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GESTÃO DAS INFORMAÇÕES
Unidade II
3 INFORMAÇÃO ESTRATÉGICA
A informação estratégica – num conceito mais amplo – é aquela associada e derivada das estratégias 
contidas na visão de futuro da organização.
Visão de futuro, simplificadamente, pode ser descrita como um perfil organizacional, futuro que a 
empresa deseja ter. Embora de forma quantitativa a visão possa ser assim definida, ela geralmente é um 
pouco mais elaborada, isto é: considera inúmeros itens.
Estratégias são modos possíveis para se atingir um dado objetivo. Desses modos possíveis, um ou 
mais deles podem ser implementados, constituindo as estratégias eleitas. Três tipos fundamentais de 
estratégias podem ser consideradas:
• estratégia corporativa;
• estratégia de posicionamento;
• estratégia competitiva.
A estratégia corporativa cuida de criar condições para viabilizar vantagens competitivas no longo 
prazo, ficando, assim, com as decisões relacionadas com o longo prazo e com as questões que são mais 
pertinentes aos donos da empresa ou seus representantes.
A estratégia de posicionamento no setor tenta obter uma diferenciação de produto ou de mercado, 
e o posicionamento é “reconhecido” pelos concorrentes.
A estratégia competitiva busca uma valorização da empresa junto aos consumidores, geralmente 
num dos possíveis campos de competição apontados por Contador (1996): preço, produto, prazo, 
assistência e imagem.
3.1 Conceito ampliado de informação estratégica
Muitos autores consideram, num conceito limitado, que a informação estratégica é apenas a que 
possibilita à alta administração a contínua avaliação das tendências econômicas, sociais e políticas que 
podem influenciar as perspectivas da empresa com relação a risco e sucesso futuro. Este é um conceito 
limitado. Informação estratégica é muito mais do que a informação de que a empresa precisa para obter 
sucesso sobre o seu ambiente operacional para poder mudar e desenvolver ações adequadas capazes de 
agregar valor para os clientes.
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Unidade II
A informação estratégica – num conceito mais amplo – é aquela associada e derivada das estratégias 
contidas na visão de futuro da organização. Este conceito precisa ser discutido, e sua discussão começa 
pelo polêmico conceito denominado visão de futuro. O que é isto?
3.2 Visão de futuro: um perfil organizacional antecipado
Quando se lê sobre visão de futuro de longo alcance, percebe‑se que os autores não possuem 
todos um conceito unificado. Isso é típico das disciplinas sociais. Por exemplo, a origem do lucro (o 
que é que produz o lucro?) também não é pacífica. Num estudo sobre o lucro, os autores marxistas 
afirmam que ele advém da exploração do trabalhador; já os autores kaleckianos afirmam que parte 
do lucro provém da inovação tecnológica. Outros autores explicam que o lucro é proveniente da 
cobertura do risco do empreendimento.
Isso não significa que os marxistas, os kaleckianos ou outros economistas estejam errados porque 
olham a origem do lucro de forma diferente: apenas significa que possuem referenciais teóricos 
distintos. O referencial teórico é o marco teórico de referência, é o paradigma para leitura, pesquisa e 
interpretação de fatos, adotado por um pesquisador, um autor, um indivíduo, expressando a sua forma 
especial de “ver o mundo”, isto é, as lentes pelas quais percebe, entende e questiona a realidade.
Em administração, dependendo do referencial adotado, o conceito de visão de futuro de longo 
alcance, ou simplesmente visão, varia. E podemos estabelecer que há duas grandes correntes quanto à 
forma de conceituar visão: as qualitativas – que se prendem às características gerais e difusas da visão; 
e as quantitativas – que valorizam parâmetros descritivos e passíveis de serem medidos.
Tregoe et al. (1993, p. 14) definem visão ou estratégia como “a estrutura que orienta as escolhas 
determinadas da natureza e do rumo da organização. É o que as empresas desejam ser”.
Muitas das expressões qualitativas de visão são do tipo:
“Queremos ser líderes de mercado em pigmentos para tintas metálicas”.
Algumas são um pouco mais cautelosas e precisas:
“Queremos ser líderes de mercado, no Brasil, em pigmentos para tintas metálicas, dentro de cinco anos”.
Visões deste tipo pouco auxiliam o administrador, pois não são instrumentais.
A visão não é um texto que denota intenções – mais ou menos claras –, mas um grande conjunto de 
projetos que, postos em prática, fazem com que a empresa atinja, ao fim de algum tempo, seu objetivo.
A visão é a especificação do estágio que a empresa pretende ter num determinado momento futuro. 
Por isso ela não deve ser expressa por palavras que denotem apenas um desejo, mas sim por um conjunto 
de objetivos e de projetos que mostrem como se alcançam tais objetivos.
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GESTÃO DAS INFORMAÇÕES
Desta forma, a visão não pode ser expressa por meio de cinquenta palavras de um parágrafo. Uma visão 
do tipo “pretendemos ser a empresa líder em qualidade no setor”, nada diz – enuncia apenas um desejo.
Uma visão quantitativa está estruturada em perfis organizacionais temporais – isto é, que evoluem 
ao longo do tempo. Se quisermos descrever como é hoje uma organização, podemos fazer isso por meio 
do seu perfil, considerando, entre outras coisas:
• a linha de produtos e serviços e o faturamento anual com eles;
• a quantidade de instalações, área e seu valor (ativo imobilizado);
• a carteira de clientes;
• o quadro de pessoal (quantidade, nível médio de instrução, segurança);
• as tecnologias instaladas;
• o atendimento aos requisitos dos clientes (prazos médios de entrega; segurança etc.);
• a situação no ramo perante a concorrência (porte relativo, ritmo de crescimento);
• as vantagens competitivas focadas em relação ao principal concorrente;
• as fontes de tais vantagens competitivas (grau de excelência das armas da competição, 
produtividade etc.).
E muitas outras coisas. Fazendo uso destes elementos do perfil, podemos quantificá‑los, com relação 
a hoje, como mostra o quadro a seguir:
Quadro 5 – Alguns elementos do perfil de uma empresa
Perfil organizacional 
Item Unidade Hoje 
linha de produtos e serviços qtde 335 
faturamento anual US$ mil 2.870 
quantidade de instalações unid 3 
área instalada m2 15.800 
ativo imobilizado US$ mil 850 
carteira de clientes qtde 15.360 
pessoal: quantidade qtde 856 
pessoal: nível médio de instrução anos 13,4 
pessoal: segurança acidentes/ano 5 
tecnologias instaladas idade média 4,3 
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Unidade II
prazos médios de entrega dias 16,2 
acidentes com produtos acidentes/ano 16 
vantagem competitiva (VC) focada tipo preço 
VC em relação ao principal concorrente relação 1,03 
grau de excelência média das armas Likert (1 a 5) 3,2 
produtividade vendas/h/ano 3353 
Fonte: Costa (2001).
Também poderia ser feita uma comparação com um perfil anterior, por exemplo, de cinco anos atrás, 
e o quadro a seguir mostra um exemplo disso. Olhando os dados, é possível ver as diferenças ocorridas 
entre os dois perfis organizacionais, com cinco anos de diferença.
A estrutura da visão quantitativa é exatamente a mesma: requer apenas que se trace o perfil alguns 
anos para a frente – normalmente, cinco anos, embora, obviamente, empresas precisem traçar perfis 
ainda mais distantes – de dez a quinze anos, como é ocaso de mineradoras, fábricas de papel, fábricas 
de cimento e semelhantes, que estão sempre preocupadas com suas fontes de insumos.
A esse perfil desejado, no futuro, chamamos de visão. É o que mostra o quadro:
Quadro 6 – Perfil organizacional – ontem e hoje
Perfil organizacional – ontem e hoje 
Item unidade Há 5 anos hoje 
linha de produtos e serviços qtde 107 335 
faturamento anual US$ mil 715 2.870 
quantidade de instalações unid 1 3 
área instalada m2 6.076 15.800 
ativo imobilizado US$ mil 142 850 
carteira de clientes qtde 1.706 15.360 
pessoal: quantidade qtde 428 856 
pessoal: nível médio de instrução anos 6,7 13,4 
pessoal: segurança acidentes/ano 13,7 5 
tecnologias instaladas idade média 8,9 4,3 
prazos médios de entrega dias 45,6 16,2 
acidentes com produtos acidentes/ano 14 16 
vantagem competitiva (VC) focada tipo preço preço 
VC em relação ao principal concorrente relação 1,19 1,03 
grau de excelência média das armas Likert (1 a 5) 2,6 3,2 
produtividade vendas/h/ano 1.670 3.353 
Fonte: Costa (2001).
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GESTÃO DAS INFORMAÇÕES
Uma comparação entre os perfis organizacionais possibilita visualizar a evolução da empresa. 
Considerou‑se alguns elementos do perfil, apenas.
Quadro 7 – Visão de futuro de longo alcance: o perfil desejado
Visão de futuro de longo alcance: o perfil desejado 
Item unidade
Há 5 
anos Hoje Visão 
Valores 
observados Desejados 
linha de produtos e serviços qtde 107 335 502 
faturamento anual US$ mil 715 2.870 5.745 
quantidade de instalações unid 1 3 4 
área instalada m2 6.076 15.800 20.540 
ativo imobilizado US$ mil 142 850 1.360 
carteira de clientes qtde 1.706 15.360 33.792 
pessoal: quantidade qtde 428 856 1.455 
pessoal: nível médio de instrução anos 6,7 13,4 14,2 
pessoal: segurança acidentes/ano 13,7 5 2 
tecnologias instaladas idade média 8,9 4,3 3,1 
prazos médios de entrega dias 45,6 16,2 9,6 
acidentes com produtos acidentes/ano 14 16 4 
vantagem competitiva (VC) 
focada tipo preço preço qualidade 
VC em relação ao principal 
concorrente relação 1,19 1,03 1,02 
grau de excelência média das 
armas Likert (1 a 5) 2,6 3,2 4,2 
produtividade vendas/h/ano 1.670 3.353 3.948 
Fonte: Costa (2001).
A visão de futuro de longo alcance, quando quantitativa, expressa os valores desejados para o perfil 
organizacional.
3.3 A visão e os autores de estratégia
Já sabemos que a informação estratégica – num conceito mais amplo – é aquela associada e derivada 
das estratégias contidas na visão de futuro da organização, e que esta visão, simplificadamente, pode 
ser descrita como um perfil organizacional, futuro que a empresa deseja ter.
Embora o conceito de visão quantitativa possa ser assim definido, a visão geralmente é um pouco mais 
elaborada, isto é: considera inúmeros itens. É como se fosse um perfil organizacional completo e complexo. 
Nos exemplos dos quadros que acabamos de apresentar, considerou‑se 16 elementos – mas uma visão 
típica é mais complexa e abarca mais de duzentos itens, se considerar uma empresa de médio porte.
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Não se consegue unanimidade quanto ao conceito de visão, tampouco a sua importância é 
reconhecida pelos autores de estratégia. Borgatti Neto (2000) analisou renomados autores sobre 
estratégia quanto à presença de certos temas e destacou, quanto à visão:
• Michael Porter: considera que uma visão pode ajudar a pensar nas áreas de mudança. “A estratégia 
não pode ser formulada sem uma previsão explícita ou implícita de como a indústria vai evoluir”; 
sugere o uso de cenários apenas para as indústrias emergentes.
• Kenichi Ohmae: a visão funciona como um impulso inicial e deve ter naturezas diferentes para 
empresas equilibradas e empresas em declínio.
• Igor Ansoff: parece sugerir que deveria haver uma declaração de qual seria o papel da empresa e 
seus objetivos em relação à sociedade, mas não explora esta questão.
• Craig e Grant: a missão e a visão não apresentam quaisquer unidades, mas apresentam três níveis 
de estratégia:
— corporativa (em quais setores deveríamos estar);
— empresarial (como deveríamos competir);
— funcional (por quais meios nossa estratégia será implementada, relativos a cada função: produção, 
finanças, marketing etc.). Propõem a seguinte sequência de gerenciamento estratégico:
1. missão;
2. objetivos;
3. estratégia;
4. tática.
• Sérgio Zaccarelli: considera ser necessária apenas uma visão de curto prazo que seja melhor que 
a dos concorrentes.
3.4 A estratégia na visão
Já que a informação estratégica está associada e deriva das estratégias contidas na visão de futuro, 
é necessário conhecer o conteúdo de tais estratégias. A figura a seguir mostra, esquematicamente, os 
elementos básicos de uma visão.
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Estratégia 
corporativa
Estratégia 
de posicionamento
Estratégia 
competitiva
Funcionalidade 
interna
Gestão 
sistêmica
• campo da competição
• armas adequadas ao campo
Visão
Figura 4 – Componentes mínimos de uma visão
Três dos componentes da visão referem‑se a estratégias: estratégia corporativa, estratégia de 
posicionamento e estratégia competitiva. Mas o que significa estratégia? Os autores, sobre estratégia, 
nem sempre são felizes ao conceituar estratégia empresarial.
