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meio ambiente desenvolvimento e sustentabilidade - apostila 1

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MATERIAL DIDÁTICO 
 
 
 
 MEIO AMBIENTE, DESENVOLVIMENTO 
E SUSTENTABILIDADE 
 
 
 
 
CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA 
PORTARIA Nº 1.004 DO DIA 17/08/2017 
 
0800 283 8380 
 
www.faculdadeunica.com.br 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
2
 
SUMÁRIO 
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO ...................................................................................... 4 
UNIDADE 2 - A RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA: HISTÓRICO E ABORDAGEM 
DE PROGRESSO SUSTENTÁVEL ............................................................................ 6 
UNIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL ............................................... 9 
UNIDADE 4 - VIVER DE FORMA SUSTENTÁVEL .................................................. 12 
UNIDADE 5 - PASSOS PARA SE CONSTRUIR UMA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL
 .................................................................................................................................. 14 
PRINCÍPIOS DA SOCIEDADE SUSTENTÁVEL ................................................................. 14 
UNIDADE 6 - RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DOS SERES VIVOS .... 15 
AÇÕES PRIORITÁRIAS ............................................................................................... 16 
UNIDADE 7 - MELHORAR A QUALIDADE DA VIDA HUMANA ............................. 18 
AÇÕES PRIORITÁRIAS ............................................................................................... 20 
AÇÕES IMEDIATAS PARA OS PAÍSES DE MENOR RENDA ................................................. 21 
AÇÕES PARA OS PAÍSES DE MAIOR RENDA .................................................................. 22 
UNIDADE 8 - CONSERVAR A VITALIDADE E A DIVERSIDADE DO PLANETA 
TERRA ...................................................................................................................... 23 
CONSERVAR OS SISTEMAS DE SUSTENTAÇÃO DA VIDA. ................................................ 23 
CONSERVAR A BIODIVERSIDADE ................................................................................. 24 
ASSEGURAR O USO SUSTENTÁVEL DE RECURSOS RENOVÁVEIS ..................................... 25 
AÇÕES PRIORITÁRIAS ............................................................................................... 26 
RECUPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE DOS ECOSSISTEMAS DA TERRA .......... 28 
UNIDADE 9 - PERMANECER NOS LIMITES DA CAPACIDADE SUPORTE DO 
PLANETA TERRA .................................................................................................... 33 
AÇÕES PRIORITÁRIAS ............................................................................................... 35 
UNIDADE 10 - MODIFICAR ATITUDES E PRÁTICAS PESSOAIS ......................... 37 
AÇÕES PRIORITÁRIAS ............................................................................................... 38 
UNIDADE 11 - PERMITIR QUE AS PESSOAS CUIDEM DO SEU PRÓPRIO MEIO 
AMBIENTE ................................................................................................................ 39 
AÇÕES PRIORITÁRIAS ............................................................................................... 40 
UNIDADE 12 - GERAR UMA ESTRUTURA NACIONAL PARA A INTEGRAÇÃO DE 
DESENVOLVIMENTO E CONSERVAÇÃO .............................................................. 42 
AÇÕES PRIORITÁRIAS ............................................................................................... 46 
UNIDADE 13 - CONSTITUIR UMA ALIANÇA GLOBAL .......................................... 48 
AÇÕES PRIORITÁRIAS ............................................................................................... 49 
UNIDADE 14 - APLICAÇÕES DOS PRINCÍPIOS DESCRITOS - AÇÕES PARA 
UMA VIDA SUSTENTÁVEL ..................................................................................... 52 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
3
 
ENERGIA ................................................................................................................. 52 
NEGÓCIOS, INDÚSTRIA E COMÉRCIO ........................................................................... 54 
ASSENTAMENTOS HUMANOS ...................................................................................... 58 
ÁREAS AGRÍCOLAS E PASTAGENS............................................................................... 60 
ÁREAS FLORESTAIS .................................................................................................. 65 
ÁGUA DOCE ............................................................................................................. 70 
OCEANOS E ÁREAS COSTEIRAS .................................................................................. 73 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 77 
 
 
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4
 
UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO 
 
 
 
Como definição, desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de 
suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de 
atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota 
os recursos para o futuro. 
O enfoque principal de todo o desenvolvimento sustentável consiste em 
modificações de comportamentos e a aquisição de novas tecnologias para melhorar 
a qualidade de vida para todos e conservar o meio ambiente. É preciso compreender 
que conservação não é o oposto de desenvolvimento, mas para isso é necessário 
assumir compromissos com a nova ética sustentável e, acima de tudo, colocar em 
prática seus princípios. 
A Gestão e Planejamento Ambiental é uma grande aliada nesse processo de 
conscientização ecológica e mobilização das organizações, e o setor público tem 
enorme responsabilidade para que o desenvolvimento sustentável dê certo, pois 
está diretamente envolvido na formulação e cumprimento das leis tanto para os 
setores públicos como privados. 
O planeta Terra tem seus limites, e o crescimento populacional aliado ao 
consumismo irresponsável vem provocando impactos ambientais negativos. A vida 
sustentável exige que nos tornemos mais conscientes dos efeitos de nossas 
decisões sobre as sociedades, que entendamos que somos parte de uma grande 
comunidade de vida. 
Medidas legais, sociais, econômicas e técnicas devem ser integradas no 
planejamento e ação visando a sustentabilidade. Os programas educacionais e 
campanhas informativas têm um papel fundamental de orientar as pessoas a essa 
nova ética. 
 
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5
 
Buscou-se aquifazer um levantamento dos passos que direcionem para uma 
vida sustentável e, é claro, como as comunidades do Planeta Terra são diferentes, é 
possível que se faça uma adaptação seguindo ações e princípios básicos de 
conservação aliada ao desenvolvimento econômico. 
Os princípios aqui descritos e suas respectivas ações nos põe a refletir sobre 
os cuidados que devemos ter com as outras pessoas e o respeito com todos os 
outros seres que fazem parte do Planeta Terra. 
As questões aqui levantadas devem ser consideradas para assegurar o 
progresso da humanidade, e serem encaradas como desafios a todos aqueles que 
levam a sério a necessidade de caminhar ao encontro da sustentabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6
 
UNIDADE 2 - A RELAÇÃO HOMEM-NATUREZA: HISTÓRICO 
E ABORDAGEM DE PROGRESSO SUSTENTÁVEL 
 
 Os problemas ambientais atuais como aquecimento global, desmatamentos, 
cultura consumista entre tantos outros começam a surgir no momento em que o 
homem se posiciona como “Dominador da Natureza”. Com esta mentalidade podia-
se tirar o máximo possível de recursos naturais, acelerar o desenvolvimento 
econômico irresponsável e deixar espalhado pelo planeta os resíduos desse 
processo produtivo, um depósito de lixo atmosférico, aquático, terrestre, cósmico. 
 No entanto, essa relação do homem com o seu meio ambiente (que 
caminham juntos desde a origem da humanidade), nem sempre foi tão devastadora. 
A ligação íntima com o meio natural, através de rituais, mitos, tornava a natureza e o 
homem a mesma coisa. A intervenção no meio era respeitosa, mesmo que devido 
ao temor da vingança divina, como Deus-Sol, Deus-Chuva, e outros. 
 Há mais ou menos 2600 anos atrás, na Grécia Antiga, as teorias dos pré-
Socráticos inclinaram-se ao estudo da natureza de maneira racional, pois esta tinha 
relação direta com os seres. 
 Mas com o surgimento das Cidades-Estado Gregas, a discussão sobre 
natureza foi substituída pela discussão do comportamento humano (ética, política, 
costumes). Para completar, na Idade Média, o Cristianismo distancia o espírito da 
matéria, ou seja, a relação homem-natureza e o Renascimento, com o 
Antropocentrismo, favorece a perda de integração com a natureza. 
A ruptura dessa ligação espiritual com a Mãe-Terra, separando o homem da 
natureza e o desejo pelo poder e dinheiro foram ganhando espaço e moldando uma 
nova forma de civilização. 
 No século XIX, Darwin com sua ousada Seleção Natural, aproxima a natureza 
do homem e, no século XX, a Ecologia mostra a necessidade de revalorizar a 
integração humana da sua natureza interior com a natureza exterior. 
 A discussão ecológica entra em cena quando se faz necessária achar 
alternativas entre progresso e meio ambiente, ou seja, um progresso sustentável. 
Ecologia e economia caminham juntas, promovendo uma análise dos recursos 
disponíveis e seus custos/benefícios. 
 
