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Prof.ª MSC. Milene Bastos de Carvalho. BASES DE ANESTESIA E ANALGESIA PARA ENFERMAGEM FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA - FAMAZ INTRODUÇÃO � A palavra anestesia tem origem grega (an = privação, aísthesis = sensação e ai = perda da sensibilidade) – ESPECIALMENTE DATATIL � O termo anestesia é empregado para perda de qualquer tipo de sensibilidade, sendo causada por estados patológicos ou causada artificialmente por agentes anestésicos. INTRODUÇÃO � O termo foi sugerido pelo médico e poeta norte- americano Oliver Wendel Holmes - empregado pela primeira vez no sentido de insensibilidade dolorosa por – Dioscórides, no século I d.C. INTRODUÇÃO � O termo analgesia também tem origem na palavra grega an = privação + algesia = sensação à dor + ia, que significa perda da sensibilidade à dor com conservação das demais sensações. OBJETIVOS � Extirpar a sensibilidade dolorosa durante a cirurgia; � Promover relaxamento muscular; � Proporcionar condições ideias para a atuação da equipe cirúrgica. INTRODUÇÃO � Primeiro relato sobre anestesia data do século I d.C., com uso de mandrágora, uma planta fervida e misturada ao vinho, que produzia analgesia. � O éter era pesquisado desde o século XIV, sendo utilizado em uma ressecção cirúrgica em 1846. INTRODUÇÃO � Depois, foram descobertas várias drogas com poderosos e analgésicos, incluindo o clorofórmio, óxido nitroso e a cocaína. INTRODUÇÃO � 16 DE OUTUBRO DE 1846 à dia em que foi realizada a primeira intervenção cirúrgica com anestesia geral; � Século XVII àdescobriu-se o 02 que associado ao desenvolvimento da química moderna e do conhecimento da fisiologia respiratória, deu início à administração de drogas por via inalatória. INTROUÇÃO � No século XIX, surgiu a anestesia Local; � Com o desenvolvimento dos mecanismos para aplicação das drogas e com o surgimento de outros fármacos, a anestesia tornou-se mais segura , quando relacionada ao: � Alívio da dor; � Hipnose; � Controle dos reflexões anatômicos; � Bloqueio neuromuscular; � Diminuição dos estímulos neuro-humorais; INTRODUÇÃO � Mesmo o enfermeiro não participando da escolha dos métodos e dos fármacos utilizados, este profissional desenvolve atividades que subsidiam o anestesiologista nesse processo; � A visita de enfermagem pré-operatória à fundamental para o planejamento da assistência perioperatória. INTRODUÇÃO � A SOBECC regulamenta que para ser prestada a assistência adequada ao paciente na SO, durante o procedimento anestésico-cirúrgico, é necessário que se tenha enfermeiros assistenciais para atuarem nas SO, além do enfermeiro- coordenador e gestor responsável pelas ações administrativas. Possari, 2011 INTRODUÇÃO ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM INTRAOPERATÓRIA APÓS O INÍCIO DA ANESTESIA : Posicionamento do paciente na mesa cirúrgica; monitoração dos parâmetros clínicos; acompanhamento da indução anestésica, o aquecimento do paciente e a sondagem vesical. AOTÉRMINO DA CIRÚRGIA : Extubação; controle dos sinais vitais , à aspiração endotraqueal, aos cuidados com a segurança do cliente na RPA e para a sua transferência à unidade de internação ou UTI. Conhecer os fármacos e seus efeitos, assim como os tipos de anestesias INTRODUÇÃO � A escolha do tipo de anestesia para determinado procedimento é influenciada por uma variedade de fatores, como: � Condições fisiológicas do paciente; � Doenças preexistentes; � Condições mentais e psicológicas; � Recuperação pós-anestésica; � Necessidade do manuseio da dor no pós-operatório; � E posição do paciente no ato operatório. OBJETIVOS DA ANESTESIA � A anestesia é caracterizada pela perda de sensibilidade dolorosa, com perda de consciência e certo grau de amnésia, ao passo que a analgesia é a perda da sensibilidade dolorosa com preservação do estado de consciência. AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA ¨ Visita pré-operatória; ¨ Determinação dos diagnósticos efetivos e riscos. ¨ Entrevista, exame físico, exames diagnósticos, dados laboratoriais. ¨ O QUE SE AVALIA ¨ Avaliação