a regra e uma exceção expressa, fizemos 
registro na revisão de véspera, inclusive ressaltando o cancelamento da Súmula 469 
(que só previa a regra), para que a exceção que já vinha sendo reconhecida na 
jurisprudência também constasse do enunciado. 
 
 
30 
(C) INCORRETA. A “pegadinha” dessa assertiva era não confundir a permissão de 
cláusula de carência para as situações de urgência e emergência em relações de planos 
de saúde com o prazo exíguo de carência que é permitido legal e jurisprudencialmente 
(até 24 horas contadas da contratação). Imaginando que essa pegadinha poderia ser 
cobrada em prova, alertamos mais de uma vez na nossa Turma de Reta Final (tanto no 
material das rodadas como na revisão de véspera). 
Vejamos a Súmula 597 do STJ: “A cláusula contratual de plano de saúde que prevê 
carência para utilização dos serviços de assistência médica nas situações de emergência 
ou urgência é considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas 
contado da data da contratação”. 
Em resumo: 
Cláusula de carência → em regra, VÁLIDA. 
Utilização dos serviços de assistência médica para as situações de emergência ou 
urgência → PRAZO DE CARÊNCIA DE ATÉ 24 HORAS CONTADAS DA CONTRATAÇÃO 
(prazo superior é cláusula abusiva – S. 597 STJ). 
 
(D) CORRETA. É a literalidade da Súmula 602 do STJ: “O CDC é aplicável aos 
empreendimentos habitacionais promovidos pelas sociedades cooperativas”. 
 
(E) INCORRETA. Via de regra, as cláusulas abusivas inseridas em contratos de consumo 
são nulas de pleno direito (art. 51 do CDC) e podem ser reconhecidas de ofício pelo 
magistrado. A exceção foi prevista jurisprudencialmente para (só e somente só) os 
contratos bancários. 
Súmula 381 STJ: “Nos contratos bancários, é vedado ao julgador conhecer, de ofício, da 
abusividade das cláusulas”.
20. Estipêndio da Silva queria galgar rapidamente posições em sua profissão e para tal 
finalidade se inscreveu em uma instituição de ensino superior, próxima da sua 
residência, que oferecia curso por mensalidade módica. Contudo, concluídos os estudos, 
Estipêndio soube que o curso ainda não era reconhecido pelo Ministério da Educação e, 
em razão disso, não poderia obter o diploma. Sentindo-se ludibriado pela situação, 
pretende ser reparado pelos gastos na realização do curso. Diante dessa situação, 
assinale a alternativa correta, considerando também entendimento jurisprudencial 
sumulado sobre a questão. 
 
(A) A instituição de ensino responde objetivamente pelos danos suportados pelo 
aluno/consumidor, ainda que comprove que deu prévia e adequada informação a 
Estipêndio antes de ele efetivar a matrícula. 
 
 
31 
(B) Se a instituição de ensino demonstrar que o não reconhecimento do curso no 
Ministério da Educação foi decorrente da burocracia governamental, não responderá 
pelos danos suportados por Estipêndio. 
 
(C) A questão retrata a hipótese de culpa concorrente, eis que caberia à instituição de 
ensino informar ao autor, assim como competia ao autor buscar informações sobre o 
curso antes da realização da matrícula. 
 
(D) A instituição de ensino responde objetivamente pelos danos sofridos pelo 
aluno/consumidor que realiza curso não reconhecido pelo Ministério da Educação, mas 
exime-se da responsabilidade se provar que o aluno foi prévia e adequadamente 
informado do fato. 
 
(E) A instituição de ensino deve reparar Estipêndio pelos danos suportados para a 
realização do curso, se restar comprovado que houve dolo ou culpa da instituição, por 
tratar-se de hipótese de responsabilidade subjetiva. 
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
Tratamos dessa questão, inclusive citando exemplo, tanto no aulão de véspera quanto 
no material escrito das rodadas. 
 
Para solucionar o caso concreto exposto, é preciso conhecer a Súmula 595 do STJ: “As 
instituições de ensino superior respondem objetivamente pelos danos suportados pelo 
aluno/consumidor pela realização de curso não reconhecido pelo Ministério da 
Educação, sobre o qual não lhe tenha sido dada prévia e adequada informação. 
No enunciado da questão, deixou-se claro que apenas quando “concluídos os estudos” 
Estipêndio da Silva tomou conhecimento da ausência de reconhecimento pelo MEC, 
razão pela qual não lhe foi dada prévia e adequada informação. 
(A) INCORRETA. A parte final da assertiva a torna incorreta (“ainda que comprove que 
deu prévia e adequada informação a Estipêndio antes de ele efetivar a matrícula”), pois 
viola a parte final da Súmula 595. 
(B) e (C) INCORRETAS. 
A responsabilidade da instituição de ensino superior é OBJETIVA e, para além disso, 
decorre de violação do seu dever de informar, verdadeira publicidade enganosa por 
omissão, pois a situação de ainda se estar buscando administrativamente o 
reconhecimento do MEC deve ser objeto de prévia e adequada informação ao 
 
 
32 
consumidor/aluno, para que este possa avaliar se deseja, ainda assim, assumir o risco e 
efetuar o curso. 
De acordo com os arts. 6o, IV, e 37 do CDC, é vedada a publicidade, inteira ou 
parcialmente, enganosa. O par. 1o do art. 37 define a publicidade enganosa nos 
seguintes termos: 
§ 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter 
publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por 
omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, características, 
qualidade, quantidade, propriedades, origem, preçoe quaisquer outros dados sobre 
produtos e serviços. 
 
O sistema protetivo do CDC, ademais, não impõe ao consumidor o dever de buscar as 
informações que são do seu interesse. Esse dever básico de informar é apenas do 
fornecedor, conforme arts. 6o, III, e 31 do CDC. 
Art. 6o. São direitos básicos do consumidor: 
(...) 
III – a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com 
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos 
incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem. 
 
Art. 31. A oferta e a apresentação de produtos ou serviços devem assegurar 
informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre suas 
características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos de 
validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à 
saúde e segurança dos consumidores. 
(D) CORRETA. Como já explicitado acima. 
(E) INCORRETA. Como visto, a teor do sistema geral de responsabilidade objetiva do CDC 
(exemplo arts. 14 e 20 do CDC, no que tange a serviços) e do próprio enunciado da 
Súmula 595, a responsabilidade é objetiva.
 
 
21. No que concerne ao banco de dados e cadastro de consumidores, considerando 
também o posicionamento sumulado do Superior Tribunal de Justiça, assinale a 
alternativa correta. 
 
(A) É indispensável que a carta de comunicação ao consumidor sobre a negativação de 
seu nome em banco de dados e cadastros seja expedido com aviso de recebimento (AR). 
 
 
 
33 
(B) A inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços de proteção ao 
crédito pelo prazo máximo de cinco anos, exceto se a execução se tornar prescrita antes 
desta data. 
 
(C) No prazo de cinco dias úteis a partir do integral e efetivo pagamento do débito, o 
credor deverá promover a exclusão do registro da dívida em nome do devedor no 
cadastro de inadimplentes. 
 
(D) A utilização de escore de crédito, método estatístico de avaliação de risco que não 
constitui banco de dados, não dispensa o consentimento do consumidor, que deverá ser 
esclarecido sobre as informações valoradas e as fontes dos dados considerados nos 
cálculos. 
 
(E) O órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito deve notificar o devedor 
após proceder à inscrição no cadastro de inadimplentes. 
 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
Essa questão foi inteiramente trabalhada com a Turma de Reta Final TJ-MT e no aulão 
de revisão de véspera! 
 
Trata-se de questão bastante objetiva, que cobra, em cada uma de suas assertivas, 
enunciados de Súmula do STJ. 
 
(A) INCORRETA. É uma “pegadinha” clássica! O Aviso de Recebimento é dispensável! 
A notificação, além de ser prévia e por escrito, precisa ser acompanhada de prova de 
efetiva notificação do devedor (ex.: aviso de recebimento)? Não! A questão já foi 
pacificada pelo STJ. 
Súmula 404 do STJ. “É dispensável o Aviso de Recebimento (AR) na carta de 
comunicação ao consumidor sobre a negativação de seu nome em bancos de dados e 
cadastros”. 
 
(B) INCORRETA. O par. 1o do art. 43 do CDC, ao mesmo tempo em que dispõe sobre 
alguns requisitos a serem obedecidos pelos cadastros e dados dos consumidores 
(“devem ser objetivos, claros, verdadeiros e em linguagem de fácil compreensão”), 
estabelece um limite temporal para as informações negativas: não podem constar 
quando referentes a um período superior a 5 anos (prazo máximo das informações 
negativas). 
 
 
 
34 
Súmula 323 do STJ. A inscrição do nome do devedor pode ser mantida nos serviços de 
proteção ao crédito até o prazo máximo de cinco (5) anos, independentemente da 
prescrição da execução. 
 
(C) CORRETA. De quem é a responsabilidade pela retirada do nome do consumidor do 
cadastro, quando paga a dívida? 
No caso de pagamento da dívida ou acordo entre as partes, cabe ao credor tomar as 
medidas para a retirada do nome do devedor de cadastro de inadimplentes, sob pena 
de sua responsabilização civil. 
Há prazo para a retirada? 
Sim, aplicando-se analogicamente o par. 3o do art. 43 do CDC (que trata do prazo para 
correção de inexatidões em cadastros e bancos de dados), o STJ entende que o prazo é 
de cinco dias úteis, contados do efetivo e integral pagamento do débito. 
 
Súmula 548 do STJ. “Incumbe ao credor a exclusão do registro da dívida em nome do 
devedor no cadastro de inadimplentes no prazo de cinco dias úteis, a partir do integral 
e efetivo pagamento do débito”. 
 
(D) INCORRETA. Primeiramente, o que é o sistema creditscoring? 
O sistema "creditscoring" é um método desenvolvido para avaliação do risco de 
concessão de crédito, a partir de modelos estatísticos, considerando diversas variáveis, 
com atribuição de uma pontuação ao consumidor avaliado (nota do risco de crédito). 
Ex.: Pretendo obter, junto a uma instituição financeira, um empréstimo pessoal. Para 
fins de concessão ou não do crédito, é feita uma análise de variáveis sobre a minha vida, 
com atribuição de pontuação (em suma, para se avaliar se serei ou não uma boa 
“pagadora”) para fatores como idade, sexo, estado civil, profissão, renda, histórico de 
crédito etc. 
Como já estudado acima, trata-se de uma prática comercial lícita (posição do STJ). 
Premissa (STJ): não se trata de um cadastro ou banco de dados de consumidores, mas 
de uma metodologia de cálculo do risco de crédito, utilizando-se de modelos estatísticos 
e dos dados existentes no mercado acessíveis via internet. 
Pode-se, assim, compreender o teor do enunciado: 
Súmula 550 do STJ. A utilização de escore de crédito, método estatístico de avaliação 
de risco que não constitui banco de dados, dispensa o consentimento do consumidor, 
que terá direito de solicitar esclarecimentos sobre as informações pessoais valoradas e 
as fontes de dados considerados no respectivo cálculo. 
 
(E) INCORRETA. A notificação deve ser anterior, e não posterior! 
Súmula 359 do STJ. “Cabe ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito a 
notificação do devedor antes de proceder à inscrição”.
 
 
35 
22. Nos termos do CDC, no que tange à desconsideração da personalidade jurídica, 
assinale a alternativa correta. 
 
(A) As sociedades coligadas só responderão por culpa. 
 
(B) As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas são 
solidariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes do CDC. 
 
(C) As sociedades consorciadas são subsidiariamente responsáveis pelas obrigações 
decorrentes do CDC. 
 
(D) A desconsideração da personalidade jurídica não poderá ser efetivada quando 
houver falência ou estado de insolvência. 
 
(E) Não será possível a desconsideração da personalidade jurídica na hipótese de 
encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração. 
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIOS 
 
As responsabilidades societárias estão previstas nos parágrafos 2º, 3º e 4º do art. 28. 
(A) CORRETA. Responsabilidade subjetiva das sociedades coligadas (§ 4º): 
As sociedades coligadas só responderão por culpa. 
 
(B) INCORRETA. Responsabilidade subsidiária dos grupos societários e sociedades 
controladas (§ 2º): 
§ 2º As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são 
subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. 
O erro da assertiva está no vocábulo “solidariamente”, pois se trata de responsabilidade 
subsidiária. 
 
(C) INCORRETA. Responsabilidade solidária das sociedades consorciadas (§ 3º): 
§ 3º. As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações 
decorrentes deste código. 
O erro da assertiva está no vocábulo “subsidiariamente”, pois se trata de 
responsabilidade solidária. 
 
 
36 
 
RESUMO DA RESPONSABILIDADE DAS SOCIEDADES 
INTEGRANTES DOS GRUPOS 
SOCIETÁRIOS E CONTROLADAS 
SUBSIDIÁRIA 
CONSORCIADAS SOLIDÁRIA 
MNEMÔNICO: CONSOLIDÁRIA 
COLIGADAS SÓ RESPONDEM POR CULPA 
MNEMÔNICO:COLIGOCULPA 
 
(D) e (E) INCORRETAS 
O caput do art. 28 do CDC prevê expressamente: 
Art. 28. (...) A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado 
de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má 
administração. 
 
 
23. Salamandra dos Santos estava em um grande centro de compras, cujo teto 
desmoronou, sofrendo ferimentos na perna, com sequelas que a impede de 
empreender marcha regular. O acidente causou a morte e ferimentos em centenas de 
pessoas que se encontravam no local. Várias das pessoas que foram atingidas pelo 
desabamento formaram uma associação que pretende ingressar com ação coletiva de 
responsabilidade pelos danos individualmente sofridos em face do centro de compras. 
Diante desses fatos hipotéticos, assinale a alternativa correta. 
 
(A) Se a ação coletiva for proposta, Salamandra poderá se beneficiar de eventual 
sentença condenatória dessa ação, ainda que não seja integrante da associação. 
 
(B) Se Salamandra ingressar com ação judicial individual, não requerer suspensão e esta 
for julgada improcedente, não poderá se beneficiar da sentença favorável com o mesmo 
pleito que seja proferida na ação coletiva. 
 
(C) Não é possível o ingresso da ação coletiva pela associação pelo não preenchimento 
do requisito da pré-constituição há pelo menos um ano. 
 
(D) Diante da grande dimensão do dano que evidencia manifesto interesse social, a 
associação poderá ingressar com ação coletiva, desde que tenha autorização 
assemblear. 
 
 
37 
(E) Se Salamandra se filiar à associação e esta ingressar com ação coletiva, não poderá 
ingressar com ação individual com o mesmo desiderato.
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. É amplamente majoritário na jurisprudência o entendimento de que as 
associações são representantes, e não substitutas processuais, dos seus associados, 
exigindo-se autorização expressa dos associados para que estejam legitimadas a agir. 
STF: RE 573.232/SC (Informativo 746 - Tribunal Pleno, julgado em 14/05/2014, 
REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-182 DIVULG 18-09-2014 PUBLIC 19-09-2014). 
Decidiu que a autorização estatutária genérica concedida à associação não é suficiente 
para legitimar sua atuação em juízo na defesa de interesses de seus filiados, sendo 
necessário que os associados a autorizem de forma expressa e específica, seja através 
de: 
- declaração individual; ou 
- aprovação na assembleia geral da entidade. 
 
Dessa forma, os não associados não podem se beneficiar da sentença coletiva favorável. 
Nesse sentido: 
O servidor não filiado não detém legitimidade para executar individualmente a 
sentença de procedência oriunda de ação coletiva proposta por associação de 
servidores (exceto se a sentença coletiva favorável for proferida em sede de Mandado 
de Segurança Coletivo, pelas razões acima explicitadas) – REsp 1.374.678/RJ, Rel. 
Ministro Luis Felipe Salomão, T4, j. em 23/06/2015. 
No mesmo passo, a recente decisão do STF: 
- Beneficiários do título executivo, no caso de ação proposta por associação, são aqueles 
que, residentes na área compreendida na jurisdição do órgão julgador, detinham, antes 
do ajuizamento, a condição de filiados e constaram da lista apresentada com a peça 
inicial (RE 612.043/PR, Rel. Ministro Marco Aurélio, Tribunal Pleno, j. em 10/05/2017). 
 
(B) CORRETA. Consideramos que a assertiva não se utilizou da melhor técnica de 
redação, pois não esclareceu explicitamente se Salamandra tomou ciência nos autos do 
ajuizamento da ação coletiva pela associação. 
De todo modo, não acho que seja o suficiente para anulação da questão. A assertiva 
envolve o conhecimento do art. 104 do CDC. 
 
 
 
38 
Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art. 81, 
não induzem litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada 
erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e III do artigo anterior não 
beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no 
prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva. 
Dessa forma, se Salamandra não requereu a suspensão da sua demanda individual, de 
fato, não poderá se beneficiar dos efeitos da coisa julgada coletiva. 
 
(C) INCORRETA. O requisito da pré-constituição temporal (no mínimo por um ano) não 
é absoluto e poderá ser afastado no caso concreto, por decisão do magistrado. 
O julgador pode dispensar esse requisito, quando houver manifesto interesse social 
evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico 
a ser protegido (LACP, art. 5º, par. 4º; CDC, art. 82, par. 1º). 
Observe-se que compete a análise da dispensa ou não do requisito temporal ao 
magistrado atuante no caso específico (a dispensa, portanto, não é automática, e sim 
ope judicis). Ademais, pode ser fundamentada em duas situações alternativas: 
i) o manifesto interesse social (cujos parâmetros são a dimensão 
ou a característica do dano); ou 
ii) a relevância do bem jurídico a ser protegido. 
 
(D) INCORRETA. Como visto nos comentários à assertiva acima, o manifesto interesse 
social (que realmente pode ser evidenciado pela dimensão do dano) pode excepcionar 
o requisito temporal da pré-constituição da associação. 
Todavia, a legitimidade ativa da associação depende também de outro requisito omitido 
na assertiva, que é a constituição na forma da lei (“legalmente constituídas”). O inciso 
IV do art. 82 do CDC ainda é claro ao prever que é “dispensada a autorização 
assemblear”. Incorreta, portanto, a assertiva. 
 
(E) INCORRETA. A assertiva está incorreta porque assim prevê a primeira parte do art. 
104 do CDC: “Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo 
único do art. 81, não induzem litispendência para as ações individuais”.
 
24. Alarmino Figueira adquiriu um secador de cabelos para presentear sua sogra, Dona 
Afrodite Merluza. O secador era de uma marca conhecida e continha folheto com 
instruções de uso e identificação de fabricante. Contudo, quando sua sogra foi utilizar o 
secador de cabelos pela primeira vez, conforme as instruções do manual do usuário, o 
objeto explodiu, causando-lhe queimaduras no rosto e nas mãos. Diante desse fato 
hipotético, assinale a alternativa correta. 
 
 
39 
(A) Trata-se de responsabilidade pelo fato do produto, pois o secador de cabelos se 
mostrou defeituoso, porque não ofereceu a segurança que dele legitimamente se 
espera, devendo o fabricante ser responsabilizado pelo dano causado a Dona Afrodite. 
 
(B) Trata-se de vício do produto, porque não teve utilidade para o fim ao qual foi 
adquirido. 
 
(C) Trata-se de acidente de consumo, ensejando responsabilidade pelo fato do produto, 
e o consumidor deve acionar o comerciante que vendeu o produto. 
 
(D) Alarmino Figueira deve pleitear a substituição, o abatimento ou a devolução integral 
do preço, bem como reparação pelos danos sofridos por Dona Afrodite, no prazo 
decadencial de 90 dias. 
 
(E) Tratando-se de hipótese de responsabilidade por vício do produto, a ignorância do 
fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação do produto não o exime de 
responsabilidade. 
 
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIOS 
 
Essa questão foi trabalhada na Rodada 1 da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
ALTERNATIVAS A (CORRETA), B (INCORRETA) e E (INCORRETA) 
De um lado, tem-se a responsabilidade pelo fato do produto ou do serviço, que 
compreende os defeitos de segurança, e de outro, a responsabilidade por vício do 
produto ou do serviço, que abrange os vícios por inadequação. A diferença pode ser 
assim resumida: 
a) haverá vício de adequação sempre que um produto ou serviço não corresponder à 
legítima expectativa do consumidor quanto à sua utilização ou fruição 
(comprometimento da prestabilidade); 
b) haverá defeito de segurança quando, além de não corresponderà expectativa do 
consumidor, sua utilização ou fruição for capaz de adicionar riscos à sua incolumidade 
ou de terceiros. 
 
 
 
 
40 
 
 
Observe-se que a explosão do produto gerou danos à incolumidade física da 
consumidora, razão pela qual estamos diante de fato/defeito do produto, previsto no 
art. 12 do CDC. 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador 
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos 
causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, 
construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de 
seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua 
utilização e riscos. 
 
ALTERNATIVA (C): INCORRETA. Fabricante, produtor, construtor e importador – o CDC 
especificou espécies, e não o gênero “fornecedor”, diferentemente de todas as 
hipóteses de vício. Isso significa que a responsabilidade objetiva e solidária será apenas 
quanto a essas 04 (quatro) espécies. Tal previsão tem especial repercussão em relação 
ao comerciante (ou seja, quem leva o produto diretamente ao consumidor). 
O comerciante não responde objetiva e solidariamente em toda e qualquer situação. As 
hipóteses de responsabilidade estão elencadas no art. 13: 
- quando o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser 
identificados (inciso I); 
- quando o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, 
construtor ou importador (inciso II); 
- no caso de produtos perecíveis, o comerciante não os conservar adequadamente 
(inciso III). 
Para considerável parcela da doutrina e para várias bancas de concursos, a 
responsabilidade do comerciante é objetiva e subsidiária. 
 
