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Portfolio Grupo 6 (Higiene, Segurança e Qualidade de Vida)-convertido 1


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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO ADMINISTRAÇÃO 6º SEMESTRE
FERNANDA PALMEIRA DOS ANZÓIS JOSEANE VIEIRA DE ALBUQUERQUE JOSEILTON PEDROSA DE ANDRADE JOSÉ ROBERTO CAVALCANTE OBERLINO BRANDÃO DE SOUSA
HIGIENE, SEGURANÇA E QUALIDADE DE VIDA:
A importância das práticas de prevenção para o desenvolvimento da gestão de pessoas nas organizações.
FERNANDA PALMEIRA DOS ANZÓIS JOSEANE VIEIRA DE ALBUQUERQUE JOSEILTON PEDROSA DE ANDRADE JOSÉ ROBERTO CAVALCANTE OBERLINO BRANDÃO DE SOUSAPatos-PB 2014
HIGIENE, SEGURANÇA E QUALIDADE DE VIDA:
A importância das práticas de prevenção para o desenvolvimento da gestão de pessoas nas organizações.
Trabalho apresentado em requisito a produção textual de Grupo referente ao 6º Semestre, Portfólio para as Disciplinas de:
Direito Empresarial e Trabalhista
Prof.ª Janaina V. Testa
Gestão de Pessoas
Prof.ª Elisete Z. De Oliveira e Ana Céli Pavão
Responsabilidade Social e Ambiental
Prof. Sérgio Goes e Fabiana Muzardo
Da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR
Patos-PB 2014
HIGIENE, SEGURANÇA E QUALIDADE DE VIDA:
A importância das práticas de prevenção para o desenvolvimento da gestão de pessoas nas organizações.
Fernanda Leite Linhares Joseane Márcia de Morais Santos Azevedo
Joseilton de Souza Azevedo José Rogério de Sena Ferreira Oberlan Medeiros Romano
Alunos do 6º Período de Administração da Universidade Norte do Paraná (Unopar)
Resumo
O presente artigo busca aprofundar o assunto estudado ao desenvolver os aspectos de conteúdo inseridos no contexto das práticas de prevenção e manutenção da saúde, higiene, segurança e qualidade de vida no que tange às atividades laboriosas e gerenciamento de pessoas no mercado de trabalho, de valor indispensável para a integração da dimensão dos recursos humanos no âmbito organizacional. Para tanto, as principais contribuições explanadas dentro da abordagem correlacionada dessas temáticas foram analisadas de forma sequenciais, no intento de refletir de forma integrada quanto à estrutura e informações necessárias para manter o crescimento econômico nas empresas, ao mesmo tempo em que ocorram melhorias nas condições para atuação e progresso profissional dos funcionários, preservando sua integridade física e psicológica. A partir dos conceitos elementares e suas especificações técnicas nas normas regulamentadoras, e os procedimentos de segurança básicos, enfatizando em como essas práticas são preponderantes para a diminuição de acidentes, preservação da vida e o desenvolvimento econômico sustentável, além de diversas outras vantagens para a coletividade.
Palavras-Chave: Higiene Saúde e Segurança, Qualidade de vida no trabalho, Normas regulamentares, prevenção e gestão de recursos humanos.
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1. Introdução
O trabalhador formal passa cerca de 1/3 de sua vida no ambiente laboral, tempo que deve ser aproveitado da forma mais saudável e segura possível, do mesmo modo que os outros 2/3 restantes. Nesse trabalho enfatizamos quão necessário são os métodos e informações técnicas e práticas voltadas para as situações vivenciadas no dia-a-dia, seja quando atravessamos uma rua, numa bicicleta ou automóvel, devemos ter o cuidado de praticar essas ações e obedecer a todas as regras que nos alertam a fugir das situações de perigo. Além de cumprir as normas de prevenção de acidentes, todos devem alertar ao empregador ou responsáveis na cadeia hierárquica para que as situações de risco sejam reduzidas ou até mesmo eliminadas do ambiente organizacional. Assim, como cidadãos e trabalhadores, estaremos contribuindo para a redução dos impostos, diminuição do número de acidentes, valorização do investimento realizado pelo governo ao educar o cidadão para o mundo do trabalho, preservação de vidas e maximização dos lucros, que em conseguinte redundará na prosperidade de todos.
