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NFPSS- PARTE IV - INSTITUCIONAL, TRASINDIVIDUAIS, AMBIENTAL, ECA, CDC, SAÚDE, PHC, IDOSO, EDUCAÇÃO, HUMANOS E RACISMO, MU

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 SUMÁRIO 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL ........................................................................................ 03 
DIREITOS TRASINDIVIDUAIS ......................................................................................... 10 
AMBIENTAL ................................................................................................................. 30 
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................................................... 41 
DIREITO DO CONSUMIDOR .......................................................................................... 64 
DIREITO À SAÚDE ......................................................................................................... 70 
PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL ................................................. 71 
DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA................................................................... 72 
PROTEÇÃO AO IDOSO .................................................................................................. 74 
DIREITO À EDUCAÇÃO .................................................................................................. 78 
DIREITOS HUMANOS E COMBATE AO RACISMO ........................................................... 80 
MOBILIDADE URBANA ................................................................................................. 84 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Futuros Promotores e Promotoras da Bahia, preparados para mais um NÃO FAÇA PROVA SEM SABER? 
Estamos a cada dia mais próximos da #BAHIA, minha gente!!! #ÔLEVAEU #LEVALEVA! Vamos juntos para mais 
uma revisão? #VUMBORAREVISAR! 
Peguem a xícara de café e vamos começar, porque esse material tá #MELHORQUEACARAJÉ!! 
 
LEGISLAÇÃO INSTITUCIONAL1 
Galera, a disciplina “legislação institucional” deverá ser estudada com base na lei “seca” e alguns julgados. 
Para começar, vamos dar uma olhada nas constituições estadual e federal? #SELIGA nos destaques, ok? 
Primeiro vamos analisar a Estadual e depois a Federal. #AQUINÃOCAINAPEGADINHA. #TAMOJUNTO! 
 Constituição Estadual: 
Art. 135 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo- 
lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
§ 1º - O Ministério Público Estadual é exercido: 
I - pelo Procurador Geral de Justiça; 
II - pelos Procuradores de Justiça; 
III - pelos Promotores de Justiça; 
IV - pelas Curadorias Especializadas. 
§ 2º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional, 
gozando os seus membros das garantias de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios, nos 
termos do que dispõe o art. 128, §5º, I, c, da Constituição Federal. 
 
Art. 137 - Ao Ministério Público aplicam-se os seguintes preceitos: 
I - ingresso na carreira mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Ordem dos 
Advogados do Brasil em sua realização e observada a ordem de classificação nas nomeações; 
II - promoção voluntária por antiguidade e merecimento, de entrância a entrância e de entrância mais elevada 
para o cargo de Procurador, aplicando-se, no que couber, as regras adotadas para o Poder Judiciário; 
III - indicação do Procurador Geral de Justiça, dentre os integrantes da carreira com o mínimo de dez anos na 
Instituição, através de lista tríplice elaborada mediante voto de todos os seus membros, no efetivo exercício de 
suas funções, para nomeação pelo Governador do Estado; 
IV - garantia de mandato de dois anos do Procurador Geral de Justiça, cuja destituição, antes de findar-se este 
período, somente poderá ocorrer pelo voto da maioria absoluta da Assembléia Legislativa, mediante votação 
secreta; 
V - residência obrigatória na Comarca da respectiva 
 
 Constituição Federal: 
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo- 
lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 
 § 1º São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional. 
Galera, eu sei que esse artigo já está decorado, mas o que o examinador pode tentar extrair? Fiquem atentos 
porque ele pode misturar os princípios institucionais com as garantias: 
Art.128 (…) § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos 
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, 
observadas, relativamente a seus membros: 
I - as seguintes garantias: 
 
 
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Rafael Pereira. 
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Ainda sobre esse ponto, importante relembrar o entendimento da doutrina moderna sobre a natureza 
jurídica do Ministério Público, apontando se tratar de órgão independente, com um plus em relação aos demais 
órgãos administrativos. 
Isso porque o Ministério Público, além da autonomia, possui personalidade jurídica estabelecida 
constitucionalmente: incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais 
e individuais indisponíveis. 
A doutrina moderna, desvinculada da teoria clássica de Montesquieu, aponta que o poder exercido em um 
Estado é único (soberania), sendo o seu exercício dividido para cada órgão com competências próprias 
(Legislativo, judiciário, executivo e Ministério Público). 
Assim o Ministério público possui atribuições próprias, exercendo uma parcela de soberania e não fazendo 
parte do Poder Executivo ou Judiciário. 
Galera, outro ponto importante tratado pela doutrina diz respeito ao seguinte questionamento: a existência 
do Ministério Público seria cláusula pétrea? 
A resposta pode ser extraída tanto do Art. 127, CF, como do Art. 1º, caput, da Lei nº 8.625/93. Reparem que 
o fato de o constituinte originário ter elencado o Ministério Público como uma Instituição permanente e essencial 
à função jurisdicional do Estado traz reflexos outros, tais como a limitação do poder de reforma da Constituição. 
Com efeito, partindo-se da natureza da atividade desenvolvida pelo Ministério Público - toda ela voltada ao bem- 
estar da coletividade, protegendo-a, em especial, contra os próprios poderes constituídos (executivo, legislativo) - 
a sua existência pode ser considerada ínsita ao rol de direitos e garantias individuais, sendo, portanto, cláusula 
pétrea conforme previsão no Art.60 §4º, CF. 3 
Por fim, necessário destacar ainda que incumbe ao Ministério Público a defesa dos interesses sociais e 
individuais indisponíveis. À luz desse preceito, é possível concluir que será legítima a tutela de determinado 
interesse individual, em sendo ele indisponível (vida, saúde, etc.). Já os direitos sociais transcendem a 
individualidade, sendo relevantes para toda a sociedade(direitos difusos, coletivos). 
Em relação ao Art. 129 da Constituição Federal, recentemente o nosso examinador Dr. Marco Aurélio, 
publicou um artigo referente à audiência de custódia, reforçando a titularidade da ação penal do Ministério 
Público: 
A limitação exegética de alguns magistrados acima apontada descaracteriza a função constitucional do Ministério 
Público e os atributos normativos a ele ofertados, vulnerando, inclusive, a sua autonomia. A investigação criminal, 
incluindo a que se inicia com a lavratura do auto de prisão em flagrante, é destinada ao MP não só por ser fiscal 
da ordem jurídica, mas porque (e principalmente) é o titular da ação penal. É pouco proveitoso que o Ministério 
Público se faça presente de forma limitada à audiência de custódia, sendo-lhe dificultada a produção de subsídios 
necessários para opinar, concordar, discordar e influenciar no convencimento do julgador. Vale lembrar que 
interessa, sobretudo ao MP, não permitir uma prisão ilegítima, circunstância que, não raras vezes, somente se 
viabilizará caso o Promotor de Justiça possa bem aquilatar todas as circunstâncias que engendraram a prisão de 
determinada pessoa. A audiência de custódia é o momento oportuno para interrogar o imputado não só sobre a 
 
 
2 
Galerinha, não esqueçam essa previsão: Art. 95, Parágrafo único. Aos juízes é vedado: V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual 
se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. 
3 
GARCIA, Emerson. Ministério Público. Organização, Atribuições e Regime Jurídico. 5ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2015. 
4 
 
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada 
em julgado; 
b) inamovibilidade , salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do 
Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; 
c) irredutibilidade de subsídio 
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. 2 
 
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atuação dos agentes estatais que efetivaram a sua prisão (tutela dos direitos da pessoa flagranteada), como 
também sobre as circunstâncias que circundam a conduta tida como criminosa (tutela dos direitos da sociedade). 
Isto porque, ao passo em que o acusado pode ser inocente ou injustiçado, pode desvelar-se um caso delitivo que 
realmente atinja a comunidade local pela prática de um delito de gravidade concreta a ser melhor dimensionada 
na oportunidade em que exercida o famigerado “direito de audiência”. A audiência de custódia é esta 
oportunidade! Ante o exposto, a interpretação jurídica que limita desarrazoadamente as perguntas a serem 
realizadas pelo MP ou pela Defesa Técnica, impedindo que se adentre nas questões de mérito do caso 
apresentado, se apresenta ilegítima e possível causadora de inomináveis injustiças de ordem prática. 
 
#COLANARETINA! Galera, esse dispositivo é tão importante que pode cair na prova objetiva, subjetiva, oral e, se 
brincar, na festa de posse também vão perguntar a vocês! 
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público: 
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei; 
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados 
nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; 
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio 
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos; 
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, 
nos casos previstos nesta Constituição; 
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas; 
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e 
documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva; 
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo 
anterior; 
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos 
de suas manifestações processuais; 
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe 
vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas. 
§1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas 
mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei. 
§2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na 
comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004). 
§3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, 
assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em 
direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de 
classificação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004). 
§4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004). 
§5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, 
de 2004). 
Pessoal, antes de adentrarmos nas leis orgânicas, lembrem-se das previsões sobre iniciativa: 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos 
Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal 
Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos 
previstos nesta Constituição. § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: (...). 
 
