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MANIPULAÇÃO DE MEDICAMENTOS Catarina Amorim Oliveira 1 2 Aula 1 Inserir Rodapé (caso necessário) 3 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS Por que transformar fármacos em formas farmacêuticas? - Facilitar a introdução do fármaco no organismo - Evitar a rejeição de fármacos de sabor e odor desagradáveis - Garantir a precisão de doses - Proteger o fármaco durante o seu percurso até o local de liberação - Evitar a irritação de locais sensíveis ao fármaco - Dentre outros Inserir Rodapé (caso necessário) 4 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS PESAGEM - Balanças ordinárias: sensibilidade de 0,1 g - Balanças semi-analíticas: mais utilizada na rotina de farmácias de manipulação. Pesa com precisão até 0,001 g. - Balanças analíticas: com precisão de 0,1 micrograma até 0,1 miligrama. Inserir Rodapé (caso necessário) 5 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS PESAGEM - Cuidados • Ver se a balança está nivelada • Estabilização/calibração • Verificar carga máxima/mínima permitida • Não pesar material quente • Fechar as portas no momento da pesagem • Tara da balança • Verificar a limpeza • Local de instalação Inserir Rodapé (caso necessário) 6 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS MEDIÇÃO DE VOLUMES Também garante a proporção correta do fármaco no medicamento. • Vidrarias utilizadas: LÍQUIDOS VISCOSOS, PREFERÊNCIA PELA PESAGEM Inserir Rodapé (caso necessário) 7 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS MEDIÇÃO DE VOLUMES – instrumentos utilizados • Pipetas: medições rigorosas de um determinado volume de líquido (transferência de volume). - Volumes fixos: pipetas volumétricas - Volumes variáveis: pipetas graduadas Inserir Rodapé (caso necessário) 8 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS MEDIÇÃO DE VOLUMES – pipetas graduadas • As graduações nas pipetas são variadas; • O primeiro nº mostra o volume total da pipeta e os dois nº seguintes referem- se à escala. • Ex. 5 ml 1/10 (Volume total = 5 mL; Escala= 0,1 mL) Inserir Rodapé (caso necessário) 9 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS MEDIÇÃO DE VOLUMES – pipetas graduadas Inserir Rodapé (caso necessário) 10 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS Pró-pipetes: pêras - Bomba de sucção com três entradas/saídas de ar • A - Retirar todo o ar da pêra antes desta ser acoplada à pipeta • S - Puxar o líquido para a pipeta • E - Escoar o líquido da pipeta Inserir Rodapé (caso necessário) 11 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS Buretas Empregadas principalmente em titulações • Volume cresce de cima para baixo • Volume medido por diferença • Deve ser lido na altura do menisco Inserir Rodapé (caso necessário) 12 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS Balão volumétrico: empregado no preparo de soluções • Temperaturas da solução e da vidraria devem ser ambiente • Preparo de soluções de concentração rigorosa Inserir Rodapé (caso necessário) 13 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS Provetas e cálices graduados - Menor rigor na medição de volumes • Obs. Vidraria graduada não pode ser levada à estufa! Inserir Rodapé (caso necessário) 14 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS Medição de doses de medicamentos Inserir Rodapé (caso necessário) 15 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS Inserir Rodapé (caso necessário) 16 OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO SEPARAÇÃO DE CORPOS SÓLIDOS Triagem ou monda: Separação de partes inertes ou alteradas de drogas. 1. Manual: separação de flores, frutos, caule, cascas 2. Por crivo: retirar terra aderida às raízes – crivo ou tamis de arame 3. Por ventilação: eliminação de partículas leves - ventiladores 4. Por lavagem Inserir Rodapé (caso necessário) 17 OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO SEPARAÇÃO DE CORPOS SÓLIDOS Tamisação: separação e calibração de partículas sólidas. Estabelecem a tenuidade (fineza dos pós). Inserir Rodapé (caso necessário) 18 Tamisação - Separar, pelo menos, 4 tamises; - Montar o conjunto com o tamis de maior abertura sobre o de abertura menor. - Pesar cerca de 25 g da amostra - Transferir a amostra para o tamis superior, distribuindo uniformemente o pó. - Tampar o conjunto. - Acionar o aparelho, por cerca de 15 minutos, com vibração adequada. - Utilizando um pincel adequado, remover toda a amostra retida na superfície superior de cada malha para um papel impermeável, e pesar o pó. - Calcular o percentual retido em cada tamis. Inserir Rodapé (caso necessário) 19 Inserir Rodapé (caso necessário) 20 OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO SEPARAÇÃO SÓLIDOS-LÍQUIDOS OU LÍQUIDOS IMISCÍVEIS - Decantação: Pré-requisitos: • Deposição prévia do sólido (sólido-líquido) • Formação de interface (líquido-líquido) Veja o video: https://www.youtube.com/watch?v=R6lq4JcAR6Q 21 OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO SEPARAÇÃO SÓLIDOS-LÍQUIDOS OU LÍQUIDOS IMISCÍVEIS - Centrifugação: separação de 2 substâncias de densidades diferentes, através da ação da força centrífuga. Objetivos principais: • isolamento de um sólido em suspensão num líquido (sedimentação) • obtenção de líquidos límpidos 22 OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO SEPARAÇÃO SÓLIDOS-LÍQUIDOS OU LÍQUIDOS IMISCÍVEIS - Filtração: separação sólido-líquido por efeito de pressão sobre uma superfície porosa. • Objetivos: - isolamento e aproveitamento de sólidos em suspensão em um líquido - obtenção de soluções límpidas ou clarificadas 23 OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO Filtração - Cuidados: • Adaptar corretamente o filtro às paredes e haste do funil, umedecendo o filtro com o solvente da solução; • Ao verter o líquido a ser filtrado, este deve ser dirigido contra as paredes do funil, com auxílio de um bastão de vidro, lentamente; • A ponta do funil deve encostar na parede do recipiente, evitando que a queda das gotas projete; • Ao fazer uma filtração para um frasco com gargalo estreito, é necessário deixar um espaço entre o funil e o frasco, para permitir a saída do ar. 24 OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO Filtração – Materiais filtrantes: CARACTERÍSITCAS DESEJÁVEIS: - Inertes; - Sofrer o mínimo de alterações quando em contato com líquidos; - Deixar passar o máximo de líquidos e reter os sólidos em suspensão. EXEMPLOS - MATERIAIS FILTRANTES: - Papel de filtro, tecido, sílica, membranas de celulose. 