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SEMANA 4
	EIXO TEMÁTICO:
Mundo Moderno, Colonização e Relações Étnico-Culturais (1500-1808). 
	TEMA/TÓPICO:
Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil.
	HABILIDADE:
Analisar as imagens produzidas pelos europeus no Brasil Joanino e Primeiro Império.
	CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Corte Portuguesa no Rio de Janeiro, Missão Artística Francesa.
	INTERDISCIPLINARIDADE: Arte e Sociologia.
TEMA: Analisar os impactos da transferência da corte portuguesa sobre os hábitos e costumes da vida colonial
Caro(a) estudante, nessa semana você vai analisar as mudanças culturais acontecidas na cidade do Rio de Janeiro proporcionadas pela transferência da Corte Portuguesa para o Brasil (1808). 
BREVE APRESENTAÇÃO
Vamos entender como a permanência da Corte no Rio de Janeiro desenvolveu culturalmente o Brasil, principalmente no terreno das Belas Artes a partir da chegada da Missão Artística Francesa em 1816.
PARA SABER MAIS: 
Sobre a Missão Artística Francesa assista aos vídeos indicados abaixo: A<https://www.youtube.com/watch?v=Q2eCG5Xu1lE>; <https://www.youtube.com/watch?v=JOQcT37L58Q>; <https:// www.youtube.com/watch?v=sOc-FIZaeZg>. Acesso em: 10 abr. 2021.
ATIVIDADES
MUDANÇAS CULTURAIS PROVOCADAS PELA PERMANÊNCIA DA CORTE PORTUGUESA NO BRASIL 
(1808 - 1821) 
Ao saírem de Portugal no final de 1807, rumo ao Brasil, os navios que transportavam a Família Real e os nobres da Corte e seus criados traziam também os livros da enorme Biblioteca Real de Lisboa. Outra biblioteca foi construída no Rio de Janeiro, com o nome de Biblioteca Real, dando origem a atual Biblioteca Nacional.
Depois de instalar-se no Rio de Janeiro, o governo de D. João passou a modernizar a cidade, abrindo novas ruas, e construindo novas casas com grandes jardins e quintais para abrigar o grande número de nobres portugueses que vieram com a Família Real. Foram instalados importantes órgãos político-administrativos: Conselho de Estado, Erário Régio, a Junta Geral do Comércio e a Casa de Suplicação (a mais elevada Corte de Justiça). Além disso, criou três Ministérios: Marinha, Guerra e Estrangeiros, Fazenda e Interior. Fundou o Banco do Brasil. Foram criados a Academia Médico-Cirúrgica, o Teatro Real, o Museu Nacional, o Observatório Astronômico e o Horto Real (atual Jardim Botânico do Rio de Janeiro). Foi fundada a Imprensa Régia, que publicou folhetos, livros e o primeiro jornal feito no Brasil, A Gazeta do Rio de Janeiro; e a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios (hoje Escola de Belas Artes da UFRJ). 
Sobre o desenvolvimento da Arquitetura, do desenho, da gravura, da pintura e da escultura foi de crucial importância a chegada no porto do Rio de Janeiro, em 1816, da Missão Artística Francesa, projeto organizado por Joachim Lebreton, intelectual, político e administrador francês que reuniu considerável número de artistas plásticos interessados em viver no Rio de Janeiro. Com o apoio inicial de mecenas portugueses, o grupo aportou no Rio de Janeiro em 26 de março de 1816, escoltado por navios ingleses. Era formado por, além de Lebreton, Jean-Baptiste Debret, Nicolas Antoine Taunay e seu filho Félix Taunay, pintores; Auguste Marie Taunay, escultor; Charles Simon Pradier, gravador; entre muitos outros artistas. Introduziram o estilo Neoclássico no Brasil, que estava iniciando, e foram encarregados por D. João do funcionamento da recém-fundada Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios.
