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AULA 1 ESTRATÉGIAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO E COMÉRCIO EXTERIOR Prof. João Alfredo Lopes Nyegray 2 CONVERSA INICIAL Ao olhar a sua volta, esteja você em sua casa, em seu trabalho ou em qualquer lugar, você se deparará com centenas de marcas. Seu telefone de casa ou do trabalho pode ser da Motorola ou da Siemens, seu computador da Asus, HP ou Lenovo; seu smartphone pode ser Samsung ou Apple, e você pode ter na garagem um carro Chevrolet, Fiat, Ford, Volkswagen ou Hyundai, ou mesmo utilizar ônibus da já internacional empresa brasileira Marcopolo. Ao sair de casa e chegar no trabalho, você pode imprimir alguma coisa numa impressora Epson, e sentar-se numa cadeira feita na China com um jeans de algodão malaio. Esse é o cenário atual dos negócios: é absolutamente impossível nos isolarmos do mundo, uma vez que estamos tão cercados pela globalização quanto os peixes estão cercados d’água. A questão é que, tal qual os peixes, as vezes podemos nem perceber. CONTEXTUALIZANDO Hoje existem em torno de 200 países no mundo. Cada qual possui um ou mais idiomas, culturas, hábitos e padrões do que considera ser normal e do que se aceita como cotidiano. Assim, aquilo que é normal, para nós, brasileiros, pode não o ser para outros povos de outras culturas, inclusive aquelas mais próximas a nós. Dessa forma, os interessados em agir, trabalhar e negociar globalmente devem ter uma série de cuidados essenciais. E quais seriam esses cuidados? As cautelas envolvem hábitos na hora de se negociar, na capacidade de entender o outro e considerar seus gestos dentro de seu contexto cultural. Além disso, surge outro desafio: como escolher uma ou outra nação para se internacionalizar? Essa é uma pergunta de difícil resposta, pois não existe nada como uma receita de bolo que nos permita juntar alguns ingredientes e obter sempre o mesmo resultado. Primeiro, você precisa entender um pouco sobre o cenário internacional de negócios e sobre o mundo globalizado de hoje! TEMA 1 – O MUNDO GLOBALIZADO DE HOJE Não é de hoje que a globalização existe. Justamente por isso é tão difícil traçar sua história. O que podemos perceber, com alguma clareza, é que a globalização como a conhecemos hoje, com inegável impacto nos negócios, tem 3 seu início com as Grandes Navegações dos Séculos XV e XVI, que acabam por alterar a balança comercial da época. Mais tarde ainda, é com a primeira revolução industrial, e com a nova tecnologia do motor à vapor, que se aprimoram os transportes, especialmente o marítimo e o ferroviário. A partir desse momento, uma série de tecnologias vão aprimorando não só os transportes, mas os processos de produção e de manufatura. A partir do momento que as Revoluções Industriais alteram os paradigmas produtivos – de um modo de produção artesanal para um modo de produção em escala industrial – passa a haver uma maior oferta de uma série de produtos. Com isso, além de uma redução geral de preços motivada pela maior oferta de produtos, passa a haver um excedente exportável. É em torno do início do Século XX que a eletricidade e o aço passam a se difundir, colaborando ainda mais para a globalização. Concomitantemente, a humanidade passa a desenvolver tecnologias mais e mais novas, como o telefone, o avião, o telégrafo e tantos outros facilitadores da vida. Após 1945, surgem Organizações Internacionais interessadas em regular o ambiente internacional, seja para assuntos de paz e guerra, seja para assuntos financeiros e de comércio. Por fim, as telecomunicações se revolucionam a partir da década de 1980, e as tecnologias bancárias tornam-se mais e mais modernas. Todos esses fatores e aspectos contribuíram para a integração do mundo por meio do processo de globalização. E quais os impactos disso? Os impactos são vários: os transportes mais eficientes de navios e aviões maiores e mais rápidos, as comunicações, as transferências financeiras, os acordos internacionais e tantos outros aspectos acabam por industrializar, integrar e desenvolver o mundo cada vez mais. Por conta disso, as economias tornam-se mais integradas e os estilos de vida em muitos lugares – principalmente no ocidente – convergem para gostos e preferências semelhantes. Tudo isso colabora para que muitas empresas tornem-se globais. Basta que vejamos um símbolo, um logotipo, em qualquer lugar do mundo, para sabermos a qual empresa e a qual produto tal marca se refere. TEMA 2 – NEGOCIAÇÃO: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS Ainda que você não perceba, você negocia o tempo todo! Mas, afinal, negociar para que?! Por vários motivos! Imagine por um instante o cenário internacional: dos conflitos no Oriente Médio até as eleições nos Estados Unidos; 4 das discussões sobre migrações na Europa até os acordos regionais de comércio na Ásia. Para