do estado atual, processos patológicos, estado nutricional, função cognitiva, emocional; ¨ Historia da doença atual; ¨ História de doença preexistente; ¨ Identificação dos fatores de risco cirúrgico, fatores que aumentem os riscos de complicações intra e pós-operatórias; ¨ Plano de cuidados que diminua os riscos e as possibilidades de complicações PROFUNDIDADE DA ANESTESIA Ø Estágio I: representa o estágio inicial da anestesia até a perda da consciência. O pulso e a respiração são irregulares. Ø Estágio II: perda da consciência e termina com o início de um padrão regular de respiração e o desaparecimento do reflexo palpebral. Denominado também de estágio de delírio. q Excitação e reações indesejáveis: vômitos laringoespasmos e parada cardíaca. q Respiração irregular e pulso irregular e rápido, pupilas dilatadas, porém contraem-se quando expostas à luz. PROFUNDIDADE DA ANESTESIA Ø Estágio III: também chamado de anestesia cirúrgica. Nesse estágio a respiração é irregular, a pulsação tem ritmo quase normal e bom volume. As cirurgias podem ser mantidas por várias horas. Ø Estágio IV: duração desde o momento da cessação da respiração até a insuficiência do sistema circulatório. q Pulso filiforme e fraco q Cianose qSuspensão anestésico q Respiração artificial Medicação Pré-Anestésica � A maioria dos procedimentos cirúrgicos requer: � Inconsciência (hipnose); � Analgesia (ausência e dor); � Amnésia (perda temporária da memória) ; � Relaxamento neuromuscular (para uma boa exposição visceral com total controle respiratório e dos reflexos); � Para alcançar tais efeitos é necessária a combinação de diversos farmácos com administração simultânea; � BENZODIAZEPÍNICOS (diazepam, flunitrazepan, lorazepam, midazolam, barbitúricos) – tranquilizantes Classificação das Anestesias � Anestesia Geral � Inalatória; � Intravenosa; � Balanceada � Anestesia Regional � Peridural(Epidural) � Espinhal (Raquidiana ou Raquianestesia) � Bloqueio de plexos nervosos � Anestesia combinada à Geral e Regional � Anestesia Local Classificação das Anestesias ANESTESIA GERAL • Esse tipo de anestesia é administrado em cirurgias de grande porte. • Cabeça, Pescoço, • Abdome superior, entre elas: Gastroplastia, Gastrectomia, Enterectomia, Abdominoplastia, Mamoplastia, � A anestesia geral é obtida pela combinação de quatro elementos: hipnose, analgesia, relaxamento muscular e bloqueio das respostas reflexas do organismo ao estresse e ao trauma cirúrgico. � Um dos objetivos fundamentais da anestesia geral é conferir ao paciente um estado de inconsciência suave e rápida, de maneira adequada, durante o tempo necessário e, a seguir, permitir uma recuperação rápida da consciência. ANESTESIA GERAL � Didaticamente, a ANESTESIA GERAL é dividida em três fases: � Fase de indução: corresponde ao período compreendido entre a administração de agentes anestésicos até o início do procedimento cirúrgico; � Fase de manutenção: corresponde ao período compreendido entre o início do procedimento cirúrgico e o seu término; � Fase de emergência ou do despertar: corresponde à reversão da anestesia ou ao período em que o paciente começa a “ acordar” da anestesia e, em gera, termina quando ele se encontra pronto para deixar a sala de cirurgia. ANESTESIA GERAL O conhecimento dessas fases pelo enfermeiro é necessário para o planejamento dos cuidados a serem prestados. A atuação do enfermeiro na fase de indução e, principalmente na fase do despertar da anestesia, é fundamental pois nessa fase, podem ocorrer complicações como broncoespasmo ou laringoespasmo. TIPOS DE ANESTESIA GERAL 1 – Inalatória: Anestesia feita pela inalação de gases e vapores anestésicos, sob pressão, através das vias aéreas. Nos pulmões, o anestésico é absorvido pela corrente sanguinea e atingindo o cérebro, levando a depressão. Óxido Nitroso e Halogenados (halotanos, enfluranos, isoflurano, sevoflurano, desflurano, metoxiflurano).ANESTESIA GERAL TIPOS DE ANESTESIA GERAL 2 - Intravenosa: Anestesia obtida pela infusão de drogas é realizada por um acesso venoso, atinge diretamente a corrente sangüínea e em seguida