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gcm santo andre apostila

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DIREITOS e GARANTIAS 
FUNDAMENTAIS
Título II – artigos 5º a 17
Aragonê Fernandes
Teoria Geral dos Direitos Fundamentais
Características:
•Relatividade
•Imprescritíveis
•Inalienáveis
•Irrenunciáveis
•Historicidade
•Extensão a pessoas jurídicas?
•Extensão a estrangeiros?
Evolução dos Direitos Fundamentais
1ª Geração / Dimensão: “liberdade” – absenteísmo ou
abstensionismo estatal (liberdades clássicas)
2ª Geração / Dimensão: “igualdade” – welfare state ou estado
do bem-estar social (direitos sociais, culturais e econômicos)
3ª Geração / Dimensão: “fraternidade” – direitos trans/meta
individuais, difusos ou coletivos (meio ambiente, consumidor,
aposentadoria)
Há outras gerações/dimensões?
Os Quatro Status de Jellinek
Status Negativo – proximidade com a 1ª
geração/dimensão
Status Positivo – proximidade com a 2ª
geração/dimensão
Status Ativo – possibilidade de o cidadão intervir na
vontade estatal (direitos políticos)
Status Passivo – possibilidade de o Estado intervir na
relação entre particulares
Dimensões de aplicação dos direitos fundamentais
VERTICAL HORIZONTAL TRANSVERSAL ou 
DIAGONAL
Binômio de Janus
Dimensão subjetiva (clássica)
Dimensão objetiva – relação com a eficácia
irradiante dos direitos fundamentais
DIREITOS e DEVERES INDIVIDUAIS e 
COLETIVOS
(Artigo 5º da CF)
Aragonê Fernandes
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
• Igualdade formal x material
• Discriminações positivas ou reversas
• A questão das cotas em universidades e o princípio meritocrático
• Cláusula de barreira em concursos públicos
PRINCÍPIO DA IGUALDADE
• Extensão a estrangeiros não residentes e os benefícios da execução
penal
• Relacionamento entre pessoas do mesmo sexo: reconhecimento de
uniões estáveis e casamentos homoafetivos
• O direito sucessório na união estável
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
• Legalidade ampla x estrita (administrativa)
• (Im)possibilidade de Medida Provisória em Direito Penal
• Exame psicotécnico em concursos públicos
ESCUSA DE CONSCIÊNCIA
• Recusa da prestação obrigatória e da alternativa: perda ou suspensão dos direitos políticos?
• Os judeus e a prova do Enem
• Serviço militar obrigatório
VEDAÇÃO AO ANONIMATO
• Disque-denúncia
• Oferecimento de denúncia com base em delação apócrifa: a necessidade de diligências
preliminares
• A interceptação telefônica baseada em denúncia anônima
DANOS MORAL, MATERIAL E ESTÉTICO
• Possibilidade de incidência de forma cumulada em razão do mesmo evento
• A questão das biografias não autorizadas (Roberto Carlos)
INVIOLABILIDADE DE SIGILOS
“XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma
que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;”
QUEBRA DE SIGILOS – PODER JUDICIÁRIO
• Pode quebrar qualquer um dos sigilos, desde que o faça de forma fundamentada!
• Lembrar da inexistência de direito absoluto!
• A quebra é sempre medida excepcional!
QUEBRA DE SIGILOS - CPI
* CPI pode quebrar todos os sigilos, exceto o das comunicações
telefônicas (escuta, grampo).
•A quebra deve ser fundamentada e observando o princípio da
colegialidade.
•CPIs estaduais também podem quebrar, pois têm os mesmos poderes
das autoridades judiciais.
•CPIs municipais não podem quebrar sigilo, porque não há judiciário
no município.
QUEBRA DE SIGILOS – MINISTÉRIOPÚBLICO
•Prevalece a orientação de que o Ministério Públiconão pode quebrar
sigilos, devendo requerer a providência ao Poder Judiciário.
•ATENÇÃO: o MP poderia ter acesso a contas pertencentes à Prefeitura,
independentemente de autorização judicial, até porque nesse caso o
poder público seria o titular da conta!
QUEBRA DE SIGILOS – TRIBUNAL DE CONTAS
• Embora possua os chamados poderes implícitos, os TCs não podem
quebrar sigilos, devendo requerer a providência ao Poder
Judiciário.
• ATENÇÃO: caso envolvendo empréstimo do BNDES ao grupo
JBS/FRIBOI – possibilidade de requisição de informações pelo TCU!
QUEBRA DE SIGILOS – RECEITA FEDERAL
• LC 105/01 – Transferência de sigilo
•Compartilhamento de dados: Receita, UIF (antigo COAF) e
Ministério Público
SIGILO DAS COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS
• Prazo: Lei x jurisprudência – renovações sucessivas?
• Crimes: reclusão x detenção
• Incidência do fenômeno da serendipidade
• Degravação dos diálogos: integral x parcial
INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO
“XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar
sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação
judicial;”
* Abrangência do conceito de casa
INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO
HIPÓTESES DIA NOITE
Para prestar socorro
Pode Pode
Em caso de desastre
Pode Pode
Em flagrante delito
Pode Pode
Por determinação da
autoridade judicial* Pode ***
INVIOLABILIDADE DE DOMICÍLIO
• Autoridade judicial e a cláusula de reserva de jurisdição
• O ingresso desautorizado em domicílio e a responsabilização por abuso de
autoridade
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
• Diferença entre proporcionalidade e razoabilidade
• As duas facetas da proporcionalidade: proibição de excesso e a vedação à proteção
insuficiente
• Subprincípios: adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito
PROVAS ILÍCITAS
• Diferença entre ilícitas e ilegítimas
• Teoria dos frutos da árvore envenenada
• Teoria da fonte ou da prova independente
• Encontro fortuito de provas ou crime achado (fenômeno da serendipidade)
• Gravação clandestina: conceito e (in)admissibilidade da prova
PROVAS ILÍCITAS
Hipóteses de admissão:
- Meio de defesa
- Teoria da descoberta inevitável
- Teoria da mancha purgada ou diluída
- Teoria da fonte ou prova independente
PENAS PROIBIDAS
• Morte, salvo guerra declarada
• Banimento
• Trabalhos Forçados
• Cruéis
- Prisões em contêiner
• De Caráter Perpétuo
- Limite de pena e benefícios da execução penal
- Duração da medida de segurança
INDIVIDUALIZAÇÃO E DA INTRANSCENDÊNCIA DA 
PENA
• Imposição de cumprimento de pena em regime fechado
- crimes hediondos
- tortura (STF x STJ)
• A transmissão da pena de multa
• A constitucionalidade da agravante da reincidência
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (NÃO CULPABILIDADE)
• Delimitação do conceito de maus antecedentes
- inquéritos e ações penais em andamento
- crimes cometidos após ‘período depurador’ do artigo 64 do Código
Penal
• Prisão em 2ª instância
• Constitucionalidade do artigo 283 do CPP
PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA (NÃO CULPABILIDADE)
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou
por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária
competente, em decorrência de sentença condenatória transitada
em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude
de prisão temporária ou prisão preventiva.
