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GESTÃO EMPRESARIAL COM FOCO NAS PRÁTICAS TRABALHISTAS BRASILEIRAS Adelmo Inocencio¹ Bruna Pereira da Silva¹ Fernando Lima Junior¹ Laura Eloisa Wolff¹ Melissa Oliveira¹ Jonhy Casado² Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Bacharelado em Ciências Contábeis (CTB100) – Seminário Interdisciplinar 20/11/2021 RESUMO Práticas trabalhistas são processos que geram direitos e deveres entre os sujeitos pelo vínculo do trabalho. As regras e princípios que regulam as relações entre as empresas, empregados e poder público obrigatoriamente são as fontes para orientação das práticas trabalhistas no Brasil. Há anos os agentes produtivos sofreram pela falta de atendimento às condições de trabalho dignas, embora isso tenha acontecido, as cartas constitucionais de 1934 e de 1937 inseriram no mundo jurídico as mudanças dessas condições que, além de outras, foram efetuadas também pela CLT e para formação em legislação trabalhista todas tiveram ritos ordinários legais e precisarão passar pelos mesmos ritos para alteração exigindo-se que, para reduzir ou suprimir determinados direitos, não se faça simplesmente por convenção ou acordo coletivo. Palavras-chave: Práticas trabalhistas. Condições de trabalho dignas. Reduzir ou suprimir determinados direitos. 1. INTRODUÇÃO Práticas trabalhistas são processos referentes a empregados, empregadores e poder público, podendo até envolver outros particulares (ex.: viúva de trabalhador falecido em acidente do trabalho), que geram entre estes direitos e deveres pelo vínculo do trabalho. 1 Nome dos acadêmicos 2 Nome do Professor tutor externo Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Bacharelado em Ciências Contábeis (CTB100) - Seminário Interdisciplinar - 20/11/2021 2 O conjunto de leis trabalhistas constituídas como regras e princípios que regulam as relações entre as empresas, empregados, poder público e particulares no Brasil, estabilizadas nas normas trabalhistas estabelecidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), pelas instruções normativas e portarias do Ministério do Trabalho e Previdência – MTP e do INSS, bem como por leis esparsas, súmulas e orientações jurisprudenciais dos Tribunais Superiores e demais entidades ou órgãos oficiais, formam o mapa a ser seguido pelos agentes envolvidos nessas relações e obrigatoriamente são as fontes para orientação das práticas trabalhistas no Brasil. Durante vários anos os agentes produtivos que ofertavam suas mãos de obra para o patronato sofreram pela falta de atendimento às condições de trabalho dignas, posteriormente garantidas a todos os atuais trabalhadores. A Constituição 1934 instituiu o salário mínimo, a jornada de trabalho de oito horas, o repouso semanal, as férias anuais remuneradas e a indenização por dispensa sem justa causa. No entanto, mesmo representando o início de uma nova fase na vida do país, a Constituição de 1934 vigorou por pouco tempo sendo substituída pela Constituição de 1937 em 10 de novembro do mesmo ano. Assim, as mudanças para resultar nas condições que se usufruem atualmente não pararam por aí, mas foram inseridas no mundo jurídico também pela CLT, pois antes dela, os trabalhadores não se associavam e não eram cidadãos, eram apenas um fator produtivo, manejado pelos empresários segundo suas conveniências. Atualmente a legislação trabalhista exige idade mínima para inserção de pessoas no trabalho, fiscalização de determinadas profissões pelo respectivo conselho profissional, remuneração regulamentada, contratos com prazos legais, ambiente de trabalho seguro, entre outros. Tendo sido estabelecidos com ritos ordinários legais tais preceitos para serem suprimidos ou reduzidos também precisarão passar pelos mesmos ritos e jamais poderão ser acordadas em convenções ou acordos sindicais e patronais normas que visem suprimir ou reduzir direitos que, além de outros são: Proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 anos e de qualquer trabalho a menores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos; Liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br 3 coletivo de trabalho e Normas de saúde, higiene e segurança do trabalho previstas em lei ou em normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho. Sendo assim, baseamo-nos nas diretrizes acima expostas, para discorrer sobre as práticas trabalhistas brasileiras, sua contribuição para uma boa gestão empresarial e as consequências para empresa quando esta não se enquadra nas disposições das referidas leis no contexto situacional vivido pelo trabalhador contemporâneo. 