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Independência do Brasil

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TRABALHO DE HISTÓRIA
A INDEPENDÊNCIA DO Brasil
PRISCILA GONÇALVES MAGOSSI
8ª WSÉRIE - 1º GRAU
magossi@sti.com.br
ÍNDICE
Página
Assunto 
2
Índice 
3
O Processo da Independência 
3
? A Invasão Francesa de Portugal e a Transferência da Corte 
4
? A Corte no Novo Mundo 
6
? A Abertura dos Portos 
7
? Política e Administração 
8
? A Cultura 
9
? A Inserção da Política Européia 
10
? O Movimento de 1817 
12
? O movimento Liberal Português e o Brasil 
13
? Do Fico à Independência 
15
Independência 
17
? A Constituição de 1824 
19
? A Abdicação 
20
? O País sem Nação 
22
Consolidação do Império 
22
? Regências Trinas 
23
Grandes Nomes 
23
? D. João VI (1767-1826) 
24
? José Bonifácio (1763-1838) 
25
? D. Pedro I (1798-1834) 
26
1ª Constituição do Brasil 
34
Tratado de Paz 
36
Bibliografia 
 
O PROCESSO DA INDEPENDÊNCIA 
 
A Invasão Francesa de Portugal e a Transferência da Corte 
Desde o fim da União Ibérica (1580-1640), as pretensões expansionistas da Espanha sempre estiveram entre as principais
preocupações da política externa portuguesa. Particularmente, receavam-se as conseqüências de uma aliança entre o vizinho ibérico e
a França, que tornaria iminente o risco de uma invasão. Foi o que ocorreu em 1795, durante uma das coligações que opuseram a
Inglaterra à França, após a Revolução de 1789. 
 
Desembarque da Arquiduqueza D. Carolina Leopoldina, no Rio de Janeiro, em 1817.
MUSEU HISTÓRICO NACIONAL 
Portugal procurou sustentar uma posição de neutralidade, chegando mesmo, mais tarde a buscar obedecer as exigências francesas de
fechar os portos do continente as embarcações britânicas (1802), sem contudo romper inteiramente os tradicionais vínculos que o
uniam à Inglaterra. Essa estratégia conciliatória, até então eficaz, caiu por terra em 1805, quando nova aliança franco-espanhola
condicionou o apoio de Madri a ocupação do território português. Como conseqüência, em 1807, as tropas napoleônicas acabaram por
cruzar a fronteira portuguesa e, sem encontrar grandes resistências, rapidamente avançaram sobre Lisboa. 
O embarque da Corte em direção ao Novo Mundo, embora precipitado pela invasão, constituía uma opção para a Coroa portuguesa
desde os tempos difíceis da Restauração. Considerada sempre como última saída em momentos de crise, essa proposta, porém,
adquiria nesse momento uma outra dimensão. Entre 1796 e 1803, o secretário do ultramar e depois presidente do Tesouro, Rodrigo de
Souza Coutinho, advogara com vigor a concepção de um império luso-brasileiro, com a qual pretendia eliminar os riscos de uma
independência do Brasil, o mais rico dos territórios da monarquia, concedendo a colônia na América uma posição de igualdade em
relação a Portugal. 
Embora sem ter sido posta em prática de maneira efetiva, essa idéia calcou fundo em muitos espíritos dos dois lados do Atlântico.
Assim, ao decidir transplantar-se para o Rio de Janeiro, a Coroa não endossava propriamente o projeto de D. Rodrigo, mas
emprestava-lhe um alcance muito maior. Doravante, enquanto perdurasse a crise na Europa, era o Brasil que se transformava em
metrópole, enquanto Portugal reduzia-se a colônia. As conseqüências seriam enormes.
Por fim, o plano contava ainda com o apoio da Inglaterra. Além de representar uma vitória diplomática contra Napoleão, a conservação
da autoridade real sobre o Brasil, para o governo inglês, significava a abertura das portas do comércio colonial, as quais, por seu
turno, ficariam bloqueadas para a França. Essa conjunção de interesses, somada a virtual impossibilidade de resistir com êxito a um
ataque francês por terra, acabou por determinar a partida da Corte para o Rio de Janeiro em novembro de 1807, com 36 navios e
cerca de 15 mil indivíduos, escoltados pela esquadra inglesa.
 