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENÉFICA
• Retroatividade de normas temporárias e excepcionais
- A abolitio criminis temporária da posse ilegal de arma de fogo
• Possibilidade de combinação de leis na jurisprudência
- tráfico de drogas
- venda de remédios/cosméticos adulterados
• (Im)possibilidade de aplicação da norma mais severa na continuidade
delitiva e no crime permanente
RETROATIVIDADE DA LEI PENAL MAIS BENÉFICA
• Retroatividade de normas temporárias e excepcionais
- A abolitio criminis temporária da posse ilegal de
arma de fogo
• Possibilidade de combinação de leis na jurisprudência
- tráfico de drogas
- venda de remédios/cosméticos adulterados
• (Im)possibilidade de aplicação da norma mais severa na continuidade
delitiva e no crime permanente
CRIMES HEDIONDOS + TTT
•Prescritibilidade
•Proibição de graça e anistia
•Vedação a liberdade provisória
- a questão da hediondez do tráfico privilegiado de drogas
- a possibilidade de fixação de regime prisional menos
severo
CRIMES IMPRESCRITÍVEIS
•Racismo e Golpe de Estado
- a polêmica envolvendo a injúria racial
EXTRADIÇÃO
•Diferença entre extradição, expulsão, banimento e
deportação
•Tratamento a brasileiros natos, naturalizados e a
estrangeiros
COISA JULGADA E DIREITO ADQUIRIDO
•Direito adquirido frente à nova CF
- direito adquirido a regime jurídico
•Conceito de coisa soberanamente julgada
•Possibilidade de relativização da coisa julgada
- ajuizamento de nova ação de investigação de paternidade
DIREITO DE REUNIÃO E 
DIREITO DE ASSOCIAÇÃO
•Requisitos constitucionais
•Marcha da maconha e o crime de
incitação ao consumo de drogas
- balizas fixadas pelo STF para a realização das marchas
•Diferenças para o direito de associação
DIREITO DE CERTIDÃO E DIREITO DE PETIÇÃO
•Extensão da gratuidade
•Remédio cabível em caso de
indeferimento injustificado na expedição
de certidão com informação de caráter
pessoal
PRINCÍPIO DA LIBERDADE DO EXERCÍCIO 
PROFISSIONAL
•Exigência de registro na OAB e na OMB
para o exercício da advocacia e da
profissão de músico
•Natureza jurídica da norma constitucional
DIREITO DE PROPRIEDADE
•Desapropriação por interesse público,
necessidade ou utilidade pública
•Desapropriação-sanção
•Expropriação:
- terras nas quais se cultive substâncias
psicotrópicas
- terras nas quais se utilize de mão de
obra escrava
PRINCÍPIO DA RAZOÁVEL DURAÇÃO DO PROCESSO
•Âmbito de aplicação
•Qual período de tempo se entende por
razoável
•A ilegalidade da prisão, mesmo diante de
fundamentos para a preventiva
EQUIPARAÇÃO DE TIDH A EC
•Posicionamento dos Tratados
Internacionais na Pirâmide de Kelsen
•Controles de constitucionalidade,
legalidade e de convencionalidade
APLICAÇÃO IMEDIATA DOS DF
•Diferença entre aplicação e aplicabilidade
imediata
•O artigo 5º possui normas de eficácia
limitada?
ROL EXEMPLIFICATIVO DE DF
•Possibilidade de reconhecimento de
novos direitos fundamentais
APLICAÇÃO IMEDIATA DOS DF 
•Diferença entre aplicação e aplicabilidade 
imediata 
•O artigo 5º possui normas de eficácia 
limitada? 
 
ROL EXEMPLIFICATIVO DE DF 
•Possibilidade de reconhecimento de 
novos direitos fundamentais 
 
TRIBUNAL DO JÚRI
• Competência
• Soberania x Imutabilidade dos Veredictos – apelação e revisão criminal
• A (im)possibilidade de reformatio in pejus em recurso exclusivo da defesa
• Plenitude de defesa – o quesito genérico da absolvição
• Súmula Vinculante 45 e o foro especial estabelecido em Constituições
Estaduais
DIREITO DE DEFESA
• Autodefesa x Defesa Técnica
• Autodefesa: direitos de presença e de audiência
• A necessidade do “Aviso deMiranda”
• A utilização de nome falso para ocultar a condição de foragido configura
crime?
• PAD e a necessidade de advogado: diferenças entre PAD Administrativo e PAD
Penal
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Aragonê Fernandes
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
•Sinônimos: ações, garantias, writs
•Diferença entre direitos e garantias
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
HABEAS CORPUS – direito de locomoção (ir, vir e
permanecer)
HABEAS DATA – direito de informação de caráter
pessoal
MANDADO DE SEGURANÇA – direito líquido e certo
(residual)
MANDADO DE INJUNÇÃO – omissão legislativa
AÇÃO POPULAR – ato lesivo
HABEAS CORPUS
•Origem no mundo: Magna Carta, 1215
•Origem no Brasil
•Tutela do direito de locomoção: ir, vir e permanecer –
como era antes?
HABEAS CORPUS - PARTES
•Impetrante (qualquer pessoa, natural ou
jurídica)
-Quem não pode ser?
•Impetrado (autoridade pública ou particular)
•Paciente
-Menores
-Pessoas jurídicas
-Animais
HABEAS CORPUS - MOMENTOS
•Preventivo ou salvo conduto
•Repressivo ou liberatório
•O que se entende por HC preservativo ou profilático?
HABEAS CORPUS e a vedação a dilação probatória
•HC pode ser usado para pleitear a absolvição do acusado?
- A (im)possibilidade de discussão probatória
- A atipicidade formal e material da conduta
Não cabe HC para...
- questionar a perda de patente militar;
- questionar a pena de multa, quando ela for a única aplicada ou
aplicável;
- discutir a pena acessória de perda da função pública;
- pleitear a restituição de coisas apreendidas, inclusive passaporte
(STF x STJ);
Não cabe HC para...
- o Plenário do STF, contra decisão de Turma do Tribunal;
- como substitutivo de Recurso Ordinário;
- contra decisão que indefere pedido de liminar (as
hipóteses de relativização da Súmula 691/STF;
- contra pena já extinta.
HC e PUNIÇÕES DISCIPLINARES MILITARES
•Para discutir o mérito da punição
•Para verificar os pressupostos de legalidade da prisão
HABEAS DATA
•Origem
•Cabimento
• Natureza dúplice
• autoridades públicas e particulares detentores de bancos
de dados de caráter público
•Momentos da impetração
HABEAS DATA
Polêmicas:
1) Cabimento para cidadão ter acesso a procedimento
administrativo-fiscal que tramite perante a Receita
Federal;
2) Cabimento para ter acesso a processo
administrativo (Lei nº 9.784/99)
MANDADO DE SEGURANÇA
•Origem
•Cabimento
• Natureza residual
• conceito de direito líquido e certo
•Momentos da impetração
•Prazo
•Desistência
Não cabe MS...
•contra decisão judicial transitada em julgado;
•contra decisão interlocutória de juizado especial;
•contra decisão passível de recurso com efeito
suspensivo;
•para dar efeito suspensivo a recurso do MP que não
o possui;
Não cabe MS...
•a decisão proferida no MS não produz efeitos
patrimoniais em relação a período pretérito;
•contra ato de gestão negocial de entidade exploradora de
atividade econômica;
•contra lei em tese;
•nãoo compete ao STF conhecer originariamente de
mandado de segurança contra atos de outros Tribunais
MANDADO DE INJUNÇÃO
•Origem
•Teorias concretista x não-concretista
•Diferenças entre o MI e a ADO
•Competência para julgamento
•Nova lei do MI e as sentenças normativas
AÇÃO POPULAR
•Hipóteses de cabimento
•Quem pode ajuizar
• A situação dos menores de 18 anos
•Quem não pode ajuizar
- A problemática envolvendo membros do Ministério
Público
AÇÃO POPULAR
•Competência para julgamento
- O caso da demarcação da reserva indígena “Raposa
Serra do Sol”
DIREITOS SOCIAIS
(Artigos 6º a 11)
Aragonê Fernandes
RESERVA DO POSSÍVEL x MÍNIMO EXISTENCIAL
•A eterna discussão entre a teoria da reserva do
possível x teoria do mínimo existencial
• Os sinônimos para a teoria do mínimo existencial
RESERVA DO POSSÍVEL x MÍNIMO EXISTENCIAL
•A obrigatoriedade de fornecimento de medicamentos
por parte do Estado
•A (in)constitucionalidade da lei sobre o fornecimento
da ‘pílula da luz’ para o câncer
•A obrigatoriedade de fornecimento de remédio de
alto custo
FORNECIMENTO DE REMÉDIOS DE ALTO CUSTO PELO ESTADO
1) O Estado não pode ser obrigado a fornecer medicamentos experimentais.
2) A ausência de registro na Anvisa impede, como regra geral, o fornecimento de
medicamento por decisão judicial.
3) É possível, excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento sem registro
sanitário, em caso de mora irrazoável da Anvisa em apreciar o pedido (prazo
superior ao previsto na Lei 13.411/2016), quando preenchidos três requisitos:
I – a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil, salvo no caso de
medicamentos órfãos para doenças raras e ultrarraras;
II – a existência de registro do medicamento em renomadas agências de
regulação no exterior;
III – a inexistência de substituto terapêutico com registro no Brasil.
4) As ações que demandem o fornecimento de medicamentos sem registro na
Anvisa deverão ser necessariamente propostas em face da União.
