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APOSTILA DE HEMATOLOGIA

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1 
 
APOSTILA DE HEMATOLOGIA 
MICROSCOPIA 
O microscópio óptico é um equipamento muito utilizado em diversos laboratórios e 
inúmeros tipos de pesquisas. Apesar de existirem variações de marcas e tamanhos, 
geralmente possuem os mesmos componentes e sua manipulação é muito parecida. 
Os principais componentes são a base, as lentes oculares, as lentes objetivas e a 
platina. É necessário aprender a identificar as suas várias partes e entender as suas 
funções para operá-lo adequadamente. Quando você conhece os procedimentos básicos 
de operação e sua estrutura, manuseando corretamente, poderá maximizar todos os 
recursos do microscópio, além de prolongar sua vida útil. 
 
Provavelmente pessoas diferentes utilizarão o mesmo equipamento, muitas vezes para 
análises distintas. Assim, é importante que ele sempre fique em seu ajuste inicial. Assim o 
próximo usuário inicia seu trabalho no ajuste padrão, facilitando a rotina. 
Como manusear o microscópio 
1. Selecionar a objetiva de menor aumento e baixar a platina completamente. Se o 
microscópio foi utilizado corretamente anteriormente, deve estar nesta posição. 
2. Colocar a lâmina com o objeto a ser visualizado sobre a platina e travar com a pinça. 
3. Começar a visualização com a objetiva de menor aumento. 
4. Realização do enfoque. 
2 
 
a) Aproximar o máximo possível a lente do objeto a ser visualizado através do ajuste 
macrométrico. Esse deve ser feito sem olhar diretamente pela ocular, para evitar possíveis 
danos ao objeto ou a própria lente. 
b) Olhando através da ocular, comece a aproximar a amostra da objetiva até que consiga ter 
uma visualização nítida, com o ajuste micrométrico realizar o enfoque fino. 
5. Mude para objetiva seguinte. A imagem deve estar quase focada, se necessário gire o 
micrométrico para melhorar o enfoque fino. Se ao trocar de objetiva o objeto sumir 
completamente, é preferível voltar a objetiva anterior e refazer os passos do item 3. A objetiva 
de 40X enfoca muito próximo da amostra e com isso pode vir a causar acidentes: como 
contaminar a lente com a amostra em análise se negligenciado as precauções anteriores ou 
manchar a lente com o óleo de imersão se a objetiva de 100X já foi utilizada. 
6. Utilizar a objetiva com óleo de imersão: 
A. Baixe totalmente a platina. 
B. Suba totalmente o condensador para visualizar o círculo de luz que indica a zona que irá 
visualizar e onde irá colocar o óleo de imersão. 
C. Gire o revolver até a objetiva de imersão deixando entre a objetiva de 40X e 100X. 
D. Coloque uma gota de óleo de imersão sobre o círculo de luz. 
E. Termine de girar o revolver, suavemente, até a objetiva de imersão (100X). 
F. Olhando diretamente na objetiva, suba a platina lentamente até que a gota de óleo toque a 
lente. Neste momento é possível notar a gota cobrindo a lente. 
G. Com auxílio do ajuste micrométrico, enfocar a amostra cuidadosamente. A distância de 
trabalho entre a objetiva e a lâmina é mínimo, menor que a distância da objetiva de 40X, por 
isso o risco de quebrar a lâmina é grande. 
H. Uma vez colocado o óleo de imersão sobre a amostra, não pode retornar a objetiva de 40X, 
pois a lente pode vir a ficar manchada. Por tanto, se deseja focar outra área é necessário 
baixar a platina movimentando o macrométrico, repetir o processo desde o passo 3. 
I. Uma vez finalizada a visualização da amostra deve-se baixar a platina e colocar o revolver 
com na posição da menor objetiva. Neste momento já pode retirar a lâmina da platina. Nunca 
retire a lâmina com a objetiva de imersão em posição de observação. 
J. Limpar as objetivas com cuidado utilizando uma gaze umedecida em álcool-éter para 
limpeza óptica. 
Fonte: https://kasvi.com.br/manuseio-microscopio/ 
 
 
3 
 
HEMATOLOGIA 
 
1. Introdução 
Hematologia é o ramo da biologia que estuda o sangue. A palavra é composta pelos 
radicais gregos: Haima (de haimatos), "sangue" e lógos, "estudo, tratado, discurso". 
A Hematologia estuda, particularmente, os elementos figurados do sangue: hemácias 
(glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. Estuda, também, a 
produção desses elementos e os órgãos onde eles são produzidos (órgãos 
hematopoiéticos): medula óssea, baço e linfonodos. Por outro lado, além de estudar ode 
normalidade dos elementos sanguíneos e dos órgãos hematopoiéticos, estuda também as 
doenças a eles relacionadas. 
 
 
HEMATOPOIESE é o processo de substituição das células sanguíneas, que ocorrem nos 
chamados órgãos hematopoiéticos, que compreendem a medula óssea e o sistema 
linfóide. 
 
MEDULA ÓSSEA é o mais importante órgão da gênese das mais diversas células 
sanguíneas, pois lá estão as células tronco que dão origem a células progenitoras de 
linhagens mielocíticas, linfocítica, megacariócitos e eritroblastos. 
 
LINHAGEM MIELÓIDE compreende os granulócitos polimorfonucleados (neutrófilo, 
eosinófilo e basófilo) e monócitos.Quando os monócitos migram para os tecidos se 
transformam em macrófagos, que são células com alto poder de fagocitose. 
 
LINHAGEM LINFÓIDE engloba os linfócitos T e B. Os linfócitos B saem maduros da 
medula óssea enquanto os linfócitos T precisam migrar para o Timo onde irão sofrer o 
processo de maturação. Os linfócitos B ainda se diferenciam em plasmócitos quando 
encontram um antígeno num órgão linfóide secundário e secretam anticorpos nos tecidos. 
 
MEGACARIÓCITO partes de seu citoplasma dão origem às plaquetas, responsáveis pela 
coagulação sanguínea. 
 
ERITROPOIESE é o processo de produção de eritrócitos. Em humanos adultos, a 
eritropoiese ocorre na medula óssea, mas fetos e em situações especiais como anemias 
severas podem ocorrer em outros órgãos, principalmente no fígado e no baço. 
 
4 
 
ERITROBLASTO origina as hemácias do sangue, que atuam nas trocas gasosas. 
ERITRÓCITOS ou HEMÁCIAS são células pequenas, circulares, com forma aproximada 
de discos bicôncavos, com 7,5 μm de diâmetro e sem núcleo. São os mais numerosos 
tipos celulares no sangue. Embora seu número seja variável, um milímetro cúbico de 
sangue contém cerca de 4,5 a 6,1 milhões dessas células nos homens e cerca de 4,1 a 
5,3 milhões nas mulheres. Essas células circulam pelo sangue circulante durante o 
período de aproximadamente 120 dias antes que sejam destruídas. 
 
