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Capítulo-2

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Capítulo 2
Suporte Social a Idosos e 
Funcionalidade Familiar
Dóris Firmino Rabelo e Anita Liberalesso Neri
A família ganhou novos significados e novas referências na sociedade contem-
porânea, em decorrência das alterações ocorridas na sua configuração e na sua orga-
nização, alterações essas determinadas por mudanças socioculturais e demográficas. 
Emergiram novas formas de relacionamento entre as gerações e, nesse contexto, 
diversificaram-se as funções do idoso na família e a maneira pela qual as trocas sociais 
entre os seus membros são construídas. Nas últimas décadas, as famílias tornaram-se 
menores, com menor número de membros em cada geração e passou a ser cada vez 
mais provável contar com membros idosos e muito idosos entre seus componentes. 
Emergiram novos arranjos familiares decorrentes da urbanização, da profissionaliza-
ção das mulheres, do desemprego e do divórcio. Idosos cada vez mais solicitados a 
garantir o seu próprio sustento, também podem sofrer requisições de apoios financei-
ros diretos aos filhos e aos netos e de desempenho de papeis produtivos no âmbito da 
família, por meio da prestação de cuidados a crianças e a outros idosos.
No entanto, apesar das alterações que a família sofreu nas últimas décadas e 
mesmo considerando o aumento da demanda por formas de apoio formal aos idosos, 
ela ainda é o sistema de apoio mais presente na vida dos idosos e permanece compro-
metida com seus membros mais velhos, em razão da vigência de valores culturais 
fundamentais à sociabilidade, entre eles a solidariedade entre as gerações. Os apoios 
34 Dóris Firmino Rabelo e Anita Liberalesso Neri
familiares concretizam-se no intercâmbio de recursos materiais, instrumentais, afeti-
vos e informativos recebidos e oferecidos pelos indivíduos por meio de suas redes 
de relações sociais, que incluem a família. Os arranjos domiciliares de famílias que 
têm entre seus membros pessoas idosas, o suporte por elas fornecido aos idosos e os 
apoios que os mais velhos oferecem às respectivas famílias são indicadores da estru-
tura e da dinâmica do funcionamento familiar.
Nesse cenário, o presente capítulo pretende discutir as complexas relações 
entre o suporte social oferecido aos idosos por sua família e a funcionalidade familiar. 
A análise dessa questão será feita à luz do pensamento sistêmico aplicado à família, do 
paradigma life-span e do modelo de estresse-enfrentamento em Psicologia.
Redes de apoio social ao idoso: 
estrutura e função
Redes de relações sociais são estruturas que envolvem padrões recorrentes de 
interação com outras pessoas (ex.: parentes, amigos, companheiros, conhecidos, vizi-
nhos ou colegas de trabalho e profissão) e que podem compor agrupamentos mistos. 
Essas relações podem ser baseadas na familiaridade e na intimidade, ou podem ser 
casuais, obrigatórias e envolver distanciamento afetivo. Em Gerontologia, fala-se em 
redes de apoio ou suporte social quando sua função essencial é a oferta de ajuda mate-
rial, instrumental, afetiva e informativa. As redes de apoio social ao idoso dão indícios 
sobre os processos interativos, os recursos comunitários e os padrões de sociabilidade 
vigentes no seu grupo. O capital social dos idosos reflete-se no tamanho da sua rede 
de apoio social, nos recursos disponíveis, na extensão da ajuda oferecida e na intensi-
dade das relações (Domingues, Queiroz & Derntl, 2007).
Dependendo de quem é o agente dos apoios, as redes podem ser classifica-
das como formais ou informais. As redes de apoio formal envolvem profissionais de 
saúde e da área social, que trabalham de forma autônoma ou em instituições privadas 
ou governamentais (Rosa & Benício, 2009). Seu trabalho é remunerado direta ou 
indiretamente e regulamentado por códigos de ética profissional. As instituições e os 
prestadores de serviços de apoio são submetidos a normas sanitárias, trabalhistas e 
comerciais oriundas de agências reguladoras públicas e privadas1. As redes de apoio 
informal são compostas por familiares, amigos, vizinhos, conhecidos e voluntários, 
1. No Brasil, um número crescente de pessoas se engaja todos os dias no exercício remunerado da função 
de cuidador leigo de pessoas idosas. Porém o seu trabalho ainda não está regulamentado. Quando esti-
ver, a lógica sugere que seja classificado como apoio formal, com normatização específica, já que seus 
agentes não são membros das profissões de ajuda tradicionais e regulamentadas.