Direitos Sociais
Aragonê Fernandes
DIREITOS SOCIAIS (art. 6º)
•Moradia
• a penhora do bem de família do fiador
•Alimentação
•Transporte
•PEC da Felicidade
Direitos dos Trabalhadores Urbanos e Rurais (art. 7º)
•Alcance
•Proibição de distinções
• A questão dos domésticos
•A reforma trabalhista
FGTS
•Rompimento do contrato de trabalho
•Iniciativa do empregador
•Iniciativa do empregado
•Possibilidade de acordo
•A repercussão da aposentadoria no contrato de
trabalho
Jornada de Trabalho
•Diária e semanal
•turnos ininterruptos e escalas de
revezamento
•semanas inglesa e espanhola
•limite semanal para servidores em
acumulação lícita
Salário Mínimo
•Caráter nacional
•Proibição de vinculação
•SV 4 e o Adicional de insalubridade
•SV 6 e o soldo dos conscritos
•Redutibilidade dos salários
Prescrição de Verbas Trabalhistas
•Prescrição total e parcial
•Prescrição do FGTS
Limites Etários
•Entre 14 e 16 anos
•A EC 20/98
•Entre 16 e 18 anos
•A partir dos 18 anos
Licenças gestante e paternidade
•Prazos constitucionais e possibilidade
de ampliação
•Licença adotante
Defesa do Estado e das 
Instituições Democráticas
Sistema constitucional de crises
Forças Armadas
Segurança pública
SEGURANÇA PÚBLICA
Órgãos da Segurança Pública:
• Polícia Federal
• Polícia Rodoviária Federal
• Polícia Ferroviária Federal
• Polícia Civil
• Polícia Penal
• Polícia Militar
• Corpo de Bombeiros Militar
* POLÊMICA: rol de órgãos é taxativo x rol exemplificativo?
POLÍCIA FEDERAL
I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens,
serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas,
assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou
internacional e exija repressão uniforme, segundo se dispuser em lei;
II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas
respectivas áreas de competência;
III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
- O poder de investigação do MP
- A legitimidade de cooperação entre PF e demais órgãos
- A (im)possibilidade de celebração de acordo de colaboração premiada
POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL E POLÍCIA FERROVIÁRIA FEDERAL
•Patrulhamento ostensivo
•Polícia Judiciária?
POLÍCIA CIVIL
Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira,
incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
- Foro especial para Delegados de Polícia
- Restrição de acesso ao cargo de Chefe da Instituição
- Subordinação a Governadores dos Estados, DF e Territórios
-(im)possibilidade do exercício do direito de greve
-Tratamento paritário entre Delegado-chefe e Secretários de Estado
-Concessão de status de carreira jurídica (independência funcional)
POLÍCIA PENAL
• Federal / Estadual / Distrital
• Missão constitucional: segurança dos estabelecimentos prisionais
• Vinculação: órgão administrador do sistema penal da UF a que
pertencem
• Subordinação aos governadores dos Estados / DF
• De onde virão os policiais penais?
POLÍCIA MILITAR E DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
• Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem
pública;
• Aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei,
incumbe a execução de atividades de defesa civil.
- Forças auxiliares e reservas do Exército
-Tatuagem
-Serviço voluntário: quando pode e quando não pode?
- Submissão a Governadores dos Estados, DF e Territórios
GUARDAS MUNICIPAIS
Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de
seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
- Porte de arma (artigo 6º do Estatuto do Desarmamento)
- Fiscalização de trânsito: “é constitucional a atribuição às guardas municipais
do exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição de
sanções administrativas legalmente previstas.” (STF, RE 658.570)
DETRAN
§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela EC 82/2014)
I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras
atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana
eficiente; e (Incluído pela EC 82/2014)
II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos
órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na
forma da lei. (Incluído pela EC 82/2014)
JURISPRUDÊNCIA
STF
• A entrada forçada em domicílio, sem uma justificativa prévia conforme o 
direito, é arbitrária. Não será a constatação de situação de flagrância, 
posterior ao ingresso, que justificará a medida. Os agentes estatais devem 
demonstrar que havia elementos mínimos a caracterizar fundadas razões 
(justa causa) para a medida. 6. Fixada a interpretação de que a entrada 
forçada em domicílio sem mandado judicial só é lícita, mesmo em período 
noturno, quando amparada em fundadas razões, devidamente 
justificadas a posteriori, que indiquem que dentro da casa ocorre situação 
de flagrante delito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal 
do agente ou da autoridade e de nulidade dos atos praticados. (RE 
603616)
JURISPRUDÊNCIA
STJ
• A mera intuição acerca de eventual traficância praticada pelo recorrido, 
embora possa autorizar abordagem policial em via pública, para 
averiguação, não configura, por si só, justa causa a autorizar o ingresso 
em seu domicílio, sem o consentimento do morador – que deve ser 
mínima e seguramente comprovado – e sem determinação judicial. 
(REsp1574681)
PRISÃO EM FLAGRANTE
CONCEITO
• É a medida restritiva de liberdade, de 
natureza cautelar e processual, 
consistente na prisão, independente 
de ordem escrita do juiz competente, 
de quem é surpreendido cometendo, 
ou logo após ter cometido, um crime 
ou uma contravenção.
FLAGRANTE PRÓPRIO, IMPRÓPRIO 
E 
PRESUMIDO
FLAGRANTE DELITO
• Art. 302. Considera-se em flagrante delito 
quem:
• I - está cometendo a infração penal;
• II - acaba de cometê-la;
• III - é perseguido, logo após, pela autoridade, 
pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir ser autor da 
infração;
• IV - é encontrado, logo depois, com 
instrumentos, armas, objetos ou papéis que 
façam presumir ser ele autor da infração.
FLAGRANTE PRÓPRIO
• É aquele em que o agente é 
pego cometendo a infração 
penal ou tendo acabado de 
cometê-la (CPP, art. 302, I e II);
FLAGRANTE IMPRÓPRIO
• O agente é perseguido, 
logo após, pela autoridade, 
pelo ofendido ou por 
qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir 
ser autor da infração (CPP, 
art. 302, III).
FLAGRANTE PRESUMIDO
O agente é encontrado, logo 
depois, com instrumentos, armas, 
objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele autor da infração 
(CPP, art. 302, IV).
FLAGRANTE COMPULSÓRIO E 
FACULTATIVO
FLAGRANTE COMPULSÓRIO
As autoridades policiais e seus 
agentes deverão prender quem 
quer que seja encontrado em 
flagrante delito (CPP, art. 301, 2ª 
parte).
FLAGRANTE FACULTATIVO
• Qualquer do povo poderá 
prender quem quer que seja 
encontrado em flagrante 
delito (CPP, art. 301, 1ª parte).
FLAGRANTE PREPARADO, ESPERADO, 
FORJADO 
E
PRORROGADO
FLAGRANTE PREPARADO
• Ocorre quando o policial, ou 
terceiro, induz o autor à 
prática do crime, viciando a 
sua vontade, e, logo em 
seguida, o prende em 
flagrante.
ENUNCIADO 145 STF
• Não há crime, quando a 
preparação do flagrante pela 
polícia torna impossível a 
sua consumação.
JURISPRUDÊNCIA
4. Tratando-se o tráfico de drogas, na condutas de "guardar", 
"transportar" e "trazer consigo", de delito de natureza 
permanente, a prática criminosa se consuma antes mesmo da 
atuação policial (simulação de compra de entorpecente), o que 
afasta a tese defensiva de flagrante preparado. (Agravo 
regimental não provido.(AgRg no AREsp 1353197/SP, Rel. 
Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 
13/12/2018, DJe 19/12/2018)
FLAGRANTE ESPERADO
• A atividade do policial ou 
terceiro consiste em simples 
aguardo do momento do 
cometimento do crime, sem 
qualquer atitude de induzimento 
ou instigação
FLAGRANTE FORJADO
• É a implantação de objeto de crime visando à incriminação
do indivíduo
(fato atípico).
FLAGRANTE FORJADO
FLAGRANTE FORJADO
FLAGRANTE
PRORROGADO
FLAGRANTE PRORROGADO
Consiste na postergação da 
prisão em flagrante do autor de 
crime, por conveniência da 
investigação policial, visando à 
identificação e 
responsabilização do maior 
número possível de pessoas 
envolvidas (L. nº 11.343/06, art. 
53, II; L. nº 12.850/13, art. 8º). 
FLAGRANTE PRORROGADO
Lei nº 11.343/06
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal 
relativa aos crimes previstos nesta Lei, são 
permitidos, além dos previstos em lei, mediante 
autorização judicial e ouvido o Ministério Público, 
os seguintes procedimentos investigatórios:
I - a infiltração por agentes de polícia, em tarefas 
de investigação, constituída pelos órgãos 
especializados pertinentes;
FLAGRANTE PRORROGADO
Lei nº 11.343/06
Art. 53. 
