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Anestesia Geral Historia da anestesia Os cirurgiões do início do século XIX usavam álcool ou ópium – a fim de intoxicar o paciente para os procedimentos que envolviam dor intensa; Em março de 1842 – um médico usou éter para remover um tumor; Em 1844 – um cirurgião dentista – começou a usar òxido nitroso ; 1846 – éter sulfúrico – ao extrair um dente - sem que o paciente experimentasse dor. Morton – um cirurgião de Massachusetts – aplicou o éter sulfúrico durante um procedimento cirúrgico; Primeiro relato médico de anestesia foi no dia 18 de novembro de 1846; Cirurgia bem sucedia era aquela que apresentava rapidez do cirurgião, enquanto trabalhava em um paciente agitado e se debatendo; Palavra anestesia deriva da grega – anaisthesia - sem sensação Nos EUA: Os cuidados anestésicos são todos dados pelo médico anestesista ou por uma enfermeira anestesista com Certificação – que atua sob a supervisão de anestesista; O programa de anestesia para enfermeira tem duração de dois anos; exige grau de bacharel em enfermagem e um ano de experiência em cuidados críticos; Todos os programas para as enfermeiras é em grau de mestrado. No Brasil Os cuidados anestésicos são todos dados pelo médico anestesista; Os cuidados incluem no Procedimento anestésico: avaliação pré anestésica; anestesia propriamente dita; o período de recuperação da anestesia; bem como a analgesia pré- operatória. Preparação pré operatória: 1) Avaliação do paciente: todos os dados de admissão do paciente, formulários, consentimento; história pré operatória, exame físico, avaliação e exame pré anestésico. antes da cirurgia o paciente deve estar em ótimas condições clínicas; A anestesia mesmo em pacientes saudáveis comporta riscos; Preparação pré operatória: Designição da avaliação/condição física de um paciente: - Condição fisiológica do paciente; Avaliação da gravidade das doenças sistêmicas; Disfunção fisiológicas; Anormalidades anatômicas. Preparação pré operatória: Riscos devem ser minimizados na avaliação do paciente: Adequada preparação pré-operatória; Escolha do agente e técnica de administração; Manutenção de estrutura para emergências ; Manutenção do equilíbrio hídrico; Preparação pré operatória: Riscos devem ser minimizados: Monitorar os SV; - Observação constante do estado geral do paciente. Preparação pré operatória: 2) Interação com o cliente e sua família; 3) Obtenção de dados para o planejamento individualizado da assistência; 4) Oferecer ao cliente informações objetivas com expectativas realistas sobre o processo anestésico e a cirurgia; Escolha da anestesia: É feita pelo paciente, anestesista, pelo cirurgião e pelo tipo de cirurgia. Fatores que influenciam na escolha: Em alguns casos com a participação do paciente; O estado fisiológico, mental e psicológico do paciente; A presença e a gravidade das patologias pré-existentes; Tipo e duração de cirurgia; A posição do paciente na cirurgia a ser realizada; Requisitos particulares do cirurgião; A recuperação pós operatória; As opções para o tratamento da dor pós operatória; Tipos de Anestesias São classificadas quanto ao tipo: Anestesia geral: inalatória, intravenosa e balanceada (inalatória e intravenosa); Anestesia regional; peridural, raquidiana e bloqueio do plexos nervosos; Anestesia combinada: geral e regional; Anestesia local; Medicações pré anestésicas Administração de uma ou mais diferentes drogas antes do ato anestésico. Objetivos: - produzir amnésia e sedação - diminuir ou abolir dor eventualmente existente; - potencializar os agentes anestésicos; - bloquear o nervo vago; Medicações pré-anestésicas Anticolinérgicos: Ex: atropina Tranquilizantes: Ex: diazepam, lorepam, midazolam Hipoanalgésicos: Ex: morfina, fentanil As medicações pré-antestésicas devem ser administradas 45 a 75 minutos antes de começar a anestesia, para que tenham ação antes do inicio da anestesia com a finalidade de produzir