25 OPERAÇÕES MECÂNICAS DE SEPARAÇÃO - Filtração – Adjuvantes de Filtração: Substância inerte cuja finalidade é aumentar a velocidade de filtração e o grau de clarificação da solução. Formam uma rede resistente e porosa, depositadas à superfície do filtro, retendo as partículas em suspensão. Exs: sílica de diatomáceas (Celite®), celulose, talco. - Filtração à vácuo: 26 OPERAÇÕES MECÂNICAS DE DIVISÃO Redução mecânica de corpos a partículas ou fragmentos de pequenas dimensões. Objetivos principais: - facilita a administração de fármacos e drogas de origem vegetal; - obtenção de misturas homogêneas de certos fármacos sob a forma de pós; - aumento da superfície - facilita a liberação de princípios ativos; - facilidade na absorção; - facilidade de dissolução. 27 OPERAÇÕES MECÂNICAS DE DIVISÃO - Divisão Grosseira: Métodos de divisão grosseira: - Secção: divisão de um material em pequenos fragmentos usando instrumentos cortantes (ex. tesouras, facas); - Contusão: redução de corpos sólidos a fragmentos de dimensões desiguais e relativamente pequenas – choques repetidos; - Rasuração: atrito contra uma superfície áspera - lima ou raspador. Operação reservada à substâncias de grande dureza 28 OPERAÇÕES MECÂNICAS DE DIVISÃO - Pulverização: Obtenção de produtos finamente divididos (pós). A) Com almofariz: pequena escala B) Moinhos: maior escala Exs. moinho manual, moinho de bolas, moinho de facas C) Pulverização por intermédio: aplicado a substâncias não pulverizáveis. Ex: álcool para cânfora 29 OPERAÇÕES MECÂNICAS DE DIVISÃO - Pulverização: Operações preliminares: - Preparo da substância para ser reduzida à pó - Triagem ou monda (separação de partes inúteis ou estranhas) - Divisão grosseira - Secagem (presença de água dificulta) - Métodos de secagem: • ao ar livre, em atmosfera arejada; • em estufas (40-45°C); • em dessecadores,à temperatura ambiente 30 OPERAÇÕES FARMACÊUTICAS Operações físicas Exigem um líquido Exigem frio ou calor - Carbonização - Calcinação - Fusão - Liofilização - Refrigeração - Secagem - Evaporação - Destilação - Sublimação e outros - Dissolução http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume1.pdf 31 O que é densidade? Densidade de massa (ρ) de uma substância é a razão de sua massa por seu volume a 20 °C. Densidade relativa: Densidade relativa de uma substância é a razão de sua massa pela massa de igual volume de água, ambas a 20 ºC PROCEDIMENTO A densidade relativa da substância pode ser determinada através de picnômetro, balança hidrostática ou densímetro. O uso desses dois últimos é condicionado ao tipo de aparelhagem disponível. http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume1.pdf 32 Determinação da densidade relativa com picnômetro MÉTODO DO PICNÔMETRO - Utilizar picnômetro limpo e seco, com capacidade de, no mínimo, 5 mL que tenha sido previamente calibrado. - A calibração consiste na determinação da massa do picnômetro vazio e da massa de seu conteúdo com água, recentemente destilada e fervida, a 20 °C. - Transferir a amostra para o picnômetro. - Ajustar a temperatura para 20 °C, remover excesso da substância, se necessário, e pesar. - Obter o peso da amostra através da diferença de massa do picnômetro cheio e vazio. - Calcular a densidade relativa determinando a razão entre a massa da amostra líquida e a massa da água, ambas a 20 °C. http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume1.pdf 33 Determinação da densidade relativa com picnômetro Atividade prática: - Determinar a densidade relativa do álcool 96 °GL - Acetona 34 Aula 2 35 Definições importantes 36 Definições importantes 37 Definições importantes 38 Definições importantes Insumo farmacêutico Insumo farmacêutico ativo Excipientes Inserir Rodapé (caso necessário) 39 Definições importantes Inserir Rodapé (caso necessário) 40 Definições importantes Inserir Rodapé (caso necessário) 41 Definições importantes Inserir Rodapé (caso necessário) 42 Formas farmacêuticas e vias de administração É uma combinação da forma na qual o medicamento é apresentado pelo fabricante (forma de apresentação) e a forma na qual ele é administrado, incluindo a forma física (forma de administração). Maneira como os fármacos se apresentam para o uso. De acordo com a forma farmacêutica, têm-se a via de administração. Inserir Rodapé (caso necessário) 43 Via de administração: Local do organismo por meio do qual o princípio ativo é administrado Inserir Rodapé (caso necessário) 44 Via de administração: ■ ENTERAIS - Utiliza o trato gastrointestinal ■ ORAL ■ SUBLINGUAL ■ RETAL ■ PARENTERAIS - Não utiliza o trato gastrointestinal - parenteral provém do grego “para” (ao lado) e “enteros” (tubo digestivo), significando a administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo” ou sem utilizar o trato gastrointestinal. Inserir Rodapé (caso necessário) 45 Via de administração: ■ Via Parenteral: ■DIRETAS INDIRETAS ■INTRAVENOSA CUTÂNEA ■INTRAMUSCULAR RESPIRATÓRIA ■SUBCUTÂNEA CONJUTIVAL ■INTRADÉRMICA GENITURITÁRIA ■INTRA-ARTERIAL NASAL ■INTRACARDÍACA ■INTRATECAL ■INTRA-ARTICULAR Inserir Rodapé (caso necessário) 46 VIA ORAL ■Administração, pela boca, de uma forma farmacêutica que após a deglutição, chega até o TGI, (estômago, intestino delgado, intestino grosso). Vantagens: ■mais seguro ■mais conveniente (auto-administração, econômica, fácil) ■mais econômico ■confortável, Indolor Desvantagens: ■irritação da mucosa gástrica ■interferência na digestão (ação dos sucos digestivos, interação com ■alimentos, pH do trato gastrointestinal) ■dificuldade de deglutir ■absorção variável ■pacientes não colaboradores (inconscientes) ■sabor ■fenômeno de primeira passagem (intestino e fígado) Formas Farmacêuticas: comprimidos, cápsulas, drágeas, suspensões, emulsões, elixires, xaropes e soluções. Inserir Rodapé (caso necessário) 47 VIA SUBLINGUAL ■São colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sanguíneos (mucosa sublingual, ricamente vascularizada e epitélio pouco espesso). A maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via, porque a absorção é, em geral, incompleta. Vantagens ■Fácil acesso e aplicação ■Circulação sistêmica ■Emergência ■Evita-se o metabolismo de primeira passagem ■Desvantagens ■Pacientes inconscientes ■Irritação da mucosa ■Dificuldade em pediatria Formas farmacêuticas: comprimidos, pastilhas, soluções, aerossóis, etc... Inserir Rodapé (caso necessário) 48 VIA RETAL ■Aplicação pelo reto de medicamentos para atuarem localmente ou produzirem efeitos sistêmicos. Vantagens ■Circulação sistêmica ■Pacientes não colaboradores (semi-conscientes, vômitos) ■Impossibilidade da via oral (em pacientes com vômitos, crianças) ■Impossibilidade da via parenteral Desvantagens ■Lesão da mucosa ■Incômodo ■Expulsão ■Absorção irregular e incompleta ■Formas Farmacêuticas: soluções, suspensões e supositórios Inserir Rodapé (caso necessário) 49 VIA PARENTERAL DIRETA Utiliza-se agulhas, seringas e medicamentos