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1 2 3 CURSO MEGE Site: www.mege.com.br Celular/Whatsapp: (99) 982622200 (Tim) Fanpage: /cursomege Instagram: @cursomege Turma: TJPE 2022 (Turma de Reta final) Material: TJPE 2022 (Prova comentada – conforme gabarito preliminar) TJPE 2022 Prova comentada (Gabarito preliminar)1 1 Divulgado dia 18/10/2022. 4 OBSERVAÇÕES INICIAIS A prova objetiva do TJPE foi realizada em 16/10/2022. Assim que tivemos acesso ao gabarito preliminar iniciamos a tradicional prova comentada do Mege. É incrível viver esses momentos de ansiedade juntos e, novamente, entregamos em mãos tudo que apuramos ainda dentro do prazo recursal. A nossa intenção neste material é auxiliar nossos alunos e seguidores na análise da elaboração de seus recursos, além de possibilitar, em formato conclusivo, a revisão de temas cobrados no certame. A prova do TJPE foi a mais extensa dos últimos anos. Por consequência, uma das mais complexas quanto ao quesito gestão do tempo. Não foram poucos os relatos sobre a dificuldade de completar a leitura e resolução das 100 questões no tempo de prova. Além disso, tivemos que enfrentar enunciados com boas pegadinhas. Sobre elas, trataremos com atenção neste estudo de prova comentada. No último TJPE, 27 aprovados estudaram ao nosso lado. Para nossa equipe, foi uma honra retornar ao Recife depois de alguns anos. Ainda mais pelo clima excpecional de recepção calorosa como fomos recebidos. A relação com cada megeano(a) é bastante especial. Vocês fazem toda correria ser repleta de bons e inesquecíveis momentos! A vista do aulão de véspera, inclusive, foi a mais bonita que já encontramos até hoje em nossas atuações. Coisas do nosso belo nordeste! O material aqui apresentado trata de versão preliminar elaborada com as finalidades informadas e concluída por nosso time específico para 1ª fase de magistratura, sem maiores pretensões de aprofundamento e trabalho editorial neste momento de puro apoio. Não há também o viés de verificação rigorosa de temas antecipados em nossas atuações, diante do curto tempo para entrega desse apoio em prazo recursal e da ampla produção de conteúdo de nossas turmas. No entanto, nossa felicidade foi imensa ao constatarmos o quanto nosso apoio, novamente, foi efetivo em reta final e o quanto nossos alunos do clube da Magistratura estão bem direcionados independentemente do nível da prova a ser aplicada. O corte, neste momento, segue estimado em 71 acertos para ampla concorrência Em cotas, a nota de corte necessária é de 60 acertos. Os nossos professores entendem que 4 (quatro) questões, em especial, estão envolvidas em alguma polêmica a ser apreciada (9, 47, 54 e 63) e, portanto, podem ter suas situações alteradas na fase recursal, o que deixa em aberto a nota de corte para outras possibilidades. Após este estudo, o candidato poderá vislumbrar a possibilidade de um aumento em sua nota final. Em nossa experiência, constatamos um parâmetro de que a cada 2 (duas) questões anuladas a pontuação oficial de corte aumenta em 1 (um) ponto. Essa dica deve seguir como norte para definição de maiores chances de avanço no certame. Guardem esta informação! Aos alunos das turmas do Mege para o TJPE, pedimos que não deixem de reler os conteúdos das rodadas com temas antecipados na prova. A melhor fixação será 5 importante nos próximos desafios (e também para 2ª fase do concurso, aos que prosseguirão). Como perceberam, o estudo em sprint final foi revertido em pontos decisivos. É importante mencionar que o Clube do Magistratura também é extremamente valioso para qualquer nível de prova para carreira (especialmente por tratar de um edital completo ao longo de 1 ano). Não fizemos maiores apontamentos sobre ele por aqui pelo curto tempo de comparativo temático de sua produção com as questões de prova. No entanto, é pacífico entre os professores que esse também estava representado em praticamente 100% da prova. Sempre acreditamos muito que, com o devido foco, é possível evoluir mesmo em menor prazo. Portanto, no próximo desafio, seja em SP ou no RJ (os mais prováveis neste momento), seguiremos juntos ao lado de todos em reta final. É válido citar que, neste momento, até iniciamos uma turma gratuita de esquenta para o TJSP 190. LINK da TURMA GRATUITA de ESQUENTA TJSP 189 SEGUNDO O OLHO NA VAGA Até parece uma imagem colada de outra turma do tanto que tem sido assim, nossos alunos, novamente, deram um show em relação aos demais cursos cadastrados! O gráfico abaixo representa o desempenho geral da resposta comparativa de nossos alunos (conforme gabarito e possível nota de corte). Algo apurado em plataforma que não temos qualquer tipo de vínculo ou parceira - informação genuína e que nos enche de orgulho. https://concursos.mege.com.br/esquenta-tjsp 6 PARA ONDE DEVO IR? Em nossa análise sobre caminhos pós-prova no TJPE, entendemos que esse direcionamento esquematizado pode orientar da melhor forma. Sobre a nota de corte de ampla concorrência (estimada em 71 pontos), diante das polêmicas apontadas como possíveis anulações, estimamos que até 68 pontos seria possível imaginar uma chance de 2ª fase. Em cotas, 57 seria esse limite indicado, diante das possibilidades de anulações que apontamos. SE VOCÊ NÃO FOI TÃO BEM NO TJPE NÃO SE DESESPERE! Aos colegas que não estão dentro dessas faixas, indicamos, conforme o caso, entrar imediatamente no Clube da Magistratura (turma 2022.2), Nossa turma mais completa para quem se prepara para carreira (inclusive assinante premium ganha acesso a todas as retas finais de magistratura que atuamos). Se você presta concursos de magistratura em outros estados, o Clube da Magistratura conta com tudo que você precisa para preparação em todas as fases do concurso. Desde o estudo da lei comentada até correções de provas de 2ª fase de forma personalizada; e até mesmo a opção de acompanhamento personalizado. Vale a pena conferir! 7 CLUBE DA MAGISTRATURA 2022.2 A SEGUNDA FASE É LOGO ALI! Por fim, vale ressaltar que já estamos com inscrições abertas para turma de 2ª fase TJPE (onde contaremos com 2 opções: com e sem correções de provas personalizadas) focada em uma preparação completa para este desafio. O estudo de sentenças e discursivas (aqui inclusa ainda uma abordagem ampla para Humanística específica para o TJPE), a experiência de redigir e ter correções de provas manuscritas, tudo devidamente alinhado ao seu desafio no melhor nível. Uma equipe que conta com ex-examinadores em correções e um time focado em turmas de 2ª fase de magistratura desde 2015. As inscrições já estão abertas em nosso site e você ainda poderá utilizar o os cupons indicados (caso seja ex-aluno) para garantir sua vaga com 10% de desconto no carrinho de compra! Os links para inscrição nas turmas de 2ª fase seguem conforme abaixo: TJPE (2ª fase - TURMA 1: COM CORREÇÕES PERSONALIZADAS) Ex-aluno tem ainda 10% de desconto com o cupom: TJPE2FASE Observação: As vagas esgotaram nesta modalidade (com correções personalizadas) antes da disponibilização deste material e as vendas foram, portanto, encerradas, mas conseguimos ampliar 10 vagas (de forma excepcional) para quem ainda não conseguiu matrícula nesta modalidade. TJPE (2ª fase - TURMA 2: COM CORREÇÕES PERSONALIZADAS) Ex-aluno tem ainda 10% de desconto com o cupom: TJPE2FASE Agora é com vocês, vamos para análise de tudo que caiu na objetiva do TJPE. Seguiremos firmes e com trabalho realmente específico também na 2ª fase. Bons estudos! Arnaldo Bruno Oliveira2 2 Insta: @prof.arnaldobruno (fiquem à vontade para envio de mensagens sobre o Mege). https://clube.mege.com.br/assine-clube-da-magistratura/ https://www.mege.com.br/proposta/tjpe2fase https://www.mege.com.br/proposta/tjpeespelhosdecorrecao8 SUMÁRIO BLOCO I ..................................................................................................................... 9 DIREITO CIVIL ................................................................................................................ 9 DIREITO PROCESSUAL CIVIL ........................................................................................ 27 DIREITO DO CONSUMIDOR ......................................................................................... 45 DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................................................. 55 BLOCO II .................................................................................................................. 61 DIREITO PENAL ............................................................................................................ 61 DIREITO PROCESSUAL PENAL ...................................................................................... 76 DIREITO CONSTITUCIONAL ......................................................................................... 91 DIREITO ELEITORAL ................................................................................................... 102 BLOCO III ............................................................................................................... 107 DIREITO EMPRESARIAL.............................................................................................. 107 DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO ........................................................................ 