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ASPECTOS PSICOLÓGICOS: 
UM ENFOQUE NA FORMAÇÃO 
COGNITIVA AFETIVA E SOCIAL NA 
PRIMEIRA INFÂNCIA
Professores: Dra. Sonia Maria Marques Bertolini
Me. Bruno Stramandinoli Moreno 
Esp. Fabiana Nonino
Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho 
Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha
Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Pinelli
Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia
Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey
Projeto Gráfico Thayla Guimarães 
Design Educacional Rossana Costa Giani 
Design Gráfico Thayla Guimarães
DIREÇÃO
Reitor Wilson de Matos Silva 
Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho 
Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva 
Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de 
Educação a Distância; BERTOLINI, Maria Marques; MORENO, Bruno 
Stramandinoli; NONINO, Fabiana;
 
 Psicomotricidade: Aspectos Psicológicos e Motores da 
Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Maria 
Marques Bertolini; Bruno Stramandinoli Moreno; Fabiana Nonino; 
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 
 30 p.
“Pós-graduação Universo - EaD”.
 1. Psicomotricidade. 2. Aspectos Psicológicos. 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 372
CIP - NBR 12899 - AACR/2
01
02
03
04
05
sumário
09| DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E COGNITIVO DA 
CRIANÇA
15| OS FATORES DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E O 
PROCESSO DE EQUILIBRAÇÃO
17| DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL DA CRIANÇA
19| AFETIVIDADE
23| OS CONCEITOS INFANTIS DE REGRAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 • Analisar a formação do desenvolvimento afetivo, cognitivo e social.
 • Compreender as fases do desenvolvimento cognitivo.
 • Estudar as implicações da relação do desenvolvimento emocional da criança.
 • Estudar as implicações da relação do desenvolvimento afetivo social da 
criança.
 • Estudar as implicações da relação do desenvolvimento infantil e regras da 
criança.
PLANO DE ESTUDO
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 • Desenvolvimento intelectual e cognitivo da criança
 • Os fatores de desenvolvimento cognitivo e o processo de equilibração
 • Desenvolvimento emocional da criança
 • Afetividade
 • Conceitos infantis de regras
ASPECTOS PSICOLÓGICOS: UM ENFOQUE NA 
FORMAÇÃO COGNITIVA AFETIVA E SOCIAL NA 
PRIMEIRA INFÂNCIA
INTRODUÇÃO
O desenvolvimento cognitivo e psicológico da criança vem sendo analisando e es-
tudado através dos anos e tornou-se objeto importante compreender como uma 
infância saudável influencia a formação de adultos capazes de compreender seus 
sentimentos construindo assim um processo de existência saudável e de forma au-
tônoma e independente.
Desta forma, é fundamental para os profissionais ligados à infância o conhecimento
 • Afetividade
 • Conceitos infantis de regras do processo de desenvolvimento infantil que 
também passa pelo desenvolvimento cognitivo afetivo e psicológico, con-
tribuindo para o desenvolvimento pleno das crianças.
Para os educadores é de suma importância conhecer o desenvolvimento psicológico 
e cognitivo das crianças, não só no que se refere às suas fases, mas também ao me-
canismo pelo qual ele acontece. Os conhecimentos atuais sobre o desenvolvimento 
psicológico e cognitivo tem sua origem nas pesquisas de Jean Piaget; a teoria do 
desenvolvimento foi construída ao longo de 60 anos de estudos e representa hoje 
o ponto de partida de inúmeros trabalhos e é completamente indispensável para 
compreender as crianças. A posição piagetiana mudou muito a concepção do de-
senvolvimento infantil e é o que nos norteia ao nosso estudo.
Pós-Universo 7
A criança ao nascer comporta-se basicamente por uma série de condutas refle-
xas como sugar, chorar, agarrar e outras, e a partir desse momento irão se produzindo 
por diferenciação outras condutas mais complexas que são chamadas de “esquemas”, 
ou seja, unidades básicas da atividade mental. Esse processo de diferenciação é re-
sultado da adaptação do organismo ao meio, a qual lhe permite sobreviver quando 
há mudanças nas condições ambientais.
O educador precisa, então, conhecer como se processa o desenvolvimento psi-
cológico e cognitivo, mas o importante é entender, antes de tudo, o processo no seu 
conjunto, compreender como se processa a passagem das etapas iniciais, as etapas 
finais e como se dá o aumento dos conhecimentos e da formação de novas estruturas.
Pós-Universo 8
Pós-Universo 9
DESENVOLVIMENTO 
INTELECTUAL E 
COGNITIVO DA 
CRIANÇA
Nossos estudos serão baseados nos estudos de Piaget sobre como a criança desen-
volve sua inteligência e como esse processo influencia os aspectos afetivos e sociais.
Jean Piaget (1998) acreditava que a experiência ativa com o mundo é essencial 
para o desenvolvimento cognitivo, na qual as crianças constroem seu mundo ao 
ordenar o material bruto que lhe é fornecido pelo som, cheiro ou visão.