A Corte no Novo Mundo
Depois de breve passagem pela Bahia, as embarcações conduzindo a Corte aportaram na baía da Guanabara em 7 de março de 1808.
O Rio de Janeiro, na época, era ainda uma cidade eminentemente colonial, de ruas estreitas e tortuosas e residências acanhadas. E
não foram poucos os transtornos por que passaram os seus 50 mil habitantes para abrigar os aproximadamente 15 mil membros da
comitiva real, quase todos insatisfeitos de deixar amigos e bens no reino e sempre ciosas de seus títulos e privilégios. 
A cidade não podia deixar de passar, então, por profundas transformações. Tanto no cenário urbano quanto nos costumes. A família
real alojou-se inicialmente no Convento do Carmo, fronteiro ao Palácio dos Governadores, que se converteu em Paço (localizados hoje
na atual Praça XV de Novembro). Pouco mais tarde, um rico comerciante oferecia a D. João, para sua residência, a magnífica Quinta da
Boa Vista (no atual bairro de São Cristóvão). 
Quanto aos nobres, a maioria preferiu instalar-se nas cercanias da cidade, ocupando chácaras cedidas por brasileiros ricos ou, até
mesmo, construindo novas residências.Dessa maneira, o espaço urbano passou a ser marcado pelas diferenças sociais. Enquanto a
nobreza se espraiava pelas áreas ainda pouco ocupadas (Catete, Botafogo, além da estrada de São Cristóvão), os comerciantes e
artesãos, bem como os empregados públicos, concentravam-se no centro da cidade, espremido entre o morro do Castelo e o de São
Bento. Morar bem para um funcionário público, na visão da época, era ter sua casa em local "lavado de bons ares, numa rua larga e
asseada, perto do chafariz e do Passeio Público, com igrejas e capelas próximas", dispondo ainda de "uma praça de hortaliça e o
matadouro com açougue". 
Os lugares mais afamados, como Botafogo e o Catete, eram comparados aos mais belos sítios da Itália ou da Suíça. Já os mais
humildes ficaram relegados para os terrenos pantanosos ao norte, como o Catumbi, Saco do Alferes e Mata-Porcos, cujas habitações
não passavam de choças aglomeradas entre os morros e o mar., ele convertera-se, na prática, em colônia.
Objetos da Corte Portuguesa trazidos para o Brasil com a vinda da Família Real. 
MUSEU HISTÓRICO NACIONAL 
Além de alargar os limites da área habitada, toda essa gente cuidou de conservar seu antigo modo de vida. Ao fazê-lo, propiciou a
difusão de novos hábitos e de novos padrões de consumo, até então desconhecidos pela elite local. Multiplicaram-se os
estabelecimentos especializados na venda de artigos de luxo europeus, como roupas e peças de vestuário, os quais se incorporaram
rapidamente a vida cotidiana da cidade. Em geral mantidos por comerciantes estrangeiros, neles encontravam-se desde estantes,
armários, mesas de chá e poltronas, adornadas com requinte, até vestidos de seda com rendas e bordados, sapatos e xales, de seda
ou lã, e toucas de veludo. A presença da família real no Rio de Janeiro resultou também na adoção de medidas públicas destinadas a
tornar a cidade mais semelhante a Lisboa. Entre tais medidas figuram a construção de novos prédios de luxo, assim como a criação de
um Jardim Botânico, a partir de 1810. Por outro lado, verificou-se uma preocupação maior com a saúde pública, como demonstram as
providências tomadas em 1811 para tornar mais regular e abrangente a vacinação contra a varíola, tendo em vista sobretudo os
escravos e a população pobre em geral.
A Abertura dos Portos 
Uma das primeiras medidas tomadas pelo príncipe regente D. João, ao aportar na Bahia, foi a abertura dos portos da colônia as
nações amigas, em 28 de janeiro de 1808. Tratava-se de uma decisão inevitável, uma vez que os portos do reino estavam ocupados
pelo inimigo. E cumpria dar escoamento aos produtos da terra, cujos direitos alfandegários representavam uma receita importante da
Coroa. Beneficiou-se a Inglaterra - na prática, o único país europeu em condições de enviar navios ao Brasil - a qual, aliás, já incluíra
essa condição em uma das cláusulas dos acordos que tinham acertado a transmigração da família real portuguesa.
Modificou-se, dessa forma, drasticamente, a condição colonial do Brasil. Segundo os termos da lei, os navios e mercadorias do Novo
Mundo podiam doravante zarpar em direção a qualquer porto estrangeiro, com exceção daqueles da França e Espanha,com as quais
Portugal estava em guerra. Em contrapartida, nos portos brasileiros, as embarcações provenientes dos países amigos poderiam
comerciar livremente, desde que pagassem os direitos de entrada, correspondentes a 24%.
Vista da cidade e do porto do Rio de Janeiro. 
SOCIEDADE BRASILEIRA DE CULTURA INGLESA 
Essas disposições representaram um golpe terrível, no reino, para as casas de comércio e também para uma gama bastante variada
de manufaturas que se tinham desenvolvido desde fins do século XVIII. Embora elas não ficassem excluídas do mercado do Brasil,
tinham que passar a competir, doravante, com os comerciantes e produtos de outros países, sobretudo ingleses. Isso, quando não
inviabilizava de todo as operações, forçava a redução das margens de lucro praticadas, restringindo muito as possibilidades de
acumulação da economia portuguesa. 
Enquanto duraram as hostilidades com os franceses (1807-1811), a realidade dessa situação não se impôs aos habitantes do reino.
Em seguida, porém, ainda por cima ocupado por tropas inglesas, cujos comandantes ditavam as decisões do Conselho da Regência,
Portugal se viu em face de um abatimento cada vez maior. Na realidade, de metrópole
Por outro lado, a hegemonia da Inglaterra em relação ao comércio do Brasil ficou ainda mais consolidada com a assinatura dos
tratados de 1810. Através deles, os negociantes ingleses obtiveram condições extremamente vantajosas em relação aos seus
concorrentes europeus, inclusive os próprios portugueses, pois passaram a dispor, entre outras prerrogativas, de um porto franco na
ilha de Santa Catarina, estrategicamente situada em relação ao comércio platino, e de uma redução nos direitos alfandegários para
15%. Embora as demais nações continuassem a pagar os 24% estabelecidos em 1808, esse valor era inferior até mesmo aos que
pagavam as mercadorias de Portugal (16%) e independia de fazerem concorrência as produções nacionais ou não. 
Política e Administração 
Ao instalar-se na América, o governo português viu-se diante da necessidade de recriar ou reformar as instituições que asseguravam a
administração do império.
Ainda em 1808, foi instituído o Tribunal da Mesa do Desembargo do Paço e da Consciência e Ordens. Correspondendo as atribuições
de dois órgãos metropolitanos, ele encarregava-se, por um lado, dos pedidos dirigidos a livre vontade do monarca, relativos a cartas
de legitimação, confirmações de doação, cartas de perdão, etc.; e, por outro, dos assuntos religiosos, pertencentes ao âmbito do
padroado régio. A administração judiciária foi desenvolvida com a criação de dois novos tribunais superiores (chamados de relações)
no Maranhão (1812) e em Pernambuco (1821), e com a elevação da Relação do Rio de Janeiro a condição de Casa da Suplicação do
Brasil. Também foram criados, entre outros, um Conselho Supremo Militar e de Justiça, o arsenal de marinha e escolas militares.
D. João VI foi aclamado em 1816, após a morte de sua mãe D. Maria I.
MUSEU HISTÓRICO NACIONAL 
A posição do Rio de Janeiro como sede da monarquia portuguesa consolidou-se ainda mais após a elevação do Brasil a Reino Unido a
Portugal, ocorrida em 1815, seguida pela coroação do príncipe regente, como D. João VI, em 1816, por morte da rainha D. Maria I,
afetada das faculdades mentais desde 1792. Durante esses anos em que permaneceu no Novo Mundo, D. João empenhou-se em
estimular o povoamento e a ocupação de novos territórios, em promover a centralização administrativa e em aprimorar as
comunicações das várias regiões com a nova Corte.
Encarada inicialmente apenas como uma solução provisória em face da crise na Europa, a fixação da Corte no Brasil foi se enraizando
e tomando ares de mudança permanente. Uma parcela dos imigrados envolvia-se em lucrativos negócios, obtinha terras de sesmaria e
unia-se por casamento as famílias da elite local. Esta, por sua vez, buscava no soberano, agora acessível, os títulos honoríficos por
que tanto ansiava. Além disso, na periferia da Corte, uma infinidade de cargos e ocupações se desenvolviam, para atender as famílias
da nobreza. Desde a multiplicação dos criados e empregados inferiores na administração, até a dos professores, médicos e artistas.
Por outro lado, embora considerada pela elite local uma fonte de estabilidade e de tranqüilidade em relação as divisões da sociedade
do Brasil, o estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro não deixou de provocar descontentamentos. Primeiro, do próprio reino, que
agora se considerava colônia do Brasil. Segundo, daqueles cujos maiores interesses continuavam a residir na Europa e suspiravam
pelos refinamentos do velho continente. Finalmente, das outras regiões da América portuguesa, em particular de Pernambuco e da
Bahia, que se sentiam diminuídas diante do Rio de Janeiro. Essas tensões não deixaram de crescer e eclodiriam, não só na revolta de
1817, mas sobretudo, após 1820, no jogo de forças que conduziu à Independência de 1822.
A Cultura
A presença da Corte portuguesa no Brasil, após 1808, alterou profundamente a cultura e o cotidiano da cidade do Rio de Janeiro.
Artistas e cientistas estrangeiros vinham conhecer o trópico; museus e escolas foram criados; multiplicaram-se as repartições públicas;
o comércio e a indústria iniciaram uma atividade tímida, porém intensa. Os governos de Rodrigo de Souza Coutinho (1808-1812) e de
Antônio de Araujo e Azevedo (1814-1817) procuraram dar a nova capital do império luso-brasileiro as luzes e o foro de uma cidade
civilizada. 
Mistura de raças e tipos sociais nas ruas do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro ganhou ares de Europa, com a melhoria de seu sistema de limpeza, com a introdução de novos costumes e com a
diversificação do comércio. Beneficiada pela abertura dos portos as nações amigas, uma intensa atividade tomou conta das ruas,
acompanhada por um enorme burburinho que, quase sempre, aturdia o visitante europeu, espantado de ver reunida gente de tantas
raças, de múltiplas cores e trajes variados.
A vida cultural, em especial, ganhou impulso. Em 13 de maio de 1808, criou-se a Imprensa Régia, saindo alguns meses depois a luz o
primeiro periódico publicado no Brasil - a Gazeta do Rio de Janeiro. Entre 1808 e 1822 a Imprensa Régia publicou cerca de 1.085
títulos, sem contar as leis, cartas e alvarás avulsos. Entre esses escritos, a categoria de belas-letras, que compreendia dicionários,
gramáticas, retórica sagrada e profana, poesia, teatro, fábulas, contos, novelas, romances, sátiras, provérbios e obras de música,
ocupava o maior percentual, cerca de 33% do todo. Seguiam-se os trabalhos de história (15,5%) incluindo-se nesse item, além das
obras de cunho propriamente histórico, aliás em número reduzido, os folhetos políticos publicados entre 1821 e 1822. O quinhão dos
livros de ciências e artes (11,5%) revelava o caráter pragmático da elite ilustrada. 
Foi ainda criada a Biblioteca Real, origem da atual Biblioteca Nacional, com os livros trazidos de Portugal e que somavam cerca de 14
mil volumes, além de quase 6 mil manuscritos. Em 1816, chegava a Missão Artística Francesa. Ela trazia nomes que depois ficaram
célebres, como Jean-Baptiste Debret, os irmãos Taunay e o arquiteto Grandjean de Montigny. Sem dúvida, entre esses artistas,
destacou-se a obra de Debret, pela capacidade que demonstrou, em seus quadros, de retratar os costumes e as cerimônias da época.
Também a vida social conhecia novos contornos. O luxo introduziu-se na cidade, com as modas importadas da França e da Inglaterra.
Tornou-se comum a realização de saraus literários e concertos de música. Aliás, a música, indispensável em todas as cerimônias
oficiais e há muito favorecida pelos soberanos portugueses, encontrou no padre José Maurício Nunes Garcia, mulato da terra, um
talento extraordinário para as obras sacras, embora o ambiente frívolo da Corte favorecesse o português Marcos Portugal, adepto da
moda das óperas italianas. Em 1813, foi criado o teatro de São João, mais tarde denominado de São Pedro de Alcântara, onde se
encenaram espetáculos com artistas portugueses e europeus.A sociedade carioca era testemunha de um novo momento da história do Brasil. A colônia passava a ser metrópole, enquanto o reino
português sentia-se, doravante, uma colônia da América.
A Inserção na Política Européia 
Após a derrota de Napoleão em 1814, a perspectiva de paz abriu novas opções para o império luso-brasileiro. Na realidade, outras
alianças poderiam ser buscadas e assim afastar a dependência em relação à Inglaterra, que se estabelecera desde a vinda da família
real para o Brasil. Por outro lado, isso reorientava a política externa portuguesa, conduzida pelo ministro Antonio de Araújo de Azevedo,
para as questões relativas a antiga metrópole.
Confrontavam-se, dessa forma, dois interesses distintos: o europeu e o americano. Para o primeiro, importava reformular o tratado de
comércio de 1810 com a Inglaterra, que arrasara a economia de Portugal; para o segundo, cumpria conservar o tráfico negreiro, base
da economia do Brasil, cujo fim era exigido pelas campanhas abolicionistas inglesas.
Contudo, nas discussões do Congresso de Viena, convocado em 1814 para refazer o mapa da Europa, a posição portuguesa,
defendida pelo conde de Palmela, revelou-se bastante frágil. Afinal, tratava-se de um país ainda ocupado pelas tropas inglesas e cujo
soberano encontrava-se em uma colônia distante. Para tentar reverter a situação, por sugestão do representante francês, Talleyrand,
o Brasil foi então elevado à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, em dezembro de 1815. 
 
