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PAPER DE HISTÓRIA UNIASSELVI - OS DIREITOS TRABALHISTAS NO BRASIL

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3
OS DIREITOS TRABALHISTAS NO BRASIL
Juliana Lopes da Silva¹
 Guilherme Machado de Souza
 Enrique Vinicius Tiecher Puebla
Alexandra Rodrigues de Souza Alves²
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo destacar os direitos trabalhistas no Brasil. Atualmente se trava um debate em relação à manutenção desses direitos. Ao olhar para o passado e refazer o caminho trilhado na garantia dessas vantagens, observa-se seu valor e atribui-se a devida importância de garantir condições salubres ao trabalhador, assegurar jornada justa e salário digno, além de 13º salário, férias e outros benefícios. Para tanto, fez-se uma pesquisa bibliográfica sobre o tema e através disso pode-se analisar a importância da análise histórica na perspectiva contemporânea de discussão dos direitos trabalhistas no Brasil.
Palavras-chave: Direito Históricos. História Trabalhista. Getúlio Vargas.
1. INTRODUÇÃO
Atualmente se discute no Brasil sobre direitos sociais e previdenciários. No tempo em que se debate sobre possíveis alterações e mudanças nessas leis, busca-se saber, qual a origem desses direitos e em que contexto foram criados e, sobretudo para qual finalidade. Compreende-se que a forma de trabalho do homem sofreu profundas alterações a partir da Revolução Industrial, antes um trabalho voltado basicamente para sua subsistência agora, passa a ser desenvolvido dentro das indústrias, que não tinham condições salubres de trabalho, com jornadas extenuantes, sem garantias à mulher, envolvendo trabalho infantil e análogo a escravo. 
Sendo assim, busca-se: analisar o surgimento do Direito Trabalhista no Brasil na Era Vargas; aprofundar o estudo a respeito da legislação trabalhista brasileira; investigar as recentes mudanças e propostas de alteração na legislação trabalhista brasileira.
A fim de contemplar os objetivos desse estudo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica, baseada em: livros, artigos, revistas e legislações que versam sobre o tema. A análise se deu de forma interpretativa.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A partir da Revolução Industrial onde houve migração dos trabalhadores do campo para as cidades, fazendo com que se criassem conglomerados humanos, sendo que muitos desses trabalhadores vinham morar no mesmo local de trabalho, sem nenhuma salubridade, segurança, com jornadas extenuantes – era o trabalho degradante. De acordo com Turolla (2017), as condições de vida de um operário eram degradantes, ele ainda refere que “estavam expostos à fome e aos mais diversos tipos de doenças (como a cólera e o tifo, personagens de grandes epidemias do século XIX)”. As cidades eram desprovidas de saneamento básico: esgotos corriam a céu aberto e homens, mulheres e crianças dividiam espaço com infestação de ratos, diversos insetos e outras pragas. Não raro, duas ou mais famílias dividiam um quarto nas vilas operárias, que serviam tanto para abrigar os trabalhadores quanto para garantir a dependência destes em relação ao patronato, visto que as vilas eram de propriedade dos grandes proprietários (TUROLLA, 2017).
O operário encontrava tudo isso após uma jornada exaustiva de trabalho (por vezes, de 16 horas), em condições insalubres, que levavam a graves problemas físicos. Muitos trabalhadores com menos de 30 anos se tornavam inaptos para o trabalho graças a sequelas deixadas por anos de aspiração de pó de carvão, por exemplo. Na grande maioria das vezes, essa atividade sequer lhes garantia o mínimo para suprir suas necessidades básicas. Mulheres e crianças trabalhavam em regimes parecidos e ganhavam menos, o que deixava a produção mais barata e aumentava os lucros. Em contrapartida, isso gerava desemprego entre homens adultos. Essa situação contrastava com a gigantesca riqueza gerada na época (TUROLLA, 2017).