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus 
precursores químicos ou outros produtos utilizados em sua 
produção, que se encontrem no território brasileiro, com a 
finalidade de identificar e responsabilizar maior número de 
integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da 
ação penal cabível.
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização 
será concedida desde que sejam conhecidos o itinerário provável e 
a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores.
FLAGRANTE PRORROGADO
Lei nº 12.850/13
Art. 8º Consiste a ação controlada em 
retardar a intervenção policial ou 
administrativa relativa à ação praticada 
por organização criminosa ou a ela 
vinculada, desde que mantida sob 
observação e acompanhamento para 
que a medida legal se concretize no 
momento mais eficaz à formação de 
provas e obtenção de informações.
NÃO SE SUBMETE À CLÁUSULA DE RESERVA DE JURISDIÇÃO
Lei nº 12.850/13
Art. 8º
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou 
administrativa será previamente comunicado ao 
juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os 
seus limites e comunicará ao Ministério Público.
§ 2º A comunicação será sigilosamente distribuída 
de forma a não conter informações que possam 
indicar a operação a ser efetuada.
FLAGRANTE PRORROGADO
Lei nº 12.850/13
Art. 8º
§ 3º Até o encerramento da diligência, o acesso aos 
autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e 
ao delegado de polícia, como forma de garantir o 
êxito das investigações.
§ 4º Ao término da diligência, elaborar-se-á auto 
circunstanciado acerca da ação controlada.
FLAGRANTE
CRIME
PERMANENTE
FLAGRANTE NO CRIME PERMANENTE
• Entende-se o agente em
flagrante delito enquanto não
cessar a permanência (CPP, art.
303).
FLAGRANTE
ASSISTÊNCIA
ADVOGADO
Estatuto da OAB (L. nº 8.906/94)
Art. 7º São direitos do advogado:
(...)
XXI - assistir a seus clientes investigados
durante a apuração de infrações, sob pena de
nulidade absoluta do respectivo interrogatório ou
depoimento e, subsequentemente, de todos os
elementos investigatórios e probatórios dele
decorrentes ou derivados, direta ou
indiretamente, podendo, inclusive, no curso da
respectiva apuração:
a) apresentar razões e quesitos;
(...)
JURISPRUDÊNCIA
2. Eventual nulidade no auto de prisão em flagrante por ausência de assistência por
advogado somente se verificaria caso não tivesse sido oportunizado ao conduzido o
direito de ser assistido por advogado, não sendo a ausência de causídico por ocasião da
condução do flagrado à Delegacia de Polícia para oitiva pela Autoridade Policial, por si
só, causa de nulidade do auto de prisão em flagrante (RHC n. 61.959/ES, Rel. Min. MARIA
THEREZA DE ASSIS MOURA, Sexta Turma, Dje 4/12/2015). Isso porque a documentação
do flagrante prescinde da presença do defensor técnico do conduzido, sendo suficiente
a lembrança, pela autoridade policial, dos direitos constitucionais do preso de ser
assistido. 5. Operada a conversão do flagrante em prisão preventiva, fica superada a
alegação de nulidades porventura existentes no auto de prisão em flagrante.
Precedentes.(HC 442.334/RS, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, QUINTA
TURMA, julgado em 21/06/2018, DJe 29/06/2018)
ABUSO
DE
AUTORIDADE
L. 13.869/19
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de
prisão, pessoa que, em razão de função,
ministério, ofício ou profissão, deva guardar
segredo ou resguardar sigilo:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e
multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem
prossegue com o interrogatório:
I - de pessoa que tenha decidido exercer o
direito ao silêncio; ou
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida
por advogado ou defensor público, sem a
presença de seu patrono. (veto derrubado)
GARANTIAS
DO
AUTUADO
COMUNICAÇÃO DO FLAGRANTE
Art. 5º da CF/88:
“LXII - a prisão de qualquer 
pessoa e o local onde se encontre 
serão comunicados 
imediatamente ao juiz competente 
e à família do preso ou à pessoa 
por ele indicada”.
COMUNICAÇÃO DO FLAGRANTE
CPP
Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local
onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério
Público e à família do preso ou à pessoa por ele
indicada.
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a
realização da prisão, será encaminhado ao juiz
competente o auto de prisão em flagrante e,
caso o autuado não informe o nome de seu
advogado, cópia integral para a Defensoria
Pública.
NOTA DE CULPA
• CF, art. 5º, LXIV:
• O preso tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial.
NOTA DE CULPA
• Art. 306. 
• § 2o No mesmo prazo, será entregue ao 
preso, mediante recibo, a nota de culpa, 
assinada pela autoridade, com o motivo 
da prisão, o nome do condutor e os das 
testemunhas.
ABUSO
DE
AUTORIDADE
L. 13.869/19
• Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade 
judiciária no prazo legal:
• Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
• Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
• I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária ou preventiva à 
autoridade judiciária que a decretou;
• II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se 
encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada;
• III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a nota de culpa, 
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das 
testemunhas;
• IV - prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de 
prisão preventiva, de medida de segurança ou de internação, deixando, sem motivo 
justo e excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após 
recebido ou de promover a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal.
QUESTÕES
1. (2019/FUNDEP/DPE-MG/Defensor Público)
Analise o caso hipotético a seguir.
Durante patrulhamento ostensivo em uma região da cidade conhecida pelo 
intenso tráfico de drogas, policiais militares abordaram um indivíduo que se 
contrava sozinho na rua. Após busca pessoal, na qual nada de suspeito foi 
encontrado, os policiais conduziram o indivíduo até a residência dele e, sem 
autorização judicial ou do morador do domicílio, entraram no local e 
realizaram busca domiciliar. Encontraram no local uma pequena quantidade 
de maconha. Deram, então, voz de prisão em flagrante delito ao indivíduo, 
única pessoa que se encontrava no local. A autoridade policial a quem foi 
apresentado o detido pelos policiais militares ratificou a voz de prisão em 
flagrante, promovendo a autuação da prisão em flagrante pela suposta 
prática do delito previsto no art. 33 da Lei de Drogas. 
Foram realizadas as devidas comunicações da prisão e cumpridas todas as 
formalidades legais e constitucionais. No interrogatório policial, o detido 
permaneceu em silêncio. Foram ouvidas como testemunhas no auto de 
prisão em flagrante dois policiais militares que compunham a guarnição que 
efetuou a detenção em flagrante
juntamente com o terceiro que funcionou 
como condutor. Tanto o condutor quanto as testemunhas do auto de prisão 
em flagrante delito relataram que após a apreensão da droga no domicílio a 
pessoa detida teria confessado que tal substância se destinava ao comércio 
ilícito. O preso não registrava qualquer antecedente criminal, tendo 
endereço certo e trabalho honesto.
Na audiência de custódia, a defesa técnica deverá requerer, como principal 
tese,
A o relaxamento da prisão em flagrante diante da ilegalidade da busca 
domiciliar e da voz de prisão em flagrante delito.
B a concessão de liberdade provisória mediante arbitramento de fiança, eis 
que satisfeitos os requisitos legais.
C a conversão da prisão em flagrante em medida cautelar diversa da prisão, 
diante da adequação e suficiência.
D a conversão da prisão em flagrante em prisão domiciliar, posto que 
preenchidos os requisitos legais.
2. (2018/MPE-BA/Promotor de Justiça Substituto)
A Sra. Mimosa compareceu à Delegacia Especializada no Atendimento à 
Mulher (DEAM) e narrou para a Delegada de Polícia plantonista, Dra. Nativa, 
que sofre abuso sexual por parte de seu genitor, desde a sua adolescência. 
Embora, atualmente, casada, com 21 anos de idade, continua recebendo 
esporadicamente mensagens do seu pai por meio do aplicativo WhatsApp, 
ameaçando de publicar, nas redes sociais, fotos íntimas da mesma (já que ao 
longo dos anos da adolescência foi obrigada a posar nua enquanto ele a 
fotografava), pois trata-se de um fotógrafo profissional. A autoridade policial 
propôs à Sra. Mimosa a instalação de um software no seu celular que 
permite o monitoramento da localização da vítima, além de retransmitir, 
para o celular da delegada de polícia, todo conteúdo das mensagens 
enviadas para o aparelho de celular da indigitada vítima. 