esterilizados, seguindo técnicas padronizadas. Vantagens: Disponibilidade é mais rápida e mais previsível. No tratamento de emergências. Desvantagens: Pode ocorrer uma injeção intravascular acidental, pode vir acompanhada de forte dor e, às vezes, é difícil para um paciente injetar o fármaco em si mesmo se for necessária a automedicação. Alto custo. Inserir Rodapé (caso necessário) 50 VIA PARENTERAL DIRETA: VIA INTRADÉRMICA Fácil acesso Ações locais e sistêmicas Vacinas e testes alérgicos Baixa absorção sistêmica Pequenos volumes – de 0,1 a 0,5 mililitros Usadas em reações de hipersensibilidade Provas de PPD Provas alérgicas Aplicação de vacinas: BCG Local mais apropriado: face anterior do antebraço Pobre em pelos Possui pouca pigmentação Possui pouca vascularização Fácil acesso a leitura Inserir Rodapé (caso necessário) 51 VIA PARENTERAL DIRETA: VIA SUBCUTÂNEA Absorção lenta, através de capilares, ocorre de forma contínua e segura. O volume não deve ultrapassar 3 mililitros Usada para administração de Vacinas (rábica e sarampo), Anticoagulante (heparina) e Hipoglicemiantes (insulina) Ângulo da agulha: 90 °C – agulhas hipodérmicas e pacientes gordos 45°C – Agulhas normais e pacientes magros Complicações Infecções inespecíficas ou abscessos Formação de tecido fibroso Lesão de vasos ou de nervos Úlceras ou necrose de tecidos Local de aplicação deve ser revezado, quando utilizado por período indeterminado Inserir Rodapé (caso necessário) 52 VIA PARENTERAL DIRETA: VIA INTRAMUSCULAR Via muito utilizada, devido a absorção rápida. Músculo deve ser bem desenvolvido, fácil acesso, não possuir grande calibre e nem nervos. Volume injetado Região deltóide – de 2 a 3 mililitros Região glútea – de 4 a 5 mililitros Músculo da coxa – de 3 a 4 mililitros VANTAGENS Efeito rápido com segurança Via de depósito ou efeitos sustentados Fácil aplicação DESVANTAGENS Dolorosa Não suporta grandes volumes Absorção relacionada com tipo de substância: sol. aquosa - absorção rápida sol. oleosa - absorção lenta Formas Farmacêuticas: soluções aquosas, oleosas e suspensões. Inserir Rodapé (caso necessário) 53 VIA PARENTERAL DIRETA: VIA ENDOVENOSA Via muito utilizada, com introdução de medicação diretamente na veia. Não ocorre absorção. Indicações Necessidade imediata de ação Grandes volumes – hidratação Coleta de sangue para exames VANTAGENS Efeito farmacológico imediato Controle da dose Admite grandes volumes DESVANTAGENS Efeito farmacológico imediato Material esterilizado Pessoal competente Irritação no local da aplicação Formas Farmacêuticas: soluções aquosas puras, soluções solúveis na veia, sais orgânicos Inserir Rodapé (caso necessário) 54 VIA PARENTERAL DIRETA:OUTRAS Injeção intra-arterial ou via intra-arterial - corresponde à injeção da droga na corrente sanguínea, através de uma artéria. Via intracardíaca via reservada ao ventrículo esquerdo. Via Intratecal – administrado dentro do fluido cerebroespinhal. Injeção intra-articular - aplica-se na região articular num processo de infiltração do liquido. Inserir Rodapé (caso necessário) 55 VIA PARENTERAL INDIRETA Via Cutânea Formas farmacêuticas empregadas são soluções, cremes, pomadas, óleos, loções, géis e adesivos sólidos. Mucosas ricamente vascularizadas permitem fácil absorção de princípios ativos. Fármacos administrados diretamente sobre a mucosa tem ação local, se captadas pela circulação sanguínea, tem ação sistêmica. Via Conjuntival e Geniturinária Usualmente empregadas para obtenção de efeitos locais. As formas farmacêuticas incluem soluções, comprimidos ou óvulos vaginais, geléias, cremes e pomadas. Inserir Rodapé (caso necessário) 56 VIA PARENTERAL INDIRETA Via Respiratória Da mucosa nasal até os alvéolos, pode ser usada para obtenção de efeitos locais ou sistêmicos. Medicamentos administrados por inalação, estando sob a forma de gás ou contidas em pequenas partículas líquidas ou sólidas, geradas por nebulização ou aerossóis. Vantagens: administração de pequenas doses para rápida ação e minimização de efeitos adversos sistêmicos. Via Intracanal Via de uso odontológico exclusivo para obtenção de efeito local de fármacos junto ao canal radicular e zona pulpar. Inserir Rodapé (caso necessário) 57 DEVER DE CASA Escolher um medicamento com mais de duas formas farmacêuticas. Descrever a dosagem do(s) ativos(s); indicação terapêutica; nomes fantasia e DCB. Explicar as formas farmacêuticas do medicamento (vantagens e desvantagens). Explicar as respectivas vias de administração. Responder a questão: Qual a vantagem de se ter várias formas farmacêuticas para o mesmo produto? 58 Aula 3 http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume1.pdf 59 Qual o álcool utilizamos? Etanol absoluto CAS – [64-17-5] Sinonímia – Álcool anidro. Massa molar : 46,07 g/mol Especificação – Contém, no mínimo, 99,5% (v/v). Descrição - Líquido límpido, incolor, volátil, de odor característico. Higroscópico. Características físicas: - Temperatura de ebulição: 78-79 °C. - Densidade: 0,790 a 0,794. Conservação – Em recipientes herméticos. Armazenagem – Proteger do calor e da umidade. Segurança – Tóxico. Inflamável. Etanol CAS – [64-17-5] Sinonímia – Álcool etílico. Massa molecular 46,07 g/mol Especificação – Contém, no mínimo, 96,0% (v/v). Descrição – Líquido límpido, incolor, volátil, de odor característico. Características físicas: - Temperatura de ebulição: aproximadamente 78 °C. - Densidade: 0,803 a 0,808. Conservação – Em recipientes bem fechados. Armazenagem – Proteger do calor. Segurança – Tóxico. Inflamável. http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/arquivos/cp38_2010_anex os/alcoometria.pdf 60 Qual a diferença entre Álcool 77 °GL x Álcool 70% ??? Álcool 70% p/p é o mesmo que álcool 70° INPM Álcool 77% v/v é o mesmo que álcool 77 °GL Álcool 77 °GL corresponde ao álcool 70% p/p • O conteúdo de EtOH é expresso em graus GL ou INPM: - Gay Lussac (°GL = % vol): unidade que determina a quantidade (em mL) de álcool absoluto contida em 100 mL de uma mistura hidroalcoólica. - INPM (% p = Porcentagem de álcool em peso ou grau alcoólico INPM): quantidade (em g) de álcool absoluto contida em 100 g de uma mistura hidroalcoólica. http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume1.pdf 61 Alcoometria Alcoometria é a determinação do grau alcoólico ou título etanólico das misturas de água e álcool etílico. O título alcoométrico volumétrico de uma mistura de água e álcool é expresso pelo número de volumes de etanol a 20 ºC contido em 100 volumes dessa mistura a mesma temperatura. É expresso em % (v/v). O título alcoométrico ponderal é expresso pela relação entre a massa de etanol contida em uma mistura de água e etanol e a massa total dessa. É expresso em % (m/m). O álcool