Suporte Social a Idosos e Funcionalidade Familiar 35
que oferecem suporte com base em princípios de solidariedade, amizade, caridade ou 
filantropia. Nesse contexto, a família é a principal fonte de apoio para os idosos. Nela, 
os principais agentes de cuidado informal são os cônjuges e os filhos, principalmente 
do sexo feminino.
As redes informais de suporte a idosos podem ser analisadas quanto a seus 
aspectos estruturais e funcionais. Os aspectos estruturais dizem respeito ao tamanho 
(número de componentes); à hierarquização dos membros da rede (considerando o 
grau de proximidade afetiva); à composição (considerando o gênero e a idade dos 
membros); ao tipo de relação envolvida (de parentesco, de amizade ou filantropia); à 
homogeneidade; à distância geográfica existente entre os provedores e os recipientes 
do cuidado; à frequência e à natureza dos contatos (face a face, por telefone, por carta 
ou pela internet) e ao grau de intimidade.2 Os aspectos funcionais dizem respeito aos 
tipos de cuidado ofertados e recebidos – materiais (dinheiro, alimentos, remédios, 
roupas, habitação); instrumentais (ajuda física para realizar autocuidado, transporte, 
tomar conta da casa, pagar contas); informativos (sugestões em situações de solu-
ção de problemas práticos ou de saúde), e afetivos (companhia, consolo, regulação 
emocional, compartilhamento de valores, atitudes e crenças relevantes para a autoava-
liação). A composição e a qualidade das redes sociais são moldadas no curso de vida 
por fatores pessoais (idade, gênero, personalidade) e situacionais (papéis, expectati-
vas, recursos, demandas), comportam estabilidade e continuidade e podem funcionar 
de forma benéfica ou prejudicial ao indivíduo. Existem diferenças quanto à natureza 
das relações e nas razões pelas quais se expandem e diminuem ao longo da vida e da 
sua funcionalidade para os idosos (Fiori, Smith & Antonucci, 2007).
Os aspectos estruturais e funcionais das redes de apoio social podem ser avalia-
dos por critérios objetivos e subjetivos. Na avaliação objetiva, o aspecto central é sua 
eficácia na promoção da saúde física e mental, da funcionalidade e da sociabilidade 
dos idosos. Ou seja, são utilizados critérios externos para julgar se e como a estrutura 
e a funcionalidade das redes de apoio atendem as necessidades dos mais velhos. Na 
avaliação subjetiva, o critério é do próprio idoso, que compara a estrutura e a funcio-
nalidade de sua rede de apoio informal com suas necessidades, expectativas e valores, 
levando em conta padrões pessoais referenciados a critérios socionormativos. A satis-
fação com a funcionalidade dos apoios disponíveis é o principal indicador do suporte 
social percebido (ver Figura 1).
2. Ainda há a considerar o aspecto simetria no desempenho de papéis, quando na constelação de apoio 
familiar existe uma empregada doméstica. Ela não é um familiar e ocupa um lugar subalterno em rela-
ção aos patrões, que pagam por seus serviços de cuidado. Nesse sentido, existe uma relação assimétrica 
entre alguém que cuida em casa e os idosos cuidados por elas. 
36 Dóris Firmino Rabelo e Anita Liberalesso Neri
Em pesquisas populacionais, as medidas de suporte social percebido ou avalia-
do por critérios subjetivos são apontadas como variáveis que predizem desfechos em 
saúde, mortalidade e funcionalidade de forma mais robusta do que medidas objetivas 
(Pelcastre-Villafuerte et al., 2011). O suporte social percebido também atua como 
um moderador do efeito dos eventos estressantes sobre a saúde mental (Hyde et al., 
2011), sendo a percepçãode suporte familiar o fator mais importante para diminuir a 
vulnerabilidade à depressão em adultos (Pettit et al., 2011).