D. João VI, vivendo no Rio de Janeiro, se recusou a voltar para a Europa 
e passou a priorizar os interesses brasileiros. 3/4 MUSEU HISTÓRICO NACIONAL 
No entanto, de pouco adiantou a medida. Com a Inglaterra, teve-se que acordar que o tráfico de escravos fosse abolido ao norte do
Equador e não foi possível assegurar a revisão do tratado de 1810. No plano mais geral, não se chegaram a resultados satisfatórios
nem para a questão da Guiana francesa, invadida pelas tropas portuguesas em 1809, nem para o território de Olivença, ocupado pela
Espanha. No novo sistema internacional em formação, os diversos países europeus não podiam deixar de submeter-se à direção das
cinco grandes potências - Inglaterra, Áustria, Rússia, Prússia e França - permanecendo a Coroa portuguesa na área de influência
britânica.
Enquanto isso, a postura da corte do Rio de Janeiro e a recusa de D. João em regressar a Europa indicavam que, no centro de decisão
luso-brasileiro, os interesses brasileiros se sobrepunham aos da velha metrópole. Como compensação pela perda da Guiana francesa,
que seria desocupada em 1817, e pela intransigência espanhola quanto a Olivença, essa opção por uma política americana traduziu-se
na invasão da Banda Oriental do Rio da Prata (atual Uruguai), em 1816. A região foi posteriormente incorporada ao Reino Unido, em
1821, com o nome de Província Cisplatina, e permaneceu como parte do Império até 1828.
O Movimento de 1817 
Apesar de estabelecida no Rio de Janeiro desde 1808, a Corte ainda permanecia distante em demasia das regiões situadas ao norte.
Para a aristocracia pernambucana de inícios do século XIX, em particular, faltavam regalias e privilégios e sobravam cobranças e
imposições. A estas, o custeamento da campanha militar da Cisplatina, no extremo sul do Brasil, veio acrescentar mais um fardo. 
Além disso, a expansão da cultura do algodão não impediu que, em 1816, uma seca agravasse a crônica crise no abastecimento das
cidades do Nordeste, vitimando, sobretudo, os mais carentes. 
Mais importante ainda, talvez, fosse o imaginário específico que se desenvolvera em Pernambuco em decorrência das lutas pela
expulsão dos holandeses. Apesar de envolto em rivalidades locais, ele insistia na bravura, nobreza e glórias da insurreição
pernambucana, para reivindicar um tratamento diferenciado para a província, e se traduzia em animosidade, mais intensa do que nas
outras províncias, entre naturais do Brasil e de Portugal.
Por fim, as últimas décadas haviam criado as condições necessárias para que o descontentamento da nobreza da terra pudesse
expressar-se por meio de um discurso próprio. Esse discurso começou a forjar-se com a criação do Seminário de Olinda, em 1800, o
qual transformou-se em um importante centro de difusão do reformismo ilustrado português. Especialmente fortes entre os membros do
clero, tais idéias ganharam um espaço próprio para a troca de idéias, na década de 1810, com as lojas maçônicas.
Dessa forma, em 1817, a influência das Luzes em sua versão luso-brasileira, uma certa altivez da elite pernambucana, a irritação com o
poder central e o flagelo da seca, que fustigava os mais humildes, tudo isso se combinou para produzir uma explosão de violência na
cidade do Recife.
Em 6 de março daquele ano, tendo sido ordenada pelo governador a prisão de alguns militares, denunciados como sediciosos, um
deles reagiu a voz de prisão, ferindo mortalmente o comandante de um dos corpos da tropa do Recife. O motim alastrou-se para as
ruas, culminando com a queda do governo no dia seguinte. 
Os revoltosos escolheram uma junta provisória para assumir o poder, a qual aboliu alguns impostos e aumentou o soldo dos militares.
Uma série de proclamações e cerimônias públicas procurou conter os atritos com os naturais de Portugal, ganhar a confiança do povo
de Pernambuco e reforçar a união com as províncias de Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte, que haviam espontaneamente
aderido a rebelião. Mais tarde, redigiu-se o esboço de uma constituição, a chamada Lei Orgânica.
Entretanto, discordâncias internas e o receio dos proprietários de que a escravidão fosse abolida enfraqueceram o movimento.
Contidos pelo bloqueio marítimo que se estabelecera em 15 de abril, os rebeldes não resistiram as forças enviadas da Bahia,
rendendo-se em 19 de maio. Seguiu-se impiedosa devassa, que executou alguns e remeteu para os cárceres da Bahia quase duas
centenas e meia de condenados, onde permaneceram até o indulto das Cortes de Lisboa, em 1821.
Embora revelasse sentimentos autonomistas e até ideais republicanos, parece difícil considerar hoje que a revolta de 1817 exprimisse
aspirações da população como um todo, prenunciando a Independência de 1822.
O Movimento Liberal Português e o Brasil
O processo de separação entre Brasil e Portugal iniciou-se com a chegada ao Rio de Janeiro das notícias do movimento liberal que
eclodiu na cidade do Porto, em outubro de 1820. Motivado pela insatisfação que a presença da Corte no Rio de Janeiro e o abatimento
da economia portuguesa tinham gerado, ele pretendia a adoção de uma constituição.
A princípio, D. João VI hesitou entre o retorno a Portugal e a permanência no Brasil. A primeira solução serviria para conter os
excessos da revolta, mas também poderia emprestar legitimidade ao movimento. Já a segunda, resultaria, quase inevitavelmente, na
perda da antiga sede da monarquia, embora oferecesse, talvez, a possibilidade de manter no Brasil as estruturas tradicionais de poder.
 
D.João IV retornou a Portugal em 1821 para contornar o movimento liberal português. 
MUSEU MILITAR - LISBOA 
 
No entanto, nas principais cidades do América, a presença de um contingente numeroso de naturais de Portugal e a circulação cada
vez mais intensa de livros, jornais e panfletos políticos, remetidos de Lisboa ou impressos no Rio de Janeiro, deram origem a um clima
febril de discussões e polêmicas. É certo que essa agitação intelectual pouco se estendia além do grupo reduzido de uma elite,
ampliado, porém, no Rio de Janeiro, câmara de ressonância do Brasil, pelos indivíduos a quem a presença da Corte tinha fornecido
condições de sobrevivência e para os quais a maçonaria fornecia um novo espaço de sociabilidade.
Nos inícios de 1821, o Pará e a Bahia aderiram a chamada Regeneração portuguesa. Em 26 de fevereiro, as tropas da Divisão
Auxiliadora Portuguesa deslancharam o movimento constitucional do Rio de Janeiro. Exigia-se do soberano a demissão de alguns
membros do Governo, o juramento imediato das bases da futura constituição, a ser elaboradapelas Cortes, e, enquanto isso, a adoção
da Carta espanhola.
Contornado o episódio, D. João VI decidiu-se a embarcar para a Europa e determinou a eleição dos deputados brasileiros para o
congresso de Lisboa. Em 24 de abril, D. João partia, deixando em seu lugar, como regente, o príncipe D. Pedro 
As províncias do Norte, porém, manifestaram uma clara adesão as Cortes e recusaram qualquer subordinação, tanto política quanto
econômica, ao Rio de Janeiro. Já as províncias do Sul, embora prestassem lealdade ao príncipe regente, esquivaram-se de apoiá-lo
financeiramente. Sem recursos, D. Pedro passou a depender dos deputados de Lisboa, que ele via com desconfiança.
Ao mesmo tempo, as notícias das discussões das Cortes revelavam que o objetivo do movimento constitucional português era o de
restabelecer a supremacia da parte européia sobre o restante do império. Quando os Decretos de 29 de setembro de 1821
referendaram juntas administrativas provinciais diretamente subordinadas a Lisboa e exigiram o retorno a Portugal de D. Pedro, este
viu a ocasião de agir.
Habilmente, ele aproximara-se da facção mais conservadora da elite brasileira, formada, na maioria, por elementos que tinham
freqüentado a Universidade de Coimbra e partilhavam de idéias próximas das suas. Com esse apoio e a intenção de conservar o seu
poder pessoal, D. Pedro proclamou, em 9 de janeiro de 1822, a decisão de permanecer no Brasil, desobedecendo ao congresso
representativo que fora instalado em Lisboa. Foi o dia do Fico.
 
