Uber e stakeholders

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS
Resenha Crítica: Uber e stakeholders
Nome: Karina Santos Vieira
Trabalho da Disciplina : Gerenciamento de Stakeholders e comunicações.
Tutor: Prof. André de Jesus Menezes
São Paulo
2020
TÍTULO: Gerenciamento de Stakeholders e comunicações.
CASO: Uber e stakeholders administrando uma nova forma de andar de carro.
REFERÊNCIA: KANTER. Rosabeth Moss; FOX. Daniel Uber e stakeholders: administrando uma nova forma de andar de carro. Harvard Business School.,2007. 
TEXTO: 
A Uber, nasceu em 2009 fundada por Kalanick e Garrett Camp e outros parceiros, após passarem por uma experiência após uma noite fria em Paris, onde não encontravam nenhum táxi disponível, eles queriam apenas “andar pela cidade como dois figurões” em um carro preto com o preço justo. A UberCab, lançou seu serviço em junho de 2010 em São Francisco, e gerou grande expectativa, seu serviço era baseado em transporte de passageiros via carro, através do pedido via aplicativo de celular. Após seu lançamento a empresa foi notificada pela a Agência /reguladora de táxis de São Francisco na California. Mesmo enfrentando resistência a Uber cresceu rapidamente eles tinham como promessa encontrar clientes para os motoristas cadastrados. O motorista realizava seu cadastro no aplicativo onde informava o modelo do carro, ano e a placa, o automóvel era de responsabilidade do cadastraste. O aplicativo utilizava sinais do GPS do smartphones e oferecia a localização do carro, o usuário poderia ver o trajeto do motorista até a sua chegada, bem como a foto, modelo do carro e placa, após a finalização da corrida o usuário e o prestador do serviço se avaliam, as avaliações ruins serviriam de feedback e para ambos e para os motoristas cadastrados poderiam ser excluídos. O pagamento da corrida era realizado via cartão, a Uber pegava 20% do custo da corrida e o restante era devolvido ao motorista
No ano de 2012, começou a surgir concorrentes que ligava os motoristas aos usuários através do aplicativo. A Lyft, era o concorrente direto em 2015, a empresa tinha um faturamento de US$ 2,5 bilhões. Mas o bom serviço diferenciava a Uber, em setembro de 2012 a empresa lançava o UberX, concorria diretamente com os taxistas de Chicago, logo houve a expansão para todo o país a tarifa em 2015 a base da tarifa era de US$ 2, as tarifas adicionais de US$ 0,21 por minuto e US$ 1,20 por milha.
A Uber cresceu US$ 41 bilhões em 2014, estimava-se que US$ 10 bilhões de receia bruta, US$ 2 bilhões de receita bruta em 2015 o serviço de carona cresceu 2,7% no ano de 2010 a 2015, sendo que a receita de 2014 passou para US$ 12 Bilhões. O lançamento de smartphones e a facilitação da localização e rede de dados moveis, facilitou a aproximação do seu público com os serviços o que possibilitou o compartilhamento de carros e a oportunidade ambiental como redução do efeito estufa.
A proliferação do compartilhamento e a tecnologia abriu um leque de oportunidades, pois seu público poderia solicitar o serviço de transporte através de clique simples, era possível acompanhar o trajeto até a chegada do carro solicitado bem como autorizar o pagamento online do serviço, isso possibilitava uma experiência perfeita.
A empresa em junho de 2015, completava seu 5° ano ela já atingia cerca de 311 cidades – e 58 países – só no EUA 181, detinha mais de um milhão de motoristas, foi anunciado “ Mas é muito melhor para onde estamos indo juntos.”
Conforme a Uber ia atingindo novos patamares era necessário adotar estratégias para administrar seus stakeholders, assim que seu serviço foi lançado a Uber foi notificada para cessar com o serviço, mas a empresa ignorou as notificações e permaneceu firme focada em seu objetivo, sua confiança estava firmada em seus clientes que era a chave para quebrar toda a resistência regulatória. A posição da empresa ganhou mais força quando venceu a comissão de táxi de Washington, D. C. em junho de 2012. Os jornais dos EUA, citava a empresa mais de 185 vezes em um mês. As brigas não paravam no final do ano de 2012, a Uber recebeu cerca de 25 multas as autoridades pegaram motoristas sem licença para circular. Em Las Vegas, em março de 2014, a Uber foi notificada com a ordem de limitar 150 motoristas autorizados a circulas pela cidade, o que ocasionou a limitação e expansão, passando-se alguns meses após várias negociações a câmara de vereadores concedeu novas licenças com orientações para a Uber e seus concorrentes.
A Uber também passou por resistências em outros países a UberPop na Europa trazia desafios para a empresa na Itália foi necessário suspender a circulação dos UberPOp, pois foi considerado que a concorrência com os taxistas seria desleal e a empresa poderia receber multas diárias de € 20.000, por dia após o prazo de 15 dias de vencimento das licenças.
Na Índia a Uber passou por uma proibição emergencial no serviço, a proibição se deu por acusações de um estrupo a uma passageira, onde houve diversos protesto no país. Mesmo com a ordem de protesto a empresa continuou operando o serviço. As autoridades então, prenderam mais de 350 veículos, eles foram identificamos pela polícia através do próprio pedido feito via aplicativo.