A história da exploração do trabalho no Brasil teve início com a chegada dos portugueses, em 1500, a partir do momento em que começaram a escravizar os povos indígenas. Mais tarde, com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI, os portugueses trouxeram para trabalhar nos engenhos de açúcar do Nordeste os africanos como escravos. Somente com o surgimento da Lei Áurea, em 1888, que o trabalho livre foi repensado. Todavia, esses “negros livres” não tinham direitos e garantias, fazendo com que muitos retornassem aos seus antigos patrões e ficassem trabalhando por qualquer valor, sem um salário e condições dignas de trabalho (SANTOS, et al., 2019).
Diante dessa situação de condições péssimas de trabalho, salários injustos, condição semelhante à escravidão, começaram as primeiras leis trabalhistas no fim do século XIX, como por exemplo, a que tratava da regulamentação do trabalho de menores nas fábricas, por meio do Decreto nº 1.313, de 1891. Com a Proclamação da República (1889) até o ano de 1922 houve a criação dos Tribunais Rurais de São Paulo, um dos principais instrumentos para resolver os problemas trabalhistas no país. Além da organização dos primeiros sindicatos que auxiliariam os trabalhadores na busca pelos seus direitos (SANTOS, et al., 2019).
Em 1903 surge a lei de sindicalização rural e em 1907 a lei que regulou a sindicalização de todas as profissões. A primeira tentativa de formação de um Código do Trabalho, de Maurício de Lacerda, ocorre em 1917. No ano seguinte foi criado o Departamento Nacional do Trabalho. E em 1923 surgia, no âmbito do então Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, o Conselho Nacional do Trabalho. Mas foi após a Revolução de 1930, com a subida ao poder de Getúlio Vargas, que a Justiça do Trabalho e a proteção dos direitos dos trabalhadores realmente despontaram (MARINGONI, 2013).
2.1 SURGIMENTO DO DIREITO TRABALHISTA NO BRASIL – ERA VARGAS
O governo brasileiro passou a buscar o equilíbrio entre os elos que formam a corrente do capital industrial a partir do governo Vargas, com a Constituição de 1934. Nela estavam previstos direitos trabalhistas como salário mínimo, jornada de trabalho de 8 horas, repouso semanal, férias remuneradas e assistência médica e sanitária. Fica exposto nessas ações que as leis do trabalho não eram apenas do trabalho, eram também sociais (TUROLLA, 2017). As leis trabalhistas da Era Vargas, como também são chamadas, levaram 13 anos de desenvolvimento, e buscavam garantir uma série de seguranças e regulamentações na relação entre empregadores e empregados.
A instauração do Estado Novo permitiu a Vargas levar adiante e sistematizar, à sua maneira, a política social iniciada no começo da década de 1930. Retiraram-se de cena as forças político-sociais que nos anos que antecederam o golpe de 1937 lutavam no Congresso e nos sindicatos contra a tutela do Ministério do Trabalho e seu projeto de unidade sindical. Novas leis foram editadas, com o objetivo de consolidar no país uma estrutura sindical baseada no corporativismo. Fortaleceu-se enfim o Ministério do Trabalho, que, com o decorrer do tempo, se transformou em um órgão político estratégico para a construção da imagem de Vargas como o "pai dos pobres", amigo e protetor dos trabalhadores (FGV, 2019).
Conforme refere Turolla (2017), em 1º de maio de 1943, foi promulgada a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O contexto tinha por pano de fundo a instituição do Estado Novo, por Getulio Vargas, personificando a figura de “pai dos pobres”. O país passava por uma fase de desenvolvimento, fazendo com o número de trabalhadores aumentasse, bem como as suas reivindicações. Assim, foi preciso unificar as leis do trabalho, sendo que a CLT garantiu parte das demandas dos trabalhadores. Leis posteriores garantiriam também 13º salário, repouso semanal remunerado e outras conquistas importantes para os trabalhadores (TUROLLA, 2017).
Paoli; Sader; Telles (1984, p.132):
Foi só ao iniciar a década dos 60 que a classe operária se tornou objeto de reflexão sistemática no Brasil. Examinando os desajustamentos dos trabalhadoresna sociedade industrial, a falta de consciência de classe do proletariado, o estabelecimento de um sindicalismo operário controlado pelo Estado.
Até então, as preocupações com a saúde do trabalhador, direitos dos mesmos, bem como obrigações patronais eram poucas e limitadas.
