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Proibida qualquer tipo de reprodução, cópia, distribuição, comercialização, rateio ou compartilhamento, oneroso ou gratuito, deste material, ficando a pessoa sujeita às sanções cíveis e penais correspondentes. GERAÇÃO WI-FI: REDES SOCIAIS NA CONTEMPORANEIDADE “A nossa missão é dar às pessoas o poder de partilhar e tornar o mundo mais aberto e conectado”. Mark Zuckerberg Com o desenvolvimento das tecnologias, dando ênfase àquelas promovidas pelo uso da Internet, surgiram novas formas de relação e comunicação na sociedade. É válido destacar uma delas: as redes sociais virtuais. É impossível negar a influência que essas ferramentas digitais possuem na contemporaneidade, visto que vêm atingindo, cada vez mais, diversas esferas e campos do conhecimento. Embora muitos indivíduos ainda não façam parte desse mundo virtual, percebe-se que não só o número de pessoas conectadas cresce, a cada dia, mas também o papel das redes sociais como instrumento de lazer, comunicação, educação, trabalho e ativismo. No CAMPO EDUCACIONAL, também se observa a presença das redes sociais por meio das comunidades de debates e argumentação. Elas são canais de grande fluxo na circulação de informações, vínculos, valores e discursos sociais. Para se ter uma ideia, estima-se que, hoje, existem mais de 80 mil aplicativos educacionais. Muitos deles, inclusive, são totalmente gratuitos, o que contribui para o uso não só em sala de aula, como também fora das escolas. Durante muito tempo houve um impasse em relação ao uso de tecnologias nessas instituições. No entanto, muitos professores estão começando a perceber que as novas tecnologias podem ser verdadeiras aliadas na transmissão de conhecimento. Fascinados por elas, jovens aprendizes se rendem, de uma maneira inconsciente, aos estudos, aprofundando-se nos temas abordados e até compartilhando conhecimento com colegas de classe. Essa nova realidade tem levado países, como Estados Unidos e Inglaterra a elevarem seus gastos públicos em tecnologias. No Brasil, porém, infelizmente, os investimentos feitos não são tão significativos como deveria, tanto em tecnologias, quanto em educação. Outro campo que as redes sociais têm se propagado bastante é na esfera do TRABALHO. A exploração do nicho social networking passa a ser alvo de interesse de empresas que estão vendo, no ramo das redes sociais, um amplo espaço Comunicar-se com alguém há alguns séculos não era tão fácil quanto é hoje. Graças à REVOLUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICO- INFORMACIONAL, que ocorreu em meados do Século XX, e correspondeu ao processo de inovações no campo da informática e suas aplicações, podemos fazer isso, atualmente, de maneira prática e rápida por meio das redes sociais. Essas ferramentas, sem dúvidas, revolucionaram o modo de COMUNICAÇÃO das pessoas. Através do Skype, por exemplo, o indivíduo pode não só conversar com alguém de qualquer lugar do mundo, mas também ver essa pessoa em tempo real pela tela do computador, tablet ou smartphone. A troca de MENSAGENS INSTANTÂNEAS é constante no dia a dia das pessoas. para negociações de produtos e serviços. O potencial de relacionamentos estabelecidos nas comunidades virtuais é um forte capital social da atualidade. Muitas empresas usam esse instrumento para campanhas publicitárias, central de atendimento, entre tantas outras funções que as redes sociais desempenham. Também é válido ressaltar que não apenas grandes empresas as usam como ferramenta de trabalho. Nos últimos anos, o número de pessoas que trabalham em casa, no chamado “Home Office” e que, por meio dessas mídias digitais vendem seus produtos, tem aumentado bastante. Isso porque esses instrumentos são de fácil acesso e têm um alcance impressionante, devido ao grande número de usuários. Outra esfera que as redes sociais vêm sendo utilizadas com