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7
 
 A atual visão ecológica apresenta uma base técnica, racional e lógica 
buscando oportunidades de crescimento econômico com responsabilidade 
ambiental. 
 Uma outra questão que afeta diretamente o meio ambiente é o crescimento 
populacional. No início da era Cristã, a população no mundo era cerca de 250 
milhões. Em 1850 alcançou 1,1 bilhão de pessoas e 3 bilhões em 1965. Hoje, somos 
aproximadamente 6,5 bilhões, sendo que a previsão para 2012 são 7 bilhões de 
indivíduos, podendo chegar em alguns anos a 12 bilhões. 
 Como esse aumento enorme do número de vidas humanas poderá ser 
sustentado sem causar prejuízos ao planeta? (não nos esquecendo que já 
degradamos e poluímos o suficiente para que a nossa qualidade de vida esteja 
afetada). Claro que não é pelo nosso modo de vida atual e também não o é por meio 
das políticas rotineiras de empreendimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O crescimento populacional aliado ao consumismo irresponsável vem 
provocando impactos ambientais negativos. No entanto, devemos observar que o 
ritmo do desenvolvimento capitalista não é igual em todos os países, sendo que 
alguns consomem exageradamente e outros não tem o que pôr no prato para se 
alimentar. 
 Assim não se pode comparar o consumo de um americano com o de um 
africano, que em sua maioria, consome o mínimo. Apesar desse vasto assalto à 
natureza, centenas de milhares de pessoas lutam em meio à pobreza, sem o mínimo 
 
 
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de qualidade de vida, sem água potável e uma alimentação suficiente para nutrir as 
necessidades vitais. 
 
 Devemos ter o cuidado de não homogeneizar a relação homem-natureza, 
atribuindo a culpa de todos os problemas ambientais de forma igualitária. Temos que 
lembrar que essa relação acontece diferentemente ao redor do planeta e é 
influenciada por vários fatores como classe social, cultura, economia, etc. 
 No entanto, não podemos ignorar que estamos pressionando o planeta Terra 
até os limites de sua capacidade. Desde a revolução industrial, o crescimento 
populacional vem aliado ao do consumismo. Isso tem causado enormes impactos ao 
meio ambiente, desde poluição atmosférica principalmente pelos gases metano e 
gás carbônico, como poluição do ar, solo, mananciais de água e oceanos afetando 
diretamente a saúde dos humanos e outras espécies. 
 
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UNIDADE 3 - DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é o 
desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem 
comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. 
É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. 
 
Essa definição surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e 
Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de 
harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação 
ambiental. 
O desenvolvimento sustentável tem como convicção que as pessoas podem 
modificar comportamentos quando percebem que isso resultará em alguma 
melhoria, pessoal e para a comunidade. Se desejarmos realmente cuidar do planeta 
construir uma melhor qualidade de vida para todos, precisamos de valores, 
economias e sociedades diferentes da maioria que existe no mundo hoje. 
O enfoque é: conservação não é o oposto de desenvolvimento. Enfatiza que a 
conservação engloba tanto a proteção quanto o uso racional dos recursos naturais,sendo fator fundamental para o sucesso dos povos a obtenção de uma vida digna e 
para a garantia de bem-estar das gerações atual e futuras. 
 
 
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Primeiro é necessário assegurar um amplo e profundo compromisso com uma 
nova ética sustentável e colocar em prática seus princípios. Em segundo lugar, 
integrar conservação e desenvolvimento: a conservação para limitar as nossas 
atitudes à capacidade da Terra, e o desenvolvimento para permitir que as pessoas 
possam levar vidas longas, saudáveis e plenas em todos os lugares. 
Para que o desenvolvimento sustentável seja alcançado, temos que 
reconhecer que os recursos naturais são finitos e que o planejamento é essencial, 
pois desses recursos dependem a existência humana, a diversidade biológica e o 
próprio crescimento econômico. 
É de vital importância o desenvolvimento econômico para países mais pobres, 
mas não é possível que os modelos de crescimento sejam os dos países 
industrializados. 
Os países do Hemisfério Norte, que possuem apenas um quinto da população 
do planeta, consomem 70% de energia, 75% dos metais e 85% da produção de 
madeira mundial e ainda detêm quatro quintos dos rendimentos mundiais. 
É curioso o relato que, segundo contam, Mahatma Gandhi faz ao ser 
perguntado se, depois da independência, a Índia perseguiria o estilo de vida 
britânico. Ele responde: “(…)a Grã-Bretanha precisou de metade dos recursos do 
planeta para alcançar sua prosperidade; quantos planetas não seriam necessários 
para que um país como a Índia alcançasse o mesmo patamar?” Assim, para que o 
desenvolvimento sustentável aconteça de fato, deve haver redução do uso de 
matérias-primas e a busca de alternativas ecológicas viáveis, como reciclagem, 
reutilização, entre outros. 
A Gestão e Planejamento Ambiental é uma grande aliada nesse processo de 
conscientização ecológica e mobilização das organizações, pois busca a melhoria 
constante dos produtos, serviços e ambiente de trabalho, levando em conta o fator 
ambiental. Além de estimular a qualidade do ambiente, também colabora na redução 
de custos, como desperdício de água, energia e matérias-primas. 
Segundo Barbieri “Os termos administração, gestão do meio ambiente, ou 
simplesmente gestão ambiental serão aqui entendidos como as diretrizes e as 
atividades administrativas e operacionais, tais como, planejamento, direção, 
controle, alocação de recursos e outras realizadas com o objetivo de obter efeitos 
 
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positivos sobre o meio ambiente, quer reduzindo ou eliminando os danos ou 
problemas causados pelas ações humanas, quer evitando que eles surjam.” 
(BARBIERI, José Carlos. GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL – Conceitos 
Modelos e Instrumentos). 
Sabemos que o setor público tem grande responsabilidade na consolidação 
do desenvolvimento sustentável, pois define leis e normas que estabelecem critérios 
ambientais que serão (supostamente) cumpridos tanto pelos órgãos públicos como 
privados. Também tem a função de fiscalização, por isso precisa ser coerente ao 
comprometer-se com o princípio de sustentabilidade, adequando suas ações à ética 
socioambiental. 
Sustentável é um termo usado com diversas combinações, e é preciso 
diferenciá-las aqui para entendermos sua abrangência. Quando dizemos uso 
sustentável aplica-se somente aos recursos renováveis em quantidade compatível 
com sua capacidade de renovação. Desenvolvimento sustentável tem como 
definição melhorar a qualidade de vida humana dentro da capacidade suporte dos 
ecossistemas. E economia sustentável é produto de um desenvolvimento 
sustentável. 
 