Estratégias são modos possíveis para se atingir um dado objetivo. Desses modos possíveis, um ou 
mais deles podem ser implementados, constituindo as estratégias eleitas.
Modo quer dizer maneira, forma particular, jeito, método, via, caminho, alternativa. Portanto, dado 
um certo objetivo, e havendo diversas maneiras para o alcançar (estratégias), deve‑se escolher uma ou 
mais maneiras. A seguir, implementam‑se tais maneiras de forma que o objetivo seja alcançado.
Exemplo simplificado: a empresa tem como objetivo elevar o retorno sobre o investimento (RSI), que 
é de 4% ao ano, para 10% ao ano. A fórmula do retorno sobre o investimento é:
 Receitas – DespesasRSI = ‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑
 Patrimônio líquido
Para se elevar o valor RSI, é necessário elevar o numerador, diminuir o denominador ou fazer as duas 
coisas ao mesmo tempo. Para elevar o numerador, é necessário elevar as receitas ou reduzir as despesas.
Desta forma, para o objetivo de elevar o RSI, há três estratégias possíveis:
1. Elevar as receitas.
2. Reduzir as despesas.
3. Reduzir o patrimônio líquido.
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A opção por uma ou mais de uma das estratégias é feita considerando restrições ambientais ou a 
adequabilidade da estratégia com outros objetivos. Assim, pode ser que a empresa descarte a redução do 
patrimônio líquido por não ser conveniente, para uma empresa que quer crescer, reduzir o PL. Quando 
muito, pode adequá‑lo, isto é, otimizá‑lo vendendo imóveis ou áreas sem uso, vendendo máquinas 
praticamente sucateadas etc.
E que estratégias devem estar presentes na visão? E o que elas abrangem? Para responder a essas 
questões, vamos fazer uso de Zaccarelli (1996). Para cada estratégia considerada, Zaccarelli definiu:
• tipos de estratégias e estrategistas;
• temas das decisões;
• ação/reação;
• caracterização dos oponentes.
Estratégia corporativa
Indispensável a participaçãodo “dono” ou seu representante.
•	 Temas das decisões
Redefinição do mix (quantitativo e qualitativo) das bases para o sucesso ou da entrada ou saída de 
certos negócios
•	 Ação/reação:
— orienta outros tipos de estratégia;
— define o caminho escolhido para o sucesso;
— manobras para ser entrante em novo negócio;
— retaliação contra a entrada de nova empresa no negócio.
•	 Caracterização dos oponentes
Grande variedade de oponentes: da cadeia de valor, de grupos de empresas, de associações, de 
lobbies etc.
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Estratégia de posição
É a estratégia de participação na cadeia de valor, para a qual é indispensável a participação da alta 
administração.
•	 Temas das decisões
Busca de qualquer diferença na atuação na cadeia de valor que resulte em maior participação na 
distribuição do valor adicionado pela cadeia de valor.
•	 Ação/reação:
— ações e reações geralmente não percebidas pelos clientes/consumidores;
— define a vantagem na divisão do valor total acrescido na cadeia de fornecimento.
•	 Caracterização dos oponentes
Os oponentes são fornecedores ou fornecidos na cadeia de suprimentos que perderão participação 
no valor acrescido.
Estratégia competitiva
Indispensável a participação de conhecedores das operações de produção e marketing.
•	 Temas das decisões:
— busca de qualquer diferenciação no produto/serviço que possa ser aproveitada para ter “de 
fato” a preferência dos clientes/consumidores;
— define a vantagem na competição com todas suas consequências.
•	 Ação/reação:
— as ações e reações têm como “juízes” os clientes/consumidores.
•	 Caracterização dos oponentes
Os oponentes são os competidores procurando anular, suplantar ou equilibrar as vantagens 
competitivas.
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3.5 Objetivos da estratégia
O objetivo das estratégias da empresa – de todas as estratégias: corporativa, de posicionamento e 
competitiva – é dar vantagem à empresa, para que ela se diferencie dos concorrentes, ficando com a 
parte melhor e maior do mercado pelo qual compete.
A estratégia de uma empresa, segundo Zaccarelli, não deve objetivar liquidar com os concorrentes, 
embora isso possa eventualmente acontecer. Ela objetiva ter mais sucesso do que os concorrentes – 
embora erros estratégicos possam produzir insucessos.
É uma ferramenta dentre várias possíveis cujo uso pode resultar em sucesso (ou insucesso) da 
empresa e insucesso (ou sucesso) dos nossos concorrentes. A moderna estratégia é muito diferente do 
tradicional planejamento estratégico.
Hoje, não é só a alta administração que se envolve com problemas estratégicos: empregados sem 
qualquer função de chefia frequentemente participam da discussão da forma de obter vantagens 
competitivas; operadores de crédito pedem às empresas a descrição de sua estratégia, compradores são 
treinados na interpretação da estratégia dos fornecedores para melhor negociar com eles etc.
A estratégia da empresa está relacionada, basicamente, com as ações para criar um diferencial de 
sucesso, com relação às outras empresas concorrentes. Não deve ser confundida com a política do 
negócio. Por isso a estratégia só aborda os aspectos do relacionamento da empresa com o seu exterior.
3.5.1 Conceito de estratégia
A dificuldade de ter uma definição rápida e boa de estratégia, para Zaccarelli (1996), deve‑se à 
amplitude de seu conceito, que impede a condensação em uma única frase. Ele apresenta o conceito 
de estratégia como um guia para decisões sobre ações interativas em problemas de passagem, isto é, 
em problemas relacionados à passagem de uma situação atual para uma outra desejável expressa pela 
visão de futuro.
Assim, estratégia pode ser conceituada como a definição de caminhos para se alcançar vantagem 
competitiva junto aos consumidores e diferenciais mercadológicos que melhorem o posicionamento da 
empresa frente aos concorrentes.
Três tipos fundamentais de estratégias podem ser considerados:
1. Estratégia corporativa.
2. Estratégia de posicionamento.
3. Estratégia competitiva.
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3.5.2 Estratégia corporativa
A estratégia corporativa, para Zaccarelli (1996), cuida de criar condições para viabilizar vantagens 
competitivas no longo prazo. Se for prejudicada a estratégia corporativa, só no longo prazo haverá 
queda da competitividade.
A estratégia corporativa fica com as decisões relacionadas com o longo prazo e com as questões que 
são mais pertinentes aos donos da empresa ou seus representantes.
3.5.3 Estratégia de posicionamento no setor
A estratégia de posicionamento no setor tenta obter uma diferenciação de produto ou de mercado, e 
o posicionamento é “reconhecido” pelos concorrentes. Busca a conquista de diferenciais mercadológicos.
O posicionamento envolve apenas uma relação com os demais concorrentes ou com outros elementos 
da cadeia de negócios. O consumidor não percebe o fato.
A estratégia de posicionamento obrigatoriamente envolve mudanças na cadeia de fornecimento, 
afetando fornecedores ou clientes.
3.5.4 Estratégia competitiva
A estratégia competitiva busca uma valorização da empresa junto aos consumidores. Os 
consumidores reconhecem alguma vantagem que a empresa lhes fornece. Consequentemente, tal 
vantagem só pode ser nos campos de competição apontados por Contador (1996): custo, produto, 
prazo, assistência e imagem.
3.6 Funcionalidade interna
A funcionalidade interna objetiva prover a organização de eficiência e eficácia. Ter uma maior 
funcionalidade interna que os concorrentes e evita que o sucesso seja dificultado pelos desperdícios 
internos à empresa.
 Observação
A funcionalidade interna é representada pelas máquinas, equipamentos, 
insumos e matérias‑primas, que são a qualidade da indústria observada 
pela FNPQ.
A funcionalidade interna requer que dia a dia a produtividade e a qualidade sejam maiores em cada 
departamento da organização. Ter maior funcionalidade interna que os concorrentes é ter custos mais 
baixos que os concorrentes.
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3.7 Gestão sistêmica
A gestão sistêmica requer que se olhe a empresa como um todo. Nesse sentido, aspectos muitas vezes 
não relevantes, como relacionamento com a comunidade, imagem cívica e outros, são considerados.
 Lembrete
A visão sistêmica integra os recursos necessários aos elementos que 
compõem a organização e suas relações com o ambiente interno e externo 
da organização, principalmente com o uso da internet.
Analise a figura a seguir e entenda os recursos formadores de uma empresa e sua conexão com os 
recursos computacionais.
Rec
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Hu
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I Recursos de software
Programas e procedimentos
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Recursos de dados
Bancos de dados e bases de conhecim
ento
Recursos de rede
Meios de comunicação e suporte de rede
Controle do 
desempenho do sistema
Armanezamento de recursos 
de dados
Entrada de 
recursos de 
dados
Processamento 
de dados em 
informações
Saída de 
produtos de 
informação
Figura 5
4 SISTEMA DE INFORMAÇÕES COMO FONTE DE VANTAGEM COMPETITIVA (VC)
Um sistema de informações deve prover tanto a informação de cunho estratégico quanto a decunho 
operacional. Sistemas desse tipo, que coletam, armazenam, processam e disponibilizam informações 
para todos os níveis organizacionais, são denominados Sistemas de Informações Gerenciais (SIG).
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GESTÃO DAS INFORMAÇÕES
O sistema de processamento de dados é a parte mais básica do SIG, o agrupamento e a organização de 
dados sobre transações básicas de negócios; esse componente do SIG não envolve a tomada de decisão. 
Para decisões rotineiras que se repetem dentro da organização, um Sistema de Relatórios Gerenciais 
(SRG) é criado. Para decisões não rotineiras, um Sistema de Apoio a Decisões (SAD) é utilizado. Existem, 
ainda, os Sistemas Transacionais (ST), Sistemas Especialistas (SE) e/ou Sistema de Apoio aos Executivos 
(SAE).
Os sistemas integrados compõem um fenômeno razoavelmente recente no panorama empresarial. 
Sistemas integrados podem ser aplicados, com pequenas adaptações, a qualquer empresa. O ganho de 
escala traz uma vantagem de custo importante sobre as soluções desenvolvidas especialmente para 
as necessidades de cada empresa. Sistemas integrados são (teoricamente) capazes de integrar toda a 
gestão da empresa, agilizando o processo de tomada de decisão.
Um software de gestão empresarial mais conhecido como ERP (Planejamento dos Recursos 
Empresariais) é uma ferramenta de trabalho. Trata‑se de sistema de computador (software) composto 
de vários módulos que se integram com o objetivo de tratar ou processar os dados transformando‑os 
em informações decorrentes.
Um sistema de ERP pode ser visto como um reforço para a concentração de esforços nas armas 
adequadas aos campos da competição. Por hipótese, permite a elevação do grau de excelência das 
armas usadas pela empresa dentre aquelas armas que o ERP pode contemplar.
Partindo do planejamento estratégico da empresa (especialmente da visão de longo prazo), os analistas 
fazem o planejamento estratégico de informação, enfocando a análise das áreas de negócios inicialmente 
e integrando todas elas depois. Os analistas de sistemas começam a elaborar o projeto do sistema e partem, 
a seguir, para a construção do sistema fazendo uso de ferramentas CASE. Depois, o sistema é implantado, 
passando a servir aos usuários. O sistema, entretanto, requer uma contínua manutenção.
Melhorar o processo empresarial
Melhor 
eficiência
Criar novas 
oportunidades 
empresariais
Mantém clientes 
e relacionamentos 
valiosos
— Utiliza TI 
para melhorar 
qualidade
— Utiliza TI 
para ligar 
a empresa 
a clientes e 
fornecedores
Ultiliza TI 
para reduzir 
custos de 
processos 
empresariais
Utiliza TI 
para criar 
novos 
produtos 
ou serviços
Estratégia
Papel 
da TI
Resultado
Figura 6 – Usos estratégicos da tecnologia da informação
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4.1 Informações gerenciais e operacionais
Foi dado destaque à necessidade de o sistema de informações estar associado e derivar da visão de 
futuro da organização, visão construída com estratégias (corporativa, de posicionamento e competitiva), 
com elementos da funcionalidade interna e elementos da gestão sistêmica. Desta forma, a visão de 
futuro tem uma característica essencialmente quantitativa, assemelhando‑se a um perfil organizacional 
complexo desejável no futuro para a organização.
O sistema de informações deve estar, assim, intimamente articulado com os objetivos futuros da 
organização. Mas quando se fala em sistema de informações estratégicas, destaca‑se o sistema de 
informações gerenciais – contrapondo‑se ao sistema de informações operacionais.