que todas essas negociações? Para harmonizar interesses, conciliar posições e trazer benefícios aos envolvidos: Quer a negociação diga respeito a um contrato, uma discussão familiar ou um acordo de paz entre nações, as pessoas empenham-se rotineiramente na barganha posicional. Cada um dos lados toma uma posição, defende-a e faz concessões para chegar a uma solução de compromisso (Fischer, Ury, Patton, 2005, p. 21). A partir do momento em que entendemos o porquê de negociar, podemos buscar qual o conceito de negociação. Uma das definições mais aceitas é ver a negociação como "um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão conjunta" (Fischer, Ury, Patton, 2005, p. 37). Veja: por mais simples que pareça esse conceito, ele nos traz elementos importantes. O primeiro desses elementos é entender a negociação como um processo. Ou seja: se é um processo, compõe-se de fases e partes diferentes. Não são todas as negociações, afinal, que terminam logo que iniciam ou que compõem-se de poucas etapas. Uma grande gama divide-se em várias fases, conforme seu tema é mais ou menos complexo, como as negociações diplomáticas, entre sindicatos ou aquelas que envolvem grandes quantias monetárias. Outro aspecto importante a respeito das negociações é a respeito da “comunicação bilateral”. Aceitar essa afirmação significa entender que ninguém negocia sozinho, não é mesmo? A negociação envolve, obrigatoriamente, mais de uma parte ou mais de uma pessoa. O último elemento do conceito apresentado refere-se ao objetivo de “se chegar a uma decisão conjunta". Para que isso aconteça entre partes que inicialmente apresentam interesses e posições distintas, a negociação deve ser capaz de conciliar interesses. Nesse momento, existem aqueles que dizem: mas as negociações não devem se focar em problemas? Não, pois “o problema básico de uma negociação não está nas posições conflitantes, mas sim no conflito entre as necessidades, desejos, interesses e temores de cada lado” (Fischer, Ury, Patton, 2005, p. 59). É justamente a partir desses interesses e necessidades que se geram conflitos que podem ou não ser harmonizados, pois “os interesses motivam as pessoas; são eles os motores silenciosos por trás da algazarra das posições. Sua posição é algo que você decidiu. Seus interesses são aquilo que fez com que você decidisse dessa forma” (Fischer, Ury, Patton, 2005, p. 59). 5 Pense, agora, em quantos tratados de paz não foram firmados por conta de um interesse comum em avença e em harmonia, ainda que as posições entre os lados conflitantes fossem absolutamente distintas. Ou seja: enquanto processo de comunicação bilateral, a negociação deve harmonizar posições a partir de interesses comuns, passíveis de conciliação! TEMA 3 – A IMPORTÂNCIA DAS NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS Como você já deve saber, o Século XX foi o século dos conflitos. Esses conflitos iniciaram-se no Século XIX, na África, e estenderam-se pela Europa,desembocando na Primeira Guerra Mundial. Como você também já sabe, anos após a Guerra, veio a crise de 1929, o que moldou o sistema internacional da época. Após a deflagração da crise, os países afetados adotaram políticas protecionistas, discursos nacionalistas e de ódio. Os ânimos ferveram e, em 1939, os alemães invadem a Polônia, dando início à Segunda Guerra Mundial. Por mais difícil que seja conjecturar o que não foi, mas que poderia ter sido, vamos imaginar por um minuto: e se, na época da Primeira e da Segunda Guerra, houvessem Organizações Internacionais capazes de utilizar do diálogo e da negociação como fonte de resolução de controvérsias? Talvez esses conflitos tivessem sido solucionados de alguma outra maneira, de forma mais pacífica, mais harmoniosa, sem foco nas desavenças ou nos problemas em comum. Assim, as negociações internacionais servem não apenas para que grandes empresas transacionem seus produtos, façam parcerias ou formem joint- ventures, mas também para que países firmem acordos, sejam eles sobre temas de guerra e paz, sejam sobre assuntos comerciais. Dessa forma, percebe-se como as negociações internacionais têm um escopo de influência muito amplo, desde a esfera pública até a privada. Além disso, os temas tratados na esfera pública, sejam nos acordos internacionais, seja nas regulamentações comerciais, afetam diretamente a posição das empresas, uma vez que tais acordos e regulamentações passam a ter força de lei para os países envolvidos. Imagine, por exemplo, que uma empresa brasileira exporta algo para a União Europeia. Passados alguns anos de atividade comercial, a União Europeia proíbe justamente a entrada desse item no continente. A partir do momento que isso acontece, a empresa brasileira que exportava para lá não mais poderá fazê-lo. Assim, uma negociação internacional 6 pública, afetou diretamente uma instituição