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UNIDADE 4 - VIVER DE FORMA SUSTENTÁVEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Viver de forma sustentável depende da aceitação do dever da busca de 
harmonia com as outras pessoas e com a natureza. E isso requer uma mudança 
drástica para a maioria das pessoas. 
 A vida sustentável exige que nos tornemos mais conscientes dos efeitos de 
nossas decisões sobre as sociedades, que entendamos que somos parte de uma 
grande comunidade de vida. Mudar hábitos não é tarefa fácil, exige esforço, 
dedicação, aperfeiçoamento e ética. 
 Mas como sugerir essa mudança quando muitos vivem na penúria, sem os 
elementos básicos da vida? Precisamos de um novo tipo de desenvolvimento que 
melhore rapidamente a qualidade de vida dos menos afortunados. 
 O planeta Terra tem seus limites e para viver dentro desses limites, admitindo 
que aqueles que hoje têm menos passem a ter mais, duas coisas são necessárias: 
reduzir o crescimento populacional e estabilizar e reduzir o consumo de recursos 
dos povos mais ricos. 
 A vida sustentável deve ser o novo padrão de indivíduos, comunidades, 
nações, mundo. A mudança deve partir de todos e os programas educacionais têm 
grande responsabilidade nas campanhas informativas para a difusão dessa ética. 
 O progresso na direção da sustentabilidade tem sido lento devido à ideia de 
que conservação e desenvolvimento são polos opostos. Medidas legais, sociais, 
 
 
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econômicas e técnicas devem ser integradas no planejamento e ação visando a 
sustentabilidade. 
 Muito do que há por ser feito, tem abrangência mundial e requer uma 
resposta mundial. 
 
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UNIDADE 5 - PASSOS PARA SE CONSTRUIR UMA 
SOCIEDADE SUSTENTÁVEL 
 
 O objetivo é o desenvolvimento que proporcione melhor qualidade de vida 
humana e que, ao mesmo tempo, conserve a vitalidade e diversidade do planeta 
Terra. Pode parecer utópico, mas é factível. 
 As sociedades humanas diferem entre si, por essas razões, as ações e 
princípios a seguir devem ser adaptados a cada comunidade. Os caminhos podem 
ser diferentes, mas o objetivo é o mesmo: uma sociedade sustentável. 
 
Princípios da Sociedade Sustentável 
 A regra básica é que a humanidade não deve tomar da natureza mais do que 
ela é capaz de repor. Isto significa ter estilos de vida e caminhos para o 
desenvolvimento que respeitem e funcionem dentro dos limites da natureza. Não é 
necessário deixar os muitos benefícios da tecnologia,mas a tecnologia também tem 
que funcionar dentro de tais limites. É um passo ao futuro e não uma volta ao 
passado. 
 O primeiro princípio é o que proporciona base ética para os outros. Os quatro 
princípios seguintes definem critérios e os quatro últimos, os caminhos a seguir para 
se chegar à sociedade sustentável, a nível individual, local, nacional e internacional. 
 Esses princípios nos fazem refletir sobre os cuidados que devemos ter para 
com as outras pessoas, o respeito e o cuidado com a natureza. Muitas culturas e 
religiões do mundo têm reconhecido isso há séculos. 
 
 
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UNIDADE 6 - RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE 
DOS SERES VIVOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É um princípio ético e significa que o desenvolvimento não pode ocorrer em 
detrimento de outros grupos ou de gerações futuras. Deveríamos ter como objetivo a 
partilha justa de benefícios e custos do uso de recursos e da conservação do meio 
ambiente. 
 Toda a vida na Terra faz parte de um grande sistema interdependente que 
influencia e que está sujeito aos componentes como rochas, água, solo e ar. O 
prejuízo de uma das partes afeta o todo. Essa ética reconhece a interdependência 
das comunidades humanas e o dever de cada um com seus semelhantes e com as 
gerações futuras. Temos responsabilidades com as outras formas de vida que 
compartilhamos com o Planeta. 
 Conseguir apoio para a ética de viver de forma sustentável é importante 
porque está moralmente correto e sem ela o futuro da humanidade está em risco. Os 
resultados de cada um podem combinar-se num todo para haver resultados globais. 
 A introdução dessa ética requer muitos apoios, inclusive das religiões do 
mundo e de grupos preocupados com a natureza e os princípios que deveriam guiar 
as relações entre as pessoas. Tais alianças são oportunas e adequadas. 
 Temos direito aos benefícios da natureza, porém esses não estarão 
disponíveis se não cuidarmos do sistema que os fornecem. Além disso, todas as 
espécies e sistemas da natureza merecem respeito. 
O respeito à natureza fica muito evidente em sociedades que vivem em 
contato com a natureza e em consonância com suas tradições antigas de cuidados 
para com ela. 
 
 
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Ações prioritárias 
 A proteção dos direitos humanos e do restante da natureza é uma 
responsabilidade de âmbito mundial, que transcende as fronteiras culturais, 
ideológicas e geográficas. A responsabilidade é tanto coletiva quanto individual. 
 Abaixo, algumas ações para serem divulgadas e aplicadas à filosofia da ética 
mundial: 
� Estabelecer verdadeira comunicação entre líderes religiosos e pensadores, 
filósofos, líderes de organizações envolvidas com a conservação e o 
desenvolvimento, políticos, escritores aliados aos princípios de conduta 
humana; 
� Mobilizar pessoas através das organizações não-governamentais 
humanitárias preocupadas com o meio ambiente; 
� Estabelecer novas coalizões a nível nacional e ligadas a uma cadeia 
internacional simples e pouco dispendiosa através da qual haverá informação 
mútua do progresso de cada um. Poderiam ser chamados grupos como 
WWF, UICN (União Internacional para a Conservação da natureza), entre 
outros; 
� Os governos deveriam adotar um comprometimento com a ética mundial pela 
vida sustentável e definir respectivos direitos e responsabilidades. Também 
deveriam incorporar esses princípios em sua legislação nacional ou nas 
Cartas Constitucionais; 
As ações a serem realizadas devem incluir todos os setores da sociedade: 
� O ensinamento dos pais aos filhos para agir com respeito às outras pessoas e 
espécies; 
� Incorporação da ética mundial no trabalho dos educadores; 
� Envolvimento das crianças na mudança de atitude; 
� Utilização dos meios de comunicação para inspirar pessoas ao respeito pelo 
próximo e natureza; 
� Ampliação do conhecimento em relação aos ecossistemas e sua capacidade 
suporte; 
� Avaliação pelos advogados das implicações legais da ética mundial; 
 
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� Novas tecnologias e filosofias empresariais e econômicas para implementar a 
nova ética; 
� Um trabalho simultâneo de políticos, legisladores e administradores para 
avaliar as mudanças e introduzi-las; 
 A introdução da ética mundial é um trabalho lento e árduo. Muitas pessoas 
não perceberão a necessidade de mudar e outras resistirão às mudanças, por 
pensarem que trazem uma ameaça aos seus interesses pessoais, portanto 
precisamos de mecanismos para superar os obstáculos mais difíceis. 
 A criação de uma organização mundial poderia garantir a observância da 
ética mundial por todos os países. Poderia ser um movimento independente, 
comprometido com a ética e fazendo o possível para divulgá-la e evitar que 
houvesse violações. O primeiro passo seria definir o que seriam as violações à ética. 
 Essas ações devem levar à criação de códigos de conduta que introduzam 
com a ética mundial no contexto cultural de cada sociedade. 
 
