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RESUMO N1 IESC III

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1 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
RESUMO N1 IESC III </3 
 
Abordagem familiar 
 
Família é um grupo de pessoas que convivem, tem laços intensos de a proximidade e compartilham sentimentos de 
identidade e pertencimento, que de alguma forma, influenciarão em suas vidas. 
DEFINIÇÕES LITERAIS 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: base da sociedade, reconhece união estável, e entende que a entidade familiar 
pode ser formada por qualquer um dos pais, seus descendentes estabelecendo os direitos e deveres IGUAIS quando 
exercidos por homens e mulheres. 
IBGE: conjunto de pessoas ligadas por laços parentescos, dependência doméstica ou normas de convivência, 
residente na mesma unidade domiciliar, ou pessoa que mora sozinha em uma unidade domicilias 
 
MUDANÇAS QUE OCORRERAM NAS DEFINIÇÕES DE FAMÍLIA DURANTE OS ANOS 
o Mudanças sócio-político-culturais: auxiliam na reflexão sobre definições de “o que é família?” nos diferentes 
momentos da história 
o Mudança no papel social da mulher: fez com que repercutisse no relacionamento dos membros do sistema 
familiar, já que antigamente o padrão de família era: mão, pai e filhos... 
o Mudança na opção de ter ou não filhos: não ter ou adiar a chegada dos descendentes também auxiliou na 
mudança da estrutura familiar vista como “certa” 
A abordagem familiar têm caráter essencial no trabalho da Atenção Primária em Saúde, sendo que, o conhecimento 
dos membros das famílias e seus problemas de saúde muito importantes para um trabalho exemplar. 
Assim, o modelo de gestão de atenção primária para cuidados crônicos é o seguinte: 
 
(Pirâmide do cuidado) 
 
TRADUÇÃO DA PIRÂMIDE PARA LEIGOS QUE NEM EU: 
1° NÍVEL (AUTOCUIDADO APOIADO): grau em que o médico tem que explicar para que o paciente entenda o 
porquê dele estar utilizando certa medicação/MEV etc... Ou seja, o paciente é protagonista do próprio 
tratamento, sendo apoiado pela equipe de saúde. 
(70%-80% das pessoas com condições simples) 
 
2 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
2° NÍVEL (GESTÃO DA CONDIÇÃO DE SAÚDE): encaminhamento para alguma especialidade ou uso de uma 
equipe multiprofissional. 
(20%-30% das pessoas com situação complexa) 
3° NÍVEL (GESTÃO DE CASO): Há necessidade de utilização de multiespecialidades tanto como 
multiprofissionais, quando a atenção secundária e terciária do SUS. 
(1%-5% das pessoas em condições altamente complexas) 
OBS: a abordagem familiar tem 5 passos (importante para questões que possam surgir sobre as atividade de campo): 
1. APRESENTAÇÃO (quebrar o gelo): tira aquela impressão de superioridade e criar uma boa relação médico-
paciente, havendo uma consulta melhor. 
 
2. APROXIMAÇÃO (entender funções): entender o papel e função de cada membro, seus níveis de autonomia e 
como lidam com problemas. Nessa etapa também é importante conhecer o ciclo de vida, tipo de família, 
dinâmica familiar e como é o dia a dia da família e o grau de intimidade entre os membros. (O importante é 
buscar pontos de aproximação e estar atento a todo o processo de comunicação verbal e não-verbal –para 
iniciar o processo de conexão e geração de hipóteses.) 
 
3. ENTENDIMENTO DA SITUAÇÃO: entender a real situação e problemática que está acometendo a família e 
seus indivíduos. 
 
 
4. DISCUSSÃO: Entender a comunicação do paciente, encorajar a família a conversar, questionar os problemas 
(e se eles já existiam antes e o que o paciente acha deles). 
 
5. ESTABELECIMENTO DE UM PLANO TERAPÊUTICO: contribuir quando necessário com informações médicas. 
 
 
A abordagem familiar começa entendendo os tipos existentes de famílias, sua dinâmica, ciclo de vida, estrutura e 
inter-relações. 
LINHA DE TEMPO FAMILIAR  
Serve para correlacionar eventos que possam ter colaborado para o adoecimento do paciente alvo ou família. 
Ex.: 
 
3 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 
 
OBS: Tratando de atenção centrada na família, seja pra estudo ou para aplicação de um projeto terapêutico, é 
necessário considerar o indivíduo e sua família como um sistema aplicando clínicas específicas em três dimensões: 
 
 
A família deve ser observada detalhadamente sempre que o modelo biomédico tradicional mostrar-se 
inadequado/insuficiente, em que a utilização excessiva dos serviços de saúde/consultas frequentes de membros 
diferentes, em que haver doenças relacionadas a estilo de vida/ambiente, dificuldade no controle de doenças 
crônicas e em que houver sintomas inespecíficos em pessoas com grande frequência de consultas –sem doenças 
orgânicas. 
 
AS FERRAMENTAS DE COMPREENSÃO E AVALIAÇÃO FAMILIAS SÃO: GENOGRAMA, ECOMAPA, F.I.R.O, 
P.R.A.C.T.I.C.E e APGAR FAMILIAR 
GENOGRAMA 
o O QUE É? PARA QUE SERVE? 
É reconhecido como instrumento para mapear e ampliar o conhecimento sobre a família e para que os profissionais 
de saúde consigam realizar intervenções (projeto terapêutico), ou seja, é uma representação gráfica de uma família 
que deve abranger no mínimo 3 gerações, qualidades das relações e informações médicas e psicossociais que se 
ligam incluindo (hereditariedade e riscos que possam oferecer aos membros atuais). 
o COMO FAZER? 
-Primeiro se estuda, pelo menos, 3 gerações. 
-Arquitetar as gerações, suas dinâmicas e questões de saúde em símbolos 
 
4 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
-Registrar elementos básicos 
 
o ELEMENTOS BÁSICOS 
-Calcula-se as datas dos ocorridos 
-Título e data do genograma 
-Legenda dos símbolos clássicos e dos variáveis 
-As pessoas da família devem apresentar: idade, data de nascimento e óbito, aborte ou natimorto, 
casamento/união/separação e causa de morte. 
- presença de doenças graves e datas de diagnostico ou problemas significativos. 
 
o VARIEDADE DE DADOS: 
-Relação intergerações 
-Relações interpessoais 
-Função de cada um na família 
-Apelidos 
- ... 
 