etílico contém, no mínimo, 95,1% (v/v) correspondendo a 92,55% (m/m) e, no máximo, 96,9% (v/v) correspondendo a 95,16% (m/m) de C2H6O a 20 ºC. O álcool etílico absoluto contém, no mínimo, 99,5% (v/v) correspondendo a 99,18% (m/m) de C2H6O a 20 ºC. http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume1.pdf 62 Alcoometria - procedimento O alcoômetro centesimal se destina à determinação do grau alcoólico das misturas de água e álcool indicando somente a concentração do álcool em volume e expresso pela sua unidade de medida, grau Gay- Lussac (ºG.L.). As determinações do alcoômetro são exatas somente para a mistura de água e álcool a 20 °C, na qual o instrumento foi graduado. Se a temperatura durante o ensaio for inferior ou superior a 20 °C torna-se necessário corrigir a temperatura do álcool para 20 ºC. A determinação do grau alcoólico das misturas de água em volume é realizada pelo alcoômetro. Para a determinação do grau alcoólico das misturas de água e álcool em massa, pode ser utilizado o método da densidade relativa ou verificada a graduação na tabela alcoométrica após a determinação pelo alcoômetro. http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume1.pdf 63 Alcoometria - procedimento http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/conteudo/3a_edicao.pdf 64 PREPARO DE ÁLCOOL ETÍLICO DILUÍDO Para a preparação do álcool etílico diluído é facultado adotar tanto o critério volumétrico v/v (volume do etanol por volume de água), quanto o critério ponderal p/p (peso do etanol por peso de água). Para obter o volume de álcool etílico diluído no teor desejado, calcular a quantidade de álcool etílico de partida a ser utilizado segundo a expressão: Vp = volume do álcool etílico de partida a ser utilizado (mL); Vd = volume do álcool etílico diluído desejado (mL); Td = Teor alcoólico desejado (% v/v); Tp = Teor real alcoólico de partida a 20 °C (% v/v); http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/conteudo/3a_edicao.pdf 65 PREPARO DE ÁLCOOL ETÍLICO DILUÍDO Nota: o teor real alcoólico de partida deve ser obtido com o uso de alcoômetro. O volume de água purificada a ser adicionado para obtenção do álcool etílico diluído desejado pode ser encontrado segundo a expressão: Va = Vd – Vp em que: Va = volume de água purificada a ser utilizada (mL); Vd = volume do álcool etílico diluído desejado (mL); Vp = volume do álcool etílico de partida a ser utilizado (mL). http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/conteudo/3a_edicao.pdf 66 PREPARO DE ÁLCOOL ETÍLICO DILUÍDO Para preparar o álcool etílico diluído, deve-se seguir as seguintes instruções: - Medir o volume de álcool etílico e água separadamente. - Fazer a mistura dos dois líquidos. - Deixar em repouso até acomodação das moléculas. - Fazer a conferência do álcool etílico obtido, usando o alcoômetro. - Fazer os ajustes necessários adicionando água ou álcool etílico. - Refazer a conferência do álcool etílico obtido, utilizando o alcoômetro. - Repetir os dois últimos itens até atingir o valor desejado. http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/conteudo/3a_edicao.pdf 67 Técnica para determinação do teor alcoólico: - Colocar 1000 mL do etanol neutro em uma proveta de mesma capacidade. - O menisco inferior do líquido deve ficar acima da linha (divisão). - Deixar o etanol por alguns minutos para que haja acomodação das moléculas. - Colocar a ponta inferior do termômetro. Anotar a temperatura. - Mergulhar no líquido o alcoômetro previamente molhado no etanol em ensaio e enxugado cuidadosamente. Imprimir uma rotação de 360º, sentido anti-horário no alcoômetro que deverá flutuar livremente na proveta, sem aderir às paredes. - Quando o alcoômetro deixar de oscilar, fixar o olhar abaixo do plano da superfície do líquido. Elevar o olharaté que o raio visual fique no mesmo plano da superfície do líquido. Ler o nº da graduação correspondente ao afloramento. - A correspondência entre % v/v (°GL) e % p/p é demonstrada no Anexo C. 68 Aula 4 Inserir Rodapé (caso necessário) 69 Siglas e abreviaturas em prescrições e preparações farmacêuticas Inserir Rodapé (caso necessário) 70 Aplicação das siglas e abreviaturas Belladona 6 CH Phytolacca dec. 6 CH Belladona 6 CH Phytolacca dec. 6 CH ãã .... qsp ..... 30 mL ãã ..... 30 mL Inserir Rodapé (caso necessário) 71 Outras siglas comuns em prescrições e preparações farmacêuticas Inserir Rodapé (caso necessário) 72 Outras siglas comuns em prescrições e preparações farmacêuticas Inserir Rodapé (caso necessário) 73 Outras siglas comuns em prescrições e preparações farmacêuticas Inserir Rodapé (caso necessário) 74 Outras siglas comuns em prescrições e preparações farmacêuticas 75 Exemplo de ficha de manipulação Inserir Rodapé (caso necessário) 76 Ficha de pesagem 77 Formas farmacêuticas líquidas SOLUÇÕES “Soluções são preparações líquidas que contém uma ou mais substâncias dissolvidas em um solvente adequado ou em um mistura de solventes mutuamente miscíveis, resultando em uma fase única”. • Quanto ao uso, pode ser classificada como: - oral - oftálmica - tópica - dentre outras 78 Formas farmacêuticas líquidas - classificação • Em função da sua composição e da finalidade do uso, as soluções podem ainda ser classificadas como outras formas farmacêuticas. Alguns exemplos: - Xaropes: soluções aquosas que contém açúcar; - Elixires: soluções hidroalcoólicas edulcoradas; - Águas aromáticas: Soluções aquosas saturadas de substâncias voláteis obtidas por destilação de produtos vegetais. - Tinturas, - Dentre outros. 79 Formas farmacêuticas líquidas orais • Vantagens: - Facilidade de administração - Rápida absorção - Mascara possível paladar ruim do fármaco - Adesão ao tratamento • Desvantagens: - Problemas organolépticos - Solubilização/ Instabilidade fármaco - Maior possibilidade de contaminação - Grande volume/ Necessidade dosadores 80 Formas farmacêuticas líquidas • Algumas soluções são preparadas para ser estéreis e livres de pirogênios destinadas à administração parenteral. Ex. Soluções Injetáveis e colírios. • Soluções orais, xaropes, elixires, tinturas... são soluções não-estéreis. Administração oral na forma de solução fármacos em solução absorção no TGI para a circulação sistêmica pode ocorrer mais rápido do que a partir de uma suspensão ou a partir de uma FF sólida. • Além das substâncias ativas, outros solutos estão presentes nas formulações. Essas substâncias adicionais conferem cor, odor, sabor... de forma a melhorar a aceitação por parte do paciente. Deve se observar os dados de solubilidade e estabilidade de cada soluto frente ao solvente/sistema de solventes a ser utilizado. 