2. FUNDAMETAÇÃO TEÓRICA Sobre práticas trabalhistas, podemos observar na história que sempre houve, mesmo não havendo legislação sobre tal, o trabalho escravo era o que existia muito antigamente. O termo trabalho, que antigamente possuía o sentido de dor e sofrimento, derivou-se de tripálio (latim: tripálium), que por si, se tratava de um instrumento agrícola para tratar o trigo e as espigas de milho, este também com a derivação romana, que era um instrumento utilizado na tortura de escravos, pela qual, acabou-se mudando o seu sentido. Também do latim derivou-se a palavra trabalhar (latim: tripaliare, ato de torturar alguém), que no sentido atual nos traz a boa mão de obra. Em se tratando de legislação, o surgimento dela deu-se na época citada anteriormente, na era da escravidão, no século XIX, porém o Brasil ainda prorrogou a abolição por mais 80 anos. Nestas 8 décadas os passos para a liberdade do trabalho começaram, em 1850 com a Lei Eusébio de Queiróz, abolindo o comércio internacional de escravos para o Brasil, em 1871 com a Lei do Ventre Livre, onde era determinada a libertação de nascituros, a matrícula de escravos, a proibição da separação familiar de escravos, entre outros regulamentos quanto ao assunto, em 1880 houve um grande movimento abolicionista, na capital (do Brasil, da época), em 1884, foi abolida a escravidão no Ceará, em 1885, surgiu um regulamento na Câmara dos Deputados para a libertação de escravos a partir de 60 anos, conhecida como a Lei dos Sexagenários, em 1887 houve grandes fugas em massa forçando os senhores a libertarem os escravos firmando contrato de trabalho, em 1888 com alguns erros e por fim o acerto, foi decretado: A lei n. 3.353, de 13 de maio de 1888, talvez seja o mais breve e famoso ato legal da história do Brasil. Mais conhecida como Lei Áurea, possui apenas dois artigos: 4 “Art. 1º: É declarada extinta, desde a data desta Lei, a escravidão no Brasil. Art. 2º: Revogam-se as disposições em contrário. ” (BRASIL, 1888, apud GLABER, 2015) A partir de então, começaram a surgir as discussões sobre o Direito Trabalhista. Com a Primeira Revolução Industrial, no século XVIII, apareceram as famosas máquinas a vapor, gerando uma grande mudança no aspecto socioeconômico na vida dos trabalhadores, trazendo um deslocamento em massa do meio rural para a cidade e fazendo com que houvesse uma concentração de pessoas nas cidades, excesso de mão de obras e desemprego. Com isso, as condições de trabalho precárias, estava na mão dos empregadores, pois faziam o que queriam. Mulheres e crianças, trabalhando com a mesma carga horária dos homens, de até 18 horas por dia, sendo agravado com o salário que não chegava nem a metade do deles. No tocante à segurança, mutilações, explosões, danos físicos diários aos trabalhadores eram normais. Enfim, até então os trabalhadores eram vistos como partes do sistema, só tinham que produzir e produzir. Com todo esse pouco caso ao trabalhador, estes começaram a se movimentar em favor de condições mais favoráveis para a execução dos trabalhos.Foi quando surgiu a luta pela classe trabalhadora dando fundação aos conhecidos sindicatos. De acordo com José Cairo Júnior (2013), “as primeiras leis tratavam de redução da jornada de trabalho, da proibição do trabalho de menores e mulheres em locais insalubres, da fixação de um salário mínimo, dentre outros fatores. ” Então, só no final do século XIX, foi que timidamente, começou a surgir normas de proteção