 
5 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 
 
 
 
 
 ECOMAPA ou ECOGRAMA 
o O QUE É? PRA QUE SERVE? 
É uma forma de registro gráfico de rede social da família e seus membros tem boa relação com “terceiros” –
vizinhos, UFS, trabalho, escola, rede de apoio, lazer associação do bairro etc. – para entender as relações 
interpessoais que possam induzir algum agravo. 
É um gráfico COMPLEMENTAR ao genograma 
 
 
o QUAIS OS LIPOS DE LIGAÇÃO? 
1. Força da ligação: fraca, tênue/incerta, forte 
2. Impacto de ligação: sem impacto, requerendo esforço/energia, fornecendo apoio/energia 
3. Qualidade da ligação: estressante ou não 
 
6 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 
 
OBS: a diferença entre genograma e ecograma: o genograma identifica as relações e ligações dento do sistema 
familiar, e o ECOGRAMA identifica as relações e ligações da família com o meio em que vivem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 APGAR FAMILIAR 
o APGAR da família é uma sigla de Adaptability (adaptação), Partnership (companheirismo), Growth 
(Desenvolvimento), Affection (Afeto), e Rescurces (Recursos) e busca uma reflexão sobre o clima 
emocional da família (soma pontos e avalia a função familiar). 
 
 
 P.R.A.C.T.I.C.E 
o O QUE É? PRA QUE SERVE? 
É focado na resolução de problemas (mais difíceis) que permite uma aproximação com várias interfaces que 
criam problema para famílias analisadas. 
 F.I.R.O 
 
o O QUE É? PARA QUE SERVE? 
(Fundamental interpersonal Relations Orientation) é baseado no modelo de Orientações Fundamentais nas 
Relações Interpessoais. 
1. Inclusão 
-estrutura= as pessoas que moram na casa e suas respectivas funções 
 
8 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
-conectividade= refere-se aos laços de interação entre os membros da família. 
-Modo de compartilhar=refere-se às associações interativas com o senso especial de identidade da família 
como um grupo. 
 
2. Controle 
-Na família, refere-se a influência e poder exercido por diferentes membros da família, de maneira geral irão 
existir 3 tipos de controle: dominante,reativo e colaborativo. 
 
3. Intimidade 
-refere-se as interações pessoais que envolvem troca com alto grau de fraqueza, expressão emocional e 
vulnerabilidade mutua entre os membros da família. 
 
 
 TIPOS DE FAMÍLIAS ou ESTILO FAMILIAR 
o NUCLEAR ou BIPARENTAL: Família composta por um casal HETEROSSEXUAL (pai e mãe) e seus filhos 
BIOLÓGICOS. Composta por apenas duas gerações. –antigamente era considerado o modelo legítimo de família. 
 
o ALARGADA ou EXTENSA: Coabitam ascendentes, descendentes e/ou colaterais por consanguinidade ou não. É 
uma família formada por 3 ou 4 gerações –pais, filhos, avós, netos... 
 
 
o MONOPARENTAL ou UNIPARENTAL: Famílias chefiadas só por um dos pais em determinado momento, devido a 
divórcio, viuvez, separação com o conjugue em cumprimento de pena de prisão/desaparecimento/algo que 
impeça a convivência do casal por um período superior a 3 meses. 
 
o RECONSTRUÍDA: São famílias reconstruídas pós divórcio/separação, formadas por pessoas (apenas um ou o 
casal) que foram casadas anteriormente com ou sem filhos de outra relação. 
 
o ADOTIVAS: formadas por uma pessoa que, independente do motivo, acolhe novos membros –geralmente 
crianças – que podem ser multiculturais ou birraciais. 
 
o ADOTIVAS TEMPORÁRIAS: são famílias nucleares/extensas/qualquer outra que adquire um novo membro, 
temporariamente. Ex.: intercambio. 
 
o HOMOSSEXUAIS ou HOMOAFETIVAS: casais homossexuais com ou sem filhos vivendo maritalmente, possuindo 
ou não crianças (adotivas ou consanguíneas). 
 
o UNICELULAR ou UNIPESSOAL ou UNITÁRIA: formada por apenas um indivíduo independente da relação conjugal 
ou se alguém vai passar o dia com ela. 
 
o ANAPARENTAL: Pessoas com vínculos parentais, sem possuir vínculo de ascendência ou descendência, moram 
juntos por algum motivo, possuindo rotinas e dinâmicas podendo apresentar afinidades sociais, econômicas, etc. 
EX.: dois irmãos, primos... 
 
o FAMÍLIA POLIGÂMICA: união conjugal de uma pessoa com mais de outra. 
 - poliginia: um homem e várias mulheres. 
 -poliandria: uma mulher com vários homens. 
 
9 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
o COMUNITÁRIA: compostas por pessoas e seus eventuais descendentes, coabitando na mesma casa ou casas 
próximas. EX.: alteias, comunidades religiosas, ciganos... 
 
 CICLO DE VIDA – DESENVOLVIMENTO FAMILIAR 
o O QUE É? PRA QUE SERVE? 
É uma visão antecipada dos problemas – “topografia” da situação vivida pelo paciente –. Serve para Identificar a 
fase da família em um dado momento, propondo ajuda neste período e, através da longitudinalidade observa a 
mudança e a reorganização passagem de uma fase a outra. 
 
o ESTAGIOS DO CICLO DE VIDA: habitual x famílias populares 
 HABITUAL: POSSUI 8 FASES 
I (ADULTO JOVEM INDEPENDENTE): desenvolvimento de relações emocionais/financeiras consigo mesmo 
CARACTERÍSTICAS 
 Autonomia, responsabilização emocional e financeira 
 Síndrome dos filhos cangurus: a pessoa, apesar de viver a vida profissional, ainda permanece na casa 
dos pais. 
 Investimentos profissionais 
 
TAREFAS 
 Diferenciação de identidade em relação à família de origem 
 Desenvolvimento de relações intimas com adultos iguais 
 