114 DIREITO AMBIENTAL ................................................................................................. 122 DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 125 NOÇÕES GERAIS DE DIREITO E FORMAÇÃO HUMANÍSTICA ..................................... 140 9 BLOCO I DIREITO CIVIL 1. Emengarda faleceu, deixando muitos bens e péssimo relacionamento com seus cinco filhos. Fábio a injuriou em um jantar de família há muitos anos e nunca mais se falaram desde então. Guilherme a coagiu a modificar seu testamento, ameaçando divulgar informações íntimas suas se não lhe deixasse a parte disponível da herança. Henrique caluniou o homem com quem ela vivia há muitos anos em união estável. Igor tentou matá-la por envenenamento, estando preso desde então pelo seu crime. Enfim, Júlio, foi quem efetivamente a matou, buscando contê-la em uma discussão que chegou às vias de fato, tendo sido condenado por homicídio culposo. O herdeiro que pode pretender excluir por indignidade todos os demais e ficar com a herança toda de Emengarda para si é: (A) Fábio; (B) Guilherme; (C) Henrique; (D) Igor; (E) Júlio. _______________________________________________________________________ GABARITO: E COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. Vide comentário da alternativa E. (B) INCORRETA. Vide comentário da alternativa E. (C) INCORRETA. Vide comentário da alternativa E. (D) INCORRETA. Vide comentário da alternativa E. (E) CORRETA. 10 O homicídio culposo praticado por Júlio não é causa de indignidade, nos moldes do art. 1814, CC: “Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade. Questão, porém, merece ser a anulada, porque lista também hipóteses de deserdação (art. 1.962 e 1.963, CC), sem, porém, mencionar que falecido havia deixado testamento determinando essa deserdação”. Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes: I - ofensa física; II - injúria grave; III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto; IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade”. _______________________________________________________________________ 2. Júlio, com 17 anos, já é um conhecido desenhista. Ele é contratado por uma equipe profissional e tem gastado o salário que recebe em viagens, não chegando a ser independente financeiramente. Por entender que Júlio estava esbanjando dinheiro, seus pais entraram em conflito com ele, exigindo administrar o dinheiro que ele recebe mensalmente. Diante disso, é CORRETO afirmar que: (A) dada a incapacidade civil de Júlio, os pais têm o dever de administrar os valores recebidos por ele; (B) ainda que Júlio seja relativamente incapaz, os pais não têm direito a administrar os valores recebidos por ele; (C) ter 17 anos e emprego geram emancipação, e por isso os pais não têm direito a administrar os valores recebidos por ele; (D) os pais não têm mais poder familiar sobre Júlio, mas têm direito a administrar os valores recebidos por ele; 11 (E) os pais somente deveriam administrar os valores recebidos por Júlio se ele tivesse menos de 14 anos. _______________________________________________________________________ GABARITO: B COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. Isso porque, não existe, necessariamente o dever da administração dos bens, conforme se extrai do CC/02: “Art. 1.689. O pai e a mãe, enquanto no exercício do poder familiar: I - são usufrutuários dos bens dos filhos; II - têm a administração dos bens dos filhos menores sob sua autoridade.” (B) CORRETA. CC/02: “Art. 1.693, inc. II do CC: “Art. 1.693. Excluem-se do usufruto e da administração dos pais: II – os valores auferidos pelo filho maior de dezesseis anos, no exercício de atividade profissional e os bens com tais recursos adquiridos”. (C) INCORRETA. É que segundo o art. 5º do CC/02, a emancipação de Júlio não acontece de ofício, devendo ser concedida pelos pais, ou por um deles na falta do outro, ou por sentença do juiz. (D) INCORRETA. Ora, os pais de Júlio já possuem o pleno exercício do poder familiar sobre ele, já que é menor de idade e não emancipado. (E) INCORRETA. De acordo com o art. 1.635º, inc. II e III do CC/02, os pais de Júlio possuem o exercício do poder familiar, até porque ele não atingiu a maioridade nem foi emancipado. Nos termos do art. 1.689, inciso II, o pai e a mãe, enquanto no exercício do poder familiar têm a administração dos bens dos filhos menores sob sua autoridade. 3. A empresa hoteleira Azul Anil aciona a construtora Obra Executiva para cobrar-lhe multa rescisória em decorrência de ter enjeitado o imóvel prometido à venda, o qual serviria de sede da autora, cujo acabamento não correspondia ao anunciado. Além disso, pede indenização suplementar por perdas e danos extraordinários. As partes 12 dispensam a produção de provas e pedem o julgamento antecipado. O juiz, então, julga procedentes, em parte, os pedidos para reduzir, de ofício, a multa rescisória a 10% daquele valor inicialmente pactuado, tendo em vista o comprovado cumprimento de 90% do programa contratual. De outro lado, afasta o pedido de indenização suplementar, por ter verificado que a construtora advertiu, a tempo de evitar o aprofundamento dos danos suportados pelos adquirentes, acerca da mudança do acabamento. Nesse caso, o juiz: (A) não poderia ter reduzido, de ofício, a cláusula penal, sob pena de invadir a autonomia privada das partes, além de violar o princípio de inércia da jurisdição; (B) acertou ao reduzir a cláusula penal a 10%, porquanto o Código Civil, assim interpretado pela jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, determina que a multa deve ser estritamenteproporcional ao percentual da obrigação que fora adimplido; (C) ao julgar improcedente o pedido de indenização suplementar, aplicou a teoria do inadimplemento eficiente (efficient breach), consectária ao postulado de boa-fé, que preconiza a exoneração ou mitigação de responsabilidade daquele que, de maneira eficiente, evita o agravamento de danos do credor; (D) deveria ter condenado o réu em juros de mora sobre o valor da multa desde a citação, o que, mesmo somando-se à cláusula penal, não constituiria injusta cumulação de encargos moratórios (bis in idem); (E) deveria ter julgado improcedente, também, o pedido de pagamento de multa, porque a autora não produziu prova de seu efetivo prejuízo, de modo que não pode haver responsabilidade sem dano ou por dano hipotético no ordenamento brasileiro. _______________________________________________________________________ GABARITO: D COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. O enunciado356 do CJF aduz que: "Nas hipóteses previstas no art. 413 do Código Civil, o juiz deverá reduzir a cláusula penal de ofício”. (B) INCORRETA. De acordo com o STJ, a redução da cláusula penal em razão do pagamento parcial da dívida – prevista no artigo 413 do Código Civil – é dever do juiz e direito do devedor. Entretanto, nessa tarefa, o magistrado não deve se ater à simples adequação matemática entre o grau de inexecução do contrato e o abatimento da penalidade; em 13 vez disso, na busca de um patamar proporcional e equitativo, é preciso analisar uma série de fatores para garantir o equilíbrio entre as partes contratantes, como o tempo de atraso, o montante já quitado e a situação econômica do devedor (REsp 1898738). (C) INCORRETA. A Teoria do Inadimplemento Eficiente do Contrato sugere que o contratante, diante de uma oportunidade mais lucrativa, possa descumprir deliberadamente o pacto já firmado, honrando com o pagamento da multa contratual prevista. Cuida-se do dever de mitigar o próprio prejuízo (Duty to mitigate the loss). (D) CORRETA. CC/02: "Art. 405: “Contam-se os juros de mora desde a citação inicial” e Art. 389: “Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado”." (E) INCORRETA. CC/02: "Art. 416: “Para exigir a pena convencional, não é necessário que o credor alegue prejuízo”. _______________________________________________________________________ 4. Maria realiza contrato de financiamento com o Banco X e apresenta João como seu fiador, que, na oportunidade, anuiu expressamente. Maria não consegue pagar as parcelas e, de boafé, convida o Banco X a renegociar. Maria e o Banco X optam por realizar uma nova obrigação, que extinguiu a anterior, sendo que as novas prestações são compatíveis com as possibilidades financeiras de Maria. Quanto à situação do fiador João, é CORRETO afirmar que: (A) está exonerado, já que há nova obrigação e, quanto a esta, não anuiu; (B) permanece obrigado como fiador, já que a nova obrigação se trata de novação, que, segundo a lei, não o exonera; (C) permanece obrigado como fiador, já que a fiança é o exemplo típico de obrigação acessória e, como tal, deve seguir a obrigação principal; (D) permanece obrigado como fiador, já que a segunda negociação é mera continuidade da primeira, não representando, tecnicamente, nova obrigação; (E) permanece obrigado como fiador, já que a fiança é garantia pessoal, vinculando-o a Maria e seu contrato de financiamento com o Banco X, independentemente da obrigação. _______________________________________________________________________ 14 GABARITO: A COMENTÁRIOS (A) CORRETA. CC/02: “Art. 366. Importa exoneração do fiador a novação feita sem seu consenso com o devedor principal.” “Art. 838: “O fiador, ainda que solidário, ficará desobrigado: I – se, sem consentimento seu, o credor conceder moratória ao devedor”. (B) INCORRETA. Vide comentário da alternativa A. (C) INCORRETA. Vide comentário da alternativa A. (D) INCORRETA. Vide comentário da alternativa A. (E) INCORRETA. Vide comentário da alternativa A. _______________________________________________________________________ 5. João, proprietário de terreno no centro da cidade de Pouso Feliz, subutiliza-o, sem edificar ou parcelar, mantendo-o abandonado, com vegetação aleatória, acúmulo de água, entre outras situações que deixam claro o não cumprimento do princípio da função social. Nesse caso, a melhor conduta a ser tomada é: (A) o Estado onde está localizado o terreno deverá intimar João a edificar, parcelar ou utilizar o terreno, sob pena de desapropriação; (B) o Município onde está localizado o terreno deverá intimar João a edificar, parcelar ou utilizar o terreno, sob pena de estipulação de alíquotas progressivas de IPTU; (C) o Município onde está localizado o terreno deverá intimar João a edificar, parcelar ou utilizar o bem, sob pena de desapropriação; (D) o Estado onde está localizado o terreno deverá intimar João a edificar, parcelar ou utilizar o bem, sob pena de estipulação de alíquotas progressivas de IPTU; 15 (E) o Estado e o Município poderão intimar João a edificar, parcelar ou utilizar o bem, sob pena de estipulação de alíquotas progressivas de IPTU ou desapropriação, a depender da gravidade da violação ao princípio da função social. _______________________________________________________________________ GABARITO: B COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. (B) CORRETA. É a alternativa que coaduna com o teor dos arts. 5°, 6° e 7° do Estatuto da Cidade e com o art. 182, § 4°, da CF/88. (C) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. (D) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. (E) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. _______________________________________________________________________ 6. Após um breve namoro, João e Maria se casaram em 2011, quando ambos já contavam 71 anos, e elegeram, em pacto antenupcial, a opção pela separação absoluta, com o objetivo expresso de impedir a comunicação de qualquer patrimônio. Em 2022, João falece. Maria postula a partilha dos bens. Nesse caso, se houver impugnação dos descendentes, o juiz deverá reconhecer: (A) apenas direito à meação, ainda que haja pacto antenupcial com ajuste em sentido contrário, uma vez que, nos termos do Código Civil, é nula a convenção ou cláusula dela que contravenha disposição absoluta de lei; (B) que Maria não é herdeira, por força da separação legal, nem meeira, porque o pacto antenupcial pode afastar a regra de que, no regime de separação legal de bens, comunicam-se os adquiridos na constância do casamento (súmula 377 do Supremo Tribunal Federal); 16 (C) apenas direito à sucessão, porquanto, no caso, prevaleça o regime da separação convencional, expressamente assinalado pelos envolvidos, em que o cônjuge supérstite concorre com os descendentes; (D) que Maria herdará os bens particulares do falecido e, sobre os demais, terá direito à meação, considerando que a convenção não poderia ter afastado regra cogente própria do regime de separação legal; (E) a exclusão, no caso concreto, do direito de habitação sobre o imóvel em que residiam, tendo em vista a regência da separação legal de bens. _______________________________________________________________________ GABARITO: B COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. (B) CORRETA. É o dispositivo que coaduna com o teor dos arts. 1.641 e 1.829, I, CC e com o entendimento do STJ (REsp 1.922.347). A propósito, no casamento ou na união estável regidos pelo regime da separação obrigatória de bens, é possível que os nubentes/companheiros, em exercício da autonomia privada, estipulando o que melhor lhes aprouver em relação aos bens futuros, pactuem cláusulamais protetiva ao regime legal, com o afastamento da Súmula n. 377 do STF, impedindo a comunhão dos aquestos. (C) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. (D) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. (E) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. _______________________________________________________________________ 7. Maria Clara, recém-empossada como juíza de direito, recebeu para análise uma ação de divórcio com pedido de partilha de bens de Roque e Elisa, que viveram mais de cinquenta anos juntos, sob o regime da comunhão universal de bens. Na constância do casamento, Roque comprou duas casas; Elisa herdou, com cláusula de 17 incomunicabilidade, uma fazenda de macieiras, que desde que passou à sua administração, vem tendo alta produção de maçãs, todas colhidas durante o casamento; e Roque recebeu a doação de três cavalos. Maria Clara deverá considerar comuns somente os seguintes bens: (A) as casas e os cavalos; (B) as casas, as maçãs e os cavalos; (C) as casas, a fazenda e as maçãs; (D) a fazenda e as maçãs; (E) as maçãs e os cavalos. _______________________________________________________________________ GABARITO: B COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. (B) CORRETA. CC/02: “Art. 1.667. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte. Art. 1.668. São excluídos da comunhão: I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados em seu lugar; II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva; III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum; IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de incomunicabilidade; V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo antecedente não se estende aos frutos, quando se percebam ou vençam durante o casamento.” 18 (C) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. (D) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. (E) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. _______________________________________________________________________ 8. Rosa e Geraldo estavam casados há dez anos, quando Geraldo foi diagnosticado com uma doença terminal. Por não desejarem que eventuais filhos crescessem órfãos, o casal procurou os métodos contraceptivos mais eficazes do mercado, no que encontraram um remédio, produzido em parceria pelos laboratórios XPTO e YZX, que garantia 100% de infalibilidade. Apesar de toda a publicidade e do uso escorreito da medicação, acabaram engravidando. Aos oito meses de gestação, a doença de Geraldo chega a termo e o leva a óbito. Um mês depois, nasce a filha do casal, Bela, o que traz imensa alegria a Rosa, que vê nisto uma perpetuação do amado. Mesmo assim, depois de muita hesitação e um dia antes do implemento do prazo prescricional, Rosa, Bela e o espólio de Geraldo ajuízam demanda indenizatória por danos morais em face de ambos os laboratórios. Nesse caso, é CORRETO afirmar, sob o ponto de vista exclusivamente do Direito Civil, que: (A) não seria possível transação com os réus, porque a lide envolve direitos indisponíveis de menor de idade (Bela), ainda que esteja representada judicialmente por sua mãe; (B) Rosa não sofreu danos morais, caracterizados juridicamente como o sofrimento ou a humilhação decorrente de uma violação de direitos da personalidade, já que o nascimento da filha lhe causou grande alegria; (C) os danos morais constituem lesão personalíssima e, por isso mesmo, o direito à indenização não poderia ser transmitido aos herdeiros, ainda mais porque, no caso, Bela receberia indenização cujo fato gerador seria o próprio nascimento; (D) se os autores firmarem transação com o laboratório XPTO, eventual quitação contemplará, também e salvo expressa disposição em contrário, o laboratório YZX, ainda que este não tenha intervindo no negócio jurídico e nada tenha desembolsado; (E) reconhecidos danos morais deverão ser arbitrados de acordo com o método bifásico, sendo certo que, conforme entendimento mais atual do Superior Tribunal de Justiça para casos congêneres de responsabilidade aquiliana, o juiz deverá ponderar, para reduzir a indenização, o tempo levado pelos autores em buscar a indenização. _______________________________________________________________________ GABARITO: D 19 COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. Vide comentário da alternativa D. (B) INCORRETA. Vide comentário da alternativa D. (C) INCORRETA. Vide comentário da alternativa D. (D) CORRETA. No caso em apreço, os laboratórios são solidariamente responsáveis, nos termos do art. 7°, parágrafo único do CDC). No mais, a quitação ou extinção da dívida da indenização com um aproveita ao outro, como dispõe o art. 844, § 3°, CC: “Art. 844. A transação não aproveita, nem prejudica senão aos que nela intervierem, ainda que diga respeito a coisa indivisível. (...) § 3° Se entre um dos devedores solidários e seu credor, extingue a dívida em relação aos co-devedores.”