aos trabalhadores. Em 1891, o Decreto nº 1.313 regulamentou o trabalho de menores. De 1903 é a lei de sindicalização rural e de 1907 a lei que regulou a sindicalização de todas as profissões. A primeira tentativa de formação de um Código do Trabalho, de Maurício de Lacerda, é de 1917. No ano seguinte foi criado o Departamento Nacional do Trabalho. E em 1923 surgia, no âmbito do então Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio, o Conselho Nacional do Trabalho. (TRT da 24ª REGIÃO, 2013) Após a Revolução de 30, é que realmente surgiu a tão sonhada justiça em prol dos trabalhadores. Este golpe de estado, foi quem deu a possibilidade da entrada de Getúlio Vargas à Presidência do Brasil, despontando a Justiça do Trabalho. Conforme o TRT da 24ª Região (2013), “em 26 de novembro daquele ano, por meio do Decreto nº 19.433, foi criado o Ministério do Trabalho. ” http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/112796/decreto-1313-94 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/200334/decreto-19433-82 5 A Constituição Trabalhista de 1934 trouxe benefícios aos trabalhadores, como fixação da jornada de trabalho em 8 horas diárias, descansos, pausas, indenizações, férias e salário mínimo. As instituições sindicais passaram a possuir autonomia para atuarem. Em 1937 vieram mais benefícios Constitucionais. Em 1967, o surgimento da legislação sobre o trabalho temporário, proibição de greve de servidores públicos, direito à participação nos lucros e resultados das empresas, limitação da idade mínima em 12 anos com proibição do trabalho noturno, aposentadoria a mulher com 30 anos de trabalho. Em 1986, o direito ao seguro desemprego. Dentre os muitos avanços propostos pela Constituição Cidadã, como foi denominada, destaca-se a proteção contra a despedida arbitrária, ou sem justa causa; piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho prestado; licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias, licença-paternidade; irredutibilidade salarial e limitação da jornada de trabalho para 8 horas diárias e 44 semanais. Destaque-se, também, a proibição de qualquer tipo de discriminação quanto a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência. (TRT da 24ª Região, 2013) A Gestão Empresarial, se dá através do setor de Recursos Humanos, que por sua vez observa toda a história dos Direitos Trabalhistas. Toda decisão gerencial depende de resultados, o que, se dá através dos operadores, que por sua vez tem seus direitos resguardados por um pensamento humanístico que vem se amadurecendo ao longo da história, desde a época da escravatura. Gestão de Recursos Humanos é a administração estratégica do RH responsável por alinhar os objetivos organizacionais com a satisfação dos funcionários de uma empresa. A gestão de RH utiliza diferentes técnicas de Gestão de pessoas e Administração para atingir esse propósito. Para a Gestão de Recursos Humanos, as pessoas são o principal ativo em uma organização. Não por acaso, manter um bom relacionamento com clientes externos e internos deve ser o principal foco de uma empresa que quer conquistar e conservar o seu lugar no mercado. Uma corporação que consegue se destacar com uma boa marca empregadora e oferecer uma experiência de candidato incrível nos processos seletivos, com certeza será um destaque também para possíveis clientes, ampliando suas possibilidades de negócios. (DIAS, 2021) Tendo em vista a extensão do assunto, abordaremos alguns exemplos de direitos trabalhistas, previstos em CLT e logicamente obrigados por lei e alguns benefícios que por sua vez não previsto em CLT, porém obrigados desde que acordados em sindicatos e contratos trabalhistas, ambos, os empregadores têm a opção de não descontar ou de descontar das folhas de pagamentos valores previstos e acordados. Estes, foram conquistados ao longo de toda a trajetória da regulação e justiça http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988 https://www.gupy.io/blog/employer-branding https://www.gupy.io/blog/employer-branding 6 