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Sistemas Cristalinos Profa Euliane Correia Estruturas Cristalinas • São divididas em grupos de acordo com as configurações da célula unitária; • Sistema de coordenadas x, y e z; • A geometria da célula unitária é definida em seis parâmetros (parâmetros de rede): • Aresta (a, b, c); • Três ângulos entre os eixos (α, β e γ); Coordenadas dos Pontos qa – coordenada do eixo x; rb – coordenada do eixo y; sc – coordenada do eixo z; A posição de qualquer ponto localizado no interior de uma célula unitária pode ser especificados por coordenadas, calculadas como múltiplos fracionários dos comprimentos das arestas. Exercício de Fixação 1) Escrevas as coordenadas dos pontos em que se localizam os átomos em uma célula unitária CCC: A B C D E F G H • Um vetor com comprimento conveniente é posicionado tal que ele passe através da origem do sistema de coordenadas; • Os comprimentos são medidos em termos das arestas a, b e c; • Esses três números são multiplicados por um fator comum para reduzi-los aos menores valores inteiros u, v e w. Direções Cristalográficas Direções [100], [110] e [111] no interior da célula unitária. Direções Cristalográficas Projeção sobre o eixo y Projeção sobre o eixo x x y z Projeções a/2 b 0c Projeções (a,b e c) 1/2 1 0 Redução 1 2 0 Indice Miller [120] Direções Cristalográficas x y z Projeções a -a 0a Projeções (a,b e c) 1 -1 0 Redução 1 -1 0 Indice Miller [110] Nos cristais cúbicos, todas as direções representadas pelos seguintes índices são equivalentes: [100], [010], [001] e os respectivos negativos. Esses grupos equivalentes são chamados de famílias. Cristais Hexagonais • Sistema de coordenadas com quatro eixos ou de Miller-Bravais; • Três eixos a1, a2 e a3, todos em um mesmo plano e um único perpendicular; • Os índices de direção [uvtw], sendo os três primeiros referentes as projeções do plano basal. Plano Basal Determinação do Índice Miller ' )( )''2( 3 1 )''2( 3 1 ][]'''[ ww vut uvv vuu uvtwwvu = +−= −= −= → Formulas para conversão do sistema com três coordenadas para o sistema com quatro: Os três primeiros índices são relativos às projeções ao longo dos respectivos eixos a1, a2 e a3. ][ ][ 321 waaa uvtw Exercício de Aplicação 1) Determine os índices para a direção mostrada na célula unitária hexagonal da figura abaixo: ]3211[ 1' 3 2 3 1 3 1)( 3 1]1)1)(2[( 3 1)''2( 3 1 3 1]1)1)(2[( 3 1)''2( 3 1 ][]'''[ == −= +−=+−= =−=−= =−=−= → ww vut uvv vuu uvtwwvu Planos Cristalográficos • A célula unitária é a base, com sistema de coordenadas com três eixos; • Se o plano passa pela origem selecionada, um outro plano paralelo deve ser construído no interior da célula unitária; • O plano cristalográfico ou interceptará cada um dos três eixos ou será paralelo; • Os valores inversos desses números são calculados. Um plano que é paralelo a um eixo pode ser considerado como tendo uma interseção no infinito (índice igual a zero); Planos Cristalográficos x y z Projeções ∞a ∞b c Projeções (a,b e c) 0 0 1 Redução 0 0 1 Indice Miller [001] x y z Projeções a b c Projeções (a,b e c) 1 1 1 Redução 1 1 1 Indice Miller [111] x y z Projeções a b ∞c Projeções (a,b e c) 1 1 0 Redução 1 1 0 Indice Miller [110] Planos Cristalográficos Ouve, nesse caso, a necessidade de translação da origem das coordenadas. Arranjos Atômicos Plano (110), CFC Plano (110), CCC O arranjo atômico depende da estrutura cristalina, observa-se que o empacotamento atômico é diferente para cada caso. Para cristais que possuem simetria hexagonal, é desejável que os planos equivalentes possuam os mesmos índices. Densidade Linear Densidade linear (DL) – é definida como o numero de átomos por unidade de comprimento cujos centros estão sobre o vetor direção para uma direção cristalográfica específica. vetordoocompriment direçãovetornocentradoátomosnDL .. ....° = Densidade Linear Em relação ao número de átomos, é necessário levar em consideração o compartilhamento de átomos com células unitárias adjacentes. Os átomos X e Z, também são compartilhados com uma célula unitária adjacente ao longo dessa direção [110]. RR átomosDL 2 1 4 2 110 == Densidade Planar Plano (110), CFC De maneira análoga, a densidade planar (DP) é definida como um número de átomos por unidade de área que estão contidos em um plano cristalográfico específico.planodoárea planonoátomosnDP .. ..° = As unidades de área planar são o inverso da área, exemplo: nm-2, m-2. Densidade Planar Plano (110), CFC Considere a seção de um plano (110) no interior da célula unitária CFC. Embora seis átomos tenham centro localizados nesse plano, apenas um quarto (1/4) de cada átomo A, C, D e Fe metade dos átomos B e E. 22 2 14 4 1 = ×+ ×=°átomosN Importância da DP A densidade linear e planar são consideradas importantes relacionadas ao processo de escorregamento, ou seja, ao mecanismo pelo qual os metais se deformam plasticamente. O escorregamento ocorre nos planos cristalográficos mais compactos e, nesses planos, ao longo das direções que possuem maior empacotamento. 