São muitos os aspectos relevantes relacionados à implantação de um programa de segurança e saúde do trabalho e da qualidade de vida no âmbito das empresas e organizações, primeiramente mencionamos as questões sociais – Onde se percebe que o ônus pelos acidentes de trabalho reflete-se em toda a nação, sendo ela a que arca com as despesas, aumentando assim a arrecadação de impostos, para fazer jus aos direitos do incapacitado ou à família da vítima de um acidente fatal, concedendo-lhe o seguro social a que tem direito. É expressivo o número de brasileiros aposentados por invalidez, que ficam à espera apenas do seu irrisório salário, quando poderiam estar produzindo e, consequentemente, contribuindo para o desenvolvimento do país. Em seguida citamos os aspectos humanos – Embora não se possa representar em números, esse é o mais importante, diante do fato que não há dinheiro que pague o preço de uma vida, assim como não há indenização que corresponda ao valor de uma mão, de um braço ou de qualquer parte do corpo mutilada em um acidente. Não dá para mensurar o significado, para os familiares, de um indivíduo que saiu para trabalhar e não voltou, vítima de um acidente do trabalho que poderia ter sido evitado. Outro fator não quantificável são os traumas que um acidente acarreta para os companheiros do acidentado. E por último há os aspectos econômicos – Onde
incide a queda na produção de uma empresa e da nação como um todo, decorrente de acidentes de trabalho, isso é algo que deve ser considerado, pois, além do custo final dos produtos, o acidente acarreta gastos com atendimento médico, transporte, remédios, indenizações, pensões, e outra infinidade de coisas. (TAVARES 2010)
A partir dos conceitos básicos da higiene, segurança e qualidade de vida procuramos perfazer os fatores de prevenção inerentes às atividades em ambiente organizacional, sobre o que vêm a ser ato inseguro e condição insegura, a atividade insalubre, o uso de equipamentos de proteção Individual e de proteção coletivos (EPI e EPC), as funções e objetivos da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), entender o que são normas regulamentadoras (NRs) e ainda analisar questões pertinentes à qualidade de vida no trabalho (QVT).
2. Conceitos básicos de Higiene e Segurança do Trabalho
O tema Saúde e Segurança no Trabalho (SST) ganha a cada dia maior visibilidade no cenário mundial, e o governo brasileiro se mobiliza para garantir um melhor ambiente de trabalho para os brasileiros.
Segundo o artigo 19 da Lei nº 8.213, de 24 de julho 1991, acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente. Pode causar desde um simples afastamento, a perda ou redução da capacidade para o trabalho, até mesmo a morte do segurado. (Portal Previdência 2014)
A preocupação com a higiene, saúde e segurança no ambiente de trabalho constitui uma das principais bases para a preservação da integridade física e mental dos empregados, além de ser essencial para garantir o bom desempenho de suas atividades.
As pessoas passam a maior parte de seu tempo na organização, em um local de trabalho, que constitui seu hábitat. O ambiente de trabalho se caracteriza por condições físicas e ambientais e por condições psicológicas e sociais. De um lado, os aspectos ambientais que impressionam os sentidos e que podem afetar o bem-estar físico, a saúde e a integridade física das pessoas. De outro lado, os aspectos ambientais que podem afetar o bem-estar psicológico, a saúde mental e a integridade moral das pessoas (OLIVEIRA 2014).
Para manter certo nível de saúde para os funcionários e a garantia de um ambiente de trabalho com condições pessoais, materiais e psicológicas saudáveis é necessário uma associação de forma simplificada dos conceitos sobre higiene e segurança. Mas para garantir o total conhecimento desse assunto o autor CHIAVENATO nos explica o que é higiene no trabalho.