Do Fico à Independência
Após o 11 de janeiro, quando a tentativa das tropas portuguesas para obrigar D. Pedro a embarcar foi contida por uma movimentação
de populares, os acontecimentos precipitaram-se. Pouco depois, o príncipe regente organizou um novo ministério, presidido por José
Bonifácio de Andrada e Silva, o elemento mais destacado da elite coimbrã. Este era o grupo mais conservador, de que ele se
aproximara, a fim de garantir o apoio de que precisava para conservar no Brasil, ao contrário do que ocorrera em Portugal, um
liberalismo bem moderado, que assegurasse a superioridade do monarca sobre os representantes da nação. 
Até então não se cogitara de uma ruptura entre Brasil e Portugal, mas, preocupadas com os problemas portugueses, as Cortes
permaneceram surdas a esses desenvolvimentos. Em 30 de abril de 1822, porém, Joaquim Gonçalves Ledo, rival de José Bonifácio e
líder da elite brasiliense, que defendia um liberalismo mais amplo, no qual o soberano fosse controlado pelo congresso, propunha em
seu jornal a opção separatista. Menos de um mês depois, o português José Clemente Pereira, presidente da câmara municipal,
entregava a D. Pedro uma representação, propondo a convocação de uma assembléia brasílica, o que se efetivou em 3 de junho. 
Por decreto de 1º de agosto, D. Pedro declarou inimigas todas as tropas enviadas de Portugal sem o seu próprio consentimento.
Contudo, o termo independência ainda era empregado no sentido de garantir para o Brasil uma autonomia política e administrativa,
que não implicava em rompimento formal. Apesar disso, na mesma data, o Manifesto aos Povos do Brasil, de autoria de Gonçalves
Ledo e, em 6 de agosto, o Manifesto as Nações Amigas, preparado por José Bonifácio, já assumiam a separação política como um fato
consumado. 
Ambos culpavam o despotismo das Cortes pelo rumo dos acontecimentos, mas havia uma diferença. Enquanto o primeiro considerava
a Independência como irreversível, apelando para os sentimentos do povo a fim de manter a integridade territorial do Brasil, o segundo
hesitava em descartar completamente a concepção de um império luso-brasileiro, cara a elite coimbrã. Quando, em 7 de setembro, D.
Pedro proclamou o Grito do Ipiranga, que hoje se comemora como data nacional do Brasil, a separação, para a maioria dos
contemporâneos, já estava realizada, e o fato não encontrou maiores repercussões na época.
 
 José Bonifácio foi presidente do Gabinete da Independência organizado por D. Pedro I em 1822. 
MUSEU HISTÓRICO NACIONAL 
Esse encaminhamento rgeforçou a posição dos brasilienses, que, em 12 de outubro, organizaram uma grande cerimônia cívica, com
intensa participação popular, para aclamar o monarca como imperador constitucional e perpétuo defensor do Brasil. Nela, a saudação
de Clemente Pereira constituiu uma reafirmação dos princípios liberais, para grande irritação de D. Pedro. Com a provável conivência
deste, os coimbrenses usaram então a desculpa de que agitadores ameaçavam a ordem pública para retorquir com uma devassa, que
envolveu o grupo rival. Fechados os seus principais jornais, presos, deportados ou foragidos os seus líderes, os brasilienses ficaram
desarticulados. 
Em 1º de dezembro de 1822, a coroação solene do imperador seguiu à risca a tradição de uma festa solene e privada. A população
convertera-se em mero espectador. Apesar das concessões que ainda teria que fazer, D. Pedro assegurara a manutenção das práticas
mais importantes do absolutismo no Brasil.
A INDEPENDÊNCIA 
 
 
Em protesto, os portugueses anulam a convocação da Assembléia Constituinte brasileira, ameaçam com o envio de tropas e exigem o
retorno imediato do príncipe regente. No dia 7 de setembro de 1822, numa viagem a São Paulo, Dom Pedro recebe as exigências das
Cortes. Irritado, reage proclamando a Independência do Brasil. Em 12 de outubro de 1822, é aclamado imperador pelos pares do Reino
e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro em 1º de dezembro, recebendo o título de Dom Pedro I.
 
"O grito do ipiranga" quadro de Pedro Américo - Museu Nacional de Petrópolis
No início de 1823, realizam-se eleições para a Assembléia Constituinte da primeira Constituição do Império Brasileiro. A Assembléia é
fechada em novembro por divergências com Dom Pedro I. Elaborada pelo Conselho de Estado, a Constituição é outorgada pelo
imperador a 25 de março de 1824. Com a Constituição em vigor e vencidas as últimas resistências portuguesas nas províncias, o
processo da separação entre colônia e metrópole está concluído. Contra o liberalismo de setores das elites brasileiras, triunfa o
espírito conservador e centralizador de José Bonifácio. 
"Independência sem revolução" era a expressão usada na época para definir o pensamento do principal conselheiro de Dom Pedro I.
Ele pregava a independência sem mudança de regime, ou seja, sem a proclamação da República, e sem nenhuma mudança social
importante, como a extinção da escravidão.
A Consolidação da Independência 
A solução separatista de 1822 deixava ainda pendente uma série de dificuldades. A primeira delas era a obtenção do reconhecimento
internacional do novo país. Contra isso, pesavam a intransigência de Portugal, no início das negociações, e a política das potências
européias, que formavam a Santa Aliança (Áustria, Rússia e Prússia), sempre receosa de movimentos, ainda que supostamente
liberais, considerados como capazes de subverter a ordem, a maneira da Revolução Francesa.
Os primeiros a reconhecerem a Independência do Brasil foram os Estados Unidos, em maio de 1824. A Inglaterra, embora
informalmente já aceitasse o novo império, não querendo desagradar Portugal, conteve-se, mas procurou pressionar o antigo aliado
nessa direção. Na realidade, ela temia ver sua influência substituída pela de outros países, já que interessava-lhe renovar o tratado de
comércio de 1810.
Somente em 29 de agosto de 1825 a antiga metrópole reconheceu a independência de sua ex-colônia, mediante o pagamento de uma
indenização de 2 milhões de libras, por meio de um empréstimo à Inglaterra. Outra cláusula estipulava que o Brasil não aceitaria a
união com qualquer colônia portuguesa da África, uma vez que em Angola havia manifestações de adesão a Independência. Ao
reconhecimento português, seguiu-se logo o da Inglaterra, da França, da Áustria, da Santa Sé e das demais potências européias.
D.Pedro I compondo o hino da independência. 3/4 MUSEU HISTÓRICO NACIONAL 
Uma outra questão decisiva para a consolidação da Independência era a manutenção da unidade territorial, que a idéiade império
pressupunha, na tradição do império luso-brasileiro. As províncias do norte e a Bahia continuavam ligadas ao movimento constitucional
português e contrárias ao que consideravam o despotismo da Corte do Rio de Janeiro. Foram as guerras de independência,
conduzidas por militares estrangeiros contratados, como o aventureiro Lorde Cochrane, e encerradas em meados de 1823, que
permitiram atingir esse objetivo. 
Por fim, restava definir o regime de governo. A opção predominante tendia para uma monarquia constitucional, nos moldes daquelas
que a Europa conhecia desde 1815. Em 3 de maio de 1823, reuniu-se a Assembléia Geral Constituinte e Legislativa para preparar a
constituição. Já na sessão inaugural, D. Pedro colocava-se acima dos representantes ao repetir o que dissera na coroação de que
juraria "a liberal Constituição", se "digna do Brasil e digna de seu Imortal Defensor".
Iniciados, porém, os trabalhos, duas concepções de soberania, ponto fundamental para definir as atribuições dos poderes executivo e
legislativo, se defrontaram. Uma defendia que a soberania residia na Nação, representada pelos deputados eleitos pelos cidadãos. A
outra, de que ela partilhava-se entre o Imperador e a Assembléia. Novamente, eram as elites coimbrã e brasiliense que se enfrentavam,
embora José Bonifácio logo se tenha afastado do ministério, no qual cresceu a influência de amigos pessoais do imperador, naturais de
Portugal.
Enquanto os debates se tornavam mais intensos, surgiram incidentes entre portugueses e brasileiros, e a imprensa passou a criticar o
imperador. Em 12 de novembro de 1823, em um golpe de força, D. Pedro dissolveu a Assembléia Constituinte, sob a promessa de uma
carta "duplicadamente mais liberal".
A Constituição de 1824 
A Constituição outorgada de 1824, que vigorou em sua essência até o final do Império, foi elaborada por um Conselho de Estado,
instituído pelo Imperador. Trazia sem dúvida, influência das idéias liberais, então vigentes na Europa, defendendo como forma de
governo a monarquia hereditária e constitucional. No entanto, era sobretudo uma constituição de caráter unitário, com um executivo
forte e centralizador, em que a soberania residia no Imperador e na Nação, como sempre pretendera D. Pedro. 
Estabelecia a divisão do poder, entre o executivo, o legislativo e o judiciário, mas incluía também um poder moderador, privativo do
Chefe de Estado, cujo objetivo era velar pelo equilíbrio e harmonia entre os demais poderes. Ao sobrepor-se ao Executivo, esse quarto
poder, no Brasil, possibilitou, por conseguinte, uma concentração de atribuições nas mãos do Imperador, transformando-o, assim, e,
"chave de toda a organização política".
O Legislativo foi dividido em Senado vitalício e Câmara dos Deputados temporária, elegível por quatro anos, mas podendo ser
dissolvida pelo Imperador. O voto era indireto e, ao contrário do que ocorrera na escolha dos deputados para as Cortes e a Assembléia
Constituinte, também censitário. Para ser votante, deputado ou senador era necessário preencher alguns requisitos, inclusive de
natureza econômica, isto é, os censos. A escolha procedia indiretamente porque os habitantes escolhiam os eleitores e estes, reunidos
por província, os deputados. Os senadores eram da escolha do Imperador.
O Judiciário foi definido apenas em suas linhas gerais, sendo posteriormente organizado, através de leis ordinárias. Mantinha-se em
vigor a legislação portuguesa. Dividia-se o Brasil em províncias, cujos presidentes eram nomeados pelo Imperador, e asseguravam-se
aos indivíduos certos direitos, tais como a igualdade perante a lei, a liberdade de religião, de pensamento e de manifestação.
Esses episódios não podiam deixar de ferir as convicções de determinados setores. E foi em Pernambuco, há muito insatisfeito com a
política do Rio de Janeiro, que a reação se fez mais violenta. A indicação de um presidente indesejado para a província serviu de
estopim, em 2 de julho de 1824, para a proclamação da Confederação do Equador. Pretendia a organização de um governo sob a
forma federativa, incluindo as províncias do Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e, possivelmente, a Paraíba e o Pará. Contou com a
participação de indivíduos das cidades e das camadas populares, que mais uma vez externaram sentimentos anti-lusitanos. Não
resistiu, porém, as tropas do governo, sendo violentamente reprimida até novembro de 1824. Um de seus líderes, que acabou fuzilado,
foi frei Joaquim do Amor Divino, frei Caneca.
 