Redes informais de apoio social aos idosos
Dimensão estrutural
Tamanho
Composição
Homogeneidade
Hierarquização
Simetria
Estabilidade
Frequência contatos
Proximidade geográ�ca
dos membros
Dimensão funcional
Apoio material
Apoio instrumental
Apoio informativo
Apoio afetivo
Avaliação objetiva: e�cácia
Avaliação subjetiva: satisfação
Figura 1. Dimensões das redes informais de apoio social a idosos. 
O suporte social é, portanto, um fenômeno e um construto multidimensional 
que envolve aspectos estruturais, recursos, comportamentos, atitudes e avaliações 
objetivas e subjetivas. É um produto e um processo dinâmico, que implica um conjun-
to de fatores em interação. Produto e processo sofrem transformações na medida em 
que se apresentam eventos de transição ao longo do curso de vida familiar e ao longo 
das trajetórias individuais de envelhecimento, saúde e doença (Borrero, 2008).
Estudos epidemiológicos têm demonstrado o efeito protetor das relações 
sociais com relação a diferentes quadros de morbimortalidade em idosos (Pinto et 
al., 2006). Funcionando como um todo integrado, a rede social afeta a saúde do idoso 
pela sua ação apoiadora, mas a saúde do idoso, também, afeta a rede social, pois a 
pessoa saudável fortalece e amplia sua rede. Couto et al. (2009) investigaram como 
Suporte Social a Idosos e Funcionalidade Familiar 37
a rede de apoio social se articula com o bem-estar psicológico em idosos expostos a 
eventos de vida estressantes. Os resultados mostraram que, quanto maior a reciproci-
dade dentro das redes de apoio, maior o bem-estar psicológico. As autoras sugeriram 
que esses processos podem favorecer a resiliência psicológica individual diante de 
eventos adversos.
A família é a principal responsável por prover companhia, ajuda financeira, 
informações, visitas, ajuda nas atividades básicas e instrumentais da vida diária, facili-
tação do acesso a serviços de saúde e auxílio na regulação dos hábitos de saúde. Esses 
apoios são capazes de atuar positivamente na saúde física e mental dos idosos na medi-
da em que favorecem o enfrentamento e a recuperação, fortalecem o sistema imunoló-
gico e exercem efeito amortecedor em relação ao estresse. As trocas de apoio contri-
buem para o senso de controle, para o bem-estar psicológico e para a satisfação com 
a vida (Alvarenga et al., 2011; Barros, Santos & Erdmann, 2008; Fiorillo & Sabatini, 
2011; Leite et al., 2008; Mota et al., 2010). Sendo então uma fonte fundamental de 
provisão de cuidado informal, é importante entender as relações familiares, o suporte 
social que oferece e como ele é percebido pelo idoso, dentro da dinâmica familiar.
Suporte social e funcionalidade familiar
A família considerada funcional é aquela que está apta a absorver e a lidar com 
as situações de crise de forma realista e adequada, sendo assim capaz de cumprir e 
harmonizar suas funções essenciais. A percepção de que o suporte familiar é satis-
fatório reflete a força da ligação emocional estabelecida entre os membros de uma 
família, sua adaptabilidade a situações de estresse e o compartilhamento de afeto, 
estima e gratificação que permeia as relações. A análise desse suporte social permite 
conhecer aspectos do funcionamento familiar, tais como coesão (vínculo emocional 
entre os seus membros), apoio (suporte dado e recebido), adaptabilidade (capacidade 
de se ajustar às mudanças) ou comunicação.
Silva, Rabelo e Queroz (2010) avaliaram o suporte social, a funcionalidade 
familiar e a qualidade de vida percebida em idosos. O estudo apontou que os idosos 
que percebiam maior suporte social também eram os que relatavam melhor funcio-
nalidade familiar e maior satisfação com a qualidade de vida. Musil et al. (2010) 
concluíram que o suporte social melhora a percepção do funcionamento familiar e 
reduz os efeitos do estresse sobre a saúde mental.
Na perspectiva sistêmica, os membros de uma família são vistos como elemen-
tos de um sistema complexo, em mútua interação, com qualidades além dos membros 
individuais. Todo sistema se comporta como um todo integrado, de maneira que a 
38 Dóris Firmino Rabelo e Anita Liberalesso Neri
mudança em uma de suas partes provoca mudança no sistema como um todo. Esse 
sistema familiar tem uma estrutura, isto é, uma forma de funcionamento dada por um 
conjunto invisível de regras que organiza sua interação. A interação entre os compo-
nentes familiares é mediada pela comunicação, pelas trocas de informação e de supor-
te, e pelo desenvolvimento e transmissão de significado. Assim, o sistema familiar 
estabelece regras, uma hierarquia e os limites quanto à sua abertura em relação a quem 
e a como participar do sistema e busca acordos entre seus membros, desenvolven-
do redes para o enfrentamento de uma variedade de situações estressantes (Wagner, 
Tronco & Armani, 2011).