O mais lembrado pintor da Missão Artística Francesa foi Jean-Baptiste Debret (1768-1848), que retratou o cotidiano das ruas do Rio de Janeiro, sobretudo o dia-a-dia da enorme população escrava da cidade.
Debret viveu no Brasil de 1816 a 1831, quando produziu uma extensa obra, em três volumes – Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. No primeiro, o tema foi os indígenas; no segundo, o trabalho escravo feito por africanos; e no terceiro, política e religião.
Analise algumas imagens de Debret retratando o cotidiano dos escravizados no Rio de Janeiro nos anos iniciais do século XIX:
167	
167	
179	
Vendedores de Pássaros Negros. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Vendedores_P%C3%A1jaro_Negro_by_Jean_ Baptiste_Debret_(1768-1848,_France).jpg. 
 Acesso em: 27 mar. 2021
Uma família brasileira no Rio de Janeiro. Disponível em: https://commons.m.wikimedia. org/wiki/File:A_Brazilian_family_in_Rio_de_
Janeiro,_by_Jean-Baptiste_Debret_1839.jpg. Acesso em: 27 mar. 2021.
Execução de pena no Pelourinho/Negros ao tronco. Disponível em: https://picryl.com/media/lexecution-de-la-punition-de-fouet-negres-ao-tronco-jb-debret-delt-lith-de. Acesso: 27 mar. 2021.
Boutique de Cordonnier. Disponível em: https://picryl.com/ media/boutique-de-cordonnier-jb-debret-et-la-vtesse-de-portes-delt-lith-de-thierry. Acesso: 
27 mar. 2021.
1 - Com base na análise das imagens, descreva como era o cotidiano dos africanos que foram escravizados e que viviam no Rio de Janeiro
O cotidiano dos escravos era algo triste, desumano e totalmente indigno, eles eram privados de sua liberdade e eram obrigados a prestar serviços desumanos a troca de nada, afinal, eles eram predestinados a trabalhar e servir aos seus senhores.
Nicolas Antoine-Taunay e seu filho Félix-Emile Taunay pintaram muitas paisagens da cidade do Rio de Janeiro do começo do século XIX. Analise as que foram selecionadas:
Félix-Emile Taunay – Vista do Rio de Janeiro. Disponível em: https://commons. wikimedia.org/wiki/File:F%C3%A9lix-%C3%89mile_Taunay_-_Vista_do_ Rio_de_Janeiro_tomada_da_Ilha_das_ Cobras.jpg. Acesso: 27 mar. 2021. 
 
Nicolas Antoine Taunay – Praia e Igreja da Glória. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Nicolas_Antoine_Taunay_-_Vista_da_Praia_e_da_Igreja_da_Gl%C3%B3ria_
 do_Outeiro_no_Rio_de_Janeiro.jpg. Acesso: 27 mar. 2021.
2 - Com base nas imagens acima, descreva como era a cidade do Rio de Janeiro no começo do século XX e compare com o cotidiano do começo do século XXI, nossa época.
Com base nas imagens uma comparação entre o Rio de Janeiro do Século XX e o cotidiano do século XXI, é que as imagens do início século XIX, retratam uma natureza exuberante, com construções em estilo colonial
SEMANA 5
	EIXO TEMÁTICO:
Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1930).
	TEMA/TÓPICO
Estrutura constitucional.
	HABILIDADE:
Analisar as posições das elites brasileiras frente ao ideal de civilização nos trópicos e sua opção pelo sistema monárquico: acentuar a singularidade dessa opção no contexto latino-americano.
	CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Constituição de 1824.
	INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia e Filosofia. 
TEMA: A Constituição de 1824 
Caro(a) estudante, nessa semana, você vai identificar as características da Constituição que vigorou no Brasil de 1824 até o fim do período imperial, quando o Brasil tornou-se uma República ( Novembro de 1889).
BREVE APRESENTAÇÃO
Você sabe o que é uma Constituição ? Um documento escrito que define a organização política, administrativa e jurídica de um país. É sua Lei Suprema. Isso significa que as demais leis que forem feitas naquele país têm que estar de acordo com a Constituição para poderem ser aplicadas.
