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ASPECTOS PSICOLÓGICOS: UM ENFOQUE NA FORMAÇÃO COGNITIVA AFETIVA E SOCIAL NA PRIMEIRA INFÂNCIA Professores: Dra. Sonia Maria Marques Bertolini Me. Bruno Stramandinoli Moreno Esp. Fabiana Nonino Diretoria Operacional de Ensino Kátia Coelho Diretoria de Planejamento de Ensino Fabrício Lazilha Head de Produção de Conteúdos Rodolfo Pinelli Head de Planejamento de Ensino Camilla Cocchia Gerência de Produção de Conteúdos Gabriel Araújo Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo Supervisão de Projetos Especiais Daniel F. Hey Projeto Gráfico Thayla Guimarães Design Educacional Rossana Costa Giani Design Gráfico Thayla Guimarães DIREÇÃO Reitor Wilson de Matos Silva Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho Pró-Reitor de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; BERTOLINI, Maria Marques; MORENO, Bruno Stramandinoli; NONINO, Fabiana; Psicomotricidade: Aspectos Psicológicos e Motores da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Maria Marques Bertolini; Bruno Stramandinoli Moreno; Fabiana Nonino; Maringá-Pr.: UniCesumar, 2017. 30 p. “Pós-graduação Universo - EaD”. 1. Psicomotricidade. 2. Aspectos Psicológicos. 3. EaD. I. Título. CDD - 22 ed. 372 CIP - NBR 12899 - AACR/2 01 02 03 04 05 sumário 09| DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E COGNITIVO DA CRIANÇA 15| OS FATORES DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E O PROCESSO DE EQUILIBRAÇÃO 17| DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL DA CRIANÇA 19| AFETIVIDADE 23| OS CONCEITOS INFANTIS DE REGRAS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • Analisar a formação do desenvolvimento afetivo, cognitivo e social. • Compreender as fases do desenvolvimento cognitivo. • Estudar as implicações da relação do desenvolvimento emocional da criança. • Estudar as implicações da relação do desenvolvimento afetivo social da criança. • Estudar as implicações da relação do desenvolvimento infantil e regras da criança. PLANO DE ESTUDO A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade: • Desenvolvimento intelectual e cognitivo da criança • Os fatores de desenvolvimento cognitivo e o processo de equilibração • Desenvolvimento emocional da criança • Afetividade • Conceitos infantis de regras ASPECTOS PSICOLÓGICOS: UM ENFOQUE NA FORMAÇÃO COGNITIVA AFETIVA E SOCIAL NA PRIMEIRA INFÂNCIA INTRODUÇÃO O desenvolvimento cognitivo e psicológico da criança vem sendo analisando e es- tudado através dos anos e tornou-se objeto importante compreender como uma infância saudável influencia a formação de adultos capazes de compreender seus sentimentos construindo assim um processo de existência saudável e de forma au- tônoma e independente. Desta forma, é fundamental para os profissionais ligados à infância o conhecimento • Afetividade • Conceitos infantis de regras do processo de desenvolvimento infantil que também passa pelo desenvolvimento cognitivo afetivo e psicológico, con- tribuindo para o desenvolvimento pleno das crianças. Para os educadores é de suma importância conhecer o desenvolvimento psicológico e cognitivo das crianças, não só no que se refere às suas fases, mas também ao me- canismo pelo qual ele acontece. Os conhecimentos atuais sobre o desenvolvimento psicológico e cognitivo tem sua origem nas pesquisas de Jean Piaget; a teoria do desenvolvimento foi construída ao longo de 60 anos de estudos e representa hoje o ponto de partida de inúmeros trabalhos e é completamente indispensável para compreender as crianças. A posição piagetiana mudou muito a concepção do de- senvolvimento infantil e é o que nos norteia ao nosso estudo. Pós-Universo 7 A criança ao nascer comporta-se basicamente por uma série de condutas refle- xas como sugar, chorar, agarrar e outras, e a partir desse momento irão se produzindo por diferenciação outras condutas mais complexas que são chamadas de “esquemas”, ou seja, unidades básicas da atividade mental. Esse processo de diferenciação é re- sultado da adaptação do organismo ao meio, a qual lhe permite sobreviver quando há mudanças nas condições ambientais. O educador precisa, então, conhecer como se processa o desenvolvimento psi- cológico e cognitivo, mas o importante é entender, antes de tudo, o processo no seu conjunto, compreender como se processa a passagem das etapas iniciais, as etapas finais e como se dá o aumento dos conhecimentos e da formação de novas estruturas. Pós-Universo 8 Pós-Universo 9 DESENVOLVIMENTO INTELECTUAL E COGNITIVO DA CRIANÇA Nossos estudos serão baseados nos estudos de Piaget sobre como a criança desen- volve sua inteligência e como esse processo influencia os aspectos afetivos e sociais. Jean Piaget (1998) acreditava que a