A higiene no trabalho refere-se ao conjunto de normas e procedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentesàs tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas. A higiene do trabalho está relacionada com o diagnóstico e com a prevenção de doenças ocupacionais a partir do estudo e controle de duas variáveis: o homem e seu ambiente de trabalho (CHIAVENATO citado em OLIVEIRA 2014).
Pode-se, então, definir que, para atingir higiene no ambiente de trabalho, há um conjunto de normas e procedimentos que devem ser adotados por todos e cujo objetivo maior é a proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao meio ambiente físico onde são executadas.
As condições de higiene no ambiente de trabalho devem ser administradas de forma a garantir a saúde individual e coletiva e seus principais objetivos são: eliminar as causas das doenças profissionais; reduzir os efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes; prevenir o agravamento de doenças e de lesões; manutenção da saúde dos trabalhadores a aumento da produtividade por meio de controle do ambiente de trabalho.
Pode-se explicar que segurança do trabalho nada mais é do que um conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas utilizadas para prevenir acidentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente querem instruindo ou convencendo as pessoas da implantação de práticas preventivas, e está associado a metodologias e técnicas desenvolvidas para se anteceder às possíveis causas de acidentes de trabalho, objetivando a prevenção de suas consequências, com foco na eliminação das condições inseguras do ambiente, na instrução das pessoas e na implantação de práticas preventivas. Em suma, segurança do trabalho está relacionada a condições de trabalho seguras e saudáveis para as pessoas. Os objetivos de se administrar os elementos que
garantem a segurança no trabalho são: prevenir acidentes e eliminar as condições inseguras do meio.
2.1 Ato Inseguro e Condições Inseguras
É a maneira como o trabalhador se expõe, consciente ou inconscientemente, a riscos de acidente. É o ato que, contrariando preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidente.
Na caracterização do ato inseguro deve-se levar em consideração o seguinte: O ato inseguro pode ser algo que a pessoa fez quando não deveria fazer, ou deveria fazer de outra maneira, ou ainda, algo que deixou de fazer quando deveria ter feito. O ato inseguro tanto pode ser praticado pelo próprio acidentado quando como por terceiros. A pessoa que o pratica pode fazê-lo consciente ou não. Os atos de supervisão, tais como decisões e ordens de chefe no exercício de suas funções não devem ser classificados como atos inseguros. Assim, também, nenhuma ação realizada em obediência às instruções diretas de supervisor deve ser considerada ato inseguro.
Para se classificar como ato inseguro é necessário a utilização de máquinas e equipamentos sem habilitação, excesso de velocidade, improvisar com ferramentas inadequadas, manipular de forma inadequada produtos químicos, entre outros. O fator pessoal se insegurança ou fator humano é a causa relativa ao comportamento humano, que leva a prática do ato inseguro. Dependendo das características mentais ou físicas do ser humano que podem ocasionar um acidente de trabalho. Aqui estão alguns desses acidentes de trabalho; falta de conhecimento ou experiência; fadiga; má interpretação de normas de segurança; debilidade orgânica.
Já as instalações elétricas inadequadas ou defeituosas, a falta de equipamentos de proteção, proteções inadequadas, defeitos nas edificações, piso escorregadio ou danificado, nível de ruído elevado, iluminação inadequada, deficiências, defeitos e irregularidades técnicas que constituem riscos para a integridade física do trabalhador, para a sua saúde e para os bens materiais da empresa definem-se como condição insegura.
2.2 Atividades Insalubres e Perigosas
No ambiente de trabalho existem alguns agentes extremamente nocivos à saúde do trabalhador dependendo do tempo de exposição e em função de sua natureza, são eles: agentes químicos, agentes físicos e biológicos.
Os agentes químicos devem ser manuseados com luvas e máscaras de proteção, pois podem ocasionar irritações e queimaduras na pele, por contaminação acusada por ingestão acidental, ou por intoxicação respiratória. Entre os diversos riscos que podem gerar para a saúde estão, os efeitos irritantes que são as vias aéreas superiores, efeitos asfixiantes como, dor de cabeça, náuseas, sonolência, convulsões, coma e até mesmo a morte, e os efeitos anestésicos aqui entra a maioria dos solventes orgânicos: ação depressiva sobre o sistema nervoso central, provocando danos aos diversos órgãos.