 
José Clemente Pereira apresentou o requerimento da Assembléia Constituinte de 1822.
MUSEU PAULISTA 
 
Subordinadas pelas armas as províncias da Bahia, do Maranhão e do Pará, outorgada à Constituição, esmagada a Confederação do
Equador e internacionalmente reconhecido o novo país, estavam lançadas as bases do Império do Brasil. No entanto, sob a aparente
imposição dessa nova ordem, persistiam tensões que viriam à tona em seguida, conduzindo a abdicação de D. Pedro I, em 1831.
A Abdicação 
Apesar da estabilidade alcançada em 1825, dois problemas fundamentais do novo Império não tinham encontrado solução. De um lado,
as diferenças regionais, a força com que se impusera a concepção de um império luso-brasileiro aos setores mais conservadores da
elite e a novidade da própria opção separatista não tinham deixado espaço para a formação de uma mentalidade nacional. Na
realidade, ainda não se forjara uma idéia do que significava ser brasileiro. 
De outro, a Independência, ou seja, a formação de uma nova ordem política, e as discussões, que a acompanharam, criaram as
condições para que fosse colocada a questão da participação de cada grupo que detinha, ou julgava deter, alguma parcela de poder.
A subordinação ao Rio de Janeiro de cinco regiões, cujos únicos elementos de homogeneidade eram a língua e a religião; a falta de
meios para as autoridades centrais imporem-se sobre vastas regiões do interior; a antiga tensão entre produtores rurais e
comerciantes urbanos; a discrepância de uma reduzida elite culturalmente refinada em relação a grande maioria da população nas
raias do analfabetismo; as divisões de princípios no seio dessa mesma elite; tudo isso convertia-se, potencialmente, em diferenças e
antagonismos. Na base, apenas um interesse comum: a manutenção da escravidão.
 
Fig: dpedroI - leg: D. Pedro I, imperador do Brasil, abdicou em favor de seu filho, em 1831. 
MUSEU IMPERIAL - PETRÓPOLIS 
 
Entre 1825 e 1831, esses problemas evidenciaram-se de maneira cada vez mais clara. Em 1826, morria D. João VI. D. Pedro I
tornava-se o herdeiro da coroa portuguesa, a qual logo renunciou, em favor da filha menor. No entanto, seu irmão mais novo, D.
Miguel, pretendeu assumir o trono, com o apoio dos setores mais tradicionais de Portugal. Em conseqüência, D. Pedro viu-se
crescentemente envolvido pelos assuntos da antiga metrópole.
Ao mesmo tempo, a falta de outros parâmetros, uma primeira definição do ser brasileiro processou-se pela sua oposição ao português,
encarado como um oportunista retrógrado. Ora, os interesses de D. Pedro nos destinos da casa de Bragança na Europa e o fato dele
cercar-se de amigos naturais de Portugal atraíram para o Imperador algo da antipatia que se passava a devotar aos lusitanos. Além
disso, o comportamento escandaloso, que envolvia a vida pessoal do monarca, transformavam-no também em alvo de críticas.
Dessa forma, assim que são iniciados os trabalhos da Assembléia Legislativa, em 1826, a Câmara, apoiada pela imprensa, passou a
medir forças com o Executivo. Isso porque a escolha pelo Imperador de pessoas de confiança para o Senado deixara que esta fosse
ocupada por uma maioria de herdeiros do grupo brasiliense. A criação do cargo de juiz de paz, em 1827, a ser escolhido por votação, e
uma série de medidas tomadas em 1828, tais como a reforma das câmaras municipais e a extinção da Mesa do Desembargo do Paço e
da Consciência e Ordens, apontavam para a formação de um Império liberal, submetido ao controle dos cidadãos, e afastado da
herança absolutista.
Com a perda da ProvínciaCisplatina, em 1828, a oposição pública radicalizou-se, fundando-se clubes e jornais contra o regime. A
tensão atingiu o auge, já em 1831, quando D. Pedro demitiu os membros do gabinete de compromisso que fora forçado a aceitar,
substituindo-os por amigos pessoais. Massas populares ocuparam o Campo de Santana, exigindo a volta do ministério deposto. Em 7
de abril, decidido a não ceder, o Imperador abdicou em nome de seu filho, o futuro Pedro II.
O país sem nação
Ao longo de três séculos, a colonização portuguesa do Brasil ocupara um território imenso e nele introduzira uma certa unidade jurídica
e administrativa, além da comunidade de língua e religião. Não foi pouco, mas os resultados alcançados permaneciam, por assim dizer,
na superfície.
Por baixo dessa aparente uniformidade, escondiam-se enormes diferenças regionais. No extremo norte, por longo período, a Amazônia
nem pertencera ao Estado do Brasil e tinha dificuldades imensas para comunicar-se com o Rio de Janeiro. No extremo sul, os campos
de criação de gado levavam uma existência em grande parte autônoma. No centro, em meio à extensões inacreditavelmente desertas,
a região das minas, após o apogeu do ouro e dos diamantes, ensimesmara-se. No interior nordestino, as fazendas de gado
conservavam-se imunes as autoridades e mecanismos de controle centrais. Apenas o litoral, do Recife ao Rio de Janeiro, mantinha
propriamente uma integração efetiva, embora dilacerada por rivalidades regionais.
Mais importante, a política portuguesa não favorecera, no Brasil, o surgimento de um sentimento nacional, baseado nas características
geográficas de todo o território e em uma história comum. Ao inverso, estimulara a ligação de cada região diretamente com Lisboa e,
com a exclusiva formação da elite em Coimbra, incentivara a concepção de um império luso-brasileiro, que deixou profundas marcas na
geração que realizou a Independência.
Dessa forma, o rompimento de 1822 com Portugal não resultou dos interesses de um grupo ou classe, nem, muito menos, das
aspirações nacionais de um povo, consciente de si mesmo. O Império do Brasil nasceu de um expediente para manter as prerrogativas
da Coroa bragantina, que o movimento liberal português ameaçava. Conservavam-se, por corolário, as vantagens daqueles grupos
que detinham o poder e a riqueza desde o estabelecimento da Corte no Rio de Janeiro em 1808. Era mudar para não mudar. 
No entanto, a criação do novo país, os percalços da consolidação da Independência e o ideário liberal, que, em maior ou menor
medida, todos com voz ativa tiveram de assumir, propiciaram a oportunidade para questionar o sistema de poder tradicional que se
implantara. Nordestinos ou fluminenses, paulistas ou mineiros, comerciantes ou proprietários rurais, burocratas ou militares,
brasilienses ou coimbrenses, todos julgaram chegada a hora de apresentar suas reivindicações e de fazer prevalecer seus interesses.
Expansão territorial do Brasil (1500 - 1822).
A essa disputa, porém, uma instituição colocava um limite as divergências: a escravidão. Em primeiro lugar, ela inviabilizava, a despeito
de todos os discursos de uma minoria sonhadora, que declamava para as galerias, o projeto de uma nação nos moldes liberais. Como
transformar os habitantes do Brasil em cidadãos se, por definição, um terço deles estavam sujeitos ao chicote e a polé? Mas,
sobretudo, ela exigia que as diferenças no interior das camadas dominantes não chegassem ao ponto de abalar a ordem estabelecida.
Diante de qualquer ameaça, real ou imaginária, nesse sentido, as elites rapidamente se uniam em um compromisso, ou, como se
chamava então, em uma transação, para conter os mais exaltados. 
Esse processo caracterizou os anos que medeiam a Independência da Abdicação de 1831 e continuou presente nas duas décadas
seguintes. Somente em meados do século XIX, a experiência ardilosamente adquirida permitiu a elaboração de mecanismos que
viabilizassem a convivência dos poderes locais com o poder central e atribuíssem a cada grupo a respectiva quota nos despojos do
país. Quanto à Nação, a proverbial imprevidência dos brasileiros relegou para alguns intelectuais, embebidos na cultura européia, a
tarefa de imaginar que a estavam construindo.
 