Piaget atribui também uma grande importância à maturação do sistema nervoso 
e a adaptação da criança ao meio em que vive.
Portanto, Piaget (1998) divide o desenvolvimento em períodos de acordo com 
o aparecimento de novas qualidades do pensamento caracterizando aquilo que o 
sujeito consegue fazer de melhor em cada faixa etária. Piaget acreditava que o co-
nhecimento de como acontece o desenvolvimento da criança em cada etapa facilita 
a prática pedagógica.
Os estágios do desenvolvimento segundo Piaget serão estudados a seguir.
Estágio de Desenvolvimento 
Cognitivo Sensório - Motor
As realizações do bebê consistem em grande parte na coordenação de suas percep-
ções sensoriais e em comportamentos motores simples que acontece por meio de 
seis subestágios. No período sensório motor, os bebês reconhecem a existência de 
um mundo por meio da percepção e dos movimentos e começam a interagir com ele.
Pós-Universo 10
As principais características dos subestágios do período sensório motor são:
1º subestágio: 0 a 1 mês: esquema de reflexos exercitados, ou seja, todos os 
movimentos que a criança faz é puramente reflexo o virar involuntário da 
cabeça, a sucção, os movimentos de agarrar e de olhar. Quando um bebê é 
estimulado seus reflexos respondem. Vamos ver um exemplo: Quando um 
estímulo é colocado na boca da criança automaticamente entra o reflexo 
de busca, ou seja, o bebê busca com seus lábios esse estímulo e também 
automaticamente suga esse estímulo que pode ser o dedo da mão ou o 
leite que é o seu alimento essencial, crianças que não apresentam esses re-
flexos necessitam de ajuda para se alimentar esses reflexos estão ligados à 
sobrevivência do bebê.
2º subestágio: 2 a 4 meses: chamados de reações circulares primárias: o bebê 
promove com seu corpo repetições agradáveis de algumas ações. Começa 
a desenvolver a coordenação entre a audição e a visão, ocorrendo a discri-
minação entre os sons, isto fica evidente quando as crianças começam a 
mover sua cabeça em direção aos sons.
3º subestágio: 4 a 8 meses: chamada de reações circulares secundárias: o 
bebê inicia uma consciência ainda que ampliada dos efeitos das próprias 
ações sobre o ambiente. O comportamento da criança orienta-se progres-
sivamente para outros objetos e eventos além do seu próprio corpo.
4º subestágio: 8 a 12 meses: coordena as ações circulares secundárias e 
combina os esquemas para atingir um efeito desejado. É a primeira forma 
de resolução de problemas do ser humano. A criança apresenta a capacida-
de de combinar comportamentos já adquiridos com o objetivo de realizar 
uma ação.
5º subestágio: 12 a 18 meses: reações circulares terciárias com variação de-
liberada dos meios de resolução de problemas, experimentaçãopara ver 
as consequências.
6º subestágio: 18 a 24 meses: inicia a representação simbólica, as imagens 
e as palavras passam a representar objetos familiares, invenção de novos 
meios de resolução de problemas por meio de combinações simbólicas.
Pós-Universo 11
No período sensório-motor a criança conquista o seu universo e o desenvolvimen-
to motor acontece de forma acelerada e é suporte para os aparecimentos de novas 
habilidades como sentar, andar, sendo capaz de realizar uma diferenciação progres-
siva entre o seu eu e o mundo exterior.
Os aspectos cognitivos do desenvolvimento sensório motor evoluem à medida 
que a criança age sobre o meio. As ações infantis são espontâneas e a motivação 
para uma dada ação é interna.
Estágio do Desenvolvimento Cognitivo Pré-Operatório 
de Piaget (2 a 6 anos)
O período pré-operatório realiza a transição entre a inteligência sensório-motora e a 
inteligência representativa. Essa passagem não ocorre de forma brusca, mas sim de 
transformações lentas e sucessivas. Ao atingir o pensamento representativo a criança 
precisa reconstruir o objeto, o tempo, o espaço, as categorias lógicas de classes e re-
lações nesse novo plano de representação. Essa reconstrução vai dos 2 aos 12 anos, 
abrangendo os estágios pré-operatório e operatório concreto.
Esta fase é marcada em especial, pelo aparecimento da linguagem oral, o que 
permitirá à criança dispor além da inteligência prática construída na fase anterior, 
possibilita ter esquemas de ação interiorizados chamados de esquemas representa-
tivos ou simbólicos.
A linguagem oral abre para as crianças possibilidades que não existiam antes. A 
internalização do comportamento por meio da representação facilitada pela lingua-
gem acelera o ritmo com que as experiências ocorrem. Dos dois anos aos quatro anos 
a fala é caracterizada por uma fala egocêntrica, ou seja, sem intenção de comunica-
ção, apenas a fala por si só sem intenção de manter um diálogo por volta dos seis 
anos a linguagem torna-se intercomunicativa envolvendo troca de ideias.