Dentro de uma organização, gerentes diferentes têm tipos diversos de necessidades de informações, 
e uma perspectiva de informação como um sistema dinâmico permite esses vários tipos de informação.
O nível mais alto da administração, que é responsável pela formulação e pela implementação da visão de 
longo alcance, tem necessidade de informações de natureza ampla e de cunho essencialmente estratégico.
Este nível de informação não é apropriado para o nível operacional. Um operador geralmente requer 
informações detalhadas sobre as operações do dia a dia, e não a informação ampla e estratégica. Cada 
nível gerencial, cada função requer um tipo específico de informação, e a norma da eficiência exige que 
a informação fornecida deva ser igual à requerida pelo solicitante. Um sistema de informações deve 
prover tanto a informação de cunho estratégico quanto a de cunho operacional.
Sistemas desse tipo, que coletam, armazenam, processam e disponibilizam informações para todos 
os níveis organizacionais, são denominados Sistemas de Informações Gerenciais (SIG).
Antes de definir os tipos de sistema de informações, cabe relembrar os elementos básicos de TI para 
formação e alimentação de sistemas
Dado é a unidade bruta, sem complemento ou descrição, mas de sentido único de uma informação, 
por exemplo: 42, o que podemos afirmar sem medo de errar sobre esse dado é que ele é um número, 
somente isso. Isto é um dado, e é a menor unidade que forma um sistema de informações.
Informação é o complemento de um dado, como sentido, orientação, unidade ou descrição sobre 
ele, como exemplo: 42 anos, já que 42 pode ser um número do endereço, de um calçado, 42 unidades de 
parafusos, 42 pessoas, 42 dias. A informação é obtida pelo processamento eletrônico de dados inerentes 
e correlatos (do mesmo tipo e do mesmo “dono”, entidade ou proprietário).
Banco de dados é o conjunto de informações inerentes e correlatas a um mesmo indivíduo ou entidade de 
uma mesma categoria ou classe. Por exemplo, seu RG é uma informação que advém de um banco de dados de 
pessoas cadastradas, em que consta seu nome, data de nascimento, número de registro geral, data do registro, 
órgão expedidor, cidade natal, filiação e dados do estado que você nasceu. Outro exemplo é uma lista telefônica, na 
qual constam dados do assinante do serviço, como nome, endereço completo e organizado por ordem alfabética.
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GESTÃO DAS INFORMAÇÕES
Em banco de dados informatizados, podemos pesquisar os registros e relacionar a informações, 
montando relatórios e analisando dados de maneira linear, indexada ou cruzada. Os cadastros de 
clientes, fornecedores, compradores, listas de preços e produtos, relações de CEP e cidades são bancos 
de dados encontrados nas empresas e utilizados para preenchimento de documentos, como contratos, 
notas fiscais, pedidos etc.
4.2 Tipos de Sistemas de Informações Gerenciais
O Sistema de Informações Gerenciais provê a integração de todas as funções, os procedimentos, 
dados e equipamentos da corporação em um sistema abrangente de forma a produzir as informações 
necessárias para todos os níveis dentro da organização. Esse SIG tem foco tanto interna quanto 
externamente, já que fornece informações de dentro da organização (por exemplo, totais semanais de 
produção) ou de fora (mudanças no Índice de Preços ao Consumidor).
Antes de examinar os componentes de hardware e de software do sistema de informações gerenciais 
e os critérios de seleção que operam em seu projeto, é necessário delinear as características da informação 
em si.
Sabemos que um SIG é abrangente e produz todas as informações necessárias para todos os 
níveis dentro da organização. Para ser uma ferramenta útil, a informação deve ser completa, precisa e 
apropriada para a tarefa e deve ser recebida pelo destinatário com pontualidade.
A informação fornecida deve se equiparar à necessária para a tomada de decisão.
A. Subsistemasdo SIG
É sabido que os gerentes precisam tomar decisões rotineiras e não rotineiras. Cada uma dessas decisões 
requer formas diferentes de informação, e sistemas de informação diferentes são criados para auxiliar 
a administração em suas tomadas de decisão. Sistemas de Informação Gerencial (SIG) fornecem 
informação na forma de relatórios e demonstrativos para os gerentes e muitos profissionais 
da empresa. O sistema de processamento de dados é a parte mais básica do SIG, o agrupamento e 
a organização de dados sobre transações básicas de negócios; esse componente do SIG não envolve 
a tomada de decisão. Para decisões rotineiras que se repetem dentro da organização, um Sistema de 
Relatórios Gerenciais (SRG) é criado. Para decisões não rotineiras, um Sistema de Apoio a Decisões (SAD) 
é utilizado. Existem, ainda, os Sistemas Transacionais (ST), Sistemas Especialistas (SE) e/ou Sistema de 
Apoio aos Executivos (SAE).
Quanto aos Sistemas de Informação Gerenciais ou Orientados ao Gerenciamento (SIG), seu 
objetivo básico é ajudar a empresa a alcançar suas metas, fornecendo a seus gerentes detalhes 
sobre as operações regulares da organização, de forma que possam organizar, controlar e planejar 
assertivamente. Para tanto, lança‑se mão de dados internos provindos dos SPTs e de dados externos 
captados do mercado. Um SIG provê aos gerentes não só informação e suporte para a efetiva tomada 
de decisão, mas também as respostas às operações diárias, agregando, assim, valor aos processos da 
organização, visto que dá informações para a pessoa certa, do modo certo e no tempo certo. Isso 
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é possível porque os bancos de dados alimentados pelos SPTs são os mesmos acessados pelos SIGs. 
Embora sejam sistemas diferentes, compartilham a mesma base de dados para gerar informações 
conforme a necessidade de cada usuário.
B. Sistema de processamento de dados ou sistema transacional
Denomina‑se transação qualquer evento que ocorre dentro da organização de negócios ou 
entre a organização e o ambiente externo. Essas transações normais, por exemplo, incluem o 
pedido regular de matéria‑prima, a cobrança de clientes e os depósitos bancários. Os dados sobre 
essas transações não estão diretamente envolvidos no processo de tomada de decisão, mas são 
necessários para a administração.
Precisam ser compilados e classificados; às vezes, requerem cálculos e, finalmente, precisam ser 
resumidos de alguma forma para serem de utilidade máxima para a administração.
Esses sistemas são necessários em todos os níveis de uma organização, e embora a natureza 
exata do sistema empregado seja diferente em cada caso, existem certas similaridades em todas 
as situações:
• é preciso haver um grande volume de transações para justificar sua criação;
• as transações precisam ser repetitivas – isto é, essencialmente, a mesma coisa todas as vezes, com 
nenhuma ou poucas exceções;
• a maneira pela qual a informação é reunida, processada e apresentada deve ser bem‑entendida. 
O sistema de processamento de dados é caracterizado pela extrema rotina. Já que as etapas de 
reunir e processar dados são bem conhecidas, frequentemente são chamadas de procedimentos 
padrões de operação. O computador se adapta de forma ideal ao sistema; já que é capaz do grau 
necessário de precisão, pode trabalhar com um volume muito grande de transações e não se 
cansa com a tarefa repetitiva.
Tais rotinas também são chamadas de Sistemas Transacionais (ST) e podem incluir transações tanto 
batch quanto on‑line.
C. Sistemas de Relatórios Gerenciais (SRG)
A maioria das decisões de negócios é de natureza rotineira. Elas se distinguem não apenas porque 
se repetem com regularidade, mas também porque os parâmetros para as tomadas de decisão são 
bem‑entendidos. Por serem bem‑entendidas, essas decisões frequentemente são chamadas de decisões 
estruturadas, e a informação necessária para tomar essas decisões também é dominada informação 
estruturada. Essa informação se encaixa em um formato predeterminado que é usado no processo 
normal de relatórios.
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A parte específica desse SIG organizacional que gera essa informação é chamada de Sistema de 
Relatórios Gerenciais (SRG). Ele faz uso da informação processada pelo computador para gerar relatórios 
padronizados que são utilizados por gerentes para tomarem decisões rotineiras e repetitivas.
O projeto e a execução de um SRG bem‑sucedido é um processo de desenvolvimento lento que 
focaliza as informações em um formato útil para auxiliar gerentes nas tomadas de decisão, e está sempre 
sujeito à avaliação e melhoria. Sem dúvida, enquanto as necessidades de informação mudam em resposta 
aos desafios das tomadas de decisão gerencial em ambientes de negócios que frequentemente estão 
passando por mudanças rápidas, o SRG também precisa mudar. Gerentes que não avaliam seus sistemas 
de informação periodicamente põem em risco não apenas o sistema, mas a empresa como um todo.
O ritmo rápido dos negócios contemporâneos exige uma atenção constante. Ficar para trás é brincar 
com o fracasso, e tomar decisões críticas baseadas em dados ruins pode assegurar um fraco desempenho 
em um mercado que considera totalmente imperdoável esse tipo de desempenho.
D. Sistema de Apoio a Decisões (SAD)
O segundo tipo de decisões tomadas pela administração é aquele que não é repetitivo nem rotineiro. 
Podem até ser decisões que serão tomadas uma única vez e são caracterizadas por sua singularidade.
Esses problemas e suas decisões são conhecidos como não estruturados, e suas necessidades com 
relação à informação não são bem‑conhecidas. Já que os tipos e a quantidade de informação necessária 
para tomar uma decisão gerencial em uma situação não estruturada não são prontamente aparentes, é 
difícil projetar um sistema para fornecer a informação, mas não é impossível. A chave para se projetar 
um SAD bem‑sucedido é a flexibilidade.
Um exemplo de decisão não estruturada é o ato de contratar um gerente novo. Em grande parte, 
cada decisão de recrutamento é singular, e informações diferentes são consideradas importantes em 
cada caso. O entrevistador ou o departamento de Recursos Humanos solicita a informação necessária 
para cada caso, e quando informações adicionais são necessárias para a decisão de contratar, também 
podem ser pedidas. O tipo e a quantidade exata de informação não são conhecidos antes do evento. 
Devido à falta da predeterminação do tipo e da quantidade de informação necessária no processo de 
tomada de decisão gerencial, esse SAD requer gerentes flexíveis e que se sintam à vontade em um 
ambiente incerto.
Sistemas de Apoio/Suporte à Decisão (SAD ou SSD) são ferramentas de software essenciais para o 
processo decisório. Englobam todos os tipos de recursos computacionais que estejam disponíveis para 
esse objetivo. Um SSD é composto de pessoas, procedimentos, banco de dados e o próprio software que 
é criado para tratar situações específicas.
As fontes de dados não são estruturadas ou semiestruturadas e englobam as simulações, as projeções 
estatísticas e uso de recursos gráficos, apresentando, às vezes, tendências necessárias para o decisor. Visto 
que a administração das empresas enfrenta problemas nem sempre rotineiros e pouco estruturados, os 
SSDs precisam apresentar certa flexibilidade para tratar dados internos e externos.
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E. Sistema de apoio ao executivo
Corresponde a um tipo especial de SSDs e, igual a eles, é projetado paradar suporte à tomada 
de decisão no mais alto escalão empresarial – visa dar suporte às ações dos membros da diretoria e 
presidência ou do conselho diretor. Consolidam informações de fontes internas e externas das empresas 
para a alta administração da empresa. Apresentam resultados em formas gráficas e pouco ou mesmo 
não estruturados em interfaces amigáveis.
É possível acrescentar às características anteriores a interface amigável, a exploração de recursos gráficos 
(botões, imagens, ícones, som, símbolos etc.) e a capacidade de multivisão. A multivisão cria possibilidades 
de visualização ou extração de dados, por meio de customização ou parametrização, navegação em telas 
do sistema, dados externos e informais e data mining. As organizações estão constantemente buscando 
vantagens competitivas em relação às concorrentes, e para obter essas vantagens, elas necessitam de 
informações, as quais, por sua vez, são fornecidas pelos sistemas de informação.
O objetivo é transmitir informações internas e externas sobre o mercado e os concorrentes, sobre a 
corporação e as novas direções que a empresa deve seguir em busca da vantagem empresarial para o 
seu progresso. Os EIS são compostos por vários componentes de software, que permitem estudar muitas 
características específicas, tais como:
•	 capacidade de obter detalhes;
•	 acesso às informações completas e relacionadas;
•	 acesso aos dados históricos, dos concorrentes e parceiros;
•	 obtenção e uso de dados externos;
•	 geração de indicadores de problemas;
•	 geração de indicadores de tendências, taxas e critérios;
•	 possibilidade da análise para esse caso (ad hoc);
•	 geração e apresentação em gráficos e textos na tela;
•	 geração de relatórios de exceção;
• simulações e projeções de cenários.
