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ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO CURVAS HORIZONTAIS Tatiana Oliveira a) CURVAS HORIZONTAIS CIRCULARES ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 1. INTRODUÇÃO - Curvas horizontais: geralmente usadas para desviar de obstáculos. Ex: lagos, pântanos, rochedos, ... - Deflexões podem harmonizar o traçado com a topografia. - Determinação de curvas horizontais: a) Pela topografia da região; b) Pelas características geológicas e geotécnicas dos solos de fundação; c) Pela hidrografia; e d) Pelos problemas de desapropriação. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares - O raio das curvas horizontais devem garantir: a) A inscrição dos veículos (os veículos contidos nas faixas de tráfego da curva); b) A visibilidade dentro dos cortes; e c) A estabilidade dos veículos que percorrem a via com grandes velocidades. - Curvas horizontais simples são as mais comuns. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 2. GEOMETRIA DA CURVA CIRCULAR - Tipo de curva simples de ser projetada e locada. Elementos geométricos da curva circular simples utilizados tanto no seu projeto como na sua locação ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 2.1 Característica dos elementos geométricos da curva circular simples a) Ponto de início da curva circular: PC (ponto da curva) – pode ser PCD (direita) ou PCE (esquerda); PT é o ponto da tangente. b) Raio (R): raio em metros; OBS: Em função das características técnicas da rodovia, e da topografia; Também pode ser feita por gabaritos que representam os trechos das curvas circulares. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares c) Ângulo central (AC): formado pelos raios que passam pelo PC e PT , e que se interceptam no ponto O (centro da curva). É igual à deflexão entre os alinhamentos das tangentes do eixo da estrada. d) Desenvolvimento (D): comprimento do arco de PC até o PT; e) Grau da curva (G): ângulo central igual a corda de comprimento c; f) Afastamento (E): distância entre o PI e o ponto médio da curva; e ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares g) Deflexão por metro (dm): ângulo formado entre a tangente T e uma corda que parte do PC, e que tem comprimento c = 1 m. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 2.2 Indicações usuais dos elementos da curva circular nas folhas de projeto a) Indicar as estacas com numeração múltiplos de 5. b) Indicar o PC e o PT, com o número escrito ao longo dos raios externos das curvas; c) Interno a curva, indicar os valores dos principais elementos geométricos da curva (R, ∆, G, T, D e dm). ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares d) Indicar cortes e os aterros e enquadrar o eixo da estrada entre dois traços paralelos, igual à largura da plataforma ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 2.3 Principais relações entre alguns elementos geométricos da curva circular simples 𝑻 = 𝑹. 𝒕𝒂𝒏 ∆ 𝟐 E= 𝑹. 𝟏 𝒄𝒐𝒔 ∆ 𝟐 − 𝟏 E = afastamento (m); R = raio da curva (m); e ∆ = ângulo de deflexão entre as tangentes (graus). T = tangente externa (m); R = raio da curva circular (m); e ∆ = ângulo de deflexão entre as tangentes (graus). ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares D= π.𝑹.∆ 𝟏𝟖𝟎º E(PC) = estaca do PC (ponto de curva); E(PI) = estaca do PI (interseção das tangentes); [T] = valor da tangente em estacas; E(PT) = estaca do PT (ponto de tangente); e [D] = valor do desenvolvimento em estacas. /E(PC) = E(PI) - [T] E(PT) = E(PC) - [D] D = desenvolvimento (m); R = raio da curva (m); e ∆ = ângulo de deflexão entre as tangentes (graus) ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares G= 𝟏𝟖𝟎.𝒄 π.𝑹 G = grau da curva (ângulo da corda c) (graus); c = corda (m); e R = raio da curva circular (m) OBS: Quando o comprimento de arco é substituído por uma corda, se comete um erro, que cresce com o comprimento da corda; O erro será menor que 0,01 m, ou desprezível se adotarmos: a) Cordas de 20 m, para locar curvas com R ≥ 180 m; b) Cordas de 10 m, para locar curvas com 65 m ≤ R < 180 m; c) Cordas de 5 m, para locar curvas com 25 m ≤ R < 65 m; e d) Cordas de 2 m, para locar curvas com R < 25 m. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares - Para uma corda de c = 20 m: G𝟐𝟎 = 𝟏𝟏𝟒𝟓,𝟗𝟐 𝑹 G20 = grau da curva (corda de 20 m) (graus); R = raio da curva (m) ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares G = grau da curva (graus); R = raio da curva (m); c = corda (m). G= 𝟐. 