A primeira etapa da reconstrução que a criança faz nessa fase, é dominada pela re-
presentação simbólica. A criança não pensa, no sentido estrito desse termo, mas ela vê 
mentalmente o que evoca. O mundo para ela não se organiza em categorias lógicas gerais, 
mas distribui-se em elementos particulares, individuais, em relação com sua experiência 
pessoal. O egocentrismo intelectual é a principal forma assumida pelo pensamento da 
criança neste estágio. Seu raciocínio procede por analogias, por transdução, uma vez que 
lhe falta a generalidade de um verdadeiro raciocínio lógico (CAVICCHIA, 1996).
Pós-Universo 12
Portanto, o pensamento pré-operatório indica a inteligência com ações mentais o 
que chamamos de pensamento egocêntrico, ou seja, pensamento centrado no ego 
no qual a criança está centralizada nela mesma e no seu mundo, sendo difícil para 
a criança colocar-se no lugar do outro e entender que o outro também tem senti-
mentos e necessidades.
Outra característica desse estágio é a atribuição da forma humana a objetos e 
animais, como por exemplo, as nuvens podem ser vistas como animais ou rostos. 
Falta-lhe a reversibilidade que é uma condição de pensamento para que haja uma 
operação.
Piaget (1998) enfatiza que nesta fase observa-se uma habilidade física cada vez 
maior, uma confiança na aparência cada vez menor e uma maior atenção a qualida-
des com grande destaque ao papel dos companheiros.
A criança compreende de seriação, conservação e inclusão, parece prestar menos 
atenção a propriedades superficiais dos objetos. Na relação com os amigos as crian-
ças se envolvem em monólogos coletivos em vez de diálogos e tem dificuldade 
em levar em conta o conhecimento do ouvinte para se comunicar eficientemente. 
Veem a moralidade como imposta de fora e não levam em consideração as inten-
ções. Parece haver uma espécie de mudança nas estruturas básicas do pensamento 
da criança refletida em todos os aspectos do seu funcionamento.
Entre os cinco e sete anos, período geralmente chamado de intuitivo, ocorre uma 
evolução que leva a criança, pouco a pouco a maior generalidade. Seu pensamen-
to agora é sobre configurações representativas de conjunto mais amplas, mas ainda 
está dominada por elas.
O pensamento da criança entre dois e sete anos é dominado pela representação 
imagística de caráter simbólico. A criança trata as imagens como verdadeiros subs-
titutos do objeto e pensa efetuando relações entre imagens. A criança é capaz de, 
em vez de agir em atos sobre os objetos, agir mentalmente sobre seu substituto ou 
imagem, que ela nomeia.
Pós-Universo 13
Estágio do Pensamento Operatório 
Concreto de Piaget (6 a 12 anos)
É o início da construção lógica, a capacidade da criança estabelecer relações que 
permitam a coordenação de pontos de vistas diferentes. Se tornam capazes de rea-
lizar operações concretas ações internalizadas que se ajustam a um sistema lógico.
No plano afetivo, significa que ela será capaz de cooperar com o outro, trabalhar 
em grupo e ter autonomia pessoal e no plano intelectual surge uma nova capacida-
de: consegue realizar uma ação física ou mental dirigida para um objetivo e revertê-la 
para o início. Ao que se refere aos novos aspectos do pensamento a criança conse-
gue perceber e considerar mais de um atributo de um objeto de uma vez e forma 
categorias de acordo com critérios múltiplos:
 • Entendem que algumas propriedades de um objeto vão permanecer as 
mesmas, mesmo quando outras são alteradas.
 • Adquirem a convicção de que é necessário que algumas qualidades sejam 
conservadas, apesar de mudanças aparentes. Comparam mentalmente as 
mudanças em dois aspectos de uns problemas e percebem como uma 
compensa a outra.
 • Entendem que algumas operações podem negar ou reverter os efeitos de 
outras.
 • Conseguem se comunicar de maneira eficaz, e pensar como os outros a 
percebem e entendem que uma pessoa pode sentir de uma maneira e agir 
de outra.
 • Conseguem regular suas interações umas com as outras, e brincar com 
jogos baseados em regras.
 • Julgam os comportamentos e levam em conta as intenções.
Pós-Universo 14
Estágio Operatório Formal (12 anos 
em diante)
Neste período operatório formal as estruturas cognitivas da criança estão mais maduras. 
Acontece a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstra-
to, pois passa a dominar progressivamente a capacidade de abstrair e criar ideias 
sobre o mundo.
Atinge o equilíbrio entre o pensamento e a realidade e compreende a importân-
cia da reflexão para sua ação sobre o mundo real no qual o raciocínio é baseado em 
hipóteses verbais e não mais somente em objetos.
As principais características desse estágio são raciocínio hipotético dedutivo, ra-
ciocínio sobre o real e o possível e operações lógicas proposicionais.
Sendo assim, é possível concluir que, sob a ótica piagetiana, a inteligência se 
constrói a partir da atividade motriz das crianças. Nos primeiros anos de vida, até os 
sete anos, aproximadamente, a educação da criança é psicomotriz. Todo o conheci-
mento e a aprendizagem centram-se na ação da criança sobre o meio, e as demais 
experiências por meio de sua ação e movimento.