No sistema familiar, cada membro é um sistema e um subsistema, dentro de 
uma rede de relações de complementaridade e mutualidade. Todo subsistema possui 
demandas específicas de suporte e representa como as funções conjugais, parentais, 
filiais e fraternas são realizadas. Esses subsistemas devem ter fronteiras claras e defi-
nidas, porém flexíveis, adaptando-se às mudanças do ciclo de vida (Aun, Vasconcellos 
& Coelho, 2007). Dessa maneira, a família se organiza como uma estrutura de rela-
ções com exigências funcionais, demandando que todos os seus membros assumam 
papéis e desempenhem tarefas, interajam, resolvam problemas, respondam uns aos 
outros, e se comuniquem.
O funcionamento familiar é harmônico quando os papéis e as tarefas são 
negociados considerando-se as necessidades circunstanciais e a disponibilidade dos 
membros, e quando o grupo responde às solicitações, aos conflitos e às situações críti-
cas. Um funcionamento insatisfatório reflete-se nos membros individuais e na família 
como um todo (Musil et al., 2010). Nesse contexto, a funcionalidade familiar pode 
ser analisada com base em alguns padrões de sua dinâmica, tais como a comunicação, 
a alocação de papéis, a solução de problemas, a coesão, a adaptabilidade, o apoio, a 
hierarquia, a afetividade e o conflito. A dinâmica representa como os indivíduos se 
relacionam entre si, tanto para as atividades instrumentais da rotina diária como em 
seus aspectos expressivos e comunicativos (Nichols & Schwartz, 2007).
Na dinâmica familiar, o equilíbrio depende da complementaridade entre a 
flexibilidade e a rigidez, perante as demandas internas e externas. Disfuncionalidade 
é a incapacidade de obter um balanceamento em todo esse complexo processo. A 
disfunção familiar não se caracteriza pela presença do conflito, mas pela dificuldade 
de lidar com ele eficazmente. O conflito é um veículo de mudança e de reestruturação, 
sendo indispensável para o desenvolvimento das relações familiares. Ele constitui-se 
em risco à adaptação quando afeta significativamente a coesão familiar. De qualquer 
forma, em qualquer fase do desenvolvimento, algumas constantes parecem emergir: a 
capacidade de adaptação e mudança, a pressão social, os recursos afetivos e emocio-
nais e a organização de papéis, normas e regras (Osorio, 2009).
Suporte Social a Idosos e Funcionalidade Familiar 39
A funcionalidade familiar é especialmente desafiada em situações de doen-
ça do idoso que exigem cuidado. Fatores que influenciam a boa funcionalidade de 
famílias com idosos que requerem cuidados incluem: contar com uma rede de supor-
te social informal composta por parentes, amigos, voluntários ou grupos religiosos; 
facilidade de acesso aos serviços de saúde; recursos comunitários, que possibilitem 
o acompanhamento regular do estado de saúde dos idosos. São importantes também 
a capacidade adaptativa dos familiares diante da doença; a organização da casa; rela-
ções afetivas consistentes, responsáveis e seguras e grande dedicação ao idoso. Os 
filhos costumam assumir o enfrentamentoe os mecanismos mais utilizados e reque-
ridos pela família são a religiosidade, a busca de informações e comunicação clara 
(Horta, Ferreira & Zhao, 2010; Marques, Rodrigues & Kusumota, 2006).
As maiores dificuldades da família dizem respeito à desorganização emocio-
nal, ao luto antecipado, à sobrecarga do papel de cuidador, à falta de conhecimento 
sobre a doença e a situações de desajuste familiar, que aumentam com a doença, com 
a falta de colaboração para o cuidado e com o distanciamento nos relacionamentos. 