do trabalho, tornando assim um assunto de Gestão Empresarial com foco nas práticas trabalhistas brasileiras e que como vimos anteriormente, podendo ser tratada como Administração dos Recursos Humanos. Em primeiro assunto citamos, o direito ao Vale Transporte, o qual, o empregador tem os direitos de desconta o valor máximo de 6% do salário do trabalhador. Ainda referente a este, o trabalhador tem a opção de rejeita-lo, pois, para muitos levando-se em conta o valor do salário, o desconto se torna inviável. Uma opção que se torna facultativa aos empregadores, é oferecer em troca, ao empregado, o vale combustível, caso este utilize de bem próprio para o trajeto casa-trabalho e trabalho-casa, tendo em vista que este, não é previsto em CLT, porém há obrigações em caso de acordos. Citamos também, o Décimo Terceiro, que é um benefício recebido ao se alcançar 12 meses de prestação de mão de obra, além de sua remuneração regular e mais um terço deste valor, no mesmo período. Temos o Adicional Noturno, de 20% sobre o salário, que é mais um direito garantido por lei, que se é pago ao trabalhador que atua no período das 22h às 05h. O direto mais importante dentre todos, é o tão citado Salário Mínimo, sendo este valor diferente para cada classe trabalhista, regulamentados pelas suas respectivas associações, sindicatos, organizações que trabalham para obter um valor que condizem com o nível de estudo, dificuldades de execução, entre outras classificações utilizadas para segregar os diversos setores trabalhistas no Brasil. Temos na data de 08 de setembro de 2021, uma pesquisa do DIEESE, publicada no site Contábeis, pela jornalista Ananda Santos, que relata a defasagem do salário mínimo em nosso país, por conta da sua progressão levar somente em conta a inflação, citando também o valor ideal do Salário Mínimo Brasileiro. O governo federal entregou ao Congresso a previsão de Orçamento para 2022 e, nela, a previsão do salário mínimo para o próximo ano é de R$ 1.169. O reajuste de R$ 69 (6,27%) é inferior à inflação projetada para o ano, que é de 7,46% e bem distante do necessário para garantir a sobrevivência da família brasileira com dignidade. Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o valor ideal seria de R$ 5,4 mil. Para a economista Patrícia Costa, supervisora de pesquisas do Departamento, o novo piso nacional, se aprovado, ampliará a diferença entre o piso real, no caso R$ 1.100 em vigor e de R$ 1.169 https://www.contabeis.com.br/previdencia/salario_minimo/ 7 (previsto para o ano que vem) e o necessário para a sobrevivência do brasileiro "com dignidade respeitando os preceitos da Constituição Federal". Para chegar ao piso salarial necessário, o Dieese considera a cesta básica mais cara de 17 capitais e as necessidades básicas de uma família com dois adultos e duas crianças, conforme estabelece a Constituição Federal. Entre elas: alimentação, educação, moradia, saúde e transporte. (SW CONTABILIDADE, 2021) Já citando os benefícios, que por sua vez não são previstos em CLT, porém obrigatório desde que acordados em sindicatos ou contratos, podendo variar uma porcentagem ou um valor fixo mínimo para desconto em folha do trabalhador de acordo que o está nos termos do benéfico, como o Auxilio Educação, pago por algumas empresas, sendo assim, segue os enquadramentos do acordo para o trabalhador fazer uso do mesmo, o Vale Alimentação ou Refeição, que as vezes é oferecidopelo empregador um restaurante interno para o gozo dos empregados e assim com os benefícios anteriormente citados, outro ponto muito observado pelos empregados são os planos odontológico e o médico. Um benefício muito atraente aos futuros contratados é a Participação nos Lucros e Resultados, que costuma ser paga segundo o cumprimento de metas estabelecido pelo empregador aos trabalhadores, logo, caso não cumprida esta meta o empregador tem o direito de anula o tal benefício, lembrado que toda a estipulação de pagamento e não pagamento deverá está registrado com acordo sindical ou contratual. A contratação