Assim, no dia 1º de dezembro de 2018, o genitor de Mimosa lhe enviou 
mensagens acompanhadas das fotos íntimas, determinando que a sua filha 
comparecesse ao seu estúdio fotográfico às 18 horas, com pretensão de 
manter com ela relação sexual.Ao visualizar as mensagens, Dra. Nativa 
orientou que a vítima, Sra. Mimosa, atendesse ao convite do seu genitor, no 
horário definido, pois estaria monitorada, e lá deveria agir naturalmente. 
Assim, a Sra. Mimosa fez.Enquanto isso, a Delegada determinou que agentes 
da Polícia Civil se posicionassem no entorno do imóvel onde funcionava o 
estúdio. Ao ouvirem os gritos de socorro da Sra. Mimosa, os agentes 
policiais arrombaram a porta e encontraram a vítima de calcinha e sutiã, 
com as vestes rasgadas e o agressor totalmente despido. Foi dada voz de 
prisão.
Conforme a doutrina, a situação ilustra uma hipótese de
A flagrante ficto.
B quase flagrante.
C flagrante esperado.
D flagrante controlado.
E flagrante provocado.
3. (2018/CESPE/DPE-PE/Defensor Público)
Mais de vinte e quatro horas após ter matado um desafeto, Cláudio foi preso 
por agentes de polícia que estavam em seu encalço desde o cometimento do 
crime. Na abordagem, os agentes apreenderam com Cláudio uma faca, ainda 
com vestígios de sangue, envolvida na camiseta que a vítima vestia no 
momento do crime. Cláudio informou aos policiais que não tinha advogado 
para constituir. Não houve a participação de defensor público na autuação, 
na documentação da prisão e no interrogatório. Considerando essa situação 
hipotética, assinale a opção correta, acerca da legalidade da prisão de 
Cláudio.
A A prisão é legal, tendo-se configurado hipótese de flagrante diferido: a 
autoridade policial atrasou o momento da prisão, mas manteve o 
acompanhamento do investigado para conseguir melhores provas do crime.
B A prisão é ilegal, pois houve falha da autoridade policial, que não poderia 
ter processado a prisão do autuado sem a presença de advogado ou 
defensor público.
C A prisão é legal, tendo-se configurado hipótese de flagrante presumido: a 
autoridade policial deverá arbitrar o benefício de fiança.
D A prisão é legal, pois a autoridade policial prescinde da presença do 
defensor técnico para a conclusão dos atos.
E A prisão é ilegal, pois não ficou configurada a hipótese de flagrante, tendo 
em vista que o prazo de vinte e quatro horas entre a execução do crime e o 
ato policial foi ultrapassado.
✓ Sou o Professor EDUARDO GALANTE;
✓ Mestre em Direito Internacional. Mestrando em Direito Público;
✓ Pós-graduado em Direito Administrativo, Direito Constitucional, Direito Penal, Direito Civil e em Educação à Distância;
✓ Graduado em Direito, Secretariado, História e em Pedagogia.
✓ Possuo 7 anos de experiência na Docência de Ensino Superior em cursos de graduação e pós-graduação;
✓ Orientador de Trabalho de Conclusão de Curso;
✓ Servidor Público há 28 anos.
✓ Professor de cursos de cursos preparatórios para concursos há 10 anos.
✓ Instagram: professoreduardogalante
LEI Nº 8.069/90
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOELSCENTE
NOÇÕES INICIAIS
- A primeira previsão normativa, no sentido de se proporcionar uma proteção especial às
crianças e adolescentes, foi encontrada na Convenção de Genebra, de 1924.
- Corroborando com esta norma sobreveio a Declaração Universal de Direitos Humanos das
Nações Unidas, de 1948, que repetiu a evocação do "direito a cuidados e assistência
especiais" da população infanto-juvenil.
EVOLUÇÃO DOS DIREITOS DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO BRASIL.
- Fase da Absoluta Indiferença (até o Século XIV): Nenhum país fazia qualquer espécie de
referência aos direitos da criança e do adolescente.
- Fase da Mera Imputação Criminal ou do Direito Penal Indiferenciado (até o Século XIX):
Inexistia qualquer tratamento diferenciado ou protetivo destinado à criança e ao
adolescente; as normas cuidavam apenas da imputação de acordo o Direito Penal, todos
eram segregados dentro do mesmo estabelecimento prisional, independentemente da
idade, e ainda era possível ao magistrado a aplicação do critério do discernimento penal em
relação a crianças de qualquer idade, o que lhe permitia segregá-las com pessoas adultas.
- Fase Tutelar (Século XX): Aqui foram criados Códigos específicos às crianças e aos
adolescentes, porém com intuito repressivo, higienista, não de garantia de direitos.
Código Mello Mattos – 1927: Foi inspirado na atuação de um juiz chamado Mello Mattos, o
qual trabalhou no primeiro juizado de menores do Brasil e da América Latina.
Código de Menores – 1979
- Fase da Proteção Integral (Séculos XX e XXI)
Constituição Federal de 1988
ECA (Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990, publicada em 16 de julho de 1990, com vigência
a partir de 14 de outubro de 1990)
- Entretanto, é somente a partir da Convenção da ONU sobre os Direitos das Crianças (de
20/11/1989, assinada pelo Brasil em 26/01/90 e aprovada pelo Decreto Legislativo nº 28,
de 14/09/90) que se deu mais visibilidade às crianças, enquanto sujeito de direito, carentes
de proteção especial.
- Assim, a criança, em sentido lato, não mais será vista como mera extensão da família, mas
como pessoas iguais aos adultos, tendo direitos próprios, oponíveis, inclusive, aos de seus
pais.
- DOUTRINA DA PROTEÇÃO INTEGRAL: Segundo essa doutrina, crianças e adolescentes
gozam dos mesmos direitos destinados aos adultos e tantos outros em função do estágio
peculiar de pessoas em desenvolvimento físico, psíquico e moral.
- Baseado nessa doutrina, o Estatuto tem o objetivo de tutelar a criança e o adolescente de
forma ampla, não se limitando apenas a tratar de medidas repressivas contra seus atos
infracionais. Dispõem, então, sobre direitos: infanto-juvenis, formas de auxiliar sua família,
tipificação de crimes praticados contra crianças e adolescentes, infrações administrativas,
tutela coletiva, etc.
- A doutrina da proteção integral está relacionada ao princípio do melhor interesse da
criança e do adolescente, no qual, na análise do caso concreto, o aplicador do direito deve
buscar solução que proporcione o maior benefício possível para a criança ou adolescente,
concretizando, portanto, os seus direitos fundamentais.
- O Estatuto
da Criança e do Adolescente é formado por um conjunto de princípios e regras
que regem diversos aspectos da vida, desde o nascimento até a maioridade.
- Toda sua sistemática se ampara no princípio da proteção integral (art. Iº ).
- A Lei tem o objetivo de tutelar a criança e o adolescente de forma ampla, não se limitando
apenas a tratar de medidas repressivas contra seus atos infracionais.
- Por proteção integral deve-se compreender o conjunto amplo de mecanismos jurídicos
voltados à tutela da criança e do adolescente.
- A doutrina da proteção integral guarda ligação com o princípio do melhor interesse da
criança e do adolescente.
DEFINIÇÃO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE
- Criança - pessoa com até 12 (doze) anos incompletos.
- Adolescente - pessoa entre 12 (doze) anos completos e 18 (dezoito) anos incompletos.
- Para o Estatuto da Juventude, jovem é a pessoa entre 15 (quinze) anos completos e 29
(vinte e nove) anos incompletos.
- Assim, denomina-se jovem adolescente ou adolescente jovem a pessoa entre 15 (quinze)
anos completos e 18 (dezoito) incompletos, para os quais há aplicação concomitante do
ECA e do Estatuto da Juventude.
- Entre 18 (dezoito) e 29 (vinte e nove) anos fala-se em jovem ou jovem adulto.
- A partir de 30 (trinta) anos, adulto.
- O Estatuto da Criança e do Adolescente dispõe sobre a proteção integral à criança e ao
adolescente.
- Nos casos expressos em lei, aplica-se excepcionalmente este Estatuto às pessoas entre
dezoito e vinte e um anos de idade.
- A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa
humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por
lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o
desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de
dignidade.
- Os direitos enunciados no ECA aplicam-se a todas as crianças e adolescentes, sem
discriminação de nascimento, situação familiar, idade, sexo, raça, etnia ou cor, religião ou
crença, deficiência, condição pessoal de desenvolvimento e aprendizagem, condição
econômica, ambiente social, região e local de moradia ou outra condição que diferencie as
pessoas, as famílias ou a comunidade em que vivem.