No Brasil depois da proclamação da República, em 15 de Novembro de 1889, tivemos seis Constituições, sendo que a primeira foi a de 1891. A atual é de 1988.
Durante o Brasil Império (1822-1889), tivemos apenas uma Constituição, a de 1824. Vamos entendê-la agora.
Histórico da Constituição de 1824.
A Assembleia Constituinte
Após a Independência (1822), surgiu a necessidade de elaborar uma Constituição, visto que o Brasil tinha rompido seus laços com Portugal. Portanto, precisava ter suas próprias leis. 
Uma Constituição é elaborada por uma Assembleia Constituinte – reunião de deputados e senadores. A maioria dos membros da Assembleia Constituinte do Brasil de 1823 era composta por homens da elite – grandes proprietários rurais e comerciantes, que queriam a garantia de seus interesses econômicos. O projeto de Constituição por eles elaborado ficou pronto com essas principais características:
Oposição aos comerciantes e aos militaresportugueses residentes no Brasil, que seriam proibidos de ocupar cargos públicos de representação nacional (deputado e senador);
Limitação dos poderes do imperador;
Para ser eleitor seria necessário ter uma renda mínima anual equivalente a 150 alqueires de mandioca (Por isso o projeto ficou conhecido como Constituição da Mandioca).
Note que homens ricos que não possuíssem terras não poderiam ser eleitos deputados, nem senadores. Isso retiraria do Poder Legislativo (o que elabora as leis) os comerciantes portugueses que, embora fossem ricos, não tinham rendimentos provenientes da posse da terra.
D. Pedro I recusou o projeto de Constituição. Com o apoio de tropas, em 12 de Novembro de 1823, decretou a dissolução da Assembleia. Os deputados que não aceitaram esse ato foram presos e expulsos do país, entre eles os irmãos Andrada – José Bonifácio, Antônio Carlos e Martim Francisco.
Para acalmar os constituintes brasileiros, D. Pedro nomeou uma comissão de dez brasileiros natos para elaborar um novo projeto de Constituição. Aprovado o texto pelo imperador, no dia 25 de março de 1824, D. Pedro I outorgou (impôs) ao Brasil sua primeira Constituição.
Vamos identificar quais foram suas principais características:
 Forma de governo: Monarquia Hereditária.
 Estabeleceu 4 poderes: Moderador, Executivo, Legislativo e Judiciário.
 Sistema eleitoral: voto indireto e censitário (por renda mínima).
 Havia uma religião oficial: a Católica Romana. 
O país seria geograficamente dividido em províncias, cujos presidentes seriam nomeados pelo imperador.
Entenda os poderes:
Poder Moderador: era exclusivo do imperador e estava acima dos demais poderes: o imperador podia dissolver a Câmara e convocar novas eleições para renová-la; nomear os presidentes das províncias; aprovar ou vetar as decisões da Câmara e do Senado; convocar as Forças Armadas sempre que achasse necessário. O Conselho de Estado, órgão deste Poder, era formado por conselheiros vitalícios nomeados pelo imperador.
Poder Executivo: exercido pelo imperador e pelos Ministros. Deveriam administrar o país.
Poder Legislativo: discutia, elaborava e aprovava as leis. Composto pelo Senado Vitalício e pela Câmara dos Deputados. Os deputados tinham mandato de quatro anos. Cada província tinha o direito de eleger três candidatos ao Senado e o imperador nomeava um deles.
Poder Judiciário: composto por juízes e tribunais. Encarregados do cumprimento das leis e do julgamento dos infratores. Os juízes da mais alta Corte de Justiça do país eram nomeados pelo imperador.
Entenda o Sistema Eleitoral:
Estavam excluídos de votar: as mulheres, os libertos, os indígenas, os homens menores de 25 anos, os religiosos. 
