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EXECUÇÃO PENAL 2020 CONCURSOS FEDERAIS POLICIAISAlfaCon--nova-lei-de-drogas-lei-11-343-06-conceito-antinomia-aparente-de

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AlfaCon Concursos Públicos
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou 
não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Lei De Execução Penal (Lei 7.210/84) ...........................................................................................................2
Remição .....................................................................................................................................................2
Princípio da Individualização da Pena ........................................................................................................2
Assistência ..................................................................................................................................................2
Direitos e Deveres do Preso ........................................................................................................................3
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Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins comerciais ou 
não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
Lei De Execução Penal (Lei 7.210/84)
Remição
A remição é o pagamento (quitação) antecipado da pena 
privativa de por meio diferente da prisão e pode se dar pelo 
trabalho ou pelo estudo, diferentemente da remissão que é 
sinônimo de perdão (remissão dos pecados).
O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou 
semiaberto poderá remir, por trabalho ou por estudo, parte do 
tempo de execução da pena.
Caberá remição também às hipóteses de prisão cautelar 
(preso provisório).
O condenado que cumpre pena em regime aberto ou se-
miaberto e o que usufrui liberdade condicional poderão remir, 
pela frequência a curso de ensino regular ou de educação pro-
fissional (remição pelo estudo), parte do tempo de execução da 
pena ou do período de prova. 
Contagem do Tempo de Remição
 → Remição pelo trabalho - 1 dia de pena a cada 3 dias de 
trabalho. 
 → Remição pelo estudo - 1 dia de pena a cada 12 horas de 
frequência escolar - atividade de ensino fundamental, 
médio, inclusive profissionalizante, ou superior, ou ainda 
de requalificação profissional - divididas, no mínimo, em 
3 dias; 
Nota: O tempo a remir em função das horas de estudo 
será acrescido de 1/3 (um terço) no caso de conclusão do ensino 
fundamental, médio ou superior durante o cumprimento da 
pena, desde que certificada pelo órgão competente do sistema 
de educação
Autoridade Administrativa -> Relatório Mensal -> 
Juízo Da Execução
Constitui o crime do artigo 299 do Código Penal (fal-
sidade ideológica) declarar ou atestar falsamente prestação de 
serviço para fim de instruir pedido de remição.
O juiz da execução, ouvidos o MP e a defesa, declara a 
remição.
O condenado autorizado a estudar fora do estabelecimen-
to penal deverá comprovar mensalmente, por meio de declara-
ção da respectiva unidade de ensino, a frequência e o aprovei-
tamento escolar.
Cometimento de Falta Grave
Em caso de falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 (um 
terço) do tempo remido, recomeçando a contagem a partir da 
data da infração disciplinar.
O tempo remido será computado como pena cumprida, 
para todos os efeitos. Principalmente para efeitos de benefícios 
assegurados aos presos como livramento condicional e progres-
são de regime.
OBSERVAÇÕES:
 ˃ As atividades de estudo poderão ser desenvolvidas de 
forma presencial ou por metodologia de ensino a distân-
cia e deverão ser certificadas pelas autoridades educacio-
nais competentes dos cursos frequentados. 
 ˃ Para fins de cumulação dos casos de remição, as horas 
diárias de trabalho e de estudo serão definidas de forma 
a se compatibilizarem. 
 ˃ O preso impossibilitado, por acidente, de prosseguir no 
trabalho ou nos estudos continuará a beneficiar-se com 
a remição. Salvo provocação dolosa do acidente, pois tal 
conduta configura falta grave.
 ˃ Os tribunais não tem admitido a remição ficta (remição 
dos dias da pena sem que o preso tenha trabalhado, 
alegando que não trabalhou porque o Estado não pro-
porcionou o trabalho).
Princípio da Individualização da Pena
Assistência
A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, 
objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência 
em sociedade.
A assistência estende-se ao egresso e consiste:
I. na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberda-
de;
II. na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, 
em estabelecimento adequado, pelo prazo de 2 (dois) meses.
O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorroga-
do uma única vez, comprovado, por declaração do assistente 
social, o empenho na obtenção de emprego.
NOTA: Considera-se egresso para os efeitos desta Lei:
I. o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da 
saída do estabelecimento;
II. o liberado condicional, durante o período de prova.
A assistência será:
Material
A assistência material ao preso e ao internado consistirá no 
fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiê-
nicas (AVI). 
NOTA: O estabelecimento disporá de instalações e 
serviços que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, 
além de locais destinados à venda de produtos e objetos permi-
tidos e não fornecidos pela Administração.
À Saúde
A assistência à saúde do preso e do internado de caráter 
preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, 
farmacêutico e odontológico.
Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado 
para prover a assistência médica necessária, esta será prestada 
em outro local, mediante autorização da direção do estabeleci-
mento (hipótese de permissão de saída).
Será assegurado acompanhamento médico à mulher, prin-
cipalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao recém-
nascido. 
Jurídica
A assistência jurídica é destinada aos presos e aos interna-
dos sem recursos financeiros para constituir advogado.
