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Jéssica N. Monte Turma 106 Semiologia SEMIOLOGIA OFTALMOLÓGICA 1. CÍLIOS E SUPERCÍLIOS: Os cílios têm a função de proteção dos olhos. O normal consiste em duas ou três camadas de cílios que nascem para fora. MADAROSE: é a queda dos cílios ou dos pelos das sobrancelhas. POLIOSE: é o esbranquiçamento dos cílios. A madarose e a poliose ocorrem no hipertireoidismo, na sífilis, na esclerodermia, em doenças autoimunes e, principalmente, na hanseníase. TRÍQUIASE: ocorre quando os cílios nascem virados para dentro da pálpebra. A triquíase é comum em doenças inflamatórias como a blefarite crônica e o tracoma. DISTIQUÍASE: é uma desorganização ou um crescimento desordenado nas camadas de cílios. 2. FENDA PALPEBRAL: EXOFTALMIA: fenda palpebral aumentada devido à protusão do globo ocular. Ocorre no hipertireoidismo, em miopias graves e em tumores oculares e retro-oculares. ENOFTALMIA: fenda palpebral diminuída devido à retração do globo ocular. Ocorre na síndrome de Claude-Bernard-Horner, em casos de desidratação, em fraturas de órbita (blow- out) e na atrofia ocular (phitisis bulbi). LAGOFTALMIA: é o não fechamento das pálpebras, mantendo a fenda palpebral sempre aberta ou com fechamento incompleto. Ocorre devido à paralisia do VII par craniano, o nervo facial. 3. PÁLPEBRAS: PTOSE: é a pálpebra caída, que não abre. Pode ser congênita, causada por miopatias como a miastenia gravis e a síndrome de Kearns Sayre, ou por traumas e lesões do III par craniano, o nervo óculo-motor, que é responsável pela abertura da pálpebra. Quando a ptose é causada por lesão do III par craniano, o paciente não consegue olhar para dentro, em convergência. Quando a ptose é congênita e causa mais de 70% de fechamento da pupila, pode gerar problemas no desenvolvimento da visão, principalmente quando é unilateral. EDEMA PALPEBRAL: pode ser unilateral (picada de insetos, chagoma) ou bilateral (reações alérgicas, síndrome nefrótica e síndrome nefrítica). XANTELASMA: são placas ou bolsas amareladas de gordura na pálpebra. Ocorre em pacientes com dislipidemia. EPICANTO: é o aumento no canto interno do olho. É frequente em portadores de síndrome de down. Pode ser confundido com o TELECANTO, quando a distância interna entre os dois olhos é maior devido à largura do nariz. ESPASMOS: podem ser voluntários ou involuntários. EQUIMOSE: é um hematoma palpebral. ECTRÓPIO: quando a pálpebra é invertida para fora. Pode ocorrer devido à idade ou pode ser cicatricial. Como a mucosa interna da pálpebra fica exposta, ela resseca e queratiniza, ficando sempre vermelha. ENTRÓPIO: quando a pálpebra é invertida para dentro. TERÇOL: é uma inflamação aguda (dor, rubor, tumor e calor). Pode ser tratado com calor. CISTO CALÁZIO: é uma inflamação crônica ou cronificação do terçol. Seu tratamento é feito por meio de drenagem. TUMORES. 4. GLOBO OCULAR: Relaciona-se com a abertura da pálpebra. EXOFTALMIA: globo ocular aumentado devido à proptose ou protusão. ENOFTALMIA: globo ocular diminuído devido à retração. ORTOFORIA: é a condição normal, quando os globos oculares estão alinhados. ESTRABISMO: consiste em desvios de direção. Pode ser divergente (lateral), convergente (medial) ou vertical. O teste de Hirshberg é utilizado para testar o estrabismo em crianças. Ele é diagnosticado com o reflexo da luz não cai nas duas pupilas. NISTAGMOS: são movimentos involuntários que não são produzidos pelo olho, mas tem origem central. Dessa forma, não tem tratamento. Quando é muito rigoroso causa prejuízo da visão. 