81 Formas farmacêuticas líquidas - Características das soluções: • Sistema homogêneo • Soluto + solvente = afinidade “semelhante dissolve semelhante” • Interações envolvidas (ex. Van der Waals, ligação de hidrogênio..) • Soluto-soluto • Soluto-solvente • Velocidade de dissolução depende: - tamanho das partículas - grau de agitação - temperatura 82 Formas farmacêuticas líquidas - Coeficiente de solubilidade: Quantidade máxima, em grama, de soluto que se dissolve numa quantidade fixa de solvente a uma dada temperatura. Ex: Csol KNO3 em água = 31,6 g de KNO3 para 100 mL de H2O (T= 20 °C). 83 Formas farmacêuticas líquidas - Expressa em momentos de dipolo - ↑ constante dielétrica: substâncias polares (interações íon-dipolo). - ↓ constante dielétrica: substâncias hidrofóbicas. 84 Formas farmacêuticas líquidas: Solventes geralmente utilizados: • Água purificada • Álcool etílico (etanol): - Depois da água é o mais utilizado - Solvente principal de compostos orgânicos - Contém 94,9-96% de etanol por volume (v/v) - Efeito tóxico em crianças (limite para uso oral: 0,5% em crianças e 3% em adultos) - Miscível em água - Usado para fármacos não hidrossolúveis • Glicerina - Líquido viscoso e transparente - Miscível em água e etanol - Devido à viscosidade, a dissolução é lenta • Propilenoglicol - - Líquido viscoso, miscível em água e etanol - - Utilizado no lugar da glicerina 85 Formas farmacêuticas líquidas - Preparo das soluções: A maioria é preparada através da simples dissolução do soluto com o solvente, seguida de filtração. - Cálculos: Quantos mL de uma solução 6,70 % (v/v) contém 23 mL do soluto? . Quantos litros de uma solução a 2,5 % (p/v) podem ser preparados usando 42,5 g de soluto? 86 Formas farmacêuticas líquidas – exemplos de formulações líquidas Solução de Dipirona– preparar 60 mL - dipirona................................5 % - água destilada q.s.p............10 mL Uso: analgésico e antitérmico Solução alcoólica de iodo (tintura fraca) – preparar 120 mL - iodo ...............................2 g - iodeto de potássio.........1,5% - água destilada...............10 mL - álcool 96º GL..q.sp........100 mL Uso: antisséptico local 87 Formas farmacêuticas líquidas – exemplos de formulações líquidas Água Boricada – preparar 30 mL Ácido bórico................................................2% Água purificada............................... qsp 100% Aquecer parte da água até aproximadamente 50 °C, dissolver o ácido bórico e deixar esfriar. Completar o volume com água purificada estéril. Homogeneizar e filtrar. ADVERTÊNCIAS: Desprezar as soluções sete dias após a abertura do frasco. Suspender o uso se houver mudança de cor ou odor. Manter fora do alcance de crianças. Recomenda-se inserir na etiqueta a seguinte frase: não ingerir. Uso exclusivamente externo. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Como antisséptico em oftalmites. MODO DE USAR: Aplicar 2-3x/dia, em compressas com gaze ou algodão. 88 Formas farmacêuticas líquidas Águas Aromáticas (hidrolatos) São soluções aquosas saturadas de óleos essenciais ou outras substâncias aromáticas em água. Obtidas por destilação em água, geralmente de drogas frescas. Possuem odor característico das drogas com as quais são preparadas, recebendo também o nome das mesmas. Exemplo: Água de hortelã; Água de rosa https://www.youtube.com/watch?v=ao3xvgPi79k Espíritos (alcoolatos) São preparações líquidas alcoólicas ou hidroalcoólicas, contendo princípios aromáticos ou medicamentosos e classificados em simples e compostos. Os espíritos são obtidos pela dissolução de substâncias aromáticas no álcool, geralmente, na proporção de 5% (p/V). https://www.youtube.com/watch?v=ao3xvgPi79k 89 Formas farmacêuticas líquidas Elixires São preparações líquidas, límpidas, hidroalcoólicas, apresentando teor alcoólico na faixa de 20% a 50%. Os elixires são preparados por dissolução simples e devem ser envasados em frascos de cor âmbar e mantidos em lugar fresco e ao abrigo da luz. Colírios São preparações farmacêuticas líquidas destinadas à aplicação sobre a mucosa ocular. Devem atender às exigências especificadas nas respectivas monografias. Devem satisfazer às exigências de esterilidade. 90 Formas farmacêuticas líquidas EXTRATOS Extratos são preparações de consistência líquida, sólida ou intermediária, obtidas a partir de material vegetal ou animal. O material utilizado na preparação de extratos pode sofrer tratamento preliminar, tais como, inativação de enzimas, moagem ou desengorduramento. Os extratos são preparados por percolação, maceração ou outro método adequado e validado, utilizando como solvente álcool etílico, água ou outro solvente adequado. Após a extração, materiais indesejáveis podem ser eliminados. ENEMAS São preparações líquidas destinadas à aplicação retal com finalidade laxativo ou para fins de diagnóstico. 91 Formas farmacêuticas líquidas Extratos Fluidos Extratos fluidos são preparações líquidas nas quais, excetoquando especificado diferentemente, uma parte do extrato, em massa ou volume, corresponde a uma parte, em massa, da droga seca utilizada na sua preparação. Os extratos fluídos podem ser padronizados, em termos de concentração do solvente, do teor dos constituintes ou do resíduo seco. São obtidos por percolação. Se necessário, podem ser adicionados de conservantes inibidores do crescimento microbiano. Extratos Hidroglicólicos (Extratos Glicólicos) Contêm as frações aromáticas intactas (óleos essenciais) e hidrossolúveis (taninos, aminoácidos, etc) de maneira perfeitamente assimilável. Contêm concentrações próximas a 50% do peso da planta fresca. São solúveis em água e produzem uma solução transparente ou ligeiramente turva. Glicóis = glicerina, propilenoglicol. 92 Formas farmacêuticas líquidas Extratos Moles Os extratos moles são preparações de consistência pastosa obtidos por evaporação parcial do solvente utilizado na sua preparação. São obtidos utilizando-se como solvente unicamente álcool etílico, água ou misturas álcool etílico/água de proporção adequada. Apresentam no mínimo 70% de resíduo seco (p/p). Aos extratos moles podem ser adicionados conservantes para inibir o crescimento microbiano. Extratos Secos Extratos secos são preparações sólidas obtidas pela evaporação do solvente utilizado na sua preparação. Apresentam, no mínimo, 95% de resíduo seco, calculados como percentagem de massa. Os extratos secos podem ser adicionados de materiais inertes adequados. Os extratos secos padronizados têm o teor de seus constituintes ajustados pela adição de materiais inertes adequados ou pela adição de extratos secos obtidos com a mesma droga utilizada na preparação. Quando necessário, a monografia poderá prescrever realização de ensaio limite para o solvente utilizado na preparação. 