Fonseca (2004) afirma que o indivíduo não é feito de uma só vez, mas se cons-
trói, mediante a interação com o meio e de suas próprias realizações.
É entendido que o bom desenvolvimento da afetividade é expresso por meio 
da postura, das atividades e do comportamento. Por exemplo, uma criança muito 
introvertida, acaba apresentando insegurança e falta de espontaneidade, tem a ten-
dência de fechar também seu corpo, de não expressar seus sentimentos, vontades, 
ideologias e até mesmo os seus medos. Diferentemente daquela criança extroverti-
da, que se mostra alegre, comunicativa, confiante, que gosta e consegue demonstrar 
seus sentimentos, conceitos, opiniões. Provavelmente, a segunda criança citada terámaior chance de progredir em seus estudos e na vida social.
Pós-Universo 15
OS FATORES DO 
DESENVOLVIMENTO 
COGNITIVO E O PROCESSO 
DE EQUILIBRAÇÃO
Para compreender melhor o raciocínio de Piaget sobre o desenvolvimento do pensa-
mento racional é preciso entender os fatores considerados por ele como responsáveis 
por tal desenvolvimento. É sobre isso que trataremos nesta aula.
Fatores Gerais do Desenvolvimento 
das Funções Cognitivas
Podemos identificar quatro fatores gerais do desenvolvimento das funções cognitivas: 
maturação do sistema nervoso central, experiência adquirida, interações e transmis-
sões sociais e equilibração. Vamos abordá-los a partir de agora.
1º fator – maturação do sistema nervoso central
Como aprendemos na Unidade I a maturação do sistema nervoso central contribui 
também para o desenvolvimento cognitivo da criança. Essa maturação abre possi-
bilidades, aparecendo como condição necessária para o desenvolvimento de certas 
condutas. Portanto, a maturação é um fator necessário principalmente dando às 
crianças possibilidades de novas experiências.
2º fator – experiência adquirida
A experiência é adquirida a partir da ação sobre os objetos e acontecimentos. A ex-
periência apresenta dois pontos que se diferenciam: primeiro a experiência física, 
que consiste em agir sobre os objetos para abstrair suas propriedades e a experiência 
Pós-Universo 16
lógico-matemática, que consiste no agir sobre os objetos para conhecer o resultado 
da coordenação das ações.
O exercício da experiência implica na presença de objetos sobre os quais a ação 
é exercida, mas não implica necessariamente que todo o conhecimento seja extraído 
destes objetos. O exercício tem um efeito positivo na consolidação, quer dos refle-
xos quer das operações intelectuais, que podem ser aplicadas a objetos.
Quanto à experiência propriamente dita, no sentido de aquisições de conheci-
mento do novo por meio da manipulação dos objetos, é preciso considerar os dois 
aspectos indicados desta experiência, ou seja, a experiência física e a experiência ló-
gico-matemática que expressam a complexidade desse fator.
3º fator – interações e das transmissões sociais
A interação social é outro fator importante para o desenvolvimento cognitivo, ou seja, 
o intercâmbio de ideias entre as pessoas. Os conceitos ou esquemas que a criança 
desenvolve podem ser classificados entre aqueles que sensorialmente têm referen-
tes físicos, ou seja, podem ser vistos, ouvidos e sentidos; e aqueles que não têm tais 
referentes. O conceito de algo, por exemplo, de uma árvore tem referentes físicos já 
o conceito honestidade não tem, uma criança pode desenvolver um conceito so-
cialmente aceitável de árvore relativamente independente dos outros, mas a mesma 
criança não pode desenvolver um conceito aceitável de honestidade independen-
te dos outros.
À medida em que os conceitos são arbitrários ou socialmente definidos, a criança 
depende da interação social para a construção e validação dos conceitos.
4º fator – equilibração
A construção do conhecimento vai ocorrendo à medida que as crianças vão tendo 
experiências. A equilibração é o regulador que permite que novas experiências sejam 
incorporadas com sucesso aos esquemas.
Portanto, concluímos que quatro são os fatores necessários para o desenvol-
vimento cognitivo: maturação, experiência, interação social e equilibração, porém 
somente a interação entre eles oferece a condição suficiente para um plano de de-
senvolvimento cognitivo.
Pós-Universo 17
DESENVOLVIMENTO 
EMOCIONAL DA CRIANÇA
A primeira infância que corresponde à fase do desenvolvimento que abrange entre zero 
e seis anos de idade, tem atualmente cada vez mais abordada e estudada nas diferentes 
áreas como psicólogos, educadores, e outros que chegaram a um consenso quanto ao de-
senvolvimento da primeira infância, ou seja, defendem essa fase, como primordial, na qual 
a criança arquitetará uma base que a favorecerá por toda a sua existência (UNESCO, 2000).