HEMOGLOBINA 
 
A hemoglobina é um tetrâmero composto de duas de cada dois tipos de cadeias de 
globina, a alfa e a beta. Cada uma dessas cadeias contém aproximadamente 141 
aminoácidos. 
 
Existem quatro grupos heme por proteína; estes possuem um íon de ferro no seu centro, 
que liga a molécula de O2. É uma proteína alostérica, pois a ligação e a liberação do 
oxigênio são reguladas por mudanças na estrutura provocadas pela própria ligação do 
oxigênio ao grupo heme. 
Existem três tipos de hemoglobina, devido à variação na cadeia polipeptídica: 
Hemoglobina A1, Hemoglobina A2 e Hemoglobina F. 
 
A hemoglobina (Hb) é uma proteína composta de grupamentos heme que compõe 95% da 
proteína total desta célula. Os benefícios de conter hemoglobina dentro das células, ao 
contrário de livre no plasma, incluem: uma meia-vida maior (a Hb livre no plasma possui 
uma meia-vida de apenas algumas horas), a capacidade metabólica dos eritrócitos de 
manter o ferro ligado à Hb em seu estado funcional e a habilidade de controlar a afinidade 
do oxigênio pela Hb, alterando as concentrações de fosfatos orgânicos (especialmente o 
2,3-DPG). 
 
Distribuição do Oxigênio 
A distribuição é feita através da interação da hemoglobina com o oxigênio do ar (que pode 
ser inspirado ou absorvido, como na respiração cutânea). Devido a isto, forma-se o 
complexo oxi-hemoglobina, representado pela notação HbO2. Chegando às células do 
organismo, o oxigênio é liberado e o sangue arterial (vermelho) transforma-se em venoso 
(vermelho arroxeado). A hemoglobina livre pode ser reutilizada no transporte do oxigênio. 
A hemoglobina distribui o oxigênio para as todas as partes do corpo irrigadas por vasos 
sanguíneos. 
 
Localização 
A hemoglobinapode ser encontrada dispersa no sangue (em grupos animais simples) ou 
em várias células especializadas (as hemácias de animais mais complexos). 
O aumento de glóbulos vermelhos (GV) no sangue (eritrocitose) geralmente se dá por uma 
adaptação fisiológica do organismo em locais de altitude elevada. Uma vez que o aumento 
de glóbulos vermelhos favorece o transporte de oxigênio pelo sangue, seu uso melhora a 
performance de atletas, principalmente em esportes que necessitem muita resistência. 
Quando os atletas realizam treino em locais de alta altitude, a pequena concentração de 
oxigênio estimula a produção natural de EPO (Eritropoietina, hormônio que aumenta o 
número de GV e da capacidade muscular) e ao retornar às baixas altitudes, seu corpo 
está mais preparado e sua resistência está maior. 
5 
 
LEUCÓCITOS são elementos figurados do sangue que estão envolvidos no sistema de 
defesa do organismo contra doenças e infecções. Por meio de fagocitose, eles defendem 
os tecidos contra invasão de organismos ou substâncias estranhas, removendo também 
os restos resultantes da morte ou de ferimentos celulares. Alguns leucócitos são capazes 
de passar através da parede intacta dos vasos chamada de diapedese; agindo assim 
principalmente no tecido conjuntivo frouxo.São transportados pelo sangue para todo o 
corpo, a partir da medula óssea, onde são formados. Os leucócitos estão presentes no 
sangue em muito menor número que os eritrócitos, com cerca de 4.000 a 10.000 
leucócitos por milímetro cúbico de sangue. 
 
HEMOGRAMA: 
HEMOGRAMA é um exame realizado que avalia as células sanguíneas de um paciente. O 
exame é requerido pelo médico para diagnosticar ou controlar a evolução de uma doença. 
Que compreende o eritrograma, leucograma e trobocitograma. 
 
Coleta de sangue 
O sangue do indivíduo é colhido com anticoagulante (EDTA), para se evitar a coagulação 
do mesmo. Não há necessidade de colher o sangue com o indivíduo em jejum. 
 
Processo Manual 
Contagens manuais do número de hemácias (= HEMATIMETRIA) e do número de 
leucócitos (= LEUCOMETRIA GLOBAL) podem ser feitos em câmara de Neubauer, após 
uma diluição prévia do sangue. O método dificilmente é usado, sendo usado em poucos 
casos de dúvidas da metodologia automática. 
 
 
 Câmara de Neubauer Câmara de Neubauer ao microscópio 
 
O esfregaço de sangue é usado para fazer uma diferenciação entre os leucócitos (= 
LEUCOMETRIA ESPECÍFICA), isto é, fazer uma contagem do número de neutrófilos, 
linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos. Chegando-se a uma porcentagem de cada 
célula encontrada. Usado também para avaliar a série vermelha e as plaquetas. É feito 
com uma pequena gota de sangue sendo colocada sobre uma lâmina de vidro, onde o 
técnico fará um esfregaço, arrastando a gota de sangue com uma lâmina extensora de 
6 
 
vidro ou acrílico, com isso forma-se uma fina película de sangue. O sangue tem que ser 
homogeneizado antes de se fazer o esfregaço para que as células estejam bem 
distribuídas. O esfregaço é corado com Leishman ou Giemsa e observado em microscópio 
com objetiva de aumento de 100X. 
 
A vantagem de se fazer um hemograma é que algumas células podem ser contadas 
erradamente pelos processos automáticos. Alguns aparelhos não contam células imaturas 
e podem levar a um erro quanto a um diagnóstico de leucemia. O esfregaço, porém, deve 
ser avaliado por pessoal experiente. 
 
 
 
 
CONFECÇÃO DO ESFREGAÇO 
SANGUÍNEO 
1. Com auxílio de um tubo capilar ou de 
uma micropipeta de 5 colocar uma 
pequena gota de sangue no canto da 
lâmina. 
 
2. Posicionar a lâmina extensora à frente da 
gota, movimentá-la um pouco para traz e 
aguardar o sangue espalhar por toda a 
borda da extensora. 
 
3. Deslizar a extensora para frente em 
movimento retilíneo e uniforme, num 
ângulo de aproximadamente 30 a 45 ° até 
o esgotamento do sangue, de modo a 
obter um esfregaço fino e homogêneo. 
 
4. Aguardar aproximadamente 5 minutos, 
para o sangue secar e fazer a coloração. 
7 
 
Técnica de confecção do esfregaço sanguíneo: 
O método de preparação para demonstrar melhor os tipos celulares do sangue periférico é 
o esfregaço de sangue. Uma gota de sangue é colocada diretamente sobre uma lâmina de 
vidro e espalhada em uma camada fina pela sua superfície. Isso é obtido espalhando-se a 
gota de sangue com a borda de uma lâmina histológica ao longo de outra lâmina, com o 
objetivo de produzir uma monocamada de células. 
Procedimento técnico para confecção do esfregaço: 
1. Apoiar a lâmina de microscopia, já com a identificação do paciente, sobre uma 
superfície limpa. Certificar-se de que a lâmina tem boa qualidade e não está suja ou 
possui vestígios de gordura, o que pode prejudicar o teste. 
2. Colocar uma pequena gota de sangue próxima a uma das extremidades da lâmina. 
3. Com o auxílio de uma lâmina extensora, colocar a gota de sangue em contato com 
sua borda. Para isso a lâmina extensora deve fazer um movimento para trás 
tocando a gota com o dorso em um ângulo aproximado de 30 a 45°. 
4. O sangue da gota irá se espalhar pela borda da lâmina extensora por capilaridade. 
5. A lâmina deve então deslizar suave e uniformemente sobre a outra, em direção 
oposta à extremidade em que está a gota de sangue. O sangue será “puxado” pela 
lâmina. 
6. Depois de completamente estendido, o sangue forma uma película sobre a lâmina 
de vidro. 
7. Deve-se deixar que o esfregaço seque sem nenhuma interferência. 
8. Seguir para o passo de coloração. 
 