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UNIDADE 7 - MELHORAR A QUALIDADE DA VIDA 
HUMANA 
 
 
 
É o principal objetivo do desenvolvimento, e torna possível os seres humanos 
obter autoconfiança, dignidade, satisfação. O crescimento econômico é um 
importante componente do desenvolvimento, porém não deve ser um objetivo 
isolado. Alguns objetivos das pessoas são universais, tais como vida longa e 
saudável, educação, acesso aos recursos necessários para um padrão de vida 
digno, liberdade política, garantia de direitos humanos e de proteção contra a 
violência. O desenvolvimento só é verdadeiro quando melhora a nossa vida em 
todos os aspectos. 
Os indicadores de desenvolvimento mostram que muitos países de menor renda 
tiveram melhorias em alguns indicadores. No entanto, as necessidades básicas de 
alimentação, moradia e saúde ainda não são satisfatórias. 
De acordo com o novo Índice de Pobreza Multidimensional (MPI), o número de 
pessoas consideradas pobres no mundo chega a 1,7 bilhão de pessoas. O Níger é o 
país com maior proporção de pobres no mundo (92,7%), seguido da Etiópia (90%), 
Mali (87,1%) e República Centro-Africana (86,4%). (Dados da BBC – 14/07/2010) 
Embora a produção mundial de alimentos tenha crescido, o aumento está 
concentrado onde há excesso, enquanto a fome espalha sofrimento e morte em 
países onde há carência. 
O analfabetismo e o desemprego escravizam o pobre à miséria. A qualidade de 
vida depende de oportunidadee capacidade de se ter um lugar na comunidade. 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
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 O desemprego e o subemprego ainda são graves problemas de alguns 
países, e resulta em perda de recursos humanos, provocando inquietação social e 
insatisfação pessoal. Os países mais pobres e mais endividados são os que têm 
maior dificuldade para o desenvolvimento humano e são os que mais necessitam 
dele. O aumento de pressão sobre os recursos da natureza, especialmente nos 
países mais pobres, causa degradação o que vem a anular perspectivas a longo 
prazo. 
 Muitos países não podem (ou não querem) investir em programas sociais ou 
ambientais nos níveis necessários. Muitas são as causas da falta de recursos 
financeiros. Faz-se necessário maior auxílio financeiro internacional (com 
fiscalização) para fins sociais e para conservação e recuperação da natureza e dos 
recursos naturais essenciais. A ajuda na área social é mais importante do que a 
ampliação dos recursos financeiros (pelo menos no primeiro momento). O 
cancelamento da dívida e incentivos à exportação também são um caminho. 
 
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 Todos os governos devem rever suas prioridades orçamentárias e muitos 
deveriam redistribuir riquezas que possuem para financiar o desenvolvimento 
humano e os cuidados para com o meio ambiente. As políticas para amparar ou 
recuperar a economia são, portanto, essenciais para os países de baixa renda. Uma 
vez que todas as economias são baseadas nos recursos naturais e sistemas de 
sustentação da vida, medidas e políticas sociais e econômicas devem ser 
complementadas e devem conservar o meio ambiente e impedir a perda dos 
recursos naturais. 
 Políticas sociais dirigidas adequadamente se fazem necessárias, pois 
sabemos que a relação aumento do Produto Interno Bruto pode não ser sinônimo de 
melhor qualidade de vida. Por exemplo, a riqueza de alguns países de alta renda 
não protegem os indivíduos da violência, drogas, doenças entre outros. 
 Os países de maior renda terão como meta especialmente o desenvolvimento 
humano. Atingido tal objetivo, o principal desafio é estender qualidade de vida para 
todos, para isso é necessário redução do consumo de energia e de recursos. 
Também deverão diminuir a emissão de gases poluentes do efeito estufa e outros. É 
uma difícil tarefa, especialmente mantendo níveis de emprego e a atividade 
industrial. 
 Nenhuma nação, que passe por um desenvolvimento sustentável ficará isenta 
de sofrer amplos ajustes. E estes ajustes devem começar dando ênfase na melhoria 
da qualidade de vida humana. Um dos ajustes poderia ser a redução dos gastos 
militares para mínimo necessário à segurança. Isso não é tarefa fácil, mas deveria 
ser feito pelo interesse das pessoas do mundo todo. O primeiro passo é assegurar 
aos governos que a segurança de suas fronteiras e a ordem interna podem ser 
mantidos com menor investimento e que sua própria economia se beneficiaria com 
esta mudança. Já os países que ganham com vendas de armamentos teriam que 
ser incentivados a investir em outros setores. 
 
Ações prioritárias 
 Redirecionar as prioridades do desenvolvimento é uma estratégia para 
melhorar a qualidade de vida as pessoas de forma a proporcioná-las: 
 
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� Acesso aos recursos necessários para um padrão de vida digna em bases 
sustentáveis; 
� Vida longa e saudável com nutrição de qualidade; 
� Educação que permita cada pessoa explorar seu potencial intelectual e se 
torne capaz de contribuir para a sociedade; 
� Oportunidade de empregos que sejam compensadores. 
 A melhoria da qualidade de vida depende também do aumento e manutenção 
de produtividade, qualidade do ambiente e da estabilização da população humana e 
de recursos. 
 
Ações imediatas para os países de menor renda 
� Serviços básicos de saúde e educação para todos; 
� Complementação de renda; subsídios par alimentação; programas especiais 
de nutrição; programas de conservação e serviços de educação que serão 
mais detalhados em outros itens; 
� Aumentar o crescimento econômico para acelerar o desenvolvimento humano 
aliado a conservação ambiental. Uma das estratégias é a abertura de 
mercados nacionais; 
� Abertura de mercados internacionais; 
� Investimento em ciência, tecnologia, educação e treinamento; 
� Destinação de mais recursos para áreas rurais; 
� Incentivo à educação e saúde pública com programas de nutrição para 
escolas, por exemplo; 
� Especial atenção às comunidades nativas. A tomada de decisões deve 
acontecer em conjunto com estas comunidades; 
� Investimento para melhorar o plano institucional e regulador de administração 
do meio ambiente; 
� Assegurar à mulher condições de participar plenamente no processo de 
desenvolvimento nacional; 
� Oportunidades de emprego para aumento de renda. A industrialização deve 
ser implementada de forma a salvaguardar o meio ambiente; 
� Incentivo ao crescimento de pequenos e médios negócios; 
 
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� Transferência de tecnologia de países mais avançados para viabilizar uma 
industrialização que agrida menos o meio ambiente; 
� Controle da situação do meio ambiente, saúde e educação. 
 
Ações para os países de maior renda 
 Nesses países as pessoas desfrutam de um alto padrão de vida material que 
não é sustentável em termos globais. 
 O desafio para estes países também é grande. Devem-se encontrar meios 
para garantir a qualidade de vida e, ao mesmo tempo, reduzir o consumo de 
recursos, o uso de energia e seu impacto no meio ambiente. Também têm a 
obrigação de ajudar os países de menor renda a atingir o desenvolvimento de que 
necessitam. 
 Os governos deveriam adaptar as políticas nacionais de desenvolvimento 
para assegurar a sustentabilidade. Os itens abaixo são ações que poderiam 
contribuir para isso: 
� Melhoria no padrão de vida dos mais pobres; 
� Reduções na poluição das águas e do ar e, principalmente, impor restrições à 
emissão dos gases do efeito estufa que contribuem para a mudança 
climática; 
� Conservação da diversidade biológica e cultural; 
� Informações ao público e campanhas educativas voltadas à sustentabilidade; 
� Novas filosofias de relações internacionais econômicas, políticas e de 
comércio que possam ajudar países mais pobres a atingir seu 
desenvolvimento; 
� Progresso na conservação e utilização de energia, bem como mudança para 
fontes de energia renováveis; 
� Campanha para reciclagem e menor perdade materiais na produção; 
� Industrialização com tecnologia menos ou nada poluente; 
� Usos de meios de comunicação como Internet, telefones e outros ao invés de 
viagens a negócio. 
 