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d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a 
organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios; 
Art.128. O Ministério Público Abrange: (...). § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é 
facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada 
Ministério Público. 
Sobre esse ponto, o Supremo Tribunal Federal tem sedimentado sua jurisprudência no sentido de que as leis 
de iniciativa privada podem ser objeto de emenda parlamentar, desde que os dispositivos inseridos no texto não 
estejam destituídos de pertinência temática com o projeto inicial. O órgão que detém a iniciativa legislativa, em 
essência, escolhe a matéria e delimita o campo de discussão, o órgão legislativo delibera sobre o seu conteúdo. 
Em qualquer caso, não será admitido o aumento de despesas nos projetos sobre organização dos serviços 
administrativos do Ministério Público.4 
LEIS ORGÂNICAS: 
Pessoal, #SELIGA na organização nas duas leis: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
GARCIA, Emerson. Ministério Público. Organização, Atribuições e Regime Jurídico. 5ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2015. 
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LC 11/96 LOA-ESTADUAL LEI Nº 8.625/93 LOA-NACIONAL 
Art. 4º O Ministério Público compreende: 
I - órgãos de administração superior; 
II - órgãos de administração; 
III - órgãos de execução; 
IV - órgãos auxiliares. 
 
§ 1º São órgãos da administração superior do 
Ministério Público: 
I - a Procuradoria-Geral de Justiça ; 
II - o Colégiode Procuradores de Justiça; 
III - o Conselho Superior do Ministério Público; 
IV - a Corregedoria-Geral do Ministério Público. 
 
§ 2º São órgãos de administração do Ministério 
Público: 
I - as Procuradorias de Justiça; 
II - as Promotorias de Justiça. 
 
§ 3º São órgãos de execução do Ministério 
Público: 
I - o Procurador-Geral de Justiça; 
II - o Colégio de Procuradores de Justiça; 
III - o Conselho Superior do Ministério Público; 
IV - os Procuradores de Justiça; 
V - os Promotores de Justiça. 
 
§ 4º São órgãos auxiliares do Ministério Público: 
I - a Ouvidoria do Ministério Público; 
II - os Centros de Apoio Operacional; 
III - a Comissão de Concurso; 
Art. 5º São órgãos da Administração Superior do 
Ministério Público: 
I - a Procuradoria-Geral de Justiça; 
II - o Colégio de Procuradores de Justiça; 
III - o Conselho Superior do Ministério Público; 
IV - a Corregedoria-Geral do Ministério Público. 
 
Art. 6º São também órgãos de Administração do 
Ministério Público: 
I - as Procuradorias de Justiça; 
II - as Promotorias de Justiça. 
 
Art. 7º São órgãos de execução do Ministério Público: 
I - o Procurador-Geral de Justiça; 
II - o Conselho Superior do Ministério Público; 
III - os Procuradores de Justiça; 
IV - os Promotores de Justiça. 
 
Art. 8º São órgãos auxiliares do Ministério Público, 
além de outros criados pela Lei Orgânica: 
I - os Centros de Apoio Operacional; 
II - a Comissão de Concurso; 
III - o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional; 
IV - os órgãos de apoio administrativo; 
V - os estagiários. 
 
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IV - o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento 
Funcional; 
V - os Órgãos de Apoio Técnico, Administrativo e 
de Assessoramento; 
VI - os Estagiários. 
 
 LC 11/96: 
Galera, um ponto sensível no tocante às leis orgânicas diz respeito às atribuições de cada órgão, 
principalmente os disciplinares! #EITATEMAESPINHOSO! Então #COLANARETINA: 
 
 
 
 
 
 
 
 LC 75/93: 
No que se refere à Lei Complementar nº75/93, deve ser dado foco à seção das sanções (Art. 239 em diante): 
Art. 239. Os membros do Ministério Público são passíveis das seguintes sanções disciplinares: 
I - advertência; 
II - censura; 
III - suspensão; 
IV - demissão; e 
V - cassação de aposentadoria ou de disponibilidade. 
Art. 244. Prescreverá: 
I - em um ano, a falta punível com advertência ou censura; 
II - em dois anos, a falta punível com suspensão; 
III - em quatro anos, a falta punível com demissão e cassação de aposentadoria ou de disponibilidade. 
Parágrafo único. A falta, prevista na lei penal como crime, prescreverá juntamente com este. 
Art. 245. A prescrição começa a correr: 
I - do dia em que a falta for cometida; ou 
II - do dia em que tenha cessado a continuação ou permanência, nas faltas continuadas ou permanentes. 
Parágrafo único. Interrompem a prescrição a instauração de processo administrativo e a citação para a ação de 
perda do cargo. 
 Lei nº 10.845/07: 
Já quanto à Lei de Organização e divisão judiciária do Estado da Bahia (Lei nº 10.845/07), os temas que 
poderão ser explorados são os princípios e as competências. Pessoal, sabendo disso, #BOTEMPRAFERVER nesses 
pontos: 
Art. 3º - É assegurado prioridade na tramitação dos processos e procedimentos e na execução dos atos e 
diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) 
anos, em qualquer instância. 
Art. 4º - O Poder Judiciário, no exercício da função jurisdicional, observará o princípio da regionalização e 
acessibilidade. 
§ 1º - O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de 
atividade jurisdicional, no território do Estado da Bahia, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários. 
§ 2º - O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras Regionais e Protocolo 
Descentralizado, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à Justiça em todas as fases do processo. 
7 
 
Procurador- 
Geral 
Colégio de 
Procuradores de 
Justiça 
Órgão Especial do 
Colégio de 
Procuradores de Justiça 
Conselho Superior 
do Ministério 
Público 
Corregedor-Geral 
do Ministério 
Público 
Art.15 Art.18 Art.21 Art.26 Art. 29 
 
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Art. 5º - O exercício das funções judiciais na esfera estadual compete, exclusivamente, aos Juízes e Tribunais 
reconhecidos por esta Lei, nos limites de suas competências, à exceção do que diz respeito ao Tribunal do Júri. 
Art. 6º - Os Juízes togados poderão, no exercício do controle difuso de constitucionalidade, negar aplicação às leis 
que entenderem manifestamente inconstitucionais. 
Art. 7º - O Poder Judiciário, na prática de seus atos administrativos, obedecerá aos princípios da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
Art. 15 - Para o exercício das atividades jurisdicionais, o território do Estado da Bahia constitui seção judiciária 
única, fracionada, para efeitos da administração da Justiça, em Subseções, Regiões, Circunscrições, Comarcas, 
Comarcas Não-Instaladas, Distritos e Varas. 
Pessoal, para terminar a disciplina de “Legislação Institucional”, #SELIGA na jurisprudência: 
#DEOLHONAJURIS: 
 Conflito de Atribuição: 
 
 
 
 
 
 Legitimidade do Ministério Público: 
 
 
 
 
 
 
 Ministério Público de Contas: 
 
 
 
 
 
 
 Requisição pelo MP de informações bancárias de ente da administração pública: 
 
 
 
 
 
 
 Intimação de membro do MP: 
 
 
 
 
 Legitimidade Tribunal Superiores: 
 
8 
 
Cabe ao Procurador-Geral da República a apreciação de conflitos de atribuição entre órgãos do ministério público. 
Com base nesse entendimento, o Plenário, por maioria, resolveu questão de ordem no sentido do não 
conhecimento da ação e remeteu os autos ao Procurador-Geral da República. Pontuavam que a competência 
seria do STF e que conclusão diversa culminaria por nulificar, de modo absoluto, a autonomia institucional dos 
ministérios públicos estaduais. ACO 1567 QO/SP, rel. Min. Dias Toffoli, 17.8.2016. (ACO-1567). 
 
Súmula 601 STJ: Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, coletivos e 
individuais homogêneos dos consumidores ainda que decorrente da prestação de serviço público. 
O Ministério Público tem legitimidade para figurar no polo ativo de ação de alimentos em prol de menor e na 
qualidade de substituto processual, independentemente da situação fática referente ao exercício do poder 
familiar dos pais, da condição em que se encontra esse menor ou ainda da existência ou eficiência da Defensoria 
Pública na comarca onde reside o menor. Resp.1.265.821-BA. 
 
Nos termos do art. 128 da CF/88, o Ministério Público junto aos Tribunais de Contas não compõe a estrutura do 
Ministério Público comum da União e dos Estados, sendo apenas atribuídas aos membros daquele as mesmas 
prerrogativas funcionais deste (art. 130). As atribuições do Ministério Público comum, entre as quais se inclui sua 
legitimidade processual extraordinária e autônoma, não se estendem ao Ministério Público junto aos Tribunais de 
Contas, cuja atuação está limitada ao controle externo a que se refere o art. 71 da CF/88.STF. 1ª Turma. Rcl 24159 
AgR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 8/11/2016. 
 
Não são nulas as provas obtidas por meio de requisição do Ministério Público de informações bancárias de 
titularidade de prefeitura municipal para fins de apurar supostos crimes praticados por agentes públicos contra a 
Administração Pública. É lícita a requisição pelo Ministério Público de informações bancárias de contas de 
titularidade da Prefeitura Municipal, com o fim de proteger o patrimônio público, não se podendo falar em 
quebra ilegal de sigilo bancário. STJ. 5ª Turma. HC 308.493-CE, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 
20/10/2015(Info 572). 
 
O termo inicial da contagem do prazo para impugnar decisão judicial é, para o Ministério Público, a data da 
entrega dos autos na repartição administrativa do órgão, sendo irrelevante que a intimação pessoal tenha se 
dado em audiência, em cartório ou por mandado. STJ. 3ª Seção. REsp 1.349.935-SE, Rel. Min. Rogério Schietti 
Cruz, julgado em 23/8/2017 (Info 611). 
 