As Unidades da Federação deverão ter serviços de 
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assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria Pública, 
dentro e fora dos estabelecimentos penais. 
As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estru-
tural, pessoal e material à Defensoria Pública, no exercício de 
suas funções, dentro e fora dos estabelecimentos penais. 
Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apro-
priado destinado ao atendimento pelo Defensor Público. 
Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados 
Núcleos Especializados da Defensoria Pública para a prestação 
de assistência jurídica integral e gratuita aos réus, sentencia-
dos em liberdade, egressos e seus familiares, sem recursos 
financeiros para constituir advogado. 
Educacional
A assistência educacional compreenderá a instrução escolar 
e a formação profissional do preso e do internado.
O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no 
sistema escolar da Unidade Federativa.
O ensino profissional será ministrado em nível de inicia-
ção ou de aperfeiçoamento técnico.
A mulher condenada terá ensino profissional adequado à 
sua condição.
As atividades educacionais podem ser objeto de convênio 
com entidades públicas ou particulares, que instalem escolas 
ou ofereçam cursos especializados.
Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada esta-
belecimento de uma biblioteca, para uso de todas as categorias 
de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáti-
cos.
 Social
A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o 
internado e prepará-los para o retorno à liberdade.Art 23º - Incumbe ao serviço de assistência social:
I. conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames;
II. relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os pro-
blemas e as dificuldades enfrentadas pelo assistido;
III. acompanhar o resultado das permissões de saídas e das 
saídas temporárias;
IV. promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a 
recreação;
V. promover a orientação do assistido, na fase final do cum-
primento da pena, e do liberando, de modo a facilitar o seu 
retorno à liberdade;
VI. providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da 
Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho;
VII. orientar e amparar, quando necessário, a família do 
preso, do internado e da vítima.
Religiosa
A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada 
aos presos e aos internados, permitindo-se-lhes a participação 
nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como 
a posse de livros de instrução religiosa (Bíblia).
No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos 
religiosos.
Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a partici-
par de atividade religiosa.
Direitos e Deveres do Preso
 → DEVERES DO PRESO (Rol Taxativo)
I. comportamento disciplinado e cumprimento fiel da 
sentença;
II. obediência ao servidor e respeito a qualquer pessoa com 
quem deva relacionar-se; 
OBS.: O descumprimento a esse dever do inciso II consti-
tuirá falta grave.
III. urbanidade e respeito no trato com os demais condenados;
IV. conduta oposta aos movimentos individuais ou coletivos 
de fuga ou de subversão à ordem ou à disciplina;
V. execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas;
OBS.: O descumprimento a esse dever do inciso II consti-
tuirá falta grave.
VI. submissão à sanção disciplinar imposta;
VII. indenização à vitima ou aos seus sucessores;
VIII. indenização ao Estado, quando possível, das despesas 
realizadas com a sua manutenção, mediante desconto propor-
cional da remuneração do trabalho;
IX. higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento;
X. conservação dos objetos de uso pessoal.
Direitos do Preso (Rol Exemplificativo)
Impõe-se a todas as autoridades o respeito à integridade 
física e moral dos condenados e dos presos provisórios.
Constituem direitos do preso:
I. alimentação suficiente e vestuário;
II. atribuição de trabalho e sua remuneração (o trabalho é 
um dever e um direito e o seu descumprimento constitui falta 
grave);
III. Previdência Social;
IV. constituição de pecúlio;
V. proporcionalidade na distribuição do tempo para o 
trabalho, o descanso e a recreação;
Nota: A proporcionalidade poderá ser suspensa por até 30 
dias.
VI. exercício das atividades profissionais, intelectuais, artís-
ticas e desportivas anteriores, desde que compatíveis com a 
execução da pena;
VII. assistência material, à saúde, jurídica, educacional, 
social e religiosa;
VIII. proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
IX. entrevista pessoal e reservada com o advogado;
X. visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em 
dias determinados;
Observações: O direito de visita também se estende aos 
amigos. Importante notar que na prática os presos tem direito 
a visita íntima, no entanto, esse direito não está abrangido pelo 
inciso. O direito de visita também poderá ser suspenso por até 
30 dias.
XI. chamamento nominal;
XII. igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da 
individualização da pena;
XIII. audiência especial com o diretor do estabelecimento;
XIV. representação e petição a qualquer autoridade, em 
defesa de direito;
XV. contato com o mundo exterior por meio de correspondên-
cia escrita, da leitura e de outros meios de informação que não 
comprometam a moral e os bons costumes.
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Nota: O contato com o mundo exterior também poderá 
ser suspenso por até 30 dias
XVI. atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob 
pena da responsabilidade da autoridade judiciária competen-
te. 
Direito a Voto
O condenado definitivo fica com os seus direitos políti-
cos suspensos até o término da pena privativa de liberdade, 
portanto não possui direito a voto, já os presos provisórios 
possuem o direito a voto.
Anotações:
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