. Cumpre ressaltar, ainda, que o STJ admite indenização por dano moral contra laboratório por falha de anticoncepcional (RESp 1.452.306). Esse direito à indenização, inclusive, é transmissível aos herdeiros (art. 943, CC). (E) INCORRETA. Vide comentário da alternativa D. _______________________________________________________________________ 9. Marlise comprometera-se a dar um de seus cachorros, apelidado de Totó, para Rejane. Entretanto, tendo se apegado ao animal, no dia do vencimento ofereceu a Rejane, em lugar do Totó, uma joia que acabara de herdar de sua falecida tia, o que foi prontamente aceito pela credora, tendo ocorrido de imediato a transferência da joia. Todavia, decisão judicial veio a reconhecer a nulidade do testamento da tia, que previa o legado da joia a Marlise, vindo Rejane então a perder o bem em favor do acervo hereditário. Diante disso, Rejane pode exigir de Marlise: (A) o equivalente pecuniário da joia somente; 20 (B) o equivalente pecuniário da joia mais eventuais perdas e danos; (C) o Totó somente; (D) o Totó mais eventuais perdas e danos; (E) perdas e danos somente. _______________________________________________________________________ GABARITO: D COMENTÁRIOS QUESTÃO PASSÍVEL DE ANULAÇÃO. (A) INCORRETA. Vide comentário da alternativa C. (B) INCORRETA. Vide comentário da alternativa C. (C) INCORRETA. Os arts. 356 a 359 do CC/2002 tratam da dação em pagamento (datio in solutum), que pode ser conceituada como uma forma de pagamento indireto em que há um acordo privado entre os sujeitos da relação obrigacional, pactuando-se a substituição do objeto obrigacional por outro. Para tanto, é necessário o consentimento expresso do credor, o que caracteriza o instituto como um negócio jurídico bilateral.). Se o credor for evicto da coisa recebida, a obrigação primitiva será restabelecida, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros de boa-fé (art. 359 do CC): “Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros”. Assim, Rejane só poderá exigir o Totó, uma vez que restabelecer-se-á a obrigação primitiva. Neste particular, não obstante a banca dar como certa a alternativa D, a alternativa C está correta. É preciso destacar, também, que a evicção, em regra, se aplica a contratos onerosos (art. 447, CC). A questão trata de contrato gratuito (doação). Logo, nos parece ser um ponto a ser questionado em eventualrecurso. 21 (D) CORRETA. Vide comentário da alternativa C. (E) INCORRETA. Vide comentário da alternativa C. ______________________________________________________________________ 10. Entre seus três filhos, Amália sempre demonstrou certa predileção por Vitor. Recentemente, seus outros filhos ficaram indignados quando ela deu um imóvel de presente a Vitor sem consultá-los, pois, embora ela tenha em seu patrimônio outros imóveis de maior valor, eles temem potencial prejuízo à parte deles na herança. A doação feita por Amália a Vitor sem concordância dos demais herdeiros é: (A) inexistente; (B) nula; (C) anulável; (D) ineficaz; (E) válida. _______________________________________________________________________ GABARITO: E COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. Vide comentário da alternativa E. (B) INCORRETA. Vide comentário da alternativa E. (C) INCORRETA. Vide comentário da alternativa E. (D) INCORRETA. Vide comentário da alternativa E. (E) CORRETA. Cumpre ressaltar que doação a descendente é válida, não precisando de consentimento dos demais. Ocorre, porém, que será preciso colacionar, salvo disposição contrária com respeito à legítima calculada ao tempo da doação (arts. 544 e 2.002 e ss do CC). 22 Pela importância destacamos: “Art. 544. A doação de ascendentes a descendentes, ou de um cônjuge a outro, importa adiantamento do que lhes cabe por herança.” Sublinhe-se que o conceito de colação ou conferência pode ser retirado do art. 2.002 do CC, segundo o qual: “os descendentes que concorrerem à sucessão do ascendente comum são obrigados, para igualar as legítimas, a conferir o valor das doações que dele em vida receberam, sob pena de sonegação”. Ressalte-se, ainda, o teor do art. 2.003: “A colação tem por fim igualar, na proporção estabelecida neste Código, as legítimas dos descendentes e do cônjuge sobrevivente, obrigando também os donatários que, ao tempo do falecimento do doador, já não possuírem os bens doados. Parágrafo único. Se, computados os valores das doações feitas em adiantamento de legítima, não houver no acervo bens suficientes para igualar as legítimas dos descendentes e do cônjuge, os bens assim doados serão conferidos em espécie, ou, quando deles já não disponha o donatário, pelo seu valor ao tempo da liberalidade.” e por último, o do art. 1.847 (“Art. 1.847. Calcula-se a legítima sobre o valor dos bens existentes na abertura da sucessão, abatidas as dívidas e as despesas do funeral, adicionando-se, em seguida, o valor dos bens sujeitos a colação.”). _______________________________________________________________________ 11. Asdrúbal é síndico do condomínio do edifício Epitáfio. Recentemente, foi constatada a necessidade urgente de substituição da rede elétrica que passa por cima da garagem, por conta de risco de incêndio. Entretanto, o custo da obra é bastante significativo, especialmente tendo em vista a quantidade de condôminos e suas condições financeiras. Diante disso, Asdrúbal: (A) deve iniciar a realização das obras, dispensada consulta à assembleia; (B) deve iniciar a realização das obras, mas deve convocar imediatamente a assembleia para dar ciência delas; (C) depende de aprovação das obras pela maioria dos condôminos na assembleia; (D) depende de aprovação das obras por dois terços dos condôminos na assembleia; (E) depende de aprovação das obras pela unanimidade dos condôminos na assembleia. _______________________________________________________________________ GABARITO: B COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. 23 Vide comentário da alternativa B. (B) CORRETA. CC/02 - Art. 1.341, § 2°: “Se as obras ou reparos necessários forem urgentes e importarem em despesas excessivas, determinada sua realização, o síndico ou o condômino que tomou a iniciativa delas dará ciência à assembléia, que deverá ser convocada imediatamente”. (C) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. (D) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. (E) INCORRETA. Vide comentário da alternativa B. _______________________________________________________________________ 12. Lauro comprou um carro usado de seu vizinho para Marcos, seu filho que acabara de completar 18 anos. Ficou satisfeito com o modelo que escolheu, pois além de ser um carro versátil para um jovem, viu que possuía um rastreador, que pensou ser relevante para questões de segurança. Celebrado o negócio jurídico, Lauro ficou surpreso quando o carro foi entregue sem o rastreador e, ao questionar o vendedor, ele o informou que a aquisição desse item não foi convencionada. O vendedor não estava obrigado a entregar o rastreador, porque ele é considerado: (A) bem imóvel por acessão intelectual; (B) produto; (C) benfeitoria; (D) pertença; (E) bem móvel para efeitos legais. _______________________________________________________________________ GABARITO: D COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. Conforme comentário da alternativa D. No mais, não se trata de bem imóvel. (B) INCORRETA. 24 Conforme comentário da alternativa D. Além disso, nos termos do art. 3° do CDC: “§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial”. (C) INCORRETA. Conforme comentário da alternativa D. (D) CORRETA. Cumpre salientar que pertenças são bens que - a despeito da específica destinação acessória, na medida em que atendem a finalidade econômico-social da coisa principal - são facilmente destacáveis do bem principal, sem prejuízo de sua essência, de sua finalidade ou de seu valor econômico (substancialmente considerado). A partir de tais características, é de se concluir que o equipamento de monitoramento (rastreador) do carro comprado por Lauro é uma pertença. Trata-se, indiscutivelmente, de "coisa ajudante" que atende ao uso do bem principal. Desse modo, sua retirada do veículo não altera a natureza do bem principal, em nada prejudicando sua função finalística, tampouco refletindo uma depreciação econômica de tal monta que torne inviável, sob tal aspecto, a separação. Logo, o vendedor não estava obrigado a entregar o rastreador. Nesse sentindo, destacamos o REsp 1.667.227-RS do STJ, bem como o teor dos seguintes dispositivos do CC/02: “Art. 93. São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das circunstâncias do caso.” (E) INCORRETA. Conforme comentário da alternativa D. _______________________________________________________________________ 13. Maria, após consumir álcool, assume a direção de seu carro e causa acidente de trânsito, vitimando João que, seguindo todas as regras de trânsito, voltava de seu plantão. No acidente, João bate a cabeça, sofre grave traumatismo e permanece, a partir do evento, em estado comatoso por seis anos. Felizmente, após tal prazo, João se recupera e decide ajuizar demanda de reparação civil em face de Maria. Com base nos fatos narrados e no Código Civil/2002, é CORRETO afirmar que a pretensão de João: (A) está fulminada pela prescrição, já que ultrapassados os dois anos previstos para exercício de seu direito; 25 (B) não pode estar prescrita, já que não corre prescrição contra os absolutamente incapazes, abarcados aqueles que, por causa transitória, não puderem exprimir vontade; (C) está fulminada pela prescrição, já que ultrapassados os cinco anos previstos para exercício de seu direito; (D) não pode estar prescrita, já que o prazo previsto para exercício de seu direito é o prazo geral do Código Civil, qual seja, prazo de dez anos; (E) está fulminada pela prescrição, já que ultrapassados os três anos previstos para o exercício de seu direito. _______________________________________________________________________GABARITO: E COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. Vide comentário da alternativa E. (B) INCORRETA. Vide comentário da alternativa E. (C) INCORRETA. Vide comentário da alternativa E. (D) INCORRETA. Vide comentário da alternativa E. (E) CORRETA. De acordo com o art. 206, § 3° do CC/02: “Art. 206. Prescreve: (...) § 3° Em três anos: (...) V - a pretensão de reparação civil; (...)”