CONSOLIDAÇÃO DO IMPÉRIO 
 
Regências Trinas 
Após a renúncia ao trono do Imperador Pedro I, em 7 de abril de 1831, e sendo o seu filho, o futuro Pedro II, menor de idade, os
senadores e deputados presentes na Corte no dia da abdicação escolheram uma Regência Trina Provisória. A sua constituição
demonstra o caráter de negociação das elites. Ela era composta pelos Senadores Nicolau de Campos Vergueiro, representante da
facção política conservadora que participou do processo de abdicação do Imperador, José Joaquim Carneiro de Campos, o Marquês de
Caravelas, ligado à família real, e o Brigadeiro Francisco de Lima e Silva que poderia evitar agitações militares.
José da Costa Carvalho, representante do sul na Regência Trina Permanente. 
As primeiras medidas tomadas foram a reintegração do Ministério, demitido, em 5 de abril, por Pedro I; a lei de 14 de junho, que
impedia a concessão pelos regentes de títulos de nobreza, a dissolução da Câmara de Deputados, a suspensão das garantias
institucionais e a negociação de tratados com países estrangeiros. Pela lei foram retiradas dos regentes as prerrogativas do Poder
Moderador. Alguns autores consideraram as medidas um "avanço liberal". Apesar da tentativa de aplacar as reações dos setores mais
radicais que participaram da oposição ao Imperador Pedro I, buscava-se acima de tudo garantir a ordem. 
A Regência Trina Provisória governou três meses. Em 17 de junho, a Assembléia elegeu uma Regência Trina Permanente. Dela faziam
parte João Bráulio Muniz, representante do nordeste, José da Costa Carvalho, do sul. Manteve-se no posto o Brigadeiro Lima e Silva,
que ficou conhecido como "Chico Regência". O Padre Diogo Antônio Feijó foi escolhido para a pasta da Justiça. O governo continuou
nas mãos dos setores conservadores. O critério geográfico da escolha dos dois primeiros foi uma forma de conciliar os interesses
provinciais.
 
GRANDES NOMES DA INDEPENDÊNCIA
 
D. João VI (1767 - 1826) 
Quando D.Maria I foi afastada do trono em 1792, coube a D.João VI, seu filho, assumir o trono de Portugal como príncipe regente, em
1799. E foi ele quem enfrentou a instabilidade no país causada pela política expansinista de Napoleão Bonaparte. Em 1804, assinou
um tratado em que era reconhecida a neutralidade portuguesa. Mas em 1807, a França lhe apresentou uma série de exigências feitas
contra a Inglaterra e, mais tarde, enviou uma tropa para invadir Portugal. Foi decidida, então, a partida da corte portuguesa para o
Brasil em dezembro de 1807.
Depois de 55 dias de viagem, a esquadra chegou à Bahia. Sua primeira medida foi a abertura dos portos. Em março, a corte se mudou
para o Rio de Janeiro, onde a sua presença causou grande desenvolvimento. A reformulação da estrutura administrativa da colônia
tornou-a de certa forma autônoma em relação à metrópole. D.João criou o Horto Real (atual Jardim Botânico do Rio de Janeiro),
incentivou a vinda de estrangeiros, liberou a Imprensa, permitiu a instalação de indústrias, travou batalhas territoriais e criou o Banco
do Brasil. Assinou, em 1810, tratados comerciais com a Inglaterra e, em 1815, uma Carta Régia elevando o Brasil a Reino Unido junto
com Portugal e Algarves. 
D.João VI assumiu o trono como príncipe regente em 1799. Acima, com D. Carlota Joaquina. 
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Em 1816, foi coroado rei de Portugal e em 1820 estoura a revolução no Porto. Finalmente, no ano seguinte, retornou a Portugal, onde
a constituição já estava sendo elaborada. Acalmada a situação portuguesa começam a ser tomadas medidas no sentido de recolonizar
o Brasil e D.João ordena a volta do filho à Portugal. D. João VI faleceu em Lisboa em 1826.
José Bonifácio (1763 - 1838) 
José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu em 1763 em Santos. Cursou direito, filosofia e matemática em Coimbra e passou a viajar
pela Europa,voltando para o Brasil em 1800. Em 1822 era líder do Gabinete da Independência, chefiando a comissão que pedia a
permanência de D. Pedro no Brasil. Sucederam-se o Dia do Fico e a proclamação da independência. E com a convocação da
Assembléia Constituinte de 22, José Bonifácio foi eleito deputado.
José Bonifácio foi líder do Gabinete da Independência, em 1822.
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Como ministro encontrou meios de desarticular a imprensa liberal, defendeu uma constituição monárquica, a transferência da capital
para o interior e uma lei sobre os índios nativos. Durante a discussão das leis ordinárias, onde defendia as restrições aos portugueses
no Brasil e o fim gradual da escravidão, José Bonifácio esvaziou suas bases de apoio e se indispôs com o imperador, renunciando ao
Gabinete junto com seu irmão Antônio Carlos. 
A partir daí, os Andradas procuraram apoio na imprensa e na assembléia para exercer a oposição à Portugal e ao imperador. Mas logo
foram expulsos da Assembléia e foi dado o fim à liberdade de imprensa. Com o tempo, D. Pedro I decretou a prisão de alguns
deputados, entre eles, José Bonifácio. Este, se tornou tutor de D.Pedro II e logo foi demitido do cargo por ter sido acusado de
conspiração. 
Em 1832, com a morte de D. Pedro I, seu grupo de restauradores perdeu a razão de existir e José Bonifácio abandonou a vida pública,
morrendo dois anos depois em Niterói.
D. Pedro I (1798 - 1834) 
Filho de D. João VI com D. Carlota Joaquina, D.Pedro I chegou ao Brasil em 1808 junto com a corte portuguesa. Com a volta de seu pai
para Portugal em 1821, foi nomeado príncipe regente do Brasil, e com o tempo se desencadeia o processo de independência. 
Em janeiro de 1822, recusando-se a obedecer as ordens de voltar à Portugal ele resolveu permanecer no Brasil, data que ficou
conhecida como o Dia do Fico. Uma semana depois D. Pedro começou a fazer mudanças políticas e nomeiou José Bonifácio ministro do
Reino e Estrangeiros. Finalmente, na volta de uma viagem à São Paulo, D.Pedro I proclamou a independência, no dia 7 de setembro de
1822, cortando os laços existentes entre Brasil e Portugal. No entanto, em Portugal e dentro do próprio Brasil a Independência
encontrou oposição e diversas lutas foram travadas para que esta fosse reconhecida. Em outubro, D. Pedro foi aclamado Imperador do
Brasil, onde governou por quase nove anos. 
Devido à necessidade de se organizar o Brasil politicamente D.Pedro I convocou a Assembléia Constituinte. Sérios desentendimentos
entre o imperador e a assembléia levaram à dissolução da mesma, e em 1824, formou um Conselho de Estado presidido por ele
mesmo, que desenvolveu a primeira Constituição do país. 
Com o tempo, D. Pedro I começou a perder seu prestígio diante de um governo que não mais agradava aos interesses provinciais e
com a Confederação do Equador se tornou impossível a sua permanência no poder. Em 1827, o Brasil perdeu a Cisplatina numa
guerra contra as Províncias Unidas do Rio Prata e quatro anos depois, terminou o Primeiro Reinado. Em 1831 o imperador abdicou em
favor de seu filho e voltou para Portugal, onde morreu cinco anos mais tarde.]
 
 
A PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL 
 
 
Dom Pedro Primeiro, por graça de Deus e unânime aclamação dos povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil: 
Fazemos saber a todos os nossos súditos, que, tendo-nos requerido os povos deste Império, juntos em câmaras, que nós quanto antes
jurássemos e fizéssemos jurar o projeto da Constituição, que havíamos oferecido às suas observações para serem depois presentes à
nova Assembléia Constituinte, mostrando o grande desejo que tinham de que ele se observasse já como Constituição do Império, por
lhes merecer a mais plena aprovação, e dele esperarem a sua individual e geral felicidade política; nós juramos o sobredito projeto
para o observarmos, e fazermos observar como Constituição, que dora em diante fica sendo, deste Império; a qual é do teor seguinte:
Em nome da Santíssima Trindade 
Título I 
Do Império do Brasil, seu Território, Governo, Dinastia e Religião
Art. 1.º - O Império do Brasil é a associação política de todos os cidadãos brasileiros. Eles formam uma nação livre e independente que
não admite com qualquer outro laço algum de união ou federação, que se oponha à sua independência.
Art. 2.º - O seu território é dividido em províncias na forma em que atualmente se acha, as quais poderão ser subdivididas como pedir o
bem do estado.
Art. 3.º - O seu governo é monárquico hereditário, constitucional e representativo.
Art. 4.º - A dinastia imperante é a do Senhor D. Pedro I, atual Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil.
Art. 5.º - A religião católica apostólica romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com
seu culto doméstico ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo.
 