A Uber propiciou uma renda extra a muitos motoristas, na área de Nova Iorque, por exemplo um motorista poderia ganhar até US$ 90.000 por ano. Em Los Angeles e Washington, D.C de US$ 17 por hora. A Uber, concedia aos motoristas “seis estrelas”, uma bonificação de US$ 1.000, em vale presente.
Em algumas regiões devido ao corte no UberX, alguns motoristas relataram que não seria vantajoso manter se, cadastrado na Uber, pois o ganho ficaria irrisório para os motoristas, visto que eles tinham que arcar com todas as despesas gerais do carro. Na Califórnia alguns motoristas moveram uma ação judicial, contestando a classificação realizada pela Uber como “trabalhadores terceirizados” e a contestação se dava porque eles se consideravam funcionários.
Alguns motoristas, instalaram Tablets no banco de trás com propagandas o recurso concedia uma renda de US$ 150 por mês aos motoristas, a proposta era bem atrativa visto que os motoristas não precisavam ter nenhum esforço. Mas a Uber não encorajava os motoristas pois eles não consideravam que melhoraria a experiência dos usuários.
A Uber de fato estava conquistando seus clientes dia após dia. Uma pesquisa realizada em 2014, destacou que a geração Y correspondia a 51% dos seus usuários e 10% respondeu que não conseguia ver sua vida sem Uber.
A Uber começo a receber queixas em redes sociais, em relação ao aumento das tarifas onde havia aumento da demanda pelo serviço, tais como sextas feiras e em ocasião de grandes eventos. A empresa também sofreu investigações, por supostas suspeitas de usar dados de seus clientes para favorecer o recebimento de solicitações de transporte. Em nota a Uber publicou que limitaria a um grupo seleto de funcionários os dados de seus clientes, a empresa contratou uma consultoria de Advocacia para analisar seu programa de privacidade, no inicio de 2015, a empresa divulgou o resultado da revisão, foi identificado que a Uber precisava ter uma política de privacidade mais clara e em nota a empresa informou que usaria essas informações para fornecedor um serviço de qualidade aos seus clientes.
Em maio de 2014, a Uber sofreu um ataque de hackers, e foi identificado que cerca de 50.000 contas de motorista sofreram violação. A empresa só realizou a notificação em setembro. A mídia notificou que diversas senhas da Uber estava a venda no mercado negro. A empresa rebateu a acusação e sugeriu que os usuários poderiam usar a mesma senha em várias contas.
A Uber recebeu várias denúncias de estrupo após homens terem transportado suas clientes. No início de 2015, a empresa tentou fechar uma parceria com ONU mulheres, pois pretendia gerar 160.000 empregos para motoristas mulheres o que representava 14%, mas houve várias controversas e a ONU, desistiu da parceria.
A empresa passou por vários processos de manifestação em diversos países como (França,Itália, Espanha, índia e Alemanha) os taxistas alegavam que a empresa agia de maneira injusta, o sindicato passou a informação que a empresa detinha até 40% do mercado.
Em 2015, a Uber adquiriu a empresa deCerta, é uma empresa de software, especializada em curva por curva, em maio a Uber fez uma oferta de US$ 3 bilhões para adquirir a Here da Nokia, a maior concorrente Google Maps. Logo a empresa se aliançou com a Baidu e começou a reduzir a dependência da Google e então começou a atuar de maneira mais pró ativa, identificando falha na logística.
A empresa cresceu rapidamente e para isso era importante a empresa rever suas estratégias para permanecer focada no seu proposito e sabendo disso preferiu rever a sua imagem no mercado. A Uber aceitou cumprir com uma ordem em Portland, Oregon afim de deixar as autoridades locais repensarem seus regulamentos. A empresa se negou a utilizar o rádio táxis, mas aceitou a realizar a análise de antecedentes criminais. A empresa aderiu também o pagamento em espécie onde a empresa não teria nenhum lucro. Na Alemanha, onde a atividade da empresa teria sido suspensa totalmente em 2015, a empresa acabou aceitando a condição de só credenciar motoristas que tivessem com a licença ativa, a estratégia foi uma ótima sacada visto que mesmo com as limitações a empresa demonstrou respeito com a localidade mesmo resistência.
Conclusão: O estudo de caso relaxa explicitamente a estratégia ousada da Uber em ganhar seu mercado e manter todos os interessados ao seu lado mesmo como muita resistência. A empresa dava passos ousados, a fim de garantir espaço no mercado e concretização da marca mundialmente. Claramente era possível identificar que a empresa sabia o momento de ser agressiva para quebrar as resistências. Sua comunicação precisou passar por um processo de refinamento ate se tornar clara e assertiva com o mercado e com o governo. A comunicação sempre fará parte do processo, mas devemos ter sempre o controle para obtenção de sucesso em nossos projetos.
LOCAL: Biblioteca da Disciplina Gerenciamento de Stakeholders e comunicações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: KANTER. Rosabeth Moss; FOX. Daniel Uber e stakeholders: administrando uma nova forma de andar de carro. Harvard Business School.,2007. 
Material de apoio ao aluno aplicado pelo Tutor: André de Jesus Menezes– 2020.