II (CASAMENTO): COMPROMETIMENTO COM UM NOVO SISTEMA FAMILIAR 
CARACTERÍSTICAS 
 Um novo casal inicia a vida a dois 
 Há renegociação das relações com seus pais e amigos novos e antigos. (Ex.: educação de filhos, resp. 
financeiras, etc.) 
 Comprometimento com um novo sistema familiar 
TAREFAS 
 Conhecimento recíproco dos relacionados 
 Construção de regras próprias de funcionamento 
 Formação do sistema conjugal e realinhamento dos outros relacionamentos. 
 Maior autonomia em relação à família de origem e da tomada de decisões sobre filhos, educação e 
gravidez, divisão de vários papéis do casal de modo equilibrado 
 
III:NASCIMENTO DO 1° FILHO: aceitação de novos membros na família: GRAVIDEZ 
CARACTERÍSTICAS: 
 Aceitação de novos membros na família (sanguíneos ou adotivos) 
 Gravidez (demanda transformações e novos acordos. A relação do casal pode alterar-se – um está 
mais sensível e introspectivo, demandando maus apoio e atenção; a outra metade pode não 
entender a necessidade de demanda e afastar-se.)  Nascimento (função materna, que também 
pode haver novas alterações no relacionamento – uma metade sobrecarregada e a outra pode 
afastar-se mais.) 
 
TAREFA 
 Inclusão de um novo membro 
 Divisão de papeis, sendo o materno sobrecarregado (acréscimo da educação da criança) 
 Realinhamento dos relacionamentos familiares, ampliando os papais de pais e avós (família 
ampliada). 
 
 
10 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
IV: FAMÍLIAS COM FILHOS PEQUENOS: OUTROS FILHOS 
CARACTERÍSTICA 
 Outros filhos: preparar a família para a chegada de novos membros 
 Antecipação de possíveis conflitos/dificuldade entre filhos novos e antigos 
 Novos contatos com a sociedade (cada vez mais íntimos) 
 Crescente autonomia dos filhos 
 
TAREFAS 
 Novos ajustes das relações e do espaço 
 Redivisão de tarefas – educação dos filhos, financeiras e domésticas 
 Pape materno em ajuste constante, desenvolvimento das crianças e de uma vida satisfatória ao todo. 
 
V: FAMÍLIAS COM FILHOS ADOLESCENTES: FILHOS ADOLESCENTES, PAIS NA MEIA IDADE E AVÓS NA 
VELHICE 
CARACTERÍSTICAS 
 Toda família vive em crise (mãe sobrecarregada e pai autoritário) 
 Avós como rede de apoio 
 Flexibilidade das regras 
 Limites mais permeáveis ao exterior 
 Adolescente com maior autonomia dentro e fora do sistema 
TAREFAS 
 Adolescente: encontrando sua liberdade 
 Pais: equilibram a liberdade dos filhos considerando a individualidade dos filhos. Os pais também 
estarão se preparando para esse processo de independência dos filhos. 
 Avós: em momento de fragilidade – já que vivem a velhice –, sendo os cuidados serão voltados para 
eles também. 
 Filhos: maior independência. 
 
VI: LANÇANDO OS FILHOS E SEGUINDO EM FRENTE: ACEITAR SAÍDAS E ENTRADAS NA FAMÍLIA 
CARACTERÍSTICAS 
 Filhos começam a sair de casa e deixam para trás os pais – que voltam a estar sozinhos um com o 
outro-. 
 Possível morte dos avós 
 Crise de meia idade 
TAREFAS 
 Aceitar que a família terá membros saindo e entrando (saídas dos filhos e aparecimentos de noras, 
netos, genros...) 
 Renegociação do sistema conjugal como um casal 
 Planejamento financeiro para aposentadoria 
VII: APOSENTADORIA: 
CARACTERÍSTICAS 
 Novas relações com filhos 
 Tornam-se avós 
 Realinhamento do convívio mais intenso pelo maior tempo disponível (com objetivos diferentes) 
TAREFAS: 
 Chegou o fim do salário regular, então deverá haver ajustes financeiros em relação a renda mensal 
 Aumento dos gastos com: medicações e necessidade de conforto, saúde e bem-estar. 
 
VIII: FAMÍLIAS NO ESTAGIO TARDIO: VELHICE 
CARACTERÍSTICAS 
 Aceitação da mudança de papeis entre as gerações 
 
11 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 Papel central na geração do meio 
 A família deve abri espaço para sabedoria dos mais velhos, porém sem basear-se apenas nela. 
 TAREFAS 
 A família se mantem mesmo com o declínio fisiológico dos que antes eram a base de tudo. Sabendo 
lidar com a perda de habilidades e maior dependência. 
 Saber lidar com perdas (amigos, familiares, parceiros) e com a proximidade da morte. 
 
 FAMÍLIA POPULAR: POSSUI 3 FASES 
I: FAMÍLIA COMPOSA PO JOVEM ADULTO 
 CARACTERÍSTICA 
 Adolescentes levados a buscar formas de ganhar dinheiro fora de casa ou formas exploradas de ajuda 
(tornando-se sozinhos e crescendo por conta própria, ou seja, sem que outro adulto se responsabilize 
por ele  por volta de 10 anos de idade) 
II: FAMILIA COM FILHOS PEQUENOS 
 Ocupa boa parte do ciclo, incluindo 3 ou 4 gerações na mesma casa. 
 As tarefas dessa fase misturam-se:sistema conjugal, assumir papeis paternos e reorganizar os papeis 
com a família de origem 
III: FAMÍLIA NO ESTÁGIO TARDIO 
 Nas famílias populares é mais difícil acontecer o ninho vazio, já que os idosos ainda são membros 
ativos nos papeis dentro da família (seja de sustentar e educar gerações mais novas). 
 Mulheres tornam-se avós precocemente –mesmo ainda consolidando vida reprodutiva e afetiva. 
 Fase crescente. 
 
o QUAL O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA? 
 
Trabalham detectando se há situações de negligencia à saúde com algum membro, assim ajudando a promover a 
corresponsabilidade da família nos cuidados. Ajudam também na identificação dos mecanismos de resolução de 
problemas e auxiliando (assim, identificando situações de risco à saúde). 
 
o FUNCIONLIDADE FAMILIAR: Famílias funcionais x disfuncionais moderadas x disfuncionais graves 
 
 FAMÍLIAS FUNCIONAIS: aquelas em que há coesão familiar, mas também espaço individual, 
flexibilidade, comunicação clara e direta, afetividade expressa, capacidade de resolução de 
problemas, intimidade pessoal, aliança parental forte e família intrapsíquica extensa. 
1.COESÃO FAMILIAR COM ESPAÇO INDIVIDUAL: 
Fronteira claras e flexíveis entre membros, permitindo comunicação com diferenciação dos diferentes 
elementos. 
 