. Neste particular, importante ressaltar que quem está em estado comatoso é relativamente incapaz (art. 4°, CC/02). Por conseguinte, a pretensão de João está fulminada pela prescrição, já que ultrapassado os três anos previstos para o exercício do seu direito. _______________________________________________________________________ 14. Jurema deixou consignada uma estatueta sua em uma loja de antiguidades, a Salomão Ltda. Os representantes da loja incumbiram-se de buscar vendê-la, obrigando- se a pagar a Jurema o preço ajustado ou devolver a estatueta ao final de um mês. Sobre o caso, é CORRETO afirmar que: 26 (A) durante a vigência do contrato, Jurema não perde a possibilidade de vender ela própria a estatueta; (B) a Salomão Ltda. ficará exonerada de sua obrigação se a estatueta perecer por fato não imputável à loja de antiguidades; (C) eventuais credores da Salomão Ltda. podem vir a penhorar a estatueta antes do término do contrato; (D) a escolha entre o pagamento do preço ou a devolução da estatueta é direito da Salomão Ltda.; (E) a entrega da estatueta para a venda implica transferência de sua propriedade à loja Salomão Ltda. _______________________________________________________________________ GABARITO: D COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. CC/02: “Art. 537: “O consignante não pode dispor da coisa antes de lhe ser restituída ou de lhe ser comunicada a restituição.”. (B) INCORRETA. CC/02: “Art. 535: “O consignatário não se exonera da obrigação de pagar o preço, se a restituição da coisa, em sua integridade, se tornar impossível, ainda que por fato a ele não imputável.”. (C) INCORRETA. CC/02: “Art. 536: “A coisa consignada não pode ser objeto de penhora ou seqüestro pelos credores do consignatário, enquanto não pago integralmente o preço”. (D) CORRETA. CC/02: “Art. 534. Pelo contrato estimatório, o consignante entrega bens móveis ao consignatário, que fica autorizado a vendê-los, pagando àquele o preço ajustado, salvo se preferir, no prazo estabelecido, restituir-lhe a coisa consignada”. “Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.” (E) INCORRETA. Vide comentário da alternativa D. _______________________________________________________________________ 27 DIREITO PROCESSUAL CIVIL 15. Contra acórdão de apelação cível, a parte interessada interpôs recurso especial ao Superior Tribunal de Justiça, apontando a violação a dispositivos infraconstitucionais, bem como suscitando dissídio jurisprudencial. Sobre o processamento do recurso especial, é CORRETO afirmar que: (A) o presidente ou o vice-presidente do Tribunal local deverá realizar o juízo de admissibilidade e, se negativo, caberá agravo interno ao Superior Tribunal de Justiça, no qual deverá ser demonstrada a relevância da matéria impugnada e do dissídio jurisprudencial apontado; (B) o presidente ou o vice-presidente do Tribunal local deverá selecionar o recurso como representativo de controvérsia, observando que o recurso selecionado deve ser admissível e conter abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida; (C) o pedido de efeito suspensivo ao recurso especial deve ser formulado ao Superior Tribunal de Justiça, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; (D) se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional, devendo o Supremo Tribunal Federal julgar o recurso, sem devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça; (E) o presidente ou o vice-presidente do Tribunal local poderá negar seguimento ao recurso especial se o acórdão recorrido estiver em conformidade com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça, exarado no regime de julgamento de recurso repetitivo. Contra essa decisão caberá agravo em recurso especial. _______________________________________________________________________ GABARITO: B COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta nos termos do disposto no §2º do art. 1.030 do CPC/2015, que prevê que em face da decisão do presidente ou o vice-presidente do Tribunal que negou seguimento ao recurso especial fundado em uma das hipóteses do inciso I e III, cabe agravo interno para o próprio tribunal, nos termos do art. 1.021 do CPC/2015. 28 (B) CORRETA. A alternativa encontra-se correta, nos termos do disposto nos §§1º e 6º do art. 1.036 do CPC/2015, que dispõe que o presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que somente podem ser selecionados se for admissível e contenham abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida. Art. 1.036, § 1º, CPC/2015 - O presidente ou o vice-presidente de tribunal de justiça ou de tribunal regional federal selecionará 2 (dois) ou mais recursos representativos da controvérsia, que serão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal ou ao Superior Tribunal de Justiça para fins de afetação, determinando a suspensão do trâmite de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que tramitem no Estado ou na região, conforme o caso. Art. 1.036, § 6º, CPC/2015 Somente podem ser selecionados recursos admissíveis que contenham abrangente argumentação e discussão a respeito da questão a ser decidida. (C) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta, uma vez que, conforme disposto no inciso III do art. 1.029, §5º, do CPC/2015, o pedido de efeito suspensivo ao recurso especial será dirigido ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso. Art. 1.029, §5º, III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037. (D) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta, pois nos termos do parágrafo único do art. 1.032 do CPC/2015 o Supremo Tribunal Federal, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior Tribunal de Justiça. Art. 1.032. Se o relator, no Superior Tribunal de Justiça, entender que o recurso especial versa sobre questão constitucional, deverá conceder prazo de 15 (quinze) dias para que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional. Parágrafo único. Cumprida a diligência de que trata o caput, o relator remeterá o recurso ao Supremo Tribunal Federal, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê- lo ao Superior Tribunal de Justiça. (E) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta nos termos do disposto no §2º do art. 1.030 do CPC/2015, que prevê que em face da decisão do presidente ou o vice-presidente do 29 Tribunal que negou seguimento ao recurso especial fundado em uma das hipóteses do inciso I, cabe agravo interno para o próprio tribunal, nos termos do art. 1.021 do CPC/2015 _______________________________________________________________________ 16. Sobre a produção de provas, é CORRETO afirmar que: (A) o juiz nãopoderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, ainda que observe o contraditório; (B) é vedada em qualquer hipótese a distribuição diversa do ônus da prova por negócio jurídico processual firmado antes do litígio; (C) a confissão extrajudicial feita oralmente representa meio de prova hígido contra o confitente, inclusive nos casos em que a lei exija prova literal; (D) não dependem de prova os fatos notórios, afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária e aqueles envolvendo regras de experiência comum e de experiência técnica; (E) os atos concertados entre os juízes cooperantes podem consistir no estabelecimento de procedimento para a obtenção e a apresentação de provas, inclusive a coleta de depoimentos. _______________________________________________________________________ GABARITO: E COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta, tendo em vista que o art. 372 do CPC/2015 admite a prova emprestada. (B) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta, nos termos do disposto nos §§3º e 4º do art. 373 do CPC/2015, que prevê a possibilidade de distribuição diversa do ônus da prova por convenção das partes, inclusive antes do processo. Art. 373, § 3º, CPC/2015 - A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, salvo quando: I - recair sobre direito indisponível da parte; II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. § 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou durante o processo. (C) INCORRETA. 