Podiam votar: os homens que tivessem renda anual mínima de 100 mil-réis. Esses votantes escolhiam os eleitores da província (renda mínima anual de 200 mil-réis), que elegiam os deputados e os pretendentes ao Senado; ou seja, o voto era indireto.
Quem podia se candidatar: para deputado, os homens que tivessem renda mínima anual de 400 mil-réis; para senador, os homens com renda mínima anual de 800 mil-réis.
Devido ao estabelecimento do direito de voto por renda, e não mais pela posse da terra, os grandes comerciantes tiveram garantida sua participação nas decisões políticas e econômicas do país, igualando-se em direitos aos grandes proprietários rurais. 
PARA SABER MAIS: 
Sobre o que é Constituição e sobre a Constituição de 1824: <https://www.youtube.com/watch?v=qHm1BHKC6kg> e <https://www.youtube.com/watch?v=Cim7gS6KtcE>. Acesso em: 10 abr. 2021.
ATIVIDADES
1 - Quais as diferenças entre a forma de governo, número de poderes e sistema eleitoral estabelecidos pela Constituição de 1824 e a atual (de 1988) ? 
No que diz respeito a forma de governo, mudou de um sistema Monárquico para um sistema Republicano, havendo hoje eleição para todos os cargos mais importantes do Executivo e do Legislativo.
2 - A Constituição de 1824 instituiu o Poder Moderador. Era característica desse poder: 
a) Apenas aprovar as decisões da Câmara e do Senado.
b) Dar autonomia para as Forças Armadas. 
c) Dissolver a Câmara dos Deputados. 
d) Garantir toda autonomia às províncias.
e) Garantir que o voto fosse sempre direto.
3 - 	(UESPI 	- 	2010) 	A 	Constituição 	de 	1824, 	resultante 	da 	dissolução 	da 	Assembleia Constituinte de 1823, marcou o início da institucionalização do poder monárquico no Brasil. Essa Constituição:
a) Criou o Poder Moderador de exclusividade do Imperador, o que na prática significava conceder-lhe poderes quase absolutos.
b) Provocou a insatisfação em diversas províncias, estando na base da eclosão de diversas rebeliões, como a Confederação do Equador, a Sabinada e o Contestado.
c) Favoreceu o reconhecimento do Brasil como nação independente, o que ocorreu sem reveses, à exceção dos Estados Unidos por conta da doutrina Monroe.
d) Estabeleceu a eleição pelo voto censitário para os governadores das províncias.
e) Determinou que representantes para o Senado e a Câmara seriam eleitos pelo voto direto e secreto.
4 - (FUVEST) O sistema eleitoral adotado no Império brasileiro estabelecia o voto censitário. Essa afirmação significa que:
a) O sufrágio era indireto no que se referia às eleições gerais.
b) Para ser eleitor era necessário possuir determinada renda anual.
c) As eleições eram efetuadas em dois turnos sucessivos.
d) O voto não era extensivo aos analfabetos e às mulheres.
e) Por ocasião das eleições, realizava-se o recenseamento geral da população.
5 - (Enem 2011) Art. 92. São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais: 
VI) Os menores de vinte e cinco anos, nos quais não se compreendam os casados, e Oficiais Militares, que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis Formados e Clérigos de Ordens Sacras. 
VII) Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade claustral. 
VIII) Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos.
Constituição Política do Império do Brasil (1824). Disponível em: https://legislação.planalto.gov.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado). 
A legislação espelha os conflitos políticos e sociais do contexto histórico de sua formulação. A Constituição de 1824 regulamentou o direito de voto dos “cidadãos brasileiros” com o objetivo de garantir
a) O fim da inspiração liberal sobre a estrutura política brasileira. 
b) A ampliação do direito de voto para maioria dos brasileiros nascidos livres.
c) A concentração de poderes na região produtora de café, o Sudeste brasileiro .
d) O controle do poder político nas mãos dos grandes proprietários e comerciantes.
e) A diminuição da interferência da Igreja Católica nas decisões político-administrativas. 