2. FLEXIBILIDADE: 
Permite modificação de regras quando necessário. 
 
3.COMUNICAÇÃO CLARA E DIRETA: 
Nas famílias funcionais há poucos segredos, ou seja, as pessoas falam que querem dizer. 
 
4.AFETIVIDADE EXPRESSA: 
Verbalização se sentimentos positivos e negativos. 
 
12 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 
5.CAPACIDADE DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS 
6. INTIMIDADE PESSOAL: 
Aliança parental forte, já que é importante para manejo de regras quando há filhos. 
 
7.FAMÍLIA INTRAPSÍQUICA EXTENSA: a família se estende de maneira saudável 
 
OBS1: são famílias capazes de criar filhos saudáveis, autônomos e com desenvolvimento afetivo. 
Abrange um casal que divide o poder de decisões, com decisões consensuais e negociadas, tem relações 
intimas e afetuosas (casal com boa satisfação sexual), respeitam os sentimentos e opiniões dos filhos, 
reconhecem os problemas e enfrentam precocemente e as crises acontecem sem respostas patológicas. 
 
 FAMILIAS MODERADAMENTE DISFUNCIONAIS: aquelas que apresentam aglutinação, rigidez, 
comunicação pouco clara, pouca negociação, afetividade escondida, resolução difícil de 
problemas, distancia interpessoal, relação parental difícil e corte emocional com a família de 
origem. 
 
1. AGLUTINAÇÃO: 
 Fronteiras não nítidas entre os membros, sem autonomia. 
 
2. RIGIDEZ: 
Apresentam dificuldade em modificar regras 
 
3. COMUNICAÇÃO POUCO CLARA: 
Tem segredos e não verbalizam emoções e exprimem através do corpo –apresentam problemas 
psicossomáticos, ou seja, problemas físicos e emocionais. 
 
 
4. POUCA NEGOCIAÇÃO 
 
5. AFETIVIDADE ESCONDIDA 
 
 
6. RESOLUÇÃO DIFÍCIL DE PROBLEMAS 
 
7. DISTANCIA INTERPESSOAL 
 
 
8. RELAÇÃO PARENTAL DIFÍCIL: 
Geram tensões latentes ou simétricas conflito 
 
 
9. CORTE EMOCIONAL COM A FAMÍLIA DE ORIGEM: 
Não tem boa convivência com familiares fora do ciclo. 
 
 
OBS2: A relação do casal é cheia de desapontamentos, culpas, pouca intimidade, relação sexual 
pouco satisfatória; entretanto, a família tem grande valor para eles. São capazes de criar filhos 
saudáveis, autônomos, mas com dificuldade afetiva. O vínculo mais forte não é entre o casal, em 
crises podem desenvolver respostas disfuncionais 
 
 
13 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 FAMÍLIA GRAVEMENTE DISFUNCIONAL: apresentam degradação, regras caóticas ou inexistentes, 
comunicação distorcida, inexistência de negociação, afetividade negativa ou ausente, resolução de 
problemas impossível, grande distância interpessoal, cisão parental e corte emocional total com 
a família extensa e ausência de capacidade de brincar. 
 
1.DEGRADAÇÃO: 
Com fronteiras rígidas entre os seus membros implicando falta de união no sistema familiar, em caso de 
doença, é mais difícil mobilizar a família no apoio a pessoa doente. 
 
2. REGRAS CAÓTICAS OU INEXISTENTE: 
O que torna estas famílias altamente patogênicas 
 
3.COMUNICAÇÃO DISTORCIDA: 
Com segredos, curtos circuitos é paradoxo. 
 
4.INEXISTÊNCIA DE NEGOCIAÇÃO 
5.AFETIVIDADE NEGATIVA OU AUSENTE 
6.RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS IMPOSSÍVEL 
7. GRANDE DISTANCIA INTERPESSOAL 
8. CISÃO PARENTAL 
9. CORTE EMOCIONAL TOTAL COM A FAMÍLIA EXTENSA 
10. AUSÊNCIA DE CAPACIDADE DE BRINCAR 
 
OBS3:Ainda pode-se classificar em famílias com padrão dominante e controlador (O casal não tem 
intimidade, com coligação do membro submisso com pessoas de fora. Filhos apresentam comprometimento 
da autonomia, afetividade e dependência do membro dominador. A estrutura familiar é rígida, sem 
flexibilidade, poder concentrado e decisões não compartilhadas. Resultam em uma resposta patológica e 
produzem crianças rebeldes, problemáticas e adultos frágeis com tendência a depressão), famílias com 
padrão de conflito disfuncionais (casal incapaz de dividir o poder, sem intimidade e com colisões internas 
e externas frequentes, apresentando relações extraconjugais. Os filhos são “puxados” de um lado para o 
outro, e com comprometimento grave de afetividade e intimidade. São famílias que originam pacientes 
psiquiátricos, crianças com distúrbios de conduta e adultos depressivos) e famílias caóticas (não cumprem 
tarefas básicas, perdem a individualidade, apresentam comunicação gravemente comprometida e criam 
doenças mentais severas, desvalorizadas pela família) 
 
HUMANIZAÇÃO: Política nacional de humanização da atenção e gestão do 
SUS(PNH) 
 
A humanização do SUS foi criada em 2003 e é garantir que o atendimento individual e de todos os profissionais 
sejam satisfatórios ao paciente. Ela é realizada a partir do método da tríplice inclusão: gestão, cuidado e formação. 
1. Gestão: coparticipação das ações 
 
14 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
2. Cuidado: corresponsabilidade entre profissionais e usuários 
3. Formação: qualificação dos recursos humanos 
OBS: O método da tríplice inclusão é a garantia dos direitos do usuário, buscando um atendimento acolhedor, 
redução de filas e tempo de espera, amplificação de acesso, valorização do trabalho da equipe e gestão participativa 
nas equipes 
 
 
 
o PARA QUE SERVE A HUMANIZAÇÃO DO SUS? 
Serve para traduzir os princípios do SUS na pratica, construir trocas solidárias entre produção de saúde e de 
sujeito (ou seja, para haver produção de saúde é necessário que vários sujeitos se envolvam: usuário, 
movimentos sociais, gestores, trabalhadores da área da saúde, etc.), contagiando a rede SUS. 
 