30 Art. 394 CPC/2015 - A confissão extrajudicial, quando feita oralmente, só terá eficácia nos casos em que a lei não exija prova literal. (D) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta, tendo em vista o disposto no art. 375 do CPC/2015 que dispõe que quanto experiência técnica será ressalvado a prova pericial. Art. 374 CPC/2015 - Não dependem de prova os fatos: I - notórios; II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; Art. 375 CPC/2015 - O juiz aplicará as regras de experiência comum subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e, ainda, as regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial. (E) CORRETA. A alternativa encontra-se correta nos termos do disposto no §2º, inciso II, do art. 69 do CPC/2015, que prevê que os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão consistir, além de outros, no estabelecimento de procedimento para a obtenção e apresentação de provas e a coleta de depoimentos. _______________________________________________________________________ 17. Em uma cidade do Estado de Pernambuco, a concessão do serviço de transporte se tornou deficitária e desequilibrada no último biênio do contrato, instaurando uma situação de conflito entre as concessionárias, o poder público e os usuários, que passaram a ficar desatendidos. Diante de uma situação dessa natureza, as partes interessadas consideram que o meio mais adequado para a solução desse conflito não seria a judicialização. Quanto a essa situação hipotética, é CORRETO afirmar que: (A) a pessoa jurídica de direito público não poderá participar de mediações extrajudiciais fora do âmbito dos tribunais, pois o interesse público é indisponível e não pode ser objeto de transação; (B) a submissão do conflito à mediação extrajudicial demanda a resolução integral da questão, não podendo as partes fracionar o conflito; (C) a instauração de procedimento administrativo para a resolução consensual de conflito no âmbito da administração pública não suspende a prescrição; (D) conflitos que versem sobre o equilíbrio econômico-financeiro de contratos celebrados pela administração com particulares podem ser objeto de mediação perante as câmaras de prevenção e resolução administrativa de conflitos; 31 (E) eventual acordo firmado entre a administração pública e o particular no âmbito das câmaras de prevenção e resolução administrativa de conflitos, ainda que envolva direitos disponíveis, demanda homologação judicial para ter força de título executivo extrajudicial, por envolver o interesse público. _______________________________________________________________________ GABARITO: D COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta, uma vez que a Lei nº 13.140/2015 em seu capítulo II trata justamente da autocomposição dos conflitos envolvendo pessoas jurídicas de direito público. (B) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta, tendo em vista que o art. 3º, §1º da Lei nº 13.140/2015 prevê que a mediação pode versar sobre todo o conflito ou parte dele. (C) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta, visto que o art. Art. 34 da Lei nº 13.140/2015 estabelece que a instauração de procedimento administrativo para a resolução consensual de conflito no âmbito da administração pública suspende a prescrição. (D) CORRETA. A alternativa encontra-se correta, visto que o §5º da Lei nº 13.140/2015 dispõe que se compreendem na competência das câmaras de prevenção e a resolução de conflitos os que envolvam equilíbrio econômico-financeiro de contratos celebrados pela administração com particulares. (E) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta, tendo em vista que, nos termos do disposto no §3º do art. 33 da Lei nº 13.140/2015, se houver consenso entre as partes, o acordo será reduzido a termo e constituirá título executivo extrajudicial, independentemente de homologação judicial. _______________________________________________________________________ 18. O Código de Processo Civil/2015 autoriza expressamente o juiz, em casos específicos, a conceder benefícios às partes para estimular determinada conduta ou comportamento positivo. Sobre as “sanções premiais”, é CORRETO afirmar que: 32 (A) em ação de dissolução parcial de sociedade, havendo manifestação expressa e unânime pela concordância da dissolução, não haverá condenação em honorários advocatícios de nenhuma das partes, e as custas serão rateadas segundo a participação das partes no capital social; (B) na ação monitória, se o réu reconhecer a dívida e não oferecer embargos monitórios, terá o direito de parcelar todo o débito em até seis parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de 1% ao mês, independentemente da concordância do autor da demanda; (C) na ação monitória, se o réu reconhecer a dívida e cumprir a obrigação de fazer ou não fazer no prazo de quinze dias, deverá pagar honorários advocatícios de 5% do valor atribuído à causa e arcará apenas com a metade das custas processuais; (D) havendo julgamento de recurso especial ou extraordinário repetitivo sobre a matéria objeto da lide, o autor tem o direito de desistir da ação antes da prolação da sentença, independentemente do consentimento do réu, ainda que tenha sido oferecida contestação, com a redução de honorários sucumbenciais pela metade; (E) em ação envolvendo a fazenda pública, se esta deixar de oferecer impugnação ao cumprimento de sentença que enseje a expedição de precatório, não haverá a incidência de honorários sucumbenciais relativos à fase de cumprimento de sentença e ficará isenta do reembolso de custas processuais. _______________________________________________________________________ GABARITO: A COMENTÁRIOS (A) CORRETA. A alternativa encontra-se correta, tendo em vista o disposto nos 603, §1º, do CPC/2015 que prevê que havendo manifestação expressa e unânime pela concordância da dissolução, o juiz a decretará, passando-se imediatamente à fase de liquidação e que, nesta hipótese, não haverá condenação em honorários advocatícios de nenhuma das partes, e as custas serão rateadas segundo a participação das partes no capital social. (B) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta, pois não é necessário o prévio consentimentoda parte contrária para a interposição do recurso adesivo, conforme disposto no §1º do art. 997 do CPC/2015. (C) INCORRETA. 33 A alternativa encontra-se incorreta, tendo em vista que na ação monitória, se o réu reconhecer a dívida e cumprir a obrigação de fazer ou não fazer no prazo de quinze dias, este será isento de custas, nos termos do §1º do art. 701 do CPC/2015. (D) INCORRETA. Conforme disposto no §2º do art. 1.040 do CPC/2015, se a desistência ocorrer antes de oferecida contestação, a parte ficará isenta do pagamento de custas e de honorários de sucumbência. Portanto, não há a previsão de redução, apenas de isenção se for oferecida a desistência antes da contestação. (E) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta, tendo em vista que nos termos do §7º do art. 85 do CPC/2015 não serão devidos honorários no cumprimento de sentença contra a Fazenda Pública que enseje expedição de precatório, desde que não tenha sido impugnada. Contudo, a Fazenda Pública não está isenta do recolhimento de custas. _______________________________________________________________________ 19. Em uma ação envolvendo direitos disponíveis, antes da decisão de organização e saneamento, as partes firmaram negócio jurídico processual, por meio do qual escolheram consensualmente o perito e estabeleceram que nenhuma das partes indicaria assistente técnico. Diante dessa situação jurídica, é CORRETO afirmar que: (A) para a validade do referido negócio jurídico, este deve ser previamente homologado pelo juiz; (B) o juiz deverá aceitar o perito escolhido consensualmente pelas partes, mas não poderá autorizar a dispensa de assistentes técnicos, por força de previsão legal; (C) para o referido negócio jurídico processual produzir efeitos, o juiz deve figurar como parte, por se tratar de disposição diretamente ligada à atividade jurisdicional; (D) diante da autonomia da vontade das partes, o juiz não poderá recusar o referido negócio jurídico processual, ainda que uma das partes se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade; (E) as partes podem convencionar sobre seus poderes por meio de negócio jurídico processual, o que lhes autoriza a indicar consensualmente o perito e a dispensar a indicação de assistente técnico. _______________________________________________________________________ GABARITO: E COMENTÁRIOS 34 (A) INCORRETA. A maior parte da doutrina (Didier e Daniel Amorim, por exemplo) vem entendendo que o NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL NÃO DEPENDE DE HOMOLOGAÇÃO JUDICIAL, produzindo efeitos imediatamente, nos termos do artigo 200 do NCPC (“Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais. Parágrafo único. A desistência da ação só produzirá efeitos após homologação judicial”.). O juiz pode controlar a validade da convenção, conforme o exposto no Parágrafo único do artigo 190, mas não é condição de eficácia do negócio. Neste sentido, vide o enunciado 133 do Fórum Permanente de Processualistas Civis, segundo o qual “salvo nos casos expressamente previstos em lei, os negócios processuais do art. 190 não dependem de homologação judicial”. (B) INCORRETA. Conforme dispõe o art. 471 do CPC/2015, as partes podem de comum acordo, escolher o perito, indicando