É necessário esfregar uma lâmina extensora sobre a outra rapidamente, antes que o 
sangue seque ou coagule. Uma pressão excessiva ou qualquer movimento de parada 
durante esse processo pode comprometer o esfregaço. 
8 
 
É importante lembrar também que a espessura da película é determinada, em grande 
parte, pelo ângulo formado entre as lâminas no momento da extensão da gota de sangue. 
Ângulos maiores que 45°, por exemplo, produzem extensões espessas e curtas, 
dificultando posteriormente a visualização das células. 
Coloração de esfregaço de sangue 
Para a técnica de esfregaço sanguíneo é utilizada uma mistura especial de corantes para 
tingir todas as células sanguíneas. Existem muitas variações como a coloração de 
Leishman, Giemsa, Wright ou May-Grünwald. Tratam-se de modificações da coloração a 
base de corantes Romanovsky. 
A denominação confere ao médico russo Dmitri Leonidovich Romanowsky os créditos pelo 
desenvolvimento do método, em 1891. A mistura de corantes inclui um corante básico e 
um corante ácido, consistindo basicamente em azul de metileno e eosina (ou similar). 
A afinidade das estruturas celulares por corantes específicos ou por combinações de 
corantes dessa mistura proporciona uma visualização diferenciada das células 
sanguíneas. 
Os corantes para esfregaços sanguíneos são uma mistura de corantes de características 
neutras, dependentes do pH da solução corante, que em condições apropriadas coram os 
componentes nucleares e citoplasmáticos dos leucócitos, com predominância de tons 
vermelhos (quando ácidos) e azulados diversos (quando básicos). 
Primeiramente temos que entender as características do pH desses corantes: 
O azul de metileno é um corante básico que reage com componentes ácidos das células 
e tecidos, os quais incluem grupos fosfatos, ácidos nucléicos, grupos sulfatos de 
glicosaminoglicanas e grupos carboxila das proteínas. Estruturas celulares que se coram 
com corantes básicos são denominadas basófilas. São exemplos: heterocromatina, 
nucléolo, RNA ribossômico, matriz extracelular da cartilagem. Cor: azul. 
A eosina é um corante ácido que reage com componentes básicos das células e tecidos. 
Quando usada juntamente com corantes básicos como o azul de metileno, coram o 
citoplasma, filamentos citoplasmáticos e fibras extracelulares. A eosina geralmente 
cora as estruturas em vermelho ou rosa. 
Corante básico → cora estruturas ácidas, chamadas basófilas 
Corante ácido → cora estruturas básicas,chamadas acidófilas/eosinófilas 
May-Grunwald-Giemsa, Leishman e Wright 
Corante de May-Grunwald (1902) é uma mistura de eosina e azul de metileno (não 
oxidados), que ser uma mistura de azur II (mistura equimolar de azur 1 e azul de metileno) 
e eosinato de azur II (corante formado pela combinação equimolar de azur 1, azul de 
metileno e eosina amarelada). 
9 
 
Esses dois corantes são utilizados através de um método de coloração mais demorado, 
em que, após fixação e coloração pelo May Grunwald, se processa uma segunda 
coloração com solução de Giemsa, obtendo quimicamente se transforma em eosinato de 
azul de metileno. 
Corante de Giemsa (Alemanha) desenvolveu, no mesmo período, um corante que leva 
seu nome e que resulta numa coloração com um resultado final melhor e mais detalhado. 
A necessidade de um único corante, que pudesse corar globalmente os elementos 
celulares com os detalhes do May Grunwald-Giemsa, levou ao desenvolvimento de novos 
corantes: Leishman (Inglaterra,1901) e Wright (Inglaterra,1902). São corantes 
basicamente idênticos, compostos de eosina amarelada e produtos de oxidação do azul 
de metileno. A diferença entre ambos se restringe ao fato de que o processo de maturação 
é mais longo na feitura do corante Leishman (em pó). Estes corantes são dissolvidos 
em álcool (em geral metanol). 
TÉCNICA DE COLORAÇÃO DE LEISHMAN: 
Equipamentos e Materiais necessários: 
 Suporte para coloração de lâminas; 
• Lâmina com esfregaço de sangue seco; 
• Corante de May-Grünwald ; 
• Corante Giemsa (com diluição no momento da coloração); 
• Suporte para secagem de lâmina; 
• Água destilada; 
Procedimento Técnico: 
1. Após realizar o esfregaço sanguíneo, esperar secar em temperatura ambiente, 
identificar os esfregaços com o nome do paciente, o número da amostra e data a 
lápis na borda fosca da lâmina; 
2. Colocar a lâmina sobre o suporte como esfregaço voltado para cima; 
3. Cobrir a lâmina com corante de May-Grünwald (20 gotas) e aguardar 4 minutos; 
4. Cobrir a lâmina com água destilada (20 gotas) sem desprezar o corante e deixar 
por 1 minuto. A quantidade de água a ser colocada sobre o May-Grünwald, a rigor, 
deve ser igual a quantidade de corante. O tempo nesta fase é crítico; 
5. O corante de Giemsa deve ser preparado para uso na proporção de uma gota do 
corante (50 μL) para cada 1 mL de água. A solução uso do corante de Giemsa não 
deve ser guardada por mais de 24 horas. Após o tempo de um minuto, desprezar 
solução May-Grünwald-água e cobrir a lâmina com o corante de Giemsa e deixar 
por 12 minutos; 
6. Desprezar o corante e lavar com água; 
7. Limpar o fundo da lâmina com gaze seca; 
8. Colocar a lâmina para secar na posição vertical; 
10 
 
 
Técnica de coloração de Leishman 
 
 
Kit de Corante Panótico Rápido: 
 
 
 Técnica de coloração Panótico Rápido: 
TÉCNICA DE COLORAÇÃO PANÓTICO RÁPIDO: Os corantes são colocados em frascos 
separados. Primeiro fixa-se a lâmina com metanol, imergindo a lâmina com esfregaço por 
(frasco 1) por alguns segundos, logo vezes no frasco de eosina (frasco 2) e depois no de 
azul de metileno (frasco 3 ambiente. ). Enxaguar em água corrente e deixa secar em 
temperatura 
O Panótico Rápido é composto por 1 fixador e 2 soluções corantes para coloração rápida 
em hematologia. Esta metodologia de coloração é pouco utilizada na rotina dos 
11 
 
laboratórios, sendo mais utilizada em casos de urgência/emergência, pois apresenta a 
vantagem de ser uma coloração prática e rápida, sendo realizada em apenas 15 
segundos. 
Reagentes: O conjunto conta com 3 reagentes: 
- Número 1: compõe-se por uma solução de triarilmetano a 0,1% (fixador - irá preservar 
as células da decomposição, bloquear reações químicas que possam estar em 
andamento, além de aumentar a resistência e estabilidade do esfregaço); 
- Número 2: compõe-se por uma solução de xantenos a 0,1% (corante ácido - que irá 
corar de róseo a vermelho os componentes básicos das células); 
- Número 3: compõe-se por uma solução de tiazinas a 0,1% (corante básico - que irá 
corar de roxo-azulado componentes ácidos das células, como o núcleo). 
 