VÍCIO DO PRODUTO/SERVIÇO FATO DO PRODUTO/SERVIÇO 
QUALIDADE-ADEQUAÇÃO. QUALIDADE-SEGURANÇA. 
ATINGE O PRODUTO OU O SERVIÇO EM SI 
– INTRÍNSECO. 
ATINGE EM ESPECIAL A INCOLUMIDADE 
FÍSICO-PSÍQUICA DO CONSUMIDOR OU 
DE TERCEIROS (AS VÍTIMAS DE 
CONSUMO) – EXTRÍNSECO. 
 TAMBÉM DENOMINADO DEFEITO OU 
ACIDENTE DE CONSUMO. 
SUJEITA-SE A PRAZO DECADENCIAL. SUJEITA-SE A PRAZO PRESCRICIONAL. 
 
 
41 
ALTERNATIVA (D): INCORRETA. As alternativas previstas na assertiva são para os casos 
de vício do produto, e não de fato/defeito do produto (vide diferenciação entre vício e 
fato explicitada acima).
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
DIREITO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE 
 
25. Em relação ao Conselho Tutelar, assinale a alternativa correta. 
 
(A) As decisões do Conselho Tutelar deverão ser revistas ex officio pela autoridade 
judiciária. 
 
(B) O Conselho Tutelar é órgão transitório, vinculado ao Poder Judiciário, encarregado 
de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente. 
 
(C) Em cada município haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão 
integrante da Administração Pública local, composto de 10 (dez) membros, escolhidos 
pela população local para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução. 
 
(D) São atribuições do Conselho Tutelar, dentre outras, promover a execução de suas 
decisões, podendo para tanto expedir certidões de nascimento e de óbito de criança ou 
adolescente quando necessário. 
 
(E) São impedidos de servir no mesmo Conselho, dentre outros, marido e mulher.
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada no material da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
(A) Art. 137 do ECA - As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela 
autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse. 
 
(B) Art. 131 do ECA - O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não 
jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da 
criança e do adolescente, definidos nesta Lei. 
 
(C) Art. 132 do ECA -Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito 
Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da 
administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população 
local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida 1 (uma) recondução, mediante novo 
processo de escolha. 
 
(D) Art. 136 do ECA - São atribuições do Conselho Tutelar: (...) III - promover a execução 
de suas decisões, podendo para tanto: a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, 
 
 
43 
educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; b) representar junto à 
autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações. 
(...) 
 
(E) CORRETA. Art. 140 do ECA - São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e 
mulher, ascendentes e descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante 
o cunhadio, tio e sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado. 
 
 
26. No que se refere à garantia da prioridade absoluta, da forma como prevista no 
Estatuto da Criança e do Adolescente, tem-se que esta compreende: 
 
(A) garantia de imunidade contra todo tipo de exploração sexual. 
 
(B) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas. 
 
(C) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública, salvo se 
houver idoso. 
 
(D) destinação privilegiada de recursos públicos e privados nas áreas relacionadas com 
o meio ambiente e os direitos sociais. 
 
(E) a extensão da proteção quando atingida a idade adulta em situações expressamente 
previstas na lei. 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada no material da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
Art. 4º do ECA - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder 
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, 
à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, 
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: 
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; 
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; 
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; 
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à 
infância e à juventude. 
 
 
 
44 
27. A respeito da adoção, assinale a assertiva correta. 
 
(A) A adoção por procuração é admitida em caso de comoriência. 
 
(B) O adotando deve contar com, no máximo, dezesseis anos à data do pedido, salvo se 
já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. 
 
(C) Em caso de conflito entre direitos e interesses do adotando e de outras pessoas, 
inclusive seus pais biológicos, devem prevalecer os direitos e os interesses do adotando. 
 
(D) A adoção é medida excepcional, porém revogável em certos casos, à qual se deve 
recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou 
adolescente na família natural ou extensa. 
 
(E) A simples guarda de fato autoriza, por si só, a dispensa da realização do estágio de 
convivência. 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada no material da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
(A) Art. 39, § 2 do ECA - É vedada a adoção por procuração. 
 
(B) Art. 40 do ECA - O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do 
pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. 
 
(C) CORRETA. Art. 39, § 3 do ECA - Em caso de conflito entre direitos e interesses do 
adotando e de outras pessoas, inclusive seus pais biológicos, devem prevalecer os 
direitos e os interesses do adotando. 
 
(D) Art. 39, § 1 do ECA - A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve 
recorrer apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou 
adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do art. 25 desta 
Lei. 
 
(E) Art. 46, § 2 do ECA - A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensada 
realização do estágio de convivência.
 
 
 
 
45 
28. Sobre a autorização para viajar, assinale a alternativa correta. 
 
(A) A autorização judicial pode ser dada a posteriori em casos excepcionais previstos em 
lei quando se trate de criança ou adolescente nascido em território nacional em viagem 
ao exterior. 
 
(B) A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder 
autorização para que a criança possa viajar para fora da comarca onde reside, 
desacompanhada dos pais ou responsável, com validade por dois anos. 
 
(C) Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é sempre indispensável. 
 
(D) Quanto à autorização judicial, esta poderá ser exigida em casos excepcionais quando 
se trate de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma unidade da 
Federação, ou incluída na mesma região metropolitana. 
 
(E) Nenhum adolescente poderá viajar para fora da comarca onde reside, 
desacompanhado dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial.
 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
Art. 83 do ECA - Nenhuma criança poderá viajar para fora da comarca onde reside, 
desacompanhada dos pais ou responsável, sem expressa autorização judicial. 
§ 1º A autorização não será exigida quando: 
a) tratar-se de comarca contígua à da residência da criança, se na mesma unidade da 
Federação, ou incluída na mesma região metropolitana; 
b) a criança estiver acompanhada: 
1) de ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente 
o parentesco; 
2) de pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável. 
§ 2º A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder 
autorização válida por dois anos. 
 
Art. 84 do ECA - Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se 
a criança ou adolescente: 
I - estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável; 
II - viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através 
de documento com firma reconhecida. 
 
 
 
46 
Art. 85. Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente 
nascido em território nacional poderá sair do País em companhia de estrangeiro 
residente ou domiciliado no exterior.
 
 
 
29. Assinale a alternativa correta. 
 
(A) Compete à autoridade judiciária disciplinar, por meio de portaria, ou autorizar, 
mediante alvará, a entrada e permanência de criança ou adolescente, desacompanhado 
dos pais ou responsável, em lojas de tatuagem. 
 
(B) Em caso de infração cometida por meio de transmissão simultânea de rádio ou 
televisão, que atinja mais de uma comarca, será competente, para aplicação da 
penalidade, a autoridade judiciária do local que primeiro tomar conhecimento do fato. 
 
(C) Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade do lugar do resultado do 
ato, observadas as regras de conexão, continência e prevenção. 
 
(D) A Justiça da Infância e da Juventude é competente para conhecer de pedidos de 
adoção e seus incidentes, mas não o é para suprir a capacidade ou o consentimento para 
o casamento na hipótese de omissão dos pais ou responsável. 
 
(E) A Justiça da Infância e da Juventude é competente para aplicar penalidades 
administrativas nos casos de infrações contra norma de proteção à criança ou 
adolescente. 
 
RESPOSTA: E 
 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada no material da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
(A) Art. 149 do ECA - Compete à autoridade judiciária disciplinar, através de portaria, ou 
autorizar, mediante alvará: I - a entrada e permanência de criança ou adolescente, 
desacompanhado dos pais ou responsável, em: a) estádio, ginásio e campo desportivo; 
b) bailes ou promoções dançantes; c) boate ou congêneres; d) casa que explore 
comercialmente diversões eletrônicas; e) estúdios cinematográficos, de teatro, rádio e 
televisão. (...) 
 
 
 
47 
(B) Art. 147, § 3º do ECA - Em caso de infração cometida através de transmissão 
simultânea de rádio ou televisão, que atinja mais de uma comarca, será competente, 
para aplicação da penalidade, a autoridade judiciária do local da sede estadual da 
emissora ou rede, tendo a sentença eficácia para todas as transmissoras ou 
retransmissoras do respectivo estado. 
 
(C) Art. 147, § 1º do ECA - Nos casos de ato infracional, será competente a autoridade 
do lugar da ação ou omissão, observadas as regras de conexão, continência e prevenção. 
 
(D) Art. 148 do ECA - A Justiça da Infância e da Juventude é competente para: (...) III - 
conhecer de pedidos de adoção e seus incidentes; 
 
Parágrafo único. Quando se tratar de criança ou adolescente nas hipóteses do art. 98, é 
também competente a Justiça da Infância e da Juventude para o fim de: (...) c) suprir a 
capacidade ou o consentimento para o casamento; 
 
(E) CORRETA. Art. 148 do ECA - A Justiça da Infância e da Juventude é competente para: 
(...) VI - aplicar penalidades administrativas nos casos de infrações contra norma de 
proteção à criança ou adolescente; 
 
 
 
30. A respeito dos procedimentos no Estatuto da Criança e do Adolescente, assinale a 
alternativa correta. 
 
(A) Não se aplica a regra do prazo em dobro para a Fazenda Pública e para o Ministério 
Público. 
 
(B) O prazo máximo para conclusão do procedimento de perda e de suspensão do poder 
familiar será de 90 (noventa) dias em se tratando de criança recém-nascida. 
 
(C) O procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar poderá ter início de 
ofício ou por provocação do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse. 
 
(D) Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou suspensos do poder familiar, 
ou houverem aderido expressamente ao pedido de colocação em família substituta, este 
poderá ser formulado diretamente em cartório, em petição assinada pelos próprios 
requerentes, necessária contudo a presença de advogado. 
 
(E) A remissão, como forma de extinção ou suspensão do processo, poderá ser aplicada 
apenas quando da audiência de apresentação do adolescente à autoridade judiciária. 
 
 
48 
 
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada no material da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
(A) CORRETA. Art. 152, § 2º do ECA - Os prazos estabelecidos nesta Lei e aplicáveis aos 
seus procedimentos são contados em dias corridos, excluído o dia do começo e incluído 
o dia do vencimento, vedado o prazo em dobro para a Fazenda Pública e o Ministério 
Público. 
 
(B) Art. 163 do ECA - O prazo máximo para conclusão do procedimento será de 120 
(cento e vinte) dias, e caberá ao juiz, no caso de notória inviabilidade de manutenção do 
poder familiar, dirigir esforços para preparar a criança ou o adolescente com vistas à 
colocação em família substituta. 
 
(C) Art. 155 do ECA - O procedimento para a perda ou a suspensão do poder familiar 
terá início por provocação do Ministério Público ou de quem tenha legítimo interesse. 
 
(D) Art. 166 do ECA - Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou suspensos 
do poder familiar, ou houverem aderido expressamente ao pedido de colocação em 
família substituta, este poderá ser formulado diretamente em cartório, em petição 
assinada pelos próprios requerentes, dispensada a assistência de advogado. 
 
(E) Art. 188 do ECA - A remissão, como forma de extinção ou suspensão do processo, 
poderá ser aplicada em qualquer fase do procedimento, antes da sentença. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
DIREITO PENAL 
 
31. Sobre o tema reincidência, no Direito Penal, assinale a alternativa correta. 
 
(A) A pena deverá ser aumentada em um terço quando caracterizada a reincidência. 
 
(B) Verifica-se a reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar 
em julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado 
por qualquer espécie de crime anterior. 
 
(C) Não prevalece a condenação anterior, se entre a data do cumprimento ou extinçãoda pena e a infração posterior tiver decorrido período de tempo superior 
a 5 (cinco) anos, não se computando o período de prova da suspensão ou do livramento 
condicional. 
 
(D) Influencia na prescrição da pretensão punitiva. 
 
(E) Aumenta de um terço o prazo da prescrição depois de transitar em julgado a 
sentença condenatória, se o condenado é reincidente. 
 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
Expressa previsão legal no art. 110 do Código Penal 
32. A Lei Maria da Penha (Lei no 11.340/06) trouxe formas de proteção à mulher vítima 
de violência doméstica ou familiar. 
Sobre o tema “violência doméstica ou familiar contra a mulher”, pode-se corretamente 
afirmar que 
 
(A) todos os crimes a ela relativos são de ação pública incondicionada. 
 
(B) independentemente da pena do crime praticado, não será possível a aplicação da 
suspensão condicional do processo. 
 
(C) as medidas protetivas de urgência previstas na referida lei poderão ser determinadas 
de ofício pelo juiz. 
 
 
 
50 
(D) caracteriza a violência doméstica toda forma de violência contra a mulher, assim 
entendida qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, 
sofrimento físico, espiritual, sexual ou 
emocional. 
 
(E) é a única razão para que o homicídio seja caracterizado como feminicídio. 
 
 
 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada no material da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
(A) INCORRRETA. Não é verdade que todos os crimes sejam de ação pública 
incondicionada, pois os crimes que dependem de representação, não mencionados pela 
lei 9099/95, continuam dependendo de representação no âmbito da violência 
doméstica e familiar contra a mulher, como na ameaça e na injuria racial. 
 
(B) CORRETA. Art. 41 da Lei Maria da Penha e súmula 536 do STJ. 
 
(C) INCORRRETA. Art. 19, §3º da Lei Maria da Penha. 
 
(D) INCORRRETA. Art. 5º da Lei Maria Penha. Não compreende o sofrimento espiritual 
ou emocional. 
 
(E) INCORRRETA. O feminicídio também abrange o menosprezo ou discriminação à 
condição de mulher, independentemente da violência doméstica. Art. 121, §2ºA, II do 
CP. 
 
 
33. Entende-se por “concurso material benéfico” a 
 
(A) limitação de tempo de cumprimento de pena em 30 anos. 
 
(B) aplicação da regra do concurso material para beneficiar o coautor ou partícipe. 
 
(C) regra estabelecida em lei pela qual a pena aplicada pelo concurso formal não poderá 
superar a pena aplicada pelo concurso material. 
 
(D) extensão ao coautor da condição pessoal que se afigurar elementar do crime. 
 
 
51 
 
(E) diminuição de pena para determinados crimes materiais.
 
 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
Expressa previsão legal no art. 70, parágrafo único do Código Penal, pela qual o 
resultado da aplicação da pena pelo concurso formal não pode superar o somatório 
decorrente do concurso material. Se isto ocorrer, deve-se então dar preferência ao 
concurso material. 
 
34. João, com a intenção de matar, desferiu golpes de faca em seu irmão José. Antes de 
desferir o golpe fatal, atendendo aos apelos de sua mãe que implorava para que 
poupasse a vida de José, João parou de agredir o irmão. 
Por insistência de sua mãe, João socorreu José, que sobreviveu com lesões corporais 
que, embora tenham causado risco de vida, se regeneraram em vinte dias. 
Sobre a situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
 
(A) João responderá por lesões corporais graves em razão da desistência voluntária. 
 
(B) João responderá por tentativa de homicídio com redução de pena pelo 
arrependimento posterior. 
 
(C) João responderá por lesões corporais leves em razão da desistência voluntária. 
 
(D) João responderá por tentativa de homicídio. 
 
(E) João não responderá por crime 
 
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
Questão passível de recurso. Na nossa opinião a lesão corporal narrada não é grave e 
sim leve. O enunciado menciona a expressão “risco de vida” mas a qualificadora da lesão 
grave prevista no art. 129, §1º é perigo de vida. Risco de vida não é sinônimo de perigo 
 
 
52 
de vida. No risco de vida (leia-se de morte) é possível que sequer a vítima sofra lesão, se 
por exemplo esteve no meio de um tiroteio, mas não foi atingida. A distinção é feita por 
Rogério Greco no seu manual de Direito Penal. Pela descrição do enunciado, não há, 
portanto, lesão grave. E a incapacidade para as ocupações habituais por 20 dias também 
constitui lesão leve. Entendemos que a resposta é a letra C, em razão da desistência 
voluntária (art. 15 do CP). 
 
 
35. Acerca da aplicação de penas restritivas de direitos, assinale a alternativa correta. 
 
(A) A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas, em qualquer 
hipótese, poderá ser cumprida em menos tempo do que a pena privativa de liberdade 
cominada nunca inferior à metade. 
 
(B) Inclui-se nas penas restritivas de direitos do Código Penal a pena de medida 
educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
 
(C) Não é possível a aplicação de duas penas restritivas de direitos concomitantemente. 
 
(D) O reincidente em crime doloso poderá em certos casos ter a pena privativa de 
liberdade substituída pela pena restritiva de direitos. 
 
(E) Para a conversão de pena privativa de Liberdade por restritiva de direitos, a pena 
aplicada deverá ser sempre de até quatro anos. 
 
 
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada no material da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
(A) Errado. Art. 46, §4º prevê que se a pena substituída for superior a um ano, é 
facultado ao condenado cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca 
inferior à metade da pena privativa de liberdade fixada. 
 
(B) Errado. A referida pena não está prevista no art. 43 do Código Penal. 
 
(C) Errado. É possível nas condenações superiores a 1 ano de pena privativa de Liberdade 
(art. 44, §2º do CP). 
 
(D) Certo. Art. 44, §3º do CP 
 
 
53 
(E) Errado. Se o crime for culposo, pode ser maior que 4 anos a pena aplicada (art. 44, I 
do CP). 
 
 
36. Em conversa reservada, José expõe a João o desejo de acabar com a própria vida, no 
que recebe o apoio e incentivo de João à empreitada. Posteriormente, José tenta se 
suicidar, mas é socorrido por sua mãe e sobrevive com lesões corporais leves. 
Considerando a situação hipotética, assinale a alternativa correta. 
 
(A) João responderá por lesões corporais leves. 
 
(B) João responderá por tentativa de instigação a suicídio. 
 
(C) João responderá por tentativa de homicídio. 
 
(D) João responderá por instigação a suicídio. 
 
(E) João não responderá por crime por ser o fato atípico. 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
Só ocorre o crime de induzimento, auxílio ou instigação ao suicídio se há o resultado 
morte ou lesão grave. Se as lesões são leves o fato é atípico. 
 
37. O Diretor do Presídio “A” oficia ao Juiz de Direito da Vara das Execuções Criminais 
da comarca local, informando que João, preso em referido estabelecimento, faz parte 
de organização criminosa e requerendo a sua inclusão no Regime Disciplinar 
Diferenciado. Nesse caso: 
 
(A) se o juiz determinar a inclusão de João no Regime Disciplinar Diferenciado, o período 
de inclusão poderá ser de até 1 (um) ano renovado por mais 1 (um) ano desde que não 
ultrapasse um sexto da pena. 
 
(B) o juiz não poderia determinar a inclusão de João no Regime Disciplinar Diferenciado 
se João fosse preso provisório. 
 
 
 
54 
(C) o juiz somente poderá determinar a inclusão de João no Regime Disciplinar 
Diferenciado após a manifestação do Ministério Público e da Defesa. 
 
(D) poderá o Juiz determinar imediatamente, de forma fundamentada, a inclusão de 
João no Regime Disciplinar Diferenciado. 
 
(E) o Diretor do Presídio poderia determinar a inclusão de João no Regime Disciplinar 
Diferenciado desde que o Juiz homologasse a sua decisão. 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
Resposta facilmente extraída da redação do art.52 da lei 7.210/84 (Lei de Execução 
Penal). 
 
 
38. José revela a seu amigo João que tem a intenção de furtar determinado veículo e, 
considerando que João é dono de um “ferro velho” lhe propõe a compra do referido 
veículo após a consumação do furto. João aceita a proposta e, após o furto, compra 
referido veículo de José. Considerando a situação hipotética, João terá cometido o crime 
de 
 
(A) furto qualificado. 
 
(B) receptação qualificada. 
 
(C) furto simples. 
 
(D) receptação simples. 
 
(E) favorecimento real. 
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIOS 
 
Furto qualificado pelo concurso de pessoas (art. 155, 4º, IV do CP). João é partícipe do 
furto e não pode responder pela receptação relativa ao mesmo bem. Também não há 
favorecimento real pois João não ajudou a esconder a coisa, mas ajudou a subtrair, 
 
 
55 
tendo participação no crime anterior, além de ainda ter adquirido a coisa 
posteriormente, afastando o favorecimento real. 
 
 
39. Se o agente conduzir veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer 
outra substância psicoativa que determine dependência, e, por conta dessa condição, 
matar alguém, responderá pelo crime previsto 
 
(A) no Art. 306 do CTB: “Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora 
alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa 
que determine dependência” em concurso com o crime previsto no Art. 302 do CTB: 
“Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor”. 
 
(B) no Art. 306 do CTB: “Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora 
alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa 
que determine dependência” em concurso com o crime previsto no Art. 121 do CP: 
“Matar alguém”, tendo em vista que o CTB não previu a modalidade dolosa do 
homicídio. 
 
(C) no Art. 302 do CTB: “Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor” 
qualificado pelo “agente conduzir veículo automotor sob a influência de álcool ou de 
qualquer outra substância psicoativa que determine dependência”. 
 
(D) no Art. 306 do CTB: “Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora 
alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa 
que determine dependência” em concurso com o crime previsto no Art. 121, parágrafo 
terceiro do CP: “Matar alguém” de forma culposa. 
 