Os agentes físicos são principalmente ruído excessivo, calor ou frio, vibrações localizadas, no caso de algumas atividades na indústria, umidade em excesso ou em falta e radiação. Podem causar danos a saúde do trabalhador como, ruídos provocando cansaço, irritação, dores de cabeça, diminuição de audição, aumento de pressão arterial; vibrações provocando dores na coluna, artrite, problemas digestivos, lesões ósseas; radiações ionizantes provocam alterações celulares, câncer, fadiga, problemas visuais, acidentes do trabalho; radiações não ionizantes provocam queimaduras, lesões na pele, nos olhos e em outros órgãos.
Os agentes biológicos são fungos, bactérias, ou vírus, enfim microrganismos que em contato com o homem podem provocar inúmeras doenças. Importante salientar que estas doenças podem se manifestar no curto, médio ou longo prazo e por isso a importância de se vistoriar os níveis de exposição em que os funcionários são submetidos e oferecer a eles condições de se prevenir adequadamente dos possíveis danos e prejuízos para a saúde. (Idem)
3. Qualidade de Vida no Trabalho (QVT)
Ao lado da higiene e segurança do ponto de vista físico e ambiental existe o lado do bem-estar psicológico e social. O termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) foi criado por Louis Davis na década de 1970 quando desenvolvia um projeto sobre desenho de cargos. Para ele, conceito de QVT refere-se à
preocupação com o bem-estar geral e a saúde dos colaboradores no desempenho de suas atividades. Atualmente, o conceito de QVT envolve tanto os aspectos físicos e ambientais, como os aspectos psicológicos do local de trabalho. A QVT assimila duas posições antagônicas: de um lado, a reivindicação dos colaboradores quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho e, de outro, o interesse das organizações quanto aos seus efeitos potenciadores sobre a produtividade e a qualidade.
A QVT tem sido utilizada como indicador das experiências humanas no local de trabalho e o grau de satisfação das pessoas que desempenha o trabalho. O conceito de QVT implica em profundo respeito pelas pessoas. Para alcançar níveis elevados de qualidade e produtividade, as organizações precisam de pessoas motivadas que participem ativamente nos trabalhos que executam e que sejam adequadamente recompensadas pelas suas contribuições. A competitividade organizacional – e obviamente, a qualidade e produtividade – passam obrigatoriamente pela QVT. Para bem atender ao cliente externo, a organização não deve esquecer o cliente interno. Isto significa que, para satisfazer o cliente externo, as organizações precisam antes satisfazer os seus colaboradores responsáveis pelo produto ou serviço oferecido. A organização que investe diretamente no colaborador está, na realidade, investindo indiretamente no cliente. A gestão da qualidade total nas organizações depende fundamentalmente da otimização do potencial humano. E isto depende de quão bem as pessoas se sentem trabalhando na organização. A QVT representa o grau em que os membros da organização são capazes de satisfazer suas necessidades pessoais através do seu trabalho na organização.
3.1 Componentes da QVT
A Qualidade de vida no trabalho QVT é um conjunto complexo que envolve uma constelação de fatores, como:
1. A satisfação com o trabalho executado.
2. As possibilidades de futuro na organização.
3. O reconhecimentopelos resultados alcançados.
4. O salário percebido.
5. Os benefícios auferidos.
6. O relacionamento humano dentro da equipe e da organização.
7. O ambiente psicológico e físico de trabalho.
8. A liberdade de atuar e responsabilidade de tomar decisões.
9. As possibilidades de estar engajado e de participar ativamente.
Envolve os aspectos intrínsecos (conteúdo) e extrínsecos (contexto) do cargo. Ela afeta atitudes pessoais e comportamentos relevantes para a produtividade individual e grupal, tais como: motivação para o trabalho. Adaptabilidade a mudanças no ambiente de trabalho, criatividade e vontade de inovar ou aceitar mudanças e, principalmente, agregar valor à organização. (CHIAVENATO 2010)
Os três modelos de QVT mais importantes são os de Nadler e Lawler, de Hackman e Oldhan e o de Walton. E nessa linha é dado o enfoque do próximo item.