alcança o cérebro, onde o anestésico realiza sua ação principal. � Não – Opióides (barbitúricos, cetamina, droperidol, etomidato, propofol e benzodiazepínicos); � Opióides ( fentanil, alfentanil, sufetanil e remifentanil); � Bloqueadores Neuromusculares. ANESTESIA GERAL TIPOS DE ANESTESIA GERAL 3 – Balanceada: Anestesia que combina o uso de medicamentos pelas vias inalatória e venosa. A associação permite reduzir as doses e obter melhores resultados com menos efeitos colaterais. ANESTESIA GERAL Morbidade de Mortalidade em Anestesia Geral Os riscos relacionados à anestesia estão diretamente relacionados às condições do paciente, à cirúrgica, às características dos fármacos utilizados. ¨ ASA é um sistema de avaliação médico do risco anestésico- cirúrgico; ¨ É classificação quanto as condições físicas, desenvolvida pela ASA – American Society of Anestesiologist para avaliação da gravidade das disfunções fisiológicas e anormalidades anatômicas é dada por: Morbidade de Mortalidade em Anestesia Geral Classificação ASA ASA I – Nenhuma evidencia de distúrbio fisiológico, bioquímico ou psiquiátrico ou seja , paciente sadio ; ASA 2 – Presença de distúrbio sistêmico de grau leve ou moderado; ASA 3 - Presença de doença sistêmica graves. ASA 4 – Presença de doenças sistêmicas graves, que é constante risco de morte ASA 5 – Pacientes moribundos, que se espera sobreviver sem a cirurgia ASA 6 - paciente com morte cerebral declarada cujos órgãos estão sendo removidos para doação. ANESTESIA REGIONAL � É definida como a perda reversível da sensibilidade, decorrente da administração de uma agente anestésico para bloquear ou anestesiar a condução nervosa a uma extremidade ou região do corpo. � Anestesia Raquideana (espinhal ou raquianestesia); � Anestesia Peridural (Epidural); � Bloqueios de Nervos Periféricos. ANESTESIA RAQUIDIANA � Na raquianestesia é geralmente administrada ao nível da coluna lombar, obtida pelo bloqueio dos nervos espinhais do espaço subaracnóide; � O anestésico é depositado junto ao líquor, ocorrendo perfuração da duramater; � As diferenças entre raqui e peridural, são as quantidades totais de anestésicos, o local onde cada anestésico é administrado e o tipo de agulha utilizada. ANESTESIA REGIONAL ANESTESIA EPIDURAL � Na Anestesia Epidural o anestésico é administrado no espaço peridural. Neste caso não há perfuração da dura-máter e nem perda liquórica; � O bloqueio é produzido nas fibras sensoriais, espinhais e também nas fibras nervosas,podendo ser parcialmente bloqueadas ANESTESIA REGIONAL CATETER EPIDURAL � A analgesia epidural é administração de fármacos, analgésicos / anestésicos, e que tem por fim o tratamento da dor. ANESTESIA REGIONAL BLOQUEIO DE NERVOS PERIFÉRICOS • Através da administração de medicamentos obtemos anestesia de apenas algumas áreas do corpo. • O anestesiologista administra o anestésico apenas ao redor dos nervos que irão para o local da cirurgia a ser realizada. Por exemplo, cirurgias sobre a mão podem ser realizadas com bloqueios dos nervos que inervam a mão, através da administração de anestésicos próximos a estes, na altura da axila ou do pescoço. ANESTESIA REGIONAL ANESTESIA LOCAL � É a infiltração de um anestésico local, realizada pelo médico, que é responsável pela prescrição e administração de todas as drogas anestésicas na área manipulada; � Nesse tipo de anestesia a enfermagem é responsável pela monitorização do paciente, devendo contar com: cardioscópio, manguito para medida de pressão arterial não invasiva e oxímetro de pulso. SEDAÇÃO � Independente do tipo de anestesia programada, a sedação é comumente realizada; � A sedação pode ser feita com a administração de drogas como: � Propofol, Midazolan, Remifentanil ou ainda pela combinação dessas drogas. Referências CARVALHO, R.; BIANCHI, E.R.F (Organizadoras). Enfermagem em Centro Cirúrgico e Recuperação. 2.ed.- Barueri, SP: Manole, 2016. – (Série Enfermagem). POSSARI, J.F. Centro Cirúrgico: Planejamento, Organização e Gestão. 5.ed. São Paulo: Iátria, 2011. (6a tiragem 2016).
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