experiência ativa com o mundo é essencial para o desenvolvimento cognitivo, na qual as crianças constroem seu mundo ao ordenar o material bruto que lhe é fornecido pelo som, cheiro ou visão. Piaget atribui também uma grande importância à maturação do sistema nervoso e a adaptação da criança ao meio em que vive. Portanto, Piaget (1998) divide o desenvolvimento em períodos de acordo com o aparecimento de novas qualidades do pensamento caracterizando aquilo que o sujeito consegue fazer de melhor em cada faixa etária. Piaget acreditava que o co- nhecimento de como acontece o desenvolvimento da criança em cada etapa facilita a prática pedagógica. Os estágios do desenvolvimento segundo Piaget serão estudados a seguir. Estágio de Desenvolvimento Cognitivo Sensório - Motor As realizações do bebê consistem em grande parte na coordenação de suas percep- ções sensoriais e em comportamentos motores simples que acontece por meio de seis subestágios. No período sensório motor, os bebês reconhecem a existência de um mundo por meio da percepção e dos movimentos e começam a interagir com ele. Pós-Universo 10 As principais características dos subestágios do período sensório motor são: 1º subestágio: 0 a 1 mês: esquema de reflexos exercitados, ou seja, todos os movimentos que a criança faz é puramente reflexo o virar involuntário da cabeça, a sucção, os movimentos de agarrar e de olhar. Quando um bebê é estimulado seus reflexos respondem. Vamos ver um exemplo: Quando um estímulo é colocado na boca da criança automaticamente entra o reflexo de busca, ou seja, o bebê busca com seus lábios esse estímulo e também automaticamente suga esse estímulo que pode ser o dedo da mão ou o leite que é o seu alimento essencial, crianças que não apresentam esses re- flexos necessitam de ajuda para se alimentar esses reflexos estão ligados à sobrevivência do bebê. 2º subestágio: 2 a 4 meses: chamados de reações circulares primárias: o bebê promove com seu corpo repetições agradáveis de algumas ações. Começa a desenvolver a coordenação entre a audição e a visão, ocorrendo a discri- minação entre os sons, isto fica evidente quando as crianças começam a mover sua cabeça em direção aos sons. 3º subestágio: 4 a 8 meses: chamada de reações circulares secundárias: o bebê inicia uma consciência ainda que ampliada dos efeitos das próprias ações sobre o ambiente. O comportamento da criança orienta-se progres- sivamente para outros objetos e eventos além do seu próprio corpo. 4º subestágio: 8 a 12 meses: coordena as ações circulares secundárias e combina os esquemas para atingir um efeito desejado. É a primeira forma de resolução de problemas do ser humano. A criança apresenta a capacida- de de combinar comportamentos já adquiridos com o objetivo de realizar uma ação. 5º subestágio: 12 a 18 meses: reações circulares terciárias com variação de- liberada dos meios de resolução de problemas, experimentaçãopara ver as consequências. 6º subestágio: 18 a 24 meses: inicia a representação simbólica, as imagens e as palavras passam a representar objetos familiares, invenção de novos meios de resolução de problemas por meio de combinações simbólicas. Pós-Universo 11 No período sensório-motor a criança conquista o seu universo e o desenvolvimen- to motor acontece de forma acelerada e é suporte para os aparecimentos de novas habilidades como sentar, andar, sendo capaz de realizar uma diferenciação progres- siva entre o seu eu e o mundo exterior. Os aspectos cognitivos do desenvolvimento sensório motor evoluem à medida que a criança age sobre o meio. As ações infantis são espontâneas e a motivação para uma dada ação é interna. Estágio do Desenvolvimento Cognitivo Pré-Operatório de Piaget (2 a 6 anos) O período pré-operatório realiza a transição entre a inteligência sensório-motora e a inteligência representativa. Essa passagem não ocorre de forma brusca, mas sim de transformações lentas e sucessivas. Ao atingir o pensamento representativo a criança precisa reconstruir o objeto, o tempo, o espaço, as categorias lógicas de classes e re- lações nesse novo plano de representação. Essa reconstrução vai dos 2 aos 12 anos, abrangendo os estágios pré-operatório e operatório concreto. Esta fase é marcada em especial, pelo aparecimento da linguagem oral, o que permitirá à criança dispor além da inteligência prática construída na fase anterior, possibilita ter esquemas de ação interiorizados chamados de esquemas representa- tivos ou simbólicos. A linguagem oral abre para as crianças possibilidades que não existiam antes. A internalização do comportamento por meio da representação facilitada pela lingua- gem acelera o ritmo com que as experiências ocorrem. Dos dois anos aos quatro anos a fala é caracterizada por uma fala