Procedimento Técnico: 
1- Após realizar o esfregaço sanguíneo, esperar secar em temperatura ambiente, 
identificar os esfregaços com o nome do paciente, o número da amostra e data a lápis na 
borda fosca da lâmina; 
2- Preencher 3 recipientes com os respectivos reagentes do Kit (como cubas de Coplin ou 
até mesmo tubos cônicos de 50 mL); 
3- Submergir as lâminas (com movimentos contínuos de cima para baixo) por 5 segundos 
em cada uma das soluções (5 imersões de 1 segundo cada, esperando escorrer bem 
entre as soluções); 
4- Ao final da coloração, lavar as lâminas com água destilada e esperar secar antes da 
leitura em microscópio. 
 
Aplicação do esfregaço de sangue 
Observação da lâmina 
1. Cabeça da lâmina: região imediatamente após o local em que estava a gota 
sanguínea. Nessa região, com frequência, há aumento do número de leucócitos 
(principalmente de linfócitos). 
12 
 
2. Corpo da lâmina: região intermediária entre cabeça e cauda. É nessa região que 
os leucócitos, hemácias e plaquetas estão distribuídas de forma mais homogênea. 
É a área de escolha para a análise qualitativa e quantitativa da distensão 
sanguínea. 
3. Cauda da lâmina: região final da distensão sanguínea. Nessa região, há encontro 
de alguns esferócitos e elevação de monócitos e granulócitos, que podem 
apresentar maior distorção morfológica. 
 
https://kasvi.com.br/esfregaco-de-sangue-hematologia/ 
 
Algumas vezes é possível realizar um diagnóstico definitivo a partir de um esfregaço de 
sangue. Porém, rotineiramente ele serve como uma indicação/base para que sejam 
realizados outros testes confirmatórios. 
Existem muitas doenças que podem ter efeito sobre o número e tipo de células 
sanguíneas produzidas, sua função e vida útil. Embora geralmente apenas as células 
maduras normais sejam liberadas na corrente sanguínea, algumas circunstâncias podem 
forçar a medula óssea a liberar células imaturas e/ou malformadas no sangue. 
O teste de esfregaço pode indicar uma série de deficiências, apontando alterações e 
anormalidades nessas células sanguíneas. Várias doenças podem ser identificadas como 
os diversos tipos de anemia, trombositose, malária, leucemia, linfomas ou insuficiência da 
medula óssea e outras. 
 
13 
 
Processo automático 
Hoje em dia o hemograma é feito em aparelhos. Os aparelhos usam uma pequena 
quantidade de sangue. Há dois sensores principais: um detector de luz e um de 
impedância elétrica. 
 
As células brancas, ou leucócitos, podem ser contadas baseando-se em seu tamanho ou 
através de suas características. Quando a contagem é baseada no tamanho das células, o 
aparelho as diferencia por 3 tipos: células pequenas (linfócitos), células médias 
(neutrófilos, eosinófilos e basófilos) e células grandes (monócitos). Esse primeiro tipo de 
aparelho requer uma contagem manual de células, pois não diferencia as células de 
tamanho médio, podendo omitir uma eosinofilia por exemplo. Os que utilizam o método de 
características das células são mais precisos. 
 
Em relação à série vermelha, o aparelho mede a quantidade de hemoglobina, o número 
de hemácias e o tamanho das hemácias. Realizando cálculos para chegar ao valor do 
hematócrito, e os outros índices hematimétricos. As plaquetas também são contadas por 
aparelhos. 
 
 
 
 
HEMOGLOBINA é a proteína que dá a cor aos glóbulos vermelhos (eritrócitos) e tem a 
função vital de distribuir o oxigênio pelo organismo. 
 
 
14 
 
O HEMOGRAMA SE DIVIDE EM TRÊS PARTES: Eritrograma, Leucograma 
Trombocitograma. 
 
1. ERITROGRAMA é o estudo da série vermelha (eritócitos ou hemácias). Ao 
microscópio, as hemácias têm coloração acidófila (afinidade pelos corantes ácidos 
que dão coloração rósea) e são desprovidos de núcleo. As hemácias apresentam 
coloração central mais pálida e coloração um pouco mais escura na periferia. Em 
indivíduos normais,possui tamanho mais ou menos uniforme. Quando uma 
hemácia tem tamanho normal ela é chamada de normocítica. Quando ela apresenta 
coloração normal é chamada de normocrômica. 
O estudo da série vermelha revela algumas alterações relacionadas, como por 
exemplo anemia, eritrocitose (aumento do número de hemácias). 
 
Os resultados a serem avaliados no Eritrograma são: Hematimetria, Hematócrito, 
Hemoglobina e Índices Hematimétricos. 
Hematimetria: Número de glóbulos vermelhos por mm3 de sangue. 
Os valores normais variam de acordo com o sexo e com a idade. Valores normais: 
Homem de 5.000.000 - 5.500.000, Mulher de 4.500.000 - 5.000.000 por mm3 de sangue. 
 
TÉCNICA DE DETERMINAÇÃO DA HEMATIMETRIA: Contagem de hemácias na câmara 
de Neubauer: Os métodos para contagem global das células sanguíneas consistem 
geralmente em diluir o sangue, em proporção conhecida, com um líquido diluidor chamado 
Hayem, permitindo a conservação das células em estudo. 
1. Pipetar 4 ml do líquido diluidor em um tubo de ensaio. 
2. Com a pipeta transferir 0,02 ml de sangue. Limpar a parede externa da ponteira com 
auxílio de papel absorvente. 
3. Transferir os 0,02 ml de sangue para o tubo com o líquido diluidor, lavando com ele o 
interior da ponteira por aspiração e expulsão do líquido. A diluição é de 1:200. 
4. Agitar suavemente por inversão para uma correta homogeneização. 
5. Com uma pipeta preencher os retículos da câmara de contagem, evitando excesso de 
líquido e bolhas de ar sob a lamínula aderida firmemente à câmara. 
6. Deixar repousar por dois minutos para sedimentação dos glóbulos. 
7. Focalizar a preparação com pequeno aumento no microscópio para localizar o retículo e 
observar a distribuição uniforme das hemácias. Observar então, com aumento de 100X ou 
400X, conforme necessidade. 
8. Fazer a contagem de todas as hemácias encontradas nos 5 quadros marcados “H” na 
figura relativa ao retículo de Neubauer, ou seja, 1/5 de mm2. Sistematizar a contagem 
segundo a figura abaixo. Contar os elementos em negro. “H” 
 
15 
 
Hematócrito: Representa a quantidade de hemácias existentes em 100 mL de sangue 
total, ou seja, o resultado é expresso em porcentagem. Os valores variam com o sexo e 
com a idade. Valores: Homem de 40 a 50% e Mulher de 36 a 45%. Recém nascidos tem 
valores altos que vão abaixando com a idade até o valor normal de um adulto. 
 