93 Formas farmacêuticas líquidas Loções São preparações líquidas aquosas ou hidroalcoólicas, com viscosidade variável, para aplicação na pele, incluindo o couro cabeludo. Podem ser soluções, emulsões ou suspensões contendo um ou mais princípios ativos ou adjuvantes. Xaropes São preparações aquosas caracterizadas pela alta viscosidade, que apresentam não menos que 45% (p/p) de sacarose ou outros açúcares na sua composição. Os xaropes geralmente contêm agentes flavorizantes. Quando não se destinam ao consumo imediato, devem ser adicionados de conservadores antimicrobianos autorizados. 94 Formas farmacêuticas líquidas Suspensões São preparações farmacêuticas obtidas pela dispersão de uma fase sólida insolúvel ou praticamente insolúvel em uma fase líquida. Quando se destinam a uso injetável, as suspensões devem satisfazer às exigências de esterilidade e não apresentar partículas maiores que 100 µm. 95 Formas farmacêuticas líquidas EMULSÕES Forma farmacêutica líquida de um ou mais princípios ativos que consiste de um sistema de duas fases que envolvem pelo menos dois líquidos imiscíveis (que não se misturam) e na qual um líquido é disperso na forma de pequenas gotas (fase interna ou dispersa) através de outro líquido (fase externa ou contínua). Normalmente é estabilizada através de um ou mais agentes emulsificantes. Podem ser de uso interno ou externo. Ex.: Emulsão de Scott, Proderm emulsão 96 Formas farmacêuticas líquidas Tinturas Tinturas são preparações líquidas obtidas, normalmente, de substâncias de origem vegetal (10%) ou animal (5%). As tinturas são usualmente obtidas utilizando uma parte da droga e 10 partes do solvente de extração ou uma parte da droga e cinco partes do solvente de extração. As tinturas são normalmente límpidas. Um pequeno sedimento pode se formar por deposição e é aceitável desde que não haja modificação da composição. São baseadas na ação solubilizante do álcool etílico ou da glicerina sobre o pó seco da droga (planta), ao qual se pode agregar água em quantidade necessária para diminuir a concentração alcoólica. A graduação alcoólica da tintura varia de acordo com a solubilidade dos princípios ativos extraídos normalmente entre 30° GL e 90° GL. Atualmente, a glicerina, o propilenoglicol e o polietilenoglicol também têm sido empregados em misturas com água substituindo o etanol. Inserir Rodapé (caso necessário) 97 Outras preparações farmacêuticas líquidas: classificação ■- HIDRÓLEOS: Soluções simples ou extrativas cujo solvente é a água. Classificação: 1. Hidrolitos: soluções aquosas simples (Ex. água boricada, água de cal) 2. Soluções aquosas extrativas: ■ 2.1 Macerados ■ 2.2 Digestos ■ 2.3 Infusos ■ 2.4 Decoctos ■- ALCOÓLEOS: Soluções simples ou extrativas cujo solvente é o etanol. Classificação: ■1. Alcoolitos: soluções alcoólicas simples (Ex. iodo, cânfora) ■2. Alcoolaturas (drogas vegetais frescas) ■3. Tinturas (drogas secas) ■4. Elixires Inserir Rodapé (caso necessário) 98 Outras preparações farmacêuticas líquidas: SOLUÇÕES EXTRATIVAS - Métodos de extração de matérias-primas vegetais: 1. Maceração - Não permite o esgotamento total da planta; - Planta em contato direto com o solvente por tempo variável à T ambiente; - Indicação: drogas vegetais pouco compactas e com ativos alteráveis pelo calor; - Solvente extrator: água ou mistura hidroalcoólica. ■Obs.: Maceração simples ou estática e Maceração dinâmica (com agitação) ■Técnicas correlacionadas: ■Digestão: planta e solvente são aquecidos à mesma temperatura (35-40 °C); ■Infusão: adição de água fervente sobre a planta previamente triturada; ■Decocção: planta e solvente são mantidos à temperatura de ebulição da água, durante todo o processo. Inserir Rodapé (caso necessário) 99 Outras preparações farmacêuticas líquidas: SOLUÇÕES EXTRATIVAS ■2. Percolação (Lixiviação): ■Técnica que esgota totalmente a droga vegetal ■• Etapas: - Pulverização da droga; - Umedecimento do pó (mesmo líquido). - Acondicionamento do pó umedecido no percolador e adição do solvente; - Período de maceração; - Deslocamento do solvente, regulado de modo a obter-se um determinado peso de percolado em um período de tempo definido Inserir Rodapé (caso necessário) 100 Outras preparações farmacêuticas líquidas: SOLUÇÕES EXTRATIVAS ■• Acondicionamento do pó no percolador: ■– Introduzir previamente um pedaço de algodão hidrófilo, formando uma camada de 3 a 4 cm de espessura. Pode-se ainda colocar um pouco de areia lavada dobre o algodão. ■– A droga deve ser colocada em pequenas porções de cada vez, sendo levemente comprimida. ■– Em seguida, colocar uma camada de papel de filtro e uma camada de areia ou disco perfurado de porcelana ou metal. ■– Adiciona-se o solvente sobre o pó, a uma camada de 3 cm acima do disco, conservando aberta a saída do percolador até que o líquido comece a escoar. Inserir Rodapé (caso necessário) 101 Outras preparações farmacêuticas líquidas: SOLUÇÕES EXTRATIVAS ■• Ritmo de deslocamento do solvente: ■– O deslocamento muito rápido impede a extração eficaz. ■– Deslocamento muito lento: dificulta a passagem através do pó. ■– Regra geral: a cada 24 horas, deve-se obter 1,5 vezes o peso de pó introduzido. ■Ex: 150 g de percolado (24 h), para 100 g de pó. Inserir Rodapé (caso necessário) 102 Outras preparações farmacêuticas líquidas: SOLUÇÕES EXTRATIVAS ■Fim da percolação: ■– A percolação deve prosseguir até o momento em que o líquido deixe de dissolver qualquer componente existente no pó. ■– Exemplos de métodos para a verificação: ■• Líquido percolado sem cor, odor; ■• Líquido que, ao ser evaporado, não gera resíduo; ■• Líquido que pode ser identificado por alguma reação específica 103 Formas farmacêuticas líquidas – EXCIPIENTES Edulcorantes: 104 Formas farmacêuticas líquidas – EXCIPIENTES Flavorizantes: Usados para mascarar o gosto ruim de determinados componentes da formulação. Devem ser selecionados de forma a atender a necessidade do público-alvo 105 Formas farmacêuticas líquidas – EXCIPIENTES Flavorizantes: 106 Formas farmacêuticas líquidas – EXCIPIENTES- Aromatizantes - Agentes corantes - Agentes conservantes: Um conservante ideal deve possuir algumas características principais: • Bactericida • Ativo contra um espectro amplo de MO • Estabilidade física, química e microbiológica • Atóxico, solúvel, inodoro ou com odor aceitável http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/publi cacoes/4_edicao/parte1/substancias_corantes.pdf https://qualidadeonline.files.wordpress.com/2010/01/corante.jpg 107 Pesquisa ■ Procure 5 diferentes medicamentos e liste os corantes presentes nos mesmos. 