egocêntrica, ou seja, sem intenção de comunica- ção, apenas a fala por si só sem intenção de manter um diálogo por volta dos seis anos a linguagem torna-se intercomunicativa envolvendo troca de ideias. A primeira etapa da reconstrução que a criança faz nessa fase, é dominada pela re- presentação simbólica. A criança não pensa, no sentido estrito desse termo, mas ela vê mentalmente o que evoca. O mundo para ela não se organiza em categorias lógicas gerais, mas distribui-se em elementos particulares, individuais, em relação com sua experiência pessoal. O egocentrismo intelectual é a principal forma assumida pelo pensamento da criança neste estágio. Seu raciocínio procede por analogias, por transdução, uma vez que lhe falta a generalidade de um verdadeiro raciocínio lógico (CAVICCHIA, 1996). Pós-Universo 12 Portanto, o pensamento pré-operatório indica a inteligência com ações mentais o que chamamos de pensamento egocêntrico, ou seja, pensamento centrado no ego no qual a criança está centralizada nela mesma e no seu mundo, sendo difícil para a criança colocar-se no lugar do outro e entender que o outro também tem senti- mentos e necessidades. Outra característica desse estágio é a atribuição da forma humana a objetos e animais, como por exemplo, as nuvens podem ser vistas como animais ou rostos. Falta-lhe a reversibilidade que é uma condição de pensamento para que haja uma operação. Piaget (1998) enfatiza que nesta fase observa-se uma habilidade física cada vez maior, uma confiança na aparência cada vez menor e uma maior atenção a qualida- des com grande destaque ao papel dos companheiros. A criança compreende de seriação, conservação e inclusão, parece prestar menos atenção a propriedades superficiais dos objetos. Na relação com os amigos as crian- ças se envolvem em monólogos coletivos em vez de diálogos e tem dificuldade em levar em conta o conhecimento do ouvinte para se comunicar eficientemente. Veem a moralidade como imposta de fora e não levam em consideração as inten- ções. Parece haver uma espécie de mudança nas estruturas básicas do pensamento da criança refletida em todos os aspectos do seu funcionamento. Entre os cinco e sete anos, período geralmente chamado de intuitivo, ocorre uma evolução que leva a criança, pouco a pouco a maior generalidade. Seu pensamen- to agora é sobre configurações representativas de conjunto mais amplas, mas ainda está dominada por elas. O pensamento da criança entre dois e sete anos é dominado pela representação imagística de caráter simbólico. A criança trata as imagens como verdadeiros subs- titutos do objeto e pensa efetuando relações entre imagens. A criança é capaz de, em vez de agir em atos sobre os objetos, agir mentalmente sobre seu substituto ou imagem, que ela nomeia. Pós-Universo 13 Estágio do Pensamento Operatório Concreto de Piaget (6 a 12 anos) É o início da construção lógica, a capacidade da criança estabelecer relações que permitam a coordenação de pontos de vistas diferentes. Se tornam capazes de rea- lizar operações concretas ações internalizadas que se ajustam a um sistema lógico. No plano afetivo, significa que ela será capaz de cooperar com o outro, trabalhar em grupo e ter autonomia pessoal e no plano intelectual surge uma nova capacida- de: consegue realizar uma ação física ou mental dirigida para um objetivo e revertê-la para o início. Ao que se refere aos novos aspectos do pensamento a criança conse- gue perceber e considerar mais de um atributo de um objeto de uma vez e forma categorias de acordo com critérios múltiplos: • Entendem que algumas propriedades de um objeto vão permanecer as mesmas, mesmo quando outras são alteradas. • Adquirem a convicção de que é necessário que algumas qualidades sejam conservadas, apesar de mudanças aparentes. Comparam mentalmente as mudanças em dois aspectos de uns problemas e percebem como uma compensa a outra. • Entendem que algumas operações podem negar ou reverter os efeitos de outras. • Conseguem se comunicar de maneira eficaz, e pensar como os outros a percebem e entendem que uma pessoa pode sentir de uma maneira e agir de outra. • Conseguem regular suas interações umas com as outras, e brincar com jogos baseados em regras. • Julgam os comportamentos e levam em conta as intenções. Pós-Universo 14 Estágio Operatório Formal (12 anos em diante) Neste período operatório formal as estruturas cognitivas da criança estão mais maduras. Acontece a passagem do pensamento concreto para o pensamento formal, abstra- to, pois passa a dominar progressivamente a capacidade de abstrair e criar ideias sobre o mundo. Atinge o equilíbrio entre o pensamento e a realidade e compreende a importân- cia da reflexão para sua ação sobre o mundo real no qual o raciocínio