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RESENHA - CASO NIKE E REEBOK

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho e Direito Previdenciário
Resenha Prospecção Internacional em Calçado Esportivo: 	Nike e Reebok 
 
Priscila Silva Santos
Trabalho da disciplina Direito Tutelar do Trabalho 
 Tutor: Profª.ELIANE CONDE PEIXOTO DA COSTA NETO 
São João Del Rei- MG
2019
Artigo ou Caso: Prospecção Internacional em Calçado Esportivo: 	Nike e Reebok 
TÍTULO
 Prospecção Internacional em Calçado Esportivo: 	Nike e Reebok 
REFERÊNCIA:
Orentlicher, Diane F., e Timothy A. Gelatt, “Lei Pública, Atores Privados: O Impacto dos Direitos Humanos nos Investidores de Negócios na China,” Reimpresso com autorização especial da Faculdade de Direito da Universidade de Northwestern, Volume 14, Publicação 1, Jornal de Lei Internacional & Negócios de Northwestern, p. 108 (1993). 
O presente caso, aborda o desenvolvimento da indústria de calçados esportivos nos EUA na década de 80, precisamente entre o ano de 1980 a 1990. Na época citada, estavam na liderança do segmento as empresas Nike e Reebok que utilizavam-se de estrategias de mercado para atrair seus consumidores, a tática escolhida pelas empresas era a de produzir e vender seus produtos com menor preço possível. 
No entanto, por serem lideres de mercados tinham uma forte campanha publicitária, desta forma, mantendo o foco em produzir mercadorias com o menor custo possível suas preocupações principais eram a publicidade das marcas, deixando a mão de obra sob responsabilidade de empresas da Ásia contratadas para a produção. Posto isso, vejamos que, quanto as relações trabalhistas estas eram mantidas pelas citadas empresas contratadas pelas multinacionais. 
Importante ressaltar que, à época citada pouco se falava quanto ao bem estar do trabalhador, a preocupação principal das organizações eram em garantir a economia na mão de obra. Sendo assim, com os fabricantes contratados pela Nike e Reebok não foi diferente. As empresas contratas para a produção se instalaram em países como Coreia do Sul, Taiwan, China, Indonésia e Filipinas justamente por serem regiões onde a mão de obra era consideravelmente mais barata. 
Por serem duas grandes organizações, lideres de mercado, existia entre as ambas multinacionais uma alta concorrência, visto que utilizavam-se de uma mesma estratégia de mercado para atrair suas clientelas. Por este motivo, apesar de não serem responsáveis diretas pela produção, faziam altas exigências as empresas contratadas quanto ao custo e o número de produtividade das mesmas, que por sua vez, cobravam ainda mais de seus trabalhadores.
Com passar do tempo, alguns países onde as fabricantes contratadas pela Nike e Reebok estavam estaladas passaram a oferecer salários melhores a seus trabalhadores, o que resultou na mudanças de algumas empresas contratadas para países vizinhos, onde a mão de obra era mais barata, e desta forma garantiam um lucro maior sob seus trabalhadores. Contudo, vejamos que, os países com mão de obra mais barata praticamente não se preocupavam com a saúde física e mental de seus trabalhadores, não haviam condições favoráveis de trabalho e quanto as multinacionais que contratavam os mencionados fabricantes ressalta-se que, estas não estavam preocupadas com o cuidado dos trabalhadores que produziam suas mercadorias, a Nike e Reebok foram omissas nesta questão e se preocupou apenas com o lucro, cobrando apenas que seus produtos fossem fabricados a um baixo custo e em alta escala. 
Diante da omissão das multinacionais, e a ganância dos fabricantes em produzir a todo custo mercadorias a baixo custo, surgiu assim uma grande disputa capitalista, onde o direito e a dignidade dos trabalhadores foram feridos de tal forma que chamou a atenção da imprensa local e internacional. Consequentemente as condições precárias de trabalho dentro dos fabricantes foram expostas e consideradas abusivas, uma vez que, os trabalhadores tiveram seu direito a dignidade humana usurpado pela ganância de seus contratantes. Inúmeras irregularidades foram expostas, como, um alto índice de cobrança, turnos maiores do que se é recomentado, baixos salários que não condiziam com o número de horas trabalhadas, bem como, uma pressão psicológica extrema .
 Sendo assim, as multinacionais foram acusadas de desrespeitar os direitos trabalhistas através de seus fabricantes, o que resultou da elaboração de documentos por estas que garantiam determinada condição de trabalho que seus fabricantes deveriam cumprir. A Nike em especial negava a ligação direta com os trabalhadores de suas contratadas, no entanto elaborou um “ Memorando de Entendimento da Nike”, neste ficou estipulado que seus fabricantes teriam que estar cientes das normas trabalhistas vigentes, entre outros aspectos que garantiriam melhores condições de trabalho. Quanto a Reebok, em prol de garantir que seus fornecedores cumprisse com os padrões aceitáveis de trabalhado, elaborou padrões exclusivos com base na Declaração Universal dos Direitos Humanos. 
Por fim, vejamos que o caso estudado nos mostra a necessidade de proteger a parte hipossuficiente da relação de emprego, no caso o trabalhador, que muitas vezes tem seus direitos violados por seus contratantes por mera ganância. Mesmo nos dias atuais é preciso ficarmos atentos quanto as condições em que os trabalhadores são expostos, isto pois, apesar de vivermos na era da informação quando tratamos de trabalho e trabalhador, verifica-se na maioria das vezes a necessidade financeira desde, e consequentemente o medo do desemprego serem maiores do que a auto valorização pessoal. Por este motivo, é de suma importância que a justiça esteja atenta aos possíveis abusos cometidos contra os trabalhadores. É inadmissível que mesmo na década de 80 os funcionários de determinada empresa fossem colocados a condições tão precárias de trabalho. O Direito e nosso ordenamento jurídico existe justamente para que abusos como estes não se repitam.

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