- É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar,
com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
- A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
infância e à juventude.
- Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
- Na interpretação desta Lei levar-se-ão em conta os fins sociais a que ela se dirige, as
exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição
peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento.
Ano: 2014 - Banca: FCC - Órgão: TRT - 24ª REGIÃO (MS)Prova: Juiz do trabalho
01) A partir da edição do Estatuto da Criança e do Adolescente, passou-se a evitar o vocábulo
menor. Porém, no âmbito do Direito do Trabalho, tal palavra não carrega seu efeito negativo,
mantendo-se sua utilização nesse campo. Tal discussão foi enfrentada pelo Direito do Trabalho
porque o Estatuto da Criança e do Adolescente trouxe consigo a doutrina
a) assistencialista.
b) da situação irregular.
c) da proteção integral
d) da indiferença legal.
e) Higienista
GABARITO: C
Ano: 2017 Banca: CONSULPLAN Órgão: TJ-MG Prova: Titular de Serviços de Notas e de
Registros
02) As regras do Estatuto da Criança e do Adolescente podem ser aplicadas
a) às crianças e, excepcionalmente, aos adolescentes.
b) apenas às crianças e aos adolescentes.
c) excepcionalmente aos adultos com idade entre 18 e 21 anos.
d) somente às crianças e aos adolescentes, mas jamais aos adultos.
GABARITO: C
“O VERDADEIRO HERÓI É AQUELE QUE FAZ O QUE PODE. OS OUTROS NÃO O FAZEM”.
ROMAIN ROLLAND
LEI Nº 8.069/90
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
DA PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL
- Considera-se ato infracional a conduta descrita como crime ou contravenção penal.
- São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às medidas previstas
nesta Lei.
- Para os efeitos desta Lei, deve ser considerada a idade do adolescente à data do fato.
- Ao ato infracional praticado por criança corresponderão as medidas previstas no art. 101.
DOS DIREITOS INDIVIDUAIS
- Nenhum adolescente será privado de sua liberdade senão em flagrante de ato infracional
ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente.
- O adolescente tem direito à identificação dos responsáveis pela sua apreensão, devendo
ser informado acerca de seus direitos.
- A apreensão de qualquer adolescente e o local onde se encontra recolhido serão
incontinenti comunicados à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou
à pessoa por ele indicada.
- O adolescente civilmente identificado não será submetido a identificação compulsória
pelos órgãos policiais, de proteção e judiciais, salvo para efeito de confrontação, havendo
dúvida fundada.
4
DAS GARANTIAS PROCESSUAIS
- Nenhum adolescente será privado de sua liberdade sem o devido processo legal.
5
DAS MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
- Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes
medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semiliberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
6
- A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a
gravidade da infração.
- Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.
- Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão tratamento individual e
especializado, em local adequado às suas condições.
- A advertência poderá ser aplicada sempre que houver prova da materialidade e indícios suficientes da
autoria
- A advertência consistirá em admoestação verbal, que será reduzida a termo e assinada.
7
DA OBRIGAÇÃO DE REPARAR O DANO
- Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso,
que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou, por outra forma, compense o
prejuízo da vítima.
- Havendo manifesta impossibilidade, a medida poderá ser substituída por outra adequada.
8
DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE
- A prestação de serviços comunitários consiste na realização de tarefas gratuitas de interesse geral, por
período não excedente a seis meses, junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros
estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais.
- As tarefas serão atribuídas conforme as aptidões do adolescente, devendo ser cumpridas durante jornada
máxima de oito horas semanais, aos sábados, domingos e feriados ou em dias úteis, de modo a não
prejudicar a frequência à escola ou à jornada normal de trabalho.
9
DA LIBERDADE ASSISTIDA
- A liberdade assistida será adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de
acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
- A autoridade designará pessoa capacitada para acompanhar o caso, a qual poderá ser recomendada por
entidade ou programa de atendimento.
- A liberdade assistida será fixada pelo prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser
prorrogada, revogada ou substituída por outra medida, ouvido o orientador, o Ministério Público e o
defensor.
10
DO REGIME DE SEMILIBERDADE
- O regime de semiliberdade pode ser determinado desde o início, ou como forma de transição para o meio
aberto, possibilitada a realização de atividades externas, independentemente de autorização judicial.
- São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, sempre que possível, ser utilizados os
recursos existentes na comunidade.
- A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que couber, as disposições relativas à
internação.
11
DA INTERNAÇÃO
- A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e
respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
- Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa
determinação judicial em contrário.
- A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada, mediante decisão
fundamentada, no máximo a cada seis meses.
- Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.
12
- Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente deverá ser liberado, colocado em regime
de semiliberdade ou de liberdade assistida.
- A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.
- Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o Ministério Público.
- A determinação judicial mencionada no § 1o poderá ser revista a qualquer tempo pela autoridade judiciária.
13
- A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.
14
- O prazo de internação na hipótese do inciso III deste artigo não poderá ser superior a 3 (três) meses,
devendo ser decretada judicialmente após o devido processo legal.
- Em nenhuma hipótese será aplicada a internação, havendo outra medida adequada.
- A internação deverá ser cumprida em entidade exclusiva para adolescentes, em local distinto daquele
destinado ao abrigo, obedecida rigorosa separação por critérios de idade, compleição física e gravidade da
infração.
- Durante o período de internação, inclusive provisória, serão obrigatórias atividades pedagógicas.
15
- Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
- A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita, inclusive de pais ou responsável, se
existirem motivos sérios e fundados de sua prejudicialidade aos interesses do adolescente.
- É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos internos, cabendo-lhe adotar as medidas
adequadas de contenção e segurança.
16
“O VERDADEIRO HERÓI É AQUELE QUE FAZ O QUE PODE. OS OUTROS NÃO O FAZEM”.
ROMAIN ROLLAND
LEI Nº 8.069/90
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
DA PRÁTICA DE ATO INFRACIONAL
DA REMISSÃO
- Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante
do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo,
atendendo às circunstâncias e consequências do fato, ao contexto social, bem como à
personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.
- Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade judiciária importará na
suspensão ou extinção do processo.
- A remissão não implica necessariamente o reconhecimento ou comprovação da
responsabilidade, nem prevalece para efeito de antecedentes, podendo incluir
eventualmente a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto a colocação
em regime de semiliberdade e a internação.
- A medida aplicada por força da remissão poderá ser revista judicialmente, a qualquer
tempo, mediante pedido expresso do adolescente ou de seu representante legal, ou do
Ministério Público.
4
DAS MEDIDAS PERTINENTES AOS PAIS OU RESPONSÁVEL
- São medidas aplicáveis aos pais ou responsável:
I - encaminhamento a serviços e programas oficiais ou comunitários de proteção, apoio e
promoção da família;
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a
alcoólatras e toxicômanos;
III - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico;
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua frequência e
aproveitamento escolar; 5
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento especializado;
VII - advertência;
VIII - perda da guarda;
IX - destituição da tutela;
X - suspensão ou destituição do pátrio poder familiar
6
- Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso sexual impostos pelos pais ou
responsável, a autoridade judiciária poderá determinar, como medida cautelar, o
afastamento do agressor da moradia comum.
- Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisória dos alimentos de que necessitem a
criança ou o adolescente dependentes do agressor.
7
DO CONSELHO TUTELAR
DISPOSIÇÕES GERAIS
- O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela
sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos
nesta Lei.
- Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo,
1 (um) Conselho Tutelar como órgão integrante da administração pública local, composto
de 5 (cinco) membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos,
permitida recondução por novos processos de escolha.
8
- Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exigidos os seguintes requisitos:
I - reconhecida idoneidade moral;
II - idade superior a vinte e um anos;
III - residir no município.
- Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar,
inclusive quanto à remuneração dos respectivos membros.
- Constará da lei orçamentária municipal e da do Distrito Federal previsão dos recursos necessários
ao funcionamento do Conselho Tutelar e à remuneração e formação continuada dos conselheiros
tutelares.
- O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante e estabelecerá
presunção de idoneidade moral.
9
- Competências do Conselho Tutelar que se destacam:
I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos Arts. 98 e 105, aplicando as
medidas previstas no art. 101, I a VII;
II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII;
V - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal
contra os direitos da criança ou adolescente;
VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário;
XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda ou suspensão do poder
familiar, após esgotadas as possibilidades de manutenção da criança ou do adolescente junto à
família natural.