Na prática, encontramos três tipos de usos de sistemas computacionais nos níveis da alta administração:
•	 aperfeiçoamento dos sistemas de escritórios: aplicações voltadas para a eficiência, geralmente 
relacionadas com automação de escritório, sendo a mais significativa delas a de correio eletrônico;
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GESTÃO DAS INFORMAÇÕES
•	 redesenvolvimento dos sistemas de planejamento de controle: a maior categoria de Saes 
– Sistemas de Apoio ao Executivo com Sucesso é a projetada para aperfeiçoar os processos de 
planejamento e controle. Esses sistemas fornecem ao executivo novas informações ou oferecem as 
existentes mais rapidamente e/ou num formato mais útil, revolucionando o fluxo de informações;
•	 enriquecimento dos modelos mentais: os executivos têm necessidade de assegurar‑se de que 
sua concepção do ambiente dos negócios está próxima da realidade. Para planejamento e controle, 
os executivos usam modelos implícitos e intuitivos. São representações mentais da realidade, 
abstrações dos contextos complexos das decisões, que os executivos utilizam para simplificar seu 
processo de decisão, identificando as variáveis importantes, gerando e avaliando as alternativas. 
O objetivo desses modelos é a simplificação do processo de decisão com base no conhecimento e 
na experiência acumulada.
O termo SAE corresponde ao termo em inglês Executive Support System (ESS) que, mais recentemente, 
tem sido chamado de Executive Information System (EIS) – Sistema de Informação para Executivos (SIE).
Os SAEs mais conhecidos estão baseados em ideias simples e diretas: altos executivos precisam de 
informação que os ajude a ter acesso aos indicadores do sucesso de sua organização e ao desempenho 
de indivíduos críticos para esse sucesso. Informação é um poderoso motivador quando está sendo 
visivelmente utilizado pela alta administração. A maioria já entende que informação é um recurso 
corporativo.
Pode ser o catalisador para aumento da produtividade; precisa ser sob medida para as necessidades 
e estilo. Em tal contexto, tais sistemas também são chamados de Sistemas Especialistas (SE).
Os sistemas de informação especialistas ou orientados aos negócios são utilizados em qualquer nível 
ou área da empresa. Eles podem ser classificados em sistemas de informação de inteligência artificial 
(IA), sistemas de trabalho em equipe (groupware), Sistemas de Intercâmbio Eletrônico de Dados e 
Informações (EDI) e, mais recentemente, em sistemas de apoio ao ensino (e‑learning):
•	 Sistemas de Intercâmbio Eletrônico de Dados e Informações (Eletronic Data Interchange – EDI): 
significa troca estruturada de dados por meio de uma rede de dados qualquer. EDI pode ser 
definido como o movimento eletrônico de documentos‑padrão de negócio entre, ou dentro, 
de empresas. Substituem os meios tradicionais de transmissão de dados por fax, disquetes e 
impressos. Um desses sistemas bastante popular é o disponibilizado pela Receita Federal Brasileira 
para o envio de declaração de imposto de renda pela Internet. Após o envio da declaração via 
Internet, o declarante recebe um comprovante. Antigamente, as declarações de IR eram feitas 
em formulário e depois por disquete. Além disso, alguns consideram que o uso primário da EDI é 
efetuar transações de negócios repetitivas, tais como encomendas, faturas, aprovações de crédito 
e notificações de envio.
• Sistemas de Informação de Inteligência Artificial ou Artificial Intelligence (IA): também 
são classificados como sistemas especialistas e se caracterizam por possuírem uma base 
de conhecimentos em que, por meio de lógica semântica, serão armazenadas informações 
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especialistas de alguma área do conhecimento humano. A inteligência artificial é uma área de 
pesquisa da ciência da computação dedicada a buscar métodos ou dispositivos computacionais que 
façam as máquinas “pensar” como humanos para agir ou resolver problemas ou, de forma ampla, 
agir inteligentemente diante de situações difíceis. Apenas recentemente, com o surgimento do 
computador moderno, é que a inteligência artificial conseguiu condições e massa crítica para se 
estabelecer como ciência integral, com problemáticas e metodologias próprias. A evolução dessa 
disciplina passou dos programas de xadrez ou de conversão para áreas como visão computacional, 
análise e síntese da voz, lógica difusa, redes neurais artificiais e outras.
• Sistemas de trabalho em equipe (groupware): também são conhecidos como sistemas de 
computação colaborativa. Eles buscam melhorar a performance das equipes de trabalho por meio 
da integração de atividades de diversas pessoas diferentes que trabalham num mesmo processo. 
Software colaborativo (ou groupware) é um software que apoia o trabalho em grupo, coletivamente, 
e fornece suporte computacional aos indivíduos que tentam resolver um problema em cooperação 
com outros, sem que todos estejam no mesmo local, ao mesmo tempo. Com base nas pesquisas 
realizadas na área denominada internacionalmente Computer Supported Cooperative Work, ou 
Trabalho Cooperativo Suportado por Computador (CSCW), foram desenvolvidos vários recursos 
para implantação de sistemas cooperativos. Essas ferramentas, denominadas groupware, utilizam 
conceitos de sistemas distribuídos, comunicação multimídia, ciência da informação e teorias 
sócio‑organizacionais. Softwares como e‑mail (assíncrono), agenda corporativa, bate‑papo (chat) 
e wiki pertencem a essa categoria. Há um consenso de que software de socialização se aplica a 
sistemas fora do ambiente de trabalho, como, por exemplo, serviços de namoro on‑line e redes 
de relacionamento, como o Orkut. O estudo da colaboração com auxílio de computador inclui o 
estudo deste software e dos fenômenos sociais associados a ele.
• Sistemas de apoio ao ensino pela web (e‑learning): são recursos que têm como objetivoproporcionar o treinamento e a capacitação de pessoas e grupos de funcionários que precisam 
fazer a atualização ou aquisição de novos conhecimentos, mas que estão sem tempo ou recursos 
para aprender da forma convencional. Os sistemas de e‑learning apresentam como vantagem 
o custo relativamente baixo para o aluno, além de disponibilizar o treinamento em qualquer 
lugar em que se possua conexão com a Internet. O e‑learning é resultado da combinação entre o 
ensino e a educação a distância com auxílio da tecnologia da informação e da telecomunicação. 
Trata‑se de iniciativas empreendedoras das organizações de ensino, que viram nos recursos da 
Internet uma forma de levar a educação on‑line e o treinamento baseado em web para qualquer 
lugar do mundo, resultando, por final, naquilo que se denomina por e‑learning ou ensino a 
distância. Foram projetados softwares para atuarem como salas de aula virtuais, gerando várias 
possibilidades de interações entre os seus participantes. Com as ferramentas da tecnologia na 
web, os processos de interação em tempo real passaram a ser uma realidade, permitindo que o 
aluno tenha contato com o conhecimento, com o professor e com outros alunos, por meio de 
uma sala de aula virtual. De forma simples, e‑learning é o processo pelo qual o aluno aprende 
por meio de conteúdos colocados no computador e disponibilizados pela Internet e em que o 
professor, se existir, está a distância, utilizando a Internet como meio de comunicação, podendo 
existir sessões presenciais intermediárias.
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As organizações que utilizam aplicações baseadas na estrutura de e‑business estão integradas em 
conjuntos de aplicações interfuncionais, como:
1. planejamento de recursos empresariais;
2. gerenciamento do relacionamento com o cliente;
3. apoio às decisões;
4. gerenciamento da cadeia de suprimentos;
5. administração da rede de vendas.
Sistemas de informação dentro de uma organização empresarial que apoiam uma das funções 
tradicionais de empresas, como marketing, finanças, RH ou produção. Sistemas funcionais podem ser 
sistemas de informação de administração ou de operações:
• marketing:
— gerenciamento da relação com o cliente;
— marketing interativo;
— automação da força de vendas;
— processamento de pedidos;
— controle de estoques.
• administração de recursos humanos:
— análise de remuneração;
— inventário de qualificações de funcionários;
— previsão de necessidades de pessoal;
— folha de pagamento.
• produção/operação:
— planejamento de recursos de fabricação;
— sistemas de execução de fabricação;
— controle de processos.
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• contabilidade:
— contas a receber;
— contas a pagar;
— livro‑razão geral.
• finanças:
— administração de caixa;
— administração de crédito;
— administração de investimentos;
— orçamento de capital;
— previsão financeira.
Marketing, segundo o grande escritor Philip Kotler, deve considerar quatro Ps: promoção ou 
propaganda, venda de produtos, desenvolvimento de preços em praças ou novos mercados para melhor 
atender clientes atuais e potenciais.
Sistemas de informação de marketing do tipo SPT devem ajudar os gerentes a satisfazer as 
necessidades mais amplas de informação nas seguintes áreas:
• administração de produto: o sistema de informação ajuda a planejar, monitorar e apoiar o 
desempenho de produtos, linhas de produtos e de marcas;
• propaganda e promoção: os sistemas de informação ajudam a selecionar mídias e métodos 
promocionais e a controlar e a avaliar os resultados de propagandas e promoções;
• previsão de vendas: um sistema de informação pode produzir rapidamente previsões de vendas de 
curto e de longo prazo;
• pesquisa de mercado: as ferramentas de um sistema de informação podem ajudar os pesquisadores 
na coleta e na análise de dados internos e externos sobre variáveis de mercado, evolução e tendências;
• administração de vendas: o sistema de informação ajuda a planejar, monitorar e apoiar o 
desempenho de vendedores e as vendas de produtos e serviços;
• automação da força de vendas: o sistema de informação automatiza o registro e o relatório da 
atividade de vendas pelos vendedores e as comunicações e apoio às vendas pela administração;
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GESTÃO DAS INFORMAÇÕES
• processamento de pedidos ou processamento de pedidos de vendas: é um importante sistema de 
processamento de transações que capta e processa pedidos dos clientes, produzindo faturas para 
eles e dados necessários para a análise de vendas e o controle de estoque. Também há integração 
com o sistema de faturamento de finanças e contábil;
• controle de estoque: esses sistemas acompanham e monitoram os níveis de estoques e suas 
mudanças. Eles podem ser programados para notificar os gerentes se for atingido certo nível de 
estoque que necessite de uma decisão. Também podem ser equipados para lidar com informações 
sobre pedidos de rotina.
Por exemplo, um sistema de informação de marketing pode ajudar os gerentes de marketing a 
desenvolver estratégias e planos com base em metas empresariais, pesquisa de mercado e dados da 
atividade de vendas, monitorar e apoiar atividades de marketing institucional:
• numa indústria de manufatura, a área de vendas foi informatizada com o objetivo de realizar 
mais rapidamente e com menores possibilidades de erros as análises das vendas contendo as 
diversas estatísticas dessa área, cálculo de comissão de vendedores, elaboração de gráficos de 
desempenho. A empresa instalou uma rede de microcomputadores, desenvolveu uma Intranet 
dentro da organização com uma Extranet envolvendo vendedores, funcionários e clientes;
• os vendedores da empresa, tanto internos quanto externos, receberam palmtops, isto é, 
equipamentos do tipo Personal Digital Assistant (PDA), com rede sem fio, para adquirirem 
mobilidade. Esses equipamentos, com os sistemas desenvolvidos no Windows CE, permitiram 
vendas de modo mais rápido e eficiente;
• à medida que os vendedores realizavam as vendas dos produtos, digitalizavam os dados 
diretamente no visor do PDA – touch screen –, que os transmitia por meio das telecomunicações 
3G. Os pedidos davam entrada no sistema – Intranet –, e as notas fiscais eram emitidas na área 
da empresa destinada à expedição, que realizava o despacho da mercadoria assim que houvesse 
a liberação da área financeira;
• a cada instante do dia, os gerentes e o pessoal da média e da alta administração das diversas áreas 
da organização podiam observar os dados de vendas acumuladas até o momento, SIGs com totais 
acumulados na semana ou no mês, os totais de cada mês anterior ou de cada semana anterior, os 
gráficos do que foi vendido baseado em estatísticas anteriores. Podiam também passar instruções para 
os supervisores e vendedores sobre promoções e campanhas. Os dados da programação de produção e 
os diversos dados de planejamento estratégico da empresa eram fornecidos pelo sistema de ERP;
• o pessoal da alta e da média administração da empresa podia adotar as decisões assertivas de 
modo mais rápido, seguro, lucrativo e com qualidade, pois as informações necessárias à tomada 
de decisões eram disponibilizadas pela organização em tempo real;
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• o sistema de vendas fornecia informações valiosas de marketing para o gerente e aos supervisores devendas durante o expediente, que, com base nelas, tomavam as decisões necessárias para a correção 
ou alteração de rumo das tarefas da área com o objetivo de atingir melhor os objetivos da área.
Conforme explica O’Brien (2007), o marketing direcionado tornou‑se uma importante ferramenta no 
desenvolvimento de estratégias de propaganda e promoção para os websites de comércio eletrônico de 
uma empresa. O marketing direcionado é um conceito de administração de propaganda e promoção que 
engloba cinco componentes‑alvo:
1. Comunidade: as empresas podem personalizar suas mensagens de propaganda na rede e seus 
métodos de promoção para atrair pessoas de comunidades específicas.