de novos trabalhadores, também é uma pratica trabalhista, administrada pelos Recursos Humanos. Através de banco de dados estes profissionais podem controlar a necessidade de entradas e requisitos dos trabalhadores para ocuparem respectivos cargo dentro da empresa, definir salários à novos contratados e aumento salarial aos trabalhadores que já possuem sua jornada na mesma. Se enquadra neste mesmo assunto o papel importante de desenvolvimento pessoal, administrando treinamentos para uma evolução cultural mediante os objetivos e visão da empresa obtendo KPI’s que mostram a performance dos trabalhadores mediante suas atividades e o desenvolvimento corporativo. Então, as práticas trabalhistas brasileiras surgiram na época da escravatura e perdura até os dias de hoje, sendo administrada pelos profissionais do setor que tratam delas, no setor de Recursos Humanos, desde a contratação dos trabalhadores, passando pela medição de seu desempenho até seu desligamento da empresa, sempre observando os direitos adquiridos pelos respectivos trabalhadores. Como vimos, esta Gestão Empresarial focada nas práticas trabalhista, de hoje, 8 trabalham com muita observação aos direitos dos trabalhadores, pois qualquer falta a este, poderá resultar em multa, ou até mesmo, uma perda patrimonial levando-se em conta, também, o mercado acionário, o qual, determina as suas decisões muito baseadas na gestão da empresa. 3. METODOLOGIA A metodologia desta pesquisa se caracteriza como de natureza básica em relação ao tema abordado. As informações extraídas são de diversas fontes de informação, e tem como objetivo entendermos a gestão empresarial com foco nas leis trabalhistas brasileiras e conhecer a história e a evolução por trás da mesma. Para Silva e Menezes (2005, p. 20), a pesquisa básica “objetiva gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista”. Nas informações buscadas notamos a importância e os efeitos que as leis trabalhistas causam dentro das organizações e os benefícios que elas trazem dentro da sociedade. Tendo assim uma visão geral de quanto estas mudanças na gestão empresarial antes e após Reforma Trabalhista vão do melhor respaldo jurídico à dos contratos e jornadas de trabalho, aspectos esses importantes entre empregado e empregador, além de ser uma ferramenta importante para decidir determinadas estratégias dentro das organizações. Mas nem sempre foi assim já que durante a Revolução Industrial os funcionários das fábricas tinham péssima qualidade de vida, onde viviam somente para produzir e produzir. Segundo Marras (2011), as relações patrões e funcionários, são excessivamente desumanas e totalmente desprovidas de qualquer preocupação com lado humano. Mesmo com a conquista de alguns direitos trabalhistas, existe uma relação histórica de dominação. A partir do ano de 1930, Vargas uniu um grupo de juristas e legisladores para elaborar uma Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, atualmente a legislação trabalhista no Brasil possui quase 2.500 normas, artigos e dispositivos, somente na CLT estão presentes mais 900 artigos. Um conjunto de instrumentos que servem para solver os espaços das normas trabalhistas. “A legislação trabalhista é fundamentada nos princípios de proteção ao trabalhador, irredutibilidade salarial, irrenunciabilidade de direitos, continuidade da relação de trabalho, pessoalidade, subordinação, alteridade, onerosidade” (MARTINS, 2009). 9 Para tanto, este estudo tem como base teórica os estudos disponíveis no meio eletrônico, livros e demais publicações que abordam a temática da Reforma Trabalhista e suas implicações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para fins de cumprir o objetivo geral da pesquisa. Fazendo possíveis relações com as considerações teóricas apresentadas no referencial teórico desta pesquisa. 