os assistentes técnicos. Contudo, não há vedação legal que impeça acordo entre as partes de dispensa dos assistentes técnicos, não cabendo ao juiz, portanto, não autorizar a dispensa do assistente técnico conforme acordo realizado pelas partes. (C) INCORRETA. Conforme previsto no art. 190 do CPC/2015, o juiz não participará dos negócios jurídicos processuais como parte, cabendo a este controlar a validade da convenção processual. (D) INCORRETA. Conforme disposto no parágrafo único do art. 190 do CPC/2015, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de nulidade ou de inserção abusiva em contrato de adesão ou em que alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade. (E) CORRETA. O CPC/2015, em seu art. 190, trouxe um regramento específico sobre o chamado “NEGÓCIO JURÍDICO PROCESSUAL”, no qual as partes podem estipular mudanças no procedimento, desde que sejam plenamente capazes, estejam de comum acordo e o direito em disputa admita autocomposição, isto é, que não se trate de direitos indisponíveis, trazendo hipóteses específicas de firmação de acordo entre as partes como ocorre no caso de nomeação de perito pelas partes, nos termos do art. 471 do CPC/2015. _______________________________________________________________________ 35 20. A escola Aprender Sorrindo Ltda. firmou contrato de prestação de serviços de limpeza com a empresa Limpinho Limpeza Ltda. O aludido contrato possuía cláusula autorizando a rescisão contratual por qualquer das partes, mediante notificação prévia, devendo a parte que pretende rescindir efetuar o pagamento da cláusula penal, de acordo com determinada métrica de cálculo. Após o envio da notificação de rescisão por parte da escola Aprender Sorrindo Ltda., a empresa Limpinho Limpeza Ltda. se recusou a aceitar o pagamento da cláusula penal, por entender que a escola não observou a métrica contratual. Diante dessa situação jurídica, é CORRETO afirmar que: (A) por se tratar de obrigação pecuniária, a escola Aprender Sorrindo Ltda. poderá se valer da consignação extrajudicial em estabelecimento bancário. Nessa hipótese, a empresa Limpinho Limpeza Ltda. poderá apresentar recusa por escrito, que deverá ser direcionada à escola, inaugurando o prazo de quinze dias para o ajuizamento da ação de consignação em pagamento, devendo a inicial ser instruída com a prova da recusa; (B) se a escola Aprender Sorrindo Ltda. optar por ajuizar ação consignatória em face da empresa Limpinho Limpeza Ltda., deverá depositar o valor da cláusula penal em juízo, no prazo de cinco dias, contado a partir da distribuição da ação, sob pena de extinção da ação sem resolução de mérito; (C) em caso de ajuizamento de ação consignatória, se a empresa Limpinho Limpeza Ltda. alegar em sua defesa que o depósito não é integral, no prazo de réplica de quinze dias, a escola Aprender Sorrindo Ltda. terá a oportunidade de complementar o depósito, além de se manifestar sobre os documentos que instruíram a defesa; (D) caso a escola Aprender Sorrindo Ltda. ajuíze ação consignatória, que venha a ser julgada procedente, o juiz declarará extinta a obrigação e condenará o réu ao pagamento de custas e de metade dos honorários advocatícios, caso não tenha contestado o depósito; (E) caso a escola Aprender Sorrindo Ltda. ajuíze ação consignatória, que venha a ser julgada improcedente, a empresa Limpinho Limpeza Ltda. poderá executar a diferença nos próprios autos, ainda que seja necessária a liquidação do valor devido. _______________________________________________________________________ GABARITO: E COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. Art. 539, § 1º, CPC/2015 - Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. 36 (B) INCORRETA. Art. 542 CPC/2015 - Na petição inicial, o autor requererá: I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser efetivado no prazo de 5 (cinco) dias contados do deferimento, ressalvada a hipótese do art. 539, § 3º ; Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução do mérito. (C) INCORRETA. Art. 545 do CPC/2015 - Alegada a insuficiência do depósito, é lícito ao autor completá- lo, em 10 (dez) dias, salvo se corresponder a prestação cujoinadimplemento acarrete a rescisão do contrato. (D) INCORRETA. A alternativa encontra-se incorreta, tendo em vista que o art. 546 do CPC/2015 não prever a possibilidade de condenação pela metade dos honorários advocatícios. foi comprovado durante o processo que o réu não possui responsabilidade pelo acidente de trânsito ocasionado e sim o terceiro, devendo, portanto, o juiz julgar improcedente o pedido do autor proferindo sentença com resolução do mérito, nos termos do art. 487, inciso I, do CPC/2015. (E) CORRETA. A alternativa encontra-se correta, visto que o § 2º do art. 545 do CPC/2015 dispõe que sentença que concluir pela insuficiência do depósito determinará, sempre que possível, o montante devido e valerá como título executivo, facultado ao credor promover-lhe o cumprimento nos mesmos autos, após liquidação, se necessária. _______________________________________________________________________ 21. Antônio intentou ação em face de Bruno, pleiteando a sua condenação ao pagamento de verba da qual afirmava ser credor. Regularmente citado, o réu apresentou contestação na qual, admitindo a existência do débito, ainda que em valor inferior àquele afirmado na petição inicial, assim como o seu não pagamento na data do vencimento, alegou que estava apenas aguardando o levantamento de uma determinada importância em outro feito, no qual figurava como autor, a fim de que pudesse satisfazer o débito que reputava existente. Logo depois de ofertada a peça de réplica, Bruno protocolizou petição em que afirmava ter satisfeito a integralidade do crédito reclamado por Antônio, fato que foi por este confirmado. Nesse cenário, deve o juiz da causa: (A) extinguir o feito sem resolução do mérito, imputando ao réu a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais; http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art539%C2%A73 37 (B) extinguir o feito sem resolução do mérito, imputando ao autor a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais; (C) julgar improcedente o pedido, imputando ao autor a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais; (D) julgar procedente o pedido, imputando ao réu a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais; (E) julgar procedente o pedido, imputando ao autor a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios sucumbenciais. _______________________________________________________________________ GABARITO: A COMENTÁRIOS No caso narrado na questão não há interesse de agir na continuidade da demanda, tendo em vista que o requerido arcou com o pagamento da quantia devida, devendo ser extinto o processo por sentença sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, inciso VI, do CPC/2015. Em razão do princípio da causalidade que rege a condenação honorários advocatícios sucumbenciais, o requerido deverá arcar com a sucumbência, tendo em vista que a parte autora teve que acionar o Poder Judiciário para obter êxito no seu direito ao pagamento do valor devido. _______________________________________________________________________ 22. O credor de determinada obrigação contratual ajuizou ação em que pleiteava a condenação do devedor a cumpri-la. Proferido o juízo positivo de admissibilidade da demanda e ofertada a contestação, o juiz da causa julgou antecipadamente o mérito, acolhendo o pedido de cobrança. Inconformado, o réu interpôs recurso de apelação, subindo os autos ao órgão ad quem após o oferecimento das contrarrazões recursais pela parte autora. Distribuído o feito a um órgão fracionário do tribunal, veio aos autos a notícia, devidamente comprovada por documentos, de que o réu fora acometido de doença que lhe comprometia a capacidade civil, já tendo, inclusive, sido interditado. Todavia, não foi anexado aos autos instrumento de mandato assinado pelo curador da parte ré. Nesse contexto, deverá o relator do procedimento recursal: (A) ordenar o retorno do feito à primeira instância, a fim de que o juiz assine prazo razoável para que o réu sane o vício de sua representação, sob pena de inadmissão de seu apelo pelo órgão a quo; (B) ordenar o retorno do feito à primeira instância, a fim de que o juiz assine prazo razoável para que o réu sane o vício de sua representação, sob pena de extinção do feito sem resolução do mérito pelo órgão a quo; 38 (C) ordenar o retorno do feito à primeira instância, a fim de que o juiz assine prazo razoável para que o réu sane o vício de sua representação, sob pena de decretação de sua revelia pelo órgão a quo; (D) assinar prazo razoável para que o réu sane o vício de sua representação, sob pena de não conhecimento de seu recurso de apelação; (E) assinar prazo razoável para que o réu sane o vício de sua representação, sob pena de desentranhamento de suas razões de apelação, sem prejuízo do reexame necessário da sentença. _______________________________________________________________________ GABARITO: D COMENTÁRIOS Art. 76 CPC/2015 - Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício. § 2º Descumprida a determinação em fase recursal perante tribunal de justiça, tribunal regional federal ou tribunal superior, o relator: I - não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente; _______________________________________________________________________ 23. Encerrada a fase instrutória de determinado processo, o juiz da causa condenou a pessoa jurídica demandada a pagar ao autor, menor absolutamente incapaz, verba indenizatória no montante de trezentos mil reais. Após o advento do trânsito em julgado, instaurou-se a fase de cumprimento de sentença, ocasião em que se apurou a inexistência de bens em nome da empresa executada, conquanto os seus sócios fossem proprietários de valiosos imóveis, segundo as certidões de ônus reais carreadas aos autos. Na sequência, o órgão do Ministério Público que intervinha no feito formulou requerimento de instauração de incidente de desconsideração da personalidade jurídica da ré, de modo a viabilizar a ulterior incidência de atos constritivos sobre os bens dos sócios. Após a vinda da manifestação dos interessados, o juiz da causa, embora reconhecendo estarem cumpridos os pressupostos legais específicos para a desconsideração da personalidade jurídica, como de fato estavam, indeferiu o pleito do Ministério Público, por entender que lhe faltava legitimidade para formulá-lo, a par da impossibilidade de instauração do incidente na fase de cumprimento de sentença. 