é baseado em hipóteses verbais e não mais somente em objetos. As principais características desse estágio são raciocínio hipotético dedutivo, ra- ciocínio sobre o real e o possível e operações lógicas proposicionais. Sendo assim, é possível concluir que, sob a ótica piagetiana, a inteligência se constrói a partir da atividade motriz das crianças. Nos primeiros anos de vida, até os sete anos, aproximadamente, a educação da criança é psicomotriz. Todo o conheci- mento e a aprendizagem centram-se na ação da criança sobre o meio, e as demais experiências por meio de sua ação e movimento. Fonseca (2004) afirma que o indivíduo não é feito de uma só vez, mas se cons- trói, mediante a interação com o meio e de suas próprias realizações. É entendido que o bom desenvolvimento da afetividade é expresso por meio da postura, das atividades e do comportamento. Por exemplo, uma criança muito introvertida, acaba apresentando insegurança e falta de espontaneidade, tem a ten- dência de fechar também seu corpo, de não expressar seus sentimentos, vontades, ideologias e até mesmo os seus medos. Diferentemente daquela criança extroverti- da, que se mostra alegre, comunicativa, confiante, que gosta e consegue demonstrar seus sentimentos, conceitos, opiniões. Provavelmente, a segunda criança citada terámaior chance de progredir em seus estudos e na vida social. Pós-Universo 15 OS FATORES DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO E O PROCESSO DE EQUILIBRAÇÃO Para compreender melhor o raciocínio de Piaget sobre o desenvolvimento do pensa- mento racional é preciso entender os fatores considerados por ele como responsáveis por tal desenvolvimento. É sobre isso que trataremos nesta aula. Fatores Gerais do Desenvolvimento das Funções Cognitivas Podemos identificar quatro fatores gerais do desenvolvimento das funções cognitivas: maturação do sistema nervoso central, experiência adquirida, interações e transmis- sões sociais e equilibração. Vamos abordá-los a partir de agora. 1º fator – maturação do sistema nervoso central Como aprendemos na Unidade I a maturação do sistema nervoso central contribui também para o desenvolvimento cognitivo da criança. Essa maturação abre possi- bilidades, aparecendo como condição necessária para o desenvolvimento de certas condutas. Portanto, a maturação é um fator necessário principalmente dando às crianças possibilidades de novas experiências. 2º fator – experiência adquirida A experiência é adquirida a partir da ação sobre os objetos e acontecimentos. A ex- periência apresenta dois pontos que se diferenciam: primeiro a experiência física, que consiste em agir sobre os objetos para abstrair suas propriedades e a experiência Pós-Universo 16 lógico-matemática, que consiste no agir sobre os objetos para conhecer o resultado da coordenação das ações. O exercício da experiência implica na presença de objetos sobre os quais a ação é exercida, mas não implica necessariamente que todo o conhecimento seja extraído destes objetos. O exercício tem um efeito positivo na consolidação, quer dos refle- xos quer das operações intelectuais, que podem ser aplicadas a objetos. Quanto à experiência propriamente dita, no sentido de aquisições de conheci- mento do novo por meio da manipulação dos objetos, é preciso considerar os dois aspectos indicados desta experiência, ou seja, a experiência física e a experiência ló- gico-matemática que expressam a complexidade desse fator. 3º fator – interações e das transmissões sociais A interação social é outro fator importante para o desenvolvimento cognitivo, ou seja, o intercâmbio de ideias entre as pessoas. Os conceitos ou esquemas que a criança desenvolve podem ser classificados entre aqueles que sensorialmente têm referen- tes físicos, ou seja, podem ser vistos, ouvidos e sentidos; e aqueles que não têm tais referentes. O conceito de algo, por exemplo, de uma árvore tem referentes físicos já o conceito honestidade não tem, uma criança pode desenvolver um conceito so- cialmente aceitável de árvore relativamente independente dos outros, mas a mesma criança não pode desenvolver um conceito aceitável de honestidade independen- te dos outros. À medida em que os conceitos são arbitrários ou socialmente definidos, a criança depende da interação social para a construção e validação dos conceitos. 