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UNIDADE 8 - CONSERVAR A VITALIDADE E A 
DIVERSIDADE DO PLANETA TERRA 
 
 
 
 A conservação somente proporcionará benefícios duradouros se estiver 
integrada com formas corretas de desenvolvimento. 
 Deve incluir providências no sentido de proteger a estrutura, as funções e a 
diversidade dos sistemas naturais do planeta. Para isso devemos: 
 
Conservar os sistemas de sustentação da vida. 
 São processos ecológicos que determinam o clima, eliminam resíduos do ar e 
água, regula o fluxo de água, reciclam elementos essenciais, permitem a 
autorrenovação do ecossistema. Enfim, são estes sistemas que mantêm o planeta 
adequado para vida. 
 As atividades humanas estão provocando mudanças radicais nesses 
processos através da poluição global e destruição ou modificação dos ecossistemas. 
De acordo com modelos climáticos, a temperatura média da Terra deve aumentar 
1ºC até 2025 e 3ºC antes do final do século. 
 Pode não parecer muito, mas pode fazer mudanças consideráveis, por 
exemplo, regiões climáticas vão mudar, assim como os índices de precipitação. 
Haverá aumento do nível dos oceanos e intensificação de secas e tempestades 
anormais. 
 
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 Acompanhado essas consequências do efeito estufa, também temos a 
eliminação da camada de ozônio que contribui para novas ameaças mundiais. Fora 
os velhos problemas de poluição das águas, do solo, desmatamentos de florestas e 
várzeas, represamento e canalização da água corrente e introdução de espécies 
não-nativas. 
 Os ecossistemas costeiros estão se deteriorando rapidamente devido ao 
controle deficiente do desenvolvimento urbano, industrial, comercial, turístico, 
agrícola e a falta de controle da disposição dos resíduos. 
 
Conservar a biodiversidade 
 Diversidade biológica é a variedade total de classes genéticas, espécies e 
ecossistemas. Está em contínua mudança. À medida que a evolução traz novas 
espécies, novas condições ecológicas causam o desaparecimento de outras. Isto 
sempre ocorre, pois a natureza é mutável, mas as atividades humanas vêm 
acelerando o esgotamento e a extinção das espécies e modificando as condições 
para a evolução. A diversidade biológica deve ser conservada porque todas são 
componentes de sustentação da vida e, por princípio, merece respeito, 
independentemente da sua utilização pela humanidade. 
 As plantas e os animais, evoluindo por centenas de milhares de anos, 
tornaram o planeta adequado para as formas de vida que conhecemos hoje. Ajudam 
a manter o equilíbrio químico da Terra e a estabilizar o clima. 
 Sabemos pouco acerca da importância dos diferentes ecossistemas e das 
espécies que os compõem. E todas as sociedades, rurais e urbanas, continuam a 
lançar mão de vários ecossistemas para satisfazer suas necessidades. 
 A diversidade biológica é fonte de toda riqueza, nos fornece o alimento, 
muitas das matérias-primas, variedades de bens e serviços. O material genético 
usado na agricultura, medicina e indústria vale bilhões de dólares ao ano. E muitas 
pessoas gastam bilhões de dólares para apreciarem a beleza da natureza através 
do turismo e recreação. 
 Embora não saibamos exatamente quantas espécies existam, alguns 
especialistas calculam que, se persistir a tendência atual, pode haver redução de até 
 
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25% das espécies do mundo até meados deste século. Muitas espécies estão 
perdendo uma parte considerável de sua variação genética. 
 
Assegurar o uso sustentável de recursos renováveis 
Recursos renováveis são a base de todas as economias, incluem o solo, a 
água, produtos que retiramos de seu estado natural, tais como madeira, castanhas, 
plantas medicinais, peixe, carne e couro de animais selvagens, espécies 
domesticadas criadas pela agricultura, aquicultura e silvicultura; e ecossistemas, tais 
como os dos campos, florestas e águas. Se forem usados de forma sustentável, tais 
recursos renovar-se-ão perpetuamente. 
 No entanto, devido à atual insustentabilidade de grande parte da pesca, 
exploração de florestas, entre outros, o futuro de muitas comunidades está 
ameaçado. 
 Erosão, irrigação mal administrada, salinização, alcalinização já destruíram 
enormes áreas de solo que antes eram férteis. 
 A retirada de água no mundo tem aumentado cada vez mais, sendo que 
muitas áreas áridas e semiáridas já sofrem com a escassez de água. A concorrência 
crescente de usuários de água ameaça a capacidade administrativa que cuida da 
água e sua distribuição. Em países de menor renda, a causa principal de 
mortalidade são elementos patogênicos provenientes da água. 
 O desmatamento de florestas tropicais para algum tipo de cultivo ou 
pastagem está reduzindo a diversidade biológica, e assim, aniquilando com fontes 
de riquezas e beleza ainda desconhecidos. As florestas temperadas e boreais são 
altamente estáveis, todavia a poluição do ar, a derrubada de madeira e a 
urbanização estão fragmentando tais recursos. 
 A pesca excessiva combinada com oscilações naturais têm resultado na 
diminuição de algumas áreas de pesca. Muitas áreas de pesca são exploradas além 
dos níveis considerados sustentáveis a longo prazo. Podemos dizer que o uso é 
sustentável quando se mantêm dentro da capacidade de renovação daquele 
recurso. 
 
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Ações prioritárias 
 Para conservar a vitalidade e diversidade do Planeta Terra em seu próprio 
direito e como fator fundamental do ser humano, é necessário a prática das 
seguintes ações: 
� impedir a poluição; 
� recuperar e manter a integridade dos ecossistemas do nosso planeta; 
� conservar a diversidade biológica; 
� assegurar que os recursos renováveis sejam usados de forma sustentável. 
 
A seguir detalhes de cada ação: 
 
Impedir a poluição 
 
A poluição é o processo de sobrecarga dos ecossistemas da Terra com 
materiais prejudiciais ou energia desperdiçada. Evoluiu de um incômodo local para 
uma ameaça mundial. Portanto, governos, municípios e indústrias, de todos os 
países do mundo, devem tomar providências. 
 As emissões para o ar, as descargas nos rios e oceanos e a disposição dos 
resíduos sólidos deveriam ser controladas por um único órgão governamental ou 
ligado a ele, investido de poderes e recursos para impor a execução demelhores 
padrões. O controle integrado da poluição evita o risco de que os materiais 
poluentes simplesmente sejam transferidos de um meio para outro. 
 Municípios e empresas de utilidade pública deveriam ser investidos de poder, 
recursos e orientação para manter a boa qualidade do ar e saneamento básico 
eficiente em suas áreas. As indústrias podem fazer muito para impedir a poluição, 
usando melhor a tecnologia disponível e desenvolver processos que não emitam 
 
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gases poluentes. Devem também utilizar métodos mais eficientes de 
reaproveitamento de recursos úteis e descartar adequadamente produtos perigosos. 
 Fazendeiros deveriam diminuir consideravelmente ou totalmente a quantidade 
de fertilizantes e defensivos que são carregados pelas águas das chuvas. A 
Europa e América do Norte são os maiores responsáveis pela emissão mundial de 
gases poluentes causadores do efeito estufa e chuva ácida. À medida que países de 
menor renda forem se industrializando os problemas se agravarão. 
 Veículos motorizados são a principal fonte emissora de monóxido de carbono, 
hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio. Conversores catalíticos podem ajudar muito, 
mas as indústrias devem intensificar seus esforços na produção de motores menos 
poluentes (queima limpa). 
 A mudança climática é uma das maiores ameaças à sustentabilidade. A 
responsabilidade pela redução das emissões de dióxido de carbono cabe, 
especialmente, aos países industrializados, uma vez que são eles a maior fonte de 
emissão total do dióxido de carbono, além de possuírem recursos econômicos e 
capacidade técnica para providenciarem a ação corretiva. 
 A indústria e serviços públicos devem, quando possível, substituir o carvão 
por gás natural ou outras fontes menos poluidoras. Governo e indústria devem 
acelerar a utilização de energia solar, eólica e outros sistemas de energia renovável. 
 É recomendável o fechamento de instalações antigas e mais poluentes, e 
também o plantio de árvores em número suficiente para retenção de uma 
quantidade equivalente de carbono. As florestas devem ser mantidas, ou se 
possível, expandidas. Para proteção da camada de ozônio devem ser eliminadas a 
produção e utilização do clorofluocarboneto. 
 Governantes e instituições devem trabalhar juntos para reduzirem emissões 
de gás metano, como por exemplo: melhorar a manutenção dos sistemas de 
produção de petróleo e gás natural, para reduzirem vazamentos de metano; 
reciclagem de resíduos incineráveis; melhorem a manutenção dos aterros sanitários. 
 Os governantes também devem desenvolver e implementar planos nacionais 
para redução das emissões de gás estufa pela atividade agrícola. Uma das 
providências é reduzir emissões de óxido nitroso pelo uso de adubos e compostos 
 