39 Intimado da decisão, o órgão ministerial interpôs agravo de instrumento, pleiteando a reforma da decisão de primeira instância, para o fim de se deferir o seu requerimento de deconsideração da personalidade jurídica da empresa demandada. Nesse quadro, o recurso que se interpôs: (A) deverá ser conhecido e provido; (B) não deverá ser conhecido, por falta de adequação; (C) deverá ser conhecido, porém desprovido, já que, apesar da legitimidade do Ministério Público para requerer a instauração do incidente, este não tem lugar na fase de cumprimento de sentença; (D) deverá ser conhecido, porém desprovido, já que, apesar da possibilidade de instauração do incidente na fase de cumprimento de sentença, não pode ela ser requerida pelo Ministério Público; (E) deverá ser conhecido, porém desprovido, tanto pela impossibilidade da instauração do incidente na fase de cumprimento de sentença, quanto pela falta de legitimidade do Ministério Público para requerê-la. _______________________________________________________________________ GABARITO: A COMENTÁRIOS Conforme disposto no art. 133 do CPC/2015, o incidente de desconsideração da personalidade jurídicapoderá ser instaurado a pedido do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo. Como a causa envolve interesse de incapaz, o Ministério Público possui competência para instaurar o incidente, nos termos do art. 178, inciso II, do CPC/2015. Portanto, o recurso de agravo de instrumento deve ser provido e conhecido. _______________________________________________________________________ 24. No tocante à indisponibilidade de bens da parte ré, com o escopo de garantir a integral recomposição do erário desfalcado em razão do cometimento de ato de improbidade administrativa, é CORRETO afirmar que: (A) consiste numa tutela provisória antecipada, revestindo-se de natureza satisfativa; (B) a decisão que a defere é impugnável pelo recurso de agravo de instrumento, não o sendo, porém, a decisão que a indefere; (C) o juiz, ao tomar contato com a petição inicial, poderá deferir a medida sem a prévia oitiva da parte ré; 40 (D) não pode ter por objeto bem de família do réu, ainda que o imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida; (E) é vedado ao réu requerer a sua substituição por caução, tampouco por fiança bancária ou seguro-garantia judicial. _______________________________________________________________________ GABARITO: C COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. A indisponibilidade de bens prevista no art. 16 da Lei nº 8249/92 trata-se de tutela de urgência cautelar e não antecipada, pois visa garantir o resultado útil do processo. Art. 16, § 3º, Lei 8429/92 - O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo apenas será deferido mediante a demonstração no caso concreto de perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado útil do processo, desde que o juiz se convença da probabilidade da ocorrência dos atos descritos na petição inicial com fundamento nos respectivos elementos de instrução, após a oitiva do réu em 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (B) INCORRETA. Art. 16, § 9º, Lei 8429/92 - Da decisão que deferir ou indeferir a medida relativa à indisponibilidade de bens caberá agravo de instrumento, nos termos da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil). (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (C) CORRETA. Art. 16, § 4º, Lei 8429/92 - A indisponibilidade de bens poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre que o contraditório prévio puder comprovadamente frustrar a efetividade da medida ou houver outras circunstâncias que recomendem a proteção liminar, não podendo a urgência ser presumida. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (D) INCORRETA. Art. 16, § 14, Lei 8429/92 - É vedada a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu, salvo se comprovado que o imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida, conforme descrito no art. 9º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) (E) INCORRETA. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13105.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 41 Art. 16, §6º, Lei 8429/92 - O valor da indisponibilidade considerará a estimativa de dano indicada na petição inicial, permitida a sua substituição por caução idônea, por fiança bancária ou por seguro-garantia judicial, a requerimento do réu, bem como a sua readequação durante a instrução do processo. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021) _______________________________________________________________________ 25. No que concerne à denunciação da lide, é CORRETO afirmar que: (A) é cabível em processos de conhecimento, de execução e cautelares, tocando ao interessado formulá-la, sob pena de perda do direito de regresso; (B) se o denunciante for sucumbente na demanda original, a litisdenunciação não terá o seu mérito apreciado pelo juiz, diante da perda de seu objeto; (C) sendo julgados procedentes os pedidos da ação original e da litisdenunciação, poderá o autor requerer o cumprimento da sentença em desfavor do réu e, também, do denunciado; (D) é modalidade provocada de intervenção de terceiros, cabendo apenas à parte ré da ação original formulá-la, não havendo interesse jurídico para a parte autora em fazê-lo; (E) é admissível a formulação de litisdenunciações sucessivas, de modo a viabilizar a composição de diversas lides no mesmo feito, desde que isso não comprometa a sua duração razoável. _______________________________________________________________________ GABARITO: C COMENTÁRIOS (A) INCORRETA. Conforme disposto no §1º do 125 do CPC/2015, a parte não perde o direito de regresso se não interpuser a denunciação da lide. Portanto, com o novo CPC é um direito da parte exercer o seu direito de regresso mediante a interposição de denunciação da lide ou por meio de ação autônoma. (B) INCORRETA. Art. 128, II, CPC/2015 - se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa, eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação regressiva; (C) CORRETA. Art. 128, Parágrafo único, CPC/2015 - Procedente o pedido da ação principal, pode o autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14230.htm#art2 42 (D) INCORRETA. Art. 125 CPC/2015 - É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: (E) INCORRETA. Art. 125, § 2º, CPC/2015 - Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma. _______________________________________________________________________ 26. Credor de determinada obrigação contratual, no dia 09 de maio de 2022, distribuiu a uma vara cível de determinada comarca a petição inicial de ação em que pleiteou a declaração da existência do vínculo jurídico obrigacional. Três dias depois, foi distribuída pelo mesmo credor, noutra vara cível da mesma comarca, a inicial de uma segunda demanda, já então para se pedir a condenação do devedor ao pagamento da mesma obrigação. No processo distribuído em primeiro lugar, o despacho liminar positivo foi proferido em 23 de maio de 2022, e, no segundo, o provimento de igual natureza veio a lume em 16 de maio de 2022. Nesse contexto, é CORRETO afirmar que: (A) o feito distribuído em segundo lugar deverá ser extinto, sem resolução do mérito, em razão da litispendência; (B) o feito distribuído em primeiro lugar deverá ser extinto, sem resolução do mérito, em razão da falta de interesse de agir; (C) os feitos devem ser reunidos para julgamento conjunto no juízo em que houver ocorrido a primeira distribuição; (D) os feitos devem ser reunidos para julgamento conjunto no juízo que tiver proferido o primeiro provimento liminar positivo; (E) os feitos não devem ser reunidos, embora se deva suspender a tramitação daquele distribuído em segundo lugar. _______________________________________________________________________ GABARITO: C COMENTÁRIOS Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.