SEMANA 6
	EIXO TEMÁTICO:
 Cultura e Política na Construção do Estado Nacional Brasileiro (1822-1930). 
	TEMA/TÓPICO:
· Embates políticos e Culturais no Processo de Construção e Afirmação do Estado Nacional.
· Estrutura constitucional, agrupamentos políticos e forças sociais.
	HABILIDADE (S):
· Analisar as configurações das elites brasileiras no Império, seus interesses e agrupamentos político-partidários. 
· Analisar as configurações das elites brasileiras frente ao ideal de civilização nos trópicos e sua opção pelo sistema monárquico: acentuar a singularidade dessa opção no contexto latino-americano. 
	CONTEÚDOS RELACIONADOS:
Partidos políticos e forças sociais no Primeiro Reinado; Independência da América Espanhola e opção pela República.
	INTERDISCIPLINARIDADE:
Sociologia e Filosofia. 
TEMA: Partidos políticos e forças sociais no Primeiro Reinado
Caro(a) estudante, nesta semana você vai entender quais eram os diferentes agrupamentos políticos do Brasil pouco antes da Independência e durante o Primeiro Reinado (1822-1831), o que defendiam e por que o Brasil tornou-se o único país das Américas a optar pela Monarquia após tornar-se independente. 
BREVE APRESENTAÇÃO 
As elites da América Espanhola, diferentemente das elites da América Portuguesa, que se uniu em torno de um príncipe, D. Pedro, conduziram elas próprias seus diferentes processosde Independência, optando, então, pela República após o rompimento com a Espanha.
Em muitos lugares da América Espanhola, as classes populares, na esperança de uma vida melhor, com terras próprias para produzirem e igualdade de direitos com a elite, lutaram pela Independência, mas nem sempre conseguiram atingir seus objetivos. 
PARA SABER MAIS: 
Independência do Brasil: <https://www.youtube.com/watch?v=BzADvI7MAKg>. Acesso em: 10 abr. 2021.
Independência da América Espanhola: <https://www.youtube.com/watch?v=Dn6yt0gzxNY>. Acesso em: 10 abr. 2021.
ATIVIDADES
Leia o texto a seguir e responda às questões:
FORÇAS POLÍTICAS NO BRASIL POUCO ANTES DA INDEPENDÊNCIA E NO PRIMEIRO REINADO 
O príncipe-regente D. Pedro (Imperador do Brasil a partir de 1º de dezembro de 1822) liderou o processo de Independência e assumiu o governo posteriormente com o apoio da elite residente no Brasil. Grande parte dos homens que faziam parte da elite eram deputados e senadores nascidos no Brasil e em Portugal. Em comum tinham o fato de que defendiam seus interesses de classe social. Havia divergências políticas entre eles quanto aos rumos que o país deveria seguir. Não constituíam partidos políticos no sentido atual, apesar de, didaticamente, serem chamados de “Partido”.
PARTIDO PORTUGUÊS: Grupo composto principalmente por comerciantes portugueses interessados na manutenção dos privilégios que tinham anteriormente, funcionários públicos e oficiais do alto escalão do Exército. Defendiam o retorno de D. Pedro a Portugal.
PARTIDO BRASILEIRO: Antes da Independência, opunham-se à subordinação a Portugal. Queriam liberdade de comércio e redução de impostos. Dominado por grandes proprietários de terras. Era composto por dois grupos principais, cujos líderes eram:
José Bonifácio de Andrada e Silva: defendia a centralização do poder nas mãos do Imperador e de seus Ministros, com subordinação das províncias ao poder central e a ampliação do comércio internacional.
Joaquim Gonçalves Ledo: defendia maior poder para o Legislativo (deputados e senadores), eleição direta para deputado e limitação do poder do Imperador. 
Esses dois líderes foram responsáveis por convencer o príncipe regente D. Pedro a aderir em definitivo à causa da Independência, apesar de que foram grandes adversários políticos durante muito tempo.