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animais. Também áreas cultivadas que sejam adequadas apenas a uma colheita 
anual, deveriam ser convertidas em plantações perenes. 
 Há um amplo consenso de que, mesmo tomando providências imediatas para 
diminuição de emissão de gases “estufa”, é inevitável um aquecimento do clima do 
planeta Terra, portanto, há que se estudar urgentemente medidas de adaptação a 
essa nova situação. 
 Os governantes devem rever seus planos de desenvolvimento e conservação 
com base nas mudanças climáticas. Deve fazer ajustes focando o uso da terra, 
aumento do nível do mar, mudanças na agricultura (reservando as plantas de 
culturas mais adequadas para gerações futuras), adotar medidas para manter as 
defesas naturais como recifes de corais e mangues, rever planos para atendimento 
de calamidades e situações de emergências. Os órgãos internacionais devem 
oferecer ajuda na preparação de tais revisões e assistência em caso de 
calamidades. 
 
Recuperação e manutenção da integridade dos ecossistemas da Terra 
 Os governantes e os órgãos devem, na medida do possível, usar as bacias 
hidrográficas como unidades naturais de gerenciamento de terra e da água. 
 A água interliga as atividades das comunidades humanas entre si e com as 
de animais e plantas. A política para a água deve ser baseada na capacidade 
suporte de bacias hidrográficas, e deve prever todos os tipos de uso adequado. A 
utilização dos recursos hídricos deve ser aliada à manutenção dos ecossistemas 
que desempenham um papel fundamental no ciclo da água, tais como as florestas. 
 Dentro da conservação, a tarefa mais difícil é chegar ao correto equilíbrio 
entre os usos alternativos do meio ambiente. A sustentabilidade depende da 
conversão, para uso intensivo do homem, somente daquelas áreas que possam 
suportar tal uso, conservando os sistemas naturais onde possam proporcionar 
benefícios maiores, ou seja, essenciais à manutenção da diversidade e das funções 
ecológicas. 
 Os governantes devem proteger os ecossistemas naturais remanescentes; 
recuperar ecossistemas degradados; desenvolver formas de utilização sustentável 
 
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dos ecossistemas; considerar todos os custos sociais e benefícios ao analisar a 
conversão de terras para agriculturas ou sistemas urbanos. 
 Devido ao aumento populacional, as terras usadas na agricultura terão que 
ser cultivadas mais intensamente. Mostra-se como prioridade o desenvolvimento de 
técnicas para uma atividade agrícola mais intensiva e sustentável. O manejo 
engloba ações como: melhoramento das condições do solo; controle de pestes e 
pragas de forma economicamente eficiente e ecologicamente saudável; conservar 
habitats dos polinizadores de culturas e inimigos naturais das pestes. 
 Quanto ao desmatamento, é imprescindível que os governantes tenham como 
meta detê-lo, revendo a política nacional de concessões para exploração de madeira 
em cada região. Devem proteger grandes áreas de florestas antigas, buscando uma 
negociação internacional que apoie a ação conjunta para conservar as florestas do 
mundo e buscar manejo sustentável de áreas para reflorestamento para uso da 
madeira. 
 A ação global conjunta para conservação de florestas torna-se crucial devido 
ao valor das florestas com seus recursos, biodiversidade e manutenção do equilíbrio 
do clima. 
 
Conservar a diversidade biológica 
 
 As áreas protegidas são estabelecidas para salvaguardar exemplares 
importantes da herança natural ou cultural, tem como finalidade a conservação dos 
sistemas de sustentação da vida e da diversidade biológica e para apreciação 
 
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humana. Há muitos tipos de áreas protegidas, cada umacom seus benefícios 
próprios. 
 Cabe ao governo estabelecer ou manter órgãos especializados com a 
finalidade de fornecer orientação, infraestrutura administrativa, pessoal treinado e 
fundos para planejamento e cuidados da rede nacional de áreas protegidas. 
 Os sistemas nacionais de áreas protegidas devem ser regidos por uma clara 
política e pessoas especializadas, assegurando que haja um plano administrativo 
eficiente, que envolva a comunidade local e assegure que estas sejam participantes 
da conservação e dos benefícios (com retorno financeiro) da economia sustentável 
da área protegida. 
 As áreas protegidas podem ter especial importância para o desenvolvimento, 
quando proporcionam: 
 
� conservação da água e do solo em zonas propensas a grande erosão, caso a 
vegetação original seja removida, principalmente encostas íngremes de 
cabeceiras e as margens de rios; 
� controle e purificação do fluxo de água; 
� defesa às pessoas contra desastres naturais, tais como enchentes, aumento 
do nível do mar; 
� manutenção da vegetação natural essencial em solos de baixa produtividade; 
� manutenção dos recursos genéticos selvagens ou espécies importantes para 
a medicina; 
� proteção de espécies e populações altamente sensíveis à influência humana; 
� criação de habitats para reprodução, alimentação ou descanso para aquelas 
espécies migratórias usadas pelo homem ou ameaçadas de extinção; 
� rendimentos e oportunidades de emprego, provenientes principalmente do 
turismo, o chamado atual ecoturismo. 
 As espécies ameaçadas merecem a devida atenção dos governantes e 
ONGs. Cada país deve fazer o possível para evitar sua extinção. 
 As espécies invasivas causam importantes perdas da biodiversidade e seu 
controle é difícil e às vezes impossível, por isso, as espécies não-nativas (exóticas) 
 
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de animais, plantas e elementos patógenos devem passar por rigorosas medidas e 
sua liberação deve ser impedida. 
 O conhecimento das espécies e sua inter-relação é fator importante para a 
conservação do ecossistema. A pesquisa biológica e o monitoramento devem ser 
voltados principalmente para a conservação da diversidade, buscando promover o 
intercâmbio entre universidades nacionais e internacionais. O recenseamento aéreo 
e terrestre de áreas protegidas é outro recurso que deve ser mais implantado, de 
modo a estruturar um banco de dados de conservação nacionais, que possa ser de 
fácil acesso a todos e estar interligado com o Centro Mundial para Monitoramento da 
Conservação. Este Centro tende a se tornar o repositório mundial de todos os dados 
relativos à diversidade biológica. 
 A maior prioridade da conservação da diversidade biológica é a conservação 
in situ de espécies em seus habitats naturais. No entanto, em alguns casos os 
habitats tornaram-se tão degradados ou o tamanho da população diminuiu a tal 
ponto que não é possível garantir a sobrevivência da espécie em estado selvagem. 
Sob essas circunstâncias, um programa de conservação genética pode abranger 
tais espécies, podendo ser in situ ou ex situ. 
 Muitos grupos de espécies, particularmente pássaros, peixes, répteis e certas 
plantas ameaçadas de extinção mundial, são mantidos em coleções particulares, em 
razoáveis quantidades de população. Esse fato deve constar dos acordos regionais 
e internacionais e devem ser inspecionados e aprovados. 
 