Hematócrito é a porcentagem do volume total de sangue correspondente aos glóbulos 
vermelhos. É uma medição calculada a partir do tamanho médio e do número de glóbulos 
vermelhos e quase sempre é parte também da contagem sanguínea completa, como a 
(quantidade de) hemoglobina. Os valores médios são diferentes segundo o sexo e variam 
entre 0,42 a 0,52 (42% a 52%) nos homens e 0,36 a 0,48 (36% a 48%) nas mulheres. 
Caso o valor seja inferior à média significa que existe pouca quantidade de glóbulos 
vermelhos e se for superior existe uma maior quantidade de glóbulos vermelhos para o 
volume de sangue. Esta é uma medida cada vez mais importante para efeitos clínicos. 
O monitoramento do hematócrito é importante na dengue, por exemplo, porque essa 
infecção aumenta a permeabilidade dos vasos sanguíneos e pode ocorrer extravasamento 
de fluido sanguíneo por eles e, com isso, o valor do hematócrito aumenta (o sangue fica 
mais concentrado, com menos fluido em comparação com a quantidade de hemácias); 
quanto mais aumenta o hematócrito, mais grave é o quadro clínico da dengue; na dengue, 
é importante saber o valor habitual de hematócrito daquele paciente (pelos seus exames 
anteriores), para saber se está aumentando. 
 
Determinação de Hematócrito 
O exame de hematócrito (Ht) pode ser efetuado separadamente ou como parte de um 
hemograma completo. Ele mede a porcentagem por volume de hemácias contidas em 
uma amostra de sangue total – por exemplo, 40% de Ht indica 40 ml de hemácias contidas 
em uma amostra de 100ml. Essa concentração é obtida centrifugando-se o sangue total 
anti-coagulado em um tubo capilar, de forma que as hemácias sejam firmemente 
concentradas sem hemólise. 
Objetivos 
• Auxiliar no diagnóstico de policitemia, anemia ou estados anormais de hidratação. 
• Auxiliar no cálculo de dois índices de hemácias: VCM e CHCM 
 
Método 
É um método automatizado, realizado mediante centrifugação, em tubo apropriado, em 
condições padronizadas. Há dois métodos empregados para esta determinação: Macro 
(Método de Wintrobe, Van Allen, Sanford e Magath e Haden ) e Micro (Capilar). 
 
TÉCNICA DE DETERMINAÇÃO DO HEMATÓCRITO COM O TUBO MICRO CAPILAR: 
• Homogeneizar : inversão de forma suave para não hemolisar a amostra, no mínimo 
10x. 
• Abrir o tubo com a gaze para não se contaminar. 
• Mantenha a tampa do tubo virada para baixo. 
Tubo capilar para micro-hematócrito 
• Pegue o capilar, incline o tubo e coloque o capilar dentro do tubo, preenchendo ¾ 
do volume do tubo capilar com o sangue. 
• Tampe a extremidade com o dedo, limpe o lado exterior com a gaze. 
• Pegue o capilar com o ângulo de 15° e encoste na massa de modelar para 
preencher a outra extremidade. 
16 
 
• Em seguida colocar o tubo na micro-centrífuga (colocando a parte vedada com a 
massa de modelar para fora, na coroa do motor). Pode rodar apenas 1 capilar sem 
precisar fazer o equilíbrio, devido a leveza do capilar. 
• Centrifugar a 12.000RPM por 5 minutos. 
 
 
 
Realizar a leitura do hematócrito utilizando tabela apropriada: 
 
Cartão de Leitura de Hematócrito 
• Faça a leitura do capilar de frente à tabela (a tabela deverá estar plana à bancada - 
deitada). 
• A massa de modelar deverá ficar abaixo da linha de "0". 
• Mova o capilar para a direita até que a linha do plasma chegue a 100. 
 
Valores de referência: 
O Ht é normalmente medido eletronicamente em aparelho de automação em hematologia. 
Os resultados são até 3% mais baixos do que as medições manuais, que aprisionam o 
plasma na coluna de hemácias concentradas. Os valores de referência variam 
dependendo do tipo de amostra, do laboratório que estiver efetuando o teste e do sexo e 
idade do paciente, como segue: 
• Recém-nascidos: 42% a 60% de Ht 
• semana de idade: 47% a 65% de Ht 
• 6 meses de idade: 33% a 39% de Ht 
• Crianças de 6 meses a 18 anos: 35% a 45% de Ht 
• Homens: 42% a 54% de Ht 
17 
 
• Mulheres: 36% a 46% de Ht. 
 
Achados anormais 
• Um Ht baixo (hemodiluição) sugere anemia, hemodiluição ou uma perda maciça de 
sangue. 
• Um Ht alto (hemoconcentração) indica policitemia ou hemoconcentração devido à 
perda sanguínea ou desidratação. 
 
 
Hemoglobina: segundo a Organização Mundial de Saúde é considerado anemia quando 
um adulto apresentar Hb< 12,5g/dL, uma criança de 6 meses a 6 anos Hb< 11g/dL e 
crianças de 6 anos a 14 anos, uma Hb< 12g/dL. 
 
Índices Hematimétricos: De posse dos valores da Hematimetria, do Hematócrito e da 
Hemoglobina, são feitos os cálculos dos Índices Hematimétricos: 
• VCM (Volume Corpuscular Médio): é o índice mais importante, pois ajuda na 
observação do tamanho das hemácias e no diagnóstico da anemia: se pequenas 
são consideradas microcíticas (< 80fL, para adultos), se grandes consideradas 
macrocíticas(> 96fL, para adultos) e se são normais, normocíticas (80 a 96fL). 
Anisocitose: é denominação que se dá quando há alteração no tamanho das 
hemácias. As anemais microcíticas mais comuns são a ferropriva e as síndromes 
talassêmicas. As anemias macrocíticas mais comuns são tasanemias 
megaloblástica e perniciosa. O resultado do VCM é dado em fentolitro (fL). 
 
• HCM (Hemoglobina Corposcular Média): é o peso da hemoglobina na hemácia. 
Seu resultado é dado em picogramas (pg). 
 