(E) no Art. 121, parágrafo segundo, inciso III do CP: “Matar alguém” com “emprego de 
veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que 
possa resultar perigo comum”.
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
O agente responderá pelo art. 302, §3º do CTB, incluído pela lei 13.546/17. Responder 
em concurso com a embriaguez ao volante constituiria bis in idem.
 
 
 
56 
 
DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
40. Sobre a restituição das coisas apreendidas e medidas assecuratórias, é correto 
afirmar que 
 
(A) a restituição, quando cabível, poderá ser ordenada somente pelo juiz, mediante 
termo nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante. 
 
(B) para efetivação do sequestro de bens imóveis, adquiridos pelo indiciado com os 
proventos da infração, mas que já tenham sido transferidos a terceiro, o juiz criminal 
deverá observar o contraditório e a ampla defesa antes de decidir sobre o pedido. 
 
(C) das decisões relativas aos incidentes das restituições de coisas apreendidas e 
medidas assecuratórias cabem recurso em sentido estrito mediante formação de 
instrumento. 
 
(D) em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz deverá decidir sobre a 
qual parte cabe o direito de propriedade e determinar a restituição em favor desta, em 
autos apartados, após ouvido o Ministério Público. 
 
(E) das rendas dos bens móveis arrestados poderão ser fornecidos recursos arbitrados 
pelo juiz para manutenção do indiciado e de sua família.
RESPOSTA: E 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Autoridade policial ou juiz (art. 120 do CPP). 
 
(B) INCORRETA. O juiz pode decidir de ofício, sem necessidade de oitiva das partes, 
bastando a existência de indícios veementes da proveniência ilícita dos bens (arts. 126 
e 127 do CPP). 
 
(C) INCORRETA. Não há previsão no rol do recurso em sentido estrito do art. 581 do CPP. 
 
(D) INCORRETA. O juiz remeterá as partes para o juízo cível, na forma do art. 120, 3º do 
CPP. 
 
(E) CORRETA. Art. 137, §2º do CPP. 
 
 
57 
 
 
41. Assinale a alternativa correta. 
(A) Aos Deputados Federais e Estaduais é assegurada a oitiva em seus respetivos 
gabinetes, comunicando-os previamente a data e horário designado pelo juiz para 
realização do ato. 
 
(B) A testemunha pode trazer em audiência seu depoimento por escrito para que seja 
juntado aos autos. 
 
(C) Contraditada a testemunha por ser ela suspeita ou indigna de fé, o juiz deve realizar 
a prova acerca dessa alegação, por intermédio de outras testemunhas trazidas pela 
parte que a contraditou e, deferida a contradita, deverá exclui-la do rol, permitindo à 
parte contrária a substituição da testemunha contraditada. 
 
(D) A expedição de carta precatória para oitiva de testemunha arrolada não suspenderá 
a instrução criminal e, após o decurso do prazo nela assinalado, será permitido o 
julgamento do processo. 
 
(E) Aos menores de dezesseis anos e o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, 
o cônjuge, o irmão e o pai, a mãe do acusado não será deferido o compromisso de dizer 
a verdade. 
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Art. 221 do CPP. Art. 221. O Presidente e o Vice-Presidente da República, 
os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados 
e Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, 
os deputados às Assembléias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os 
ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal, 
bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos em local, dia e hora previamente 
ajustados entre eles e o juiz. 
 
(B) INCORRETA. Art. 204 do CPP. O depoimento será prestado oralmente, não sendo 
permitido à testemunha trazê-lo por escrito. 
Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta a 
apontamentos. 
 
 
 
58 
(C) INCORRETA. Art. 214 do CPP. Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão 
contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou defeitos, que a tornem suspeita 
de parcialidade, ou indigna de fé. O juiz fará consignar a contradita ou argüição e a 
resposta da testemunha, mas só excluirá a testemunha ou não Ihe deferirá compromisso 
nos casos previstos nos arts. 207 e 208.D – 
 
(D) CORRETA. Art. 222, §1º do CPP. 
 
(E) INCORRETA. Art. 208. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos 
doentes e deficientes mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a 
que se refere o art. 206. 
 
 
42. A competência criminal: 
 
(A) na hipótese de conexão e continência, importarão unidade de processo e julgamento 
salvo no concurso entre jurisdição comum e especial. 
 
(B) pelo lugar da infração, será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a 
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que foi iniciado o ato de execução. 
 
(C) tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas 
ou mais jurisdições, firmar-se-á pelo local onde se iniciou os atos de execução. 
 
(D) na hipótese de crimes dolosos contra a vida, quando resultar em desclassificação 
pelo Conselho de Sentença, em julgamento realizado perante o Tribunal do Júri, deverá 
ser o processo remetido ao juiz singular para a análise do crime desclassificado. 
 
(E) não sendo conhecido o lugar da infração, será regulada pelo único domicílio do réu 
conhecido. 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
 
 
59 
(A) INCORRETA. Art. 78, IV do CPP. 
(B) INCORRETA. Art. 70 do CPP. 
(C) INCORRETA.Art. 71 do CPP. 
(D) INCORRETA. Art. 492, §1º do CPP. 
(E) CORRETA. Art. 72 do CPP.
 
43. Com relação à prisão domiciliar, medidas cautelares e fiança, é correto afirmar que 
 
(A) a medida cautelar de suspensão do exercício de função pública para crimes 
praticados no exercício da referida função ou de atividade de natureza econômica ou 
financeira que guardem relação a crimes de caráter econômico ou financeiro, quando 
houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais, não pode ser 
reconhecida porque incompatível com o direito constitucional do livre exercício ao 
trabalho. 
 
(B) a medida cautelar de internação provisória do acusado só pode ser deferida se o 
crime for praticado mediante violência ou grave ameaça e desde que os peritos 
concluam ser ele inimputável ou semi-imputável, com risco de reiteração do crime. 
 
(C) é cabível a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar às acusadas 
gestantes ou com filho de até oito anos de idade incompletos, assim como aos acusados 
maiores de setenta anos. 
 
(D) para que haja a possibilidade de quebramento da fiança na hipótese de nova infração 
penal dolosa, é necessário o trânsito em julgado do crime posteriormente verificado, 
perdendo o acusado o valor integralmente recolhido da caução processual. 
 
(E) é cabível a substituição da prisão preventiva pela prisão domiciliar aos acusados, 
primários e de bons antecedentes, responsáveis pelos cuidados de filho de até oito anos 
de idade incompletos, desde que utilizem aparelho de monitoração eletrônica à 
distância. 
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada no material da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
 
 
60 
(A) INCORRETA. Jamais houve declaração de inconstitucionalidade da referida medida, 
sendo perfeitamente aplicável à luz do art. 319 do CPP. 
 
(B) CORRETA. Art. 319, VII do CPP. 
 
(C) INCORRETA. Até 12 anos. Art. 318, V do CPP 
 
(D) INCORRETA. O mero recebimento da denúncia por outro crime é suficiente para o 
quebramento (art. 341, V do CPP). 
 
(E) INCORRETA. Art. 318 do CPP. 
 
44. Assinale a alternativa correta. 
 
(A) Seguirá o rito do processo comum sumário aquele que tiver por objeto crime cuja 
sanção máxima cominada for igual ou inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de 
liberdade. 
 
(B) Observado o princípio de correlação entre a acusação e a sentença, o juiz não pode 
dar nova configuração do crime capitulado na denúncia, ainda que os fatos estejam 
descritos na referida peça acusatória. 
 
(C) A ausência de Defensor constituído não intimado para audiência realizada por carta 
precatória em outra Comarca gera nulidade do ato, ainda que ciente da expedição da 
referida deprecata. 
 
(D) Nos crimes afiançáveis de responsabilidade de funcionários públicos, investigados 
por inquérito policial, oferecida a denúncia que atende os requisitos do art. 41 do CPP, 
com informações suficientes sobre os fatos que configuram, em tese, delito 
especificado, o juiz pode receber a denúncia, prescindindo da notificação prévia do 
acusado. 
 
(E) Na mutatio libelli deve ser dada oportunidade ao Ministério Público de 
oferecimento de aditamento à denúncia, mas, deixando a Acusação de apresentar a 
referida peça processual, faculta ao Julgador a prolação de sentença de acordo com a 
prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida 
na acusação
RESPOSTA: D 
 
QUESTÃO PASSÍVEL DE RECURSO! 
 
 
61 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada no aulão de véspera. Passível de recurso, pois a assertiva tida como 
correta, embora fundamentada em Súmula do STJ, confronta com a jurisprudência do 
STF. 
 
(A) INCORRETA. Art. 394 do CPP 
 
(B) INCORRETA. Art. 383 do CPP. 
 
(C) INCORRETA. Súmula 273 do STJ 
 
(D) CORRETA. Súmula 330 do STJ, porém cabe recurso pois o STF tem entendimento 
contrário no HC 95.542 – SP. 
 
(E) INCORRETA. Art. 384 do CPP. O juiz deverá julgar o fato conforme descrito na 
denúncia. 
 
 
45. De acordo com as regras processuais do procedimento relativo aos crimes dolosos 
contra a vida: 
 
(A) a fundamentação da sentença de pronúncia limitar-se-á à indicação de materialidade 
do fato e demonstração efetiva da prova de autoria ou de participação. 
 
(B) observado o princípio in dubio pro reo o juiz deverá impronunciar o acusado se 
verificado apenas indícios de autoria. 
 
(C) contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação. 
 
(D) ocorrido o trânsito em julgado da pronúncia, o presidente do Tribunal do Júri 
determinará a intimação do órgão do Ministério Público para oferecimento de libelo 
crime acusatório, podendo este requerer diligências, arrolar no máximo cinco 
testemunhas que irão depor em plenário e, ainda, juntar documentos. 
 
(E) o assistente da acusação não tem legitimidade para representar o pedido de 
desaforamento. 
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
 
 
62 
Questão abordada no aulão de véspera TJ-MT. 
 
(A) INCORRETA. Art. 413 do CPP. 
 
(B) INCORRETA. Nesta fase vige o princípio do in dubio pro societate. A impronúncia está 
fundamentada na total ausência de indícios. 
 
(C) CORRETA. Art. 416 do CPP. 
 
(D) INCORRETA. O libelo acusatório foi extinto com a Reforma do CPP de 2008 (art. 421 
do CPP). 
 
(E) FALSA. Art. 427 do CPP. 
46. Com relação às nulidades e aos recursos em geral, é correto afirmar que 
 
(A) da decisão que concede habeas corpus cabe recurso em sentido estrito. 
 
(B) o juízo de delibação é o juízo de admissibilidade recursal feito pelo magistrado de 
primeiro grau quanto aos pressupostos objetivos e subjetivos para análise de seu 
conhecimento. 
 
(C) ocorre a preclusão da arguição de nulidade verificada após a sentença de pronúncia 
se não alegada até o final do julgamento perante o Tribunal do Júri. 
 
(D) a não interposição de recurso por parte do Ministério Público impede o recebimento 
de recurso apresentado pelo assistente da acusação. 
 
(E) sobre a decisão que aprecia a unificação de penas cabe recurso com efeito 
meramente devolutivo. 
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. Art. 581, X do CPP. 
 
(B) INCORRETA. O juízo de delibação diz respeito somente aos pressupostos objetivos. 
 
(C) INCORRETA. Pode ser alegada em sede de apelação (art. 593, III, “a” do CPP). 
 
 
 
63 
(D) INCORRETA. Ao contrário. O assistente só poderá recorrer no caso de inércia do 
Ministério Público quanto à interposição do recurso (art. 598 do CPP). 
 
(E) INCORRETA. O agravo na execução também tem efeito regressivo, pois permite juízo 
de retratação. O efeito, portanto, não é meramente devolutivo. 
 
 
47. No que toca à execução penal: 
 
(A) compete à autoridade administrativa a inclusão de preso em regime disciplinar 
diferenciado, no interesse da disciplina e da averiguação do fato, não excedendo ao 
prazo de um ano e comunicando o Juízo das Execuções em 48 horas. 
 
(B) a decisão que indefere ou defere progressão de regime prisional é passível de recurso 
em sentido estrito. 
 
(C) verificada a prática de falta grave pelo sentenciado, o juiz poderá revogar até 1/6 
(um sexto) do tempo remido, recomeçando a contagem a partir da infração disciplinar. 
 
(D) compete ao juízo da execução onde o preso encontra-se recolhido a decisão acerca 
da autorização de saída. 
 
(E) o juiz poderá definir a fiscalização por meio de monitoração eletrônica quando 
determinar a saída temporária no regime semiaberto. 
 
RESPOSTA: E 
 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada no material da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
(A) INCORRETA. Autoridade judicial (art. 52 da LEP). 
 
(B) INCORRETA. Cabe agravo na execução (art. 197 da LEP). 
 
(C) INCORRETA. Um terço dos dias remidos (art. 127 da LEP). 
 
(D) INCORRETA. Se a autorização de saída consistir em permissão de saída, pode a 
decisão ser proferida pelo diretor do presidio (art. 120, parágrafo único da LEP). 
 
(E) CORRETA. Art.122, parágrafo único, da LEP. 
 
 
64 
 
 
48. Assinale a alternativa correta com relação às disposições 
processuais penais especiais. 
 
(A) A transação penal prevista na Lei dos Juizados Especiais Criminais é aplicável aos 
crimes praticados contra a violência doméstica. 
 
(B) Na colaboração premiada em crimes de organização criminosa, o juiz poderá reduzir 
a pena privativa de liberdade em até 1/3, desde que a personalidade do colaborador, a 
natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso sejam 
adequadas à benesse. 
 
(C) O juiz está adstrito às condições previstas na Lei na hipótese de oferecimento de 
proposta de suspensão condicional do processo. 
 
(D) Nos crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores deve ser observado 
o procedimento processual especial previsto na legislação em vigor. 
 
(E) Não será deferida a interceptação de comunicações telefônicas quando o fato 
criminoso investigado for punido, no máximo, com pena de detenção. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
Questão abordada no aulão de véspera TJ-MT. 
 
(A) INCORRETA. Súmula 536 do STJ e art. 41 da Lei Maria da Penha. 
 
(B) INCORRETA. A redução pode ser em até 2/3 (art. 4º, caput, da lei 12.850/13) 
 
(C) INCORRETA. O juiz pode acrescentar outras condições, ainda que não previstas em 
lei, desde que adequadas ao caso concreto (art. 89, §2º da lei 9099/95). 
 
(D) INCORRETA. Procedimento ordinário (art. 2º, I da lei 9.613/98). 
 
(E) CORRETA. Art. 2º, III, lei 9296/96
 
 
 
 
65 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
49. Assinale a alternativa correta a respeito da Constituição e do Constitucionalismo. 
 
(A) Nos Estados Unidos, diferentemente da França, a constituição americana deu pouca 
relevância ao papel do juiz, dada a aversão à sua figura pelos revolucionários, reduzindo 
a função do Judiciário a mero emissor da voz da lei. 
 
(B) A Constituição francesa de 1791 construiu um sistema fundado na supremacia do 
legislativo, restando ao executivo a função de dispor dos meios aptos à aplicação da lei. 
 
(C) O modelo de constitucionalismo praticado no mundo contemporâneo segue, nas 
suas linhas gerais, o padrão que foi estabelecido pela Constituição francesa de 1791, 
especialmente no que diz respeito à função do Judiciário. 
 
(D) A Constituição norte-americana de 1787 e a Constituição francesa de 1791 são os 
dois marcos mais importantes do Neoconstitucionalismo. 
 
(E) Influenciada pela revolução francesa e pelas revoluções americanas, a Constituição 
brasileira de 1824 continha importante rol de direitos civis e políticos, tendo adotado a 
separação tripartite de Montesquieu na divisão e no exercício do poder político.
 
 
 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Ao contrário! A aversão do juiz está na França. 
 
(B) CORRETA. Exato! A Constituição francesa de 1791 construiu um sistema fundado na 
supremacia do Parlamento, restando ao executivo a função de dispor dos meios aptos 
à aplicação da lei. 
 
(C) INCORRETA. De jeito nenhum. No modelo francês o Judiciário só diz o que a lei diz 
(boca da lei) – impensável um controle judiciário das leis. 
 
(D) INCORRETA. Nada! Aqui vigia o constitucionalismo CLÁSSICO ou liberal! O 
neoconstitucionalismo vem após a 2ª GM. 
 
(E) INCORRETA. A Constituição de 1824 adota a teoria dos 4 Poderes, incluindo o Real 
ou Moderador (Benjamin Constant). 
 
Falamos de parte desse assunto no aulão de véspera (história do constitucionalismo), 
lembram? Dava para matar a questão por aí. Fomos na direção certa. 
 
 
 
 
66 
50. O Supremo Tribunal Federal pacificou o entendimento de que, “para efeito de 
progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o 
juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 2o da Lei no 8.072, de 25 de 
julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos 
objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, para tal fim, de modo 
fundamentado, a realização de exame criminológico.” Para chegar a essa decisão, o STF 
utilizou-se da interpretação denominada: 
 
(A) integração normativa. 
 
(B) conforme a constituição com redução de texto. 
 
(C) mutação constitucional. 
 
(D) clássica. 
 
(E) conforme a constituição sem redução de texto.
 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
Mutação do artigo 52, X, da CF. 
 
Falamos disso especificamente no aulão de véspera! Abstrativização do controle difuso. 
 
 
 
51. Na hipótese de o Ministério Público ajuizar uma ação civil pública em âmbito da 
justiça estadual, objetivando, em defesa do patrimônio público, a anulação de uma 
licitação baseada em lei municipal incompatível com dispositivo da Constituição Federal, 
é correto afirmar que o Poder Judiciário Estadual 
 
(A) poderá conhecer da ação, mas o pedido deverá ser julgado improcedente, pois a lei 
municipal não pode ser objeto de controle de constitucionalidade perante a 
Constituição Federal. 
 
(B) não poderá conhecer da ação, uma vez que o controle de constitucionalidade de leis 
e atos normativos em face da Constituição Federal é de competência da Justiça Federal. 
 
(C) poderá conhecer da ação, e o controle de constitucionalidade poderá ser decidido 
de modo incidental restringindo-se seus efeitos inter partes. 
 
(D) poderá conhecer da ação e se o pedido for procedente, baseado na 
inconstitucionalidade da lei municipal, a decisão transitada em julgado terá efeitos 
vinculantes e erga omnes. 
 
 
67 
 
(E) não poderá sequer conhecer da ação, uma vez que a ação civil pública não pode ser 
utilizada como sucedâneo de ação direta de inconstitucionalidade.
 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Pode ser objeto sim. “O nosso sistema constitucional não admite o 
controle concentrado de constitucionalidade de lei ou ato normativo municipal em face 
da Constituição Federal; nem mesmo perante o Supremo Tribunal Federal que tem, 
como competência precípua, a sua guarda, art. 102. O único controle de 
constitucionalidade de lei e de ato normativo municipal em face da Constituição Federal 
que se admite e o difuso, exercido "incidenter tantum", por todos os órgãos do Poder 
Judiciário, quando do julgamento de cada caso concreto”. 
 
(B) INCORRETA. Não estando a situação prevista no artigo 109 da CF não é caso de 
competência da Justiça Federal. 
 
(C) CORRETA. A inconstitucionalidade na Ação Civil Pública não pode ser objeto principal 
do pedido, ou seja, seu ajuizamento deve preceder outro pedido que não a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, sendo que referida inconstitucionalidade 
só poderá ser considerada causa de pedir. 
 
(D) INCORRETA. A ACP se transformaria em ADI por via transversa. 
 
(E) INCORRETA. Não poderá sequer conhecer da ação, uma vez que a ação civil pública 
não pode ser utilizada como sucedâneo de ação direta de inconstitucionalidade. 
 
Não tem jeito: controle de constitucionalidade é tema arroz de festa! Falamos dele no 
aulão de véspera. 
 
 
 
52. Assinale a alternativa que aponta um tipo de ato ou espécie normativa que, como 
regra, é passível de controle abstrato de constitucionalidade. 
 
(A) Regimentos Internos dos Tribunais. 
 
(B) Decreto regulamentar não autônomo do Chefe do Executivo. 
 
(C) Súmula vinculante. 
 
(D) Normas constitucionais originárias. 
 
(E) Resolução que autoriza processo contra o Presidente da República. 
 
 
68 
 
 
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIOS 
 
Assinale a alternativa que aponta um tipo de ato ou espécie normativa que, como regra, 
é passível de controle abstrato de constitucionalidade. 
 
(A) CORRETA. Regimentos Internos dos Tribunais. Não sendo ato interna corporis, o 
Regimento interno é ato geral com força de lei, podendo ser questionado via ADI. 
 
(B) INCORRETA. Decreto regulamentar não autônomo do Chefe do Executivo. Atos 
tipicamente regulamentares = ofensa indireta à CF, pois ferem, antes de tudo, a lei que 
regulamentam (ADI 3664). 
 
(C) INCORRETA. Súmula vinculante. Têm procedimentopróprio de revisão. 
 
(D) INCORRETA. Normas constitucionais originárias. O princípio da unidade afasta a 
possibilidade de normas originárias inconstitucionais (ADI 4097) - NÃO se adotada a 
teoria de Otto Bachof. 
 
(E) INCORRETA. Resolução que autoriza processo contra o Presidente da República. Ato 
sem caráter geral, não cabendo ADI.
 
 
 
53. A respeito das normas da Constituição do Estado de Mato Grosso no tocante ao 
Poder Judiciário, assinale a alternativa correta. 
 