4º fator – equilibração A construção do conhecimento vai ocorrendo à medida que as crianças vão tendo experiências. A equilibração é o regulador que permite que novas experiências sejam incorporadas com sucesso aos esquemas. Portanto, concluímos que quatro são os fatores necessários para o desenvol- vimento cognitivo: maturação, experiência, interação social e equilibração, porém somente a interação entre eles oferece a condição suficiente para um plano de de- senvolvimento cognitivo. Pós-Universo 17 DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL DA CRIANÇA A primeira infância que corresponde à fase do desenvolvimento que abrange entre zero e seis anos de idade, tem atualmente cada vez mais abordada e estudada nas diferentes áreas como psicólogos, educadores, e outros que chegaram a um consenso quanto ao de- senvolvimento da primeira infância, ou seja, defendem essa fase, como primordial, na qual a criança arquitetará uma base que a favorecerá por toda a sua existência (UNESCO, 2000). As etapas do desenvolvimento emocional pelas quais uma criança passa desde a sua concepção até seis anos é algo extremamente fascinante. As etapas represen- tam período de passagem que levam ao agrupamento de experiências vividas. Cada etapa é marcada por acontecimentos particulares que desde o início trazem consigo, na bagagem genética da célula, valores biofisiológicos, emocionais, afetuosos e in- telectuais. E são esses valores que serão impressos para todas as demais células do corpo durante todo o processo de desenvolvimento e que, aos poucos, irão sendo acrescidos das experiências que a criança vivenciar (LELOUP, 1998). Vamos estudar algumas etapas que são relevantes para os educadores que traba- lham com crianças da educação infantil e os primeiros anos do ensino fundamental: 1ª Etapa – sustentação: É a primeira etapa do desenvolvimento que tem seu início na fecundação e se estende durante todo o tempo de aleitamento materno. 2ª Etapa – produção: A etapa de produção se inicia com o desmame e se estende até o final do 3º ano de vida ou para algumas crianças, pode até mesmo advir um pouco antes. Nessa fase, a força da criança está diretamente envolvida à construção de pensamentos, de gestos, de brincadeiras, de jogos, de relacionamentos. O corpo armazena todos os fatos vividos na vida, sobretudo os ocorridos na primeira infância, quando as formas para se defender ainda são hipotéticas. Você sabia que tais episódios, quando estressantes e traumáticos, muitas vezes deixam no corpo marcas profundas e irreversíveis? Fonte: LELOUP, 1998. reflita Pós-Universo 18 Acontece antes do desenvolvimento da autoconsciência, o que lhe permite de- senvolver a habilidade de adiantar os eventos como, por exemplo, não se sentir desamparada pelos pais quando eles saem, porque sabe que eles irão voltar. É também nessa etapa que a criança imita os pais em busca de modelos. É curiosa e busca des- vendar tudo o que está à sua volta, rejeitando ser ajudada. A frustração e o receio do castigo nessa etapa bloqueiam a espontaneidade da criança, deixa-a numa posição de submissão ao genitor que a frustra e limita às rotinas cotidianas. Outra característica dessa etapa é a evolução do brincar simples e repetitivo para o brincar construtivo. A criança demonstra interesse pelos jogos imaginativos e mais tarde, o interesse se volta para os jogos mais formais, com regras. É comum o surgi- mento de amigos imaginários, principalmente em primogênitos e filhos únicos. 3ª Etapa – identificação: É a partir do quarto ano de vida que se inicia a etapa que a criança está hábil a fazer identificações. Esta etapa se estende até o final do quinto ano de vida. É a etapa em que a energia volta-se para a descoberta dos ge- nitais e a criança passa a distinguir a diferença entre menino e menina e a ter um conceito seguro quanto ao sexo que pertence. Nessa etapa, a criança também passa por momentos de individualidade. Quer brincar sozinha, não quer mais ficar no colo dos pais, quer desmontar os brinquedos para montar de outra forma. Aos poucos, aprende a compartilhar, saindo do campo familiar e voltando-se cada vez mais para o campo social. 4ª Etapa – estruturação e formação do caráter: Essa etapa tem início aos cinco anos de vida e se estende durante toda a puberdade, até o início da adoles- cência. É a etapa em que a formação da estrutura básica de caráter se completa. O desenvolvimento neste período depende das oportunidades que lhes forem oferecidas, no qual o indivíduo vai se constituindo como ser humano, portanto, é imprescindível valorizar todos os estímulos possíveis, inclusive o motor para que as crianças construam tais habilidades desde os primeiros meses de vida e que serão fundamentais para um crescimento saudável. Uma vez que conhecemos as etapas de desenvolvimento emocional da criança e as características principais, vamos discutir outro tema relevante nessa reflexão. Estamos falandoda afetividade, a ser tratada na próxima aula. Pós-Universo 19 AFETIVIDADE A afetividade é um assunto que vem sendo bastante debatido nos meios educacio- nais. No ambiente escolar, há um consenso entre educadores com base nas