As etapas do desenvolvimento emocional pelas quais uma criança passa desde 
a sua concepção até seis anos é algo extremamente fascinante. As etapas represen-
tam período de passagem que levam ao agrupamento de experiências vividas. Cada 
etapa é marcada por acontecimentos particulares que desde o início trazem consigo, 
na bagagem genética da célula, valores biofisiológicos, emocionais, afetuosos e in-
telectuais. E são esses valores que serão impressos para todas as demais células do 
corpo durante todo o processo de desenvolvimento e que, aos poucos, irão sendo 
acrescidos das experiências que a criança vivenciar (LELOUP, 1998).
Vamos estudar algumas etapas que são relevantes para os educadores que traba-
lham com crianças da educação infantil e os primeiros anos do ensino fundamental:
1ª Etapa – sustentação: É a primeira etapa do desenvolvimento que tem seu 
início na fecundação e se estende durante todo o tempo de aleitamento materno.
2ª Etapa – produção: A etapa de produção se inicia com o desmame e se estende 
até o final do 3º ano de vida ou para algumas crianças, pode até mesmo advir um 
pouco antes. Nessa fase, a força da criança está diretamente envolvida à construção 
de pensamentos, de gestos, de brincadeiras, de jogos, de relacionamentos.
O corpo armazena todos os fatos vividos na vida, sobretudo os ocorridos na 
primeira infância, quando as formas para se defender ainda são hipotéticas. 
Você sabia que tais episódios, quando estressantes e traumáticos, muitas 
vezes deixam no corpo marcas profundas e irreversíveis?
Fonte: LELOUP, 1998.
reflita
Pós-Universo 18
Acontece antes do desenvolvimento da autoconsciência, o que lhe permite de-
senvolver a habilidade de adiantar os eventos como, por exemplo, não se sentir 
desamparada pelos pais quando eles saem, porque sabe que eles irão voltar. É também 
nessa etapa que a criança imita os pais em busca de modelos. É curiosa e busca des-
vendar tudo o que está à sua volta, rejeitando ser ajudada. A frustração e o receio do 
castigo nessa etapa bloqueiam a espontaneidade da criança, deixa-a numa posição 
de submissão ao genitor que a frustra e limita às rotinas cotidianas.
Outra característica dessa etapa é a evolução do brincar simples e repetitivo para 
o brincar construtivo. A criança demonstra interesse pelos jogos imaginativos e mais 
tarde, o interesse se volta para os jogos mais formais, com regras. É comum o surgi-
mento de amigos imaginários, principalmente em primogênitos e filhos únicos.
3ª Etapa – identificação: É a partir do quarto ano de vida que se inicia a etapa 
que a criança está hábil a fazer identificações. Esta etapa se estende até o final do 
quinto ano de vida. É a etapa em que a energia volta-se para a descoberta dos ge-
nitais e a criança passa a distinguir a diferença entre menino e menina e a ter um 
conceito seguro quanto ao sexo que pertence.
Nessa etapa, a criança também passa por momentos de individualidade. Quer 
brincar sozinha, não quer mais ficar no colo dos pais, quer desmontar os brinquedos 
para montar de outra forma. Aos poucos, aprende a compartilhar, saindo do campo 
familiar e voltando-se cada vez mais para o campo social.
4ª Etapa – estruturação e formação do caráter: Essa etapa tem início aos 
cinco anos de vida e se estende durante toda a puberdade, até o início da adoles-
cência. É a etapa em que a formação da estrutura básica de caráter se completa.
O desenvolvimento neste período depende das oportunidades que lhes forem 
oferecidas, no qual o indivíduo vai se constituindo como ser humano, portanto, é 
imprescindível valorizar todos os estímulos possíveis, inclusive o motor para que as 
crianças construam tais habilidades desde os primeiros meses de vida e que serão 
fundamentais para um crescimento saudável.
Uma vez que conhecemos as etapas de desenvolvimento emocional da criança 
e as características principais, vamos discutir outro tema relevante nessa reflexão. 
Estamos falandoda afetividade, a ser tratada na próxima aula.
Pós-Universo 19
AFETIVIDADE
A afetividade é um assunto que vem sendo bastante debatido nos meios educacio-
nais. No ambiente escolar, há um consenso entre educadores com base nas principais 
teorias do desenvolvimento sobre a importância da qualidade das primeiras relações 
afetivas da criança. A afetividade implica diretamente no desenvolvimento emocio-
nal e afetivo, na socialização, nas interações humanas e, sobretudo na aprendizagem.
Vygostsky (2003) classifica os afetos em:
1. positivos - relacionados a emoções positivas de alta energia, como o en-
tusiasmo e a excitação; e de baixa energia como a calma e a tranquilidade;
2. negativos – que, por sua vez, estão ligados às emoções negativas como 
a ansiedade, a raiva, a culpa e a tristeza.
As emoções e os sentimentos dos alunos não se dissociam no processo ensino-apren-
dizagem, já que favorecem ou não o desenvolvimento cognitivo.
Pós-Universo 20
Ainda segundo o mesmo autor, o desenvolvimento afetivo depende dentre outros 
fatores da qualidade dos estímulos do ambiente para que satisfaçam as necessida-
des básicas de afeto, apego, desapego, segurança, disciplina e comunicação, pois é 
nessas situações que a criança estabelece vínculos com outras pessoas.