5. CONJUNTIVA: É uma membrana ricamente vascularizada. Pode sofrer alterações em sua coloração, ficando avermelhada em inflamações como a conjuntivite, amarelada na icterícia e pálida/esbranquiçada na anemia. HEMORRAGIA SUBCONJUNTIVAL: hematoma abaixo da conjuntiva, popularmente chamado de derrame. MELANOSES: a conjuntiva pode apresentar nevus e melanoma. EDEMA CONJUNTIVAL. PTERÍGIO: é um tecido fibrovascular que cresce na conjuntiva e atinge a córnea. Jéssica N. Monte Turma 106 Semiologia PINGUÉCULA: é um tecido fibrovascular que cresce na conjuntiva mas que não atinge a córnea. CONJUNTIVITE: é a inflamação da conjuntiva. É obrigatório a presença de secreção, devido ao aumento da produção de mucina pelas células caliciformes. Quando a secreção é em forma de pus, a conjuntivite é bacteriana, já quando é em formato de grumos, tem origem viral. SIMBLÉFARO: consiste em aderências da conjuntiva à pálpebra. Pode ser causado por queimaduras. 6. ESCLERÓTICA OU ESCLERA: Pode ter sua coloração alterada devido à esclerodermia e a colegenoses. Pode sofrer afinamento no caso do granuloma de Weneger. 7. CÓRNEA: GLAUCOMA: é causado por um edema muito grande que aumenta a pressão intraorbital e forma uma mancha azul na córnea. OPACIDADES: podem ser causadas devido a leucomas e por úlceras ativas. Os leucomas são cicatrizes que causam manchas brancas. CERATOCONE: é uma protusão da córnea, ficando “bicuda” para frente. O Sinal de Munzon é a deflexão da pálpebra que é causada por um ceratocone corneano. 8. ÍRIS: HETEROCROMIA: é uma alteração na coloração da íris, na qual a íris de cada olho é de uma cor diferente. NEVUS: são manchas pigmentadas presentes na íris. ATROFIA. 9. PUPILAS: Localizam-se no centro da íris, mas pode haver ectopia ou pupila extrínseca. DISCORIA: é a alteração na forma da pupila, que geralmente é arredondada. ISOCORIA: é a condição normal do tamanho das pupilas. ANISOCORIA: ocorre quando as pupilas possuem tamanhos diferentes. MIOSE: é a contração do tamanho das pupilas. MIDRÍASE: é a dilatação do tamanho das pupilas. REFLEXO DIRETO OU FOTOMOTOR: é o reflexo de contração da pupila à luz. REFLEXO CONSENSUAL: é o reflexo de contração pupilar de um olho devido ao estímulo luminoso do outro olho. REFLEXO DE ACOMODAÇÃO-CONVERGÊNCIA: é a contração e convergência das pupilas na medida em que se aproxima um foco luminoso do nariz. 10. CRISTALINO: CATARATA: é a opacificação do cristalino. LEUCOCORIA: é qualquer mancha branca no eixo visual do olho. 11. FUNDO DE OLHO: O fundo do olho pode ser observado por meio da oftalmoscopia direta e indireta. OFTALMOSCOPIA DIRETA: pega somente a área central do olho, ou seja, o polo posterior. OFTALMOSCOPIA INDIRETA: permite chegar até o final da retina, na região da ora serrata. EXAME DE FUNDO DE OLHO: → COLORAÇÃO DO FUNDO: TEOR DOS PIGMENTOS: depende do epitélio pigmentar da retina e das células cromatóforas da coroide. TIPO DE OFTALMOSCÓPIO: a coloração do fundo depende do tipo de luz e da carga da bateria do oftalmoscópio. → DISCO ÓPTICO OU PAPILA: COR: em condições normais é rosado. FORMA: é arredondado e vertical. TAMANHO: a papila fica maior com o avanço da miopia e menor com o avanço da hipermetropia. EMERGÊNCIA DOS VASOS: é a saída de uma veia e de uma artéria. A veia é mais grossa e mais escura, enquanto a artéria é mais fina e mais clara. CONTORNO. ESCAVAÇÃO FISIOLÓGICA: é uma depressão mais clara no centro da papila. → VASOS SANGUÍNEOS: Quanto à relação entre artéria e veia, a veia é maior do que a artéria. Não há anastomose entre os vasos. Deve haver cruzamentos normais entre eles. → MÁCULA: É uma depressão avascular, de coloração um pouco mais escura, localizada sempre temporal-inferior à papila. Nessa região só há as três camadas mais internas da retina. Sua região central é chamada de fóvea centralis e é onde ocorre o reflexo foveolar.
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