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 Perda do Cargo membro do Ministério Público: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CNMP não possui competência para realizar controle de constitucionalidade de lei: 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
O Ministério Público Estadual possui legitimidade para atuar diretamente no STJ nos processos em que figurar 
como parte. O MPE, nos processos em que figurar como parte e que tramitam no STJ, possui legitimidade para 
exercer todos os meios inerentes à defesa de sua pretensão. A função de fiscal da lei no âmbito do STJ será 
exercida exclusivamente pelo Ministério Público Federal, por meio dos Subprocuradores-Gerais da República 
designados pelo Procurador-Geral da República. STJ. Corte Especial. EREsp 1.236.822-PR, Rel. Min. Mauro 
Campbell Marques, j. em 16/12/2015 (Info 576) 
Os Ministérios Públicos estaduais não estão vinculados, nem subordinados, no plano processual, administrativo 
e/ou institucional, à Chefia do Ministério Público da União, o que lhes confere ampla possibilidade de atuação 
autônoma nos processos em que forem partes, inclusive perante os Tribunais Superiores. Assim, por exemplo, o 
Ministério Público Estadual possui legitimidade para o ajuizamento de ação rescisória perante o STJ para 
impugnar acórdão daquela Corte que julgou processo no qual o parquet estadual era parte. STF. 1ª Turma. ACO 
2351 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 10/02/2015. 
 
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPROBIDADE 
ADMINISTRATIVA. CONTROVÉRSIA A RESPEITO DA POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA PENA DE PERDA DE CARGO 
A MEMBRO DO MINISTÉRIO PÚBLICO. POSSIBILIDADE. 1. Recurso especial no qual se discute a possibilidade de 
haver aplicação da pena de perda do cargo a membro do Ministério Público, em ação civil pública por ato de 
improbidade administrativa. 2. Constatado que a Corte de origem empregou fundamentação adequada e 
suficiente para dirimir a controvérsia, é de se afastar a alegada violação do art. 535 do CPC. 3. Nos termos do art. 
37, § 4º, da Constituição Federal e da Lei n. 8.429/1992, qualquer agente público, de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios pode ser punido com a pena de perda do cargo que 
ocupa, pela prática de atos de improbidade administrativa. 4. A previsão legal de que o Procurador-Geral de 
Justiça ou o Procurador-Geral da República ajuizará ação civil específica para a aplicação da pena de demissão 
ou perda do cargo, nos casos elencados na lei, dentre os quais destacam-se a prática de crimes e os atos de 
improbidade, não obsta que o legislador ordinário, cumprindo o mandamento do § 4º do art. 37 da 
Constituição Federal, estabeleça a pena de perda do cargo a membro do Ministério Público quando 
comprovada a prática de ato ímprobo, em ação civil pública específica para sua constatação. 5. Na legislação 
aplicável aos membros do Ministério Público, asseguram-se à instituição as providências cabíveis para sancionar o 
agente comprovadamente ímprobo. Na Lei n. 8.429/1992, o legislador amplia a legitimação ativa, ao prever que a 
ação será proposta "pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada" (art.17). Não há competência 
exclusiva do Procurador-Geral. 6. Assim, a demissão por ato de improbidade administrativa de membro do 
Ministério Público (art. 240, inciso V, alínea b, da LC n. 75/1993) não só pode ser determinada pelo trânsito em 
julgado de sentença condenatória em ação específica, cujo ajuizamento foi provocado por procedimento 
administrativo e é da competência do Procurador-Geral, como também pode ocorrer em decorrência do 
trânsito em julgado da sentença condenatória proferida em ação civil pública prevista na Lei n. 8.429/1992. 
Inteligência do art. 12 da Lei n. 8.429/1992.7. Recurso especial provido para declarar a possibilidade de, em ação 
civil pública por ato de improbidade administrativa, ser aplicada a pena de perda do cargo a membro do 
Ministério Público, caso a pena seja adequada à sua punição.(REsp 1191613/MG, Rel. Ministro BENEDITO 
GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, julgado em 19/03/2015, DJe 17/04/2015) 
 
O CNMP não possui competência para realizar controle de constitucionalidade de lei, considerando que se trata 
de órgão de natureza administrativa, cuja atribuição se resume a fazer o controle da legitimidade dos atos 
administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público federal e estadual (art. 130-A, § 2º, da 
CF/88). Assim, se o CNMP, julgando procedimento de controle administrativo, declara a inconstitucionalidade de 
artigo de Lei estadual, ele exorbita de suas funções. STF. 1ª Turma. MS 27744/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 
14/4/2015 (Info 781). 
 
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 Homologação de TAC: 
 
 
 
 
 Revisão de processos disciplinares contra servidores do MP: 
 
 
 
 
 
 Procedimento de controle administrativo e notificação pessoal: 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITOS TRASINDIVIDUAIS5 
Galera, preparados para relembrar algumas noções básicas da parte geral de “Direitos Transindividuais”? 
Vamos lá? #SEMECHAMAREUVOU! #TAMOJUNTO! 
DIREITOS TRANSINDIVIDUAIS: GENERALIDADES 
 
Vamos começar conceituando PROCESSO COLETIVO? Trata-se de um ramo autônomo do direito, possuindo 
regras e princípios próprios. #Atenção: aplica-se o NCPC de maneira residual. 
1) Aspectos formais do processo coletivo: 
 É a sistematização das normas e dos princípios do processo coletivo em leis esparsas, gerando o que se 
chama de “policentrismo” do ordenamento jurídico (normas não condensadas em um único corpo 
legislativo). 
 Desse policentrismo surge o sistema de vasos comunicantes e normas de reenvio. As leis e normas se 
comunicam entre si, regulamentando diversos aspectos do processo coletivo. É a ideia de diálogo de 
fontes. 
 Normas de reenvio: determinada norma remete à aplicação de outra e esta, por sua vez, faz a remessa de 
volta. Exemplo: art. 21, LACP e art. 90, CDC. Vamos entender melhor? 
Leis esparsas  Policentrismo  Sistema de vasos comunicantes  Normas de reenvio. 
 Microssistema: é a sistematização das normas e dos princípios da tutela coletiva. Para grande parte da 
doutrina existem 2 microssistemas: um para o processo coletivo especial, outro para o processo coletivo 
comum. Esses dois sistemas não se comunicam. 
 
2) Aspectos materiais do processo coletivo: Diz respeito à tutela jurisdicional, que pode ser analisada: 
 
 
 
5 
Rafael Pereira. 
10 
 
O CNMP não tem competência para examinar a decisão do Conselho Superior do Ministério Público Estadual que 
homologa ou não Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), considerando que essa discussão envolve a atividade- 
fim do órgão, aspecto que não deve ser submetido à fiscalização do CNMP. STF. 2ª Turma. MS 28028/ES, Rel. Min. 
Cármen Lúcia, julgado em 30/10/2012 (Info 686). 
 
O CNMP não possui competência para rever processos disciplinares instaurados e julgados contra servidores do 
Ministério Público pela Corregedoria local. A competência revisora conferida ao CNMP limita-se aos processos 
disciplinares instaurados contra os membros do Ministério Público da União ou dos Estados (inciso IV do § 2º do 
art. 130-A da CF), não sendo possível a revisão de processo disciplinar contra servidores. STF. 1ª Turma. MS 
28827/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 28/8/2012 (Info 677). 
 
Reveste-se de nulidade a decisão do CNMP que,em procedimento de controle administrativo (PCA), notifica o 
interessado por meio de edital publicado no Diário Oficial da União para restituir valores aos cofres públicos. A 
notificação por edital é feita com fundamento no Regimento Interno do CNMP. Essa previsão também constava 
no Regimento interno do CNJ. Ocorre que o STF entende que tal disposição normativa é inconstitucional, sendo 
necessária a intimação pessoal. STF. 2ª Turma. MS 26419/DF, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 27/10/2015 
(Info 805). 
 
a) em abstrato: Exercida com instrumento potencializado de proteção do Estado Democrático 
 
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3) Objeto material da tutela coletiva 
 São os interesses transindividuais, metaindividuais ou coletivos em sentido amplo. Pessoal, notem que o 
nosso edital faz uso da expressão “direitos transindividuais”, portanto, leve essa nomenclatura para prova 
#FICALIGADO. Não há empecilho para que os 3 interesses sejam verificados na mesma demanda. 
 Os interesses transindividuais podem ser repartidos em dois grandes grupos: 
1. Interesses essencialmente coletivos 
2. Interesses acidentalmente coletivos 
 
INTERESSES ESSENCIALMENTE COLETIVOS 
 
 DIREITOS DIFUSOS: 
Fundamentação: art. 81, p.ú., I c/c art. 103, I, CDC. 
Sujeitos: de acordo com a lei, os sujeitos são indeterminados. A doutrina sustenta que os sujeitos são 
indetermináveis, porque não é possível determinar o titular do interesse, seja no plano abstrato, seja no plano 
concreto. Não é possível identificá-los em momento algum. 
Vinculo: subjetivo. De acordo com a lei, são as circunstancias de fato. Não confundir com fato comum, pois 
esse último é fato determinado, individualizado. Exemplo de circunstância de fato: residir no mesmo local, 
adquirir o mesmo produto, ter utilizado o mesmo serviço. Não existe vínculo jurídico. 
Alteração da titularidade: é absolutamente informal. Exemplo: um turista que passa 10 dias no país é titular 
do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Não tem como ter controle sob essa titularidade. 
Indisponível: insuscetível de acordo, transação, conciliação, mediação, negócio jurídico processual. 
(In)divisibilidade: a indivisibilidade se dá no prisma material. É insuscetível de apropriação individual. Isso não 
impede que a tutela jurisdicional seja concedida de forma divisível. 
Intransmissibilidade: o interesse é intransmissível. 
Mutação no polo ativo: é a alteração subjetiva da demanda, no tocante à parte em sentido material, que é 
aquele que titulariza o direito material posto em juízo. A mutação é absolutamente informal, pois o legitimado 
coletivo (parte em sentido formal) não está jungido a informar ao órgão jurisdicional toda e qualquer alteração 
subjetiva na titularidade. 
Legitimidade ativa ad causam: para a maioria da doutrina, essa legitimidade é extraordinária (art. 18, NCPC). 
Contudo, há outra corrente que afirma se tratar de uma legitimação autônoma para condução do processo. 
Fiquem atentos! 
 