𝒂𝒓𝒄𝒔𝒆𝒏 𝒄 𝟐𝑹 G = grau da curva (graus); D = ângulo de deflexão entre as tangentes (graus); D = desenvolvimento (m); c = corda (m) G= 𝒄.∆ 𝑫 - Outras equações: ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares D= 𝑮 𝟐 d = deflexão sobre a tangente correspondente à corda c; G = grau da curva (correspondente à corda c) dm= 𝑮 𝟐.𝒄 dm = deflexão por metro (graus/m ou minutos/m); G = grau da curva (corda c) (graus ou minutos); c = corda (m ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 3. LOCAÇÃO DE CURVAS CIRCULARES HORIZONTAIS POR DEFLEXÃO 3.1. Locação de curvas circulares por deflexão sucessiva - Deflexão sucessiva: ângulo que a visada da estaca forma com a tangente ou com a estaca anterior. i) Locação de curva circular com cordas de 20 m: a) Cálculo da primeira deflexão sucessiva (ds1) ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares a) Cálculo da primeira deflexão sucessiva (ds1) ds1 = primeira deflexão sucessiva em relação à tangente externa (min.); (20–a) = distância ente o PC e a primeira estaca inteira da curva (m); a = parte fracionada da estaca do PC (m); G = grau da curva (min.); c = corda (m); dm = deflexão por metro (min. / m) 𝒅𝒔𝟏 = 𝟐𝟎 − 𝒂 . 𝒅𝒎 = 𝟐𝟎 − 𝒂 . 𝑮 𝟐. 𝒄 ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares b) Cálculo da última deflexão sucessiva (dsPT): 𝒅𝒔𝑷𝑻 = 𝒃. 𝒅𝒎 = 𝒃. 𝑮 𝟐. 𝒄 dsPT= última deflexão sucessiva da curva (min.); b = parte fracionada da estaca do PT (m); G = grau da curva (min.); c = corda (m); dm = deflexão por metro (min./m). c) Demais deflexões da curva, entre a última estaca inteira e a primeira estaca inteira da curva 𝒅𝒔 = 𝑮 𝟐 ds = deflexão da curva (entre a última estaca inteira e a primeira estaca inteira da curva, ou situada entre a última e a primeira deflexão sucessiva); G = grau da curva ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares Primeira deflexão pela tangente externa Deflexões sucessivas em relação as estacas anteriores ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares i) Locação de curva circular com cordas de 10, 5 e 2 m a) Grau da curva G= 𝟏𝟖𝟎°.𝒄 π.𝑹 G = grau da curva (ou ângulo que corresponde à corda c); c = corda; R = raio da curva circular b) Deflexão correspondente á corda de locação (d) d= 𝑮 𝟐 G = grau da curva (ou ângulo que corresponde à corda c); d = deflexão correspondente à corda de locação. c) Deflexão por metro (dm) dm= 𝑮 𝟐.𝒄 G = grau da curva (correspondente à corda c); c = corda da curva; Dm = deflexão por metro. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 3.2 Locação de curvas circulares horizontais por deflexão acumuladas - As deflexões são em relação à tangente externa e representam valores acumulados das deflexões sucessivas. Esquema de cálculo das deflexões acumuladas com base nas deflexões sucessivas, para curvas circulares com cordas de 20 m ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares OBS: Para verificação dos cálculos, a deflexão acumulada para o PT deverá ser igual à metade do ângulo central da curva, ou seja, ∆/2. Esquema da caderneta de locação da curva circular horizontal ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 4 RAIO MÍNIMO DA CURVA HORIZONTAL - É o menor raio da curva de concordância horizontal, que poderá ser usado no projeto rodoviário ou ferroviário. 4.1 Esforços atuantes no veículo nos trechoscurvos - Veículos em curva estão submetidos à força centrífuga conforme a equação: Fc= 𝒎.𝒗² 𝑹 v = velocidade do veículo; m = massa do veículo; e R = raio de curvatura da curva. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares Forças atuantes no veículo, quando percorre uma curva horizontal, inclusive a superelevação da pista na curva ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares Observações: 1 - Veículo é forçado para fora da curva pela força centrífuga. 