frequência é a ÁREA DA SAÚDE. Com o objetivo de disseminar conhecimento, elas permitem não só que as informações sejam publicadas e compartilhadas com maior facilidade, mas também proporcionam um ambiente apropriado de interação. O que se percebe é que essas comunidades virtuais têm sido utilizadas também como fonte de informação por pessoas doentes, as quais buscam, através do contato e da interação, entenderem mais sobre sua enfermidade, esclarecer dúvidas, trocar experiências e compartilhar suas angústias e sofrimentos. Ainda é preciso considerar que as redes sociais são ferramentas importantes para a saúde pública, pois são capazes de mobilizar a sociedade para parcerias e ações, no que tange à mudança de comportamento ou percepção sobre as questões públicas. A exemplo, campanhas informativas sobre a necessidade de não deixar água parada, a fim de combater o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue e da febre amarela urbana. Não podemos esquecer de falar também sobre o CIBERATIVISMO. Você sabe o que isso significa? Ciberativismo é um termo recente e consiste na utilização da Internet por grupos politicamente motivados que buscam difundir informações e reivindicações sem qualquer elemento intermediário. O objetivo é buscar apoio, debater e trocar informação, organizar e mobilizar indivíduos para ações, dentro e fora da rede. Sendo assim, as redes sociais, por sua vez, são canais por onde o ciberativismo tem se propagado cada vez mais. Com um pouco de criatividade e ousadia, busca-se mudar a realidade por meio da denúncia. Os protestos de junho de 2013 que aconteceram no Brasil é um exemplo da força que o ativismo nas redes exerce sobre um grupo. Apostando na dinâmica rede-rua, foi pelo Facebook que os organizadores do MPL (Movimento Passe Livre) conseguiram a adesão de centenas de milhares de pessoas, onde boa parte delas participaram dos protestos nas ruas de diversas capitais do país. Desse modo, é notório como as redes sociais estão presentes no cotidiano das pessoas e podem ser usadas de modo a contribuir para o bem-estar coletivo. Negar a importância dessas ferramentas é quase impossível. Pelo contrário, é preciso ser inteligente o bastante para usar esses instrumentos da melhor maneira, buscando usufruir de suas qualidades. VOCÊ SABIA que os brasileiros são líderes globais no tempo gasto nas redes sociais? De acordo com uma pesquisa divulgada pela comScore, em 2015, a nossa média é 60% maior do que o resto do Planeta. Logo atrás do Brasil vêm as Filipinas, Tailândia, Colômbia e Peru. ANOTA AÍ De acordo com uma pesquisa realizada pela publicação Você S/A, menos de 8% das empresas da atualidade afirmam não utilizar as diversas redes sociais como meio de pesquisa de candidatos, provando que ter um perfil atualizado, nos dias de hoje, é não só importante, mas também necessário; Com quase 7 anos desde que foi lançado, o Instagram já atingiu 700 milhões de usuários ativos mensais. Para efeitos de comparação, isso faz oInstagram ter mais que o dobro de usuários do Twitter, que estreou na Internet há 11 anos. No Irã, em 2009, o Twitter se mostrou um importante campo de batalha no ambiente virtual, após a reeleição suspeita de fraude do então presidente Mahmoud Ahmadinejad, que gerou protestos e confrontos com a polícia. Os iranianos utilizaram o Twitter e o YouTube para mostrar ao Mundo o que realmente estava acontecendo. Os protestos da Primavera Árabe seguiram o mesmo caminho; O Brasil é o país do continente americano com mais usuários nas redes sociais, com um total de mais de 93,2 milhões. No México, são 56 milhões, seguido da Argentina, com 21,7 milhões; DIALOGANDO MOMENTO SOCIOLÓGICO O ativismo por meio das redes sociais e da Internet vem ganhando grande destaque não só no Brasil, mas em todo o Mundo. O dialogando traz um trecho de uma entrevista, publicada no site Ciberativismo Salvador, com