principais teorias do desenvolvimento sobre a importância da qualidade das primeiras relações afetivas da criança. A afetividade implica diretamente no desenvolvimento emocio- nal e afetivo, na socialização, nas interações humanas e, sobretudo na aprendizagem. Vygostsky (2003) classifica os afetos em: 1. positivos - relacionados a emoções positivas de alta energia, como o en- tusiasmo e a excitação; e de baixa energia como a calma e a tranquilidade; 2. negativos – que, por sua vez, estão ligados às emoções negativas como a ansiedade, a raiva, a culpa e a tristeza. As emoções e os sentimentos dos alunos não se dissociam no processo ensino-apren- dizagem, já que favorecem ou não o desenvolvimento cognitivo. Pós-Universo 20 Ainda segundo o mesmo autor, o desenvolvimento afetivo depende dentre outros fatores da qualidade dos estímulos do ambiente para que satisfaçam as necessida- des básicas de afeto, apego, desapego, segurança, disciplina e comunicação, pois é nessas situações que a criança estabelece vínculos com outras pessoas. A perspectiva piagetiana, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: um cognitivo e outro afetivo. Afeto inclui sentimentos, in- teresses, desejos, tendências, valores e emoções e para Piaget o afeto se desenvolve por meio das relações da criança com outras crianças e adultos (WADSWORTH, 1997). O mesmo autor relata que para o desenvolvimento intelectual dois aspectos do afeto são importantes, a motivação e o outro aspecto tem a ver com a seleção, ou seja, a atividade intelectual é sempre dirigida para objetos ou eventos de interesse, na visão piagetiana esta seleção não é provocada pelas atividades cognitivas, mas pela afetividade, neste caso o interesse. A Afetividade e o Processo de Ensino-Aprendizagem O aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelec- tual, ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento intelectual, ele atua de forma determinante sobre que conteúdos a atividade intelectual se concentrará. Piaget (1998) destaca que no tocante à afetividade, quando sob a ótica do pro- cesso de ensino-aprendizagem, emergem as funções neurossensório-motoras, tais como a sensação, a percepção e a emoção. Porém, ainda confusas para as crianças, por ser uma fase de desenvolvimento, é o momento ideal para haver a intervenção do professor para ajuda-las a discriminar entre o quê entender ser que é e sua expe- riência. Isto implica dizer que a qualidade da afetividade na relação professor-aluno terá impacto direto para o processo ensino-aprendizagem e para o desenvolvimen- to da criança. O desenvolvimento da afetividade, frente ao processo de ensino-aprendizagem têm considerar três aspectos: o emocional, o cognitivo e o comportamental (COSTA E SOUZA, 2006). Como são processos interdependentes, implicam na capacidade da criança quanto à identificação e expressão de sentimentos, ao adiamento de satisfa- ções, ao controle de impulsos e a redução de tensões. Pós-Universo 21 Até que ponto episódios de bullying estão associados à afetividade e in- fluenciam o processo de ensino aprendizagem da criança? Fonte: elaborado pelas autoras. reflita Diferenciar o agir e do sentir é a primeira tarefa a ser empreendida pela criança, e em seu processo de desenvolvimento. Pois assim conseguirá ler e interpretar indícios sociais, compreender a expectativa do outro, de modo a conseguir resolver proble- mas, aprender a ter expectativas realistas sobre si e estabelecer uma compreensão saudável das normas de comportamento. É importante não perder de vista que ao ser inserida no processo formal de educa- ção a criança inicia um outro processo de desenvolvimento o da comunicação que não a oral, pois aprenderá novos gestos e expressões faciais. Sofrendo a influência e interagindo com as outras pessoas, suas emoções, negativas e positivas, e apren- dendo a se manifestar, em seus ideias e pensamentos. Mas porque a afetividade é tão importante no processo educativo? Existem duas razões iniciais a destacarmos: a capacidade de manipular a realidade e ser estimu- lada quanto à função simbólica. As autoras destacam que a afetividade tem relação direta com a construção da autoestima e das estratégias de interação da criança com os outros (alunos e professores). O professor que não considera a afetividade com seus alunos pode se colocar em uma posição vulnerável (tanto para si quanto para seu aluno). Outro aspecto importante a ser considerado é a motivação para aprender. Se o professor oferta o máximo de incentivos (estimulação externa à criança) possí- veis, conforme Saltini (1999), haverá algo provocado internamente e próprio de cada criança. Pós-Universo 22 Pós-Universo 23 OS CONCEITOS INFANTIS DE REGRAS Nesta aula vamos abordar