A perspectiva piagetiana, o desenvolvimento intelectual é considerado como 
tendo dois componentes: um cognitivo e outro afetivo. Afeto inclui sentimentos, in-
teresses, desejos, tendências, valores e emoções e para Piaget o afeto se desenvolve 
por meio das relações da criança com outras crianças e adultos (WADSWORTH, 1997).
O mesmo autor relata que para o desenvolvimento intelectual dois aspectos do 
afeto são importantes, a motivação e o outro aspecto tem a ver com a seleção, ou 
seja, a atividade intelectual é sempre dirigida para objetos ou eventos de interesse, 
na visão piagetiana esta seleção não é provocada pelas atividades cognitivas, mas 
pela afetividade, neste caso o interesse.
A Afetividade e o Processo de 
Ensino-Aprendizagem
O aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelec-
tual, ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento intelectual, ele atua 
de forma determinante sobre que conteúdos a atividade intelectual se concentrará.
Piaget (1998) destaca que no tocante à afetividade, quando sob a ótica do pro-
cesso de ensino-aprendizagem, emergem as funções neurossensório-motoras, tais 
como a sensação, a percepção e a emoção. Porém, ainda confusas para as crianças, 
por ser uma fase de desenvolvimento, é o momento ideal para haver a intervenção 
do professor para ajuda-las a discriminar entre o quê entender ser que é e sua expe-
riência. Isto implica dizer que a qualidade da afetividade na relação professor-aluno 
terá impacto direto para o processo ensino-aprendizagem e para o desenvolvimen-
to da criança.
O desenvolvimento da afetividade, frente ao processo de ensino-aprendizagem 
têm considerar três aspectos: o emocional, o cognitivo e o comportamental (COSTA 
E SOUZA, 2006). Como são processos interdependentes, implicam na capacidade da 
criança quanto à identificação e expressão de sentimentos, ao adiamento de satisfa-
ções, ao controle de impulsos e a redução de tensões.
Pós-Universo 21
Até que ponto episódios de bullying estão associados à afetividade e in-
fluenciam o processo de ensino aprendizagem da criança?
Fonte: elaborado pelas autoras.
reflita
Diferenciar o agir e do sentir é a primeira tarefa a ser empreendida pela criança, e em 
seu processo de desenvolvimento. Pois assim conseguirá ler e interpretar indícios 
sociais, compreender a expectativa do outro, de modo a conseguir resolver proble-
mas, aprender a ter expectativas realistas sobre si e estabelecer uma compreensão 
saudável das normas de comportamento.
É importante não perder de vista que ao ser inserida no processo formal de educa-
ção a criança inicia um outro processo de desenvolvimento o da comunicação que 
não a oral, pois aprenderá novos gestos e expressões faciais. Sofrendo a influência 
e interagindo com as outras pessoas, suas emoções, negativas e positivas, e apren-
dendo a se manifestar, em seus ideias e pensamentos.
Mas porque a afetividade é tão importante no processo educativo? Existem duas 
razões iniciais a destacarmos: a capacidade de manipular a realidade e ser estimu-
lada quanto à função simbólica. As autoras destacam que a afetividade tem relação 
direta com a construção da autoestima e das estratégias de interação da criança com 
os outros (alunos e professores). O professor que não considera a afetividade com 
seus alunos pode se colocar em uma posição vulnerável (tanto para si quanto para 
seu aluno).
Outro aspecto importante a ser considerado é a motivação para aprender. Se 
o professor oferta o máximo de incentivos (estimulação externa à criança) possí-
veis, conforme Saltini (1999), haverá algo provocado internamente e próprio de cada 
criança.
Pós-Universo 22
Pós-Universo 23
OS CONCEITOS 
INFANTIS DE REGRAS
Nesta aula vamos abordar a maneira como as crianças nessa etária entendem e arti-
culam as regras. É um processo em que no primeiro momento tais regras inexistem, 
até chegar em uma etapa na qual as crianças percebem a necessidade delas.
Para a observação de como as crianças nessa fase entendem as regras, vamos 
recorrer ao estudo de Piaget sobre as regras do jogo de bola de gude no qual ele 
observou o comportamento de crianças durante um jogo de bolas de gude e iden-
tificou quatro níveis gerais no desenvolvimento do conhecimento infantil sobre as 
regras de um jogo: níveis que vão desde do controle Motor, inicialmente, passando 
pelo nível do Egocentrismo, o nível da Cooperação , e chegando, finalmente, no 
nível da Codificação das Regras.
Motor
No primeiro nível de compreensão das regras, a criança não apresenta nenhuma 
noção de regras. Durante os primeiros anos de vida, frequentemente estendendo-
-se até o estágio pré-operacional do desenvolvimento cognitivo, o jogo é jogado de 
acordo com o hábito e o desejo da criança, durante esse período a criança brinca 
consigo mesma, a atividade não é social, os brinquedos são basicamente objetos para 
serem explorados, o prazer da criança vem principalmente da manipulação motora.