10
- Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tutelar entender necessário o afastamento
do convívio familiar, comunicará incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe
informações sobre os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a
orientação, o apoio e a promoção social da família.
- As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revistas pela autoridade judiciária a
pedido de quem tenha legítimo interesse.
11
DA ESCOLHA DOS CONSELHEIROS
- O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em lei
municipal e realizado sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente, e a fiscalização do Ministério Público.
- O processo de escolha
dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em
todo o território nacional a cada 4 (quatro) anos, no primeiro domingo do mês de outubro
do ano subsequente ao da eleição presidencial.
- A posse dos conselheiros tutelares ocorrerá no dia 10 de janeiro do ano subsequente ao
processo de escolha.
- No processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar, é vedado ao candidato doar,
oferecer, prometer ou entregar ao eleitor bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza,
inclusive brindes de pequeno valor. 12
DOS IMPEDIMENTOS
- São impedidos de servir no mesmo Conselho marido e mulher, ascendentes e
descendentes, sogro e genro ou nora, irmãos, cunhados, durante o cunhado, tio e
sobrinho, padrasto ou madrasta e enteado.
- Estende-se o impedimento do conselheiro, na forma deste artigo, em relação à autoridade
judiciária e ao representante do Ministério Público com atuação na Justiça da Infância e da
Juventude, em exercício na comarca, foro regional ou distrital.
13
01 - [PROF. EDUARDO GALANTE – ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 2019] Quanto à Lei nº 8.069/90, que
dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências, assinale a alternativa correta.
a) O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei.
b) Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distrito Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar
como órgão integrante da administração pública local, composto de 3 (três) membros, escolhidos pela população
local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida recondução por novos processos de escolha.
c) Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto
à remuneração dos respectivos membros.
d) O processo de escolha dos membros do Conselho Tutelar ocorrerá em data unificada em todo o território nacional a
cada 2 (dois) anos, no primeiro domingo do mês de outubro do ano subsequente ao da eleição presidencial.
e) O processo para a escolha dos membros do Conselho Tutelar será estabelecido em lei estadual municipal e realizado
sob a responsabilidade do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, e a fiscalização do
Ministério Público.
GABARITO:
“O VERDADEIRO HERÓI É AQUELE QUE FAZ O QUE PODE. OS OUTROS NÃO O FAZEM”.
ROMAIN ROLLAND
LEI Nº 8.069/90
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
- A criança ou o adolescente, seus pais ou responsável, e qualquer pessoa que tenha legítimo
interesse na solução da lide poderão intervir nos procedimentos de que trata esta Lei,
através de advogado, o qual será intimado para todos os atos, pessoalmente ou por
publicação oficial, respeitado o segredo de justiça.
- Será prestada assistência judiciária integral e gratuita àqueles que dela necessitarem.
DO ADVOGADO
- Nenhum adolescente a quem se atribua a prática de ato infracional, ainda que ausente ou
foragido, será processado sem defensor.
- Se o adolescente não tiver defensor, ser-lhe-á nomeado pelo juiz, ressalvado o direito de, a
todo tempo, constituir outro de sua preferência.
- A ausência do defensor não determinará o adiamento de nenhum ato do processo,
devendo o juiz nomear substituto, ainda que provisoriamente, ou para o só efeito do ato.
- Será dispensada a outorga de mandato, quando se tratar de defensor nomeado ou, sido
constituído, tiver sido indicado por ocasião de ato formal com a presença da autoridade
judiciária.
4
DA PROTEÇÃO JUDICIAL DOS INTERESSES INDIVIDUAIS, DIFUSOS E COLETIVOS
- Regem-se pelas disposições desta Lei as ações de responsabilidade por ofensa aos direitos
assegurados à criança e ao adolescente, referentes ao não oferecimento ou oferta
irregular:
I - do ensino obrigatório;
II - de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência;
III – de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a cinco anos de idade;
IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
V - de programas suplementares de oferta de material didático-escolar, transporte e
assistência à saúde do educando do ensino fundamental; 5
VI - de serviço de assistência social visando à proteção à família, à maternidade, à infância e à
adolescência, bem como ao amparo às crianças e adolescentes que dele necessitem;
VII - de acesso às ações e serviços de saúde;
VIII - de escolarização e profissionalização dos adolescentes privados de liberdade.
IX - de ações, serviços e programas de orientação, apoio e promoção social de famílias e destinados ao
pleno exercício do direito à convivência familiar por crianças e adolescentes.
X - de programas de atendimento para a execução das medidas socioeducativas e aplicação de medidas
de proteção.
XI - de políticas e programas integrados de atendimento à criança e ao adolescente vítima ou
testemunha de violência.
- As hipóteses previstas neste artigo não excluem da proteção judicial outros interesses individuais,
difusos ou coletivos, próprios da infância e da adolescência, protegidos pela Constituição e pela Lei.
6
- A investigação do desaparecimento de crianças ou adolescentes será realizada
imediatamente após notificação aos órgãos competentes, que deverão comunicar o fato
aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de transporte interestaduais e
internacionais, fornecendo-lhes todos os dados necessários à identificação do
desaparecido.
- As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do local onde ocorreu ou deva
ocorrer a ação ou omissão, cujo juízo terá competência absoluta para processar a causa,
ressalvadas a competência da Justiça Federal e a competência originária dos tribunais
superiores.
7
- Para as ações cíveis fundadas em interesses coletivos ou difusos, consideram-se
legitimados concorrentemente:
I - o Ministério Público;
II - a União, os estados, os municípios, o Distrito Federal e os territórios;
III - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e que incluam entre
seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos protegidos por esta Lei,
dispensada a autorização da assembleia, se houver prévia autorização estatutária.
8
- Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União e dos estados
na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta Lei.
- Em caso de desistência ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério
Público ou outro legitimado poderá assumir a titularidade ativa.
- Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de
ajustamento de sua conduta às exigências legais, o qual terá eficácia de título executivo
extrajudicial.
- Para defesa dos direitos e interesses protegidos por esta Lei, são admissíveis todas as
espécies de ações pertinentes.
- O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de
qualquer pessoa, organismo público ou particular, certidões, informações, exames ou
perícias, no prazo que assinalar, o qual não poderá ser inferior a dez dias úteis. 9
CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
DOS CRIMES
DISPOSIÇÕES GERAIS
- Aplicam-se aos crimes definidos nesta Lei as normas da Parte Geral do Código Penal e,
quanto ao processo, as pertinentes ao Código de Processo Penal.
- Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública incondicionada
10
DOS CRIMES EM ESPÉCIE
- 01) Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de
gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo referidos no art. 10
desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por ocasião da alta médica,
declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do parto e do desenvolvimento do
neonato:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
- 02) Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde de gestante
de identificar corretamente o neonato e a parturiente,
por ocasião do parto, bem como deixar de
proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
PODERÁ OCORRER NA MODALIDADE CULPOSA.
11
“O VERDADEIRO HERÓI É AQUELE QUE FAZ O QUE PODE. OS OUTROS NÃO O FAZEM”.
ROMAIN ROLLAND
LEI Nº 8.069/90
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
- 03) Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente de
fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido
ou à pessoa por ele indicada:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
- 04) Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou
a constrangimento:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
DOS CRIMES
- 05) Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar a imediata liberação de
criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimento da ilegalidade da apreensão:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
- 06) Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em benefício de adolescente
privado de liberdade:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
- 07) Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, membro do Conselho Tutelar
ou representante do Ministério Público no exercício de função prevista nesta Lei:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
4
- 08) Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob sua guarda em virtude
de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em lar substituto:
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa.
- 09) Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, mediante paga ou
recompensa:
Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa.
- Incide nas mesmas penas quem oferece ou efetiva a paga ou recompensa.
5
- 10) Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou
adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de
obter lucro:
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.
- Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência.
6
- 11) Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou
pornográfica, envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, ou de qualquer modo intermedeia a
participação de criança ou adolescente nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com
esses contracena.
Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime
I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade; ou
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consanguíneo ou afim até o terceiro grau, ou por adoção, de
tutor, curador, preceptor, empregador da vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre
ela, ou com seu consentimento.
7
- 12) Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de
sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa.
8
- 13) Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio,
inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro
que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
- Nas mesmas penas incorre quem:
I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotografias, cenas ou imagens de que
trata o caput deste artigo;
II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores às fotografias, cenas ou
imagens de que trata o caput deste artigo.