Assegurar que os recursos renováveis sejam usados de forma sustentável 
 
 
 
 
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Os incentivos para uso dos recursos naturais de forma sustentável dependem dos 
direitos de propriedade dos usuários. Pessoas com direito específico para a pesca 
têm incentivo para limitar sua retirada, de forma a conservar o recurso. Portanto, a 
exclusividade, a duração e outros direitos de propriedade têm profunda influência no 
incentivo dos usuários para conservar os recursos. 
 Governantes e comunidades locais deveriam desenvolver conjuntamente uma 
política para a administração do recurso renovável. A comunidade local ser atuante, 
criar instituições e ser encorajada a participar do processo. Deve estar incluso 
suporte aos projetos de desenvolvimento rural, conservação e uso sustentável das 
espécies e ecossistemas selvagens. 
 Em muitos países as espécies selvagens e ecossistemas são recursos que 
podem ser usados com controle, ou seja, sustentavelmente. Para isso, é preciso que 
a pesquisa e o controle sejam priorizados pelos governantes. Deve-se dar ênfase às 
espécies economicamente importantes. Assegurar que a retirada de um 
determinado recurso não exceda sua capacidade de sustentar a exploração. 
 
Minimizar o esgotamento de recursos não-renováveis. 
 
 
 
 São recursos não-renováveis os minérios, petróleo, gás e carvão. Usá-los de 
forma sustentável não é possível, mas podemos “prolongar sua vida” através de 
processos como reciclagem, redução de consumo ou substituição (quando possível) 
por um recurso renovável. 
 
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UNIDADE 9 - PERMANECER NOS LIMITES DA 
CAPACIDADE SUPORTE DO PLANETA TERRA 
 
 
 
 O impacto máximo que o Planeta ou qualquer ecossistema pode tolerar é sua 
capacidade suporte. Se o homem não chegar ao equilíbrio entre o nível de 
exploração dos recursos e a capacidade suporte da Terra a obtenção de 
sustentabilidade será impossível. 
 Mesmo sendo difícil ter a exatidão da capacidade suporte dos ecossistemas, 
sabemos com toda certeza que há limites para a capacidade que ecossistemas e 
biosfera conseguem tolerar sem uma deterioração arriscada. E, se por um lado 
sabemos que tais limites existem, por outro, não sabemos exatamente onde estão 
tais limites. E acima de tudo, é importante ressaltar que buscamos melhoria 
sustentável na qualidade de vida de bilhões de pessoas, não somente a 
sobrevivência. 
 Essa capacidade suporte varia de região para região e está diretamente 
relacionada com a quantidade de pessoas, quantidade de alimentos, água, energia e 
matérias-primas que cada pessoa utiliza ou desperdiça. Poucas pessoas 
consumindo muito podem causar tanto prejuízo quanto muitas pessoas consumindo 
pouco. 
 As providências para nos mantermos dentro da capacidade suporte da Terra 
vão variar de país para país, e mesmo de uma comunidade para outra dentro do 
próprio país. Mas, no planejamento da estratégia do desenvolvimento devem ser 
considerados: 
 
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• Uma minoria de pessoas, localizada principalmente em paísesde 
maior renda, consomem exageradamente energia, alimentos e outros 
recursos. Essa minoria tem condições de reduzir seu consumo com 
qualidade de vida. Sabemos que não será fácil fazê-las reduzir 
espontaneamente; 
• A maioria das pessoas, habitantes principalmente em países de menor 
renda, tem padrão de vida que varia do miserável ao tolerável. Usam 
apenas uma pequena parcela dos recursos da Terra; 
• As taxas de crescimento populacional são mais altas onde a pobreza é 
maior. 
 A esta situação, devemos nos posicionar para que as disparidades no 
consumo de recursos e taxas de crescimento populacional sejam superados. 
Esforços conjuntos são necessário para reduzir o consumo de recursos e energia 
nos países de maior renda. A redução pode ser favorecida pelo desenvolvimento de 
tecnologias que otimizem a produção de energia e materiais, incluindo reciclagem, e 
pela demanda de produtos com menores impactos. 
 O consumo de energia comercial por pessoa é uma medição útil do impacto 
ambiental. Isto porque é a energia que possibilita a retirada dos recursos renováveis 
e não-renováveis dos ecossistemas para retornar aos ecossistemas na forma de 
resíduos. Quanto mais poluente for a fonte de energia, maior será o impacto. 
 Em média, o habitante de um país de “alto consumo” gasta 18 vezes a 
energia comercial usada por um habitante de um país de “baixo consumo”. 
 A maioria dos países de alta renda tem populações quase estáveis, mas o 
consumo de recursos continua aumentando. Já a maioria dos países de baixo 
consumo tem altas taxas de fertilidade. O crescimento populacional rápido prejudica 
as perspectivas de um crescimento sustentável, pois os governos precisam suprir as 
necessidades básicas da população. 
 Um dos maiores desafios para a sustentabilidade está na estabilização das 
populações humanas e o consumo de recursos em bases mais equitativas e 
sustentáveis. Precisamos, para isso, mudar nossos estilos de vida (principalmente 
países com maior renda) em benefício de um padrão de vida digno para todos e um 
futuro digno para nossos descendentes. 
 
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Ações prioritárias 
 A seguir, algumas ações para nos mantermos dentro dos limites da 
capacidade de suporte do Planeta Terra: 
� Manejar seus recursos ambientais de forma sustentável; 
� Tratar de forma integrada assuntos como crescimento populacional e 
consumo de recursos; 
� Reduzir consumo e desperdício excessivo; 
� Fornecer melhores serviços de informação, planejamento familiar e 
assistência médica. 
 Governantes, órgãos educativos e grupos não-governamentais devem dar 
suporte e promover a educação formal e informal no sentido de conscientizar as 
pessoas que a capacidade de suporte do Planeta não é ilimitada. 
 A introdução de impostos muito bem estruturados para energia deve vir a 
incentivar tecnologias mais eficientes e o uso de fontes alternativas que emitam 
menos dióxido de carbono e outros poluentes. A fonte de energia mais limpa deveria 
ser tributada somente em grau que permita sua eficiência, ao passo que outras 
fontes devem ser tributadas em taxas progressivamente maiores, de forma a deter a 
poluição. Os impostos sobre matérias-primas poderiam seguir o mesmo 
procedimento para incentivar o uso de tecnologias mais eficientes, de recursos 
renováveis e de produtos mais duráveis. 
 Os consumidores (especialmente de países de maior renda) podem usar seu 
poder de compra para fortalecer produtos que causem menos prejuízo ao ambiente. 
Podem se tornar “consumidores verdes”. Mas, também para isso, há necessidade de 
informação segura acerca de produtos e serviços. 
 Para estabilizar a população, alguns fatores precisam ser trabalhados, como: 
informações sobre serviços de planejamento familiar e acesso a estes serviços; 
renda e segurança familiar; assistência médica à gestante e à criança; condição da 
mulher na sociedade; educação para homens e mulheres; fatores religiosos e 
culturais. As pessoas limitam o tamanho das famílias quando isto lhes convém social 
e economicamente. A educação para as mulheres precisam ser melhoradas, pois 
quanto maior o grau de escolaridade, menos filhos elas possuem. 
 
 
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 O planejamento familiar é altamente desejável, pois estima-se que poderia 
salvar 200.000 mulheres e 5 milhões de crianças, através de assistências aos casais 
para espaçar seus filhos e evitar gestações de alto risco. Mulheres de localidades 
com menor renda como África, Ásia e América Latina sofrem constantemente por 
falta desta assistência e enfrentam situações desastrosas onde muitas das 
gestações acabam em aborto. 
 Onde as unidades de assistência ao planejamento familiar foram instaladas, 
houve considerável redução da fertilidade. Cabe ao governo, administração local e 
órgãos de ajuda ao desenvolvimento assegurar a inclusão do planejamento familiar 
em todos os programas urbano e rural, alocando recursos para isso em seus 
orçamentos. 
 