sedação, amnésia, analgesia, diminuição do metabolismo basal TIPOS DE CUIDADOS ANESTÉSICOS ANESTESIA GERAL: Compreende um estado de inconsciência reversível, obtido por via inalatória ou intravenosa, que é caracterizado por amnésia (perda temporária da memória), inconsciência (hipnose), analgesia (isenção da dor), bloqueio dos reflexos autonômicos, relaxamento muscular, que deve ser controlados continuamente, assim como a homeostase das funções vitais. Finalidade: promover a depressão irregular reversível do Sistema Nervoso Central, por meio de fármacos; ANESTESIA GERAL: Pode ser realizada pelas vias: Inalatória; Intravenosa; Balanceada. Anestesia Inalatória: Os fármacos anestésicos voláteis são administrados sob pressão e o estado de anestesia é alcançado quando o agente inalado atinge a concentração adequada no cérebro, levando à anestesia, à inconsciência e à amnésia. ANESTESIA GERAL: Anestesia Intravenosa: A infusão dos fármacos é realizada por um acesso venoso e tem como meta atingir os cinco elementos de uma boa anestesia): 1. inconsciência; 2. analgesia; 3. relaxamento muscular; 4. controle dos reflexos; 5. amnésia. ANESTESIA GERAL: Anestesia Geral Balanceada: É administrado uma combinação de anestésicos inalatórios e endovenosos; É muito utilizada uma vez que não existe um único fármaco usado; ANESTESIA GERAL Ação dos anestésicos gerais; Diminui a atividade celular Deprime os sistemas vitais Doses maiores aumentam a depressão Grau de depressão ANESTESIA GERAL: níveis de anestesia geral Estágio 1 – ocorre a partir da administração inicial dos agentes anestésicos até a perda da consciência; Estágio 2 – desde a perda da consciência até o início da respiração regular e perda dos reflexos palpebrais; Estágio 2 também chamado de delírios ou estágio de excitação; Nenhuma estimulação auditiva e física deverá ocorrer neste estágio , principalmente em crianças. ANESTESIA GERAL: níveis de anestesia geral Estágio 3 – inicia com um padrão de respiração regular e dura até a cessação da respiração; Estágio 4 – vai desde a cessação da respiração até a falência circulatória podendo chegar a morte. Hoje em dia, a anestesia geral normalmente é induzida por medicação EV – de ação rápida: Tiopental ou Propofol (diprivanR ) que leva rapidamente o paciente ao estágio 3 e elimina as respostas indesejadas. FASE DA ANESTESIA GERAL Pode ser dividida em três fases: 1.INDUÇÃO; 2.MANUTENÇÃO; 3.REVERSÃO FASE DA ANESTESIA GERAL Indução – começa na administração dos agentes anestésicos e se prolonga até o início do procedimento/incisão cirúrgica; FASE DA ANESTESIA GERAL A Intubação – ocorre durante a fase da indução, sendo que a extubação é comumente realizada durante a emergência; FASE DA ANESTESIA GERAL b) Manutenção – começa quando o paciente está apto para sua manipulação consiste em manter o paciente em plano cirúrgico até o final da cirurgia; - o que pode ser realizado com inalação e/ou administração de medicamentos EV dadas em doses tituladas ou por infusões contínuas; FASE DA ANESTESIA GERAL Corresponde do início ao término do procedimento cirúrgico FASE DA ANESTESIA GERAL c) REVERSÃO Também chamada de fase da emergência ou despertar; É a superficialização do estado de anestesia, dependendo de sua profundidade e duração da anestesia, que termina quando o paciente está pronto para deixar a sala de operação; A retirada do tubo endotraqueal (extubação) ocorre nesta etapa. FASE DA ANESTESIA GERAL D) Recuperação: Para alguns autores é considerada a quarta fase. Para o enfermeiro planejar a assistência adequada deve reconhecer todas as fases. APARELHOS DE ANESTESIA E MONITORIZAÇÃO DO PACIENTE Nome correto: sistema de administraçãode anestesia Finalidade: suprir uma mistura de gases anestésicos e promover a sustentação da vida; Funções básicas dos aparelhos: Prover oxigênio ao paciente; Remover gás carbônico/dióxido de carbono; Fornecer e quantificar o volume de gases; Fornecer vapor anestésico; Facilitar e promover a