As mulheres estão mais expostas do que os homens a sentir insatisfação em relação à 
funcionalidade familiar (Santos, Pavarini & Barham, 2011; Silva, Galera & Moreno, 
2007). A disfunção familiar é capaz de prejudicar a capacidade assistencial da família 
(Torres et al., 2009; Torres et al., 2010).
Quando os idosos não têm doenças nem dependência, a satisfação com a dinâ-
mica familiar e o bom relacionamento entre os membros da família tornam-se mais 
prováveis. As exceções geralmente incluem os idosos que moram sozinhos e que 
precisam recorrer a pessoas fora da família, e as famílias cujos membros são todos 
idosos. Os idosos saudáveis se preocupam com a dependência, a doença e a solidão 
e têm definidas as características da pessoa que gostariam que fosse sua cuidadora 
(Paiva et al., 2011; Pavarini et al., 2006).
A assimilação da situação de cuidar, a resolução dos problemas dela advindos, 
a organização necessária para o enfrentamento e para a manutenção da trajetória fami-
liar dependem de sua história pregressa. As questões afetivas arraigadas nas relações 
e as tensões existentes dentro da família tendem a ser exacerbadas pela enfermidade 
do idoso. Por meio da melhor elaboração dos conflitos e da consolidação de novos 
arranjos, a família consegue buscar alternativas e novos recursos para o idoso e para 
a própria estabilidade familiar.
Além da dependência e da incapacidade resultantes de problemas de saúde 
física e mental de um membro idoso, outros eventos de vida têm implicações sobre a 
família, tais como a aposentadoria, o luto, a perda de papéis importantes, a redução 
da autoridade e o rebaixamento do senso de controle. Assim, a família é requisitada 
para dar assistência e suporte em diferentes momentos ao longo do ciclo de vida, 
40 Dóris Firmino Rabelo e Anita Liberalesso Neri
que exigem mudança e adaptação. Consequentemente, os relacionamentos entre as 
pessoas modificam-se ao longo do tempo em decorrência dos eventos estressantes, 
assumindo novas tarefas e demandando novas formas de suporte. Os modelos life-
-span e estresse-enfrentamento, apresentados a seguir, podem auxiliar na compreen-
são dos efeitos dos eventos de vida e das estratégias que o sistema familiar utiliza para 
superar as adversidades.
Segundo o modelo life-span, a percepção de suporte no contexto familiar 
pode ser entendida dentro da complexa dinâmica dos relacionamentos sociais desen-
volvidos ao longo do tempo, sua estabilidade e sua continuidade. Os indivíduos 
beneficiam-se do suporte de um grupo de pessoas que os acompanha ao longo da 
vida, como se fossem um grupo de escolta ou comboio (Kahn & Antonucci, 1980). Os 
grupos comboio podem sofrer alterações e flutuações ao longo da vida e podem ter 
curta ou longa duração. Não são simplesmente essas características as fontes de bene-
fícios para as pessoas, mas as funções afetivas, cognitivas e socializadoras dos grupos 
comboio. Evoluir cercado por relacionamentos afetivamente significativos favorece 
o senso de pertencimento e de continuidade, o autoconhecimento e as habilidades 
sociais e cognitivas, à medida que as pessoas crescem, amadurecem e enfrentam os 
desafios da vida.
Com o envelhecimento, as redes sociais diminuem e as interações sociais 
tornam-se menos frequentes, mas os idosos passam a manejar seus relacionamentos 
de forma a maximizar o apoio, o companheirismo e o conforto emocional e minimizar 
as tensões e as dificuldades. As estratégias de que lançam mão para otimizar suas rela-
ções sociais são explicadas pela microteoria de seletividade socioemocional (Scheibe 
& Carstensen, 2010), vinculada ao paradigma life-span. Segundo esse modelo, ocorre 
seleção voluntária e adaptativa dos parceiros sociais, isto é, o idoso desempenha papel 
proativo no investimento emocional em relações que lhe são recompensadoras. Na 
velhice, contatos emocionalmente significativos são mais importantes do que outras 
motivações para o contato social, o que leva à escolha de parceiros com quem o idoso 
pode manter relações de intimidade e proximidade e ligações de longo prazo. Essa 
regulação da vida social proporciona bem-estar. Mudanças em circunstâncias da vida 
podem criar desafios e impor limites a esta estratégia, como no caso das doenças 
e incapacidades graves, que podem levar a uma redução involuntária dos parceiros 
sociais (Charles & Carstensen, 2009).