a maneira como as crianças nessa etária entendem e arti- culam as regras. É um processo em que no primeiro momento tais regras inexistem, até chegar em uma etapa na qual as crianças percebem a necessidade delas. Para a observação de como as crianças nessa fase entendem as regras, vamos recorrer ao estudo de Piaget sobre as regras do jogo de bola de gude no qual ele observou o comportamento de crianças durante um jogo de bolas de gude e iden- tificou quatro níveis gerais no desenvolvimento do conhecimento infantil sobre as regras de um jogo: níveis que vão desde do controle Motor, inicialmente, passando pelo nível do Egocentrismo, o nível da Cooperação , e chegando, finalmente, no nível da Codificação das Regras. Motor No primeiro nível de compreensão das regras, a criança não apresenta nenhuma noção de regras. Durante os primeiros anos de vida, frequentemente estendendo- -se até o estágio pré-operacional do desenvolvimento cognitivo, o jogo é jogado de acordo com o hábito e o desejo da criança, durante esse período a criança brinca consigo mesma, a atividade não é social, os brinquedos são basicamente objetos para serem explorados, o prazer da criança vem principalmente da manipulação motora. Egocêntrico Dos dois aos cinco anos as crianças adquirem a consciência da existência de regras e começam a querer brincar com outras crianças normalmente mais velhas, as crianças mais novas começam a imitar a forma de brincar ou jogar das crianças mais velhas porém aquela criança ainda cognitivamente egocêntrica continua a brincar sozinha. A brincadeira em grupo caracteriza-se pela falta de qualquer interação social ou verdadeira cooperação. Pós-Universo 24 Cooperação A cooperação social nos jogos ou brincadeiras não acontece antes dos sete ou oito anos, normalmente, em torno dessa idade há uma nítida compreensão de regras. Codificação das Regras Por volta dos onze ou doze anos de idade a maior parte das crianças entendem que as regras são ou podem ser feitas pelo grupo que podem ser mudadas, mas as reco- nhecem como necessárias para haver um jogo. Ao chegar ao final destes encontros, é significativo olhar para os temas tratados e perceber a dimensão que eles têm para as reflexões a respeito da formação cognitiva afetiva e social na fase da primeira infância. Certamente aspectos como desenvolvi- mento emocional, intelectual e cognitivo, afetividade e regras são muito pertinentes e devem ser aprofundados por todos quantos estudam essa disciplina. Até a próxima! Para compreender o desenvolvimento social das crianças com base em regras, vale a pena conferir o ensaio dos professores Gerson Reiter e Simone Adrian Oelke intitulado “Os jogos de regras no desenvolvimento social das crianças” e publicado na revista digital EFDeportes. Ali, os autores comentam a respeito do desenvolvimento de uma escala de valores de internalização de regras, as quais em primeirolugar são transmitidas pelos pais e posterior- mente pela escola e pelo contato com os colegas. É dessa experiência com os grupos que elas aprendem a respeito da necessidade de regras. Reiter e Oelke também destacam que as crianças constroem regras quando se põem no lugar do outro e percebem o ponto de vista e os sentimentos dele. Fonte: Raiter e Oelke (2011). saiba mais atividades de estudo 1. Analise o excerto a seguir: O aspecto ____________________ tem uma profunda influência sobre o desen- volvimento intelectual, ele pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento intelectual, ele possui impacto determinante sobre que conteúdos a atividade in- telectual se concentrará. A alternativa que preenche corretamente a lacuna é: a) Afetivo. b) Social. c) Motor. d) Biológico. e) Espiritual. 2. Analise o excerto a seguir: Educar não implica, necessariamente, estimular todas as capacidades de uma criança e depois de um jovem. O que é mais importante é o estabelecimento da hierarquia, a professora não é uma “tia”, mas sim uma referência de autoridade. Cabe à família a oferta de _____________________ à criança. A responsabilidade em si da forma- ção do caráter e ética é restrita ao núcleo familiar. A interação entre a escola e a família compõe um contexto singular para formação e desenvolvimento da criança. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna. a) Afetividade. b) Socialização. c) Motricidade. d) Maturidade. e) Sensibilidade. atividades de estudo 3. O período sensório-motor possui alguns subestágios, os quais apresentam cara- terísticas específicas. Com base nisso, relacione os subestágios com as descrições correspondentes. (1) 0 a 1 mês (2) 2 a 4 meses (3) 4 a 8 meses (4) 8 a 12 meses (5) 12 a 18 meses (6) 18 a 24 meses ( ) A criança apresenta a capacidade de combinar comportamentos já adquiridos para realizar uma ação ( ) Todos os movimentos da criança são puro reflexo ( ) O comportamento da criança se orienta progressivamente para outros objetos e eventos além do próprio corpo. ( ) Coordenação entre a audição e a visão começa a ser desenvolvida ( ) Imagens e palavras passam a representar objetos familiares ( ) Há a experimentação da criança para ver as consequências Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. a) 2 – 4 – 6 – 1 – 5 – 3. b) 4 – 1 – 3 – 2 – 6 – 5. c) 1 – 2 – 3 – 4 – 5 – 6. d) 6 – 3 – 1 – 4 – 5 – 2. e) 3 – 6 – 2 – 5 – 1 – 4. resumo Neste estudo construímos a compreensão de que a criança: 1º) tem seu desenvolvimento interligado em todos os seus aspectos: motor, afetivo cognitivo e psicológico. Este conhecimento embasa a ideia de que a fase que a criança se encontra vai deter- minar o tipo de estimulação necessária a ser ofertada (pelo ambiente, educador, escola família), de acordo com sua maturidade motora, cognitiva e afetiva; 2º) ao ser enxergada em todos os seus aspectos, precisa ser estimulada a fim de mitigar dificul- dades motoras, pois estas trarão prejuízos na aquisição do conhecimento e dos pré-requisitos para seu futuro acadêmico, assim como dificuldades no campo afetivo interferem também no processo de construção dessa criança como ser humano, logo será preciso equacionar as tríades Motricidade-Inteligência-Emoções e Indivíduo-Família-Escola; 3º) precisar ser respeitada em seu desenvolvimento, através da estimulação de suas potencia- lidades, e sendo auxiliada na superação de suas dificuldades. Esta é a premissa básica para se estruturar qualquer processo educativo, ou mesmo qualquer ação que se preste a atender a aprendizagem humana. No “frigir dos ovos”, através dos debates travados até o presente momento, é possível apreender alguns entendemos para as discussões propostas na disciplina de Psicomotricidade: • os movimentos, expressam sentimentos de prazer, frustração, desagrado, euforia, e se apre- sentam como sendo a dimensão manifesta de um estado emocional; • quanto à afetividade, há a construção de uma memória, em que são abarcados desde os gestos iniciais da criança até suas escolhas (de agir ou não) quando indivíduo adulto, pois em seu corpo já há a dominância de preferências posturais e de formas de expressão de sentimentos; • gradativamente a criança irá conduzir-se com mais segurança no meio ambiente o qual esteja inserida, e desta forma, movimentar-se-á adequando-se dentro de todo o processo educativo a qual esteja submetida. material complementar LIVRO Título: Psicomotricidade: Corpo Ação e Emoção Autor: Fátima Alves Editora: WAK Sinopse: Quando falamos de psicomotricidade não podemos esquecer que toda ação humana envolve várias atividades que se complemen- tam. Trazer o enfoque emocional para os estudos psicomotores não é uma tarefa fácil, porém, quando Fátima Alves trata do assunto percebemos que, impossível seria fragmentar o ser ao es- tudarmos as atividades motoras em separado. Em Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção, a autora apresenta um estudo integrado, mos- trando como pode ser útil conhecer e aplicar a psicomotricidade no dia-a-dia. Percebemos que a psicomotricidade está presente nos movimentos mais simples e naturais, e ao conhecer seus mecanismos podemos ajudar nossos filhos e alunos a terem uma vida melhor, com confiança e aumento da autoestima. Neste livro, também encontramos o estudo teórico sobre a psicomotricidade e a sua aplicação. Com exercícios práticos, notamos a importância de usar a psicomotricidade para motivação dos alunos e apoio, evitando muitas dificuldades escolares a obra ainda contém métodos e técnicas de avaliação psicomotora. Escrito por uma especialista no assunto, esta obra é fundamental para você acadêmico que quer ampliar seus conhecimentos sobre psicomotricidade aliando ações do corpo com a afetividade. Psicomotricidade: Corpo, Ação e Emoção, mostra que o bom desenvolvimento psicomotor é im- portante para fazer com que a criança melhore seu desempenho escolar e crie confiança em si, aprimorando sua autoestima. referências CAVICCHIA, D.C. Psicopedagogia na Instituição educativa: a creche e a pré-escola. In: SISTO, F.F. (org.). A atuação psicopedagógica escolar. Petrópolis: Vozes, 1996. FONSECA, V. Psicomotricidade: perspectivas multidisciplinares. Porto Alegre: Artmed, 2004. LELOUP, J. Y. O corpo e seus símbolos: uma antropologia essencial. Petrópolis: Vozes, 1998. PIAGET, J. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. RAITER, G.; OELKE, S. A. Os jogos de regras no desenvolvimento social das crianças. EFDeportes [on-line], Buenos Aires, ano 16, n. 155, abr. 2011. 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