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Fundamentos de Bioquímica Unidade 6: Metabolismo dos Carboidratos Aula 10: gliconeogênese Em estado de jejum de curto e médio prazo, para manter a glicemia ocorre: Liberação de hormônios como o glucagon e a adrenalina promovem a degradação do glicogênio hepático por ativar a enzima glicogênio fosforilase ao mesmo tempo em que a enzima glicogênio sintase encontra-se inibida • PQ Somente glicogênio hepático contribui para a glicemia de jejum? → Tecido muscular não apresenta receptores de glucagon, portanto não sendo alvo para a ação desse hormônio Jejum prolongado O conteúdo hepático de glicogênio, que representa em geral, menos de 1% do peso corporal total de um indivíduo, é completamente esgotado Essa via requer substratos não glicídicos para a formação de glicose; é um processo quase exclusivamente hepático e em menor extensão renal, capaz de transformar alguns aminoácidos, lactato e glicerol em moléculas de glicose, que são exportadas para o plasma a fim de manter a glicemia Dessa forma, a manutenção da glicemia depende de uma nova via metabólica, chamada de gliconeogênese ou neoglicogênese: Gliconeogênese Situações em que pode ocorrer: • há necessidade de manutenção de energia pela falta de glicose intracelular ; • em estado de fome prolongada ou fome celular como na patologia diabetes; Fundamentos de Bioquímica Destinos metabólicos do piruvato Após a transformação da glicose a piruvato, este pode seguir dois rumos principais: 1. Finalizar o ciclo anaeróbico 2. Entrar no ciclo do ácido cítrico INTRODUÇÃO • Glicólise → Glicose é oxidada a 2 moléculas de piruvato e como saldo temos 2 ATP e 2 NADH. Os 2 NADH vão para a cadeia respiratória e serão transformados em ATP. • Piruvato → precisa seguir sendo oxidado para retirarmos toda a energia contida em sua molécula; Como isso vai acontecer e onde vai acontecer? Ciclo de Krebs, na mitocôndria (cristas mitocondriais); Ciclo de Krebs Diversos compostos podem alimentar o ciclo de Krebs: • Glicose: via glicólise produz o piruvato • Aminoácidos: vão sendo degradados e parte da cadeia pode servir como intermediários; • Ácidos graxos; O piruvato para que possa entrar no ciclo, precisa ser convertido em uma molécula ativa: Acetil-Coa Transporte e Descarboxilação do piruvato • O piruvato é formado no citosol e o ciclo de Krebs ocorre na matriz mitocondrial! • Piruvato deve ser transportado pelas membranas através da proteína transportadora; • Dentro da matriz mitocondrial, o piruvato sofre ação do complexo piruvato desidrogenase (PDH), que vai converter o piruvato em Acetil-CoA → liberação de CO₂ pela descarboxilação e formação de NADH Complexo da piruvato desidrogenase (PDH) • O complexo é formado por três enzimas e para que o complexo funcione, é necessário 5 coenzimas Deficiência dessas vitaminas → o organismo sofrerá com deficiência de energia, uma vez que o piruvato não será completamente oxidado em acetil- Coa Lesão bioquímica Avitaminose de B1 – Beriberi A deficiência de B1 (tiamina) causa deficiência de tiamina pirofosfato Sem B1, a piruvato desidrogenase não é capaz de ligar o grupamento acetil, portanto há inibição da primeira fase da descarboxilação do ácido pirúvico Consequência: aumento da concentração de ácido pirúvico e ácido lático no sangue; Diminuição de ATP: células que estão em constante divisão celular, como os neurônios sofrem! fraqueza muscular, problemas gastrointestinais e dificuldades respiratórias, problemas neurológicos Funções do ciclo de Krebs Oxidar acetil-CoA em dióxido de carbono e água → fornecendo assim elétrons para a cadeia respiratória Vai gerar ATP de forma direta (GTP) e indireta ( FADH e NADH); Vai gerar intermediários precursores de compostos bioquimicamente importantes Vias de desgaste • O ciclo serve também para produzir outros compostos a partir dos seus intermediários; • Ex. O citrato (primeiro composto do ciclo) serve para a síntese de ácidos graxos Destinos dos cofatores produzidos no ciclo • CoA: é regenerada para ser novamente utilizada na descarboxilação oxidativa do piruvato; • NADH e FADH₂ vão para a cadeia transportadora de elétrons, para doar seus elétrons; • CO₂ : Eliminado no ambiente; • GTP: consumido nos processos que gastam energia Cadeia respiratória Também chamada de fosforilação oxidativa, a cadeia respiratória é a terceira etapa ( etapa final) da respiração celular ou aeróbica, e ocorre na membrana interna da mitocôndria Cadeia respiratória Relembrando : NAD e FAD são aceptores intermediários de Hidrogênio: primeiro eles retiram nas diversas etapas da respiração e , depois, os cedem ao oxigênio, o aceptor final dos hidrogênios. Cadeia respiratória • Consiste numa série de reações onde as moléculas que transportam os hidrogênios e os elétrons, vão se dissociando por enzimas localizadas na membrana interna; • Os Hidrogênios removidos pelo NAD e FADH se combinam com o oxigênio. No entanto, na mitocôndria, essa combinação deve acontecer indiretamente, para evitar a liberação de muita energia, o que seria prejudicial a célula: Em cada etapa, uma pequena quantidade de energia é liberada, na forma de ATP Cadeia respiratória • Por que morremos sem oxigênio? • Sem oxigênio, param as cadeias respiratórias nos tecidos. Os citocromos, não tendo como descarregar seus elétrons, também param de retirá-los dos degraus superiores. Assim, fica bloqueado o fluxo de elétrons ao longo das cadeias respiratórias, que param de produzir ATP. Na falta de ATP as células morrem! • EXEMPLO: veneno cianeto: • Quando o cianeto é fornecido as células vivas, ele se combina rapidamente com os citocromos da cadeia, bloqueando o transporte de elétrons e parando, portanto, a produção de ATP!
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