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES No estudo apresentado acima, podemos observar que para se obter uma boa gestão empresarial, seja ela em pequenas, médias ou grandes empresas, é necessário conhecer as práticas trabalhistas e claro, praticá-las. Visto que somente a partir de 1934, junto com o surgimento das cartas constitucionais, referentes aos direitos do trabalhador, nascia também a esperança de um trabalho digno. A relação entre empregador e empregado, surgiu ainda quando existia o trabalho escravo, onde era benéfico apenas ao “patrão”. Hoje a maneira como é tratada esta relação é muito diferente, embora ainda não seja completamente justa. O empregador precisa estar a par das necessidades de seus empregados, precisa observar suas competências e habilidades. Somente quando há uma boa relação entre as duas partes, é possível se obter maior proveito dos dois lados. Um funcionário que recebe todos os seus direitos e além de tudo e respeitado dentro da empresa, este é um funcionário “feliz”, e um funcionário feliz produz mais e produz melhor, ou seja, tudo que uma empresa precisa, pessoas que façam seu trabalho bem feito. Quando existe empregados infelizes dentro de uma organização, é de se observar que também existe uma péssima gestão, ou seja, é imprescindível haver uma boa conexão entre o empregador e seus funcionários. A CLT foi criada para isso, para beneficiar tanto á quem trabalha quanto á quem emprega. Então, com esta pesquisa concluímos que, só é possível haver uma boa gestão empresarial, quando existe preocupação da parte empregadora com relação aos seus subordinados, em garantir que seus direitos sejam pagos. Além de estar dentro das Normas Trabalhistas, a relação entre os mesmos deve ser de respeito mútuo, respeito a dignidade do empregado como também o empregador deve ter uma postura de líder, onde ele possa impor sua autoridade sem ser autoritário. 10 5. REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 13 de maio de 1888. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/lim3353.htm>. Acesso em: novembro de 2021. CONFIRA QUAIS SÃO OS DIREITOS DO TRABALHADOR RESGUARDADOS PELA CLT. Portal Contabeis. Disponível em: <https://www.contabeis.com.br/noticias/48845/confira-quais-sao-os-direitos-do-trabalhador-resguar dados-pela-clt/>. Acesso em: novembro 2021. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS: o que é, o que faz, salário e mais. Gupy.io. Disponível em: <https://www.gupy.io/blog/gestao-de-recursos-humanos>. Acesso em: novembro 2021. GUPY.IO. Recursos Humanos: entenda o que é o RH, o que ele faz e como ter uma equipe de sucesso! Disponível em: <https://www.gupy.io/blog/recursos-humanos>. Acesso em: novembro 2021. LEI ÁUREA. An.gov.br. Disponível em: <http://mapa.an.gov.br/index.php/menu-de-categorias-2/276-lei-aurea>. Acesso em: novembro 2021. SILAS BARROS MACHADO GUILHERME; LAGARES RODRIGO. Direito do trabalho: da revolução industrial à proteção constitucional brasileira. [s.l.: s.n., s.d.]. Disponível em: <http://www.carajaseducacional.com.br/upload/pdf/resumoartigosilas2017.1ok.pdf>. PORTAL CONTABEIS. Dúvidas trabalhistas: veja como funciona a PLR. Disponível em: <https://www.contabeis.com.br/noticias/48263/duvidas-trabalhistas-veja-como-funciona-a-plr/>. Acesso em: novembro 2021. PORTAL CONTABEIS. Valor do salário mínimo ideal é de R$ 5,4 mil, diz Dieese. Disponível em: 11 <https://www.contabeis.com.br/noticias/48585/valor-do-salario-minimo-ideal-e-de-r-5-4-mil-diz-di eese/>. Acesso em: novembro 2021. RHPORTAL. Relação Entre Empregador E Empregado. Disponível em: <https://www.rhportal.com.br/artigos-rh/relao-entre-empregador-e-empregado/>. Acesso em: novembro 2021. SW CONTABILIDADE. Valor do salário mínimo ideal é de R$ 5,4 mil, diz Dieese. Disponível em: <http://www.swcontabilidade.com/noticias/contabil/valor-do-salario-minimo-ideal-e-de-r%24-5-4- mil--diz-dieese/4500cb89-f254-4d9c-9585-2c98258b798b#>. Acesso em: novembro 2021. TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 24ª REGIÃO. História: A criação da CLT. Jusbrasil. Disponível em: <https://trt-24.jusbrasil.com.br/noticias/100474551/historia-a-criacao-da-clt>. Acesso em: novembro 2021.
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