• CHCM (Concentração de Hemoglobina Corposcular Média): é a concentração 
da hemoglobina dentro de uma hemácia. O intervalo normal é de 32 - 36g/dL. 
Como a coloração da hemácia depende da quantidade de hemoglobina elas são 
chamadas de hipocrômicas (< 32), hipercrômicas (> 36) e hemácias normocrômicas 
(no intervalo de normalidade).É importante observar que na esferocitose o CHCM 
geralmente é elevado. 
 
Cálculos dos Índices Hematimétricos: 
CHCM = Hemoglobina / Hematócrito X 100 
Valor de Referência 31 a 36 g/dL. 
 
HCM = Hemoglobina / Hemácias X 10 
Valor de Referência 26 a 32 pg. 
 
VCM = Hematrócrito / Hemácia X 10 
Valor de Referência 84 a 99mm3. 
 
 
18 
 
• RDW (Red Cell Distribution Width): é um índice que indica a anisocitose 
(variação de tamanho), sendo o normal de 11 a 14%, representando a percentagem 
de variação dos volumes obtidos. Nem todos os laboratórios fornecem o seu 
resultado no hemograma. Normalmente realiza-se uma análise estatística em testes 
realizados em um grande grupo de indivíduos normais para se chegar aos limites 
estabalecidos para hemoglobina, hematócrito e número de hemácias, isto quer 
dizer que cada região possui um limite de normalidade. Este índice é obtido a partir 
de aparelhos de automação em hematologia. 
 
A MORFOLOGIA DAS HEMÁCIAS: (ou estudo da forma das hemácias) é feita em 
microcópio, analisando o esfregaço de sangue, as formas encontradas são: 
Drepanócitos (forma de foice): aparece somente nas síndromes falciformes (não 
aparecendo no traço falcifrome). 
Esferócitos (forma esférica, pequena e hipercrômica): em grande quantidade é comum na 
anemia esferocítica (esferocitose), em menores quantidades podem estar presentes em 
outros tipos de anemias hemolíticas. 
Eliptócitos (forma de charuto): em grandes quantidades comus na eliptocitose. Em 
menores quantidades podem aparecer em qualquer tipo de anemia. Hemácias em alvo em 
grandes quantidades (células cujas membranas são grandes havendo uma palidez e um 
alvo central mais corado) aparecem em hemoglobinopatias C, E ou S, nas síndromes 
talassêmicas e em pacientes com doença hepática. 
Dacriócitos (forma de lágrima): em grande quantidade na mielofibrose. Em pequena 
quantidade podem aparecer em qualquer tipo de anemia. Hemácias policromáticas (forma 
normal, mas com coloração azul devido à presença de RNA residual): aparece quando 
grandes quantidades de hemácias novas estão sendo produzidas. Comuns em anemias 
hemolíticas. 
Esquisócitos (são hemácias fragmentadas): aparecem quando nas hemácias há uma 
lesão mecânica, em casos de hemólise, ou em casos de pacientes que sofreram 
queimaduras. 
Acantócitos (hemácias com pontas de diversos tamanhos): nas hepatopatias, hipofunção 
esplênica, esplenectomizados (remoção do baço). 
Crenadas (hemácias com várias pontas pequenas): na uremia, quando o paciente faz 
tratamento com heparina, deficiência de piruvatoquinase. 
Outros achados não relacionados à forma: 
Hemácias aglutinadas (agrupamentos de hemácias): quando a hemólise é causada por 
um anticorpo contra hemácias, elas acabam se agrupando (crioaglutininas). 
Hemácias em Roleux (hemácias em rolos, formam pilhas de rolos de hemácias): aparece 
em alta concentração de globulinas anormais, mieloma múltiplo e macroglobulinemia. 
 
Inclusões nas hemácias: 
Corpúsculos de Howell-Joly (aparecem como se fossem um botão azul escuro junto à 
membrana da hemácia, por fragmento nuclear ou DNA condensado): após esplenectomia, 
anemias hemolíticas severas. 
Hemácias com pontilhados basófilos: (vários pontos roxos dentro da hemácia, pela 
precipitação dos ribossomos ricos em RNA): aparecem na talassemiabeta, intoxicação por 
chumbo, anemia hemolítica por deficiência de pirimidina-5- nucleotidase. 
Anel de Cabot (forma de um anel ou em oito dentro da hemácia, por restos nucelares): em 
anemias hemolíticas severas. 
 
 
19 
 
HEMATOLOGIA 3º MÓDULO 
2. LEUCOGRAMA é o estudo da série branca (ou leucócitos). O leucograma se divide 
em duas partes: 
a. Leucometria Global: faz-se uma contagem total dos leucócitos. O adulto 
normalmente apresenta de 5.000 a 10.000 leucócitos por mm3 de sangue. 
b. Leucometria Específica: faz-se uma contagem diferencial dos leucócitos, 
contando-se 100 células e especificando-se cada tipo de leucócitos 
encontrado. 
 
a. Leucometria Global: É a contagem geral do número de leucócitos por mm3 de 
sangue. 
 
TÉCNICA DE DETERMINAÇÃO DA LEUCOMETRIA GLOBAL 
· Em um tubo de ensaio pequeno, pipetar 400 μL do líquido diluidor (Turck) em um tubo de 
ensaio pequeno. 
· Transferir os 0,02 ml de sangue total (colhido com EDTA) para o tubo com o líquido 
diluidor, lavando com ele o interior da ponteira por aspiração e expulsão do líquido. A 
diluição é de 1:20 
· Agitar o tubo para uma correta homogeneização. 
· Com a micropipeta de 20 μL preencher os retículos da câmara de contagem, evitando 
excesso de líquido e a formação de bolhas de ar sob a lamínula. 
· Deixar repousar por dois minutos para sedimentação dos glóbulos. 
· Focalizar a preparação com pequeno aumento no microscópio para localizar o retículo e 
observar a distribuição uniforme dos leucócitos. Observar então, com aumento de 100X ou 
400X, conforme necessidade. 
· Fazer a contagem de todos os leucócitos encontradas nos quadros marcados “B” na 
figura relativa ao retículo de Neubauer, ou seja, na área de 4mm². 
· Sistematizar a contagem segundo a figura abaixo. Contar os elementos em negro. 
Para calcular o valor da Leucometria Global devemos multiplicar o número de leucócitos 
contados nos quatro quadrados por 50, o resultado é expresso por mm³. 
 
Valores de referência: 
Adulto: 5 a 10.000/mm³. 
Crianças até 7 anos: 5 a 15.000/mm³. 
Recém-nascido: de 10 a 25.000/mm³. 
 
20 
 
 
b. Leucometria específica ou Contagem diferencial de Leucócitos: 
TÉCNICA DE DETERMINAÇÃO DA LEUCOMETRIA ESPECÍFICA: É realizada 
analisando o esfregaço sanguíneo corado ao microscópio, utilizando objetiva de imersão 
de 100 X. 
Em um paciente normal as células encontradas são: 
• Monócitos: possuem um único núcleo; são células grandes. São formados por 
monoblastos; São capazes de entrarem no tecido conjuntivo frouxo, onde se 
desenvolvem em grandes células fagocíticas denominadas macrófagos, que podem 
ingerir bactérias e outras substâncias estranhas ao organismo. É uma das maiores 
células da série branca, têm citoplasma azulado, núcleo irregular (identado, 
lobulado, em C ou oval) podem ter vacúolos (pela recente fagocitose). Quando 
estão aumentados usa-se o termo monocitose e ocorre em infecções virais, 
leucemia mielomonocítica crônica e após quimioterapia. 
 