De acordo com Silva (2015, p.225): 
O trabalho em si era monótono, repetitivo e embrutecedor, pois não permitia nenhuma tarefa intelectual ou criativa. A duração do trabalho podia chegar até 16 horas diárias, sem contar os intervalos para as refeições. As máquinas foram paulatinamente eliminando o operariado adulto das fábricas, que ia sendo substituído por mulheres e crianças que, além de mais hábeis na lida com a maquinaria, eram mais rentáveis, haja vista que, em decorrência da dominação masculina e patriarcal que imperava na sociedade inglesa, recebiam salários bem abaixo dos pagos ao operário adulto do sexo masculino. A violência era usada ocasionalmente contra os operários, sobretudo contra as crianças. Os capitalistas exploravam o trabalho ao máximo, criando jornadas noturnas, o que fazia com que algumas fábricas funcionassem ininterruptamente.
A inspiração para as medidas de Vargas provinha do modelo de Estado corporativo desenvolvido pelo líder do fascismo italiano, Benito Mussolini. Foi com a Carta do Trabalho (Carta del Lavoro), de 1927, que Mussolini conseguiu controlar os sindicatos de operários e manter afastada a possibilidade de insurgência de viés comunista ou anarquista – muito frequentes na Itália no início do século XX. A Carta do Trabalho influenciou não só o Brasil, mas também a Turquia e Portugal (SCHAWRCZ; STARLING, 2015, p.322).
2.2 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA BRASILEIRA
Turolla (2017) refere que as conquistas sociais em relação ao trabalho no Brasil são tardias, devido ao desligamento com a escravidão também ter sido tardio. Porém, já no final do século XIX, havia movimentos no sentido de garantir avanços legais, como a Fundação da Liga Operária no Rio de Janeiro e a lei que proibia o trabalho para menores de 12 anos. No começo do século XX, assistimos ao estabelecimento de normas que previam férias (15 dias por ano) e alguns tipos de direito em relação aos acidentes de trabalho. A criação destas leis foram impulsionadas pela abolição da escravidão, que trouxe um novo viés trabalhista e econômico para o país.
A Consolidação de Leis Trabalhistas no Brasil visa entre muitas outras garantias, definir a jornada máxima de horas de trabalho diárias, sendo que uma semana de trabalho, no entanto, pode ter no máximo 44 horas de produtividade. Garantem ao trabalhador, 30 dias de férias a cada 12 meses de exercício de sua contratação.
Ainda a legislação regulamenta o tempo máximo de produtividade que um empregado pode dedicar à empresa, tenta garantir que não haja abusos sobre a mão de obra, regulando a forma de controlar a entrada e a saída dos funcionários de maneira transparente.
Em relação à hora extra, caso o acordo de horas a serem trabalhadas tenha alguma sobrecarga, a CLT também regula o funcionamento das horas extras que empregados podem executar. Leis trabalhistas de regulamentação das horas extra são medidas de proteção à saúde dos trabalhadores, e uma remuneração mais justa pelo esforço realizado além do horário para o qual é pago.
A licença maternidade é mais uma das garantias da CLT, voltada às trabalhadoras em período de gestação, e oferece à futura mãe de quatro a seis meses de afastamento remunerado após o nascimento da criança. Havendo ainda o período de estabilidade, no qual a mulher não pode ser demitida desde o princípio da gravidez até após 4 meses do parto realizado. Outros benefícios da mesma categoria garantem folga aos pais, ou a pais e mães adotivos, de forma a proteger a família e a empresa nestas circunstâncias de novas prioridades.
Todavia, em face das atualizações que a lei vem sofrendo desde sua criação, em 2017, houveram significativas mudanças na mesma, fazendo-se refletir e questionar se essas mudanças vinham para beneficiar de fato os trabalhadores ou retirar-lhe direitos e garantias já adquiridas.
2.3 AS RECENTES MUDANÇAS E ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA BRASILEIRA E SEUS ENCARGOS
Desde 1943, a CLT sofreu uma série de modificações. Por meio da Lei no 13.467, de 13 de julho de 2017, as mudanças foram profundas. A lei, amplamente reconhecida como reforma trabalhista, altera, cria ou revoga mais de cem artigos e parágrafos da CLT. Mudanças de tamanha magnitude dificultam a tarefa de se antever seus impactos.