A humanização é baseada em saber escutar o que o paciente tem a dizer, e apresenta três princípios: 
1. Transversalidade (aumento do grau de comunicação entra e intergrupos): reconhecer que as diferentes 
áreas da saúde estão conectadas e se complementam, ou seja, trabalhar em equipe é fundamental. 
 
2. Indissociabilidade entre atenção e gestão: a equipe e usuários devem buscar saber como funciona a gestão 
dos serviços e rede de saúde, para assim, ajudar ativamente no processo de decisões que influenciam o 
coletivo. Sempre objetivando a integralidade do cuidado e dos processos de trabalho. 
3. Protagonismo, corresponsabilidade entre sujeito e coletivo: o indivíduo e a família devem ser protagonistas 
do seu próprio cuidado, em sus diferentes realidades sociais 
O PNH abrange 7 diretrizes para a ambiência: clinica ampliada, congestão, acolhimento, valorização do trabalho e 
trabalhador, defesa dos direitos do usuário, fomento das grupalidades (coletivo e rede) e construção da memória do 
SUS que dá certo 
Obs: Ambiência é a construção de espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis. 
CLÍNICA AMPLIADA 
o O QUE É? PARA QUE SERVE? 
 
É o olhar ao paciente, que não deve ser responsabilidadeapenas de um profissional, e sim e toda a equipe de 
saúde/interdisciplinar. Não apenas focando na doença e sim tendo um olhar em outras perspectivas –social, 
econômico, cultura, etc. Ir além do modelo biomédico –. 
 
ACOLHIMENTO 
o O QUE É? PARA QUE SERVE? 
 
É o processo constituído por práticas de produção e promoção à saúde que implica responsabilização do 
trabalhador pelo usuário (da chegada à saída). Seja ouvindo queixas, considerando suas preocupações e 
angústias, fazendo uso de uma escuta qualificada para analisar a demanda, seja colocando limites necessários, 
garantindo atenção integral/resolutiva/responsável através do acionamento e articulação das redes internas e 
externas de serviço. 
 
O acolhimento é de extrema importância já que, normalmente, ao passar pelo SUS, o paciente se depara com: 
longas esperas, alta tensão de conflitos com trabalhadores, baixa capacidade de respostas de rede básica e alta 
concentração na UPA, além de insatisfação dos trabalhadores com seu próprio trabalho. 
 
 
15 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
o A QUAL IDEIA SE REFERE? 
 
O acolhimento como mecanismo de ampliação/facilitação do acesso 
O acolhimento como postura, atitude e tecnologia de cuidado 
O acolhimento como dispositivo de reorganização do processo de trabalho em equipe 
 
o COMO POR EM PRÁTICA? 
 
1. Postura diante do usuário e suas necessidades: Identifica riscos e vulnerabilidades, qualifica a relação do 
trabalhador com o usuário (vínculo) e humaniza o atendimento. 
2. Dispositivo para organizar o processo de trabalho: Organização dos serviços, pontua problemas e oferece 
soluções a partir da identificação da demanda e desloca o eixo principal do médico para uma equipe 
multiprofissional 
Assim, a pratica se faz a partir da escuta + pactuação entre demanda e possibilidade de resposta: 
ESCOLHER ESCUTAR  ANALISAR A DEMANDA  DAR RESPOSTA ADEQUADA 
 
FLUXOGRAMA ANALISADOR 
o O QUE É? PARA QUE SERVE? 
 
É um diagrama em que desenha-se um certo modo de organizar os processos de trabalho que se vinculam entre 
si, entorno de um servo fluxo de funcionamento. Ele possibilita analisar o fluxo de atendimento do usuário nos 
serviços de saúde –em que o fluxo é comandado pela oferta, ordem de chegada/fichas, ou pela demanda, 
necessidade das pessoas que buscam o serviço –. 
 
 
CLÍNICA AMPLIADA E PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR(PTS) 
 
o O QUE É? PARA QUE SERVE? 
É uma diretriz presente no PNH e o PTS é um dispositivo do PNH COM intuito de produzir mudanças nos modos 
de agir e cuidar. 
 
 CLÍNICA AMPLIADA é um compromisso radical com o sujeito doente, visto de modo singular, além de ser 
a responsabilidade sobre esses usuários com ajuda da intersetorialidade, ou seja, os setores de ajudando 
e reconhecendo limites dos conhecimentos dos profissionais de saúde e suas tecnologias por esses 
empregadas, buscando diferentes conhecimentos em diversos âmbitos do local. 
 
16 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 
 Reconhecer a clínica de todos os profissionais 
 Meio pelo qual trabalhadores e gestores de saúde possam enxergar e atuar na clínica de forma 
única, reconhecendo e utilizando o potencial de cada setor. 
 O trabalho em equipe visando o reconhecimento do sujeito/usuário. 
 
A clínica ampliada exige dos profissionais analise dos próprios valores os valores da sociedade, sendo que, 
o que pode ser ótimo e correto para o profissional as vezes pode estar contribuindo para o adoecimento 
do paciente. Assim, a clínica correta é aquela em que os profissionais acham o diferencial de cada paciente 
em cada diagnostico e não o que os assemelha. 
 
 PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS) é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas 
para um sujeito/coletivo, resultado de uma discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar –geralmente 
para casos mais complexos –. 
 
1. Projeto: esforço momentâneo para criar um produto 
2. Terapêutico: tratamento/cuidado 
3. Singular: único. 
 
Ou seja, é um planejamento momentâneo com intuito de tratamento de contexto único, sendo o 
resultado ideal é a saúde integral e qualidade de vida de um determinado grupo ou população. O PTS é 
um dispositivo para disparar processos de mudança nas práticas de saúde. 
 