As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1º deste artigo são puníveis quando o responsável
legal pela prestação do serviço, oficialmente notificado, deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo
ilícito de que trata o caput deste artigo.
9
- 14) Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena
de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena quantidade o material a que se refere o caput deste
artigo.
Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de comunicar às autoridades competentes a ocorrência
das condutas descritas nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a comunicação for feita por:
I – agente público no exercício de suas funções;
II – membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas finalidades institucionais, o recebimento, o
processamento e o encaminhamento de notícia dos crimes referidos neste parágrafo;
III – representante legal e funcionários responsáveis de provedor de acesso ou serviço prestado por meio de rede de
computadores, até o recebimento do material relativo à notícia feita à autoridade policial, ao Ministério Público ou ao
Poder Judiciário.
- As pessoas referidas no § 2º deste artigo deverão manter sob sigilo o material ilícito referido.
10
- 15) Simular a participação de criança ou adolescente em cena de sexo explícito ou pornográfica por meio de
adulteração, montagem ou modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação visual:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio,
adquire, possui ou armazena o material produzido na forma do caput deste artigo.
- 16) Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar
ato libidinoso:
Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
Nas mesmas penas incorre quem:
I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela
praticar ato libidinoso;
II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou
sexualmente explícita.
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- Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou
pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em
atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma
criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais.
- 17) Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança
ou adolescente arma, munição ou explosivo:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.
- 18) Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de qualquer
forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos
cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica:
Pena - detenção de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa, se o fato não constitui crime mais
grave. 12
- 19) Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a criança ou adolescente
fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu reduzido potencial, sejam incapazes de
provocar qualquer dano físico em caso de utilização indevida:
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
- 20) Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2o desta Lei, à prostituição ou à
exploração sexual:
Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda de bens e valores utilizados na prática
criminosa em favor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade da Federação (Estado ou
Distrito Federal) em que foi cometido o crime, ressalvado o direito de terceiro de boa-fé.
Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifique
a
submissão de criança ou adolescente às práticas referidas no caput deste artigo.
Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do
estabelecimento.
13
- 21) Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele
praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas
utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.
As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a
infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de
julho de 1990.
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“O VERDADEIRO HERÓI É AQUELE QUE FAZ O QUE PODE. OS OUTROS NÃO O FAZEM”.
ROMAIN ROLLAND
ESTATUTO DAS GUARDAS MUNICIPAIS
• LEI 13.022/14 – ESTATUTO DAS GUARDAS MUNICIPAIS
• CONSTITUIÇÃO FEDERAL
• Art. 144 § 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de 
seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
• § 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
82, de 2014)
• I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades
previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e
• II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos
órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na
forma da lei.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc82.htm
ESTATUTO DAS GUARDAS MUNICIPAIS
• Lei 13.675/18 – Sistema Único de Segurança Pública
• Art. 9º É instituído o Sistema Único de Segurança Pública (Susp), que tem como órgão
central o Ministério Extraordinário da Segurança Pública e é integrado pelos órgãos
de que trata o art. 144 da Constituição Federal, pelos agentes penitenciários, pelas
guardas municipais e pelos demais integrantes estratégicos e operacionais, que
atuarão nos limites de suas competências, de forma cooperativa, sistêmica e
harmônica.
• § 1º São integrantes estratégicos do Susp:
• I - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, por intermédio dos
respectivos Poderes Executivos;
• II - os Conselhos de Segurança Pública e Defesa Social dos três entes federados.
• § 2º São integrantes operacionais do Susp:
• VII - guardas municipais;
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
ESTATUTO DAS GUARDAS MUNICIPAIS
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
• Art. 1o Esta Lei institui normas gerais para as guardas municipais, disciplinando
o § 8o do art. 144 da Constituição Federal.
• Art. 2o Incumbe às guardas municipais, instituições de caráter civil,
uniformizadas e armadas conforme previsto em lei, a função de proteção
municipal preventiva, ressalvadas as competências da União, dos Estados e do
Distrito Federal.
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144%C2%A78
ESTATUTO DAS GUARDAS MUNICIPAIS
DAS VEDAÇÕES
• Art. 19. A estrutura hierárquica da guarda municipal não pode utilizar denominação idêntica à das forças
militares, quanto aos postos e graduações, títulos, uniformes, distintivos e condecorações.
DISPOSIÇÕES DIVERSAS
• Art. 21. As guardas municipais utilizarão uniforme e equipamentos padronizados, preferencialmente, na cor
azul-marinho.
DAS PRERROGATIVAS
• Art. 16. Aos guardas municipais é autorizado o porte de arma de fogo, conforme previsto em lei.
• Parágrafo único. Suspende-se o direito ao porte de arma de fogo em razão de restrição médica, decisão
judicial ou justificativa da adoção da medida pelo respectivo dirigente.
ESTATUTO DAS GUARDAS MUNICIPAIS
• ESTATUTO DO DESARMAMENTO
• Art. 6o É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em
legislação própria e para:
• III – os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de 500.000
(quinhentos mil) habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei;
• IV - os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de
500.000 (quinhentos mil) habitantes, quando em serviço;
• § 1o As pessoas previstas nos incisos I, II, III, V e VI do caput deste artigo terão direito de portar arma de fogo
de propriedade particular ou fornecida pela respectiva corporação ou instituição, mesmo fora de serviço, nos
termos do regulamento desta Lei, com validade em âmbito nacional para aquelas constantes dos incisos I, II, V
e VI.
ESTATUTO DAS GUARDAS MUNICIPAIS
• DA CRIAÇÃO
• Art. 6o O Município pode criar, por lei, sua guarda municipal. 
• Parágrafo único. A guarda municipal é subordinada ao chefe do Poder Executivo municipal. 
• Art. 9o A guarda municipal é formada por servidores públicos integrantes de carreira única e plano de cargos e salários, 
conforme disposto em lei municipal.
• Art. 7o As guardas municipais não poderão ter efetivo superior a: 
• I - 0,4% (quatro décimos por cento) da população, em Municípios com até 50.000 (cinquenta mil) habitantes;
• II - 0,3% (três décimos por cento) da população, em Municípios com mais de 50.000 (cinquenta mil) e menos de 500.000 
(quinhentos mil) habitantes, desde que o efetivo não seja inferior ao disposto no inciso I; 
• III - 0,2% (dois décimos por cento) da população, em Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, desde 
que o efetivo não seja inferior ao disposto no inciso II. 
• Parágrafo único. Se houver redução da população referida em censo ou estimativa oficial da Fundação Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE), é garantida a preservação do efetivo existente, o qual deverá ser ajustado à variação 
populacional, nos termos de lei municipal. 
• Art. 8o Municípios limítrofes podem, mediante consórcio público, utilizar, reciprocamente, os serviços da guarda municipal 
de maneira compartilhada. 
ESTATUTO DAS GUARDAS MUNICIPAIS
• Sexta-feira, 29 de junho de 2018
• Liminar autoriza porte de arma para todas as guardas municipais
• O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu medida cautelar na
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5948 para autorizar suspender os efeitos de trecho da Lei
10.826/2003 (Estatuto do Desarmamento) que proíbe o porte de arma para integrantes das guardas
municipais de munícipios com menos de 50 mil habitantes e permite o porte nos municípios que têm
entre 50 mil e 500 mil habitantes apenas quando em serviço. Com base nos princípios da isonomia e
da razoabilidade, o relator disse que é preciso conceder idêntica possibilidade de porte de arma a
todos os integrantes das guardas civis, em face da efetiva participação na segurança pública e na
existência de similitude nos índices de mortes violentas nos diversos municípios.
ESTATUTO DAS GUARDAS MUNICIPAIS
• DOS PRINCÍPIOS
• Art. 3o São princípios mínimos de atuação das guardas municipais:
• I - proteção dos direitos humanos fundamentais, do exercício da cidadania e das liberdades
públicas;
• II - preservação da vida, redução do sofrimento e diminuição das perdas;
• III - patrulhamento preventivo;
• IV - compromisso com a evolução social da comunidade; e
• V - uso progressivo da força.
ESTATUTO DAS GUARDAS MUNICIPAIS
• DA COMPETÊNCIA GERAL
• Art. 4o É competência geral das guardas municipais a proteção de bens, serviços, logradouros públicos
municipais e instalações do Município.
• Parágrafo único. Os bens mencionados no caput abrangem os de uso comum, os de uso especial e os
dominiais.
• Código Civil
• Art. 99. São bens públicos:
• I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;
• II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração

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