 DIREITOS COLETIVOS EM SENTIDO ESTRITO: 
Fundamentação: art. 81, p.ú., II c/c 103, II, CDC e art. 21, p.ú., Lei do Mandado de Segurança. 
(In) divisibilidade: são, na essência, indivisíveis. Ou seja, insuscetíveis da apropriação individual. 
11 
 
 de Direito, tendo como finalidade tutela a higidez do direito objetivo. Trabalha- 
se aqui com o processo coletivo especial (ações de controle: ADI ADPF, ADO). 
 
 
b) em concreto: 
Exercida como instrumento potencializado de efetivação material do Estado 
Democrático de Direito, tendo como finalidade a tutela da higidez do direito 
subjetivo. Trabalha-se aqui com o processo coletivo comum. Ex: ACP, AP, MS 
coletivo, ação de impugnação de mandato eletivo, AIA, habeas data, habeas 
corpus. 
 
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Titularidade: sujeitos indeterminados. Essa indeterminação cinge-se ao plano abstrato, pois esses sujeitos, no 
plano concreto, são determináveis. 
Vínculo: jurídico, pois ostentam a mesma relação jurídica base. Isso significa que esses sujeitos fazem parte 
de um mesmo grupo, categoria ou classe. Ex.: servidores públicos, advogados públicos ou privados, adquirentes 
de um consórcio. 
Tudo que foi visto em relação ao aspecto material do interesse difuso se aplica aos direitos coletivos em 
sentido estrito: a indivisibilidade, intransmissibilidade e indisponibilidade. 
OBS: intransmissibilidade e extinção do processo (art. 485 – o juiz extinguirá o processo no caso de morte da 
parte, se a ação for intransmissível). Essa solução não se aplica na tutela coletiva, pois a parte não é titular do 
interesse coletivo em sentido estrito, uma vez que este é insuscetível de apropriação individual. 
 
INTERESSES ACIDENTALMENTE COLETIVOS 
 
 DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS 
Galera, foco nessas divisões, pois, embora sejam classificações doutrinárias, os examinadores adora cobrar, 
tendo em vista que se trata de construção respalda pelos tribunais superiores. 
Fundamentação: art. 81, p.ú., II c/c 103, III, CDC e art. 21, p.ú., II, LMS. 
São, na essência, direitos meramente individuais, mas tutelados de forma coletiva para evitar a multiplicação 
de demandas versando sobre o mesmo fato comum a todos. 
#OLHAOTERMO: 
 Atomização dos litígios: atomização é a pulverização de demandas que versam sobre a mesma 
questão de direito ou a mesma questão de fato. Pode acabar violando a segurança jurídica. 
 Molecularização dos litígios: busca solucionar o problema da pulverização e dispersão dos 
precedentes ao converter as demandas pulverizadas em uma única demanda (ação coletiva). 
 
Titularidade: sujeitos determinados. Há como individualizar os membros da coletividade. 
Vínculo: fático. O que liga os sujeitos é um fato de origem comum. A relação entre esses sujeitos é uma 
relação ex post factum (lembram das pílulas de farinha?). 
Alteração da titularidade: considerando que os membros fazem parte de uma coletividade definida, a 
alteração da titularidade é facilmente identificada e deve ser formalizada nos autos. 
(In)divisibilidade: os interesses individuais homogêneos são divisíveis e, portanto, suscetíveis de apropriação 
individual. 
Transmissibilidade: é possível sucessão processual inter vivos ou mortis causa (art. 108, 109 e 110, NCPC). 
(In)disponibilidade: como regra, são disponíveis. 
Interesses individuais homogêneos e legitimidade do Ministério Público: em certa época a doutrina divergia 
se o MP poderia tutelar interesse individual homogêneo. Hoje, discute-se quis interesses indisponíveis pode o MP 
tutelar. 
#ÉPRECISOIRALÉM: 
Hoje prevalece que o MP tem legitimidade para a tutela coletiva de interesses individuais homogêneos quando 
esses forem indisponíveis com relevância social. Exemplo: criança, adolescente, idoso e portador de deficiência 
física (vagas em creche, obtenção de prótese, instituição de acolhimento). 
 
 
12 
 
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#CUIDADOPARANÃOESCORREGAR: ação civil pública não significa necessariamente ação coletiva! Trata-se de 
qualquer ação de cunho cível, podendo ser no plano coletivo ou individual, sendo que nesse último caso, o 
direito deve ser indisponível. Ex. ACP de medicamento para uma pessoa idosa. 
Mutação no polo ativo: é absolutamente formal, ou seja, tem que formalizar nos autos a alteração, pois os 
sujeitos que titularizam os interesses são determinados. 
Legitimidade: para a maioria, trata-se de uma legitimidade extraordinária. Abaixo, vamos trabalhar 
especificamente a legitimidade, ok? #TAMOJUNTO! 
QUADRO COMPARATIVO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Galera, #OLHAOGANCHO com processo civil! #TUDOJUNTOEMISTURADO! #SESOZINHOSJÁCAUSAM 
#IMAGINEJUNTOS: 
DIFERENÇA ENTRE AÇÃO COLETIVA DE INDIVIDUAL #SAIBADIFERENCIAR!13 
 
 ESSENCIALMENTE COLETIVOS ACIDENTALMENTE COLETIVOS 
ESPÉCIES 
Direitos difusos 
sentido amplo. 
e coletivos em Direitos individuais homogêneos. 
 
 
 
 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
Caracterizam pela sua 
Indisponibilidade e Indivisibilidade. 
 
 DIFUSOS. Decorrem das 
mesmas CIRCUNTÂNCIAS DE FATO 
e são indetermináveis. Exemplo: 
meio ambiente, patrimônio público, 
moralidade administrativa. 
 COLETIVOS. Decorrem da 
mesma RELAÇÃO JURÍDICA e são 
considerados determináveis, ainda 
que não determinados. Exemplos: 
mensalidade escolar, mensalidade 
do plano de saúde. 
Caracterizam-se pela Divisibilidade, 
Disponibilidade e Determinabilidade 
(DDD) do direito. 
 
É um direito individual, mas em razão do 
grande número de titulares, acabam 
sendo homogeneizados. 
 
São direitos de ORIGEM COMUM. 
Exemplo: danos morais devidos às vítimas 
de um acidente de consumo. 
 
 
ORIGEM 
HISTÓRICA 
Os direitos difusos e coletivos em sentido estrito têm origem na própria essência 
coletiva do direito, que impede a sua tutela individualizada. Os individuais 
homogêneos, por seu turno, têm origem nas class action for damages do 
ordenamento norte-americano. Diante da chamada molecularização dos 
conflitos, em nome da segurança jurídica, da economicidade e do acesso à 
justiça, passa-se a pensar o processo de forma coletiva. Fazer link mental com a 
denominada “2a Onda renovatória”. 
 
 
AÇÕES 
COLETIVAS 
 Ação essencialmente coletiva ou em sentido amplo: é aquela que tutela 
direitos difusos ou coletivos em sentido estrito (tutela de direitos coletivos); 
 Ação acidentalmente coletiva ou pseudocoletiva: é aquela que tutela direitos 
individuais homogêneos (tutela coletiva de direitos). O direito material é 
individual, mas a ação é coletiva. 
 
AÇÕES 
INDIVIDUAIS 
 Ação meramente individual: tutela interesse individual com repercussão 
exclusivamente individual. Veiculam pretensões meramente individuais baseadas 
em um direito subjetivo com repercussão adstrita às partes. Ex.: ação de cobrança 
entre credor e devedor; 
 Ação individual com efeitos coletivos: é uma ação meramente individual com 
 
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COISA JULGADA NAS AÇÕES COLETIVAS 
 
Vamos relembrar os principais aspectos sobre o tema “coisa julgada nas ações coletivas”? 
#EITATEMAESPINHOSO! #ARRETADOQUENEMBAIANO! 
Conceito de coisa julgada: trata-se da decisão jurisdicional que torna o seu conteúdo incabível de discussão. 
#FICADEOLHO! 
Limite subjetivo, objetivo e modo de produção da coisa julgada: 
1) Limites Subjetivos: 
Diz respeito aos sujeitos que são submetidos aos efeitos da decisão jurisdicional imutável (Inter Partes, ultra 
partes e erga omnes). #ÉPRECISOMAIS! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2) Limites Objetivos: está relacionado ao que é afetado pela decisão. 
 