(A) Os proventos da aposentadoria serão revisados anualmente pelo Tribunal, vedados 
reajustes ou aumentos dos inativos baseados na remuneração concedida, a qualquer 
título, aos magistrados em atividade. 
 
(B) Somente poderão concorrer ao acesso por merecimento os juízes que integrarem a 
última entrância da carreira e que nela contem com o mínimo de cinco anos de exercício, 
salvo se não houver, com tais requisitos, quem aceite a vaga. 
 
(C) Aos juízes é vedado exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, 
salvo uma de magistério e dedicar-se à atividade político-partidária, exceto se 
devidamente autorizado por dois terços dos membros do Tribunal Pleno. 
 
(D) O Tribunal somente poderá remover, colocar em disponibilidade ou aposentar 
compulsoriamente o magistrado por interesse público, em decisão por voto secreto de 
dois terços, de seus membros, assegurada ampla defesa. 
 
 
 
69 
(E) Os Procuradores de Justiça, os Procuradores do Estado e os membros da Defensoria 
Pública gozarão do mesmo tratamento e das mesmas prerrogativas dispensadas aos 
membros dos Tribunais perante os quais oficiem.
 
 
 
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Art. 31, § 5º Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma 
proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em 
atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens 
posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes 
de reenquadramento, de transformação ou de reclassificação de cargo ou de função, 
alteração de quotas de produtividade ou nomenclatura similar 
 
(B) INCORRETA. Dois anos (os juízes não estão regulados na CE, aplicando a CF nos 
termos do artigo 104 da CE). No caso do MP: art. 128, VI, a. 
 
(C) INCORRETA. Vedado exercer atividade político-partidária, salvo nas exceções 
previstas em lei. art. 128, VII, e (regulação do MP – magistratura sem previsão especifica 
na CE, aplicando-se o disposto no artigo 104, que remete à CF). 
 
(D) CORRETA. Art. 109: O Tribunal de Justiça poderá determinar, por motivo de interesse 
público, em escrutínio secreto e pelo voto de dois terços de seus membros efetivos, a 
remoção ou a disponibilidade de Juiz de categoria inferior, com vencimentos 
proporcionais ao tempo de serviço, assegurando-lhe ampla defesa, e proceder da 
mesma forma em relação a seus próprios Juízes. 
 
(E) INCORRETA. Há previsão semelhante para os membros dos Tribunais de Contas, não 
das carreiras citadas. 
 
 
 
54. No tocante ao Poder Legislativo, a Constituição Federal estabeleceu que as 
Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) terão poderes de investigação próprios das 
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas. 
Nesse sentido, portanto, no que diz respeito às CPIs, assinale a alternativa correta. 
 
(A) Com base no seu poder geral de cautela, as CPIs podem decretar a indisponibilidade 
de bens do indiciado. 
 
(B) As CPIS têm poderes para quebrar sigilo bancário, fiscal e de dados, inclusive 
telefônico do indiciado. 
 
 
 
70 
(C) As CPIs têm poderes para impor medida judicial determinando a proibição do 
indiciado deixar o território nacional. 
 
(D) É garantido ao indiciado o direito de contar com a presença de seu advogado durante 
seu interrogatório na CPI, mas o causídico não pode intervir no curso do depoimento. 
 
(E) A decretação de prisão pelas CPIs somente se admite no caso de crime em estado de 
flagrância. 
 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Não pode (STF, MS 23.480)! 
 
(B) INCORRETA. CPI pode acessar histórico de ligações, mas não pode decretar a 
interceptação das comunicações. 
 
C) INCORRETA. Não pode (STF, MS 23.480)! 
 
(D) INCORRETA. “O ordenamento positivo brasileiro garante ao cidadão, qualquer que 
seja a instância de Poder que o tenha convocado, o direito de fazer-se assistir, 
tecnicamente, por Advogado, a quem incumbe, com apoio no Estatuto da Advocacia, 
comparecer às reuniões da CPI, nelas podendo, entre outras prerrogativas de ordem 
profissional, comunicar-se, pessoal e diretamente, com o seu cliente, para adverti-lo de 
que tem o direito de permanecer em silêncio (direito esse fundado no privilégio 
constitucional contra a autoincriminação), sendo-lhe lícito, ainda, reclamar, 
verbalmente ou por escrito, contra a inobservância de preceitos constitucionais, legais 
ou regimentais, notadamente quando o comportamento arbitrário do órgão de 
investigação parlamentar lesar as garantias básicas daquele – indiciado ou testemunha 
– que constituiu esse profissional do Direito.” STF HC 135290 MC, Relator(a): Min. CELSO 
DE MELLO, julgado em 28/06/2016. 
 
(E) CORRETA. Isso! CPI só pode prender em flagrante delito (CPP, art. 301), jamais 
expedir mandado de prisão (STF, MS 23.452).
 
 
 
55. É correto afirmar a respeito do habeas corpus que 
 
(A) é incabível para discutir o mérito de decisão administrativa que imponha sanções 
disciplinares a integrante de corporação. 
 
(B) pode ser impetrado durante o inquérito policial baseado na dúvida sobre os indícios 
de autoria e de materialidade do crime. 
 
(C) não é admissível a sua impetração em face de ato de particular. 
 
 
71 
 
(D) é admissível como recurso cabível para desafiar decisão do Tribunal do Júri que seja 
contrária às provas dos autos. 
 
(E) não pode ser concedido de ofício pelos juízes ou tribunais no curso do processo.
 
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. O não cabimento do habeas corpus (CF, art. 142, § 2º) limita-se às 
hipóteses em que se pretenda discutir o mérito da medida. Assim, no caso de a punição 
haver sido aplicada por autoridade incompetente, por exemplo, nada impede o uso do 
remédio constitucional (STF, RE 338.840/RS). 
 
(B) INCORRETA. O trancamento é medida excepcional utilizável exclusivamente nas 
hipóteses de (1) manifesta atipicidade (formal ou material); (2) causa extintiva de 
punibilidade; e (3) ausência de manifestação prévia da vítima requerendo a instauração 
do Inquérito Policial nos crimes de ação penal privada ou ação penal pública 
condicionada. 
 
(C) INCORRETA. Só o MS tem restrição, o HC pode se interposto contra qualquer pessoa. 
 
(D) INCORRETA. Capaz! Cabe apelação (CPP, art. 593, III, d). 
 
(E) INCORRETA. Pode! É muito comum a concessão de ordem de ofício. 
 
56. Perseu cometeu um crime hediondo e Medusa o crime de tráfico de entorpecentes. 
 
Considerando o disposto, expressamente, na Constituição Federal no tocante aos 
direitos e garantias fundamentais, é correto afirmar que 
 
(A) Perseu não terá direito à fiança e nem à obtenção de graça ou anistia, e Medusa terá 
direito à fiança, mas não à graça ou à anistia. 
 
(B) Perseu e Medusa terão direito à fiança, mas ambos não terão direito à obtenção de 
graça ou anistia. 
 
(C) Perseu e Medusa não terão direito à fiança e nem à obtenção de graça ou anistia, 
mas os crimes de ambos são sujeitos à prescrição. 
 
(D) Perseu não terá direito à fiança, graça ou anistia, mas seu crime é sujeito à 
prescrição, enquanto que Medusa terá direito à fiança, graça e anistia e o crime 
cometido por ela sujeita-se à prescrição. 
 
 
 
72 
(E) ambos não terão direito à fiança nem à obtenção de graça ou anistia, e os crimes por 
eles cometidos são considerados imprescritíveis.
 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. A interpretação do STF é que não cabe fiança, mas cabe liberdade 
provisória. Crime hediondo e equiparado acabam tendo tratamento maisbenéfico (se 
prender por receptação cabe fiança). 
 
(B) INCORRETA. Vale aqui o dito para a assertiva A. 
 
(C) CORRETA. “A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia 
a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os 
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores 
e os que, podendo evitá-los, se omitirem” (CF, art. 5º, XLIII). 
 
(D) INCORRETA. Tráfico é insuscetível de graça ou anistia (CF, art. 5º, XLIV). 
 
(E) INCORRETA. Imprescritíveis só: ação de grupos armados, civis ou militares, contra a 
ordem constitucional e o Estado Democrático. 
 
 
 
57. Assinale a alternativa que está em conformidade com o disposto na Constituição 
Federal acerca da Tributação e do Orçamento. 
 
(A) A União, mediante lei ordinária federal, poderá instituir empréstimos compulsórios, 
e a aplicação dos seus respectivos recursos será vinculada à despesa que fundamentou 
sua instituição. 
 
(B) Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre a transmissão 
causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos e sobre operações relativas à 
circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no 
exterior. 
 
(C) A União, os Estados e o Distrito Federal podem instituir contribuições sociais, de 
intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. 
 
(D) A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de 
responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva 
ocorrer posteriormente, assegurada a posterior compensação nos meses seguintes, 
caso não se realize o fato gerador presumido. 
 
 
73 
 
(E) Compete aos Municípios instituir impostos sobre a propriedade predial e territorial 
urbana e sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso ou gratuito, 
de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto 
os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição. 
 
 
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
Assinale a alternativa que está em conformidade com o disposto na Constituição Federal 
acerca da Tributação e do Orçamento. 
 
(A) INCORRETA. CF, art. 148. 
 
(B) CORRETA. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre a 
transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos e sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias e prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as 
prestações se iniciem no exterior. Hipóteses de incidência do art. 155 da CF (ITCDM e 
ICMS). 
 
(C) INCORRETA. Compete exclusivamente à União (CF, art. 149). 
 
(D) INCORRETA. Imediata e preferencial restituição (CF, art. 150, § 7º) 
 
(E) INCORRETA. Se for gratuito cabe ITCMD de competência dos Estados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
74 
DIREITO ELEITORAL 
 
58. A suspensão dos direitos políticos, no caso de condenação pela prática de atos de 
improbidade, será pelo prazo 
 
(A) de 2 a 4 anos para atos que causam prejuízo ao erário. 
 
(B) de 3 a 5 anos para atos administrativos que importam em enriquecimento ilícito. 
 
(C) de 3 a 5 anos para atos que atentam contra os princípios da Administração Pública. 
 
(D) de 8 a 10 anos para atos que causam prejuízo ao erário. 
 
(E) de 5 a 8 anos para atos que importam em enriquecimento ilícito.
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
Lei nº 8.429 de 1992 
Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na 
legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes 
cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a 
gravidade do fato: 
III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função 
pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil 
de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de 
contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, 
direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio 
majoritário, pelo prazo de três anos. 
 
 
59. Ao Tribunal Superior Eleitoral cabe determinar o cancelamento do registro civil e do 
estatuto do partido contra o qual fique provado não ter prestado as devidas contas à 
Justiça Eleitoral. Sobre o presente tema, é correto afirmar que 
 
(A) despesas realizadas por órgãos partidários municipais ou estaduais ou por 
candidatos majoritários nas respectivas circunscrições poderão ser cobradas 
judicialmente dos órgãos superiores dos partidos políticos. 
 
 
 
75 
(B) o partido político, em nível nacional, sofrerá a suspensão das cotas do Fundo 
Partidário, e eventual outra punição como consequência de atos praticados por órgãos 
regionais ou municipais. 
 
(C) ocorre o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido mesmo quando a 
omissão for dos órgãos partidários regionais ou municipais. 
 
(D) o processo de cancelamento é iniciado pelo Tribunal à vista de denúncia de qualquer 
eleitor, de representante de partido, ou de representação do procurador- -geral 
eleitoral. 
 
(E) a decisão judicial a que se refere o enunciado da questão não pressupõe a existência 
de processo regular que assegure ampla defesa. 
 
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
Art. 28. O Tribunal Superior Eleitoral, após trânsito em julgado de decisão, determina o 
cancelamento do registro civil e do estatuto do partido contra o qual fique provado: 
I - ter recebido ou estar recebendo recursos financeiros de procedência estrangeira; 
II - estar subordinado a entidade ou governo estrangeiros; 
III - não ter prestado, nos termos desta Lei, as devidas contas à Justiça Eleitoral; 
IV - que mantém organização paramilitar. 
§ 1º A decisão judicial a que se refere este artigo deve ser precedida de processo 
regular, que assegure ampla defesa. 
§ 2º O processo de cancelamento é iniciado pelo Tribunal à vista de denúncia de 
qualquer eleitor, de representante de partido, ou de representação do Procurador-
Geral Eleitoral. 
§ 3º O partido político, em nível nacional, não sofrerá a suspensão das cotas do Fundo 
Partidário, nem qualquer outra punição como conseqüência de atos praticados por 
órgãos regionais ou municipais. (Incluído pela Lei nº 9.693, de 1998) 
§ 4o Despesas realizadas por órgãos partidários municipais ou estaduais ou por 
candidatos majoritários nas respectivas circunscrições devem ser assumidas e pagas 
exclusivamente pela esfera partidária correspondente, salvo acordo expresso com 
órgão de outra esfera partidária. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 5o Em caso de não pagamento, as despesas não poderão ser cobradas judicialmente 
dos órgãos superiores dos partidos políticos, recaindo eventual penhora exclusivamente 
sobre o órgão partidário que contraiu a dívida executada. (Incluído pela Lei nº 12.034, 
de 2009) 
 
 
76 
§ 6o O disposto no inciso III do caput refere-se apenas aos órgãos nacionais dos partidos 
políticos que deixarem de prestar contas ao Tribunal Superior Eleitoral, não ocorrendo 
o cancelamento do registro civil e do estatuto do partido quando a omissão for dos 
órgãos partidários regionais ou municipais. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009) 
 
 
60. As eleições para Presidente da República, para Governadores e para Prefeitos de 
municípios com mais de 200 mil eleitores obedecerão 
 
(A) ao sistema majoritário absoluto. 
 
(B) aos sistemas majoritário, majoritário e da representação proporcional, 
respectivamente. 
 
(C) aos sistemas majoritário, da representação proporcional e da representação 
proporcional, respectivamente.(D) aos sistemas da representação proporcional, da representação proporcional e 
majoritário, respectivamente. 
 
(E) ao sistema da representação proporcional. 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
No sistema majoritário por maioria simples, basta que o candidato compute a maioria 
dos votos válidos, sem necessidade de se ter uma diferença mínima entre primeiro e 
segundo colocados. 
 
Já, no sistema majoritário por maioria absoluta, o vencedor será aquele que, além de 
conseguir a maioria dos votos válidos, tiver uma diferença mínima entre o primeiro e o 
segundo colocado. Nesse sistema, necessário que o candidato mais votado tenha 50% 
dos votos válidos mais 1 (um) voto (ou, como preferem alguns autores, deve haver a 
obtenção do primeiro número inteiro após a metade dos votos válidos). 
Caso essa maioria absoluta não seja alcançada, haverá a votação em segundo turno 
entre os dois candidatos mais votados. Nessa situação, será considerado eleito em 
segundo turno aquele candidato que consiga a votação da maioria dos votos válidos. 
 
CF/88 
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício 
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que 
 
 
77 
a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição 
do respectivo Estado e os seguintes preceitos: 
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do 
ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 
77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 16, de1997) 
 
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, 
simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último 
domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do 
mandato presidencial vigente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 
1997) 
§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, 
obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos. 
§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á 
nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois 
candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos 
votos válidos. 
 
 
61. Assinale a alternativa correta sobre a Justiça Eleitoral. 
 
(A) É dispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a interposição de recurso 
especial eleitoral. 
 
(B) Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz eleitoral para, 
de ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela veiculação de 
propaganda eleitoral em desacordo com a Lei. 
 
(C) Se conhece de recurso especial eleitoral por dissídio jurisprudencial, mesmo que a 
decisão recorrida esteja em conformidade com a jurisprudência do Tribunal Superior 
Eleitoral. 
 
(D) Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, não cabe 
litisconsórcio passivo necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária. 
 
(E) Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral não pode conhecer de ofício 
da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de elegibilidade, 
mesmo que resguardados o contraditório e a ampla defesa. 
RESPOSTA: B 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc16.htm#art1
 
 
78 
COMENTÁRIOS 
 
QUESTÃO ANTECIPADA NO AULÃO DE VÉSPERA E NAS RODADAS 08 E 11. 
 
(A) INCORRETA 
Rodada 11 
Súmula 25 do TSE. É indispensável o esgotamento das instâncias ordinárias para a 
interposição de recurso especial eleitoral. 
 
(B) CORRETA 
Rodada 08 
No tocante ao § 2º do art. 41 da Lei das Eleições, o poder de polícia do juiz eleitoral se 
restringe às providências necessárias para inibir práticas ilegais, sendo admissível, 
inclusive, atuar de ofício para suspender atos ilegais de propaganda. 
Por outro lado, para a aplicação de penalidade em razão de propaganda irregular, 
perfaz-se necessária a provocação da Justiça Eleitoral, não podendo, nesse caso, atuar 
de ofício. Nesse entendimento, segue o TSE, conforme súmula 18: 
 
Súmula 18 – TSE. Conquanto investido de poder de polícia, não tem legitimidade o juiz 
eleitoral para, de ofício, instaurar procedimento com a finalidade de impor multa pela 
veiculação de propaganda eleitoral em desacordo com a Lei nº 9.504/97. 
 
(C) INCORRETA 
Rodada 11 
Súmula 30 do TSE. Não se conhece de recurso especial eleitoral por dissídio 
jurisprudencial, quando a decisão recorrida estiver em conformidade com a 
jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral. 
 
(D) INCORRETA 
Rodada 11 e no Aulão de Véspera 
Súmula 38. Nas ações que visem à cassação de registro, diploma ou mandato, há 
litisconsórcio passivo necessário entre o titular e o respectivo vice da chapa majoritária. 
 
(E) INCORRETA 
Rodada 11 
Súmula 45. Nos processos de registro de candidatura, o Juiz Eleitoral pode conhecer de 
ofício da existência de causas de inelegibilidade ou da ausência de condição de 
elegibilidade, desde que resguardados o contraditório e a ampla defesa. 
 
 
62. Quanto aos institutos de participação popular, plebiscito e referendo, cabe afirmar: 
 
 
79 
(A) são consultas ao povo para decidir sobre matéria de relevância para a nação em 
questão de natureza constitucional e administrativa, não sendo compatível com matéria 
de natureza legislativa. 
 
(B) o referendo é convocado previamente à criação do ato que trate do assunto em 
pauta e o plebiscito é convocado posteriormente. 
 
(C) são consultas ao povo para decidir sobre matéria de relevância para a nação em 
questão de natureza constitucional e legislativa, não sendo compatível com matéria de 
natureza administrativa. 
 
(D) nas questões de competência dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o 
plebiscito e o referendo serão convocados mediante decreto legislativo federal. 
 
(E) nas questões de relevância nacional e nas hipóteses de incorporação, subdivisão ou 
desmembramento dos estados, o plebiscito e o referendo são convocados mediante 
decreto legislativo. 
RESPOSTA: E 
 
COMENTÁRIOS 
 
O plebiscito e o referendo são consultas formuladas ao povo para que delibere sobre 
matéria de acentuada relevância, de natureza constitucional, legislativa ou 
administrativa (art. 2º, Lei nº 9.709/98). 
Só que, no plebiscito, o povo é convocado, com anterioridade, a aprovar ou denegar o 
ato legislativo ou administrativo (art. 2º, § 1º, Lei nº 9.709/98), isto é, primeiro se 
consulta o povo, para, posteriormente, a decisão política ser tomada. Já, no referendo, o 
povo é convocado, com posterioridade, a ratificar ou rejeitar o ato legislativo ou 
administrativo (art. 2º, § 2º, Lei nº 9.709/98). 
Impende destacar o disposto no art. 3º da Lei nº 9.709/98, que dispõe acerca de consulta 
popular nas questões de relevância nacional e na hipótese de incorporação, 
subordinação ou desmembramento de estado-membro, com ou sem anexação a outro 
estado-membro (art. 18, § 3º, CF): 
 
Art. 3o Nas questões de relevância nacional, de competência do Poder Legislativo ou do 
Poder Executivo, e no caso do § 3o do art. 18 da Constituição Federal, o plebiscito e o 
referendo são convocados mediante decreto legislativo, por proposta de um terço, no 
mínimo, dos membros que compõem qualquer das Casas do Congresso Nacional, de 
conformidade com esta Lei. 
 
 
 
80 
63. Assinale a alternativa correta em matéria de campanha eleitoral e prestação de 
contas.(A) As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo 
comitê financeiro ou pelo próprio candidato. 
 
(B) Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados, durante a 
campanha eleitoral, a divulgar, pela rede mundial de computadores (internet), nos dias 
6 de agosto e 6 de setembro, relatório discriminando os recursos em dinheiro ou 
estimáveis em dinheiro que tenham recebido para financiamento da campanha 
eleitoral, e os gastos que realizarem, em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim, 
exigindo-se a indicação dos nomes dos doadores e os respectivos valores doados 
somente na prestação de contas final. 
 
(C) A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para 
candidatos que apresentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, 
R$ 20.000,00 (vinte mil reais), atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor – INPC da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística – IBGE ou por índice que o substituir. 
 
(D) As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas por 
intermédio do comitê financeiro, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas 
bancárias referentes à movimentação dos recursos financeiros usados na campanha e 
da relação dos cheques recebidos, com a indicação dos respectivos números, valores e 
emitentes. 
 
(E) Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações não serão 
registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos, 
nem na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos. 
 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA 
Lei das Eleições 
Art. 28. A prestação de contas será feita: 
§ 2o As prestações de contas dos candidatos às eleições proporcionais serão feitas pelo 
próprio candidato. 
 