 
• Linfócitos: são o segundo tipo mais abundante de leucócitos ( após os neutrófilos), 
compreendendo cerca de 30% dos glóbulos brancos em circulação; a maioria se 
localiza no tecido linfóide e são formados por linfoblastos. São leucócitos pequenos, 
sendo apenas um pouco maiores que os eritrócitos, e cada um deles tem um 
núcleo que é circular ou algo recortado num dos lados. São importantes nas 
respostas imunes específicas do corpo, incluindo a produção de anticorpos. Os 
pequenos têm citoplasma escasso, núcleo redondo; Os grandes têm citoplasma um 
pouco mais abundante. Podem ter grânulos. É a célula predominante nas crianças. 
Seu aumento é chamado de linfocitose. Em adultos, seu aumento pode ser indício 
de infecção viral ou leucemia linfocítica crônica. 
 
• Eosinófilos: possuem grânulos corados em laranja-avermelhado e fagocitam 
complexos antígeno-anticorpo.Seus núcleos geralmente têm dois lobos conectados 
por um filamento. O número de eosinófilos circulantes aumenta de forma muito 
acentuada no sangue circulante durante as reações alérgicas, e durantes as 
infestações parasitárias. Possuem citoplasma basofílico que não é visualizado por 
causa da presença de grânulos específicos (de coloração laranja-avermelhada), 
com núcleo com 2 a 3 lóbulos. Quando seu número aumenta é chamado de 
eosinofilia e ocorre em casos de processos alérgicos ou parasitoses. 
21 
 
 
 
• Basófilos: possuem grânulos relativamente grandes corados em azul-púrpura; 
liberam histamina (contribui para as respostas alérgicas dilatando e 
permeabilizando os vasos sanguíneos) e heparina (previne a coagulacão do 
sangue). Os basófilos funcionam similarmente aos mastócitos, que são 
encontrados notecido conjuntivo. Possuem citoplasma cheio de grânulos preto-
purpúreos que cobrem o citoplasma. Em um indivíduo normal, só é encontrado até 
uma célula (em termos percentuais). 
 
 
• Neutrófilos Segmentados: são conhecidos também como polimorfonucleares e 
correspondem cerca de 50 a 70% das células circulantes; possuem grânulos 
citoplasmáticos pequenos corados fracamente em púrpura-avermelhado. Os 
neutrófilos são capazes de deixar os vasos sanguíneos e entrar nos tecidos, onde 
protegem o corpo e fagocitando bactérias e substâncias estranhas ao organismo. 
Existe uma célula precursora do neutrófilo segmentado, é o Bastão. São assim 
chamados porque seu núcleo não amadureceu completamente, embora seu 
citoplasma tenha características de célula madura. Em infecções bacterianas 
agudas pode-se encontrar um desvio a esquerda,ou seja, uma elevação do número 
de bastões. O citoplasma acidófilo (róseo), núcleo com vários lóbulos (2 a 5 lóbulos) 
conectados com filamento estreito. É a célula mais encontrada em adultos. Seu 
aumento pode indicar infecção bacteriana, mas pode estar aumentado em infecção 
viral. 
 
 
 
22 
 
Valores de referência: Leucometria Específica: 
 
 Valor Relativo(%) Valor Absoluto 
 Bastonetes 0 a 5 % 0 a 350 
 Neutrófilos 40 a 75 % 2800 a 5250 
 Linfócitos 20 a 40 % 1400 a 2800 
 Eosinófilos 1 a 4 % 70 a 280 
 Basófilos 0 a 1 % 0 a 70 
 Monócitos 2 a 8 % 140 a 560 
 
 
 
Exercícios de fixação: 
1. Complete os nomes das células abaixo: 
 
 
2. Identifique as células abaixo: Seta vermelha:____________________ 
 Seta verde: ____________________ 
 Setas pretas:____________________ 
 
 
 
Outras Células que podem ser encontradas no esfregaço sanguíneo: 
Blastos: 
• Linfoblasto: 
L1: célula pequena, citoplasma basofílico e escasso. Encontrada nas 
leucemialinfóide aguda tipo L1. 
23 
 
L2: célula de tamanho médio, citoplasma de tamanho e basofilia 
variada.Encontrada na leucemia linfóide aguda tipo L2. 
L3: célula grande ou média, citoplasma com intensa basofilia, com vacúolos. 
Aparece no linfoma de Burkitt. 
• Mieloblasto: possui citoplasma escasso, azulado (basofílico), núcleo redondo ou 
oval, com um ou mais nucléolos evidentes. Pode apresentar grânulos no seu 
citoplasma e bastão de Auer (forma de agulha). Os mieloblastos aparecem 
emcasos de leucemia mielóide, síndrome mielodisplásica ou na reação 
leucemóide(infecção grave). 
• Monoblasto: similar a outros blastos, mas com núcleo mais contorcido ou irregular 
que o mieloblasto. Aparece na leucemia mielomonocítica aguda ou na leucemia 
monocítica aguda. 
• PromielócitosNeutrofílico: O mieloblasto evolui para promielócito, célula maior que o 
mieloblasto, citoplasma basófilo, grânulos de coloração vermelho-púrpura 
(grânulos primários), núcleo oval com uma pequena identação. 
• MielócitosNeutrofílico: O promielócito evolui para mielócito, célula com citoplasma 
acidófilo (rosa), mais abundante que o promielócito e com poucos grânulos e jánão 
são mais visualizados os nucléolos. 
• Metamielócitos Neutrofílico: citoplasma acidófilo, núcleo identado com forma de 
feijão, poucos grânulos. 
• Bastonetes Neutrofílicos: citoplasma acidófilo, núcleo em forma de S ou C. Não é 
comum seu achado em sangue de pacientes normais, mas aparecem em número 
aumentado em casos de infecção. 
• Linfócitos Atípicos: citoplasma mais basofílico que o linfócito normal, núcleo 
irregular. Aparece em infecções virais. Em grande número na mononucleose 
infecciosa, na infecção por citomegalovírus, na toxoplasmose. 
• Células Plasmáticas: citoplasma basofílico, tamanho moderado e núcleo excêntrico. 
Pode aparecer no mieloma múltiplo. 
• Células Linfomatosas: citoplasma em quantidade variada, núcleo dobrado, 
convoluto, clivado ou dobrado. Com um ou mais nucleólos. Aparece em linfomas. 
• HairyCells: citoplasma azul pálido, com projeções citoplasmáticas. Aparece 
somente na leucemia das células cabeludas. 
• Células Cerebriformes: núcleo escuro contendo fendas e dobras (aparência de 
cérebro). Aparece na síndrome de Sézary. 
 