Um dos pontos centrais da reforma é a introdução do Artigo 611-A na CLT, que trata justamente de que acordos coletivos têm prevalência sobre a lei, visando flexibilizar os dispositivos sobre a jornada de trabalho e sobre a remuneração. O Artigo 611-A já permite que sejam negociados acordos que flexibilizem a jornada de trabalho, o uso do banco de horas, permite reduzir o intervalo em jornadas de mais de seis horas de uma para meia hora e ampliar a jornada em ambientes insalubres (CARVALHO, 2017).
Segundo descreve Carvalho (2017), o banco de horas, que hoje necessita de acordo coletivo, para todos os trabalhadores, sofre alteração, legalizando a jornada 12-36 (doze horas consecutivas de trabalho seguidas de trinta e seis de repouso) para qualquer trabalhador, excluindo inclusive a necessidade de licença prévia do Ministério do Trabalho (MTb) para atividades insalubres.
Ainda destaca-se nessa mudança, a criação do chamado trabalho intermitente, porém de maneira muito vaga. Diante disso Campos et al. (2017) citado por Carvalho (2017, p.89):
[...] discutem como a reforma poderá impactar a produtividade, sendo um dos principais pontos a forma como a valorização da negociação coletiva, a representação dos trabalhadores na empresa e o fim da contribuição sindical (gerando melhores sindicatos) podem levar a um melhor diálogo entre os trabalhadores e a empresa, elevando a duração dos vínculos e aprimorando condições e relações de trabalho.
 Nesse sentido, Carvalho (2017, p.91) avalia e comenta que a busca para diminuir os custo patronais e formalização, de fato não ocorrera pois se realmente avessem ganhos ou perdas isso dependerá quase que em sua maioria pelo atributos da representação coletiva dos trabalhadores, mas ao mesmo tempo em que soma grande peso à negociações coletivas, a reforma contém diversos pontos que enfraquecem o poder de barganhar dos trabalhadores e sindicâncias e não se atentou a atacar os reais problemas que existem na legislação sobre a representação coletiva dos trabalhadores. Há um consenso sendo formado “de que firmas informais possuem baixíssima produtividade, sendo geridas em sua maioria por empreendedores pouco qualificados” tem a tendência em permanecerem informais por toda a sua existência. 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
Na elaboração deste estudo, aplicou-se uma pesquisa bibliográfica. Com análise interpretativa. 
[...] é tomar uma posição própria a respeito das idéias enunciadas, é superar a estrita mensagem do texto, é ler na entrelinhas, é forçar o autor a um diálogo, é explorar a fecundidade das idéias expostas,é cotejá-las com outros, é dialogar com o autor [...] (SEVERINO, 2007, p.94).
Foram selecionados livros, revistas e artigos escritos em português que atendessem a proposta de estudo que refere-se à história dos direitos trabalhistas no Brasil. 
Primeiramente foram selecionados livros e artigos, bem como legislações a respeito do tema. Em seguida, o grupo se reuniu para destacar os pontos mais importantes e definiu os subcapítulos, que foram definidos que seriam utilizados como fonte de pesquisa também os sites institucionais, como FGV, IPEA e Justiça do Trabalho como forma de enriquecer as fontes de pesquisa.
FIGURA 1 - MALHARIA, SÃO PAULO, ANOS 1920
Fonte: IPEA, 2013.
A figura destaca uma malharia, em São Paulo, nos anos 1920, conforme o IPEA (2013), nessa indústria, os trabalhadores não tinham descanso semanal, férias ou horário definido.
Atualmente “Mais difícil de ser comprovado do que o acidente, o adoecimentoem virtude do trabalho gerou discussões fundamentais para consolidar uma proteção social mais ampla ao trabalhador incapacitado” (SILVA, 2015, p.234). Sendo assim, os cuidados com a saúde e segurança do trabalhador, bem como assegurar sua garantia de direitos, faz necessário.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Carvalho (2017, p.92) indaga o que predominará? “A formalização de trabalhos precários ou a precarização de trabalhos formais”? Isso dependerá mais do impacto sobre a produtividade e a economia de modo geral do que da flexibilização em si só.