(B) INCORRETA 
 
 
81 
Lei das Eleições 
Art. 28. A prestação de contas será feita: 
§ 4o Os partidos políticos, as coligações e os candidatos são obrigados, durante as 
campanhas eleitorais, a divulgar em sítio criado pela Justiça Eleitoral para esse fim na 
rede mundial de computadores (internet): 
I - os recursos em dinheiro recebidos para financiamento de sua campanha eleitoral, em 
até 72 (setenta e duas) horas de seu recebimento; 
II - no dia 15 de setembro, relatório discriminando as transferências do Fundo Partidário, 
os recursos em dinheiro e os estimáveis em dinheiro recebidos, bem como os gastos 
realizados. 
 
(C) CORRETA 
Lei das Eleições 
Art. 28. A prestação de contas será feita: 
§ 9o A Justiça Eleitoral adotará sistema simplificado de prestação de contas para 
candidatos que apresentarem movimentação financeira correspondente a, no máximo, 
R$ 20.000,00 (vinte mil reais), atualizados monetariamente, a cada eleição, pelo Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor - INPC da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística - IBGE ou por índice que o substituir. 
 
(D) INCORRETA 
Lei das Eleições 
Art. 28. A prestação de contas será feita: 
§ 1o As prestações de contas dos candidatos às eleições majoritárias serão feitas pelo 
próprio candidato, devendo ser acompanhadas dos extratos das contas bancárias 
referentes à movimentação dos recursos financeiros usados na campanha e da relação 
dos cheques recebidos, com a indicação dos respectivos números, valores e emitentes. 
 
(E) INCORRETA 
Lei das Eleições 
Art. 28. A prestação de contas será feita: 
§ 12. Os valores transferidos pelos partidos políticos oriundos de doações serão 
registrados na prestação de contas dos candidatos como transferência dos partidos e, 
na prestação de contas dos partidos, como transferência aos candidatos, sem 
individualização dos doadores. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 2015) (Vide ADIN Nº 
5.394) 
 
 
64. Configura propaganda eleitoral antecipada o seguinte ato, que não poderá ter 
cobertura dos meios de comunicação social, inclusive via internet: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13165.htm#art2
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=5394&processo=5394
http://www.stf.jus.br/portal/peticaoInicial/verPeticaoInicial.asp?base=ADIN&s1=5394&processo=5394
 
 
82 
(A) a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, 
programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a 
exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de 
televisão o dever de conferir tratamento isonômico. 
 
(B) a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a 
expensas dos partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais, 
discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias visando às 
eleições, podendo tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação 
intrapartidária. 
 
(C) a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da sociedade 
civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, 
para divulgar ideias, objetivos e propostas partidárias. 
 
(D) a realização de atividade por partidos políticos e candidatos que envolva pedido 
explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das qualidades pessoais 
dos pré-candidatos. 
 
(E) a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material informativo, 
a divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a realização de 
debates entre os pré-candidatos. 
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
Questão antecipada na rodada 08 da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
É VEDADO O PEDIDO EXPLÍCITO DE VOTO, sob qualquer meio de comunicação, antes 
do termo inicial para o início da propaganda eleitoral. 
O art. 36-A da Lei das Eleições traz essa proibição, bem como as hipóteses que poderão 
ocorrer sem que configure propaganda eleitoral antecipada. 
 
Art. 36-A. NÃO CONFIGURAM propaganda eleitoral antecipada, desde que não 
envolvam pedido explícito de voto, a menção à pretensa candidatura, a exaltação das 
qualidades pessoais dos pré-candidatos e os seguintes atos, que poderão ter cobertura 
dos meios de comunicação social, inclusive via internet: (Redação dada pela Lei nº 
13.165, de 2015) 
 
 
 
83 
I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, 
programas, encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a 
exposição de plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e 
de televisão o dever de conferir tratamento isonômico; (Redação dada pela Lei nº 
12.891, de 2013) 
II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em AMBIENTE FECHADO e a 
EXPENSAS DOS PARTIDOS POLÍTICOS, para tratar da organização dos processos 
eleitorais, discussão de políticas públicas, planos de governo ou alianças partidárias 
visando às eleições, podendo tais atividades ser divulgadas pelos instrumentos de 
comunicação intrapartidária; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013) 
III - a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material 
informativo, a divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a 
realização de debates entre os pré-candidatos; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 
2015) 
IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, DESDE QUE NÃO SE 
FAÇA PEDIDO DE VOTOS; (Redação dada pela Lei nº 12.891, de 2013) 
V - a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas 
redes sociais; (Redação dada pela Lei nº 13.165, de 2015) 
VI - a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da sociedade 
civil, de veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, 
para divulgar ideias,objetivos e propostas partidárias. (Incluído pela Lei nº 13.165, de 
2015) 
VII - campanha de arrecadação prévia de recursos na modalidade prevista no inciso IV 
do § 4o do art. 23 desta Lei. (Incluído dada pela Lei nº 13.488, de 2017) 
 
65. O crime eleitoral praticado pelo magistrado que permite que o eleitor realize sua 
inscrição de forma fraudulenta, enganando, inserindo dados falsos, inexistentes ou 
inverídicos no cadastro dos eleitores, corresponde ao seguinte tipo: 
 
(A) fraude no alistamento. 
 
(B) induzimento à inscrição eleitoral fraudulenta. 
 
(C) omissão judicial. 
 
(D) inscrição eleitoral fraudulenta. 
 
(E) impedimento ao alistamento.
RESPOSTA: A 
 
 
84 
COMENTÁRIOS 
 
CÓDIGO ELEITORAL 
Art. 291. Efetuar o juiz, fraudulentamente, a inscrição de alistando. 
Pena - Reclusão até 5 anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DIREITO EMPRESARIAL 
 
66. Em relação à empresa individual de responsabilidade limitada, dispõe o Código Civil: 
 
(A) A empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única 
pessoa titular da totalidade do capital social, que não será inferior a 100 (cem) vezes o 
maior salário-mínimo vigente no País, a ser integralizado em prazo não superior a um 
ano. 
 
(B) A empresa individual de responsabilidade limitada também poderá resultar da 
concentração das quotas de outra modalidade societária num único sócio, 
independentemente das razões que motivaram tal concentração. 
 
(C) Aplicam-se à empresa individual de responsabilidade limitada, no que couber, as 
regras previstas para as sociedades em nome coletivo. 
 
(D) É vedada a atribuição à empresa individual de responsabilidade limitada, constituída 
para a prestação de serviços de qualquer natureza, a remuneração decorrente da cessão 
de direitos patrimoniais de autor ou de imagem, nome, marca ou voz de que seja 
detentor o titular da pessoa jurídica, vinculados à atividade profissional. 
 
(E) O nome empresarial deverá ser formado pela inclusão da expressão “EIRELI” após a 
firma social, não sendo permitido o uso de denominação social.
 
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
Questão antecipada em rodada da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
(A) INCORRETA. Não há previsão desse prazo. 
 
(B) CORRETA. Ver CC, art. 980-A, § 3º. 
 
(C) INCORRETA. Regulação subsidiária pela LTDA (CC, art. 980-4, § 6º). 
 
(D) INCORRETA. Ver CC, art. 980-4, § 5º. 
 
(E) INCORRETA. Pode usar firma ou a denominação social (CC, art. 980-4, § 5º) 
 
 
 
67. Em relação aos títulos de crédito, estabelece o Código Civil: 
 
(A) No título nominativo, o endossatário, legitimado por série regular e ininterrupta de 
endossos, tem o direito de obter a averbação no registro do emitente, 
 
 
86 
independentemente de comprovação da autenticidade das assinaturas de todos os 
endossantes. 
 
(B) O possuidor de título ao portador tem direito à prestação nele indicada, mediante a 
sua simples apresentação ao devedor, exceto se o título tenha entrado em circulação 
contra a vontade do emitente. 
 
(C) No vencimento, pode o credor recusar o pagamento do título se for parcial, e, caso 
concorde, no caso em que se não opera a tradição do título, é suficiente a quitação 
firmada no próprio título. 
 
(D) Considera-se legítimo possuidor o portador do título à ordem com série regular e 
ininterrupta de endossos, exceto se o último for em branco, sendo que, aquele que paga 
o título está obrigado a verificar a regularidade da série de endossos, bem como a 
autenticidade das assinaturas. 
 
(E) Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado em 
garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou 
mercadorias que representa. 
 
RESPOSTA: E 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. “O endossatário, legitimado por série regular e ininterrupta de 
endossos, tem o direito de obter a averbação no registro do emitente, comprovada a 
autenticidade das assinaturas de todos os endossantes” (CC, art. 923, § 2º). 
 
(B) INCORRETA. O direito brasileiro adotou uma espécie de teoria da criação abrandada, 
de modo que o título é exigível ainda que tenha entrado em circulação contra a vontade 
do emitente (teoria da criação), MAS o emissor pode recuperar a cártula do possuidor 
de má-fé. 
 
(C) INCORRETA. “No vencimento, não pode o credor recusar pagamento, ainda que 
parcial” (CC, art. 902, § 1º). 
 
(D) INCORRETA. “Considera-se legítimo possuidor o portador do título à ordem com 
série regular e ininterrupta de endossos, ainda que o último seja em branco” (CC, art. 
911). 
 
(E) CORRETA. Enquanto o título de crédito estiver em circulação, só ele poderá ser dado 
em garantia, ou ser objeto de medidas judiciais, e não, separadamente, os direitos ou 
mercadorias que representa. Redação do art. 895 do CC. 
 
Questão letra de lei! 
 
68. Em relação à sociedade limitada, assinale a alternativa correta. 
 
 
87 
 
(A) Nos termos da lei, é assegurado aos sócios minoritários, que representarem pelo 
menos um quinto do capital social, o direito de eleger, separadamente, um dos 
membros do conselho fiscal e o respectivo suplente. 
 
(B) A assembleia dos sócios deve realizar-se ao menos uma vez por ano, nos três meses 
seguintes ao término do exercício social, com o objetivo de tomar as contas dos 
administradores e deliberar sobre o balanço patrimonial e o de resultado econômico, 
bem como destituir administradores, quando for o caso. 
 
(C) A designação de administradores não sócios dependerá de aprovação de 2/3 (dois 
terços) no mínimo dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e da 
unanimidade, após a integralização. 
 
(D) Ressalvado o disposto em lei especial, integralizadas as quotas, pode ser o capital 
aumentado, com a correspondente modificação do contrato, sendo que, até noventa 
dias após a deliberação, terão os sócios preferência para participar do aumento, na 
proporção das quotas de que sejam titulares, vedada em tal circunstância, a 
possibilidade da cessão do direito de transferência. 
 
(E) O capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a 
cada sócio, sendo que pela exata estimação de bens conferidos ao capital social 
respondem solidária e subsidiariamente todos os sócios, até o prazo de dois anos da 
data do registro da sociedade. 
 
RESPOSTA: A 
COMENTÁRIOS 
 
Falamos dessa questão no AULÃO de véspera. Quem assistiu, matou! 
 
(A) CORRETA. Exato (CC, art. 1.066, § 2º). 
 
(B) INCORRETA. Quatro meses. Designar administradores (CC, art. 1.078). 
 
(C) INCORRETA. Ao contrário: unanimidade se não integralizado; 2/3 após integralização 
(CC, art. 1.061). 
 
(D) INCORRETA. Trinta dias (CC, art. 1.081, § 1º). 
 
(E) INCORRETA. Cinco anos (CC, art. 1.055, § 1º). 
 
 
69. Dispõe a Lei no 6.404/76 em relação à sociedade anônima: 
 
(A) As partes beneficiárias poderão ser alienadas pela companhia, nas condições 
determinadas pelo estatuto ou pela assembleia-geral, como remuneração de serviços 
 
 
88 
prestados à companhia, sendo que nas companhias abertas poderão ser emitidas a 
fundadores ou acionistas, sendo vedada sua atribuição a terceiros. 
 
(B) As ações da companhia aberta somente poderão ser negociadas depois de realizados 
40% (quarenta por cento) do preço de emissão, sob pena de anulabilidade do ato. 
 
(C) As ações ordinárias de companhia fechada poderão ser de classes diversas, em 
função de conversibilidade em ações preferenciais, exigência de nacionalidade brasileira 
do acionista ou direito de voto em separado para o preenchimento de determinados 
cargos de órgãos administrativos. 
 
(D) É facultado à companhia adquirir debêntures de sua emissão por valor igual ou 
inferior ao nominal desde que observe as regras expedidas pela Comissão de Valores 
Mobiliários, sendo que a amortização de debêntures da mesma série deve ser feita 
mediante sorteio. 
 
(E) Natransferência das ações nominativas adquiridas em Bolsa de Valores, o 
cessionário será representado pela sociedade corretora, mediante o competente 
instrumento de procuração, ou pelos membros integrantes da Comissão de Valores 
Mobiliários. 
 
RESPOSTA: C 
 
 
COMENTÁRIOS 
 
Questão que faz a diferença! Matéria tratada em nossa RODADA específica. 
 
(A) INCORRETA. Art. 47, parágrafo único: “É vedado às companhias abertas emitir partes 
beneficiárias” 
 
(B) INCORRETA. 30% (art. 29). 
 
(C) CORRETA. As ações ordinárias de companhia fechada poderão ser de classes 
diversas, em função de conversibilidade em ações preferenciais, exigência de 
nacionalidade brasileira do acionista ou direito de voto em separado para o 
preenchimento de determinados cargos de órgãos administrativos. (art. 16) 
 
(D) INCORRETA. As regras da CVM deverão ser observados em caso de valor superior 
(art. 55, §§ 1º e 3º, II). A amortização é mediante RATEIO. 
 
(E) INCORRETA. Independentemente de instrumento de procuração (art. 31, § 3º). 
 
 
70. Em relação à ineficácia e da revogação de atos praticados antes da falência, dispõe 
a Lei no 11.101/2005: 
 
 
 
89 
(A) São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento 
do estado de crise econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar 
credores, a prática de atos a título gratuito, desde 1 (um) ano antes da decretação da 
falência. 
 
(B) A ação revocatória deverá ser proposta pelo administrador judicial, por qualquer 
credor ou pelo Ministério Público no prazo de 2 (dois) anos contado da decretação da 
falência. 
 
(C) A venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento expresso 
ou o pagamento de todos os credores, mesmo que prevista e realizada na forma definida 
no plano de recuperação judicial, será declarada ineficaz ou revogada. 
 
(D) A ação revocatória pode ser promovida contra os herdeiros ou legatários dos 
terceiros adquirentes, se estes tiveram conhecimento, ao se criar o direito, da intenção 
do devedor de prejudicar os credores. 
 
(E) A ineficácia poderá ser alegada em defesa ou pleiteada mediante ação própria 
distribuída por dependência, cuja decisão ocorrerá mediante análise de provas e após 
manifestação das partes, vedada sua declaração de ofício pelo juiz. 
 
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
Matéria tratada em nossa RODADA específica e especificamente no AULÃO de véspera. 
 
Em relação à ineficácia e da revogação de atos praticados antes da falência, dispõe a Lei 
no 11.101/2005: 
 
(A) INCORRETA. Dois anos (art. 129, IV) 
(B) INCORRETA. Três anos (art. 132) 
(C) INCORRETA. Se for prevista no plano está valendo. 
(D) CORRETA. Artigo 133. 
(E) INCORRETA. Poderá ser declarada de ofício pelo juiz (art. 129, parágrafo único). 
 
 
71. Em relação à recuperação judicial e extrajudicial, dispõe a Lei no 11.101/2005: 
 
(A) A petição inicial de recuperação judicial será instruí- da com as demonstrações 
contábeis relativas aos 5 (cinco) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente 
para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária 
aplicável e compostas obrigatoriamente de relatório gerencial relativo ao balanço 
patrimonial anual. 
 
(B) Estando em termos a documentação exigida que deve instruir a petição inicial, o juiz 
deferirá o processamento da recuperação judicial e, no mesmo ato, determinará ao 
 
 
90 
devedor a apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a 
recuperação judicial, sob pena de extinção do processo sem julgamento do mérito. 
 
(C) O pedido de homologação do plano de recuperação extrajudicial acarretará 
suspensão de direitos, ações ou execuções contra o devedor, bem como a 
impossibilidade do pedido de decretação de falência pelos credores, mesmo que não 
sujeitos ao plano de recuperação extrajudicial. 
 
(D) Na recuperação extrajudicial, transcorrido um ano da decisão que não homologou o 
plano, o devedor poderá, cumpridas as formalidades, apresentar novo pedido de 
homologação de plano de recuperação extrajudicial. 
 
(E) Na recuperação extrajudicial, nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial 
só poderá ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente 
previsão diversa no plano de recuperação extrajudicial. 
 
RESPOSTA: E 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Art. 51, II. 
 
(B) INCORRETA. Extinção? Claro que não. Sob pena de destituição de seus 
administradores (art. 52, IV). 
 
(C) INCORRETA. Esses podem pedir a falência. 
 
(D) INCORRETA. Dois anos (art. 151, § 3º). 
 
(E) CORRETA. Isso. Artigo 163, § 5º. 
 
Cobrança de detalhe do detalhe. Priorizou memorização de forma severa. 
 
 
72. Em relação à sociedade simples, dispõe o Código Civil: 
 
(A) Os sócios são obrigados, na forma e prazo previstos, às contribuições estabelecidas 
no contrato social, e aquele que deixar de fazê-lo, nos noventa dias seguintes ao da 
notificação pela sociedade, responderá perante esta pelo dano emergente da mora. 
 
(B) No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos 
pertinentes à gestão da sociedade; não constituindo objeto social, a oneração ou a 
venda de bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir. 
 
(C) Dissolve-se a sociedade quando ocorrer a delibera- ção dos sócios, por unanimidade, 
na sociedade de prazo indeterminado e pela falta de pluralidade de sócios, não 
reconstituída no prazo de noventa dias. 
 
 
91 
 
(D) A modificação do contrato social, que tenha por objeto a participação de cada sócio 
nos lucros e nas perdas, dependem do consentimento da maioria absoluta de sócios, se 
o contrato não determinar a necessidade de deliberação unânime dos votos. 
 
(E) A administração da sociedade, nada dispondo o contrato social, compete a todos os 
sócios em conjunto, sendo revogáveis os poderes do sócio investido na administração 
por cláusula expressa do contrato social, por determinação da maioria dos sócios, 
independentemente de decisão judicial, uma vez notificados os terceiros interessados 
 
 
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. 30 dias (CC, art. 1.004). 
 
(B) CORRETA. Perfeita redação do artigo 1.015 do CC. 
 
(C) INCORRETA. Maioria absoluta (CC, art. 1.033, III). 
 
(D) INCORRETA. Ver CC, art. 999 c/c art. 997. 
 
(E) INCORRETA. CC, art. 1.013: “a administração da sociedade, nada dispondo o contrato 
social, compete separadamente a cada um dos sócios”. 
 
Mais uma vencida pela leitura da lei. 
 
 
73. Em relação ao empresário e à sociedade empresária, dispõe o Código Civil: 
 
(A) O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de 
outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a 
prova da inscrição originária, sendo que, em qualquer caso, a constituição do 
estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas 
Mercantis da respectiva sede. 
 
(B) Poderá o incapaz, por meio de representante ou devidamente assistido, continuar a 
empresa antes exercida por ele enquanto capaz, por seus pais ou pelo autor de herança, 
devendo o Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comerciais 
registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que envolva sócio incapaz, 
independentemente do capital social estar totalmente integralizado. 
 
(C) Faculta-se aos cônjuges contratar sociedade, entre si ou com terceiros, 
independentemente do regime de casamento, podendo o empresário casado, mediante 
outorga conjugal, alienar os imóveis que integrem o patrimônio da empresa ou gravá-
los de ônus real, caso o seja no regime da comunhão universal de bens. 
 
 
92 
 
(D) Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a sociedade por quotas 
de responsabilidade limitada, e simples a sociedade em conta de participa- ção, sendo 
que a atividade desta última ficará restrita à realização de um único negócio 
determinado. 
 
(E) É vedada à sociedade que tenhapor objeto o exercício de atividade própria de 
empresário rural, ser constituída ou transformada, de acordo com um dos tipos de 
sociedade empresária, ficando impedida de requerer sua inscrição no Registro Público 
de Empresas Mercantis 
 
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à 
jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também 
inscrevê-la, com a prova da inscrição originária, sendo que, em qualquer caso, a 
constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de 
Empresas Mercantis da respectiva sede. Redação do artigo 969 do CC. 
 
(B) INCORRETA. O capital obrigatoriamente deve estar integralizado para o registro dos 
atos (CC, art. 974 e § 3º). 
 
(C) INCORRETA. Desde que não tenham casado no regime da comunhão universal de 
bens, ou no da separação obrigatória (CC, art. 977). 
 
(D) INCORRETA. Nada a ver! “Independentemente de seu objeto, considera-se 
empresária a sociedade por ações; e, simples, a cooperativa” (CC, art. 982, parágrafo 
único). 
(E) INCORRETA. CC, art. 984: “a sociedade que tenha por objeto o exercício de atividade 
própria de empresário rural e seja constituída, ou transformada, de acordo com um dos 
tipos de sociedade empresária, pode, com as formalidades do art. 968, requerer 
inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da sua sede, caso em que, depois 
de inscrita, ficará equiparada, para todos os efeitos, à sociedade empresária”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
93 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
74. As limitações ao poder de tributar são decorrência do direito fundamental à 
propriedade, previsto na Constituição Federal, protegendo os cidadãos contra a 
expropriação de seus bens sem que estejam presentes os pressupostos autorizadores 
da ação arrecadatória do Estado. A esse respeito, é correto afirmar que é 
 
(A) vedada a cobrança de tributos sobre a renda relacionada com a exploração de 
atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, 
quando desempenhada por empresas integrantes da Administração Pública. 
 