Inclusões citoplasmáticas que podem ser encontradas em neutrófilos: 
• Granulações Tóxicas: quando há um aumento na produção dos granulócitos, há 
uma diminuição no tempo da maturação das células precursoras dos neutrófilos. 
Por isso os neutrófilos aparecem no sangue com os grânulos primários. Estão 
presentes em casos de infecções. 
• Vacuólos: resultandes da fogocitose. Podem aparecer nos neutrófilos e monócitos. 
Seu relato só é importante quando aparece nos neutrófilos. Aparece em casos de 
infecções graves 
 
 
3. TROMBOCITOGRAMA OU CONTAGEM DE PLAQUETAS: As plauquetas são 
observadas em relação à quantidade e ao seu tamanho. Seu número normal é de 
150.000 à 400.000 por microlitro de sangue. O tamanho de uma plaqueta varia 
entre 1 a 4 micrômetros. 
24 
 
A contagem de plaquetas é feita pelo método automático. A maioria dos laboratórios usa 
aparelhos cuja contagem de plaquetas se faz no mesmo canal de contagens de hemácias, 
sendo que a diferenciação de ambas se dá pelo volume (plaquetas são menores que 20 fL 
e hemácias maiores que 30 fL). Devido ao grande volume de exames feito por um 
laboratório ficou inviável a contagem manual de todas as plaquetas, mas a contagem 
manual não foi totalmente abandonada. Quando o número de plaquetas encontra-se 
diminuído, o laboratório faz um esfregaço de sangue para confirmar se elas estão 
diminuídas ou não. Se isso não for confirmado, a contagem de plaquetas é feita de modo 
manual, isto é, contagem em câmara de Neubauer. 
Os erros mais comuns em uma contagem automática são: aparelhos mal calibrados e 
problemas na coleta do sangue. A coleta é muito importante, uma coleta muito lenta, 
agitação errada do sangue colhido entre outros problemas podem fazer com que as 
plaquetas se agrupem e ao realizar a contagem em aparelhos, seu número estará 
diminuído. O agrupamento de plaquetas não é um sinal clínico. 
 
TÉCNICAS 
Contagem indireta de plaquetas no esfregaço sanguíneo: 
Estimativa por campo de imersão: 
1) Contar plaquetas em 10 campos aleatórios do esfregaço (com boa distribuição 
celular). 
2) Realizar a média do somatório das plaquetas destes 10 campos. 
3) Multiplicar o número médio de plaquetas por campo pelo fator. O fator de 
multiplicação dependerá do tipo de microscópio utilizado na contagem, ou seja, o fator 
utilizado para microscópios policromáticos (área de campo maior em relação aos 
monocromáticos) é 15.000, para microscópios monocromáticos é 20.000. 
 
Contagem do número de plaquetas e eritrócitos na mesma área do esfregaço: 
Contagem de plaquetas 
(/microlitro) = 
No de plaquetas contadas x contagem total de 
eritrócitos (/microlitro) 
No de eritrócitos contados 
Contagem do número de plaquetas e leucócitos na mesma área do esfregaço: 
Contagem de plaquetas 
(/microlitro) = 
No de plaquetas contadas x contagem total de 
leucócitos (/microlitro) 
No de leucócitos contados 
 
 
Contagem direta de plaquetas em câmara de Neubauer: 
Duas formas de diluição podem ser usadas para a mesma técnica. 
 
Diluição em pipeta de Thoma (microdiluição em pipeta de glóbulos vermelhos): 
25 
 
 1) Homogeneizar o sangue; 
2) Aspirar o sangue até a marca 1.0 (pipeta de glóbulos vermelhos); 
3) Limpar o sangue de fora da pipeta com papel ou gaze; 
4) Aspirar o diluente (Brecher - oxalato de amônio a 1%) até a marca 101; 
5) Agitar bem (5 minutos manual ou 2 minutos no agitador); 
6) Desprezar as primeiras gotas e preencher a câmara de Neubauer (2 lados); 
7) Deixar a câmara em repouso por 10 a 20 minutos em câmara úmida; 
8)Contar as plaquetas dos 5 quadrados médios dos 2 lados da câmara; 
9) Realizar a média da soma da contagem de ambos os lados da câmara e multiplicar 
por 1000. 
 
Macrodiluição em tubo de ensaio 
1) Em um tubo de ensaio colocar 2 mL da solução diluente (oxalato de amônio a 1%); 
2) Acrescentar 20 microlitros de sangue homogeneizado e rinsar a pipeta; 
3) Homogeneizar a solução final por inversão de tubo; 
4) Preencher a câmara de Neubauer com o auxílio de um tubo capilar; 
5) Deixar a câmara em repouso por 10 a 20 minutos em câmara úmida 
5) Contar as plaquetas de 5 quadrados médios dos 2 lados da câmara, somar os 10 
quadrados e multiplicar por 2525. 
 
Observações: 
A avaliação plaquetários exerce influência sobre a contagem e função plaquetária e 
por isso devem ser descritos no laudo. A morfologia das plaquetas também faz parte 
do hemograma, a presença de mega/ macro-plaquetas ou agregados 
 Contagem de Plaquetas pelo método de Fonio: 
Procedimento Técnico 
• Colher 5 mL de sangue por punção venosa (Tubo com EDTA); 
• Através da lâmina de esfregaço preparada na sala de coleta, é realizada a 
coloração pelo Corante Panótico. Secar e examinar sob imersão. 
• Contar mil hemácias e, ao mesmo tempo, as plaquetas encontradas, anotando 
seu nº. A contagem é feita em vários campos sucessivos seguindo linhas 
longitudinais em relação à lâmina. 
• Realizar a contagem de hemácias na câmara de Neubauer. 
 
Referências: 
ROSS, Michael H., PAWLINA, Wojciech. Ross | Histologia – Texto e Atlas – Correlações com Biologia Celular e Molecular, 7ª edição . 
Guanabara Koogan, 2016. 
 
PIRES, Carlos Eduardo de Moreira, ALMEIDA, Lara de, COELHO, Alexander Brilhante. Microscopia: Contexto Histórico, Técnicas e 
Procedimentos para Observação de Amostras Biológicas. Érica, 2014 
 
ABRAHAMSOHN, Paulo. Histologia. Guanabara Koogan, 2016. 
 
Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) : 
coleta e preparo da amostra biológica. – Barueri, SP : Manole : Minha Editora, 2014. 
 
BAIN, B. Diagnosis from the Blood Smear. Department of Haematology, St. Mary’s Hospital, London. N Engl J Med .2005 
 
ADEWOYIN A, NWOGOH B. Peripheral blood film – a review. Annalsof Ibadan PostgraduateMedicine . 2014; 12 (2): 71-79. 
 
Sociedade Internacional de Hematologia de Laboratório (ISLH). 
 
Lima, A. Oliveira et al. Métodos de Laboratórios aplicados à Clínica - Técnica e interpretação. Guanabara Koogan, ed.7ª, 21-49, 1992. 
 
http://www.labes.com.br/hemograma_completo.htm 
http://www.profbio.com.br/aulas/hemato1_pop_01.pdf

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