2. Conteúdo: propaganda como cartazes eletrônicos ou banners podem ser veiculadas em várias 
páginas de sites da Internet, além da home page da empresa.
3. Contexto: a propaganda figura apenas em páginas da Internet que são relevantes ao conteúdo de 
um produto ou serviço.
4. Aspectos demográficos/psicográficos: esforços de marketing podem ser dirigidos apenas a tipos 
específicos ou classes da população.
5. Comportamento on‑line: campanhas de propaganda e promoção podem ser adaptadas a cada 
visita individual a um site.
Sistemas de informação de manufatura apoiam a função de produção/operações, a qual inclui todas 
as atividades relacionadas com planejamento e controle dos processos que produzem bens e serviços. 
Esses sistemas operacionais podem ser divididos nas seguintes categorias:
• Manufatura Auxiliada por Computador, ou Computer Aided Manufacturing (CAM), 
contrapondo‑se ao CAD; o CAM está no processo de produção. Enfatiza que o uso do computador 
na automação da fábrica deve ser para:
– simplificar (reprojetar) processos de produção, projetos de produtos e organização fabril como 
um fundamento essencial para a automação e a integração;
– automatizar os processos produtivos e as funções organizacionais que os apoiam com 
computadores e robôs;
– integrar todos os processos produtivos e apoio utilizando computadores e redes 
de telecomunicações;
• controle de processo: é o uso de computadores para controlar um processo físico em andamento 
que faz parte de um determinado projeto. O software de controle de processo utiliza modelos 
matemáticos para analisar o processo em curso e compará‑lo aos padrões ou às previsões de 
resultados esperados;
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• controle de máquina: também conhecido por Controle Numérico Direto (Direct Numerical Control 
– DNC), utiliza programas de computador para máquinas‑ferramenta (CNC) para converter dados 
geométricos de projetos de engenharia e instruções de usinagem do planejamento de processo 
em comandos que controlam as máquinas. Esse sistema é aplicado para fazer a comunicação 
(enviar instruções/dados) entre um computador e uma ou mais máquinas CNC, garantindo maior 
produtividade, menor perda de dados, evitando perda de tempo por parte do operador para a 
digitação do programa ou outros dados;
• robótica: é a área da tecnologia que cria máquinas (robôs) com inteligência e faculdades físicas 
semelhantes às humanas (inteligência artificial). A mecatrônica engloba a mecânica, a eletrônica 
e a computação, que trata de sistemas compostos por máquinas e partes mecânicas automáticas 
e controladas por circuitos integrados, tornando sistemas mecânicos motorizados, controlados 
manualmente ou automaticamente por circuitos elétricos. A robótica tem possibilitado às 
empresas redução de custos com mão de obra e um significativo aumento na produção. O país 
que mais tem investido na robotização das atividades industriais é o Japão; um exemplo disso 
observa‑se na Toyota;
• Engenharia com Auxílio de Computador, ou Computer‑Aided Design (CAD) é o nome genérico de 
sistemas computacionais (software) utilizados pela engenharia, pela geologia, pela arquitetura 
e pelo design para facilitar o projeto e desenho técnicos. No caso do design, este pode estar 
ligado especificamente a todas as suas vertentes (produtos como vestuário, eletroeletrônicos, 
automobilísticos etc.), de modo que os jargões de cada especialidade são incorporados na 
interface de cada programa. Os projetistas utilizam estações de trabalho com capacidades gráficas 
e computacionais ampliadas para simular, analisar e avaliar modelos de projeto de produto em 
menos tempo e por um custo inferior ao da construção de protótipos reais.
Por exemplo: numa empresa industrial, a área de vendas representa a maior interface do negócio 
com o mundo exterior. Muitas vezes, a informação do mundo exterior demora a chegar às demais áreas 
internas da empresa, porém, quando chegar, deve seguir o seguinte fluxo:
• a área seguinte é a de Programação e Controle da Produção (PCP):
• a programação da produção deve ser feita de acordo com as necessidades atuais ou passadas – 
demandas históricas – do mercado. Vendas é a área que está em contato direto com o mercado e, 
por isso, é necessário que o pessoal do PCP esteja ciente de todas as tendências do mercado e do 
que está ocorrendo em vendas, em particular com os produtos da empresa;
• uma vez feita a programação da produção numa determinada mercadoria, esta é enviada para a 
área de produção na forma de uma instrução de fabricação;
• a gestão dos materiais é de extrema importância. As bases para essa gestão eletrônica se iniciaram 
com os sistemas do tipo Materials Requirement Planning (MRP). Esses sistemas primordiais 
realizavam a explosão de um produto em seus componentes e depois gerenciavam os estoques e 
a necessidade de componentes;
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• o gerenciamento desse tipo é bastante complexo e, além disso, há necessidade de todo um 
planejamento financeiro. Nesse ponto, a empresa partiu para a utilização bem‑sucedida do 
sistema Enterprise Resource Planning (ERP) com uso na Extranet;
• por outro lado, internamente, na área de produção, existem esquemas de trabalho. Os operários 
são divididos em turmas, as quais trabalham em turnos (manhã, tarde, noite e fins de semana), e 
esses são alocados em máquinas. Todo trabalho deve ser contabilizado para efeitos de pagamento 
de salários, além da contagem da produção que, após aprovada, é informada como material 
produzido. Esse material produzido deve ser informado para a área de controle de produção do 
PCP, para que informe a área de vendas sobre a evolução da produção;
• o material acabado segue para a área de estoque, embalagem, armazenagem e, finalmente, 
expedição ou despacho. Na área de despachos, será emitida a nota fiscal, que deverá seguir junto 
com a mercadoria ao cliente;
• atualmente, algumas empresas informam ao cliente o status do andamento da produção e da entrega 
do produto adquirido. Assim, é possível acompanhar pela Internet o estágio da produção e a localização 
geográfica da mercadoria. Quando uma mercadoria é despachada por uma empresa de logística, 
recebe‑se um número que permite rastrear a sua localização: Correios Sedex, UPS, Fedex etc.
A função de administração de recursos humanos envolve a avaliação, a seleção, o recrutamento, a 
remuneração e o desenvolvimento de funcionários. O objetivo da área de RH é o uso eficaz e eficiente 
dos recursos humanos de uma empresa. Os sistemas de informação de recursos humanos do tipo SPT 
são projetados para apoiar:
• as rotinas do departamento de pessoal da empresa;
• o desenvolvimento de todo o potencial dos funcionários;
• o controle de todas as políticas e programas de pessoal.
Basicamente, as empresas utilizavam os sistemas de informação computadorizados para 1. produzir a 
folha de pagamento (hollerith ou contracheque) e relatórios,2. manter cadastro de pessoal e 3. analisar o 
uso de pessoal nas suas operações. O sistema de folha de pagamento recebe e mantém dados de cartões de 
ponto dos funcionários e outros registros de trabalho para produzir contracheques e outros documentos, 
como declarações de rendimentos, relatórios de folha de pagamento e de análise de mão de obra.
Outras atribuições da área de RH são:
• recrutamento, seleção e contratação;
• remanejamento de cargos;
• avaliações de desempenho;
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• análise de benefício do funcionário;
• treinamento e desenvolvimento;
• saúde e segurança do trabalho.
Sistemas de informação de contabilidade do tipo SPT são os mais tradicionais e os mais amplamente 
utilizados nos negócios. Registram e relatam transações comerciais e outros eventos econômicos. Os 
sistemas de contabilidade operacional recebem as transações ou movimentações comerciais e enfatizam 
a manutenção de registros históricos e legais, sendo responsáveis pela produção de demonstrativos 
financeiros. Os objetivos principais dos sistemas contábeis são:
• contas a receber: sistemas de contas a receber mantêm registros dos débitos totais dos clientes a 
partir de dados gerados por suas compras e pagamentos;
• contas a pagar: sistemas de contas a pagar mantêm controle de dados relativo a compras de 
fornecedores e de pagamentos a eles;
• livros contábeis: sistemas de livros contábeis consolidam dados recebidos de contas a receber, 
contas a pagar, folha de pagamento e outros sistemas de informação de contabilidade.
Sistemas de informação financeira do tipo SPT apoiam os gerentes financeiros em decisões relativas 
às operações financeiras de uma empresa e à alocação e controle desses recursos. As áreas‑chave para 
os sistemas de informação financeira compreendem:
• Administração de títulos e valores: os sistemas de informação coletam e registram as informações 
sobre todos os recebimentos e desembolsos financeiros dentro de uma organização. Além disso, 
muitas empresas investem seu excedente de caixa no mercado de capitais no curto, médio e longo 
prazos, e esses portfólios podem ser controlados pelo software;
• Orçamento de capital: os sistemas de informação dão suporte ao processo de planejamento do 
orçamento de capital para ajudar a avaliar a rentabilidade e a influência financeira dos desembolsos 
de capital propostos;
• Previsão financeira: o sistema de informação financeira auxilia na previsão estatística, propiciando 
técnicas analíticas que resultem em previsões econômicas ou financeiras levando em consideração 
o cenário das condições econômicas locais e nacionais, o comportamento do mercado consumidor, 
os níveis de preço e as taxas de juros;
• Planejamento financeiro: sistemas de planejamento financeiro utilizam modelos de planejamento 
financeiro para avaliar o desempenho atual e projetado de uma empresa; permitem, inclusive, o 
desenvolvimento do fluxo de caixa projetado. Eles também ajudam a determinar as necessidades 
de capital de uma empresa e a analisar as opções de financiamento.
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Apoio 
às 
estratégias 
para vantagem 
coletiva
Apoio às operações e aos processos
Apoio à tomada de decisão 
empresarial
Figura 7 – Apoio que os sistemas podem dar às empresas
 Lembrete
Note que a representação segue a pirâmide dos níveis organizacionais 
conhecida como ETO: nível Estratégico, nível Tático e nível Operacional.
4.3 A evolução dos sistemas integrados de gestão
A recente história dos sistemas integrados de gestão corporativa (SIG) parece repetir o ciclo das 
modas e modismos gerenciais. Os executivos lhe dedicam horas e horas de reuniões e de sono.
Seus atributos despertam devaneios futuristas. As revistas e jornais de negócios lhe dedicam capas 
e matérias especiais. Usuários declaram suas virtudes e mostram os milhões economizados com sua 
implementação. Eles parecem ter conquistado corações e mentes e se tornado ideia fixa para gerentes 
e empresários.
A descentralização na área da tecnologia da informação começou a acontecer no final da década 
de 1970. A vanguarda tecnológica nesta época incluiu minicomputadores com pacotes de aplicações 
dedicados a mecanizar funções empresariais especializadas. Experiências bem‑sucedidas com informática 
entre os gerentes das empresas, adicionados com um senso mais claro do impacto de tecnologia nas 
suas operações empresariais, ocasionou um controle mais direto em cima de atividades de sistemas. 
Tecnologias emergentes, como automatização de escritório, robótica e CAD/CAM também contribuíram 
no processo. A computação pessoal e a caseira apressaram a tendência; assim como a espera por 
telefones inteligentes.
Como os mini e micros saturaram as companhias, e como responsabilidades de sistemas aparecem 
agora nas funções de trabalho de cada vez mais empregados, a aprendizagem organizacional continua 
acontecendo variando muito de uma parte da organização para outra, e o uso de fases de crescimento 
da tecnologia da informação reaparece como uma base proativa de planejamento.
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Ajustes foram necessários em ambas as metodologias para refletir as mudanças da tecnologia e 
dos caminhos de desdobramento e administração. Foram acrescentadas mais fases e uma nova curva 
de aprendizagem deu lugar à visão original. O planejamento de sistemas empresariais também mudou 
substancialmente, e o planejamento de dados foi substituído pela noção mais larga de administração 
de recurso de informação. A administração de recurso de informação foca informações no processo 
de planejamento e da administração de mudança organizacional, combinando a orientação de dados 
com a perspectiva de administração dos melhores aspectos de fases de crescimento e planejamento, 
definidos por Sullivan (1985).
Não obstante, como a informática cresce não só em tamanho e importância, mas também incrementa a 
descentralização, nenhuma dessas perspectivas de planejamento provou ser completamente satisfatória, 
até mesmo com atualizações. Hoje, uma pergunta característica que os gerentes fazem aos profissionais 
de sistemas de informação é: “onde está aquilo de que eu necessito?”.
Em um mundo de múltiplos sistemas e bancos de dados, o apoio à decisão se tornou uma tarefa 
complexa de ir buscar, revisando, condensando, ajuntando, interpretando e apresentando informação 
de muitas fontes para numerosos destinos.