108 Formas farmacêuticas líquidas – EXCIPIENTES - Agentes Conservantes 109 Formas farmacêuticas líquidas – EXCIPIENTES - Agentes Conservantes Nipagin e Nipazol: Conservantes antimicrobianos derivados do ácido p- hidroxibenzóico, conhecidos como parabenos. - Largo espectro de ação antimicrobiana, fungos e leveduras - Efetivos em baixas concentrações - Baixa toxicidade - Não-irritantes aos olhos, pele e membranas mucosas - Quimicamente estáveis – compatíveis com uma ampla gama de ingredientes - Estáveis em solução aquosa, mantendo sua atividade antimicrobiana em pH 4-8 - Incolor e sem cheiro - Biodegradáveis a baixas concentrações (não representa danos ao meio ambiente) - 0,1 a 0,3 % 110 Formas farmacêuticas líquidas – EXCIPIENTES - Agentes antioxidantes: - Oxidam-se preferencialmente em relação ao ativo Ex: BHT (hidroxitolueno butilado) - Impedem a oxidação do fármaco Ex: Metabissulfito de sódio - Efeito sinérgico no bloqueio da oxidação Ex: ácido cítrico, ácido ascórbico 111 Aula 5 Inserir Rodapé (caso necessário) 112 Rotulagem de medicamentos magistrais: RDC 67/ 2007 a) Nome do prescritor; b) Nome do paciente; c) Número do registro da formulação no Livro de Receituário; d) Data da manipulação; e) Prazo de validade; f) Componentes da formulação com respectivas quantidades; g) Número de unidades; h) Peso ou volume contido; i) Posologia; j) Identicação da farmácia; k) CNPJ; l) Endereço completo; m) Nome do farmacêutico responsável técnico com respectivo número de registro no Conselho Regional de Farmácia. http://fqm.edu.br/20161/wp-content/uploads/2017/02/ANFARMAG- Guia_de_rotulagem_de_preparacoes_magistrais_oficinais.pdf 113 Rotulagem de medicamentos oficinais: RDC 67/ 2007 a) A denominação farmacopeica do produto; b) Componentes da formulação com respectivas quantidades; c) Indicações do formulário oficial de referência; d) Data da manipulação e prazo de validade; e) Número de unidades ou peso ou volume contidos; f) Posologia; g) Identificação da farmácia; h) CNPJ; i) Endereço completo; j) Nome do farmacêutico responsável técnico com respectivo número de registro no Conselho Regional de Farmácia. ■Nota: quando a farmácia tiver como regra imprimir no rótulo a identificação da matriz e das filiais, compete ao farmacêutico estabelecer um mecanismo de identificação do estabelecimento que realizou a manipulação da fórmula ali declarada, para rastreabilidade. Inserir Rodapé (caso necessário) 114 Inserir Rodapé (caso necessário) 115 Para atendimento ao item “Componentes da formulação com respectivas quantidades” descritos nos itens 1 e 2, recomenda-se o seguinte descritivo: ■Nome da DCB (ativo) ...............................xx mg ■Excipientes (a, b, c, d,....).........qsp .........yy cápsulas/mL ■Obs.: de acordo com o vocabulário controlado da Anvisa, a abreviação de cápsulas é CAP. ■Nota: Os excipientes devem ser descritos pelo nome um após o outro, os quais denominamos de “a, b, c (...)” Inserir Rodapé (caso necessário) 116 Complementos de informações na rotulagem ■Há casos em que é necessário colocar informações adicionais no próprio rótulo ou em uma etiqueta à parte, como exemplificado nos modelos abaixo. Essas informações devem ser seguidas sob pena de que, se não cumpridas, a farmácia poderá cometer infração sanitária ou ética. Importante: segundo o item 12.5 do Anexo I, “As substâncias que compõem as formulações magistrais e oficinais devem ser denominadas de acordo com a DCB ou, na ausência, a DCI ou o CAS vigentes, quando houver.” http://fqm.edu.br/20161/wp-content/uploads/2017/02/ANFARMAG- Guia_de_rotulagem_de_preparacoes_magistrais_oficinais.pdf 117 Rotulagem de medicamentos oficinais/magistrais fitoterápicos - RDC 67/ 2007 a) Nome do prescritor; b) Nome do paciente; c) Número do registro da formulação no Livro de Receituário; d) Data da manipulação; e) Prazo de validade; f) Componentes da formulação (classificação botânica) com respectivas quantidades; g) Número de unidades; h) Peso ou volume contido; i) Posologia; j) Identificação da farmácia; k) CNPJ; l) Endereço completo; m) Nome do farmacêutico responsável técnico com respectivo número no Conselho Regional de Farmácia. http://fqm.edu.br/20161/wp-content/uploads/2017/02/ANFARMAG- Guia_de_rotulagem_de_preparacoes_magistrais_oficinais.pdf 118 Rotulagem de medicamentos oficinais/magistrais fitoterápicos - RDC 67/ 2007 Importante: A classificação botânica deverá ser aquela que consta na Farmacopeia Brasileira, inclusive no Formulário Nacional Fitoterápico, edição atualizada e vigente, bem como de Instruções Normativas ou Resoluções publicadas pelo órgão de fiscalização. Compreende a nomenclatura ou classificação: gênero, espécie, variedade e família. Inserir Rodapé (caso necessário) 119 Nota: Os fitoterápicos que possuírem indicação terapêutica devem ser aviados somente com prescrição médica. Os fitoterápicos utilizados como alimentos permitidos (ex: chás) não podem ostentar indicação ou alegações terapêuticas. Inserir Rodapé (caso necessário) 120 Preparações por solicitação de estabelecimentos hospitalares e congêneres ■ A Resolução RDC nº 67/2007, em seu item 5.10 e subitens do Anexo, prevê que a farmácia pode atender preparações magistrais e oficinais requeridas por estabelecimentos hospitalares e congêneres em situações específicas, tais como: (i) inexistência do produto no mercado e (ii) Justificada a necessidade da manipulação. ■Nota: É proibido aos estabelecimentos citados comercializar as referidas preparações. Tais preparações somente podem ser utilizadas para uso da unidade solicitante e no paciente dentro da própria unidade. Inserir Rodapé (caso necessário) 121 Modelo de Rótulo para estabelecimentos hospitalares e congêneres Importante: As preparações por solicitação de estabelecimentos hospitalares e congêneres devem ser feitas mediante contrato estabelecido entre as partes. Inserir Rodapé (caso necessário) 122 Preparações por solicitação de estabelecimentos hospitalares e congêneres ■ A transformação de especialidade farmacêutica poderá ser realizada utilizando a que o paciente levar na farmácia ou a do estoque da farmácia. ■ O rótulo da preparação transformada, de acordo com o item 5.12 e subitens do Anexo da RDC nº 67/2007, deve conter os dados específicos para a preparação magistral, mencionada no item 1 deste guia. ■ Adicionalmente, sugere-se que seja mencionado o nome comercial, o fabricante e o lote da especialidade farmacêutica utilizada. Inserir Rodapé (caso necessário) 123 Modelo Nota: O farmacêutico deve registrar na Ordem de Manipulação (OM) o nome comercial, lote, data de fabricação e validade da especialidade que é objeto da transformação e, ainda, se a especialidade utilizada para transformação pertence ao paciente ou não. Esses dados também podem ser anotados na coluna “observação” do Livro de Receituário. http://www.anvisa.gov.br/hotsite/cd_farmacopeia/pdf/volume1.pdf 124 Conservação As substâncias devem ser