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UNIDADE 10 - MODIFICAR ATITUDES E PRÁTICAS 
PESSOAIS 
 
 
 
 Reexaminar valores e alterar comportamentos são pontos de partida para 
viver com sustentabilidade. Apoiar atitudes que promovam a modificação de atitudes 
é fundamental e a difusão de informações por meio de sistemas formais e informais 
de educação se faz necessário para que essa nova ética seja explicada e entendida 
por todas as pessoas. 
 Muitas pesquisas demonstram que a preocupação com a deterioração 
ambiental está largamente difundida em todos os países. Entretanto, outras 
pesquisas demonstram que as pessoas “cansam-se” rapidamente dessas 
mensagens destrutivas e seguem com seus estilos de vida, seja o consumo 
excessivo (países com maior renda) ou a retirada de matérias-primas dos 
ecossistemas para sobrevivência (países com menor renda). Outras pessoas 
simplesmente não veem como a modificação de seu comportamento poderia ajudar 
outras pessoas. Algumas pessoas mudam seus estilos de vida em alguns aspectos. 
 Até mesmo governantes conscientes da importância do meio ambiente são 
tentados a abrandar as regras quando enfrenta uma recessão ou desemprego 
crescente. As pessoas adotarão a ética da vida sustentável quando forem 
persuadidas de que é necessário e correto fazê-lo. 
 A educação é um importante fator na consecução dessas mudanças, seja ela 
formal ou informal. A educação formal deveria não somente ser proporcionada de 
forma ampla, mas também modificada em seu conteúdo. Deveriam ser iniciados no 
conhecimento e nos valores que permitirão viver de forma sustentável. Isso requer 
 
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que a Educação Ambiental esteja aliada à Educação Social. Quanto à educação 
informal deve haver o aproveitamento do poder e influência dos meios de 
comunicação, como jornais, programas de televisão, rádio, revistas e lugares de 
entretenimento. 
 
Ações prioritárias 
 Os planos de ação devem constituir-se em iniciativas conjuntas de 
governantes, instituições educacionais, ONGs, meios de comunicação e o setor de 
negócios e ter como objetivo difundir os princípios da sustentabilidade, como: 
� Identificar as características específicas de cada sociedade como a história 
local, traços culturais, ecossistemas, símbolos e planejar os programas 
educacionais com base na cultura e meio ambiente desta sociedade em 
questão. 
� Inserir a educação ambiental na educação formal em todos os níveis de 
escolaridade. O ensino nas escolas deveria ser prático e teórico, e estar 
ligado a projetos de campo. Ter como meta a lição de que a sustentabilidade 
vale a pena ser levada para casa; 
� Professores treinados nas Ciências Sociais deveriam trabalhar juntos com 
educadores ambientais, usando métodos para incluir a conscientização no 
contexto da sustentabilidade. Já os cursos de nível secundário e superior 
deveriam fornecer treinamento nas habilidades técnicas e administrativas 
para se viver em uma economia sustentável. É crucial que todas as escolas 
ensinem técnicas corretas para a vida sustentável; 
� Oficinas de treinamento de novas técnicas e como usar os recursos de forma 
sustentável e lucrativa para trabalhadores como agricultores, pescadores, 
entre outros. 
 
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UNIDADE 11 - PERMITIR QUE AS PESSOAS CUIDEM DO 
SEU PRÓPRIO MEIO AMBIENTE 
 
 
As comunidades organizadas e bem informadas podem contribuir em muito 
para decisões que as afetam diretamente e ao mesmo tempo desempenham papel 
indispensável na formação de uma sociedade sustentável. 
 
 É necessário se organizar para trabalhar pela sustentabilidade em sua própria 
comunidade representando uma força poderosa e eficaz, independente e ser uma 
comunidade rica, pobre, urbana ou rural. 
 Uma comunidade sustentável cuida do seu próprio ambiente e não danifica o 
alheio. Utiliza os recursos de forma sustentável, recicla materiais, conserva os 
sistemas de sustentação da vida e a diversidade dos ecossistemas locais, diminui 
resíduos e reconhece a necessidade de trabalhar em conjunto com outras 
comunidades. 
 O principal objetivo é promover a sustentação do meio ambiente local 
produtivo, administrando o solo, a água, e a diversidade biológica de modo a 
favorecer a população. 
 
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 No plano da comunidade deve estar inserido a conservação, o controle da 
poluição e a recuperação de ecossistemas degradados. Para que as ações sejam 
efetivas, a comunidade deve ser orientada para a ética da vida sustentável e ter 
acesso a recursos para a administração local. Todos os cidadãos da comunidade 
têm direito de participar das decisões que os afetam. 
 As comunidades apresentam variações em sua capacidade de cuidar do meio 
ambiente. Deve-se levar em consideração a falta de habilidades, conhecimentos, 
práticas adequadas e outros recursos que podem prejudicar essa capacidade. 
 Os problemas para o desenvolvimento sustentável na comunidade podem ser 
decorrentes das políticas locais, nacionais, internacionais, legislação e situação 
econômica. Também podem aparecer conflitos entre os indivíduos da própria 
comunidade. 
 
Ações prioritárias 
� Proporcionar às comunidades um maior controle de suas próprias vidas, 
incluindo acesso aos recursos, direito de participação nas decisões, educação 
e treinamento. 
� Permitir que as comunidades supram suas necessidades de forma 
sustentável; 
� Permitir as comunidades conservar o seu meio ambiente. 
 Os órgãos governamentais deveriam dar suporte à administração comunitária 
de recursos. Se as normas locais forem insuficientes para assegurar a 
sustentabilidade, os governantes podem precisar interferir, por exemplo, no 
estabelecimento de padrões de administração comunitária. As autoridades ligadas à 
administração da terra deveriam dar suporte à concessão de direitos de propriedade 
em cada comunidade, legalizando a posse e fornecendo registro de propriedade. 
 É imprescindível fazer uso do conhecimento local, integrando-o aos 
resultados dos estudos científicos. É preciso envolver a comunidade fazendo com 
que essa perceba a utilidade de compartilhar conhecimentos. As tecnologias 
saudáveis ao meio ambiente são melhores quando desenvolvidas em conjunto com 
a comunidade. 
 
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 A participação plena é essencial, deve ser assegurada por todos no processo, 
especialmente nas decisões administrativas dos recursos naturais. Os governates 
locais são elementos-chave para o cuidado com o meio ambiente. Suas 
responsabilidades incluem o planejamento de uso da terra, controle de 
desenvolvimento, suprimento de água, tratamento de esgoto, assistência médica, 
transporte público e educação. São os que possuem maior contato com os cidadãos 
locais e por isso deveriam encabeçar o desenvolvimento sustentável junto à 
comunidade. 
 As ações em comunidades de menor renda poderiam estar centradas em 
projetos comunitários nas áreas de agroecologia, agroflorestas, conservação do solo 
e água, artesanato, recuperação do solo degradado, ecoturismo. Esses projetos 
deveriam ser constantemente avaliados e os objetivos, se necessário, reexaminados 
e redefinidos. A avaliação se torna útil para que as pessoas desenvolvam suas 
experiências, que podem ser repassadas a outras pessoas. 
 Governos, ONGs, grupos religiosos, universidades nacionais e internacionais 
deveriam melhorar as condições e dar suporte para as ações comunitárias pelo meio 
ambiente. Incentivos econômicos podem motivar as comunidades a usarem os 
recursos de forma sustentável. 
 
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UNIDADE 12 - GERAR UMA ESTRUTURA NACIONAL PARA 
A INTEGRAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO E 
CONSERVAÇÃO 
 
 
 
Para que uma sociedade seja sustentável, é necessário haver a integração do 
desenvolvimento humano com a conservação ambiental. É importante que haja um 
enfoque no âmbito nacional, devendo os governantes fornecer uma estrutura 
nacional, abrangendo as instituições políticas econômicas,

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