privada. Esse breve relato nos mostra a importância e a amplitude das negociações internacionais! TEMA 4 – O AMBIENTE INTERNACIONAL Por diversas vezes, no decorrer dessa aula, você já se deparou com afirmações sobre os efeitos da globalização para os negócios. Internacionalmente, existem ao menos 200 países no mundo. Em cada um deles, existem vários tipos de empresas que atuam em diversas áreas. Logística, navegação, finanças e tantas outras podem servir de exemplos de áreas internacionais de atuação empresarial. Um tipo específico de empresas com forte atuação internacional são as empresas multinacionais. Essas organizações caracterizam-se por seu tamanho, capacidade financeira e recursos, e por terem uma matriz em um determinado país, e filiais espalhadas pelo mundo. Assim como a globalização não é um processo recente, a multinacionalização de empresas também não o é: O processo de internacionalização (na verdade, multinacionalização das empresas) passou a tomar um grande impulso a partir daí aceleração do processo de globalização, conforme discutido no capítulo passado. Segundo o World Investment Report 2002 produzido pela UNCTAD, o crescimento das EMNs é bastante significativo: em 1992 havia cerca de 35.000 EMNs com 150.000 empresas afihiadas. Já em 2001, havia 65.000 EMNs com 850.000 empresas afihiadas, empregando 54 milhões de pessoas (contra 24 milhões em 1990) (Sarfati, 2007) Atualmente, com a difusão e melhoria das tecnologias da informação as empresas estão se internacionalizando de maneira mais rápida e ágil. Um exemplo são as born globals – empresas nascidas globais. Trata-se de empresas jovens que, num curto espaço de tempo, conseguem obter uma boa porcentagem de suas vendas do exterior – 25 ou 30% –, de dois ou três continentes diferentes. Essas empresas são normalmente criadas por profissionais de espírito empreendedor com alguma experiência internacional. Tem sido frequente o surgimento de empresas nascidas globais no segmento de tecnologia, que criam ou difundem algum tipo de inovação. Uma vez que, no ambiente internacional, não há nenhum tipo de autoridade central, tanto as empresas quanto os países contam com a confiança que investidores e consumidores tem nesta organização ou naquele país. Assim, os componentes do ambiente internacional – países, empresas, ONGs e OIs – buscam não apenas defender seus interesses, mas fechar parcerias, conjecturar arranjos e encontrar novos aliados. 7 Essas características todas tornam o ambiente internacional densamente competitivo, o que pode ser tanto uma ameaça quanto uma oportunidade para profissionais e empresas. O arranjo dos componentes (atores) do ambiente internacional pode ter mais ou menos riscos, serem mais ou menos vantajosos. A boa análise, nesse cenário, é fundamental. TEMA 5 – RISCOS POLÍTICOS E ECONÔMICOS NOS NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Todo tipo de negócio envolve risco. Risco é a chance que um acontecimento negativo ou danoso tem de ocorrer. Por exemplo: ao visitar um país em guerra civil, existe uma alta possibilidade de algo negativo ou danoso ocorrer a você, à sua integridade física, ao seu patrimônio ou à sua vida. O mesmo vale no mundo dos negócios. Alguns países, por razões diversas, são mais arriscados de se fazer negócios, e outros, menos. Vejamos o caso da Coréia do Norte, o país mais fechado do mundo. O país possui uma legislação extremamente nacionalista. Existem, por exemplo, vinte e dois cortes de cabelo oficiais, e qualquer um que corte suas madeixas de outra forma que não as formas autorizadas, será punido de forma exemplar e não agradável. Se, ao viver e efetuar um simples ato da vida cotidiana – como cortar o cabelo – eu já corro risco de vida, imagina ao tentar fazer negócios com aquele país? Como você deve saber, a Coreia do Norte passa por um embargo econômico e não seria possível efetuar negócios lá de toda forma. No entanto, o exemplo foi para que você perceba como existe uma série de situações e características que podem afetar os negócios. No campo político, o fato de um país ser fechado, altamente legislado e protecionista, traz um grande risco à atuação de empresas estrangeiras. Por outro lado, países de sistemas políticos democráticos, de economia livre e liberais tendem a ser menos arriscados e também mais competitivos. Outro ponto arriscado nos negócios internacionais é o campo econômico, que pode ser muito influenciado por decisões políticas. Muitas vezes um país está sendo bem conduzido economicamente até que elege um novo presidente ou primeiro ministro, que com a condução de políticas econômicas equivocadas, altera o crescimento do país negativamente. Eis, então, um exemplo de situação política influenciando o campo econômico. Outros riscos econômicos podem se 8 manifestar com oscilações na taxa de crescimento dos países, câmbio