 
 
 
 
 
3) Modo de Produção: como é formada a coisa julgada, pode ser: 
A coisa julgada se forma independentemente do resultado do processo, ou seja, 
PRO ET CONTRA: pouco importa se de procedência ou improcedência. É a regra geral no processo 
individual. 
 
14 
 
 base em direito meramente individual, mas o resultado do processo pode 
repercutir na esfera da coletividade. Ex.: ação de dano infecto baseado em direito 
de vizinhança. Se for julgada procedente, tutelará a coletividade também. 
 Ação pseudoindividual: é uma ação meramente individual lastreada em direito 
eminentemente individual, mas que deveria ter ventilado um pedido coletivo. 
Tem a roupagem de uma ação individual, mas, na verdade, veicula uma pretensão 
de índole coletiva. Ex.: ação de anulação de assembleia de uma determinada 
coletividade (ou a assembleia vai ser válida para todos que fazem parte da 
sociedade ou inválida para todos, pois não há como cindir). É o que ocorre nas 
relações jurídicas unitárias, incindíveis, indivisíveis. 
 IRDR: formado por ações meramente individuais, desde que possuam a mesma 
questão de direito. 
 
INTER PARTES: 
É aquela a que somente se vinculam as partes, ou seja, autor e réu em determinado 
processo. É a regra geral do processo individual. 
 
ULTRA 
PARTES: 
São os efeitos que atingem não só as partes envolvidas, mas também terceiros. Ou 
seja, pessoas que não atuaram como parte, mas sofrerão os efeitos da coisa julgada. 
Exemplo: substituição processual, quando o Ministério Público ingressa com ação de 
alimentos. 
 
ERGA OMNES: 
É aquela decisão em que os efeitos atingem a todos, independentemente de ter 
participado do processo. Exemplo: é o que ocorre nas Ação de Controle de 
Constitucionalidade. 
 
PRINCIPAL: 
É o dispositivo da decisão, ou seja, é a questão principal que vincula. Essa é a regra 
geral tanto para o processo coletivo quanto para o individual. 
PREJUDICIAL: 
O novo CPC trouxe a possibilidade da extensão da coisa julgada referente às 
questões prejudiciais (Art. 503, CPC). 
 
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#COLANARETINA: 
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada: 
I - erga omnes, exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que 
qualquer legitimado poderá intentar outra ação, com idêntico fundamento valendo-se de nova prova, na hipótese 
do inciso I do parágrafo único do art. 81; 
II - ultra partes, mas limitadamente ao grupo, categoria ou classe, salvo improcedência por insuficiência de 
provas, nos termos do inciso anterior, quando se tratar da hipótese prevista no inciso II do parágrafo único do art. 
81; 
III - erga omnes, apenas no caso de procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na 
hipótese do inciso III. 
 
DIREITOS DIFUSOS, COLETIVOS, INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS 
 
1. DIREITOS DIFUSOS: são aqueles de natureza transindividual e indivisível, de que sejam titulares pessoas 
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato (Art. 81, CDC). 
 
 
 
Assim, aplica-se a regra da coisa julgada secundum eventum probationis, quando o dispositivo da decisão 
apontar que foi esgotada toda a produção de prova, impossibilitando, assim, nova propositura em sede coletiva. 
Atenção! Será possível a propositura da ação individual quando improcedente a ação coletiva (secundum 
eventum litis). 
 
2. DIREITOS COLETIVOS: são os transindividuais, de natureza indivisível de que seja titular grupo, categoria ou 
classe de pessoas ligadas entre si ou com a parte contrária por uma relação jurídica base. (art. 81, parágrafo 
único, II, do CDC). 
 
 
 
 
Atenção! Será possível a propositura de ação individual quando julgada improcedente a ação coletiva 
(secundum eventum litis). 
 
3. DIREITOS INDIVIDUAIS E HOMOGÊNEOS: são os decorrentes de origem comum. (Art. 81, parágrafo único, III, 
do CDC). 
 
 
 
 
 
 
15 
 
SECUNDUM 
EVENTUM LITIS 
A coisa julgada só se forma quando a demanda for julgada procedente. Ou seja, se for 
improcedente a demanda poderá ser reproposta. 
SECUNDUM 
EVENTUM 
PROBATIONIS 
 
Significa que só será formada a coisa julgada em caso de esgotamento de provas. 
 
Se a sentença for PROCEDENTE: A eficácia é erga omnes (abrange todos); 
Se a sentença for IMPROCEDENTE: 
A eficácia é erga omnes, impedindo nova ação coletiva, salvo 
no caso de falta de provas (secundum eventum probationis). 
 
Se a sentença for PROCEDENTE: A eficácia será ultra partes (abrange a classe); 
 
Se a sentença for IMPROCEDENTE: 
A eficácia será ultra partes (abrange a classe), impedindo 
nova ação coletiva, salvo no caso de falta de provas 
(secundum eventum probationis). 
 
Se a sentença for PROCEDENTE: A eficácia será erga omnes (abrange toda a sociedade); 
Se a sentença for IMPROCEDENTE: 
A eficácia será erga omnes, impedindo nova ação coletiva, 
mesmo no caso de falta de provas. 
 
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Pessoal, em relação à possibilidade de propor ação individual, é importante destacar que caso a ação coletiva 
envolvendo direitos individuais homogêneos seja julgada IMPROCEDENTE, independentemente do motivo (por 
insuficiência de provas ou mérito), poderão ocorrer as seguintes situações: 
 Aqueles que não tiverem intervindo no processo coletivo como litisconsortes (art. 94 do CDC6) poderão 
propor ação individual. 
 Não será possível a propositura de nova ação coletiva mesmo que por outro legitimado coletivo (não 
importa se ele participou ou não da primeira ação). 
 
Resumindo, a ação de improcedência em relação a Direitos Individuais Homogêneos gera efeitos erga omnes 
para outras ações coletivas e para as individuais quando tiver havido participação como litisconsorte. 
Sobre os direitos individuais homogêneos (Art. 103, III, do CDC7), mesmo em caso de insuficiência de provas 
há impedimento para a propositura de nova ação coletiva sobre os mesmos fatos. 
Existe doutrina que rebate, afirmando que o legislador, no tocante ao inciso III, falou menos do que queria, 
devendo aplicar a mesma regra de secundum eventum probationis também aos direitos individuais homogêneos. 
Essa posição, contudo, não prevalece. 
Ainda, nesse sentido, destacamos importante julgado sobre o tema que definiu a aplicação da coisa julgada 
em caso de direitos individuais homogêneos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
#RESUMO! #DEOLHONATABELA. 
 
 
 
 
 
6 
Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir no processo como 
litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos órgãos de defesa do consumidor. 
7 
Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este código, a sentença fará coisa julgada: (...). III - erga omnes, apenas no caso de 
procedência do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo único do art. 81. 
16 
 
RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. PROCESSO COLETIVO. DIREITOS INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS. 
MEDICAMENTO "VIOXX". ALEGAÇÃO DE DEFEITO DO PRODUTO. AÇÃO COLETIVA JULGADA IMPROCEDENTE. 
TRÂNSITO EM JULGADO. REPETIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DOS ARTIGOS 81, INCISO III, E 103, INCISO 
III E § 2º, DO CDC. RESGUARDO DO DIREITO INDIVIDUAL DOS ATINGIDOS PELO EVENTO DANOSO. DOUTRINA. 
1. Cinge-se a controvérsia a definir se, após o trânsito em julgado de decisão que julga improcedente ação 
coletiva para a defesa de direitos individuais homogêneos, é possível a repetição da demanda coletiva com o 
mesmo objeto por outro legitimado em diferente estado da federação.2. A apuração da extensão dos efeitos da 
sentença transitada em julgado proferida em ação coletiva para a defesa de direitos individuais homogêneos 
passa pela interpretação conjugada dos artigos 81, inciso III, e 103, inciso III e § 2º, do Código de Defesa do 
Consumidor.3. Nas ações coletivas intentadas para a proteção de interesses ou direitos individuais homogêneos, 
a sentença fará coisa julgada erga omnes apenas no caso de procedência do pedido. No caso de improcedência, 
 os interessados que não tiverem intervindo no processo como litisconsortes poderão propor ação de indenização 
a título individual. 4. Não é possível a propositura de nova ação coletiva, mas são resguardados os direitos 
individuais dos atingidos pelo evento danoso. 5. Em 2004, foi proposta, na 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio 
 de Janeiro/RJ, pela Associação Fluminense do Consumidor e Trabalhador - AFCONT, ação coletiva com o mesmo 
objeto e contra as mesmas rés da ação que deu origem ao presente recurso especial. Com o trânsito em julgado 
da sentença de improcedência ali proferida, ocorrido em 2009, não há espaço para prosseguir demanda coletiva 
posterior ajuizada por outra associação com o mesmo desiderato. 
6. Recurso especial não provido. (REsp 1302596/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, Rel. p/ 
Acórdão Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 09/12/2015, DJe 01/02/2016) 
 