 Surge a partir da escuta da pessoa –valores, desejos e vínculos  discussões da equipe + participação 
da pessoa/grupo  profissionais participantes, independendo da formação  elaboração entre 
diversos níveis de atenção e setores 
 O PTS desafia o sistema biomédico tradicional a mudar, mostrando a necessidade de uma articulação 
interprofissional maior –momento de discussões, encontro, troca de ideias e reflexões – e trabalha 
com a ideia de horizontalização dos poderes e conhecimentos. 
 
 O PTS divide-se em 4 momentos: 
 
1. Diagnóstico: capta como o sujeito singular se produz diante dos problemas –doenças, desejos, 
interesses, trabalho, cultura, rede social e família. 
 
 Identifica aspectos orgânicos/psíquicos e sociais 
 Identifica redes de apoio familiar e da comunidade 
 Identifica pessoas e outros setores que podem contribuir com as metas a serem definidas 
 Identifica vulnerabilidade e potencialidades 
 
17 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 
2. Definição de metas: tudo deve ser organizado e ter participação do usuário 
 
 Traçar metas de curtomédiolongo prazo 
 Além de negociar com o paciente e com as pessoas que ele tem vínculo 
 
3. Divisão de responsabilidades: Essa fase é basicamente a divisão do que cada parte do PTS é 
responsável de garantir. 
 Definir a função de cada profissional dentro do PTS 
 Responsabilizar o sujeito pelo seu PTS 
 Definir a participação dos familiares e comunidade no PTS do sujeito alvo 
 Definir o profissional responsável pelo monitoramento das ações 
 
4. Reavaliação: 
 Identificar resultados alcançados 
 Avaliar estratégias utilizadas 
 Definir novos rumos para o PTS 
 
(ROTEIRO DE PTS) 
 
 
18 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
OBS1: Os usuários a serem escolhidos para o PTS na ABS devem ser os com situações mais graves ou difíceis e qualquer 
membro da ABS pode propor o PTS. Quanto maior o tempo de tratamento, maior a necessidade de acompanhamento 
na parte de adesão ao tratamento pelo sujeito –já que maior será o desafio de lidar com o usuário. 
OBS2: Nos casos que “prognóstico amplo”, ou seja, ainda há ampla possibilidades de tratamentos o investimento da 
equipe no PTS faz extrema diferença. 
OBS3: Nos casos de “prognóstico fechado” ou seja. Quando há pouca variedade de tratamento, o PTS atua com a ideia 
de diminuir o sofrimento e melhorar a qualidade de vida do paciente. 
 
Atenção Domiciliar 
o O QUE É? PARA QUE SERVE? 
 
Atenção domiciliar (AD) é uma modalidade da atenção à saúde, integrada às Redes De Atenção à Saúde (RAS), 
sendo m conjunto de ações de prevenção e tratamento de doenças, além de reabilitação, paliação e prevenção à 
saúde prestadas a domicilio. A AD tem o objetivo de promover, restaurar e manter conforto, funções e saúde de 
pessoas em nível máximo, incluindo cuidados para uma morte digna. 
 
 
 
Os Serviços de Assistência Domiciliar (SADs) são classificados como preventivos, terapêuticos, reabilitadores, de 
acompanhamento por longo tempo e de cuidados paliativos. É um serviço de URGÊNCIA, substituto ou 
complementar à internação hospitalar (programa melhor em casa do Ministério da Saúde) –funcionam a partir de 
equipes multiprofissionais de atenção domiciliar(EMAD) e equipes multiprofissionais de apoio(EMAP). 
 
SADs tem função de: 
 Redução da demanda por atendimento hospitalar; 
 Redução do período de internação dos usuários; 
 Humanização da AS ampliando a autonomia dos usuários; 
 Desinstitucionalização e otimização dos recursos financeiros e estruturais da RAS 
 
OBS: A AD tem mais números de satisfação que internações hospitalares justamente por ser um serviço 
humanizadocentrado no acolhimento e afetividade com o enfermo 
 
 Visitas domiciliares (VDs) 
Pode ser realizada como fim e/ou com o meio de muitas situações, ambas oportunizam, em todas as situações, uma 
possibilidade incentiva a promoção e prevenção da saúde. As VDs são importantes na descoberta, na abordagem de 
problemas, no diagnóstico, na busca ativa, na prevenção de agravos e na promoção da saúde. 
Ou seja, importante para rastreio de novos problemas e tratamento. 
o MODALIDADES DA AD: A atenção domiciliar divide-se em 3 modalidades, sendo: AD1, AD2 e AD3, que variam de 
acordo com a necessidade de saúde das pessoas –utilizando densidade tecnológica e de carga horária. 
1. AD1 (AD de baixa complexidade) 
2. AD2 (AD de média complexidade) 
3. AD3 (AD de alta complexidade) 
 
 
19 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 
 
 AD2 e AD3 são complementares à APS, buscando: afecções agudas ou crônicas (cuidados intensificados 
e sequenciais), afecções crônico-degenerativas (algo com comprometimento causado por doenças, 
demandando um atendimento semanal), cuidados paliativos (controle de dor, no mínimo semanal), 
bebês prematuros e baixo peso com necessidades de ganho ponderal. Ou seja, situações crônicas ou 
agudas que precisam de acompanhamento semanal. 
 
 AD1 é ligada a situações crônicas compensadas ou agravamentos que precisam de cuidado contínuo mas 
com menor intensidade de tempo/equipamento. 
 
OBS1: 
 Atenção domiciliar (é o atendimento ou cuidado domiciliar): São atividades realizadas no domicílio 
programadas e continuadas, conforme a necessidade. Envolve práticas políticas econômicas e sociais 
(afeto) que influenciam o processo de saúde-doença. Além disso, tem caráter ambulatorial e suas ações 
são preventivas e curativo-assistenciais. 
 
 Assistência domiciliar (cuidado domiciliar): Todo e qualquer atendimento em domicílio. Não leva em 
conta a complexidade ou o objetivo do atendimento. 
 
 Atendimento domiciliar – Atuação profissional no domicílio. Que é operacionalizada por meio da visita 
ou da internação domiciliar. Envolve atividades que vão de educação e prevenção a recuperação e 
manutenção da saúdes das pessoas e seus familiares no contexto de suas residências. (ESTÁ LIGADA A 
SITUAÇÕES AGUDAS – Pode abranger ou não cuidados multiprofissionais sendo semelhante a um 
consultório em casa) – É uma atenção pontual e temporária. 
 