24 1 28 2 22110 RR átomosDP == Monocristal Quando em um sólido cristalino o arranjo periódico e repetido dos átomos é perfeito ou se estende ao longo da totalidade da amostra. Monocristal de Granada (Fonte: Callister, 2008). Monocristais se tornaram de grande importância em muitas das nossas tecnologias modernas, em particular os microcircuitos eletrônicos, que empregam monocristais de silício. Policristal Fotomicrografia da superfície de uma amostra de uma liga ferro-cromo policristalina, polida e atacada quimicamente, onde os contornos de grãos aparecem escuros (Fonte: Callister). Policristais são sólidos cristalinos compostos por um conjunto de muitos cristais ou grãos. Imagem de uma pedra de granito, onde podemos observar os diferentes minerais dentro do mesmo material. Policristal (a) Pequenos núcleos de cristalização; (b) Crescimento dos cristalitos; (c) Conclusão da solidificação, grãos com formas irregulares; (d) Estrutura granular como ela se pareceria em um microscópio. Fonte: Callister. Anisotropia As propriedades físicas dos monocristais de algumas substâncias dependem da direção cristalográfica na qual as medições são feitas. O modulo da elasticidade, a condutividade elétrica e o índice de refração podem ter valores diferentes nas direções [100] e [111], esse direcionamento das propriedades é chamada de Anisotropia. Anisotropia Planos Cristalográficos Plano (100) Plano (110) Plano (111) O grau de anisotropia aumenta com a diminuição da simetria estrutural, as estruturas triclínicas são altamente anisotrópicas. Assim, o valor medido de uma propriedade representa uma média dos valores direcionais. Difração de Raio x Wilhelm Konrad Rontgen nasceu em Lennep em 27 de março de 1845. Tornou-se engenheiro mecânico pela Universidade de Zurique. Começou a lecionar em 1888 no Instituto de Física de Wrzburg onde, ao investigar a possibilidade de os raios catódicos emitidos pelas ampolas de Crookes serem detectados por telas florescentes, descobriu os raio x. Primeira radiografia obtida por Rontger por ocasião da descoberta, publicada na Nature em 1896, 53, 274. Química Nova, 18(6), 1995. Raio X • Os Raios X são feixes invisíveis; • São produzidos por tubos de raios catódicos; • Capazes de penetrar grandes espessuras de diversos materiais (especialmente os menos densos); • São absorvidos mais fortemente pelo chumbo ou platina; Raio X Raio X Difração de Raio x Os tipos de interação mais interessantes em espectroscopia envolvem transições entre diferentes níveis energéticos das espécies químicas. Outros tipos de interações, como a reflexão, refração, espalhamento elástico, interferência e difração, são frequentemente mais relacionados com alterações das propriedades globais dos materiais do que com os níveis energéticos de moléculas ou átomos específicos.Evento de dispersão Evento de dispersão Onda 1 Onda 1’ Onda 2’Onda 2 Onda 3’ Onda 4’ Onda 4 Onda 3 Difração de Raio x • Descoberto em 1912 por P. P. Ewald em sua pesquisa de tese de doutorado sob orientação de Sommerfeld; • O cristal deveria atuar como uma rede de difração óptica tridimensional na qual os átomos se comportam como fontes secundárias de radiação; • A onda encontra uma série de obstáculos regularmente espaçados que são capazes de dispersar a onda e possuem espaçamentos compatíveis em magnitude ao comprimento de onda que incidem no material; • Lei de Bragg de espalhamento da radiação de raio–x. Lei de Bragg • O raio x é uma forma de radiação eletromagnética que possui altas energias e comprimentos de onda curtos; • Quando um feixe de raio s incide sobre um material sólido, uma fração desse feixe será dispersa em todas as direções pelos elétrons que estão associados a cada átomo ou íon; Quais as condições necessárias para ocorrer a difração de raios x???!!! Fenômeno da Difração 222 lkh adhkl ++ = Lei de Bragg Distância Interplanar ou Espaçamento interatômico hklhkl sendn θλ .2= Os feixes 1 e 2, são dispersos pelos átomos P e Q. Se a diferença entre os comprimentos das trajetórias 1-P-1’ e 2-Q-2’ for igual a um numero inteiro, n, de comprimento de onda, a difração tem interferência construtiva.QTSQn +=λ Sistemas Cristalinos Estruturas Cristalinas Número do slide 3 Coordenadas dos Pontos Exercício de Fixação Número do slide 6 Direções Cristalográficas Número do slide 8 Cristais Hexagonais Determinação do Índice Miller Exercício de Aplicação Planos Cristalográficos Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Densidade Linear Densidade Linear Densidade Planar Densidade Planar Importância da DP Monocristal Policristal Policristal Anisotropia Anisotropia Planos Cristalográficos Difração de Raio x Raio X Raio X Raio X Difração de Raio x Número do slide 32 Difração de Raio x Lei de Bragg Fenômeno da Difração
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