incerto, instabilidade política, intervenção forte do estado na economia e tomada de medidas protecionistas. Por fim, é importante que você saiba que, muitas vezes, o governo que deveria estar tomando atitudes para que sua nação crescesse e prosperasse acaba criando riscos para quem deseja empreender ali. Isso acontece em várias nações, por meio de leis que afetam ou tornam mais arriscados os negócios internacionais: Muitas nações impõe restrições à entrada de investimento direto estrangeiro (IDE). Por exemplo, no Japão, o daitenhoo (lei das lojas de varejo de grande escala) coibiu estrangeiros de abrir lojas no estilo atacadista como Walmart (...), restringindo as operações de gigantes varejistas (...). Na Malásia, as empresas que desejam investir em negócios locais devem obter a permissão do Malaysian Industrial Development Authority, que examina as propostas para garantir que se adequem às metas da política nacional. Os Estados Unidos restringem investimentos estrangeiros que julgam afetar a segurança nacional; os de grande porte devem ser examinados pelo U.S. Committee on Investments(Cavusgil, Knight, Riesenberger, 2010). Veja: não há como pensar no cenário de negócios sem entender os riscos e a importância do papel desempenhado pelos governos e setores políticos. FINALIZANDO No mundo de hoje, existem centenas de dezenas de marcas que são escolhidas por consumidores do mundo todo. Nessa imensidão de opções, algumas se destacam: aquelas grandes marcas internacionais, como Dell, Microsoft, Google, Facebook, Apple, Samsung, H&M, Zara entre outras. Esse é um dos vários aspectos da globalização: a internacionalização. Como, então, escolher um mercado para atuar, uma vez que a concorrência tornou-se tão acirrada nos últimos anos? Essa é uma resposta complexa que está relacionada a diversos fatores, dentre os quais a globalização. A globalização como a conhecemos hoje, com inegável impacto nos negócios, tem seu início com as Grandes Navegações dos Séculos XV e XVI, que acabam por alterar a balança comercial da época. Mais tarde ainda, é com a primeira revolução industrial, e com a nova tecnologia do motor à vapor, que se aprimoram os transportes, especialmente o marítimo e o ferroviário. Esse processo passou a exigir dos profissionais capacidades cada vez maiores de se negociar e entender a negociação. Mas o que é negociação? É “um processo de comunicação bilateral, com o objetivo de se chegar a uma decisão 9 conjunta” (Fischer, Ury, Patton, 2005, p. 37). Veja: por mais simples que pareça esse conceito, ele nos traz elementos importantes. O primeiro desses elementos é entender a negociação como um processo. Ou seja: se é um processo, compõe- se de fases e partes diferentes. As negociações internacionais servem não apenas para que grandes empresas transacionem seus produtos, façam parcerias ou formem joint-ventures, mas também para que países firmem acordos, sejam eles sobre temas de guerra e paz, sejam sobre assuntos comerciais. Dessa forma, percebe-se como as negociações internacionais têm um escopo de influência muito amplo, desde a esfera pública até a privada. Atualmente, com a difusão e melhoria das tecnologias da informação, as empresas estão se internacionalizando de maneira mais rápida e ágil. Um exemplo são as born globals – empresas nascidas globais. Todo tipo de negócio envolve risco. Risco é a chance que um acontecimento negativo ou danoso tem de ocorrer. Por exemplo: ao visitar um país em guerra civil, existe uma alta possibilidade de algo negativo ou danoso ocorrer a você, à sua integridade física, ao seu patrimônio ou à sua vida. O mesmo vale no mundo dos negócios. Alguns países, por razões diversas, são mais arriscados de se fazer negócios, e outros, menos. 10 REFERÊNCIAS AMATUCCI, M. Teorias de negócios internacionais e a economia brasileira – de 1850 a 2007. In: Internacionalização de Empresas. São Paulo: Editora Atlas, 2009. CAVUSGIL, S. T.; KNIGHT, G.; RIESENBERGER, J. Negócios Internacionais – estratégia, gestão e novas realidades. Pearson: São Paulo, 2010. DUARTE, R. G.; TANURE, B. O impacto da Diversidade Cultural na Gestão Internacional. In: DUARTE, R. G.; TANURE, B. (Orgs). Gestão Internacional. São Paulo: Saraiva, 2006. FERREIRA, M. P.; REIS, N. R.; SERRA, F. R. Negócios Internacionais e Internacionalização para as Economias Emergentes. Lidel: Lisboa, 2011. HOBSBAWM, E. A era dos Extremos – O breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. MAGNOLI, D.; SERAPIÃO JR., C. Comércio Exterior e Negociações Internacionais. São Paulo: Saraiva, 2012. SARFATI, G. Manual de Diplomacia Corporativa – a construção das relações internacionais da empresa. São Paulo: Atlas, 2007. SEITENFUS, R. Manual das Organizações Internacionais. Porto Alegre: Livraria e Editora do Advogado, 4. ed., 2005.
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