 Visita domiciliar – Prioriza o diagnóstico da realidade do indivíduo e as ações educativas. (É programada 
e utilizada para subsidiar intervenções ou planejamento de ações). 
 
 Internação domiciliar (mais específica) – Envolver a utilização de aparato tecnológico em domicílio. 
NÃO substitui a hospitalar, mas pode ser uma continuidade desta de forma temporária. 
 
OBS2: 
 Acompanhamento domiciliar – Cuidados no domicílio para pessoas que necessitam de contatos 
frequentes e programáveis com a equipe (p. ex. doentes crônicos com dependência física, idosos com 
dificuldade de locomoção ou morando sozinhos etc.). 
 
 
20 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 Vigilância domiciliar – Ações voltadas na promoção, prevenção, educação e busca ativa da população 
nas áreas de abrangência das UBS. (P. ex. visita a puérperas, busca de recém nascidos, abordagem familiar 
para diagnóstico e tratamento). 
 
VISITA DOMICILIAR 
o O QUE É? PRA QUE SERVE? 
 
A VD é um instrumento da AD e intervenção quando planejada e sistematizada e divide-se em dois tipos: VD fim 
(com objetivos específicos a atuação) e VD meio (busca ativa, promoção e prevenção da saúde). 
1. VD FIM: na propaganda política, na internação domiciliar, na atuação domiciliar terapêutica, na visita a 
pacientes acamados, na atenção ao parto 
2. VD MEIO: Busca ativa em demanda reprimida, educação para saúde mais individualizado, estimulando o 
cuidado à saúde e estabelecer canais permanentes de comunicação. 
 
A VD apresenta 3 princípios: observação (atenção aos detalhes dos fatos e relatos apresentados durante a 
Visita), entrevista (dialogo com finalidade e não apenas com conversas empíricas) e relato oral/história 
(espaço onde as pessoas revelam como dão sentido às suas vidas, dentro dos limites e da liberdade que lhe 
são concedidos.). 
1. OBSERVAÇÃO: observa-se contexto social, econômico e cultural, além de, condições de moradia e 
saneamento, a relação entre os familiares (entre si e entre os profissionais de saúde), acessibilidade a UFS, 
situação de vulnerabilidade e fatores de risco à saúde.  Possibilita perceber como a família vive. 
2. ENTREVISTA: número, gênero, idade, se há crianças, gestantes, idosos, situação de cartão de vacina, coleta 
de lixo, patologias... 
3. HISTÓRIA/RELATO ORAL: ou vir inquietações da família utilizando as habilidades de comunicação 
enquanto mostra-se receptivo à escuta.  Resulta em maior confiança/fortalecimento do vínculo 
profissionais-usuários 
 
o COMO COMEÇAR? 
 
A partir de uma anamnese inicial com o cuidador/família pode estabelecer o espaço de tempo em que deverá ser 
realizado a visita com o profissional mais qualificado para a situação (normalmente família e cuidadores são 
avisados sobre a visita, mas em casos de violência, não avisar é uma opção). 
 
 
OBS1 (VD rural): é necessário saber que há muitos empecilhos devido ao menor acesso às redes de atenção à 
saúde –devido ao menor acesso às RAS – assim, o planejamento prévio é mais intenso. Assim sendo, o Ministério 
da saúde criou alguns meios de chegar nessas pessoas, como: unidades de saúde fluviais (para comunidades mais 
isoladas), motorista como um membro essencial da equipe (para evitar acidentes de trabalho e exposição a 
fatores insalubres do setor saúde). 
 
OBS2 (óbito no domicílio): se for uma escolha do paciente e da família, a equipe de profissionais na saúde devem 
apoiar para que isso ocorra da melhor maneira e de forma menos dolorosa possível. 
 
OBS3 (situação de rua): a equipe deve reconhecer os espaços provisórios de domicílio a partir de uma busca ativa 
como estratégia de estudo/cuidado em saúde sobre reconhecimento a vulnerabilidade da população atingida. 
 
OBS4 (territórios de conflito e violência urbana): foi aplicado um metodologia de ACESSO MAIS SEGURO (AMS), 
em que propõe uma série de ações medidas para estar preparado e responder aos desafios e prioridades 
específicas do contexto a parte da avaliação permanente de rosco e do estabelecimento de medidas e 
procedimentos que reduzem os riscos do dia a dia. 
 
 
21 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
EDUCAÇÃO CONTINUADA 
 
o O QUE É? PARA QUE SERVE? 
A educação continuada está inserida dentro do meio da EDUCAÇÃO EM SAÚDE, em que a constituição federal de 
1988 diz que o SUS tem o dever de ordenar a formação e educação em saúde. O Ministério da Saúde tem 
desenvolvido estratégias/políticas de adequação/formação e qualificação dos trabalhadores, pautados nas 
necessidades da população referente a saúde. 
 
Serve basicamente para que o profissional viva atualizado e que em grupo agregue em uma equipe 
multiprofissional ou individualmente procurando sempre praticar técnicas críticas, éticas e humanísticas, visando 
o bem-estar do paciente e manter-se atualizado. 
 
O papel da equipe multiprofissional é apoiar a ABS no Brasil ampliando ofertas de saúde na rede de serviços. 
Matriciamento é um modo de produzir saúde em que as equipes complementam sua atividade (criam uma 
proposta de intervenção pedagógico-terapêutica.) 
 EX.: telessaúde, EPS em movimento... 
 