3.2 CIPA
A CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, é uma
imposição legal da CLT – Consolidação das Leis de Trabalho. Metade dos componentes da CIPA é indicada pela empresa e outra metade é escolhida pelos votos dos funcionários, periodicamente. Cabe à CIPA apontar os atos inseguros dos trabalhadores e as condições de segurança existentes na organização. Ela deve fiscalizar o que já existe, enquanto os especialistas de RH apontam as soluções. A CIPA tem especial importância nos programas de segurança das pequenas e médias empresas.
Foi criada com o objetivo de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível a atividade laboral com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. É composta por representantes do empregador e representantes do empregado em número par de representações, cabendo ao empregador escolher entre seus funcionários de confiança sua representatividade e aos trabalhadores, por processo eleitoral, escolherem seus representantes através de voto secreto. A preocupação de zelar pela prevenção de acidentes e doenças no ambiente de trabalho, fez com que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) propusesse às empresas, com mais de
25 funcionários, que organizassem um comitê de segurança para tratar desse assunto. Assim, vários países membros passaram a adotar tal medida, tornando obrigatórios a organização e funcionamento dos comitês. No Brasil, através do Decreto-Lei nº 7.036, de 10 de novembro de 1944, conhecido como Lei de
Prevenção de Acidentes, foi fixado o número de 100 ou mais empregados para que as empresas constituíssem seu comitê nas empresas. Em 1953, por meio da Portaria 155, foi oficializada a sigla CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.
A quinta Norma Regulamentadora (NR5) foi criada pela Portaria SSMT-MTb n. 8, de 23.2.1999, atualizada pela Portaria SIT-MTE n. 14, de 26.6.2007 do ministério do trabalho e emprego, cujo objetivo é estabelecer parâmetros para a constituição da CIPA em uma empresa, seu dimensionamento, atribuições e responsabilidades. É obrigado a constituir a CIPA as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados são obrigados a constituir CIPA por estabelecimento e mantê-la em regular funcionamento.
Entre suas atribuições na intenção de prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho estão:
a) identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando à identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionado à segurança e saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de
máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
i) colaborar para o desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho. (TAVARES 2010)
4. Normas Regulamentadoras
Normas Regulamentadoras, as NR, relacionam-se aos procedimentos e métodos a serem seguidos no ambiente de trabalho e nas mais diversas atividades ali desempenhadas, foram criadas a partir da lei N° 6.514 de 1977 e aprovadas pela Portaria N.º 3.214, em 08 de junho de 1978, tendo em vista as demandas da sociedade, bancada de empregadores e trabalhadores, os órgãos governamentais, as necessidades apontadas pela inspeção do trabalho, os compromissos internacionais e as estatísticas de acidentes e doenças.
São de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. O não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente. Constitui ato faltoso a recusa injustificada do empregado ao cumprimento de suas obrigações com a segurança do trabalho. Mencionamos como exemplo as seguintes:
NR 02 - Inspeção Prévia, NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI, NR 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional, NR 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais, NR 15 - Atividades e Operações Insalubres, NR 16 - Atividades e Operações Perigosas, NR 17 – Ergonomia. (Portal Tributário 2014)
4.1 Equipamentos de Proteção
Os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) que são aplicados nas máquinas e processos de trabalho, eles beneficiam vários trabalhadores ao mesmo tempo. Já os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) são utilizados por
um só trabalhador para salvaguardá-lo dos riscos no ambiente laboral.
O EPC é todo equipamento utilizado para atender a vários trabalhadores ao mesmo tempo, destinado a proteção do trabalhador a riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Ex.: enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança biológica, capelas químicas, cabine para manipulação de radioisótopos, extintores de incêndio, tela de proteção contra quedas de materiais, bandeja de proteção contra queda de pessoas, etc.