Bruno Vasconcelos Rodrigues Pedra. Ele é ativista de diversas causas sociais e por isso faz parte do grupo de ciberativistas de Salvador. No seu ponto de vista, qual a importância das redes sociais para o ativismo? Bruno: A importância não está só nas redes sociais, a Internet como um todo é importante, exatamente naquilo que os diferencia das mídias tradicionais. Ela distribui a voz entre os diversos usuários e não destaca apenas a “voz centralizada”, como é o caso dos grandes meios. Isso permite, primeiro, o intercâmbio de ideias, permite a troca de informações que não aconteceria de outras formas; segundo, a organização de ações práticas; e terceiro, a divulgação de suas próprias ações. Nesse sentido, as redes sociais permitem que eu saiba de algo que aconteceu em outro lugar (professores apanhando da polícia em uma manifestação no Rio, por exemplo), me organiza com meus pares, pessoas de Salvador. Por fim, permitem a publicação de vídeos e fotos para mostrar solidariedade a esses professores, por exemplo. A globalização tem expandido novas formas de cultura ao fundir produtos globais, valores e gostos com seus equivalentes locais. Segundo o sociólogo britânico Roland Robertson, essa mistura de global e local é uma distinção fundamental de sociedades modernas e está produzindo novas possibilidades criativas. A globalização faz com que ideias diferentes, formas culturais e produtos penetrem no Mundo todo. Isso inclui estilos e gêneros musicais, tendências de moda, bens de consumo, ideias e valores, entre outros. Essas formas globais são modificadas pelo contato com comunidades e indivíduos locais para se tornarem “glocalizadas”. Robertson popularizou o termo “Glocalização”. O conceito foi desenvolvido a partir de práticas de companhias transnacionais e de sua estratégia de oferecer produtos globais adaptando-se ao mercado local. Por exemplo, o McDonald’s criou vários hambúrgueres “glocalizados”, na tentativa de atrair consumidores fora dos EUA. Exemplo disso é o Chicken Maharaja Mac, na índia. Hambúrguer de frango, pois os hindus não comem carne. Sendo assim, percebe-se que as Redes Sociais impulsionam bastante essa “glocalização”, uma vez que elas são importantes ferramentas de marketing digital. BIBLIOGRAFIA @PENSAMENTOVINCULAR WWW.PENSAMENTOVINCULAR.COM LIMA, Silvana Gozi pereira; CASSIANO, Angélica Capellari Menezes. A utilização de redes sociais digitais na área da saúde: uma revisão sistemática. Disponível em: <http://periodicos.unicesumar.edu.br/index.php/saudpesq/article/view/3775/2515>. Acesso em: 25/08/2017. Leia Já. Instagram cresce rápido e alcança 700 milhões de usuários. Disponível em: <http://www.leiaja.com/tecnologia/2017/04/26/instagram-cresce-rapido- e-alcanca-700-milhoes-de-usuarios/>. Acesso em: 26/08/2017. MACHADO, Joicemegue Ribeiro; TIJIBOY, Ana Vilma. Redes sociais: um espaço para efetivação da aprendizagem cooperativa. Disponível em: <http://www.seer.ufrgs.br/renote/article/viewFile/13798/7994>. Acesso em: 25/08/2017. MARTINS, Andreia. Ciberativismo: ativismo nasce nas redes e mobiliza as ruas do mundo. Disponível em: <https://vestibular.uol.com.br/resumo-das- disciplinas/atualidades/ciberativismo-o-ativismo-da-rede-para-as-ruas-o-ativismo-da-rede-para-as-ruas.htm>. Acesso em: 25/08/2017. Revista Forbes Brasil. Brasil é o maior usuário de redes sociais da América latina. Disponível em: <http://www.forbes.com.br/fotos/2016/06/brasil-e-o-maior- usuario-de-redes-sociais-da-america-latina/>. Acesso em: 25/08/2017. O livro da sociologia – As grandes ideias de todos os tempos. São Paulo: Editora Globo, 2016. OLIVEIRA, Guilherme Fernandes de. Internet: um espaço alternativo de ativismo. Jornal mundo jovem nº 464. Março/2016. PARIS, Francisca Romana Giacometti. Liguem seus celulares, a aula vai começar. Jornal mundo jovem nº 464. Março/2016.
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