SENTENÇA DIFUSOS COLETIVOS 
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Tranquilo, galera? Não esqueçam, #TAMOJUNTO! Na nossa prova virão questionamentos nesses moldes, 
abordando conceitos, previsões legais e julgados importantes. 
Pessoal, precisamos rever a extensão dos efeitos da coisa julgada coletiva aos autores de ações individuais, 
transporte in utilibus da coisa julgada coletiva. #QUETIROFOIESSE! Mas o que é isso mesmo? 
Vamos lá! Significa que a coisa julgada em ações coletivas, quando procedente, beneficiará o particular, 
estendendo seus efeitos favoráveis a este. Exemplo: o sujeito é pescador e vê sua área de pesca atingida por um 
vazamento de óleo causando diversos danos ambientais. O Ministério Público ingressa com uma ação coletiva 
pelos danos ambientais e é vencedor. Então, o sujeito ingressa com uma ação demonstrando que sofreu 
prejuízos, desejando liquidar esse valor, e, para tanto, transporta a coisa julgada na ação coletiva que lhe é útil 
para a sua ação individual. Isso é o transporte in utilibus da coisa julgada coletiva para individual. 
Pessoal, pelo princípio da máxima eficácia nas ações coletivas, o transporte in utilibus só ocorrerá quando a 
ação for procedente, jamais improcedente! #FICADEOLHO. 
A previsão legal está no Art.103, §3º, CDC: 
Art. 103. (...). § 3° Os efeitos da coisa julgada de que cuida o art. 16, combinado com o art. 13 da Lei n° 7.347, de 
24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações de indenização por danos pessoalmente sofridos, propostas 
individualmente ou na forma prevista neste código, mas, se procedente o pedido, beneficiarão as vítimas e seus 
sucessores, que poderão proceder à liquidação e à execução, nos termos dos arts. 96 a 99. 
No entanto, temos uma exceção que está relacionada aos assistentes litisconsorciais, prevista no Art. 94, 
CDC. #CUIDADOCOMAEXCEÇÃO! 
Art. 94. Proposta a ação, será publicado edital no órgão oficial, a fim de que os interessados possam intervir no 
processo como litisconsortes, sem prejuízo de ampla divulgação pelos meios de comunicação social por parte dos 
órgãos de defesa do consumidor. 
Embora esse artigo 94 esteja no capítulo sobre direitos individuais homogêneos, a maioria da doutrina 
entende que se aplica também aos direitos difusos e coletivos. Segundo o dispositivo, caso o particular, 
individualmente, tenha ingressado como litisconsorte na ação coletiva, este sofrerá todos os efeitos da coisa 
julgada, seja procedente ou improcedente, sendo inclusive impedido de ajuizar nova ação. 
Pessoal, vimos o transporte in utilibus das ações coletivas para as individuais quando procedente, 
possibilitando ao particular ingressar com ação, liquidar o valor e executar com base em uma decisão de processo 
coletivo. Mas se o particular já possui uma ação individual em curso? #ÉPRECISOIRALÉM. #BOTAPRAFERVER! 
A resposta está no artigo 104 do CDC: 
 
17 
 
PROCEDENTE 
Fará coisa julgada 
erga omnes. 
Fará coisa julgada 
ultra partes. 
Fará coisa julgada 
erga omnes. 
 
 
IMPROCEDENTE COM 
EXAME DAS PROVAS 
Fará coisa julgada 
erga omnes. 
Impede nova ação 
coletiva. 
O lesado pode propor 
ação individual. 
Fará coisa julgada 
ultra partes. 
Impede nova ação 
coletiva. 
O lesado pode propor 
ação individual. 
 
Impede nova ação coletiva. 
O lesado pode propor ação 
individual se não participou 
da ação coletiva. 
 
 
IMPROCEDENTE POR 
FALTA DE PROVAS 
Não fará coisa julgada 
erga omnes. 
Qualquer legitimado 
pode propor nova ação 
coletiva, desde que haja 
prova nova. 
Não fará coisa julgada 
erga omnes. 
Qualquer legitimado pode 
propor nova ação coletiva, 
desde que haja prova 
nova. 
 
Impede nova ação coletiva. 
O lesado pode propor ação 
individual senão participou 
da ação coletiva. 
 
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Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I e II e do parágrafo único do art. 81, não induzem litispendência 
para as ações individuais, mas os efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes a que aludem os incisos II e 
III do artigo anterior não beneficiarão os autores das ações individuais, se não for requerida sua suspensão no 
prazo de trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajuizamento da ação coletiva. 
Portanto, caso haja uma ação individual em andamento, o particular deverá requerer a sua suspensão no 
prazo de 30 (trinta) dias, quando da ciência nos autos, sob pena de arcar com os efeitos da coisa julgada na ação 
coletiva. 
Porém, se a ação coletiva tiver sido julgada improcedente e tiver ocorrido a suspensão da ação individual, 
esta poderá ser retomada a sorte de uma decisão procedente. 
Como dito, para ações coletivas o CDC fala em suspensão, diferentemente da Lei de Mandando de Segurança 
Coletivo (lei n.12.016/2009) que fala em desistência. Assim, para o MS coletivo, o impetrante deve desistir! 
#NÃOCONFUNDA! #DEOLHONAPEGADINHA! Veja: 
Art. 22. No mandado de segurança coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente aos membros do grupo 
ou categoria substituídos pelo impetrante. 
§ 1o O mandado de segurança coletivo não induz litispendência para as ações individuais, mas os efeitos da coisa 
julgada não beneficiarão o impetrante a título individual se não requerer a desistência de seu mandado de 
segurança no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da impetração da segurança coletiva. 
 
Pessoal, #COLANARETINA o art. 16 da lei de Ação Civil Pública Lei n.7.347/85: 
Art. 16. A sentença civil fará coisa julgada erga omnes, nos limites da competência territorial do órgão prolator, 
exceto se o pedido for julgado improcedente por insuficiência de provas, hipótese em que qualquer legitimado 
poderá intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. 
Cuidado com esse dispositivo, galera! A doutrina critica o art. 16 afirmando que esse dispositivo mistura os 
conceitos de coisa julgada (erga omnes) com competência territorial, fazendo com que surjam interpretações no 
sentido de que os efeitos da sentença podem ser limitados territorialmente, quando se sabe que a coisa julgada é 
uma qualidade que torna uma decisão imutável e, portanto, não está sujeito a limite territorial. Um exemplo de 
tal situação seria pensarmos que uma ação de divórcio com trânsito em julgado seja válida somente no Estado da 
Bahia, de modo que, para o restante do país, os cônjuges permaneceriam casados. Contudo, a despeito dessa 
crítica, até 2016 o artigo 16 era considerado constitucional pelo STJ em diversos julgados. 
No entanto, e isso #VAICAIR, o STJ decidiu que é indevido limitar a eficácia de decisões proferidas em ações 
civis públicas coletivas ao território da competência do órgão judicante. Ou seja, as decisões em ações coletivas 
atingem a todos, independentemente do local da decisão. Exemplo: uma ação civil pública na Bahia condenando 
uma empresa por publicidade enganosa poderá ser executada no Rio Grande do Sul, sem necessidade de nova 
ação nesse local. Galera, essa dica é #MELHORQUEACARAJÉ! #NÃOVALEERRAR! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. PROCESSUAL CIVIL. ART. 16 DA LEI DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA. AÇÃO COLETIVA. 
LIMITAÇÃO APRIORÍSTICA DA EFICÁCIA DA DECISÃO À COMPETÊNCIA TERRITORIAL DO ÓRGÃO JUDICANTE. 
DESCONFORMIDADE COM O ENTENDIMENTO FIRMADO PELA CORTE ESPECIAL DO SUPERIOR TRIBUNAL DE 
JUSTIÇA EM JULGAMENTO DE RECURSO REPETITIVO REPRESENTATIVO DE CONTROVÉRSIA (RESP N.º 
1.243.887/PR, REL. MIN.LUÍS FELIPE SALOMÃO). DISSÍDIO JURISPRUDENCIAL DEMONSTRADO. EMBARGOS DE 
DIVERGÊNCIA ACOLHIDOS. 
1. No julgamento do recurso especial repetitivo (representativo de controvérsia) n.º 1.243.887/PR, Rel. Min. Luís 
Felipe Salomão, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça, ao analisar a regra prevista no art. 16 da Lei n.º 
7.347/85, primeira parte, consignou ser indevido limitar, aprioristicamente, a eficácia de decisões proferidas em 
ações civis públicas coletivas ao território da competência do órgão judicante. 
2. Embargos de divergência acolhidos para restabelecer o acórdão de fls. 2.418-2.425 (volume 11), no ponto em 
 
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Coloco também um trecho do voto do Ministro Luís Felipe Salomão, muito explicativo: 
A bem da verdade, o art. 16 da LACP baralha conceitos heterogêneos - como coisa julgada e competência 
territorial - e induz a interpretação, para os mais apressados, no sentido de que os “efeitos” ou a "eficácia" da 
sentença podem ser limitados territorialmente, quando se sabe, a mais não poder, que coisa julgada - a 
despeito da atecnia do art. 467 do CPC - não é "efeito" ou "eficácia" da sentença, mas qualidade que a ela se 
agrega de modo a torná-la "imutável e indiscutível". 
É certo também que a competência territorial limita o exercício da jurisdição e não os efeitos ou a eficácia da 
sentença, os quais, como é de conhecimento comum, correlacionam-se com os "limites da lide e das questões 
decididas" (art. 468, CPC) e com as que o poderiam ter sido (art. 474, CPC) - tantum judicatum, quantum 
disputatum vel disputari debebat. 
A apontada limitação territorial dos efeitos da sentença não ocorre nem no processo singular, e também, como 
mais razão, não pode ocorrer no processo coletivo, sob pena de desnaturação desse salutar mecanismo de 
solução plural das lides. 
A prosperar tese contrária, um contrato declarado nulo pela justiça estadual de São Paulo, por exemplo, poderia 
ser considerado válido no Paraná; a sentença que determina a reintegração de posse de um imóvel que se 
estende a território de mais de uma unidade federativa (art. 107, CPC) não teria eficácia em relação a parte 
dele; ou uma sentença de divórcio proferida em Brasília poderia não valer para o judiciário mineiro, de modo 
que ali as partes pudessem ser consideradas ainda casadas, soluções, todas elas, teratológicas. 
A questão principal, portanto, é de alcance objetivo ("o que" se decidiu) e subjetivo (em relação "a quem" se 
decidiu), mas não de competência territorial. 
 