Título II
Dos cidadãos brasileiros 
Art. 6.º - São cidadãos brasileiros:
1.º - Os que no Brasil tiverem nascido, quer sejam ingênuos ou libertos, ainda que o pai seja estrangeiro, uma vez que este não resida
por serviço de sua nação.
2.º - Os filhos de pai brasileiro, e os ilegítimos de mãe brasileira, nascidos em país estrangeiro, que vierem estabelecer domicílio no
Império.
3.º - Os filhos de pai brasileiro, que estivesse em país estrangeiro, em serviço do Império, embora eles não venham estabelecer
domicílio no Brasil.
4.º - Todos os nascidos em Portugal e suas possessões que, sendo já residentes no Brasil na época em que se proclamou a
independência nas províncias, onde habitavam, aderiram a esta, expressa ou tacitamente, pela continuação de sua residência.
5.º - Os estrangeiros naturalizados, qualquer que seja a sua religião. A lei determinará as qualidades precisas para se obter carta de
naturalização.
Art. 7.º - Perde os direitos de cidadão brasileiro:
1.º - O que se naturalizar em país estrangeiro.
2.º - O que sem licença do Imperador aceitar emprego, pensão ou condecoração de qualquer governo estrangeiro.
3.º - O que for banido por sentença. 
Art. 8º - Suspende-se o exercício dos direitos políticos:
1.º - Por incapacidade física ou moral.
2.º - Por sentença condenatória à prisão ou degredo, enquanto durarem os seus efeitos. 
 
Título III
Dos Poderes e Representação Nacional 
Art. 9º - A divisão e harmonia dos poderes políticos é o princípio conservador dos direitos dos cidadãos, e o mais seguro meio de fazer
efetivas as garantias que a Constituição oferece.
Art. 10 - Os poderes políticos reconhecidos pela Constituição do Império do Brasil são quatro: o poder legislativo, o poder moderador, o
poder executivo e o poder judicial.
Art. 11 - Os representantes da nação brasileira são o Imperador e a assembléia geral.
Art. 12 - Todos estes poderes no Império do Brasil são delegações da nação.
 
Título IV
Do Poder Legislativo 
Capítulo I
Art. 13 - O poder legislativo é delegado à assembléia geral com a sanção do Imperador. 
Art. 14 - A assembléia geral compõe-se de duas câmaras: câmara dos deputados e câmara dos senadores ou senado.
Art. 15 - É da atribuição da assembléia geral:
1.º - Tomar juramento ao Imperador, ao Príncipe Imperial, ao Regente ou Regência.
2.º - Eleger a Regência ou Regente e marcar os limites de sua autoridade.
3.º - Reconhecer o Príncipe Imperial como sucessor ao trono na primeira reunião, logo depois de seu nascimento.
4.º - Nomear tutor ao Imperador menor, caso seu pai o não tenha nomeado em testamento.
5.º - Resolver as dúvidas, que ocorrerem sobre a sucessão da coroa.
6.º - Na morte do Imperador, ou vacância do trono, instituir exame da administração, que acabou, e reformar os abusos nela
introduzidos.
7.º - Escolher nova dinastia, no caso da extinção da Imperante.
8.º - Fazer leis, interpretá-las, suspendê-las e revogá-las.
9.º - Velar na guarda da Constituição, e promover o bem geral da nação.
10 - Fixar anualmente, as despesas públicas, e repartir a contribuição direta.
11 - Fixar anualmente, sobre a informação do governo, as forças de mar e terra ordinárias e extraordinárias.12 - Conceder ou negar a entrada de forças estrangeiras de terra e mar dentro do Império ou dos portos dele.
13 - Autorizar o governo para contrair empréstimos.
14 - Estabelecer meios convenientes para pagamento da dívida pública.
15 - Regular a administração dos bens nacionais, e decretar a sua alienação.
16 - Criar ou suprimir empregos públicos, e estabelecer-lhes ordenados.
17 - Determinar o peso, valor, inscrição, tipo e denominação das moedas assim como padrão dos pesos e medidas. 
Art. 16 - Cada uma das câmaras terá o tratamento de - Augustos e Digníssimos Senhores Representantes da Nação.
Art. 17 - Cada legislatura durará quatro anos, e cada sessão anual quatro meses. 
Art. 18 - A sessão imperial de abertura será todos os anos no dia 3 de maio.
Art. 19 - Também será imperial a sessão do encerramento, e tanto esta como a da abertura se fará em assembléia geral, reunidas
ambas as câmaras.
Art. 20 - Seu cerimonial, e o da participação ao Imperador, será feita na forma do regimento interno.
Art. 21 - A nomeação dos respectivos presidentes, vice-presidentes e secretários das câmaras, verificação dos poderes de seus
membros, julgamento e sua polícia interior se executará na forma de seus regimentos. 
Art. 22 - Na reunião das duas câmaras o presidente do senado dirigirá o trabalho; os deputados e senadores tomarão lugar
indistintamente.
Art. 23 - Não se poderá celebrar sessão em cada uma das câmaras, sem que esteja reunida a metade e mais um dos seus respectivos
membros.
Art. 24 - As sessões de cada uma das câmaras serão públicas, à exceção dos casos em que o bem do estado exigir que sejam
secretas. 
Art. 25 - Os negócios se resolverão pela maioria absoluta de votos dos membros presentes.
Art. 26 - Os membros de cada uma das câmaras são invioláveis pelas opiniões que proferirem no exercício de suas funções.
Art. 27 - Nenhum senador ou deputado, durante a sua deputação, pode ser preso por autoridade alguma, salvo por ordem de sua
respectiva câmara, menos em flagrante delito de pena capital.
Art. 28 - Se algum senador ou deputado for pronunciado, o juiz, suspendendo todo o ulterior procedimento, dará conta à sua respectiva
câmara, a qual decidirá se o processo deve continuar, e o membro ser ou não suspenso do exercício de suas funções.
Art. 29 - Os senadores e deputados poderão ser nomeados para os cargos de ministros de Estado, ou conselheiros de Estado, com a
diferença de que, os senadores continuarão a ter assento no Senado, e o deputado deixa vago o seu lugar da câmara, e se procede à
nova eleição, na qual pode ser reeleito, e acumular as duas funções.
Art. 30 - Também acumulam as duas funções, se já exerciam qualquer dos mencionados cargos, quando foram eleitos.
Art. 31. Não se pode ser ao mesmo tempo membro de ambas as câmaras.
Art. 32. O exercício de qualquer emprego, à exceção do de conselheiro de Estado e ministro de Estado, cessa interinamente, enquanto
durarem as funções de deputado, ou de senador.
Art. 33. No intervalo das sessões não poderá o Imperador empregar um senador ou deputado fora do Império, nem mesmo irão exercer
seus empregos, quando isso os impossibilite para se reunirem no tempo da convocação da assembléia geral, ordinária ou
extraordinária.
Art. 34. Se por algum caso imprevisto, de que dependa a segurança pública ou o bem do Estado, for indispensável que algum senador
ou deputado saia para outra comissão, a respectiva câmara o poderá determinar.
Capítulo II 3/4 Da Câmara dos Deputados 
Art. 35. A Câmara dos Deputados é eletiva e temporária.
Art. 36. É privativa da Câmara dos Deputados a iniciativa:
1º Sobre impostos.
2º Sobre recrutamento.
3º Sobre a escolha da nova dinastia no caso da extinção da Imperante. 
Art. 37. Também principiarão na Câmara dos Deputados:
1º O exame de administração passada, e reforma dos abusos nela introduzidos.
2º A discussão das propostas feitas pelo poder executivo. 
Art. 38. É da privativa atribuição da mesma Câmara decretar que tem lugar a acusação dos ministros de Estado e conselheiros de
Estado.
Art. 39. Os deputados vencerão, durante as sessões, um subsídio pecuniário taxado no fim da última sessão da legislatura
antecedente.
Além disto, se lhes arbitrará uma indenização para as despesas de vinda e volta. 
Capítulo III 3/4 Do Senado 
Art. 40. O Senado é composto de membros vitalícios, e será organizado por eleição provincial.
Art. 41. Cada província dará tantos senadores quantos forem metade dos seus respectivos deputados, com a diferença que, quando o
número de deputados da província for ímpar, o dos seus senadores será metade do número imediatamente menor, de maneira que a
província que houver de dar onze deputados, dará cinco senadores.
Art. 42. A província que tiver um só deputado elegerá, todavia, o seu senador, não obstante a regra acima estabelecida.
Art. 43. As eleições serão feitas pela mesma maneira que as dos deputados, mas em listas tríplices, sobre as quais o Imperador
escolherá o terço na totalidade da lista.
Art. 44. Os lugares dos senadores que vagarem serão preenchidos pela mesma forma da primeira eleição pela sua respectiva
província.
Art. 45. Para ser senador requer-se:
1º Que seja cidadão brasileiro, e que esteja no gozo de seus direitos políticos.
2º Que tenha de idade 40 anos para cima.
3º Que seja pessoa de saber, capacidade e virtudes com preferência os que tiverem feito serviços à pátria.
4º Que tenha de rendimento anual, por bens, indústria, comércio ou emprego, a soma de 800$000. 
Art. 46. Os Príncipes da casa imperial são senadores por direito, e terão assento no Senado logo que cheguem à idade de 25 anos.
Art. 47. É da atribuição exclusiva do Senado:
1º Conhecer dos delitos individuais cometidos pelos membros da família imperial, ministros de Estado, conselheiros de Estado e
senadores; e dos delitos dos deputados durante o período da legislatura.
2º Conhecer da responsabilidade dos secretários e conselheiros de Estado.
3.º Expedir cartas de convocação da assembléia, caso o Imperador o não tenha feito dois meses depois do tempo que a Constituição
determina, para o que se reunirá o Senado extraordinariamente.
4.º Convocar a assembléia na morte do Imperador para a eleição da Regência, nos casos em que ela tem lugar, quando a Regência
provisional o não faça. 
Art. 48. No juízo dos crimes, cuja acusação não pertence à Câmara dos Deputados, acusará o procurador da coroa a soberania
nacional.
Art. 49. As sessões do Senado começam e acabam ao mesmo tempo que as da Câmara dos Deputados.
Art. 50. À exceção dos casos ordenados pela Constituição, toda a reunião do Senado fora do tempo das sessões da Câmara dos
Deputados é ilícita e nula.
Art. 51. O subsídio dos senadores será de tanto, e mais metade, do que tiverem os deputados. 
Capítulo VI 3/4 Das eleições 
Art. 90. As nomeações dos deputados e senadores para assembléia geral, e dos membros dos conselhos gerais das províncias, serão
feitas por eleições indiretas, elegendo a massa dos cidadãos ativos em assembléias paroquiais os eleitores de província, e estes, os
representantes da nação e províncias.
Art. 91. Tem voto nestas eleições primárias:
1.º Os cidadãos brasileiros que estão no gozo de seus direitos políticos.
2.º Os estrangeiros naturalizados. 
Art. 92. São excluídos de votar nas assembléias paroquiais:
1.º Os menores de 25 anos, nos quais se não compreendem os casados e os oficiais militares, que forem maiores de 21 anos, os
bacharéis formados e clérigos de ordens sacras.
2.º Os filhos-família, que estiverem na companhia de seus pais, salvo se servirem ofícios públicos.
3.º Os criados de servir, em cuja classe não entram os guarda-livros e primeiros caixeiros das casas de comércio; os criados da casa
imperial, que não forem de galão branco, e os administradores das fazendas rurais e fábricas.
4.º Os religiosos, e quaisquer que vivam em comunidade clausural.
5.º Os que não tiverem de renda líquida anual 100$ por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego. 
Art. 93. Os que não podem votar nas assembléias primárias de paróquia não podem ser membros, nem votarna nomeação de alguma
autoridade eletiva nacional ou local.
Art. 94. Podem ser eleitores e votar na eleição dos deputados, senadores e membros dos conselhos de província todos os que podem
votar na assembléia paroquial. Excetuam-se:
1.º Os que não tiverem de renda líquida anual 200$000 por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego.
2.º Os libertos.
3.º Os criminosos pronunciados em querela ou devassa. 
Art. 95. Todos os que podem ser eleitores são hábeis para serem nomeados deputados.
Excetuam-se:
1.º Os que não tiverem 400$000 de renda líquida, na forma dos arts. 92 e 94.
2º Os estrangeiros naturalizados.
3.º Os que não professarem a religião do estado. 
Art. 96. Os cidadãos brasileiros, em qualquer parte que existam, são elegíveis em cada distrito eleitoral para deputado ou senador,
ainda quando aí não sejam nascidos, residentes ou domiciliados.
Art. 97. Uma lei regulamentar marcará o modo prático das eleições, e o número dos deputados relativamente à população do Império.
Título V
Do Imperador 
Capítulo I 3/4 Do Poder Moderador
Art. 98. O poder moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador, como chefe supremo
da nação e seu primeiro representante, para que, incessantemente vele sobre a manutenção da independência, equilíbrio e harmonia
dos mais poderes políticos.
Art. 99. A pessoa do Imperador é inviolável e sagrada: ele não está sujeito a responsabilidade alguma.
Art. 100. Os seus títulos são Imperador Constitucional e Defensor Perpétuo do Brasil, - e tem o tratamento de - Majestade Imperial.
Art. 101. O Imperador exerce o poder moderador:
1.º Nomeando os senadores, na forma do art. 43.
2.º Convocando a assembléia geral extraordinária nos intervalos das sessões quando assim o pede o bem do Império.
3.º Sancionando os decretos e resoluções da assembléia geral, para que tenham força de lei (art. 62).
4.º Aprovando e suspendendo interinamente as resoluções dos conselhos provinciais (arts. 86 e 87).
5.º Prorrogando ou adiando a assembléia geral, e dissolvendo a Câmara dos Deputados, nos casos em que o exigir a salvação do
estado; convocando imediatamente outra que a substitua.
6.º Nomeando e demitindo livremente os ministros de estado.
7.º Suspendendo os magistrados nos casos do artigo 154.
8.º Perdoando ou moderando as penas impostas aos réus condenados por sentença.
9.º Concedendo anistia em caso urgente, e que assim aconselhem a humanidade e bem do estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATADO DE PAZ COM PORTUGAL 
 