(B) facultada a cobrança de tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do 
início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado, quando se referir à 
internalização de tratado internacional na ordem jurídica nacional. 
 
(C) vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios exigir tributo sem lei que o 
estabeleça, sendo facultado, porém, à União fazê-lo. 
 
(D) vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, 
admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do 
desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País. 
 
(E) facultado à União estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de 
tributos interestaduais ou intermunicipais, em caso de comoção intestina autorizadora 
de imposto extraordinário.
RESPOSTA: D 
COMENTÁRIOS 
Questão adiantada na rodada 03 da Turma de Reta Final TJ-MT. 
 
(A) INCORRETA 
CF 
Art. 150. 
§ 3º As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, 
à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas 
pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação 
ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente 
comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. 
 
 
 
94 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos 
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de 
privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. 
 
(B) INCORRETA 
CF 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado; 
 
(C) INCORRETA 
CF 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
 
(D) CORRETA 
Resposta tratada na rodada 03, com um tópico específico sobre esse princípio. 
CF 
Art. 151. É vedado à União: 
I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique 
distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em 
detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover 
o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País; 
 
(E) ERRADA 
CF 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos 
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de 
vias conservadas pelo Poder Público;
 
75. O direito tributário possui autonomia disciplinar em relação a outros campos do 
direito, na medida em que possui princípios próprios e formas de aplicação de suas 
normas específicas. Sobre este tema, é correto afirmar, com base no Código Tributário 
Nacional, que 
 
 
95 
 
(A) a legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos 
pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja 
completa nos termos da lei. 
 
(B) na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a 
legislação tributária utilizará sucessivamente, a analogia, os princípios gerais de direito 
tributário, a equidade e os princípios gerais de direito público. 
 
(C) os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do 
conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, bem como para a definição 
dos respectivos efeitos tributários. 
 
(D) se interpreta de forma ampla a legislação tributária que disponha sobre suspensão 
ou exclusão do crédito tributário. 
 
(E) a lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se da 
maneira mais favorável ao sujeito ativo, em caso de dúvida quanto à capitulação legal 
do fato. 
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) CORRETA 
CTN 
Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e 
aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não 
esteja completa nos termos do artigo 116. 
 
(B) INCORRETA 
CTN 
Art. 108. Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a 
legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: 
I - a analogia; 
II - os princípios gerais de direito tributário; 
III - os princípios gerais de direito público; 
IV - a eqüidade. 
 
(C) INCORRETA 
CTN 
 
 
96 
Art. 109. Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, 
do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição 
dos respectivos efeitos tributários. 
 
(D) INCORRETA 
CTN 
Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: 
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; 
 
(E) INCORRETA 
CTN 
Art. 112. A lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades, interpreta-se 
da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto: 
I - à capitulação legal do fato; 
 
76. Caso o poder público municipal decida cobrar determinado valor em dinheiro como 
contrapartida pela ocupação de praça pública por comerciantes, na forma de feiralivre, 
em dia específico da semana, sem concomitante exercício do poder de polícia por parte 
da Administração, essa cobrança deverá ocorrer por meio de 
 
(A) taxa de instalação, uso e ocupação do solo urbano. 
 
(B) contribuição de melhoria a ser cobrada especificamente dos comerciantes instalados 
no local. 
 
(C) imposto sobre a propriedade territorial urbana. 
 
(D) taxa cobrada em razão do serviço público de fiscalização das atividades 
desempenhadas no local. 
 
(E) preço público cobrado em decorrência da utilização de bem público. 
RESPOSTA: E 
 
COMENTÁRIOS 
 
O STF, através do Min. LUIZ FUX, ARE 1107355, julgado em 22/02/2018, manifestou a 
natureza não tributária dessas cessões de bem público. 
Assim, não pode ser nenhuma das outras alternativas. Portanto, a letra “E” se perfaz 
correta. 
 
 
 
97 
77. O fato gerador é um dos elementos centrais do direito tributário no Brasil, 
delimitando as situações que poderão dar ensejo à cobrança de tributos. A esse 
respeito, assinale a alternativa correta. 
 
(A) Considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de 
situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais 
necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. 
 
(B) Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação 
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. 
 
(C) Fato gerador da obrigação acessória é a situação definida em lei como necessária e 
suficiente à sua ocorrência. 
 
(D) A definição legal do fato gerador é interpretada a partir da validade jurídica dos atos 
efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros. 
 
(E) A autoridade administrativa poderá desconsiderar negócios jurídicos praticados com 
a finalidade de evitar a ocorrência do fato gerador do tributo. 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
 
Questão adiantada na rodada 06 da Turma de Reta Final do TJ-MT. 
 
(A) INCORRETA 
CTN 
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e 
existentes os seus efeitos: 
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as 
circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são 
próprios; 
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente 
constituída, nos termos de direito aplicável. 
 
(B) CORRETA 
CTN 
Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da 
legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação 
principal. 
 
 
 
98 
(C) INCORRETA 
CTN 
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como 
necessária e suficiente à sua ocorrência. 
 
(D) INCORRETA 
CTN 
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: 
I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, 
responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos; 
 
(E) INCORRETA 
CTN 
Art. 116 
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios 
jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do 
tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados 
os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária 
 
 
78. O procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da 
obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do 
tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da 
penalidade cabível, é o procedimento, em direito tributário, 
 
(A) do lançamento tributário, o qual deverá ser realizado no prazo máximo de 5 (cinco) 
anos da ocorrência do fato gerador, no caso de ser realizado em decorrência da 
prestação de declaração do contribuinte, desacompanhado do pagamento do 
respectivo imposto. 
 
(B) da inscrição em dívida ativa tributária, a qual deverá se dar, com base no Código 
Tributário Nacional, em até 180 (cento e oitenta) dias da data de vencimento do tributo, 
quando não realizado tempestivamente o seu pagamento. 
 
(C) da fiscalização tributária, a qual se reportará à data da ocorrência do fato gerador da 
obrigação e reger-se-á pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou 
revogada. 
 
D) do lançamento tributário, o qual poderá ser realizado, a depender do tributo, de 
ofício pela Administração, com base em declaração do sujeito passivo ou de terceiro, ou 
 
 
99 
por homologação quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever 
de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa. 
 
(E) da fiscalização tributária, a qual poderá ser realizada mediante abertura de 
procedimento de verificação ou termo de abertura de fiscalização e auditoria. 
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
O CTN apresenta três tipos de lançamento: de ofício ou direto (o sujeito passivo não 
participa da atividade; pode ocorrer em todas as outras modalidades, de forma 
suplementar, quando o Fisco verificar alguma irregularidade); por declaração ou misto 
(equilíbrio entre a participação do sujeito passivo e a atividade do sujeito ativo); e por 
homologação ou autolançamento (o sujeito passivo realiza quase todos os atos que 
compõem a atividade). 
 
CTN 
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito 
tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a 
verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a 
matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo 
e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível. 
Art. 147. O lançamento é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de 
terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade 
administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. 
Art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos 
seguintes casos: 
Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação 
atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da 
autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando 
conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. 
 
79. A empresa ABC Ltda. obtém na justiça medida liminar em mandado de segurança 
com o objetivo de afastar o pagamento de imposto devido sobre determinada base de 
cálculo. Supondo que a legislação nacional exija, com relação ao imposto em questão, a 
apresentação mensal de declaração relativa à ocorrência de fatos geradores do imposto, 
é correto afirmar, com base no Código Tributário Nacional: 
 
 
 
100 
(A) caso o contribuinte venha a ter a sua liminar cassada ao longo do processo judicial, 
deverá apresentar as declarações tributárias cuja entrega se apresentava suspensa com 
base na decisão judicial anterior, devendo pagar os tributos atrasados com juros e multa 
de mora. 
 
(B) a mera suspensão da exigibilidade do crédito tributário por decisão judicial não 
dispensa o cumprimento das obrigações assessórias dependentes da obrigação principal 
cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes. 
 
(C) a medida liminar obtida deve ser estendida às obrigações acessórias do imposto em 
questão, em razão do princípio jurídico de que o acessório deve seguir o principal, 
motivo pelo qual a empresa poderá deixar de apresentar as respectivas declarações, 
ainda que a decisão seja omissa a respeito do tema. 
 
(D) não é possível a concessão de medida liminar em mandado de segurança em matéria 
tributária, devendo ser mantidaa apresentação das declarações por parte do sujeito 
passivo e feitos os respectivos pagamentos até que confirmada a liminar por sentença. 
 
(E) a situação descrita remete a caso de exclusão do crédito tributário por decisão 
judicial, servindo a manutenção das declarações pelo contribuinte como ferramenta de 
conhecimento pelo Estado do tamanho da renúncia fiscal a ser suportada.
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
Questão adiantada na rodada 09 da Turma de Reta Final do TJ-MT. 
 
CTN 
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
IV – a concessão de medida liminar em mandado de segurança. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações 
assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela 
consequentes. 
 
Conforme exposto na rodada 09, “Atenção ao parágrafo único acima, não obstante a 
inexigibilidade do crédito da obrigação principal, o sujeito passivo tem que cumprir as 
obrigações acessórias dependentes. 
 
 
 
 
101 
80. O crédito tributário possui garantias e privilégios em relação aos demais créditos, 
em razão de estar ligado à capacidade do Estado de prover serviços públicos e cumprir 
as suas missões constitucionais, em benefício de toda a sociedade. A respeito dessas 
garantias e privilégios, é correto afirmar que: 
 
(A) responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens do sujeito 
passivo, exceto os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade. 
 
(B) o concurso de preferências se verifica entre pessoas jurídicas de direito público com 
prioridade de pagamento dada aos Municípios, conjuntamente e pro rata, seguida dos 
Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pro rata, e da União. 
 
(C) a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou 
habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. 
 
(D) a natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário altera a natureza deste e a 
da obrigação tributária a que corresponda. 
 
(E) o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo 
de sua constituição.
 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
 
Questão adiantada na rodada 09 da Turma de Reta Final do TJ-MT. 
 
(A) INCORRETA 
CTN 
Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam 
previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens 
e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua 
massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou 
impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da cláusula, 
excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente 
impenhoráveis. 
 
(B) INCORRETA 
CTN 
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores 
ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. 
(Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005) 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp118.htm#art187
 
 
102 
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas 
de direito público, na seguinte ordem: 
I - União; 
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata; 
III - Municípios, conjuntamente e pró rata. 
 
(C) CORRETA 
CTN 
Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores 
ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento. 
 
(D) INCORRETA 
CTN 
Art. 183. A enumeração das garantias atribuídas neste Capítulo ao crédito tributário 
não exclui outras que sejam expressamente previstas em lei, em função da natureza 
ou das características do tributo a que se refiram. 
Parágrafo único. A natureza das garantias atribuídas ao crédito tributário não altera a 
natureza deste nem a da obrigação tributária a que corresponda. 
 
(E) INCORRETA 
CTN 
Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o 
tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do 
trabalho ou do acidente de trabalho. 
 
 
81. A entidade filantrópica de educação Associação Viva não paga impostos ao governo 
municipal sobre os serviços de educação prestados, pois pode ser considerada como 
entidade imune, nos termos da Constituição e do Código Tributário Nacional. Diante 
dessa realidade, auditor fiscal do município X decide iniciar procedimento de auditoria 
de maneira a verificar o cumprimento dos requisitos previstos na legislação para gozo 
da imunidade, o que o faz, por iniciativa própria, solicitando verbalmente ao preposto 
da associação presente na sede da entidade a apresentação dos livros contábeis e fiscais 
por ela mantidos. O preposto em questão, assustado, convoca ao local o advogado da 
entidade, o qual recebe a ordem por escrito do auditor fiscal, de que o próprio advogado 
apresente os documentos da entidade que tenha em sua posse em razão de serviços 
advocatícios prestados à entidade. O advogado nega-se a apresentar qualquer 
documento, afirmando que o Código Civil brasileiro asseguraria o sigilo da escrituração 
contábil da associação, o que deveria ser respeitado pelo auditor. Considerando os 
poderes da fiscalização tributária previstos no Código Tributário Nacional, é correto 
afirmar a respeito das regras aplicáveis à situação descrita que 
 
 
103 
(A) para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer disposições 
legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, arquivos, 
documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou 
produtores, ou da obrigação destes de exibi-los, havendo, porém, no caso, 
irregularidades na ação do auditor fiscal. 
 
(B) o auditor fiscal, como representante da administração tributária, tem o poder de 
iniciar fiscalização a qualquer tempo, sem a necessidade de formalização por escrito do 
início do procedimento de fiscalização. 
 
(C) por se tratar de instituição considerada pela Constituição como imune ao pagamento 
de impostos, não está a associação sujeita à fiscalização tributária, de maneira que se 
pode afirmar por este motivo que o auditor fiscal tenha agido além das suas 
competências. 
 
(D) mediante intimação escrita, os advogados são obrigados a prestar à autoridade 
administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios 
ou atividades de terceiros, em decorrência dos seus serviços prestados, ainda que 
protegidos por sigilo profissional. 
 
(E) o auditor fiscal na situação, por estar agindo no estrito cumprimento de sua 
competência e em conformidade com a lei, poderá requisitar auxílio da força pública 
federal, estadual ou municipal, para obter os documentos solicitados, em razão da 
negativa apresentada. 
 
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIOS 
 
CTN 
Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicação quaisquer 
disposições legais excludentes ou limitativas do direito de examinar mercadorias, livros, 
arquivos, documentos, papéis e efeitos comerciais ou fiscais, dos comerciantes 
industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. 
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os 
comprovantes dos lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a 
prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se refiram. 
 
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade 
administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios 
ou atividades de terceiros: 
 
 
104 
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de 
informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigadoa 
observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão. 
 
 
82. As certidões de débitos são instrumentos frequentes no dia a dia das empresas e 
cidadãos, sendo exigidos como condição para a celebração de uma série de negócios 
jurídicos. A esse respeito, é correto afirmar que 
 
(A) tem os mesmos efeitos da certidão negativa a certidão de que conste a existência de 
créditos vencidos, em curso de cobrança executiva em que não tenha ainda sido 
efetivada a penhora e cuja exigibilidade não esteja suspensa. 
 
(B) a certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida 
e será fornecida dentro do prazo impróprio de 30 (trinta) dias da data da entrada do 
requerimento na repartição. 
 
(C) a certidão positiva expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra o sujeito 
passivo, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito 
tributário e juros de mora acrescidos. 
 
(D) a lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, 
seja feita por certidão negativa, que contenha todas as informações necessárias à 
identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o 
período a que se refere o pedido. 
 
(E) apenas mediante expressa disposição legal permissiva será dispensada a prova de 
quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato 
indispensável para evitar a caducidade de direito.
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA 
CTN 
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a 
existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido 
efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. 
 
(B) INCORRETA 
 
 
105 
CTN 
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando 
exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do 
interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua 
pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se 
refere o pedido. 
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha 
sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do 
requerimento na repartição. 
 
(C) INCORRETA 
CTN 
Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a 
Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito 
tributário e juros de mora acrescidos. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e 
funcional que no caso couber. 
 
(D) CORRETA 
CTN 
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando 
exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do 
interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua 
pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se 
refere o pedido. 
 
(E) INCORRETA 
CTN 
Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova 
de quitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato 
indispensável para evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os 
participantes no ato pelo tributo porventura devido, juros de mora e penalidades 
cabíveis, exceto as relativas a infrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator. 
 
 
 
 
 
 
 
 
106 
DIREITO AMBIENTAL 
 
83. A Declaração de Estocolmo, marco na abordagem do meio ambiente como um todo 
e objeto de preocupação de toda humanidade, estabeleceu 26 princípios. No princípio 
1, fixa-se a obrigação de proteger e melhorar o meio ambiente, para as gerações 
presentes e futuras, inspirando o caput do artigo 225 da Constituição Federal de 1988, 
que trata do meio ambiente ecologicamente equilibrado como direito de todos, 
impondo-se ao poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para 
as presentes e futuras gerações. O princípio aí tratado identifica-se com o 
 
(A) do planejamento racional. 
 
(B) da soberania territorial. 
 
(C) do combate à pobreza. 
 
(D) de guerra e paz. 
 
(E) do meio ambiente como um direito humano. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
Questão adiantada no material da Turma de Reta Final do TJ-MT. 
 
PRINCÍPIOS 
A Assembléia Geral das Nações Unidas reunida em Estocolmo, de 5 a 16 de junho de 
1972, atendendo à necessidade de estabelecer uma visão global e princípios comuns, 
que sirvam de inspiração e orientação à humanidade, para a preservação e melhoria do 
ambiente humano através dos vinte e três princípios enunciados a seguir, expressa a 
convicção comum de que: 
1 - O homem tem o direito fundamental à liberdade, à igualdade e ao desfrute de 
condições de vida adequadas, em um meio ambiente de qualidade tal que lhe permita 
levar uma vida digna, gozar de bem-estar e é portador solene de obrigação de proteger 
e melhorar o meio ambiente, para as gerações presentes e futuras. A esse respeito, as 
políticas que promovem ou perpetuam o “apartheid”, a segregação racial, a 
discriminação, a opressão colonial e outras formas de opressão e de dominação 
estrangeira permanecem condenadas e devem ser eliminadas. 
 
 
 
107 
84. A respeito da Política Nacional de Educação Ambiental, afirma-se corretamente: 
 
(A) a coordenação da política nacional de educação ambiental ficará a cargo do 
Ministério da Educação. 
 
(B) nas atividades vinculadas à Política Nacional de Educação Ambiental serão 
respeitados os princípios e objetivos fixados pela Lei da Política Nacional de Educação 
Ambiental. 
 
(C) as ações de experimentações serão relacionadas à busca de alternativas 
metodológicas de especialização na área do ensino médio. 
 
(D) a montagem de uma rede de banco de dados para dar suporte às ações de difusão 
de tecnologias volta- -se a questões afetas ao Sistema Nacional de Meio Ambiente. 
 
(E) a educação ambiental deve ser implementada como disciplina específica no currículo 
da educação básica. 
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
Art. 8º, § 1 da Lei 9.795/99 - Nas atividades vinculadas à Política Nacional de Educação 
Ambiental serão respeitados os princípios e objetivos fixados por esta Lei. 
 
 
85. No que respeita ao Direito Ambiental, assinale a alternativa correta. 
 
(A) A proteção ambiental tem como destinatário o homem. 
 
(B) Seu objetivo é garantir o mínimo de proteção possível ao meio ambiente, admitindo-
se a exaustão de recursos para que o homem possa se perpetuar. 
 
(C) Pode ser considerado uma disciplina jurídica autônoma, uma vez que possui 
princípios informadores próprios, embora se relacione com as ciências externas ao 
mundo jurídico, como a economia, e outros ramos do direito, como o tributário. 
 
 
 
108 
(D) O conceito de meio ambiente, com base na Lei n. 6.938/81, traduz uma relação de 
equilíbrio entre “as condições, influências e interações de ordem econômica, física e 
bem-estar social. 
 
(E) O meio ambiente é formado pelos bens ambientais, incorpóreos, e por processos 
ecológicos, considerados em sua individualidade específica. 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
Questão adiantada no material da Turma de Reta Final do TJ-MT. 
 
(A) A proteção ambiental tem como destinatário o meio ambiente e sua relação com o 
homem. 
 
(B) Seu objetivo é garantir o máximo de proteção possível ao meio ambiente, não se 
admitindo a exaustão de recursos, devendo haver equilibro entre as necessidades 
humanas e a utilização dos recursos naturais. 
 
(C) CORRETA. 
 
(D) Art. 3º da Lei 6.938/81 - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por: I - meio 
ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, 
química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas assuas formas; (...) 
 
(E) O meio ambiente é formado pelos bens ambientais corpóreos (ex.: fauna, flora, ar, 
água etc.) e incorpóreos. 
 
 
 
86. Acerca do mandado de injunção ambiental, assinale a alternativa correta. 
 
(A) Qualquer pessoa ou entidade poderá requerer aos órgãos ambientais, sem 
necessidade de justificativa, a prestação de informações ambientais, que é obrigatória 
por disposição legal. 
 
(B) Os efeitos da sentença que julga improcedente o pedido sujeita-se à teoria não 
concretista. 
 
 
109 
 
(C) O procedimento adotado deve ser o da ação civil pública ambiental. 
 
(D) Seu cabimento dá-se contra ato que fira direito líquido e certo. 
 
(E) Pode ser utilizado como instrumento processual para defesa do direito constitucional 
ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. 
RESPOSTA: E 
COMENTÁRIOS 
 
Dentre os instrumentos de salvaguarda ambiental tem-se o Mandado de Injunção 
Ambiental, instrumento criado por nossa Constituição Federal (art. 5º, LXXI da CF) como 
mecanismo processual utilizado para garantir o exercício dos direitos dos cidadãos 
previstos na própria Constituição Federal, principalmente os previstos como 
fundamentais e sociais, elencados no art. 5º da CF. 
 