#DEOLHONAJURIS. #VAICAIR! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse sentido, quando uma associação for parte ativa em demanda coletiva, os efeitos da coisa julgada aos 
associados dependerão desses dois requisitos, diferentemente do que ocorre para os demais legitimados em 
ações coletivas. 
LEGITIMIDADE NAS AÇÕES COLETIVAS 
 
 Legitimidade autônoma, concorrente e disjuntiva. 
É autônoma porque não depende de participação ou autorização do titular do direito material; concorrente e 
disjuntiva porque a atuação de um dos legitimados não impede e nem vincula a atuação dos demais. 
 Natureza da legitimação no processo coletivo. Há 3 correntes sobre o assunto: 
 
 
19 
 
que afastou a limitação territorial prevista no art. 16 da Lei n.º 7.347/85. 
(EREsp 1134957/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, CORTE ESPECIAL, julgado em 24/10/2016, DJe 30/11/2016). 
 
A eficácia subjetiva da coisa julgada formada a partir de ação coletiva, de rito ordinário, ajuizada por associação 
civil na defesa de interesses dos associados, somente alcança os filiados, residentes no âmbito da jurisdição do 
órgão julgador, que o fossem em momento anterior ou até a data da propositura da demanda, constantes de 
relação juntada à inicial do processo de conhecimento. STF. Plenário. RE 612043/PR, Rel. Min. Marco Aurélio, 
julgado em 10/5/2017 (repercussão geral) (Info 864). 
O STF fixou a tese de que a decisão judicial (coisa julgada) na ação coletiva ingressada por associação civil 
somente será aplicado aos associados quando: 
1. Residentes noâmbito da jurisdição do órgão julgador (aqui uma limitação de competência territorial). 
2. E que seja filiado em momento anterior ou até a data da propositura da demanda, constantes de relação 
juntada à inicial do processo de conhecimento. 
 
1ª Corrente 
Trata-se de caso de legitimação extraordinária (age em nome próprio, tutelando 
direito alheio). 
 
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 Controle da legitimação nas ações coletivas: #SAIBADIFERENCIAR: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há requisitos subjetivos para a aferição da adequada representatividade, como, por exemplo: credibilidade, 
capacidade, experiência do legitimado, histórico na proteção judicial ou extrajudicial dos interesses do grupo, 
condutas em outros processos, coincidência ou não de interesses, tempo de constituição da associação, 
representatividade do indivíduo frente ao grupo. 
Assim, a análise deverá ocorrer em 2 fases: primeiro verifica-se se há autorização legal para que um ente 
possa substituir os titulares do direito coletivos, cabendo também ao juiz, à luz do caso concreto, aferir a 
representatividade adequada dos direitos em apreço. 
No Brasil, nosso legislador presumiu que os legitimados para a propositura das ações coletivas representam 
adequadamente os interesses transindividuais em debate. Portanto, a representatividade possui presunção ope 
legis (art. 5.º, da LACP). 
 Legitimidade ativa do MINISTÉRIO PÚBLICO: 
É uma de suas funções institucionais. Muitos afirmam que ele é o legitimado mais amplo, pois pode utilizar 
todos os instrumentos de tutela coletiva. 
 Atuação multifacetária do MP na tutela coletiva: 
a) Órgão agente: autor da ação coletiva; 
b) Órgão interveniente: fiscal da correta aplicação do ordenamento jurídico. O MP sempre será órgão 
interveniente em qualquer ação coletiva. 
 
 
 
 
 
 
20 
 
 
2ª Corrente 
Entende que não é possível transportar os modelos de legitimação do processo 
individual ao coletivo. Sugere um terceiro modelo sui generis que só se aplica ao 
processo coletivo: legitimação coletiva 
 
 
 
3ª Corrente 
Para essa última corrente, é necessário fazer uma distinção. Em se tratando de 
tutela de direitos difusos ou coletivos, o autor da ação age com legitimação 
autônoma para a condução do processo (o que não passa de uma legitimação 
coletiva). É autônoma porque não decorre do direito material, mas sim da lei, que 
conferiu aos legitimados a possibilidade de defender aquele direito. Por outro 
lado, quando se tratar da tutela de interesses individuais homogêneos, teríamos 
uma legitimação extraordinária (age em nome próprio, na defesa do direito 
alheio). Essa é a corrente dominante. 
 
Sistema ope legis de 
legitimação coletiva: 
Para parcela da doutrina, o legislador teria estabelecido um rol legal 
taxativo de legitimados, afirmando haver uma presunção absoluta de 
representantes adequados, não cabendo ao magistrado essa avaliação. 
 
 
Sistema ope iudicis de 
legitimação coletiva: 
Inspirado na experiência norte-americana (defendant class actions). 
Admite o controle judicial da representatividade adequada. Não basta a 
previsão legal da legitimidade, pois a simples circunstância de estar 
legalmente autorizado para conduzir o processo coletivo não significa 
que o ente seria capaz de representar adequadamente uma 
determinada coletividade. 
 
CUIDADOS: 
Na ação popular: sua legitimação é extraordinária, autônoma, concorrente, sucessiva (ele pode assumir a 
titularidade ativa na ação popular). Há quem afirme que se trata de uma legitimidade subsidiária, pois decorre da 
inércia do autor popular; 
 
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 Outros conceitos de legitimidades cobrados em provas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPETÊNCIA 
 
A regra de competência na tutela coletiva é ABSOLUTA: foro do local do dano. Se, no local, não existir vara 
federal, a ação não será proposta na justiça estadual. 
Âmbito do dano: 
a) local: foro do local do dano; 
b) regional ou nacional: discussão a respeito da existência de foros exclusivos ou concorrentes. 
 
21 
 
No MS coletivo: a constituição e a lei não elencam o MP como legitimado ativo. Assim, não há que se falar em 
legitimidade ativa do MP. Não obstante, há entendimento doutrinário em sentido contrário, admitindo que o MP 
figure como impetrante, com base na aplicação do microssistema e nessa legitimação ampla do MP. Existe 
precedente nesse sentido. 
MP pode tutelar todos os interesses transindividuais: essa é a tese dominante na doutrina e jurisprudência. Mas, 
muita atenção: 1) nos interesses individuais homogêneos, desde que indisponíveis e com relevância social. Há 
autores que afirmam que o simples fato de ser indisponível já há relevância social (tese minoritária). 2) nos 
interesses meramente individuais, desde que indisponíveis, atrelados ao ECA, Estatuto do Idoso e Estatuto da 
Pessoa com Deficiência. Há precedentes no STJ nesse sentido. 
 
 
 
Legitimação 
extraordinária: 
a) exclusiva: o titular do direito material não ostenta legitimação ativa, porque o 
ordenamento fixou expressamente legitimidade a um terceiro. Ex: autor 
popular (cidadão eleitor). 
b) concorrente: o ordenamento elenca mais de um legitimado para a 
propositura da ação coletiva. É uma legitimação concorrente disjuntiva, caso 
das ações coletivas. 
 
 
Legitimação 
conglobante: 
No contexto da análise da representatividade adequada, à luz do sistema ope 
iudicis, o magistrado deverá proceder na verificação da chamada legitimidade 
conglobante, ou seja, aferir se estão presentes elementos indicativos de que há 
adequada representatividade, sem que haja contrariedade ao ordenamento 
jurídico e à finalidade da tutela coletiva. 
A legitimidade conglobante nada mais é do que a legitimidade extraordinária 
decorrente do ordenamento jurídico, e não apenas da lei. 
 
 
Legitimidade 
bifronte: 
É sinônimo de intervenção móvel, litisconsórcio pendular e intervenção 
multifacetária. É hipótese de litisconsórcio facultativo. Aplica-se também à ação 
de improbidade administrativa. 
Art. 6º, § 3º, Lei da Ação Popular - A pessoas jurídica de direito público ou de 
direito privado, cujo ato seja objeto de impugnação, poderá abster-se de 
contestar o pedido, ou poderá atuar ao lado do autor, desde que isso se afigure 
útil ao interesse público, a juízo do respectivo representante legal ou dirigente. 
Legitimidade 
híbrida: 
É muito comum nas ações de improbidade, em que a pessoa jurídica defende 
interesse próprio (legitimidade ordinária) e interesse da coletividade 
(legitimidade extraordinária). 
Legitimação 
coletiva 
passiva: 
É a ação coletiva proposta em desfavor de uma coletividade. Tem como 
fundamento a defendant class actions do ordenamento norte-americano. Há 
discussão na doutrina sobre a sua admissão. 
 