No final de 1997, o mercado dos sistemas integrados estava estimado em 10 bilhões de dólares. 
Estimavam‑se, ainda, negócios de 20 bilhões de dólares em consultoria e fornecimento de softwares 
complementares, e até 10 bilhões em negócios com equipamentos e acessórios (BUSINESS WEEK, 1998).
Os sistemas integrados compõem um fenômeno razoavelmente recente no panorama empresarial. 
Sistemas integrados podem ser aplicados, com pequenas adaptações, a qualquer empresa. O ganho de 
escala traz uma vantagem de custo importante sobre as soluções desenvolvidas especialmente para 
as necessidades de cada empresa. Sistemas integrados são (teoricamente) capazes de integrar toda a 
gestão da empresa, agilizando o processo de tomada de decisão. Permitem também que o desempenho 
da empresa seja monitorado em tempo real. As expectativas sobre seu impacto nas empresas são 
enormes, e os investimentos envolvidos, gigantescos. O orçamento de algumas empresas brasileiras 
para a implantação chega a duas dezenas de milhões de dólares e algumas transnacionais já divulgaraminvestimentos na casa de centenas de milhões de dólares.
O problema é que as decisões sobre a implementação de tais sistemas têm sido tomadas em uma 
atmosfera de urgência, alimentada pelas máquinas promocionais dos fornecedores e baseadas nas 
agendas políticas dos executivos. A implementação desses sistemas tem caráter estratégico e provoca 
impactos sobre o modelo de gestão, a arquitetura organizacional e os processos de negócios. Porém, 
muitas empresas ainda não perceberam a amplitude e a profundidade das questões envolvidas na 
escolha e na implantação de um sistema integrado. Muito do que é declarado e escrito não passa, na 
melhor das hipóteses, de wishfull thinking – teorização.
Porém, muitos consultores e professores de administração já procuram romper a unanimidade pouco 
esclarecedora formada em torno do assunto. Alguns já fazem prognósticos sombrios sobre o futuro 
desses sistemas. Exageros à parte, a questão é que o assunto está na agenda do dia e os investimentos 
envolvidos são astronômicos.
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Infelizmente, muitas empresas têm tomado decisões precipitadas sobre a implantação de tais 
sistemas. As opções acabam limitando‑se aos líderes de mercado (SAP, BAAN e outros poucos) e às 
grandes empresas de consultorias (Andersen Consulting, Price Waterhouse Coopers e outras similares).
Muitas empresas estão colocando tempo, dinheiro e energia em projetos mal‑elaborados, sem avaliar 
cuidadosamente a estratégia e a visão de futuro da empresa e identificar as necessidades de informação.
Mas as dificuldades não terminam com a escolha do software e do implementador. A etapa mais 
complexa é a própria implantação, um amplo processo de transformação organizacional, com impactos 
sobre o modelo de gestão, sobre a estrutura organizacional, sobre o estilo gerencial e, principalmente, 
sobre as pessoas. A implantação de um sistema integrado pode durar de doze a dezoito meses e deve 
envolver equipes multidisciplinares compostas por especialistas em tecnologia da informação, analistas 
de negócios e consultores com capacitação em redesenho de processos. Quem chega com sucesso ao 
final desta maratona costuma comemorar, e com boas razões.
Porém, terá valido a pena? Talvez. McGee e Pruzak (1997) reconhecem que hoje o gerenciamento 
da informação é um fator de competitividade. De fato, empresas como American Airlines e Federal 
Express devem parte de seu sucesso ao uso inteligente da informação. Mas nem todos os exemplos são 
claros, e parece difícil esclarecer a relação entre tecnologia de informação, competitividade e vantagem 
competitiva. Segundo os dois especialistas, investimentos maciços em tecnologia da informação não têm 
tido como contrapartida a realização de seu potencial transformador e a geração de lucros adicionais.
Como se sabe, muito pouco disso foi concretizado. A verdade é que muito pouco se sabe sobre 
a correlação entre tecnologia de informação, competitividade e vantagem competitiva. No cerne da 
questão, parece estar uma crença quase irracional de que a tecnologia, em geral, e a tecnologia de 
informação, em especial, provêm soluções para todos os males. A ideia que problemas complexos possam 
ser rapidamente solucionados por investimentos em equipamentos sofisticados é sedutora.
Contador (1996, p. 101) afirma que a informática competitiva é aquela que se inspira na tecnologia 
e transpira negócios. Todos os recursos da tecnologia estão afeitos aos negócios da empresa. A empresa 
ou negócio que deseja possuir uma informática competitiva tem um plano estratégico vinculado ao 
planejamento estratégico de informação. Nenhuma ação de negócio está isolada do suporte que algum 
recurso de tecnologia possa oferecer.
4.4 Características de um SIG
Atualmente, os sistemas de informação gerencial, SIG, são representados pelos ERP, em que a 
gestão do negócio é informatizada e parametrizada para que se tenha as atividades e os processos 
automatizados e controlados com máxima eficiência e eficácia.
O sistema de informação gerencial produz um conjunto de relatórios de informações para apoio 
gerencial. O SIG produz informações que apoiam muitas das necessidades rotineiras de decisão da 
organização. Os três principais tipos de relatórios incluem:
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• SIG – relatórios periódicos: essa forma tradicional de fornecer informação aos gerentes utiliza 
um formato preestabelecido e projetado para fornecer regularmente informações aos gerentes. 
Exemplos típicos são o relatório semanal de vendas e os demonstrativos financeiros, que são 
programados mensalmente, quinzenalmente ou semanalmente para subsidiarem as reuniões 
periódicas das equipes de trabalho;
• SIG – relatórios de exceção: são gerados para atender a um determinado conjunto de condições. 
Relatórios de exceção podem ser necessários quando algum processo supera determinados 
parâmetros e requer ação administrativa. Relatórios de exceção reduzem a sobrecarga de 
informação por promoverem a administração por exceção – intervenções apenas quando for 
necessário tomar decisões;
• SIG – relatórios por demanda: fornecem informações sempre que são solicitadas pelos gerentes 
para acompanharem o andamento dos processos administrativos, produtivos ou financeiros. Por 
exemplo, as linguagens de consulta e os geradores de relatórios dos sistemas de gerenciamento de 
bancos de dados (DBMS) permitem a um gerente numa estação de trabalho on‑line obter respostas 
ou relatórios imediatos sobre as vendas, horas extras, grau de endividamento de determinado 
cliente etc.;
• SIG – relatórios em pilha: as empresas estão utilizando software de transmissão em rede para enviar 
seletivamente relatórios e outras informações para os PCs em rede de gerentes e especialistas ao 
longo de suas Intranets. Dessa maneira, entram numa sequência (fila ou pilha) na estação de 
trabalho da rede de computadores do gerente;
•	 sistemas de informações gerencias na web: com a popularização da Intranet (serviço de Internet 
montado exclusivamente para uso da corporação e hospedado em provedores que podem ser 
internos ou externos), as organizações estão cada vez mais disponibilizando os dados de seus 
Sistemas de Informações Gerenciais (SIGs) aos usuários pela Internet. Os gerentes, diretores e 
demais interessados podem acessar os dados usando a Intranet de sua empresa e o navegador 
(browser) dos computadores pessoais. Os dados são disponibilizados e acessados da mesma forma 
como se acessa um site comum na Internet, incluindo os mesmos utilitários de pesquisa, links em 
HTML, exibição de imagens estáticas ou dinâmicas e vídeos.
Um software de gestão empresarial, mais conhecido pela sigla ERP (Planejamento dos Recursos 
Empresariais), deve ser uma fonte de informação segura e eficiente para gestão de seus negócios, 
atendendo aos requisitos de agilidade e segurança do processamento da comunicação corporativa, que 
estão sendo exigidos pela competitividade econômica atual.
Ao contrário do que é muita vezes difundido no mercado, a solução de um ERP não é uma exclusividade 
das grandes corporações. Ela é acessível também às empresas de médio e pequeno portes. O segredo 
consiste apenas em saber escolher o software indicado às suas necessidades e ao seu ramo de atividades 
e optar por um fornecedor com solidez no mercado, preparado para garantir uma implantação sem 
traumas e a manutenção contínua do sistema.
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Um ERP é uma ferramenta de trabalho. Trata‑se de sistema de computador (software)composto 
de vários módulos que se integram com o objetivo de tratar ou processar os dados transformando‑os 
em informações decorrentes. Tais módulos são divididos em subsistemas que executam uma ou mais 
tarefas dentro de um determinado departamento da empresa. Cada subsistema é composto de um 
ou mais programas de computador escritos numa linguagem própria de computador. Os programas 
interagem com os usuários do sistema, recebendo, processando e devolvendo os dados sobre fatos que 
ocorrem na empresa. Os princípios básicos de funcionamento de um software de gestão empresarial são 
a integração e a parametrização. Ambos aplicam‑se ao escopo de atividades empresariais contemplado 
pelo software, a sua abrangência.
Integração é a capacidade do software de derivar, a partir de um fato novo, todas as decorrências. 
Suas vantagens: redução de trabalho, velocidade e segurança, entre outras. Conforme Contador 
(1997, p. 104):
Pouco efeito se obtém na implantação de novos sistemas se não forem 
planejados e desenvolvidos considerando, desde o início, as necessidades 
de integração. Numa empresa em que as informações e sistemas referentes 
a atividades cotidianas e rotineiras não estejam interligados aos sistemas 
de gestão, por exemplo, ou em que as diversas tecnologias não trabalham 
integrada e cooperativamente, pode‑se afirmar que não está sendo utilizada 
a maior contribuição da TI.
Como as decorrências de um mesmo fato novo serão diferentes para cada empresa. deve‑se poder 
informar ao software como são as suas políticas, normas, processos etc. Fazer isso é fazer parametrização.
Suas vantagens: adequar o software às necessidades atuais da empresa e permitir a sua evolução 
futura.
A abrangência do software é o universo de funcionalidades de que ele pode tratar. Exemplos: controle 
de rebanhos, gestão hospitalar, escala de professores, fabricação de autopeças etc. Sua importância: 
pesquisar detalhadamente se a abrangência atende a todos os processos da empresa. Isso é vital para 
fazer a compra certa. A ferramenta software de gestão empresarial estimula a qualidade da alimentação 
dos fatos novos. Consequentemente, elimina retrabalhos, poupa tempo e dinheiro sem burocracia, pela 
automação de processos.
Portanto, o software de gestão vem atender a uma condição básica da administração da empresa 
moderna: integração total entre as áreas, com a eliminação de papéis, decisões imediatistas e acréscimo 
de planejamento, agilidade, controle e segurança de processos.
Com o ERP, as médias empresas podem automatizar, por exemplo, os seguintes procedimentos:
1. A transmissão de dados por parte da produção e do financeiro para a equipe de vendas, antes que 
esta preencha um pedido de um cliente, quando deverá estabelecer prazo e local de entrega de 
produtos e demais condições comerciais.
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2. Ressuprimento de materiais (produtos, matérias‑primas ou materiais auxiliares) a partir de planos 
de venda e de produção ou de políticas de estoques reguladores.
3. Informações sobre as projeções da gerência comercial e financeira para a área industrial, para que 
esta tenha condições de planejar as suas metas.
Enfim, o software de gestão automatiza as operações diárias de uma empresa e o planejamento de 
suas metas e resultados, oferecendo base atualizada e confiável para a tomada de decisão nos níveis 
operacionais e estratégicos:
• controle de capital de giro, produção, estoques, qualidade, quadro de funcionários e terceirização 
de serviços;
• simulações de custos e margens de lucros;
• definição e acompanhamento de tabelas de preços;
• emissão de notas fiscais; cumprimento de obrigações trabalhistas tributárias;
• desempenho de vendas;
• controle de prazos de entrega de produtos e serviços de fornecedores;
• análise de clientes;
• controle de custos x faturamento, entre outros.
Portanto, hoje, o sistema de ERP é para o empresário ou executivo o que o Word e o Excel são há 
alguns anos para a secretária e para a área de contabilidade, respectivamente. Ou seja, recurso vital para 
a rotina de trabalho em companhias de diferentes segmentos e portes.
4.5 Importância do ERP para as organizações
Porter (1990, p. 60) afirma que:
A informação desempenha grande papel no processo de inovação da 
informação que não é buscada pelos competidores ou não está ao seu 
alcance, informação à disposição de outros que é interpretada de novas 
maneiras. Por vezes, ela resulta de simples investimento na pesquisa de 
mercado ou pesquisa e desenvolvimento de produtos.
Também Nolan e Croson (1996, p. 227) concordam que a tecnologia da informação possibilitou, 
tanto de forma direta quanto de forma indireta, a transformação das empresas. De início, seu papel não 
era óbvio, mas foi descoberto, aperfeiçoado e estudado ao longo de três décadas.