conservadas sob condições tais (temperatura, luz e umidade) que evitem sua contaminação ou deterioração. - Proteger da luz: conservar em recipiente opaco ou capaz de impedir a ação da luz. - Proteger da poeira: manter em frasco arrolhado com capuz protetor. - Condições de temperatura: • Em congelador entre: -20 ºC e 0 ºC. • Em refrigerador:entre 2 ºC e 8 ºC. • Local fresco: entre 8 ºC e 15 ºC. • Local frio: até 8 ºC. • Temperatura ambiente: entre 15 ºC e 30 ºC. • Local quente: entre 30 ºC e 40 ºC. • Calor excessivo: acima de 40 ºC. 125 XAROPES - Preparações farmacêuticas aquosas, límpidas, que contém açúcar (ex. sacarose), em concentração próxima a saturação. - Geralmente são adicionados fármacos e flavorizantes (confere sabor característico). - “Soluções aquosas concentradas de sacarose ou outros açúcares. Quando não se destinam ao uso imediato deverão ser adicionados de conservantes antimicrobianos autorizados.” (Farm. Bras. 5a ed.) 126 XAROPES Vantagens: - Forma farmacêutica de fácil aceitação e administração; - Baixo custo; - Boa conservação meio hipertônico - Elevada viscosidade; - Desempenha função edulcorante (disfarça o sabor do ativo, confere sabor adocicado) e conservante. Desvantagens: - Meio nutritivo: diluição – propagação de microrganismos; - Indução de resposta insulínica; - Aporte calórico; - Cariogênico; - Instabilidade peculiar de uma solução saturada 127 XAROPES - Componentes - Água purificada; - Sacarose: açúcar diamantino (deixa o xarope claro); - Outras substâncias glicogênicas (sabor adocicado): dextrose, sorbitol, glicerina, propilenoglicol; - Substâncias não glicogênicas (para xaropes artificiais - pacientes diabéticos): metilcelulose, hidroxietilcelulose, carboximetilcelulose (conferem viscosidade e sabor agradável); - Pode conter: conservantes (benzoato de sódio, parabenos), flavorizantes (sabor), corantes, aromatizantes, antioxidantes. - As substâncias ativas deverão ser solúveis. - Possui pouca ou nenhuma quantidade de álcool (pode ser usado como conservante ou como solvente de substâncias aromáticas). 128 XAROPES – Classificação e preparo - Xarope simples: veículo oficinal (descrito da Farmacopeia Brasileira). Apenas água e açúcar. - Xarope composto: preparado utilizando o xarope simples como veículo. Contém uma ou mais substâncias ativas. Preparo dos xaropes: Operações: dissolução e filtração. Adição do ativo: 1. Adição do ativo durante o preparo do xarope; 2. Ativo adicionado ao xarope simples método mais indicado, pois pode preparar o xarope e filtrar, evitando o aparecimento de cristais. 129 XAROPES – Xarope simples • Preparo a frio (temperatura ambiente): - Agitação: misturar açúcar e água (agitador mecânico); - Sacarolizador: percolador cilíndrico de açúcar, a nível industrial. A água passa lentamente sobre a camada de açúcar, dissolvendo-a e formando o xarope. No final, passa por um filtro. Vantagens: xarope claro; hidrólise da sacarose reduzida. Desvantagens: não elimina CO2 meio de cultura para microrganismos anaeróbios (ex. aspergillus e penicilium); processo lento - Uso: Revestimento de drágeas e Xaropes em geral 130 XAROPES – Xarope simples • Preparo a quente: - Vantagens: Elimina CO2, microrganismos; Processo rápido; Aumenta a velocidade de dissolução do açúcar; Quando os componentes da formulação não são degradados pelo calor - Desvantagens: Xaropes amarelados (Hidrólise da sacarose); A sacarose é um dissacarídeo. Quando ocorre aquecimento excessivo, pode ser hidrolisada em dextrose (glicose) e frutose (levulose) – açúcares amarelados e adocicados. A hidrólise chama-se inversão e a combinação dos dois monossacarídeos é o açúcar invertido. Este é mais doce em relação à sacarose, e o xarope escurece. Quando o xarope é superaquecido, torna-se âmbar, devido a caramelização da sacarose. Estes são mais susceptíveis aos microrganismos. 131 XAROPES – Xarope simples 132 XAROPES – Formulação O xarope simples (85% p/v): Farm. Bras. Sacarose ----------------------------------- 850 g Água destilada --------- qsp ------------ 1000 mL d = 1,32 (1,31-1,33) d = m/v - Filtração final - Envase em frasco âmbar dependendo da substância ativa. - Possíveis causas de contaminação: Frasco mal vedado (evaporação da água); Variação da temperatura: pode-se adicionar nipagin 0,1%!!! - Cálculos: 1. Devo preparar 30 mL de xarope simples 85 % (p/v). Quanto pesar de cada componente? 2. Quantos ml de água serão necessários para preparar 125 mL de xarope 85 % p/v (d=1,313 g/mL)? A TEMPERATURA DURANTE O AQUECIMENTO NÃO DEVE ULTRAPASSAR 80°C 133 XAROPES – Xaropes artificiais - Não glicogênicos • Uso por pacientes diabéticos • Dispersão de polímeros como metilcelulose, CMC... Viscosidade garantida. Exemplos: CMC sódica ------------------ 1g H2O purificada ---- qsp ---- 100 mL Metilcelulose ---------------- 1g H2O purificada ---- qsp ---- 100 mL Inserir Rodapé (caso necessário) 134 Xarope sugar free ■ Preparo de 100 mL: Calcular, Pesar e Medir os componentes da formulação; Transferir para um Béquer 50 mL de Água Purificada, 0,15 g de Metilparabeno, 5 mL de Sorbitol 70% e aquecer até total solubilização; Adicionar 0,10 g de Sacarina e solubilizar lentamente para não cristalizar depois de solubiliza-lo retirar da Chapa Aquecedora e reserva-lo, após, adicionar 2 g de CMC pulverizando em cima da solução e homogeneizar lentamente, esperar esfriar para avolumar e envasar. Inserir Rodapé (caso necessário) 135 Xarope expectorante 1.Tintura de guaco ........................................ 10% 2.Tintura de própolis......................................10% 3.Xarope simples............................. q.s.p. 100 mL ■ MEL 10 a 15% (opcional) ■ Colocar num béquer o MEL e fundir em banho-maria. Transferir para copo e acrescentar parte do 3, incorporar o 1 e 2, completar o volume com o 3 136 XAROPES – Ensaios - Características organolépticas - Transparência - Densidade - Viscosidade - Dentre outros https://www.youtube.com/watch?v=sYjghwPXeiM Inserir Rodapé (caso necessário) 137 Óxido de cálcio (cal virgem) ........... 1 g Água purificada qsp ........................ 100 mL Triturar o óxido de cálcio. Transferir para recipiente adequado, hidratá- lo com 5 mL de água, completar o volume e agitar. Deixar em repouso até obtenção de sobrenadante límpido, que deve ser decantado e desprezado. Completar o volume novamente, homogeneizar e deixar em repouso. Na hora do emprego, utilizar volume adequado do sobrenadante límpido (realizar filtração). Armazenar em recipiente de plástico opaco. Adstringente e para facilitar a cicatrização de queimaduras e úlceras Uso externo. Aplicar nas áreas afetadas, de três a quatro vezes ao dia. Usar no preparo da pasta d’agua de calamina Água de cal (Form Nac.) – preparar 200 mL