2- A força centrífuga é compensada: a) Pelo peso devido à superelevação b) Pela força de atrito lateral entre os pneus e a superfície do pavimento. - Problemas causados pela força centrífuga: a) Rodovias: causa derrapagens jogando os veículos para fora da pista; b) Ferrovias: causa descarrilamentos e tombamentos ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 4.1. Relação geral entre: o raio, a superelevação, o coeficiente de atrito e a velocidade R= 𝑽² 𝟏𝟐𝟕(𝒆+𝒇𝑻) R = raio da curva horizontal (m); V = velocidade do veículo (km/h); e = superelevação (m/m); fT = coeficiente de atrito transversal pneu/pavimento 4.2 Expressão para o cálculo do raio mínimo de curvas horizontais R𝐦í𝐧 = 𝑽² 𝟏𝟐𝟕(𝒆𝒎 á𝒙 + 𝑻𝒎á𝒙 ) R = raio mínimo de curvatura horizontal (m); V = velocidade diretriz ou de projeto (km/h); emax = máxima taxa de superelevação admissível (m/m); fTmax = máximo coeficiente de atrito transversal pneu/pavimento ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 4.3 Valores máximos do coeficiente de atrito e da superelevação a) Determinação do máximo coeficiente de atrito transversal pneu/pavimento - O máximo coeficiente de atrito adota valores bem menores do que os obtidos na eminência do escorregamento do veículo, estes valores são corrigidos com um fator de segurança. Valores máximos admissíveis para o coeficiente de atrito Transversal pneu/pavimento ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares - AASHTO recomenda para cálculo do atrito transversal: fT = coeficiente de atrito transversal pneu/pavimento; V = velocidade de projeto (km/h) fT= 𝟎, 𝟏𝟗 − 𝑽 𝟏𝟔𝟎𝟎 b) Determinação da superelevação máxima - AASHTO: os valores máximos adotados para superelevação são em função: a) Das condições climáticas; b) Das condições topográficas; c) Do tipo de área, que pode ser rural ou urbana; e d) Da frequência do tráfego tipo lento no trecho considerado. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares Valores da superelevação máxima admissível para diversas situações, e para determinadas classes de projeto ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 4.4. Raio mínimo para curvas circulares em ferrovias a) Superelevação para ferrovias: é a cota entre os trilhos. b: bitola da ferrovia S: superelevação dos trilhos - Superelevações máximas para o caso ferroviário são: 𝒂) 𝑺𝒎á𝒙 = 𝒃 𝟏𝟎 b) 𝑺𝒎á𝒙 = 𝒃 𝟖 → Para bitola larga (b = 1,60 m) → Para bitola estreita (b = 1,00 m) ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares - A superelevação (S), metros, para o raio de uma curva circular qualquer de uma ferrovia: V = velocidade de projeto do trem (km/h); b = bitola da ferrovia (m); R = raio da curva horizontal (m) S = 𝟎, 𝟎𝟎𝟓𝟐. 𝒃.𝑽² 𝑹 b) Equação para obtenção do raio mínimo de curvas circulares em ferrovias Rmín = 𝒃.𝑽² 𝟏𝟐𝟕.𝑺𝒎 á𝒙 V = velocidade de projeto do trem (km/h); b = bitola da ferrovia (m); Smax = superelevação máxima (m) ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 5. VISIBILIDADE NAS CURVAS HORIZONTAIS 5.1 Considerações gerais acerca da visibilidade nas curvas - As curvas horizontais devem atender às condições mínimas de visibilidade, assegurando uma distância de visibilidade maior que a distância de visibilidade de parada. - Obstruções no interior das curvas horizontais podem limitar a visibilidade e requerer: a) Ajuste na seção transversal da estrada; b) Modificação no alinhamento da estrada ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 5.2 Cálculo do valor de M - É o afastamento mínimo do motorista para um obstáculo visual lateral, satisfazendo a distância de visibilidade de parada ou de ultrapassagem no interior da curva. Elementos geométricos envolvidos no cálculo do afastamento horizontal mínimo (M) A = veículo que percorre a pista; B = obstáculo na pista ao longo do percurso do olho do motorista; R = raio do percurso do olho do motorista; RC = raio da curva; O = centro da curva; ∝ = ângulo AÔB; M = afastamento horizontal mínimo para o obstáculo visual lateral (talude de corte); ou distância perpendicular da linha de percurso do olho do motorista ao obstáculo lateral ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares - Afastamento horizontal mínimo R = raio do percurso do olho do motorista (m); D = distância de visibilidade de parada ou de ultrapassagem (m); M = afastamento horizontal mínimo (m) M= 𝑫² 𝟖.𝑹 OBS: Considerar R = RC (raio da curva) ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares 6 TANGENTE MÍNIMA a) Tangente mínima para rodovias: é o comprimento mínimo da tangente entre duas curvas de curvaturas opostas. - Tem como função: a) Possibilitar a distribuição da superelevação; b) Facilitar a inscrição (ou inclusão) do veículo na curva. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares - Curvas com transição: não há necessidade de tangente mínima. - Curvas circulares cujos raios dispensam o uso de transição, adota-se tangente mínima de 40 m. b) Tangente mínima para ferrovias - Deve comportar com folga o maior trem que trafega na linha - Tangentes mínimas: a) 210 m, para curva circular horizontal simples e ferrovia de bitola larga; e b) 50 m, no caso de se usar curva de transição; este comprimento é suficiente para evitar torção nos trilhos causada pela mudança brusca de direção do trem. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais circulares b) CURVAS HORIZONTAIS DE TRANSIÇÃO ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição 1. INTRODUÇÃO - Ojbjetivo: assegurar conforto e segurança nas curvas, através da redução da variação brusca da aceleração centrífuga, com uso de curva de transição entre a tangente. - Com este tipo de curva, o raio de curvatura passa do valor infinito na tangente, para um valor finito na curva circular de forma gradativa e suave. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição 2. CURVAS DE TRANSIÇÃO: CARACTERÍSTICA, FUNÇÕES E TIPOS 2.1 Características das curvas de transição - Curvatura progressiva com raio variável. 2.2 Funções das curvas de transição a) Aumento gradual da aceleração centrífuga: do trecho reto para o trecho curvo. b) Trecho adequado para efetuar o giro da pista, até a superelevação. c) Condução a um traçado fluente para o tráfego e visualmente satisfatório (sem sustos) para os motoristas. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição 2.3 Tipos usuais de curva de transição - Vantagens da curva de transição: a) Cálculo mais fácil; b) Atendem melhor às exigências técnicas de um bom traçado, fornecendo segurança e conforto aos usuários. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição i) Curvas de transição mais comuns a) Clotóide ou espiral de Cornu: o raio instantâneo de curvatura (R) é inversamente proporcional ao comprimento da curva (L). b) Lemniscata de Bernouille: o raio instantâneo de curvatura (R) é inversamente proporcional ao raio vetor correspondente (p). c) Parábola cúbica: y = k.x³ x = abscissa de um ponto qualquer da curva y = ordenada de um ponto qualquer da curva k = coeficiente Aspecto das curvas de raio variável ou de transição mais usadas nos projetos geométricos de estradas OBS: A parábola cúbica é usada em ferrovias na Europa ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição ii) as horizontais que dispensam o uso de transição - DNIT: é dispensadoo uso de curvas de transição em função dos parâmetros: a) Velocidade de projeto ou diretriz; b) Raio da curva de concordância horizontal. - É dispensado o uso dessa curva quando a aceleração centrífuga é menor ou igual a 0,4 m/s². Valores-limite dos raios R acima para dispensa das curvas de transição ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição 3. ELEMENTOS GEOMÉTRICOS PARA O PROJETO E A LOCAÇÃO DA CURVA HORIZONTAL SIMÉTRICA COM ESPIRAIS DE TRANSIÇÃO - Dividida em: a) Parte inicial: curva espiral b) Parte central: curva circular c) Parte final: curva espiral ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição OBS: As duas espirais que formam a curva composta são simétricas em relação ao PI (ponto de interseção das tangentes). Elementos geométricos da curva horizontal simétrica com espirais de transição Curvas espirais Trecho circular Curvas espirais ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição 3.2 Cálculo dos elementos geométricos da curva horizontal simétrica com espirais de transição (Método do raio conservado) i) Considerações iniciais - É necessário o afastamento da curva circular em relação à tangente, que pode ser obtido por: a) Método do centro conservado: o raio RC é reduzido para RC-p, onde: RC é o raio da curva circular, e p é o afastamento da curva circular em relação à tangente. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição b) Método do raio conservado: o centro O da curva circular é afastado para o centro O’, e se conserva o raio (RC) da curva circular definido inicialmente. c) Método do raio e centro conservados: as tangentes são afastadas a uma distância p da curva circular. OBS: O método do raio conservado é o método MAIS USADO porque: a) Não altera o raio RC da curva circular; b) Não altera a posição das tangentes. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição ii) Cálculo do ângulo de transição (θS) θS = ângulo de transição (rad); LS = comprimento da espiral de transição (nos trechos entre os pontos TS e SC, ou entre os pontos CS e ST) (m); RC = raio da curva circular (m). iii) Cálculo da abscissa dos pontos SC e CS (XS) θS = ângulo de transição (rad); LS = comprimento da espiral de transição (nos trechos entre os pontos TS e SC, ou entre os pontos CS e ST) (m); XS = abscissa dos pontos SC e CS(m). ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição iv) Cálculo da ordenada dos pontos SC e CS (YS) θS = ângulo de transição (rad); LS = comprimento da espiral de transição (nos trechos entre os pontos TS e SC, ou entre os pontos CS e ST) (m); YS = ordenada dos pontos SC e CS(m). v) Cálculo da abscissa do centro O’ (k) k = abscissa do centro O’ (m); RC = raio da curva circular (m); θS = ângulo de transição (graus); XS = abscissa dos pontos SC e CS (m). ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição vi) Cálculo do afastamento da curva circular (p) RC = raio da curva circular (m); θS = ângulo de transição (graus); YS = ordenada dos pontos SC e CS (m); p = afastamento da curva circular (m) vii) Cálculo da tangente total (TT) TT = tangente total (m); k = abscissa do centro O’ (m); RC = raio da curva circular (m); p = afastamento da curva circular (m); D = deflexão das tangentes (graus). ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição viii) Cálculo da distância do PI à curva circular (E) p = afastamento da curva circular (m); ∆ = deflexão das tangentes (graus); RC = raio da curva circular (m); E = distância do PI ao ponto médio da curva circular (m). ix) Cálculo do desenvolvimento (ou comprimento) da curva circular (para o caso de espirais simétricas) ∆ = deflexão das tangentes (rad); θS = ângulo de transição (rad); Ф = ângulo central do trecho circular (rad); RC = raio da curva circular (m); D = desenvolvimento (ou comprimento) da curva circular (m) ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição Ф = ângulo central do trecho circular (graus); RC = raio da curva circular (m). - Para Ф em graus, o desenvolvimento é calculado por: OBS: a) O valor de D (desenvolvimento) não deverá ser negativo; b) Quando forem escolhidos LS muito grandes, pode acontecer que 2.θS>D, isto é, D < 0. Assim, os valores de LS devem ser diminuídos para que seja obtido D ≥ 0. Lembrando: Ф = fi, θ = teta e ∆ = delta. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição x) Estacas dos pontos notáveis da curva horizontal simétrica com espiral de transição E(TS) = estaca do ponto tangente-espiral; E(PI) = estaca do ponto de interseção das tangentes; [TT] = valor da tangente total em estacas; E(SC) = estaca do ponto espiral-circular; [LS] = valor do comprimento da espiral em estacas; E(CS) = estaca do ponto circular-espiral; [D] = valor do desenvolvimento em estacas; E(ST) = estaca do ponto espiral tangente ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição 3.3 Comprimento mínimo da curva de transição V = velocidade de projeto (km/h); RC = raio da curva circular (m); LSmin = comprimento mínimo da curva de transição (m). 3.4 Comprimento máximo da curva de transição RC = raio da curva circular (m); D = deflexão das tangentes (graus); e LSmax = comprimento máximo da curva de transição (m) ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição 3.5 Comprimento da curva de transição recomendado para projeto LS = comprimento da curva de transição (m); LSmin = comprimento mínimo da curva de transição (m); LSmax = comprimento máximo da curva de transição (m); RC = raio da curva circular (m); LS(NORMAL) = comprimento normal da curva de transição (m). 3.6 Comprimento das cordas de locação da curva horizontal com espirais de transição a) 5 metros: quando o raio de curvatura no trecho circular for menor que 100 m; b) 10 m: quando o raio de curvatura do trecho circular for maior ou igual a 100 m. ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição 4. LOCAÇÃO DA CURVA HORIZONTAL SIMÉTRICA COM ESPIRAIS DE TRANSIÇÃO (RAIO CONSERVADO) Elementos geométricos utilizados para locação da curva horizontal simétrica com espirais de transição ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição 4.1. Locação dos trechos correspondentes às curvas espirais Esquema de locação das espirais de transição ESTRADAS E PAVIMENTAÇÃO Curvas horizontais de transição Exemplo de uma caderneta de projeto e locação de uma curva horizontal simétrica com espirais de transição
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