Além da seleção de parceiros sociais e o investimento para a manutenção e 
aprimoramento desses vínculos, os idosos empenham esforços para compensar as 
perdas ou rompimentos de relações importantes buscando fontes alternativas de 
suporte. A substituição nas redes sociais é uma resposta natural à perda de vínculos 
por morte, por mudança de bairro ou cidade, ou por problemas de saúde. Porém, a 
Suporte Social a Idosos e Funcionalidade Familiar 41
substituição não significa necessariamente compensação, no sentido de essas relações 
alternativas serem capazes de aumentar o bem-estar (Rook et al., 2007).
À medida que as pessoas envelhecem, ocorre melhora de sua capacidade de 
regulação emocional, caracterizada pela priorização de emoções positivas sobre as 
negativas. A regulação emocional envolve os processos intrínsecos e extrínsecos 
responsáveis pelo monitoramento, pela avaliação e pela modificação das reações 
emocionais. A habilidade de regular e manejar as emoções está associada com a satis-
fação com os relacionamentos sociais, com mais interações positivas e menos intera-
ções negativas (Marroquín, 2011). Birditt, Jackey e Antonucci (2009) observaram que 
os padrões de relações negativas variam de acordo com a idade e a natureza da rela-
ção. Relacionamentos com amigos e filhos tendem a se tornar menos negativos com o 
passar do tempo, enquanto que o relacionamento com o cônjuge tende a permanecer 
estável ou a se tornar mais negativo.
As relações familiares são moldadas pela história de vida dos seus membros e 
pelas circunstâncias históricas específicas que os afetam ao longo do curso de vida. Os 
laços são desenvolvidos, mantidos, extintos ou alterados como resultado dos eventos 
de transição individual e familiar, e na relação com os mecanismos de autorregula-
ção utilizados para manter um funcionamento positivo. Os cursos de vida familiar e 
individual são histórias de construção da resiliência, nas quais os membros da famí-
lia se confrontam com diversas transições esperadas e inesperadas, que demandam 
decisões e manejo das circunstâncias (Piercy, 2010). As maneiras como o fazem e as 
consequências e as pendências geradas por suas ações influenciam a vida de todos. A 
forma como a família se organiza e funciona em momentos críticos de sua evolução 
influencia o desenvolvimento individual de seus elementos. As respostas familiares 
aos eventos de transição dependem dos padrões relacionais que seus membros cria-
ram ao longo dos anos e das formas de ajustamento às novas exigências.
Como a família é frequentemente confrontada com situações estressantes que 
requerem mudança ou acomodação, uma questão importante é como esses eventos 
são compreendidos no contexto de seu sistema e como ela funciona e enfrenta esses 
problemas. Os efeitos deletérios dos eventos estressantes parecem ser amortecidos 
para aqueles que possuem um forte sistema de suporte social.
No modelo de estresse-enfrentamento, o suporte social percebido é um 
preditor do enfrentamento familiar, é uma variável da resiliência e pode explicar a 
disponibilidade da família em atender as demandas.Ele também atua na avaliação 
do evento estressor, isto é, quanto melhor a qualidade do suporte disponível, mais 
fácil será o enfrentamento. Enfrentamento é um esforço individual ou familiar para 
regular emoções, pensamentos, comportamentos ou o próprio ambiente em respos-
ta a circunstâncias estressantes ou às demandas do sistema familiar. Pode envolver 
42 Dóris Firmino Rabelo e Anita Liberalesso Neri
resolução de problemas, reestruturação cognitiva, reavaliação positiva, distração ou 
evitação. É um processo em que os familiares se engajam na tentativa de restaurar a 
funcionalidade familiar e melhorar a satisfação familiar diante do estressor. Existem 
três fontes potenciais de recursos vistos como mediadores entre o estresse e o bem-
-estar psicológico: os membros familiares individuais, a unidade familiar e a comuni-
dade (Schwarzer & Knoll, 2007).
Em situação de vulnerabilidade social, uma estratégia importante de enfrenta-
mento observada em famílias com membros idosos é a coabitação. Embora os lares 
multigeracionais apresentem maior probabilidade de conflitos, o maior número de 
pessoas no domicílio pode influenciar positivamente o apoio afetivo e emocional. 