O Mandado de Injunção é de fundamental importância, pois algumas normas 
constitucionais que visam proteger o meio ambiente não vem sendo cumpridas devido 
à falta de regulamentação. Assim se justifica a utilização deste remédio já que a 
preservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico sustentável não podem 
esperar infinitamente pelas regulamentações constitucionais. 
87. Sobre a responsabilidade civil ambiental, tem-se que: 
(A) é incabível a possibilidade de reparação de danos ambientais extrapatrimoniais 
individuais ou coletivos. 
(B) o poluidor é obrigado a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente, 
dependendo da ocorrência de comprovação da conduta culposa. 
(C) em matéria ambiental, o dano pode decorrer de atividade lícita, pois o 
empreendedor, ainda que em situação regular, é responsável em caso de dano 
provocado por sua atividade. 
(D) o caso fortuito e a força maior são fatos que excluem a responsabilidade do autor de 
um dano ambiental, devendo a análise ser feita à luz do ordenamento jurídico civil. 
(E) o adquirente do imóvel não é responsabilizado pelos danos ambientais causados na 
propriedade independentemente de ter sido ele ou o dono anterior o réu causador dos 
estragos. 
 
 
110 
RESPOSTA: C 
COMENTÁRIOS 
Questão tratada no material de reta final TJ-MT e aulão de véspera. 
 
(A) Cabível a reparação de danos ambientais extrapatrimoniais individuais ou coletivos 
(danos morais coletivos). 
 
(B) A responsabilidade civil por danos ao meio ambiente é objetiva, não dependendo da 
comprovação de dolo ou culpa. 
 
(C) CORRETA. 
 
(D) A doutrina e a jurisprudência entendem que se aplica a teoria do risco integral a 
responsabilidade civil por danos ao meio ambiente. Dessa forma, o caso fortuito e a 
força maior não excluem a responsabilidade do autor de um dano ambiental. 
 
(E) A responsabilidade civil por danos causados ao meio ambiente é Propter Rem, ou 
seja, adere a posse ou a propriedade (art. 2º, § 2º do Código Florestal). 
 
 
88. A internalização do custo ambiental, transformando a externalidade negativa, ou 
custo social, num custo privado, visa impedir a socialização do prejuízo e a privatização 
dos lucros. Este é o objetivo do princípio 
 
(A) do poluidor-pagador. 
 
(B) da função social da propriedade. 
 
(C) da prevenção. 
 
(D) da precaução. 
 
(E) da cooperação. 
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIOS 
 
 
 
111 
Questão tratada no material da Turma de Reta Final TJ-MT e aulão de véspera. 
 
O princípio do poluidor-pagador não se constitui uma real punição, uma vez que o ato a 
que corresponde é lícito. Além disso, também não constitui uma permissão para poluir. 
Trata-se, na verdade, da internalização do custo ambiental gerado em razão do 
desempenho de determinada atividade, custo este que não pode ser externalizado pelo 
poluidor para ser arcado pela sociedade ou pelo Poder Público. Em outros termos, cabe 
unicamente ao poluidor, enquanto usuário dos recursos naturais, suportar os custos 
ambientais que sua atividade cause ou possa causar, seja no âmbito do direito interno 
ou internacional. 
 
 
89. De acordo com a Lei n. 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), em relação à usucapião 
especial de imóvel urbano, assinale a alternativa correta. 
 
(A) O direito de usucapião especial de imóvel urbano poderá ser reconhecido ao mesmo 
possuidor mais de uma vez. 
 
(B) Na sentença, o juiz atribuirá fração ideal de terreno a cada possuidor, de acordo com 
a dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os 
condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas. 
 
(C) O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção, salvo 
deliberação favorável tomada pela metade dos condôminos, no caso de execução de 
urbanização posterior à constituição do condomínio. 
 
(D) Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição, há mais de cinco anos, e cuja 
área total dividida pelo número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta 
metros quadrados por possuidor, são suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, 
desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural. 
 
(E) O possuidor de área ou edificação urbana de até duzentos e cinquenta metros 
quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua 
moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, mesmo que seja proprietário de 
outro imóvel urbano ou rural. 
RESPOSTA: D 
 
 
 
112 
COMENTÁRIOS 
 
(A) Art. 9, § 2 do Estatuto da Cidade - O direito de que trata este artigo não será 
reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. 
 
(B) Art. 10, § 3 do Estatuto da Cidade - Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de 
terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que cada um 
ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os condôminos, estabelecendo frações 
ideais diferenciadas. 
 
(C) Art. 10, § 4 do Estatuto da Cidade - O condomínio especial constituído é indivisível, 
não sendo passível de extinção, salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, 
dois terços dos condôminos, no caso de execução de urbanização posterior à 
constituição do condomínio. 
 
(D) CORRETO - Art. 10 do Estatuto da Cidade - Os núcleos urbanos informais existentes 
sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de 
possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros quadrados por possuidor são 
suscetíveis de serem usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam 
proprietários de outro imóvel urbano ou rural. 
 
(E) Art. 9 do Estatuto da Cidade - Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana 
de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e 
sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, 
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
 
 
90. O artigo 225 da Constituição Federal impõe ao Poder Público diversas incumbências 
destinadas a assegurar a efetividade do direito de todos a um meio ambiente sadio. Para 
assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: 
 
(A) definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes 
a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas segundo 
regras do Conama, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos 
atributos que justifiquem sua proteção. 
 
 
 
113 
(B) exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto 
ambiental, a que se dará publicidade.(C) regulamentar os critérios de diversidade e a integridade do patrimônio genético do 
País e limitar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético. 
 
(D) proteger a fauna e a flora, autorizadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em 
risco sua função ecológica, desde que não provoquem a extinção de espécies ou 
submetam os animais à crueldade. 
 
(E) vedar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias 
que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente. 
 
 RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
Questão tratada no material da Turma de Reta Final do TJ-MT e aulão de véspera. 
 
Art. 225, § 1º da CF - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder 
Público: 
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico 
das espécies e ecossistemas; 
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as 
entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes 
a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente 
através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos 
que justifiquem sua proteção; 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto 
ambiental, a que se dará publicidade; 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e 
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; 
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização 
pública para a preservação do meio ambiente; 
 
 
114 
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em 
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais 
a crueldade. 
 
 
91. A Constituição Federal de 1988 promove a repartição de competências ambientais 
pelos mesmos mecanismos da competência em geral entre os entes federativos. Dessa 
forma, na seara ambiental, no âmbito da competência legislativa e da competência 
administrativa, é correto afirmar que 
 
(A) compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios legislar 
concorrentemente sobre proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e 
paisagístico. 
 
(B) lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas 
relacionadas a atividades nucleares de qualquer natureza. 
 
(C) compete à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios legislar 
concorrentemente sobre educação, cultura, ensino e lazer. 
 
(D) a União e os Estados possuem competência administrativa concorrente em matéria 
ambiental, no que diz respeito a registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de 
exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios. 
 
(E) em relação a matérias de jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia, Lei 
complementar não poderá autorizar os Estados a legislar sobre estas questões. 
RESPOSTA: B 
COMENTÁRIOS 
Questão tratada no material de reta final do TJ-MT. 
 
(A) Art. 24 da CF - Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: (...) VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, 
turístico e paisagístico; 
 
(B) CORRETA. Art. 22 da CF - Compete privativamente à União legislar sobre: (...) XXVI - 
atividades nucleares de qualquer natureza; 
 
 
 
115 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões 
específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
 
(C) Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar 
concorrentemente sobre: (...) IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, 
tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação; 
 
(D) Art. 23 da CF - É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios: (...) XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de 
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios; 
 
(E) Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: (...) XII - jazidas, minas, 
outros recursos minerais e metalurgia; 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões 
específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
116 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
92. Atos administrativos negociais 
 
(A) não são admitidos pelo ordenamento jurídico nacional, que atribui aos atos 
administrativos as características de unilateralidade, precariedade, imperatividade e 
sancionatória. 
 
(B) são aqueles que decorrem do exercício de função tipicamente política do Poder 
Executivo, não suscetíveis de controle interno ou externo. 
 
(C) decorrem do exercício de competência discricionária da Administração Pública 
porque têm como pressuposto de existência, validade e eficácia, a verificação do 
preenchimento dos requisitos legais que autorizam sua edição, não suscetíveis de 
controle externo. 
 
(D) são aqueles praticados por entes paraestatais, no exercício da função de intervenção 
do Estado no domínio econômico. 
 
(E) são admitidos pelo ordenamento jurídico nacional, inclusive no exercício do poder 
de polícia, de que são exemplos os acordos setoriais e termos de compromisso firmados 
no âmbito da Política Nacional de Resíduos Sólidos.
RESPOSTA: E 
 
COMENTÁRIOS 
 
(A) INCORRETA. Os atos negociais são espécie de ato administrativo que (i) visam a 
concretizar negócios públicos ou (ii) autorizam particulares à realização de 
determinada atividade ou ao exercício de um direito (licenças, autorizações, permissão 
de uso, etc.). Há uma concorrência entre o interesse do particular e a manifestação de 
vontade da Administração. Trata-se de espécie de ato administrativo amplamente 
admitida no ordenamento jurídico brasileiro, que não são marcados pela imperatividade 
muito menos assumem caráter sancionatório. 
 
(B) INCORRETA. Os atos negociais são praticados no exercício da função administrativa 
[inconfundível com a função política, de condução das políticas públicas e de Governo, 
com discricionariedade diferenciada, sem parâmetro prévio de controle e com 
fundamento direto na Constituição], e não apenas pelo Poder Executivo, estando 
submetido, como toda atividade da Administração Pública, tanto ao controle interno 
 
 
117 
quanto ao controle externo, limitado este último, contudo, aos aspectos de legalidade 
em sentido amplo. 
 
(C) INCORRETA. Os atos negociais podem ser vinculados, sempre que, demonstrado 
pelo particular o cumprimento de todos os requisitos legais para obtenção do ato, a 
Administração for obrigada a praticar o ato; ou discricionários, no caso de a lei facultar 
à Administração a prática do ato ou sua abstenção, com base na oportunidade e 
conveniência administrativas, ainda que cumprido todos os requisitos legais pelo 
particular. Ademais, como visto, são controláveis por órgãos externos à Administração. 
 
(D) INCORRETA. O enunciado parece ter se referido a “paraestatais” no sentido de 
empresas estatais, estas que são formas de intervenção direta do Estado no domínio 
econômico, com personalidade jurídica de direito privado, praticando atos de natureza 
privada, desprovidos das prerrogativas publicísticas, em pé de igualdade com os agentes 
não estatais (privados), enquadrando-se, assim, nos chamados “atos da Administração”. 
 
(E) CORRETA. Numa concepção dialógica de Administração Pública, mais próxima e 
centrada nos destinatários de seus atos, crescentemente consensual, democrática e 
participativa, os atos negociais vêm sendo admitidosno âmbito do poder de polícia. No 
ponto, os incisos XVI e XVIII do art. 8º da Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos – 
Lei Federal nº 12.305/2012 consagram, respectivamente, os acordos setoriais e os 
termos de compromisso e de ajustamento de conduta como uns de seus instrumentos.
 
 
93. De acordo com a Lei Estadual no 7.692/2002 (e alterações posteriores), que regula 
o processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado de Mato 
Grosso, 
 
(A) salvo disposição legal em contrário, o recurso tem efeito suspensivo e sua decisão 
poderá, no mesmo procedimento, agravar a restrição produzida pelo ato ao interesse 
do recorrente, preservados os direitos de terceiros de boa-fé. 
 
(B) o interessado poderá, mediante manifestação escrita, desistir total ou parcialmente 
do pedido formulado, vedado o prosseguimento do processo pela Administração 
Pública Estadual, em qualquer hipótese. 
 
(C) o direito de a Administração Pública Estadual invalidar os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da 
data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
 
 
 
118 
(D) quando a matéria do processo envolver assunto de interesse geral, a autoridade 
competente deverá abrir período de consulta ou audiência pública para manifestação 
de terceiros potencialmente envolvidos, antes da decisão, exceto se vislumbrar, 
motivadamente, prejuízo para a parte interessada. 
 
(E) ultrapassado o prazo máximo para decisão de requerimentos de qualquer espécie 
apresentados à Administração Pública Estadual, o interessado poderá considerar 
deferido o pedido na esfera administrativa, salvo previsão legal em contrário. 
 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO! 
 
Embora a questão tenha cobrado a disciplina da Lei Estadual nº 7.692/2002, que regula 
o processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado de Mato 
Grosso, o conhecimento da legislação federal (Lei Federal nº 9.784/1999) permitia 
responder quase todas as assertivas. 
 
(A) INCORRETA. O art. 77 da legislação estadual repete o art. 61 da federal, consignando 
que, salvo disposição em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo. É possível, 
contudo, que tal efeito seja concedido, mas apenas se houver receio de prejuízo de difícil 
ou incerta reparação com a execução da decisão recorrida. 
 
(B) INCORRETA. O art. 65 da Lei Estadual admite a desistência ou renúncia, porém 
ressalva que, havendo vários interessados, a desistência ou renúncia somente atinge 
quem a tenha formulado, bem como que a Administração pode decidir pelo 
prosseguimento do processo se assim recomendar o interesse público. Trata-se de cópia 
do art. 51 da Lei Federal. 
 
(C) INCORRETA. O art. 26 da Lei Estadual fixa o prazo de 10 (dez) anos para a invalidação 
de atos ampliativos, ressalvada má-fé do beneficiário. É importante observar que muitas 
leis estaduais ampliaram tal prazo em relação aos 05 (cinco) anos do art. 53 da Lei 
Federal. O gabarito preliminar, contudo, deu a assertiva como correta. 
 
(D) INCORRETA. O art. 50 da Lei Estadual prescreve que a abertura de audiência ou 
consulta públicas é uma faculdade da Administração [“poderá”, e não “deverá], quando 
a matéria do processo envolver assunto de interesse geral. É cópia do art. 31 da Lei 
Federal. 
 
 
119 
(E) INCORRETA. O § 1º do art. 37 da Lei Estadual é claro no sentido de que, em tal caso, 
o requerimento administrativo deve ser considerado rejeitado, salvo previsão legal em 
contrário. 
 
 
94. Sem prejuízo da punição de outros agentes públicos envolvidos, o Prefeito que 
deixar de proceder, no prazo de cinco anos, o adequado aproveitamento do imóvel 
incorporado ao patrimônio público municipal, em razão de desapropriação pela não 
utilização, pelo proprietário, do solo urbano, de acordo com o plano diretor em vigor, 
incorre em 
 
(A) ato de improbidade administrativa. 
 
(B) crime de responsabilidade fiscal. 
 
(C) mora, sujeitando-se a ação popular por lesão ao patrimônio municipal por omissão. 
 
(D) responsabilização objetiva, administrativa e civil, pela prática de ato contra a 
Administração Pública. 
 
(E) crime de responsabilidade.
RESPOSTA: A 
 
COMENTÁRIOS 
 
No caso da desapropriação urbanística, por descumprimento da função social da 
propriedade urbana, o § 4º do art. 8º do Estatuto da Cidade – Lei Federal nº 10.257/2001 
determina que “O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no 
prazo máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio 
público”, constando do art. 52 as hipóteses de ato de improbidade do Prefeito 
relacionadas especificamente com a política urbanística: 
 
Art. 52. Sem prejuízo da punição de outros agentes públicos 
envolvidos e da aplicação de outras sanções cabíveis, o Prefeito 
incorre em improbidade administrativa, nos termos da Lei 
no 8.429, de 2 de junho de 1992, quando: 
I – (VETADO) 
II – deixar de proceder, no prazo de cinco anos, o adequado 
aproveitamento do imóvel incorporado ao patrimônio público, 
conforme o disposto no § 4o do art. 8o desta Lei; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8429.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8429.htm
 
 
120 
III – utilizar áreas obtidas por meio do direito de preempção 
em desacordo com o disposto no art. 26 desta Lei; 
IV – aplicar os recursos auferidos com a outorga onerosa do 
direito de construir e de alteração de uso em desacordo com o 
previsto no art. 31 desta Lei; 
V – aplicar os recursos auferidos com operações 
consorciadas em desacordo com o previsto no § 1o do art. 33 
desta Lei; 
VI – impedir ou deixar de garantir os requisitos contidos nos 
incisos I a III do § 4o do art. 40 desta Lei; 
VII – deixar de tomar as providências necessárias para 
garantir a observância do disposto no § 3o do art. 40 e no art. 50 
desta Lei; 
VIII – adquirir imóvel objeto de direito de preempção, nos 
termos dos arts. 25 a 27 desta Lei, pelo valor da proposta 
apresentada, se este for, comprovadamente, superior ao de 
mercado. 
[GRIFAMOS]. 
 
Ressalve-se que, por um mesmo ato, em conformidade com o duplo regime de 
responsabilidade político-administrativa consagrado pelo STF (RE 803.297/RS) e STJ 
(Rcl 2790/SC), os Prefeitos podem responder tanto por improbidade administrativa 
quanto por crime de responsabilidade, neste último caso nos termos do Decreto-Lei nº 
219/1967. Ocorre, contudo, que a hipótese mencionada na questão NÃO consta do rol 
exaustivo do art. 1º de tal diploma normativo, motivo pelo qual o ato caracterizará 
apenas improbidade administrativa. Confira-se: 
 
Art. 1º São crimes de responsabilidade dos Prefeitos 
Municipal, sujeitos ao julgamento do Poder Judiciário, 
independentemente do pronunciamento da Câmara dos 
Vereadores: 
I - apropriar-se de bens ou rendas públicas, ou desviá-los em 
proveito próprio ou alheio; 
Il - utilizar-se, indevidamente, em proveito próprio ou alheio, 
de bens, rendas ou serviços públicos; 
Ill - desviar, ou aplicar indevidamente, rendas ou verbas 
públicas; 
IV - empregar subvenções, auxílios, empréstimos ou 
recursos de qualquer natureza, em desacordo com os planos ou 
programas a que se destinam; 
 
 
121 
V - ordenar ou efetuar despesas não autorizadas por lei, ou 
realizá-Ias em desacordo com as normas financeiras pertinentes; 
VI - deixar de prestar contas anuais da administração 
financeira do Município a Câmara de Vereadores, ou ao órgão que 
a Constituição do Estado indicar, nos prazos e condições 
estabelecidos; 
VII - Deixar de prestar contas, no devido tempo, ao órgão 
competente, da aplicação de recursos, empréstimos subvenções 
ou auxílios internos ou externos, recebidos a qualquer titulo; 
VIII - Contrair empréstimo, emitir apólices, ou obrigar o 
Município por títulos de crédito, sem autorização da Câmara, ou 
em desacordo com a lei;IX - Conceder empréstimo, auxílios ou subvenções sem 
autorização da Câmara, ou em desacordo com a lei; 
X - Alienar ou onerar bens imóveis, ou rendas municipais, 
sem autorização da Câmara, ou em desacordo com a lei; 
XI - Adquirir bens, ou realizar serviços e obras, sem 
concorrência ou coleta de preços, nos casos exigidos em lei; 
XII - Antecipar ou inverter a ordem de pagamento a credores 
do Município, sem vantagem para o erário; 
XIII - Nomear, admitir ou designar servidor, contra expressa 
disposição de lei; 
XIV - Negar execução a lei federal, estadual ou municipal, ou 
deixar de cumprir ordem judicial, sem dar o motivo da recusa ou 
da impossibilidade, por escrito, à autoridade competente; 
XV - Deixar de fornecer certidões de atos ou contratos 
municipais, dentro do prazo estabelecido em lei. 
XVI – deixar de ordenar a redução do montante da dívida 
consolidada, nos prazos estabelecidos em lei, quando o montante 
ultrapassar o valor resultante da aplicação do limite máximo 
fixado pelo Senado Federal; (Incluído pela Lei 10.028, de 
2000) 
XVII – ordenar ou autorizar a abertura de crédito em 
desacordo com os limites estabelecidos pelo Senado Federal, sem 
fundamento na lei orçamentária ou na de crédito adicional ou 
com inobservância de prescrição legal; (Incluído pela Lei 10.028, 
de 2000) 
XVIII – deixar de promover ou de ordenar, na forma da lei, o 
cancelamento, a amortização ou a constituição de reserva para 
anular os efeitos de operação de crédito realizada com 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
 
 
122 
inobservância de limite, condição ou montante estabelecido em 
lei; (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) 
XIX – deixar de promover ou de ordenar a liquidação integral 
de operação de crédito por antecipação de receita orçamentária, 
inclusive os respectivos juros e demais encargos, até o 
encerramento do exercício financeiro; (Incluído pela Lei 
10.028, de 2000) 
XX – ordenar ou autorizar, em desacordo com a lei, a 
realização de operação de crédito com qualquer um dos demais 
entes da Federação, inclusive suas entidades da administração 
indireta, ainda que na forma de novação, refinanciamento ou 
postergação de dívida contraída anteriormente; (Incluído pela 
Lei 10.028, de 2000) 
XXI – captar recursos a título de antecipação de receita de 
tributo ou contribuição cujo fato gerador ainda não tenha 
ocorrido; (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) 
XXII – ordenar ou autorizar a destinação de recursos 
provenientes da emissão de títulos para finalidade diversa da 
prevista na lei que a autorizou; (Incluído pela Lei 10.028, de 
2000) 
XXIII – realizar ou receber transferência voluntária em 
desacordo com limite ou condição estabelecida em 
lei. (Incluído pela Lei 10.028, de 2000) 
 
 
95. Constitui hipótese de contratação direta por inexigibilidade de licitação, mediante 
justificativa, 
 
(A) a contratação de agências de propaganda que tenham obtido certificado de 
qualificação técnica de funcionamento para a prestação de serviços de publicidade com 
finalidade de difundir ideias ou informar o público em geral. 
 