Egocêntrico
Dos dois aos cinco anos as crianças adquirem a consciência da existência de regras e 
começam a querer brincar com outras crianças normalmente mais velhas, as crianças 
mais novas começam a imitar a forma de brincar ou jogar das crianças mais velhas porém 
aquela criança ainda cognitivamente egocêntrica continua a brincar sozinha. A brincadeira 
em grupo caracteriza-se pela falta de qualquer interação social ou verdadeira cooperação.
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Cooperação
A cooperação social nos jogos ou brincadeiras não acontece antes dos sete ou oito 
anos, normalmente, em torno dessa idade há uma nítida compreensão de regras.
Codificação das Regras
Por volta dos onze ou doze anos de idade a maior parte das crianças entendem que 
as regras são ou podem ser feitas pelo grupo que podem ser mudadas, mas as reco-
nhecem como necessárias para haver um jogo.
Ao chegar ao final destes encontros, é significativo olhar para os temas tratados e 
perceber a dimensão que eles têm para as reflexões a respeito da formação cognitiva 
afetiva e social na fase da primeira infância. Certamente aspectos como desenvolvi-
mento emocional, intelectual e cognitivo, afetividade e regras são muito pertinentes 
e devem ser aprofundados por todos quantos estudam essa disciplina. Até a próxima!
Para compreender o desenvolvimento social das crianças com base em 
regras, vale a pena conferir o ensaio dos professores Gerson Reiter e Simone 
Adrian Oelke intitulado “Os jogos de regras no desenvolvimento social das 
crianças” e publicado na revista digital EFDeportes. Ali, os autores comentam 
a respeito do desenvolvimento de uma escala de valores de internalização 
de regras, as quais em primeirolugar são transmitidas pelos pais e posterior-
mente pela escola e pelo contato com os colegas. É dessa experiência com 
os grupos que elas aprendem a respeito da necessidade de regras. Reiter 
e Oelke também destacam que as crianças constroem regras quando se 
põem no lugar do outro e percebem o ponto de vista e os sentimentos dele.
Fonte: Raiter e Oelke (2011).
saiba mais 
atividades de estudo
1. Analise o excerto a seguir:
O aspecto ____________________ tem uma profunda influência sobre o desen-
volvimento intelectual, ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento 
intelectual, ele possui impacto determinante sobre que conteúdos a atividade in-
telectual se concentrará.
A alternativa que preenche corretamente a lacuna é:
a) Afetivo.
b) Social.
c) Motor.
d) Biológico.
e) Espiritual.
2. Analise o excerto a seguir:
Educar não implica, necessariamente, estimular todas as capacidades de uma criança 
e depois de um jovem. O que é mais importante é o estabelecimento da hierarquia, 
a professora não é uma “tia”, mas sim uma referência de autoridade. Cabe à família a 
oferta de _____________________ à criança. A responsabilidade em si da forma-
ção do caráter e ética é restrita ao núcleo familiar.
A interação entre a escola e a família compõe um contexto singular para formação 
e desenvolvimento da criança. Assinale a alternativa que preenche corretamente a 
lacuna.
a) Afetividade.
b) Socialização.
c) Motricidade.
d) Maturidade.
e) Sensibilidade.
atividades de estudo
3. O período sensório-motor possui alguns subestágios, os quais apresentam cara-
terísticas específicas. Com base nisso, relacione os subestágios com as descrições 
correspondentes.
(1) 0 a 1 mês
(2) 2 a 4 meses
(3) 4 a 8 meses
(4) 8 a 12 meses
(5) 12 a 18 meses
(6) 18 a 24 meses
( ) A criança apresenta a capacidade de combinar comportamentos já adquiridos 
para realizar uma ação
( ) Todos os movimentos da criança são puro reflexo
( ) O comportamento da criança se orienta progressivamente para outros objetos 
e eventos além do próprio corpo.
( ) Coordenação entre a audição e a visão começa a ser desenvolvida
( ) Imagens e palavras passam a representar objetos familiares
( ) Há a experimentação da criança para ver as consequências
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) 2 – 4 – 6 – 1 – 5 – 3.
b) 4 – 1 – 3 – 2 – 6 – 5.
c) 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6.
d) 6 – 3 – 1 – 4 – 5 – 2.
e) 3 – 6 – 2 – 5 – 1 – 4.
resumo
Neste estudo construímos a compreensão de que a criança:
1º) tem seu desenvolvimento interligado em todos os seus aspectos: motor, afetivo cognitivo e 
psicológico. Este conhecimento embasa a ideia de que a fase que a criança se encontra vai deter-
minar o tipo de estimulação necessária a ser ofertada (pelo ambiente, educador, escola família), 
de acordo com sua maturidade motora, cognitiva e afetiva;
2º) ao ser enxergada em todos os seus aspectos, precisa ser estimulada a fim de mitigar dificul-
dades motoras, pois estas trarão prejuízos na aquisição do conhecimento e dos pré-requisitos 
para seu futuro acadêmico, assim como dificuldades no campo afetivo interferem também no 
processo de construção dessa criança como ser humano, logo será preciso equacionar as tríades 
Motricidade-Inteligência-Emoções e Indivíduo-Família-Escola;
3º) precisar ser respeitada em seu desenvolvimento, através da estimulação de suas potencia-
lidades, e sendo auxiliada na superação de suas dificuldades. Esta é a premissa básica para se 
estruturar qualquer processo educativo, ou mesmo qualquer ação que se preste a atender a 
aprendizagem humana.