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 Exclusivo: Se o dano for regional, deve ser proposta no foro da capital de um dos estados; Se for 
nacional, tem que ser proposta no DF - Ada Pellegrini (minoritária). 
 Concorrente: O autor terá opções de foro: capital de um dos estados ou DF. Tese dominante e do 
STJ. Princípio da competência adequada (fórum non conveniens). 
 
Participação do MPF e regra de competência: A simples presença do MPF atrai a competência para a JF? 
Existem 2 correntes! Vamos revisar os dois entendimentos? #ENTENDIMENTODIFERENTE #EUENSINOAVOCÊS! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Litisconsórcio entre MP’S diversos x justiça competente: A doutrina recomenda que se observe a 
preponderância do interesse com o princípio da competência adequada. 
 
EXECUÇÃO DA SENTENÇA COLETIVA 
 
Galera, estamos diante de outro ponto sensível! A execução da sentençapode ser feita de forma individual 
ou coletiva e, nesse último caso, é promovida pelos entes legitimados para a propositura da ação. 
 
 
 
 
 
A execução, como dito, pode ocorrer de forma coletiva ou individual, pela vítima ou seus sucessores: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Direitos individuais homogêneos: 
Após a condenação genérica, os titulares dos direitos individuais são identificados para a liquidação e 
execução. Passado o período de 1 (um) ano, não comparecendo nenhum interessado, o MP ou os demais 
22 
 
1ª corrente. 2ª corrente. 
Presença do MP atrelada às regras de Não induz necessariamente a competência da JF 
competência. Seguindo essa premissa, o (Diddier, Luiz Fux, Patrícia Miranda Pizzol e 1ª 
MPE só atua na Justiça Estadual; o MPF só sessão do STJ). Fundamentos: o art. 109, da CF é 
na JF; o MPT só na JT. Afirmam que o MPF taxativo; inexistência de vinculação entre as 
não tem personalidade jurídica e, portanto, atribuições do MP e competência de órgão 
é órgão da União. Tem precedentes da 2ª jurisdicional; MP não é órgão do Executivo, mas 
sessão do STJ nesse sentido. órgão independente e autônomo. ADOTAR ESSA 
 CORRENTE. 
 
Execução coletiva da sentença coletiva pelo legitimado coletivo: A regra é o processo sincrético. 
Execução individual da sentença coletiva pela vítima ou seu 
sucessor: 
Processo autônomo de execução. 
 
INTERESSES 
INDIVIDUAIS 
HOMOGÊNEOS 
A execução da sentença coletiva será preferencialmente feita 
individualmente e, subsidiariamente, pelos legitimados coletivos. 
 
INTERESSES DIFUSOS 
Não há que se falar na execução individual da sentença coletiva (tese 
dominante). Somente os legitimados coletivos podem executar a 
sentença coletiva. 
 
INTERESSES 
COLETIVOS EM 
SENTIDO ESTRITO 
Há divergências. Há quem sustente que se trata de direito indivisível, de 
modo de só poderá ser executada pelos legitimados coletivos. Enquanto 
outros, por sua vez, afirmam que a TUTELA jurisdicional pode ser divisível 
(sujeitos determinados), de modo que preferencialmente deverá ser 
executada individualmente e, subsidiariamente, pelos legitimados 
coletivos. 
 
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colegitimados poderão executar a sentença, sendo os valores recolhidos para o Fundo de Direitos Difusos e 
Coletivos (Fluidy recovery). 
Ocorrendo inércia na habilitação (não havendo número compatível de interessados), surge a legitimidade 
para que se promova a liquidação e execução, sendo o valor revertido para o fundo. 
Vítimas e sucessores devem se habilitar no processo coletivo no prazo de 1 ano (natureza decadencial). 
Início do prazo de 1 ano: a contar do trânsito em julgado (INFO 580 – STJ). 
Consequências da perda do prazo: os legitimados coletivos serão instados a promover a liquidação e 
execução da sentença coletiva para o Fundo de Defesa dos Interesses Difusos. 
Direito de preferência (Art. 99, CDC): a indenização dos prejuízos individuais terá preferência no pagamento, 
de modo que pode ocorrer a sustação do valor destinado ao fundo. 
Art. 99. Em caso de concurso de créditos decorrentes de condenação prevista na Lei n.° 7.347, de 24 de julho de 
1985 e de indenizações pelos prejuízos individuais resultantes do mesmo evento danoso, estas terão preferência 
no pagamento. (Vide Decreto nº 407, de 1991) 
 
 Fundo de Defesa dos Direitos Difusos: art. 13, LACP e art. 100, CDC. 
Conceito: o Fundo decorre do produto de receitas especificadas que, por lei, estão vinculadas à realização de 
determinados objetivos ou serviços, facultada a adoção de normas peculiares de aplicação. 
Natureza jurídica: meramente contábil. Não tem personalidade jurídica, mas está vinculado a um órgão 
publico. 
Fluidy recovery: a ideia é promover uma efetiva liquidação e execução coletiva, objetivando apurar o valor 
devido às vítimas indeterminadas que não propuseram as ações individuais. 
Busca-se evitar o desestímulo para a execução, pois, às vezes, o valor individual é irrisório. Tem caráter 
punitivo e educativo para aqueles que causam lesão a interesses transindividuais. 
 Jurisprudência: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GALERA, #FICALIGADO! Trouxemos, em nosso NFPSS de processo coletivo, principalmente aspectos 
conceituais e doutrinários, uma vez que acreditamos que haverá ao menos uma questão com esse enfoque na 
nossa prova! 
 
 
23 
 
O STJ, a partir do que decidiu o STF no RE 573232/SC (Info 746), vem entendendo que as associações, quando 
propõem ações coletivas, agem como REPRESENTANTES de seus associados (e não como substitutas processuais). 
Diante dessa mudança de perspectiva, tem-se o seguinte cenário: 
 Regra: a pessoa não filiada não detém legitimidade para executar individualmente a sentença de procedência 
oriunda de ação coletiva proposta pela associação. 
 Exceção: será possível executar individualmente, mesmo se não for associado, se a sentença coletiva que 
estiver sendo executada for mandado de segurança coletivo - STJ. 4ª Turma. REsp 1.374.678-RJ, Rel. Min. Luis 
Felipe Salomão, julgado em 23/6/2015 (Info 565). 
 prazo prescricional para a execução individual é contado do trânsito em julgado da sentença coletiva, sendo 
desnecessária a providência de que trata o art. 94 da Lei no 8. 78 9 ( D ), ou seja, a publicação de editais 
convocando eventuais beneficiários. ST . 1a Seção. Esp 1.388. -P , el. in. apoleão unes aia ilho, el. 
para acórdão in. g ernandes, julgado em 26 8 2 15 (recurso repetitivo) (Info 58 ). 
A execução de multa diária (astreintes) por descumprimento de obrigação de fazer, fixada em liminar concedida 
em Ação Popular, pode ser realizada nos próprios autos, por isso que não carece do trânsito em julgado da 
sentença final condenatória. (REsp 1098028, de 02/03/2010). 
 
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A partir de agora vamos ver os pontos 3 (Inquérito Civil) a 5 (Termo de Ajustamento de conduta) do nosso 
edital de Direitos Transindividuais (Generalidades). Acreditamos que várias questões abordarão esse tema e aqui, 
na #FAMÍLIACICLOS, estaremos preparados!!! Vamos lá! 
TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA 
 
Vamos falar de TAC? Galera, temos alertado vocês sobre a edição de diversas resoluções no ano de 2017, as 
quais constam expressamente no nosso edital. Uma dessas resoluções trata do TAC (Resolução n.179/17), 
lembram? 
Conceito: trata-se de um método de solução extrajudicial de conflito bastante utilizado na defesa dos 
direitos transindividuais. 
Legitimados: ao contrário do inquérito civil público, o TAC pode ser celebrado por qualquer órgão público 
legitimado à tutela dos direitos transindividuais. A atuação dos vários legitimados pode ser disjuntiva e 
concorrente. 
Não abrange: entidades civis (sindicatos, associações civis, entidades de classe – PJ de direito privado). 
Natureza jurídica: galera, sobre esse ponto existe discussão. 
Há quem entenda que o TAC é um negócio jurídico da administração e não um negócio jurídico 
administrativo, em que a Administração esteja em uma posição superior ao administrado. Como o TAC é meio de 
se garantir a prevenção do dano ou sua reparação no âmbito civil, não tem sentido imaginar que o legitimado 
ativo, pela sua natureza de órgão público, possa estar em uma situação de superioridade desmedida. 
É um negócio da Administração que também tem natureza de equivalente jurisdicional, por ser um meio 
alternativo de solução de conflito. 
Lembre que o TAC é um título executivo extrajudicial, devendo ser líquido e certo. O ajuste celebrado no 
inquérito civil ou no procedimento preparatório deve ser devidamente motivado. É interessante que, para cada 
obrigação fixada no ajuste, haja uma previsão específica de multa pelo seu inadimplemento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Art. 1º. O compromisso de ajustamento de conduta é instrumento de

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