 
EDUCAÇÃO CONTINUADA x EDUCAÇÃO PERMANENTE 
(Voltados para profissionais de saúde) 
1.EDUCAÇÃO CONTINUADA: é centrada no desenvolvimento de grupos e categorias profissionais que utiliza a 
metodologia tradicional, buscando melhorias PERMANENTES na qualidade do cuidado à saúde, praticar técnicas 
críticas, éticas e humanistas visando o bem-estar do paciente. 
 Utiliza de ferramentas, como: atividades de ensino após a graduaçãocomo curso de caráter seriado... 
 Atividades que tem período de formação definido (cursos e especializações) para profissionais de ramos 
específicos. 
2.EDUCAÇÃO PERMANENTE: é um processo constante de promoção e desenvolvimento integral e contextualizado na 
equipe, centrando-se nas circunstancias e problemas de seu processo de trabalho (de modo crítico e criativo). 
 Utiliza-se da problematização como método transformador das práticas através da reflexão 
 Aprendizagem na pratica (reuniões de equipes, avaliações mensais...ex.: trabalhador com menos pratica 
acompanha um mais experiente) 
 
 POLÍTICA NACIONAL DE EDUCÇÃO PERMANENTE: reafirma os princípios de educação permanente em 
saúde como norteadores para construção dos planos regionais de educação permanente e das ações 
educativas na saúde. Coloca a questão de que: as demandas para formação dos profissionais de saúde 
no sistema único de saúde não sejam pautadas em motivos individuais e sim coletivos (mudanças 
tecnicopolíticas já que desenvolve mudanças nas relações). 
MÉTODO CLINICO CENTRADO NA PESSOA 
 
22 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
o O QUE É? PARA QUE SERVE? 
Trata-se do método em que tratar o paciente como um todo e não apenas a doença que acontece nele. Diferente 
do modelo tradicional, que liga-se principalmente à diagnóstico e tratamento, o MCCP relaciona-se com a 
prevenção e promoção (buscando melhorar o atendimento sobre a situação completa do paciente e não apenas 
a doença) 
 
 
 
 
o COMO FUNCIONA? 
Já que o MCCP abrange entender saúde, doença e as experiências da pessoa com a doença (entender a pessoa 
como um todo), buscando um plano em conjunto para o manejo dos problemas –através a intensificação da 
relação médico/paciente. 
 
4 passos do MCCP: 
 
1. Explorar a saúde, a doença e a experiência da doença (olhar além da doença): Buscando escutar a pessoa, 
entender a percepção dela sobre os problemas que ela tem e as expectativas sobre o que deve ser feito. 
 
2. Entender a pessoa como um todo: Conhecer o indivíduo, a família e o contexto, principalmente no âmbito 
familiar, trabalho, crenças e ciclo de vida do paciente. 
 
3. Elaborar um projeto comum de manejo para os problemas: Adequar opções terapêuticas para as situações 
do paciente e buscar uma decisão conjunta, não somente o médico prescrever o que deve ser feito. 
 
4. Intensificar a relação entre médico-paciente: Intensificar a relação médico-paciente que melhor vai ser o 
resultado esperado do manejo do paciente. 
 
 
o QUAIS OS RESULTADOS ALCANÇADOS? 
 
Quando adotado, o MCCP abrange: maior satisfação pessoal, melhora de adesão aos tratamentos, redução das 
preocupações e sintomas, diminuição na atualização dos serviços de saúde e melhora à saúde mental do paciente. 
 
Há evidencias de que o MCCP resulta em menor reclamação por negligência médica, maior satisfação do 
profissional e maior satisfação dos doentes (já que tem essa ideia de troca de conhecimentos). 
 
o QUAIS AS ETAPAS DA COMUNICAÇÃO EM SAÚDE NO MCCP? 
Comunicação em saúde é o domínio das técnicas necessárias para atender e informar os paciente, familiares e 
comunidade em relação à atenção integral à saúde e para o exercício adequado em equipe multiprofissional. 
 
Assim, ela apresenta etapas: 
 
23 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 Fazer recomendações personalizadas 
 Seja flexível 
 Siga as fases do SOAP 
 Perguntar se o paciente entendeu o que ocorreu na consulta, se tem dúvidas 
 Evitar dar falsas esperanças 
 
 
 
 
 
24 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
 
 
 
Dentro do MCCP há tipos de abordagem que baseiam-se em abordagens com: 
 Linguagem verbal: falada ou escrita 
 Linguagem não verbal: gestos, expressões, orientações do corpo, posturas, reações, organização de objetos 
no espaço... 
 Pontos de tensão: comunicação de notícias difíceis (PROTOCOLO SPIKES). 
 
Nesse caso de pontos de tensão, é necessário considerar o que, como e quando falar (e se o paciente quer saber). O 
protocolo SPIKES é utilizado como forma de orientação ao membro da equipe que irá comunicar uma noticia ruim. 
 
OBS: 
 
 
 
Doença Crônica não Transmissíveis (DCNT) 
o O QUE É? O QUE CAUSA? 
Abrange doenças crônicas, como: Hipertensão, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade, etc. (que podem 
causar até 70% dos óbitos). 
Nesses casos, para reduzir as mortes por DCNT é a expansão da cobertura da APS, que geralmente estão 
relacionadas a desigualdade socioeconômica (acesso aos bens e serviços, além de baixa escolaridade, altos níveis de 
tabagismo, etilismo, sedentarismo e alimentação inadequada), o que torna possível a prevenção. 
 
25 Isabelle Soares Gonçalves de Oliveira 
o COMO AJUDAR COM DCNT? 
Os métodos de ação contra as DCNT é basicamente: 
1. Aleitamento materno (a criança tem menos chances de desenvolver problemas futuramente); 
2. Apoiar ações de promoção e prevenção à saúde; 
3. Academia de saúde (incentivo a atividades físicas); 
4. Guia alimentar; 
5. Expansão da APS (inclusive a capacitação dos profissionais); 
6. Expansão da Atenção farmacêutica; 
7. Proibição de cigarro; 
 
Sobre metas, elas baseiam-se na diminuição na diminuição da capacidade do indivíduo de adquirir problemas de 
saúde, como: 
 
 
 Eixos para buscar reduzir as DCNT: 
 Vigilância, informação e monitoramento. 
(Monitorar os fatores de risco e a mortalidade e morbidade –ins. Da doença na população – das doenças) 
 
 Promoção da saúde: 
 Induzir a atividade física com academias de saúde, calçadas e etc. 
 Alimentação saudável (ensinamento, prática e redução de propagandas de alimentos não 
saudáveis); 
 Diminuição do tabagismo e etilismo 
 Promover envelhecimento natural induzindo a comunidade a praticar atividades físicas e etc. 
 
 Cuidados Integrais: 
 Linha de cuidados para a DCNT; 
 Capacitação e telemedicina; 
 Medicamentos gratuitos; 
 Programas de saúde como: Saúde Toda Hora, AD e urgência. 
 
 
 
 
 
 
FIM </3

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