No “frigir dos ovos”, através dos debates travados até o presente momento, é possível apreender 
alguns entendemos para as discussões propostas na disciplina de Psicomotricidade:
 • os movimentos, expressam sentimentos de prazer, frustração, desagrado, euforia, e se apre-
sentam como sendo a dimensão manifesta de um estado emocional;
 • quanto à afetividade, há a construção de uma memória, em que são abarcados desde os 
gestos iniciais da criança até suas escolhas (de agir ou não) quando indivíduo adulto, pois 
em seu corpo já há a dominância de preferências posturais e de formas de expressão de 
sentimentos;
 • gradativamente a criança irá conduzir-se com mais segurança no meio ambiente o qual 
esteja inserida, e desta forma, movimentar-se-á adequando-se dentro de todo o processo 
educativo a qual esteja submetida.
material complementar
LIVRO
Título: Psicomotricidade: Corpo Ação e Emoção
Autor: Fátima Alves
Editora: WAK
Sinopse: Quando falamos de psicomotricidade não podemos esquecer 
que toda ação humana envolve várias atividades que se complemen-
tam. Trazer o enfoque emocional para os estudos psicomotores não é uma tarefa fácil, porém, 
quando Fátima Alves trata do assunto percebemos que, impossível seria fragmentar o ser ao es-
tudarmos as atividades motoras em separado.
Em Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção, a autora apresenta um estudo integrado, mos-
trando como pode ser útil conhecer e aplicar a psicomotricidade no dia-a-dia. Percebemos que 
a psicomotricidade está presente nos movimentos mais simples e naturais, e ao conhecer seus 
mecanismos podemos ajudar nossos filhos e alunos a terem uma vida melhor, com confiança e 
aumento da autoestima.
Neste livro, também encontramos o estudo teórico sobre a psicomotricidade e a sua aplicação. 
Com exercícios práticos, notamos a importância de usar a psicomotricidade para motivação dos 
alunos e apoio, evitando muitas dificuldades escolares a obra ainda contém métodos e técnicas 
de avaliação psicomotora.
Escrito por uma especialista no assunto, esta obra é fundamental para você acadêmico que quer 
ampliar seus conhecimentos sobre psicomotricidade aliando ações do corpo com a afetividade. 
Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção, mostra que o bom desenvolvimento psicomotor é im-
portante para fazer com que a criança melhore seu desempenho escolar e crie confiança em si, 
aprimorando sua autoestima.
referências
CAVICCHIA, D.C. Psicopedagogia na Instituição educativa: a creche e a pré-escola. In: SISTO, F.F. 
(org.). A atuação psicopedagógica escolar. Petrópolis: Vozes, 1996.
FONSECA, V. Psicomotricidade: perspectivas multidisciplinares. Porto Alegre: Artmed, 2004.
LELOUP, J. Y. O corpo e seus símbolos: uma antropologia essencial. Petrópolis: Vozes, 1998.
PIAGET, J. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998.
RAITER, G.; OELKE, S. A. Os jogos de regras no desenvolvimento social das crianças. EFDeportes 
[on-line], Buenos Aires, ano 16, n. 155, abr. 2011. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/
efd155/os-jogos-de-regras-no-desenvolvimento-de-criancas.htm>. Acesso em: 13 maio 2017.
SALTINI, C. J. P. Afetividade e inteligência. Rio de Janeiro: DP & A, 1999.
UNESCO. Educação para todos fazendo face aos nossos compromissos coletivos – Fórum 
Mundial de Dakar, UNESCO: Brasília, 2000. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/ima-
ges/0012/001275/127509porb.pdf>. Acesso em: 23 abr. 2017.
VYGOSTSKY, L.S. Psicologia e pedagogia. Porto Alegre: Artmed, 2003.
WADSWORTH, B.J. Inteligência e afetividade da criança na teoria de Piaget. São Paulo: 
Pioneira, 1997.
resolução de exercícios
1. a) Afetivo.
2. a) Afetividade.
3. b) 4 – 1 – 3 – 2 – 6 – 5.
	h.4d34og8
	h.lnxbz9
	h.hphv1sgz0dzo
	h.4m0frrq10g9x
	h.ajmiji6vo8qk
	h.iqvrbe1whpgj
	h.gxpvytdq60bb
	DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E COGNITIVO DA CRIANÇA
	OS FATORES DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E O PROCESSO DE EQUILIBRAÇÃO
	DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL DA CRIANÇA
	AFETIVIDADE
	OS CONCEITOS INFANTIS DE REGRAS

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