(B) a contratação de microempresa e empresa de pequeno porte para fornecimento de 
bens ou serviços cujo valor seja de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). 
 
(C) a contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica – ICT ou por agência 
de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso 
ou de exploração de criação protegida. 
 
(D) a formação de parcerias e outras formas associativas, societárias ou contratuais, 
pelas empresas públicas e sociedades de economia mista, vinculadas a oportunidades 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10028.htm#art4
 
 
123 
de negócio definidas e específicas, nos casos em que a escolha do parceiro esteja 
associada a suas características particulares. 
 
(E) a aquisição de bens produzidos por empresas que comprovem cumprimento de 
reserva de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da 
Previdência Social e que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. 
 
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
De antemão, cumpre reconhecer que a inexigibilidade se aplica para situações em que 
a competição é INVIÁVEL, seja pela natureza específica do negócio, seja pelos objetivos 
visados pela Administração, existindo lista meramente exemplificativa no art. 25 da Lei 
Federal nº 8.666/1993, a saber: 
 
Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de 
competição, em especial: 
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que 
só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou 
representante comercial exclusivo, vedada a preferência de 
marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita 
através de atestado fornecido pelo órgão de registro do 
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o 
serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, 
ou, ainda, pelas entidades equivalentes; 
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 
13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou 
empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade 
para serviços de publicidade e divulgação; 
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, 
diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que 
consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública. 
[GRIFAMOS]. 
 
(A) INCORRETA. A parte final do inciso II do art. 25 acima colacionado é peremptória no 
sentido de que a inexigibilidade no caso de “serviços técnicos profissionais 
especializados com notória especialização” NÃO é admitida no caso de publicidade e 
divulgação. 
 
 
 
124 
(B) INCORRETA. Trata-se de hipótese de licitação exclusiva com ME e EPP, nos termos 
do art. 48, I, da LC 123/2006. 
 
(C) INCORRETA. Trata-se de hipótese de licitação dispensável, com fundamento no art. 
24, XXV, da Lei Geral de Licitações. 
 
(D) CORRETA. O art. 28, § 3º, II, e § 4º, da Lei das Empresas Estatais – Lei Federal nº 
13.303/2016 estabelece tal hipótese de inexigibilidade de licitação para as empresas 
estatais. 
 
(E) INCORRETA. A hipótese é critério de desempate e permite o estabelecimento de 
margem de preferência, conforme o disposto no art. 3º, §§ 2º, V, e 5º, II, da Lei Federal 
nº 8.666/1993, não se tratando de caso de licitação inexigível. 
 
96. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, os serviços públicos 
sociais 
 
(A) são aqueles em que a atuação estatal limita-se à atividade de regulação, com 
coercitividade. 
 
(B) têm titularidade compartilhada entre o Poder Público e a Sociedade, restringindo-se 
a atividade de fomento às áreas da cultura, desporto e lazer e meio ambiente. 
 
(C) caracterizam-se pelo reconhecimento de que a atuação privada é mais eficiente do 
que a pública, dada a agilidade e a flexibilidade que marcam o regime de direito privado 
e, por isso, afastam a atuação direta e o fomento do Poder Público. 
 
(D) admitem a atuação, por direito próprio, dos particulares, sem que para tanto seja 
necessária delegação pelo poder público sob regime de concessão ou permissão. 
 
(E) quando prestados por OrganizaçõesSociais por meio de contratos de gestão com 
repasse de recursos públicos, obrigam as entidades conveniadas a contratar mediante 
licitação, realizar concurso para selecionar recursos humanos vinculados à execução do 
objeto contratado e procedimento periódico de prestação de contas.
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
O ponto foi abordado em nossa revisão de véspera (inclusive em slides), quando do 
estudo do Terceiro Setor. 
 
 
125 
Conforme pontuado, os “serviços públicos sociais”, como a educação e a saúde, de 
oferecimento de comodidades ou utilidades sociais à coletividade, com o objetivo de 
bem-estar e justiça sociais, intimamente relacionados com a dignidade da pessoa 
humana, disciplinados nos arts. 193-232 da Constituição Federal, são serviços abertos à 
iniciativa privada, que os podem desempenhar por direito próprio, 
independentemente de qualquer ato de delegação estatal. Não se caracterizam como 
serviços públicos propriamente ditos, que incumbem ao Estado ou a seus delegatários 
(concessionários ou permissionários), nos termos do art. 175 da CF/88. 
 
(A) INCORRETA. Os serviços sociais não dizem respeito à regulação, atividade exclusiva 
estatal, por envolver o exercício de poder extroverso, sendo indelegável à iniciativa 
privada, portanto. Nesse diapasão, o art. 40 da Lei de Parcerias Sociais – Lei Federal nº 
13.019/2014 é peremptório no sentido de que “É vedada a celebração de parcerias 
previstas nesta Lei que tenham por objeto, envolvam ou incluam, direta ou 
indiretamente, delegação das funções de regulação, de fiscalização, de exercício do 
poder de polícia ou de outras atividades exclusivas de Estado”. 
 
(B) INCORRETA. Os serviços sociais abrangem toda a ordem social, não sendo por acaso 
que a Lei de Parcerias Sociais estabelece, em seu art. 2º, III, que suas parcerias se 
destinam a “finalidades de interesse público e recíproco, em regime de mútua 
cooperação”, constando o art. 33, I, dessa mesma Lei, que as organizações da sociedade 
civil devem ter “objetivos voltados à promoção de atividades e finalidades de relevância 
pública e social”. 
 
(C) INCORRETA. A priorização da ação não estatal nos serviços sociais advém muito mais 
de uma decisão política do que do reconhecimento de que o Estado é essencialmente 
menos eficiente. De todo modo, a atuação estatal, direta ou indiretamente [por meio 
do fomento e da regulação] jamais estará afastada; muito pelo contrário, a disciplina 
constitucional da ordem social deixa claro que a presença do Estado é mandatória. 
 
(D) CORRETA. Consoante já esclarecido, não há reserva de titularidade estatal 
(publicatio) no âmbito dos serviços sociais, no qual os agentes não estatais atuam por 
direito próprio, independentemente de qualquer ato de delegação do Poder Público. A 
propósito, o caput do art. 209 da Constituição Federal é expresso no sentido de que “O 
ensino é livre à iniciativa privada...”. 
 
(E) INCORRETA. O STF, no julgamento da ADI nº 1.923/DF, deixou claro que, as 
organizações sociais, por não integrarem a Administração Pública, não se sujeitam à 
regras constitucionais da licitação e do concurso público, ainda quando recebam alguma 
espécie de fomento estatal por meio de contrato de gestão, estando obrigadas, 
contudo, diante do manuseio de recursos públicos, ao respeito dos princípios 
 
 
126 
administrativos da isonomia, impessoalidade, eficiência, publicidade e economicidade, 
devendo prestar contas da “gestão privada de recursos públicos”. 
 
 
97. A participação, proteção e defesa dos direitos dos usuários dos serviços públicos 
prestados direta ou indiretamente pela Administração Pública 
 
(A) compreende a realização de avaliação continuada dos serviços públicos, por meio de 
pesquisa de satisfação, em periodicidade mínima semestral, a fim de integralizar ranking 
das entidades com maior incidência de reclamação dos usuários. 
 
(B) permite a participação em conselhos de usuários, sem prejuízo de outras formas de 
controle social previstas na legislação, mediante remuneração a ser fixada pelo ente 
federado titular do serviço público. 
 
(C) é regida por legislação especial, afastando-se as disposições do Código de Defesa do 
Consumidor (Lei no 8.078/90). 
 
(D) é assegurada por meio da apresentação de manifestação perante a Administração 
Pública acerca da prestação de serviços públicos, vedadas exigências de identificação do 
requerente. 
 
(E) abrange a efetiva resolução das manifestações dos usuários, compreendendo 
recepção, análise, decisão administrativa final e ciência ao usuário 
 
RESPOSTA: E 
 
COMENTÁRIOS 
 
A questão cobrou conhecimento da Lei Federal nº 13.460/2017, que “Dispõe sobre 
participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços públicos da 
administração pública”. A bem da verdade, a resposta correta podia ser obtida um tanto 
quanto pelo senso comum, através de regras da experiência e de um juízo de 
razoabilidade. 
 
(A) INCORRETA. A periodicidade prevista na Lei é ANUAL (art. 23, §§ 2º e 3º). 
 
(B) INCORRETA. O art. 21 da Lei estabelece que a participação do usuário no conselho é 
considerada serviço relevante e SEM remuneração. 
 
 
 
127 
(C) INCORRETA. Não há qualquer previsão de afastamento do CDC, que se aplica à 
prestação de serviços públicos, conforme dispõe os arts. 4º, VI, 6º, X, da Lei 
Consumerista, que deve ser conjugada com a novel Lei Federal nº 13.460/2017 e com a 
Lei Federal nº 8.987/1995, compondo um verdadeiro microssistema de proteção do 
usuário de serviços públicos. 
 
(D) INCORRETA. O art. 10 da Lei exige a identificação do usuário requerente. 
 
(E) CORRETA. O art. 12 da Lei prevê tais etapas nos procedimentos administrativos 
relativos à análise das manifestações. A escolha dessa alternativa é até intuitiva. 
 
 
98. A contratação, pelo Estado, de serviço de construção, implantação, gestão e 
manutenção de postos de atendimento ao cidadão, em dez municípios, conjugando a 
prestação de diversos serviços públicos não exclusivos do Estado com vistas à melhor 
gestão e eficiência, ao custo estimado de R$ 18.000.000,00 (dezoito milhões de reais), 
pelo período de 15 (quinze) anos, sem previsão de pagamento de taxa ou preço público 
para que o usuário possa acessar os diversos serviços prestados no posto de 
atendimento 
 
(A) poderá se dar por meio da contratação da obra, pelo Poder Público, mediante 
licitação na modalidade concorrência do tipo menor preço e, após concluída a 
construção de cada um dos postos, a implantação dos serviços, sua gestão e 
manutenção deverão ser delegados a organizações da sociedade civil sem fins 
lucrativos, por meio de contrato de gestão, considerando-se a impossibilidade de 
cobrança do usuário pelo acesso ao posto. 
 
(B) poderá se dar por meio de concessão administrativa, já que o Poder Público será, no 
modelo proposto, usuário da prestação de serviço, remunerando o concessionário 
mediante pagamento de contraprestação pecuniária do parceiro público. 
 
(C) poderá se dar por meio de concessão comum de serviço público, precedida de obra 
pública, cabendo ao concessionário contratado efetuar pagamento de outorga fixa e 
variável ao Poder Público, remunerando-se exclusivamente por meio da exploração de 
atividades acessórias de caráter econômico, como lanchonetes, restaurantes, ou 
comércio legal de qualquer tipo. 
 
(D) poderá se dar por meio de contratação de bens imóveis nos quais o locador realiza 
a prévia aquisição, construção ou reforma substancial, com aparelhamento de bens, por 
si mesmo ou por terceiros, do bem especificado pelo Poder Público e, portanto, 
mediante dispensa de licitação. 
 
 
128 
(E) poderá se dar por meio de contratação de cada parcela do serviço, construção, 
implantação, gestão e manutenção mediante licitação, na modalidade concorrência, do 
tipo técnica e preço, já que os serviços públicos prestados pelo Estado aocidadão são 
indelegáveis. 
RESPOSTA: B 
 
COMENTÁRIOS 
 
O ponto foi abordado em nossa revisão de véspera (slides), quando do estudo dos 
serviços públicos, em específico das modalidades de PPP. 
 
De início, cumpre reconhecer que a hipótese reclama uma concessão de serviços, eis 
que, de forma contínua, por 15 (quinze) anos, serão prestados diversos serviços aos 
cidadãos em geral. Além disso, a modalidade adequada é a parceria público privada, eis 
que a remuneração do serviço final não se dará por meio de tarifas ou preços públicos 
pelos cidadãos, mas pelo Poder Público. Finalmente, como não há contraprestação dos 
usuários diretos, a hipótese é de concessão administrativa, em que todo o valor do 
serviço é pago pelo parceiro público, que será considerado usuário indireto no caso. É 
importante perceber que, na concessão administrativa, o Poder Público será o usuário, 
mas nem sempre o direto, justamente como no caso da questão.
 
 
99. A respeito do processo administrativo disciplinar, é correto afirmar que 
 
(A) a ação disciplinar prescreverá em um quinquênio, contado da data em que ocorreu 
o fato tipificado como crime ou da data em que a prática do fato tipificado como crime 
tornou-se conhecida. 
 
(B) no Estado de Mato Grosso, não se admite aplicação da sanção de cassação de 
aposentadoria aos servidores estaduais porque não prevista expressamente no seu 
estatuto funcional, embora a jurisprudência seja pacífica quanto à constitucionalidade 
dessa sanção administrativa. 
 
(C) na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração 
cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias 
agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais. 
 
(D) a responsabilidade disciplinar do servidor será afastada no caso de absolvição 
criminal por ausência de prova suficiente para a condenação. 
 
 
 
129 
(E) se aplicam os princípios da autotutela administrativa e da supremacia do interesse 
público, de sorte que, verificada a existência de vício insanável, antes de decidir, a 
autoridade julgadora declarará a nulidade total do processo e, no mesmo ato, 
interrompe-se o prazo prescricional da ação disciplinar.
 
RESPOSTA: C 
 
COMENTÁRIOS 
 
QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO! 
 
Questão ANULÁVEL, tendo em vista que o edital não mencionou expressamente que 
seria cobrada a lei do Estado do Mato Grosso que disciplina o processo disciplinar dos 
servidores estaduais (LC nº 04/1990), diferentemente do que fez com o ponto “processo 
administrativo”. Inclusive, no item “organização funcional”, o edital se reporta 
genericamente a “processo disciplinar” e “regimes jurídicos funcionais”, sem qualquer 
especificação. Sem embargo, a resposta correta podia ser alcançada pelo conhecimento 
da legislação federal e de forma intuitiva. 
 
(A) INCORRETO. Aplica-se o prazo de prescrição penal. Nesse sentido, o art. 169 da LC 
Estadual nº 04/1990 estabelece que: 
 
Art. 169 A ação disciplinar prescreverá: 
I – em 05 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com 
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e 
destituição de cargo em comissão; 
II – em 2 (dois) anos, quanto à representação e suspensão; 
§ 1º O prazo de prescrição começa da data em que, o fato ou 
transgressão se 
tornou conhecido. 
§ 2º Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às 
infrações disciplinares capituladas também como crime. 
 
(B) INCORRETO. O art. 154 da Lei Estadual estabelece as ss. sanções disciplinares: 
repreensão, suspensão, demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
e destituição de cargo em comissão. 
 
(C) CORRETO. É a dicção do art. 155 da Lei Estadual. 
 
(D) INCORRETO. Como sabido, vige o princípio da relativa independência das instâncias 
civil, administrativa e penal, sendo que esta última vincula as duas primeiras apenas 
 
 
130 
quando houver absolvição por negativa de autoria ou por ausência de materialidade, 
conforme dispõem o art. 153 da Lei Estadual, o art. 935 do CC/02 e os arts. 66-67 do CP. 
 
(E) INCORRETO. De acordo com o art. 196 da Lei Estadual, a declaração de nulidade 
poderá ser total ou parcial, devendo a autoridade ordenar a constituição de outra 
comissão para a constituição de novo processo, não existindo o efeito interruptivo da 
prescrição mencionado. 
 
 
100. A desapropriação 
 
(A) indireta decorre do ato administrativo de tombamento compulsório de bem imóvel 
particular, independentemente da comprovação do esvaziamento integral do conteúdo 
patrimonial do bem. 
 
(B) de imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social para fins de reforma 
agrária é do Estado- -membro em que localizado o bem, por expressa delegação legal. 
 
(C) destinada à urbanização ou reurbanização realizada mediante concessão 
patrocinada, poderá abranger área contígua necessária ao desenvolvimento da obra, 
mediante proposta fundamentada do concessionário, se este vislumbrar a possibilidade 
de valorização extraordinária da zona em consequência da realização do serviço, 
formalizando-se por apostilamento contratual. 
 
(D) poderá ser realizada por concessionária de serviço público, se assim estipulado no 
edital de licitação e no contrato de concessão, caso em que será desta a 
responsabilidade pelas indenizações cabíveis, preservada a competência do Poder 
Concedente para declarar de utilidade pública os bens necessários à execução do serviço 
ou obra pública. 
 
(E) pode se dar “por zona”, isto é, coletivamente em favor de núcleos urbanos informais 
existentes sem oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número 
de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros por possuidor 
 
RESPOSTA: D 
 
COMENTÁRIOS 
 
O ponto foi abordado em rodada específica da Turma de Reta final TJ-MT. 
 
 
 
131 
(A) INCORRETO. A desapropriação indireta reclama o chamado “apossamento 
administrativo”, o esbulho possessório por parte do Poder Público, em desrespeito ao 
devido processo legal. Não há que se falar em desapropriação indireta se não há a 
tomada da posse do bem pela Administração. Se há alguma forma de intervenção estatal 
na propriedade privada que esvazie o conteúdo patrimonial do bem, isso não 
desapropriação indireta, devendo ser resolvido em perdas e danos em ação de direito 
pessoal, submetida ao prazo quinquenal de prescrição previsto no Decreto nº 
20.910/1932. Essa é a posição do STJ (EDcl no Resp. 1454919/MG, Rel. Ministro 
Humberto Martins, Segunda Turma, julgado em 07/04/2015). A assertiva está 
equivocada, portanto: o tombamento, por não implicar apossamento 
administrativo/esbulho possessório pela Administração, não se confunde com 
desapropriação indireta. 
 
(B) INCORRETO. A desapropriação do imóvel rural por descumprimento de sua função 
social está prevista no art. 184 da CF/88 e é da competência privativa da União. 
 
(C) INCORRETO. A assertiva envolve a chamada “desapropriação por zona”, que abrange 
a área contígua necessária ao desenvolvimento de obras públicas e as zonas que se 
valorizam extraordinariamente, em decorrência da realização do serviço. Em primeiro 
lugar, a declaração da utilidade/necessidade pública cabe sempre ao Poder Público, a 
quem cabe decidir se haverá a desapropriação e sua amplitude, inclusive no caso de se 
dar “por zona”. Ademais, o erro da questão está em afirmar que ocorrerá por 
apostilamento contratual, eis que, no caso de se destinar à urbanização ou à 
reurbanização por concessão ou PPP, deve constar do edital da licitação. Confira-se: 
 
Art. 4º. A desapropriação poderá abranger a área contígua 
necessária ao desenvolvimento da obra a que se destina, e as 
zonas que se valorizarem extraordinariamente, em 
consequência da realização do serviço. Em qualquer caso, a 
declaração de utilidade pública deverá compreendê-las, 
mencionando-se quais as indispensáveis à continuação daobra 
e as que se destinam à revenda. 
Parágrafo único. Quando a desapropriação destinar-se à 
urbanização ou à reurbanização realizada mediante concessão 
ou parceria público-privada, o edital de licitação poderá prever 
que a receita decorrente da revenda ou utilização imobiliária 
integre projeto associado por conta e risco do concessionário, 
garantido ao poder concedente no mínimo o ressarcimento dos 
desembolsos com indenizações, quando estas ficarem sob sua 
responsabilidade. 
 
 
 
132 
 
(D) CORRETO. Assim dispõe o art. 29 da Lei de Concessões e Permissões de Serviços 
Públicos – Lei Federal nº 8.987/1995: 
 
 Art. 29. Incumbe ao poder concedente: 
[...] 
 VIII - declarar de utilidade pública os bens necessários à 
execução do serviço ou obra pública, promovendo as 
desapropriações, diretamente ou mediante outorga de poderes 
à concessionária, caso em que será desta a responsabilidade 
pelas indenizações cabíveis; 
 
(E) INCORRETO. Consoante vimos, essa não é a noção de desapropriação por zona. 
Trata-se da “usucapião especial coletiva de imóveis urbanos”, prevista no art. 10 do 
Estatuto das Cidades – Lei Federal nº 10.257/2001, in verbis: 
 
Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem 
oposição há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo 
número de possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta 
metros quadrados por possuidor são suscetíveis de serem 
usucapidos coletivamente, desde que os possuidores não sejam 
proprietários de outro imóvel urbano ou 
rural. (Redação dada pela lei nº 13.465, de 2017) 
§ 1o O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido 
por este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, 
contanto que ambas sejam contínuas. 
§ 2o A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será 
declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual servirá de título 
para registro no cartório de registro de imóveis. 
§ 3o Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de 
terreno a cada possuidor, independentemente da dimensão do 
terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito 
entre os condôminos, estabelecendo frações ideais 
diferenciadas. 
§ 4o O condomínio especial constituído é indivisível, não 
sendo passível de extinção, salvo deliberação favorável tomada 
por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de 
execução de urbanização posterior à constituição do 
condomínio. 
§ 5o As deliberações relativas à administração do condomínio 
especial serão tomadas por maioria de votos dos condôminos 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art79
 
 
133 
presentes, obrigando também os demais, discordantes ou 
ausentes.

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