Embora existissem divergências entre os “partidos”, conforme destacado acima, é importante destacar que a elite residente no Brasil - nascida aqui ou em Portugal - enxergou em D. Pedro um líder que seria capaz de manter, após a Independência, a mesma estrutura econômica de antes, baseada no latifúndio (grande propriedade rural), na agricultura exportadora, sobretudo de açúcar (Nordeste e algumas regiões de São Paulo) e no trabalho escravo. Não havia nenhum interesse em adotar a forma de governo República: D. Pedro era príncipe herdeiro de Portugal. Por isso, desde o começo de sua formação, foi educado para ser rei - e para ser um monarca absolutista, não vamos esquecer. A elite brasileira, então, mesmo divergindo sobre mais ou menos poder para D. Pedro, fez opção pela Monarquia como forma de governo, ao contrário da elite das diversas regiões da América Espanhola, chamada de elite criolla (descendente de espanhóis nascido na América), composta principalmente por grandes proprietários rurais que queriam liberdade de comércio com o exterior, sem as restrições estabelecidas pela Coroa Espanhola. Porém, nas regiões da América Espanhola não foi apenas essa elite que lutou pela Independência: as camadas populares fizeram parte do processo com suas reivindicações - terras para plantio, melhores condições de vida e trabalho e igualdade de direitos. 
Os padres Miguel Hidalgo e José Morelos começaram em 1810 no México um movimento popular de Independência, liderando tropas formadas por camponeses pobres e indígenas. Mas ainda não foi nesse momento que o México tornou-se independente, visto que tropas espanholas, com o apoio das elites locais derrotaram esses grupos populares. Hidalgo em 1811 e Morelos em 1815 foram fuzilados.
Em 1816, é proclamada a Independência da Argentina. Após, sucessivamente, até 1830, quando aconteceu a Independência do Equador, as regiões americanas colonizadas por espanhóis foram tornando-se independentes. Após o rompimento com a Espanha, adotaram a República como forma de governo.
Os principais líderes do processo de Independência das regiões da América do Sul colonizadas pela Espanha foram: Simón Bolívar (Venezuela, Colômbia, Equador e Bolívia; Peru junto com San Martín) e José de San Martín (Argentina, Chile e Peru). 
1 - (ENEM 2007) Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão internacional do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na produção, com braço escravizado importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso atrasou o desenvolvimento de nossa economia por pelo menos oitenta anos. Éramos um país essencialmente agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia confiar a trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos. O atraso econômico forçou o Brasil a voltar-se para fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que fundamentavam um padrão de vida “civilizado”, marca que distinguia as classes cultas e “naturalmente” dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que permitiam iniciar a construção de uma infra- estrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações. 
 SINGER, Paul. Evolução da economia e vinculação internacional. In: SACHS, I; WILLHEIM, J; PINHEIRO, P.S.(Orgs.). 
Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80.
Levando-se em consideração as afirmações acima, relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião da independência política (1822), é correto afirmar que o país: 
a) se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial
b) extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no trabalho livre
c) se tornou dependente da economia europeia por realizar tardiamente sua industrialização em relação a outros países 
d) se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem fazer ganhos para a infraestrutura de serviços urbanos 
e) teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários setores produtivos 
2 - (UFPE) O processo político de emancipação do Brasil desenvolveu-se dentro de condições bastante especiais, dentre as quais é correto assinalar:
a) a presença de D. Pedro I, como regente do trono, estabelecia a possibilidade de uma separação entre Portugal e Brasil, sem, contudo, romper radicalmente com o regime monárquico.
b) as primeiras notícias chegadas ao Brasil dos acontecimentos do Porto deflagraram, em todas as províncias brasileiras, movimentos de repúdio à revolução lusa, formando-se “Juntas Constitucionais”.
c) a Revolução do Porto, fundamentada em ideias liberais, tinha entre seus objetivos a reforma constitucional portuguesa e a emancipação política das suas colônias, entre elas, o Brasil.
d) nas Juntas Constitucionais formadas por brasileiros e portugueses, nas quais os brasileiros eram em maior número, havia a firme decisão de não se acatarem as resoluções tomadas pelas cortes em Lisboa, o que contrariava os interesses lusos.
e) com relação ao Brasil, os revolucionários portugueses do Porto, mantinham a coerência com os postulados liberais, mostrando-se intransigentes defensores da emancipação política brasileira.