Refere Maringoni (2013) que:
Se os anos 1980 assinalaram um notável desenvolvimento da democracia, a década de 1990 representa a reversão dessa tendência. Ao longo daqueles anos, um acelerado processo de privatizações, de redução do papel social do Estado e de desregulamentação iria resultar em desaceleração econômica e alta exponencial do desemprego.
Sendo assim, no desenrolar da história, conforme as características de cada governo, as ações públicas sofrem influencia de igual forma. No entanto, fica a reflexão de olhar para os avanços e lutas travadas e avançar na conquista dos direitos trabalhistas. “Ela interessa não apenas aos trabalhadores, mas a todos os que se batem pela ampliação do mercado interno e por uma convivência mais harmônica e democrática entre os brasileiros” (MARINGONI, 2012).
5. CONCLUSÕES
Conclui-se este estudo observando o aspecto histórico e social que os direitos trabalhistas representam. Somente ao olhar para o passado e compreender a luta que foi travada para assegurar os direitos que existem até então, não poderá ser deixada de lado. Pois foi a duras penas que direitos puderam ser assegurados.
Devemos sempre ter um olhar critico no que se refere a questão trabalhista no Brasil, fazer valer as conquistas de nossos antepassados, que graças a constantes lutas por direitos trabalhistas obterão uma legislação e um amparo para o trabalhador, tornando-se um passo fundamental para o desenvolvimento da sociedade brasileira. 
Hoje em troca de mais dinheiro e ganância, as vidas humanas não podem se consumir atrás de uma máquina. As jornadas extenuantes de outrora, não podem retornar com outro nome, a custa de “geração de emprego”. O capital pode ser cruel, somente a reflexão histórica e a educação pela liberdade podem garantir que atrocidades passadas não venham a se repetir nos dias de hoje, tampouco no futuro. Escravidão nunca mais!
REFERÊNCIAS
CARVALHO, Sandro Sacchet de. Uma visão geral sobre a Reforma Trabalhista. In: Rev.Política em Foco, IPEA, Ed.63 | out. 2017. Disponível em: http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/8130/1/bmt_63_vis%C3%A3o.pdf.Acesso em: 13 mar. 2019.
FGV. A Era Vargas: dos anos 20 a 1945. Disponível em: 
https://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos37-45/DireitosSociaisTrabalhistas
Acesso em: 14 mar. 2019.
MARINGONE, Gilberto. A longa jornada dos direitos trabalhistas. In. Ver. Desafios do Desenvolvimento, Ano 10. Edição 76 - 25/02/2013. Disponível em:
http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&view=article&id=2909:catid=28&Itemid=23. Acesso em: 18 mar. 2019.
PAOLI, M. C., SADER,E.; TELLES, V. S. Pensando a classe operária: os trabalhadores no imaginário acadêmico. In: Revista Brasileira de História, n. 1. 1984. Disponível em: https://www.anpuh.org/arquivo/download?ID_ARQUIVO=1721.Acesso em: 18 mar. 2019.
SANTOS, Lorena Rodrigues dos, et al. Direito Trabalhista. Canoas/RS, 2019. Disponível em: http://direito-trabalhista.info/direitos-do-trabalhador/jornada-de-trabalho.html. Acesso em: 19 mar. 2019.
SCHAWRCZ, Lilia M.; STARLING, Heloisa M. Brasil: Uma Biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
SILVA, ABRB. Acidentes, adoecimento e morte no trabalho como tema de estudo da História. In: OLIVEIRA, TB., org. Trabalho e trabalhadores no Nordeste: análises e perspectivas de pesquisas históricas em Alagoas, Pernambuco e Paraíba [online]. Campina Grande: EDUEPB, 2015, pp. 215-240. ISBN 978-85-7879-333-3.
TUROLLA, Rodolfo. Uma breve história dos direitos trabalhistas. In: Guia do Estudante, 15 mar 2017. Disponível em: https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/uma-breve-historia-dos-direitos-trabalhistas/. Acesso em: 19 mar. 2019.
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I - dd/mm/aa

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