ventilação do paciente. APARELHOS DE ANESTESIA E MONITORIZAÇÃO DO PACIENTE Durante todo o processo deve haver monitorização do paciente; Estas dependem: -condições fisiológicas do paciente; -cirurgia programada com potencial para causar alterações bruscas nas funções cardiopulmonares; -extensão de perda sanguínea e deslocamento de líquidos; FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM ANESTESIA A maioria dos procedimentos cirúrgicos requer inconsciência, analgesia, amnésia, relaxamento neuromuscular, boa exposição visceral, controle respiratório, controle dos reflexos autonômicos, e bloqueio da condução dos impulsos nervosos. FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM ANESTESIA INALATÓRIOS: Os anestésicos voláteis são líquidos claros e não inflamáveis em temperatura ambiente, sendo liberados ao paciente em forma de vapor; O éter dietílico- conhecido há mais tempo; Gases – óxido nitroso / conhecido como gás hilariante; Vapores – predomina os éteres halogenados como: isoflurano, halotano, metoxiflurano. Xenon – apresenta-se como o mais promissor anestésico inalado – está em fase experimental; FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM ANESTESIA anestésico potência Instalação efeito OBS Óxido nitroso Muito baixa rápida Hipóxia, tremores e vômitos Desflurano(Suprane) moderada rápida - Halotano (Fluothane) alta moderada Náusea, hipotensão, depressão respiratória enflurano moderada moderada - Isoflurano( Forane) moderada moderada Baixa toxicidade Metoxiflurano alta lenta - Sevoflurano (ultane) moderada rápida Agitação ao despertar FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM ANESTESIA INTRAVENOSOS: - BARBITÚRICOS: fármacos que deprimem o SNC, tendo atuação diretamente proporcional a dose, que pode variar de sedação á inconsciência e apnéia; Tiopental é o mais usado na indução e manutenção da anestesia – de curta duração; FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM ANESTESIA INTRAVENOSOS: OPIÓIDES: fármacos analgésicos, que aliviam a dor sem provocar perda da consciência, embora possam causar tolerância. Medicamentos como: fentanil, remifentanil, alfentanil, sulfentanil, morfina, meperidina e buprenorfina. FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM ANESTESIA INTRAVENOSOS: -outros ainda podem-se destacar: propofol, ketamina e o etomidato São medicações de diferentes grupos famacológicos usados na ev; FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM ANESTESIA INTRAVENOSOS: ainda temos: BENZODIAZEPÌNICOS: caracterizados como ansiolíticos – usados na sedação perioperatória são usados como pré anestésicos; Diazepam e Midazolam. Efeitos residuais: falta de coordenação motora, vertigem, náuseas, vômitos, desconforto epigástrico, amnésia, cefaléia, turvação visual. FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM ANESTESIA INTRAVENOSOS: RELAXANTES MUSCULARES: medicações que facilitam a intubação e oferecem condições cirúrgicas ideais em planos menos profundos; Afetam o músculo esquelético estriado causando bloqueio na placa motora terminal. Fármacos: pancurônio, vecurônio, rocurônio, atracúrio, mivacúrio. FÁRMACOS MAIS UTILIZADOS EM ANESTESIA INTRAVENOSOS: ANTAGONIOSTAS OPIÓIDES: tende anular a ação do outro, revertendo rapidamente a analgesia e a depressão respiratória induzidas pelos opióides. Ex: Nalaxona Regressão da anestesia Trata-se do processo de recuperação da consciência em consequência da regressão da anestesia. Ao acordar, algum grau de excitação pode manifestar-se em função da dor ou desconforto pós operatório. A audição é uma das primeiras sensações a retornar após a anestesia Segurança do paciente Responsabilidade em garantir um ambiente seguro e isento de riscos aos pacientes; Preocupação durante o período de sua internação e principalmente quando submetido a uma cirurgia e anestesia. Conscientização dos problemas potenciais e vigilância constante
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