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Em sua maioria, as empresas apontam a necessidade de ter sistemas de informações compatíveis com 
a crescente complexidade do ambiente de negócios como a principal razão para a implantação de SIG.
Metodologias facilitam a análise de retorno do investimento em ERP. Grandes consultorias e fornecedores 
de ERP estão investindo no desenvolvimento de metodologias que avaliam o retorno do investimento (ROI) 
dos pacotes de gestão empresarial, uma das grandes preocupações dos profissionais de TI na hora de justificar 
a aquisição de produto. Essa métrica tem entrado nos custos de pré‑venda das empresas fornecedoras, como 
forma de diminuir o tempo de avaliação do produto e incentivar a compra. A Datasul, por exemplo, criou o 
Canal ROI para atender futuros clientes, e a SAP está desenvolvendo uma metodologia chamada ValueSAP. 
Já a Symnetics Benchmarking Partners faz pesquisa continuada (atualizada trimestralmente) sobre qual é o 
retorno obtido pelas empresas brasileiras com o investimento em ERP.
Vendas/previsão
Faturamento
Workflow
Gestão de ativos
Folha de pagamento
Gestão financeira
Manutenção
Recebimento 
fiscal
Contas a receber
DRP
Gestão de transportes
Contabilidade geral
Custos
Recursos Humanos
Contas a pagar
MRP
PUR SFC
RCCP
CRP
MPS
SOP ERP
MRP II
Figura 8 – Estrutura conceitual dos sistemas ERP e sua evolução desde o MRP
4.6 ERP como fonte de vantagem competitiva
O sistema de ERP pode ser visto como um reforço para a concentração de esforços nas armas 
adequadas aos campos da competição. Por hipótese, permite a elevação do grau de excelência das 
armas usadas pela empresa dentre aquelas armas que o ERP pode contemplar. As empresas cujas armas 
da competição são alinhadas aos campos da competição declarados adquirem vantagens competitivas 
também em outros campos (MEIRELES, 2000, p. 227).
Nas empresas que possuem o sistema de ERP, supõe‑se que a média do grau de excelência das armas 
da competição influenciadas por ele deva ser significativamente maior do que nas empresas que não o 
possuem. Também acredita‑se que a média do grau de competitividade avaliado pela variação positiva 
do indicador financeiro, receita líquida, seja significativamente maior nas empresas que possuem tal 
sistema do que nas empresas que não o possuem.
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Pode‑se, desta forma, acreditar que o uso do sistema de ERP eleva o grau de excelência de um 
conjunto de armas da competição que, por sua vez, torna a empresa mais competitiva.
 Observação
Cuidado, algumas empresas ou alguns vendedores de ERP afirmam que 
a compraé a solução para alcance da Vantagem Competitiva, mas isso não 
é verdade; é necessário implantação, treinamento e desenvolvimento de 
todo o pessoal envolvido.
Quadro 8 - Armas da competição que podem ser positivamente influenciadas pelo ERP
1 Estudo de movimentos 28 Empowerment 
2 Estudo de tempos 29 Trabalho em equipe/decisões em grupo 
3 Automação industrial 30 Pagamento do salário acima do mercado 
4 Estudos p/ redução tempos de espera 31 CCQ – Círculos do Controle da Qualidade 
5 Melhoramento contínuo do processo 32 Tecnologias adequadas no processo produtivo 
6 Tamanho reduzido lote de fabricação 33 Tecnol. adequadas nos proc. técnico‑admin. 
7 Tempo reduzido espera lote em process. 34 Parcerias tecnológicas p/ processo produtivo 
8 Célula de manufatura 35 Parcerias tecnológicas para produto 
9 Operação just‑in‑time 36 Tecnologias inovadoras de processo 
10 MRP‑I, MRP‑II ou Kanban 37 Organograma achatado 
11 Troca rápida de ferramentas 38 Despesas administrativas reduzidas 
12 Logística interna ágil 39 Sistemas de informação eficientes 
13 Agilidade na reprogramação da produção 40 SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente 
14 Máquinas flexíveis 41 Venda direta ao consumidor ou franquia 
15 Kaizen 42 Engenharia de produto atualizada e ágil 
16 CEP – Controle Estatístico do Processo 43 Engenharia concomitante ou simultânea 
17 Matérias‑primas/componentes c/ qualidade 44 Agilidade na preparação modelos/prot/ferram. 
18 Controle da Qualidade Total 45 Projeto de embalagem do produto 
19 Fornecimento no prazo 46 Utilização de materiais/componentes inovad. 
20 Desenvolvimento de fornecedores 47 Ampla rede de distribuição 
21 Relacionamento cooperativo c/ fornecedores 48 Equipe de vendas agressiva 
22 Multi‑habilidade da mão de obra 49 Pesquisa concorrencial: preço, qualid., prazo 
23 Treinamento da mão de obra fabril 50 Vendas publicitárias elevadas 
24 Treinamento de pessoal técnico‑administrat. 51 Telemarketing 
25 Treinam. p/ desenvolver espírito participativo 52 Controle e combate à poluição ambiental 
26 Distribuição ganhos de produtividade/lucros 53 Reciclagem intensiva de resíduos 
27 Estabilidade no emprego 54 Realização de projetos comunitários 
Fonte: Costa (2001).
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Com isso, a empresa obtém maior funcionalidade interna e melhores fontes das vantagens competitivas.
4.7 Desenvolvimento e implantação de sistema de informação
As organizações, ao desenvolverem seus sistemas de informação, geralmente cumprem um conjunto 
de fases. As principais fases para desenvolvimento e implantação de um sistema de informação numa 
organização são:
1. Planejamento estratégico da empresa.
2. Planejamento estratégico de informação.
3. Análise da área de negócio.
4. Projeto do sistema.
5. Construção do sistema.
6. Implantação do sistema.
7. Manutenção do sistema.
Fase 1: Planejamento estratégico da empresa
A alta administração deve ter já definidas a missão da empresa (seu propósito mais amplo) e a visão de 
longo prazo, com os objetivos (metas) e os projetos associados a tais objetivos. Esses projetos são desdobrados 
para as áreas funcionais da empresa – em subprojetos, planos de ação até ao nível de ações operacionais. Um 
maior detalhamento define as metas de cada área funcional, ou seja, resultados quantificados que se espera 
atingir para cada um dos objetivos. O detalhamento dessas metas define os desafios a serem buscados pelos 
colaboradores no plano operacional.
Fase 2: Planejamento estratégico da informação
Os analistas de sistemas baseiam‑se na visão e no desdobramento desta e estabelecem, em 
comum acordo com a alta administração, as diretrizes para o uso estratégico da informação e da 
tecnologia. Isto é: definem‑se os indicadores e relatórios que o sistema de informações deve gerar, bem 
como a tecnologia de informação necessária ao armazenamento, processamento e comunicação das 
informações. De uma forma geral o planejamento estratégico da informação deve definir, partindo 
da visão e do seu desdobramento:
1. Quais indicadores internos e externos devem ser considerados.
2. Que informações são relevantes e potencialmente importantes para possibilitar tais indicadores.
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3. Como a informação será estruturada: como será recolhida, em que meios e em que formatos corretos.
4. Como será feito o processamento da informação, isto é: quais os métodos e os instrumentos apropriados.
5. Como a informação será armazenada e acessada pelos usuários.
6. Como a informação poderá ser aplicada em ações e tomada de decisões.
São também definidas prioridades no desenvolvimento de sistemas.
Fase 3: Análise da área de negócios
Os analistas de sistemas definem e modelam os processos necessários para operar uma área 
específica de negócios; definem como esses processos se inter‑relacionam e que dados são necessários. 
É desenvolvido separadamente em cada área. Nesta atividade, define‑se o que é e o que faz o sistema.
A prototipação pode ser utilizada. Trata‑se da criação de um modelo do sistema que será implementado. 
Serve para que os usuários avaliem as decisões já tomadas e contribuam para seu detalhamento.
Fase 4: Projeto do sistema
Os analistas de sistemas definem uma solução conceitual para o sistema a ser implementado, ou 
seja, como será o sistema em termos de arquitetura, dados e procedimentos. A solução final é fruto de 
um processo de refinamentos sucessivos de cada um desses elementos.
Nesta atividade, exerce um papel preponderante a modelagem dos dados, que é a base para toda a 
estruturação dos serviços do sistema.
Fase 5: Construção do sistema
Os analistas de sistemas com programadores implementam o sistema em linguagem de computador 
para que possa ser colocado em operação.
Fase 6: Implantação do sistema
É feita a reunião dos diversos componentes do sistema (equipamentos, software, pessoas) de 
maneira gradual e sistemática, estabelecendo passos seguros para a sua integral operação no ambiente 
do usuário. A implantação final é fruto de um planejamento realizado antecipadamente, no início das 
atividades de desenvolvimento do SI.
A implantação do sistema exige o treinamento dos usuários, especialmente na forma como estes 
acessam, alteram e introduzem dados e informações.
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Fase 7: Manutenção do sistema
Uma vez implantado o sistema, este requer uma contínua manutenção. A manutenção reúne todas 
as atividades relacionadas a mudanças no SI. As principais causas de mudanças são:
• correção de erros;
• adaptação (a novos ambientes operacionais ou devido a mudanças em legislação, em critérios 
corporativos ou ainda na estrutura organizacional);
• aperfeiçoamento do sistema (inclusão de novas funções, mudança de interfaces etc.);
• bugs.
Integração – a palavra-chave.
Pouco efeito se obtém na implantação de novos sistemas se não forem planejados e desenvolvidos 
considerando, desde o início, as necessidades de integração.
Numa empresa em que as informações e os sistemas referentes a atividades cotidianas e rotineiras 
não estejam interligados aos sistemas de gestão, por exemplo, ou em que as diversas tecnologias 
não trabalham integrada e cooperativamente, pode‑se afirmar que não está sendo utilizada a maior 
contribuição da TI.
Criação e desenvolvimento de sistemas, noções e conceitos
Estudaremos um método para desenvolvimento de sistemas “adaptáveis” e discutiremos as metodologias 
para aprocura da decisão sobre a construção e o desenvolvimento de um sistema novo, como remodelar 
sistemas antigos, reestruturar um sistema e modernizar um sistema ou mesmo substituí‑lo por outro.
Essa decisão estratégica deve passar pelo dono da empresa (ou os acionistas de um empreendimento), 
os engenheiros da área produtiva, os pesquisadores, os profissionais de sistemas e informática e, 
principalmente, pelos usuários, que são os responsáveis diretos pela validação da decisão ou sobre a 
escolha, já que possuem a correta noção de que o sistema atende aos requerimentos necessários para o 
alcance dos objetivos planejados.
Desenvolvimento de sistemas novos: por que ou para que criar?
• usar uma aproximação de gestão de dados;
• manter a tecnologia usada atual;
• concentrar a atenção no trabalho útil;
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• avaliar a capacidade de manutenção;
• desenvolver uma estratégia de manutenção.
Baseada em três pressupostos: reparação contínua, memória contínua e revisões contínuas.
A qualidade de um sistema está ligada à sua capacidade (facilidade) de manutenção: sistemas 
concebidos de raiz tendem a possuir maior qualidade.
a) Sistemas novos
É necessário saber quais os objetivos pretendidos na fase de requerimentos e que funcionalidades 
se pretende que sejam obtidas para o SI. A fase de implementação só deve começar quando estiverem 
cumpridas as tarefas de:
• especificação dos objetivos a alcançar;
• especificação das funcionalidades pretendidas para o sistema de informação.
Cabe ao responsável pela implementação efetuar as opções de recursos a utilizar para o SI com as 
seguintes linhas de orientação:
• a organização e o “seu modelo” devem ser respeitados;
• deve ser tomada em devida conta a qualidade e a quantidade dos recursos humanos disponíveis 
na organização;
• deve existir um envolvimento constante e empenhado ao nível da alta direção da organização;
• devem ser objeto de observação as soluções apresentadas ou em funcionamento em organizações 
do mesmo setor de atividade, semelhantes àquelas que se pretendem para o SI;
• deve ser respeitada a existência simultânea de processamentos manuais e automáticos, bem como 
deve ser assegurada a sua correta coordenação.
Que opções existem na implementação de um SI, depois de terem sido definidas questões relativas a:
• organização e métodos;
• objetivos e funcionalidades;
• estrutura e procedimentos;
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• a maioria dos recursos humanos.
Resta a decisão de que recursos materiais/humanos dos seguintes tipos será necessário dispor:
• hardware;
• software;
• comunicações;
• especialistas a contratar/formar.
A forma de escolha baseia‑se na oferta do mercado (em um dado período) e na adoção de uma dada 
tecnologia (ou tecnologias).
Saiba que o responsável pela implementação de um SI reforça as especificações em determinados 
tópicos (segurança, controle e acesso).
b) Como melhorar sistemas antigos
O tratamento da grandeza tempo introduz uma complexidade adicional: mais programas, mais 
procedimentos e dados que são necessários.