3 - Após a leitura do texto abaixo, de autoria de Boris Fausto, historiador e professor da Universidade de São Paulo (USP), responda a questão seguinte:
(...) a emancipação do Brasil não resultou em maiores alterações da ordem social e econômica, ou da forma de governo (...)
Uma das principais razões dessa continuidade se encontra na vinda da família real para o Brasil e na formacomo se deu o processo de Independência. A abertura dos portos por parte de D. João VI estabeleceu, como vimos, uma ponte entre a Coroa Portuguesa e os setores dominantes da colônia, especialmente os que se concentravam no Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Os benefícios trazidos para a região fluminense, com a presença do rei no Brasil, vinham incentivar a expansão econômica daquela área, ligada aos negócios do açúcar, do café e do tráfico de escravizados. (...) A elite política promotora da Independência não tinha interesse em favorecer rupturas que pudessem pôr em risco a estabilidade da antiga colônia. É significativo que os esforços pela autonomia, que desembocaram na Independência, concentraram-se na figura do rei e depois na do príncipe regente. (...)
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 6ª ed. São Paulo: Edusp/Fundação do Desenvolvimento da Educação, 1998. p. 146-147. (Adaptado) 
De acordo com tudo o que você estudou sobre o processo de Independência do Brasil, o que eram as “rupturas que pudessem pôr em risco a estabilidade da antiga colônia “ ? 
A elite política promotora da Independência não tinha interesse em favorecer rupturas que pudessem pôr em risco a estabilidade da antiga colônia. É significativo que os esforços pela autonomia, que desembocaram na Independência, concentraram-se na figura do rei e depois na do príncipe regente.
4 - Leia o texto abaixo, de autoria da historiadora Maria Lígia Prado, e responda a questão que segue:
“ Liberdade, no entanto, não é um conceito entendido de forma única; tem significados diversos, apropriados também de formas particulares pelos diversos segmentos da sociedade. Para um representante da classe dominante venezuelana, Simón Bolívar, liberdade era sinônimo de rompimento com a Espanha para a formação de fulgurantes nações livres que seriam exemplo para o resto do universo. Mas, principalmente, nações livres para comerciar com todos os países, livres para produzir, única possibilidade, segundo essa visão, do desabrochar do Novo Mundo.
Já para Dessalines, o líder da revolução escrava do Haiti, (...) a liberdade, antes de tudo, queria dizer o fim da escravidão, mas carregava um conteúdo radical de ódio aos opressores franceses.(...)
Para outros dominados e oprimidos, como os índios mexicanos, a liberdade passava distante da Espanha e muito próxima da questão da terra. Na década de 1810, os líderes da rebelião camponesa mexicana, (...) Hidalgo e Morelos, clamavam por terra para os deserdados. ” 
PRADO, Maria Lígia. A formação das nações latino-americanas. São Paulo: Atual; Campinas: Editora da UNICAMP, 1986. p. 12-15.
Que fatores, nos processos de independência da América Espanhola, foram determinantes para que o conceito de liberdade não fosse entendido de uma forma única ? 
Para um representante da classe dominante venezuelana, Simón Bolívar, liberdade era sinônimo de rompimento com a Espanha para formação de fulgurantes nações livres que seriam exemplo para o resto do universo. Mas, principalmente, nações livres para comerciar com todos os países, livres para produzir, única possibilidade, segundo essa visão, desabrochar do Novo Mundo.
Foi ótimo te ensinar o conteúdo dessas seis semanas! Espero que você tenha gostado de tudo o que você aprendeu de História nesse PET.