O que caracteriza os EPC’s é beneficiar um grupo de trabalhadores indistintamente. Eles eliminam e reduzem os riscos na própria fonte. Os EPC’s podem intervir nos métodos e processos de trabalho e ações dentro da empresa. Um exemplo de intervenção nos métodos e processos de trabalho de refere à diminuição da velocidade de operação de uma máquina, com o objetivo de reduzir o número de acidentes.
4.2 EPI
O EPI é todo dispositivo ou produto de uso individual, utilizado pelo
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Ele pode ser simples ou conjugado, nacional ou importado. O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado só poderá ser posto a venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação – (CA), expedido pelo órgão nacionalCompetente em matéria de segurança e saúde no trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego.
Todo EPI deverá apresentar, em caracteres indeléveis e bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.
Exemplos de EPI: máscaras, os protetores auriculares, os óculos de segurança, o calçado de segurança, etc.
Existe também o Equipamento Conjugado de Proteção Individual – é todo aquele composto por vários dispositivos cujo fabricante tenha-o associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Ex.: capacete de
segurança acoplado com o protetor auricular tipo concha e protetor facial.
A norma regulamentadora referente ao EPI é a de número 6, ela obriga a empresa a fornecer aos empregados, de fora gratuita, o EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento nas seguintes situações: sempre que medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; para atender situações de emergências.
Os profissionais da segurança do trabalho que atuam nessa área dentro das organizações podem ter diversas formações. Podem ser médicos, enfermeiros, técnicos ou engenheiros, por exemplo. Sua atuação é ampla, vai desde a orientação e o desenvolvimento de trabalhos de prevenção até a inspeção e elaboração de laudos.
Empresas de todos os ramos precisam se preocupar com a saúde e segurança de seus trabalhadores. Há espaço para atuação desses profissionais em indústrias, hospitais, empresas prestadoras de serviço e agroindustriais. (NR 6 MTE)
5 Considerações Finais
A preocupação quanto à higiene, segurança e qualidade de vida no trabalhado nesse cenário atual da sociedade reflete o avanço na obtenção dos direitos fundamentais, que foram sendo alcançados com as lutas operárias desde a era industrial, dentro desse quadro onde o valor e preparo humano tem assumido relevância cada vez maior para o êxito econômico das empresas e progresso das nações, e onde a gestão de pessoas associada ao desenvolvimento sustentável, produz um novo perfil de líderes para uma nova atuação empresarial. Nesse trabalho buscou-se conduzir uma reflexão acerca desse ambiente de mercado inovador, no qual esses futuros administradores devem desde já estarem preparados, pensando em como gerir o planejamento de atividades para áreas as quais se qualificam dentro de toda a matéria estudada.
REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações / Idalberto Chiavenato. – 3. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
NR 6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - 8 EPI. Portaria GM n.º
3.214, de 08 de junho de 1978 D.O.U. 06/07/7 disponível em http://portal.mte.gov.br/portal-mte/ acesso em 01/11/2014
OLIVEIRA, Elisete Alice Zanpronio de. Gestão de Pessoas / Elisete Alice Zanpronio de Oliveira, Larissa Zamarian Ducci, Mônica Maria Silva, Samara Silva Headley, Thais Accioly Baccaro – Londrina: UNOPAR, 2014. (Consultas entre as Págs. 152- 172).
PORTAL TRIBUTÁRIO, Editora - normas regulamentadoras - segurança e saúde do trabalho, 2014 - disponível em http://www.guiatrabalhista.com.br
/legislacao/nrs.htm - acesso em 29/10/2014.
TAVARES, Cláudia Régia Gomes - CURSO TÉCNICO EM SEGURANÇA DO
TRABALHO - Introdução à Segurança do Trabalho, UFRN - Natal RN, 2010
Portal Previdência. Saúde e Segurança do Trabalhador – Brasília DF, WEB 2014 Disponível em: http://www.previdencia.gov.br\a-previdencia\saude-e-segurança-do- trabalhador\ Acesso em 01/11/2014.
www.portfolioead.com.br
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