Esse arranjo mostrou-se capaz de oferecer bom nível de apoio em várias dimensões 
(Pedrazzi et al., 2010; Souza, Skubs & Brêtas, 2007). Os idosos mais velhos tendem 
a obter mais ajuda, mas os homens de mais de 80 anos, de baixa renda, não casados e 
com pequena rede de apoio tendem a ser menos cuidados (Pavarini et al., 2009; Rosa 
et al., 2007). Estar casado é fator protetor tanto para homens quanto para mulheres. Os 
homens casados, com maior escolaridade e renda desfrutam de mais apoio emocional 
e informativo. As mulheres idosas com baixa escolaridade e renda, não casadas e que 
vivem com menor número de pessoas são as que sofrem maior risco de receber supor-
te social inadequado (Pinto et al., 2006; Rosa et al., 2007).
Voltar-se para outros significativos em tempos de necessidade, como os idosos 
frequentemente fazem com seus familiares, reflete uma forma ativa de enfrentamento. 
No entanto, toda troca de suporte abarca custos e benefícios e o envolvimento dos 
idosos com sua rede social nem sempre traz efeitos positivos. As famílias podem 
não estar preparadas para expressar emoções negativas e positivas de forma adequa-
da, nem para responder apropriadamente a situações de estresse. Podem criar um 
ambiente adverso à expressão de liberdade e autonomia de seu membro familiar mais 
velho (Reis et al., 2011). Podem ser excessivamente críticos, negligentes, exigentes, 
insensíveis e desrespeitosos, com prejuízos à saúde e ao bem-estar dos idosos. Em 
outros casos, comportamentos de superproteção que impedem o idoso de engajar-
-se em atividades produtivas e altos níveis de ajuda instrumental podem reforçar os 
comportamentos de dependência (Rook et al., 2007).
A superproteção é um aspecto problemático do suporte familiar. Nessa situa-
ção, o idoso é excessiva e desnecessariamente ajudado, induzido a ser dependente, 
protegido do contato com qualquer estresse e geralmente infantilizado. Cimarolli, 
Reinhardt e Horowitz (2006) observaram que alto nível de superproteção percebi-
do por idosos com incapacidade visual crônica associou-se com menor ajustamento, 
menor adaptação e menor domínio sobre o ambiente, bem como com nível mais alto 
de incapacidade funcional.
Suporte Social a Idosos e Funcionalidade Familiar 43
Receber suporte emocional tem custos, que dependem de três fatores (Park 
et al., 2013). Primeiro, da bagagem cultural, pois o grau em que a independência ou 
a interdependência é sancionada e usada para organizar as práticas e significados no 
cotidiano varia entre as culturas. O segundo fator refere-se ao estresse percebido por 
parte de quem recebe o suporte. Em contextos de valorização da interdependência, 
as pessoas que precisam de cuidados podem ficar preocupadas com o ônus de quem 
está oferecendo o suporte. Ficam menos preocupadas quando o apoio é necessário e 
justificável. Mesmo em situações de real dificuldade, em contextos em que a indepen-
dência é mais valorizada, receber suporte pode ser visto como um sinal de incapaci-
dade e incompetência, o que afeta o senso de autoeficácia de quem recebe. O terceiro 
fator diz respeito à personalidade. Quanto maior o neuroticismo, mais sensibilizado 
o indivíduo ficará para os custos de receber suporte e menos positiva será a relação 
entre ter ajuda e a saúde. Para muitos idosos, oferecer suporte é mais importante do 
que receber, porque os envolve em comportamentos sociais produtivos e fortalece a 
autoestima (Thomas, 2010).
A troca positiva de suporte social requer uma comunicação clara da necessi-
dade bem como a habilidade do provedor de suporte encontrar a necessidade expres-
sada. Os indivíduos podem ter expectativas irrealistas de comportamentos de suporte 
por parte de familiares, e a não compreensão ou a má comunicação podem interferir 
tanto na apropriada provisão de suporte quanto na percepção da adequação do suporte 
recebido. A comunicação é um condutor vital na provisão de suporte e interfere na 
satisfação com a reorganização de papéis, na coesão e nos conflitos familiares. O 
suporte familiar bem-intencionado, mas equivocado, pode resultar em superproteção 
ou em um aconselhamento negativo e mal informado.