Tratado de Paz e Aliança entre Portugal e Brasil assinado em 29 de agosto de 1825 
por Dom João VI, de Portugal, e Dom Pedro I, do Brasil, no qual 
Portugal reconhece a independência da antiga colônia. 
 
Em Nome da Santíssima e Indivisível Trindade
Sua magestade fidelíssima 
Tendo constantemente no Seo Real Animo os mais vivos desejos de restabelecer a Paz, Amizade, e boa harmonia entre Povos Irmãos,
que os vínculos mais sagrados devem conciliar, e unir em perpétua alliança, para Conseguir tão importantes fins. Promover a
prosperidade geral, e Segurar a existência política, e os destinos futuros de Portugal, assim como os do Brasil; e Querendo de huma
vez remover todos os obstáculos, que possão impedir a dita Alliança, Concordia, e Felicidade de hum e outro Estado, por Seo Diploma
de treze de Maio do corrente ano. Reconheço o Brasil na Cathegoria de Imperio Independente, e separado dos Reinos de Portugal e
Algarves, e a Seo sobre Todos muito Amado e Prezado Filho Dom Pedro por Imperador, Cedendo e Transferindo de Sua livre Vontade
e Soberania do dito Imperio ao Mesmo Seo Filho, e Seos Legitimos Sucessores, e Tomando sómente, e Reservando para a Sua
Pessoa o mesmo Titulo.
E Estes Augustos Senhores, Acceitando a Mediação de Sua Magestade Britannica para o ajuste de toda a questão incidente à
separação dos dous Estados (...) convierão em que, na conformidade dos principios expressados neste Preambulo, se formasse o
presente Tratado.
Artigo Primeiro.
Sua Magestade Fidelissima
Reconhece o Brasil na Cathegoria do Imperio Independente, e Separado dos Reinos de Portugal e Algarves; e a Seo sobre Todos
muito Amado, e Prezado Filho Dom Pedro por Imperador, Cedendo e Transferindo de Sua Livre Vontade a Soberania do dito Imperio
ao Mesmo Seo Filho e a Seos Legítimos Sucessores. Sua Magestade Fidelissima Toma sómente, e Reserva para a Sua Pessoa o
mesmo Titulo. 
Artigo Segundo.
Sua Magestade Imperial, em reconhecimento de Respeito e Amor a Seo Augusto Pai o Senhor Dom João VI, Annue a que Sua
Magestade Fidelissima Tome para a Sua Pessoa o Título de Imperador.
Artigo Terceiro.
Sua Magestade Imperial Promette não Acceitar proposições de quaesquer Colonias Portuguezas para se reunirem ao Imperio do
Brasil. 
Artigo Quarto.
Haverá d'ora em diante Paz e Aliança e a mais perfeita amizade entre o Imperio do Brasil, e os Reinos de Portugal e Algarves, com total
esquecimento das desavenças passadas entre os Povos respectivos. 
Artigo Quinto.
Os Subditos de ambas as Nações, Brasileira, e Portugueza seráõ considerados e tratados nos respectivos Estados como os da Nação
mais favorecida e Amiga; e seos direitos, e propriedades religiosamente guardados e protegidos; ficando entendido que os actuaes
possuidores de bens de raiz seráõ mantidos na posse pacifica dos mesmos bens. 
Artigo Sexto.
Toda a propriedade de bens de raiz ou moveis, e acções, sequestradas ou confiscadas, pertencentes aos Subditos de Ambos os
Soberanos, do Brasil e Portugal, seráõ logo restituidas, assim como os seus rendimentos passados, deduzidas nas despezas da
Administração, ou seos proprietarios indemnisados reciprocamente pela maneira declarada no Artigo oitavo. 
Artigo Sétimo.
Todas as embarcações, e cargas apresadas pertencentes ao Subditos de Ambos os Soberanos serão semelhantemente restituidas, ou
seos proprietarios indemnisados.
(...) 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA
 
 
 
 
*
Almanaque Abril - Abril Multimídia - 1996 
*
D. Pedro I - Herculano Gomes Mathias - Editora Tecnoprint S.A. - 1962 
*
Enciclopédia Conhecer - Abril Cultural Ltda.- 1968 
*
Enciclopédia Digital Koogan Houaiss - Delta - 1998 
*
Enciclopédia Digital Master - GLLG International - 1997 
*
Grande Enciclopédia Larrousse Cultural - Nova Cultural Limitada 1998 
*
Nova Enciclopédia Ilustrada Folha - Folha de São Paulo - 1996 
**********
TRABALHO DE HISTÓRIA
A INDEPENDÊNCIA DO Brasil
PRISCILA GONÇALVES MAGOSSI
8ª WSÉRIE - 1º GRAU
magossi@sti.com.br magossi@sti.com.br
 
Documento gentilmente cedido pelo próprio autor.
HYPERLINK http://www.sti.com.br www.sti.com.br

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