De maneira geral, em tempos de estresse, a família busca fazer ajustes para o 
reestabelecimento de sua funcionalidade. Para que esse processo seja possível, seus 
integrantes fazem uso de uma variedade de recursos psicológicos, materiais, inter-
pessoais e sociais. Ajudar e receber ajuda são componentes-chave da interação fami-
liar e representam parte do que significa pertencer a uma unidade coesa. As famílias 
com membros idosos enfrentam vários desafios e transições, e a percepção de que as 
necessidades são respondidas com provisão de suporte é robusto indicador de funcio-
namento saudável.
Considerações finais
Por sua riqueza e abrangência, o conceito de suporte social é extremamente útil 
para o entendimento da provisão de cuidados no seio da família, principalmente em 
44 Dóris Firmino Rabelo e Anita Liberalesso Neri
cenários de doença e dependência dos membros idosos. Uma rede de suporte informal 
compreensiva e acolhedora favorece a saúde, a adaptação aos eventos de vida e a 
qualidade de vida dos idosos, normalmente sujeitos a perdas e riscos de natureza 
biológica, social e intrapsíquica, acompanhando o envelhecimento.
A família é um sistema social cujos laços envolvem expectativas de recipro-
cidade, responsabilidade, compromisso e partilha de afeições e objetivos. O suporte 
familiar beneficia os idosos por meio de trocas entre os familiares, que são os princi-
pais provedores de apoios na velhice. Os membros da família são parte de um sistema 
complexo, em mútua interação, de maneira que uma alteração em qualquer um de 
seus elementos afeta o sistema como um todo. Suporte social satisfatório reflete boas 
condições de coesão, apoio, adaptabilidade ou comunicação do grupo, respondendo 
eficazmente às demandas, aos conflitos e aos eventos estressantes.
Os sistemas familiares provedores de apoios a seus membros envolvem rela-
cionamentos desenvolvidos ao longo do curso de vida, estabilidade, continuidade e 
mudança. Sistemas e relacionamentos são moldados pela história de vida dos indiví-
duos, pelos ciclos de vida familiar e pelas circunstâncias históricas específicas que 
os afetam. Quando confrontada por situações estressantes que requerem mudança ou 
acomodação, a família se engaja na tentativa de restaurar a funcionalidade e melhorar 
a satisfação perante os estressores acionando os membros familiares individuais, a 
unidade familiar ou os recursos da comunidade.
Em função dos benefícios do suporte, é necessário promover um exame 
cuidadoso dos processos familiares para o melhor entendimento das respostas que 
a família dá às necessidades do idoso. Essas informações podem subsidiar o plane-
jamento de intervençõesque resultem em melhoria da qualidade das relações e do 
suporte oferecido, com vistas à manutenção de uma estrutura mais coesa e orga-
nizada, serviços a cuidadores, atuação no âmbito das relações entre as gerações, 
suas potencialidades e conflitos, e fortalecimento das relações com a comunidade, 
formando parcerias e implantando programas. Pode-se ainda, ajudar a preparar futu-
ros profissionais para atuarem junto à população idosa, o que teria grande validade 
diante do contexto atual do envelhecimento e das mudanças acarretadas por este 
fenômeno.
Deve-se levar em consideração também que a família conta com sistemas de 
apoio mais amplos, que formam uma estrutura externa de ajuda em tempos de necessi-
dades. As relações de cuidado são complexas e incluem a família e seu entorno, como, 
por exemplo, a participação da vizinhança, os recursos comunitários e os serviços 
públicos e privados de saúde. A vida familiar se beneficia de variados recursos estra-
tégicos disponíveis dentro e fora do sistema familiar que, em parceria, constituem 
importante fonte de suporte ao idoso.
Suporte Social a Idosos e Funcionalidade Familiar 45
Questões para reflexão
1. De que maneira(s) o suporte social percebido pode ser visto como um indicador 
da funcionalidade familiar?
2. Explique: o suporte familiar fornece os fatores protetores para a saúde física e 
mental dos idosos e, ao mesmo tempo, pode atuar como uma fonte de estresse.
3. Com base nas pesquisas apresentadas, aponte alguns fatores de risco associados à 
funcionalidade de famílias com membros idosos em diferentes condições de saúde 
física e mental.
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