Antigamente, mudar era um esforço considerável, pois era necessário reescrever o código com uma 
linguagem de terceira geração e/ou adquirir software do tipo pacote.
Atualmente existe uma maior facilidade graças ao uso de tradutores, SGBDs, 4GLs, case e outras 
ferramentas de desenvolvimento.
É útil, é confiável, é caro? A resposta para essas questões nos leva a pensar sobre o que é necessário 
para reestruturar um sistema.
c) Reestruturar um sistema
• avaliar a estrutura do sistema;
• assegurar a sua operacionalidade;
• rever e estruturar a lógica;
• documentar o sistema;
• comparar outputs novos com antigos;
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• otimizar funcionamento;
• racionalizar o uso de dados.
d) Modernizar um sistema
• reconhecer o potencial do sistema;
• organizar e sistematizar sistema atual;
• tornar o sistema mais eficiente;
• incorporar regras estratégicas no sistema;
• melhorar os processos de entrada de dados;
• rever os processos de manipulação de dados;
• melhorar os processos de saída de dados (e acesso).
e) Substituir um sistema
• proceder ao levantamento das deficiências do sistema atual;
• avaliar alternativas existentes e potencial desenvolvimento;
• assegurar continuidade e migração de dados.
Estas são as alternativas que um analista de sistemas deve estudar nas decisões de desenvolvimento 
de sistemas para contemplar toda a amplitude na tomada deste investimento.
Inovação e tendências, formas de comunicação e computação
A inovação em uma área que está em desenvolvimento e tem hardware e software novos a cada três 
ou seis meses é uma constante e quase incontrolável rotina, mas as tendências nos levam a verificar que 
os computadores estão mais próximos dos smartphones. Com essa forma de comunicação, a integração 
está cada vez maior e a preços mais acessíveis a todos os usuários.
Tendências e práticas emergentes em TI
• outsourcing – objetivos e riscos;
• computação na nuvem e tipos de uso;
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• virtualização de computadores, aplicações, dados e redes;
• tendências tecnológicas para o futuro próximo.
Outsourcing
Em termos estratégicos, o outsourcing, ou terceirização, significa a entrega de uma função do 
negócio da empresa para execução por terceiros, buscando atingir objetivos que a empresa não poderia 
atingir internamente.
No limite, significa a transferência para um provedor de serviço externo de toda a execução e de 
todo o controle da operação do ambiente tecnológico, baseada em níveis de serviços negociados em 
contrato e ficando sob responsabilidade do cliente apenas a definição das diretrizes estratégicas e dos 
objetivos de negócios da empresa relacionados a investimentos em TI. O CEO, ou qualquer que seja o 
nome que se dê ao executivo maior de TI na empresa, passa a administrar uma série de contratos de 
níveis de serviço, focando mais em aspectos estratégicos e menos na operação de TI.
Nesse contexto, alguns termos frequentemente empregados devem ser compreendidos:
• Request for Proposal – RFP é uma licitação: envolve a descrição dos serviços a serem contratados 
com respectivos níveis de serviço, prazos e outras condições nas quais os fornecedores interessados 
deverão basear suas propostas.
 É a forma inicial de abordagem aos fornecedores em potencial. As propostas solicitadas devem 
vir no formato especificado para que a comparação entre fornecedores fique focada nos serviços 
especificados, e não nas características que cada fornecedor julga importantes.
• Service Level Agreement – SLA é parte do contrato de prestação de serviços que especifica os 
níveis de atendimento a cada uma das funções assumidas pelo provedor.
• Service Level Objective – SLO é a métrica que determina o nível aceitável de determinado serviço. 
Exemplos:
– help desk: atender 90% das ligações em até 30 segundos;
– disponibilidade: funcionar 99,5% do tempo.
Benefícios esperados da terceirização em geral
Em geral, existem diversas vantagens na condução apropriada do outsourcing, entre elas:
• foco na atividade‑fim da empresa;
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• melhor controle dos serviços;
• redução de custos;
• mais rapidez na obtenção do resultado;
• melhor qualidade do produto final;
• inovação e tecnologia de ponta;
• redução nos investimentos; Ico de Tecnologia da Informação; melhor visibilidade da aplicação dos 
investimentos;
• operação com custos variáveis – sob demanda;
• liberar recursos internos para outras finalidades;
• ganhar acesso a serviços de classe mundial;
• redução da mobilização (não precisa investir em ativos, se isso for um problema);
• acelerar os benefícios da reengenharia de processos;
• controlar funções de difícil gerência ou fora de controle;
• reduzir riscos nos investimentos (o provedor investe em benefício de muitos clientes, dividindo o 
seu risco);
• acelerar a entrega de serviços que demorariam demais se realizados internamente;
• facilidade de desmobilização (contrato regido pelo direito comercial, não por leis trabalhistas).
De fato, tantas são as vantagens, que a terceirização já é praticada há muito tempo em áreas diversas. 
No entanto, é uma solução que não serve para todos os negócios.
 Lembrete
É importante passar por todas as fases de planejamento apresentadas 
para que um projeto de informatização baseado em sistemas dê certo.
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4.8 Integração de sistemas de informação por intermédio de web services – 
serviços de rede internet, computação baseada em nuvens ou cloud computing
Sistemas integrados baseados na internet (computação em nuvem, ou cloud computing) são a 
modalidade mais atual de desenvolvimento e uso de sistemas de informação.
Sistemas de informação incorporam processos de negócios particulares de cada organização. À 
medida que se observa uma crescente pressão de mercado para que empresas troquem informações de 
forma automatizada e segura para obtenção de melhores resultados, faz‑se necessário repensar a forma 
como são concebidos os sistemas de informação, desde a modelagem da empresa propriamente dita até 
a modelagem dos processos de negócio e sua interação com os demais colaboradores.
Modelar os processos de negócio de uma empresa em um contexto global significa não apenas 
estabelecer regras de comportamento, mas também expressar a forma como os processos poderão ser 
acionados e interagir com sistemas de informação diferentes.
Existem várias tecnologias empregadas para a integração de sistemas de informação. Entre tantas 
tecnologias, uma delas vem recebendo especial atenção: a tecnologia web services, ou computação 
em nuvem.
A suposta interoperabilidade dos web services permite a comunicação de aplicações desenvolvidas 
em diferentes plataformas de hardware e diferentes linguagens de programação através da internet ou de 
uma rede local. No entanto, algumas particularidades devem ser observadas para que a implementação 
de web services seja eficiente.
Disponibilizar processos de negócio de uma empresa através da internet pode ser uma ótima opção 
para o incremento de suas atividades, mas requer cuidados especiais, e não somente a redução de 
investimentos em infraestrutura, como: servidores e back‑ups; economias em licenças de softwares e 
segurança; preservação de investimentos e ajuste de velocidade e espaço em memória para o crescimento 
da demanda de dados; e a vantagem de se utilizar o valor pago como despesa na contabilidade da 
organização e reduzir o imposto de renda pessoa jurídica a pagar, aumentando os lucros.
Web em atuação no mercado de trabalho
O profissional da área de Sistema de Informações para Web atua nas atividades de gerenciamento de 
projetos web, além de trabalhar diretamente com projeto, desenvolvimento e manutenção de sistemas 
de informação que utilizem tecnologias desse ambiente.
Esse profissional executa atividades de modelagem de dados e utiliza ferramentas de gerenciamento 
de banco de dados, interligando suas aplicações aos bancos de dados disponíveis no mercado. Integrante 
de equipes de implementação, atua como desenvolvedor, utilizando as principais tecnologias de 
desenvolvimento para web existentes no mercado e possuindo conhecimento também sobre a área de 
webdesign, segurança para aplicações web e softwares livres.
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GESTÃO DAS INFORMAÇÕES
Nos últimos anos, a world wide web criou oportunidades únicas para o desenvolvimento de 
aplicações. A gama de websites existentes atualmente é extremamente vasta e vai desde uma simples 
página pessoal com informação estática, até os sofisticados motores de pesquisa que manipulam bases 
de dados gigantescas, complexas e com muito conteúdo. No meio da gama, existem websites para 
suportar trabalho colaborativo, comunidades virtuais e comércio eletrônico, entre outros.
As aplicações na web requerem a integração de várias tecnologias que devem funcionar de modo 
confiável 24 X 7 (24 horas por dia, 7 dias por semana), ou seja, de maneira ininterrupta e sem falhas. 
Para construir uma aplicação web com sucesso, é preciso saber um pouco sobre a configuração dos 
servidores web, um pouco sobre sistemas de bases de dados relacionais e SQL, ser fluente em uma 
linguagem de scripting, saber o básico sobre o protocolo HTTP (Hyper Text Transfer Protocol), saber a 
sintaxe do HTML (Hypertext Markup Language) e, também, saber um pouco sobre user‑interface design 
para não ficar na dependência de outros profissionais.
Veja o exemplo de SI através de web service para avaliação do solo.
A finalidade da agricultura de precisão é melhorar a produtividade e lucratividade de uma cultura, 
utilizando a tecnologia de informação para obtenção de dados no suporte e tomada de decisões.
Uma cultura deve ter uma grande produção, mas também deve ser econômica. A avaliação do 
máximo rendimento técnico econômico está vinculada à interpretação de diversos parâmetros obtidos 
através da análise de solo e de plantas.
O principal objetivo é utilizar a tecnologia de informação como auxílio ao agricultor e agrônomo. A 
tecnologia é disponibilizada na internet através de serviços em web service e pode ser utilizada por um 
cliente mediante o seu desenvolvimento.
Serviços que vão desde a previsão da meteorologia, informações sobre as mais diversas culturas 
agrícolas e oportunidades de diversificação da atividade agrária, bem como atividades afins como: 
melhor época de plantio, soluções para pragas e que não agridam os recursos naturais como o uso de 
pesticidas, e sim o uso de controladores naturais, informações de mercado, economia, feiras e eventos 
relacionados como máquinas e implementos agrícolas, novas tecnologias e congressos etc.
A web semântica
Atualmente, os esforços são para a web semântica, que não é uma web separada, mas uma extensão 
da atual. Nela, a informação é dada com um significado bem definido, permitindo melhor interação 
entre os computadores e as pessoas.
Berners‑Lee (2001) define os planos de seu grupo de trabalho no world wide web Consortium (W3C) 
para operar a transformação que irá modificar a web como a conhecemos hoje. Web semântica é o nome 
genérico desse projeto, capitaneado pelo W3C, que pretende embutir inteligência e contexto nos códigos 
XML utilizados para confecção de páginas web, de modo a melhorar a forma com que programas podem 
interagir com essas páginas e também possibilitar um uso mais intuitivo por parte dos usuários.
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Embora semântica signifique “estudo do sentido das palavras”, Guiraud (1975) reconhece três ordens 
principais de problemas semânticos:1) a ordem dos problemas psicológicos, que relaciona os estados fisiológicos e psíquicos dos 
interlocutores nos processos de comunicação de signos;
2) a ordem dos problemas lógicos, que estabelece as relações dos signos com a realidade no processo 
de significação;
3) a ordem dos problemas linguísticos, que estabelece a natureza e as funções dos vários sistemas 
de signos.
O padrão RDF
O RDF, ou Resource Description Framework, é uma recomendação do W3C que deve vir a ser 
implementada na confecção de páginas da web semântica. O RDF encerra um padrão de ontologias 
para a descrição de qualquer tipo de recurso internet, como um site web e seu conteúdo.
O RDF estabelece, na verdade, um padrão de metadados para ser embutido na codificação XML, 
e sua implementação é exemplificada pelo RDF Schema, ou RDFS, que faz parte da especificação do 
padrão. A ideia do RDF é a descrição dos dados e dos metadados por meio de um esquema de “triplas” 
de recurso‑propriedade‑valor, e uma forma coerente de acesso aos padrões de metadados (namespaces) 
publicados na web (como o Dublin Core, ou outro namespace compartilhado).
Metadados e o Dublin Core
Não basta possuir uma linguagem flexível, como o XML, para construir metadados. Para compartilhar 
um significado, é necessário que este seja consensual e inteligível de forma não ambígua entre todos os 
participantes de uma comunidade.
Para resolver o problema da explosão de nomenclaturas diferentes e as várias situações em que a 
interpretação dos dados de maneira unívoca não é possível, foram criados, no escopo do projeto da web 
semântica, alguns padrões de metadados, de construção de código XML e uma nova significação para 
o termo ontologias.
SGML, HTML e XML
Um documento na web é composto por uma mistura de dados e metadados. “Meta” é um prefixo de 
autorreferência, de forma que “metadados” sejam “dados sobre dados”.
Os metadados, em documentos na web, têm a função de especificar características dos dados que 
descrevem, a forma com que serão utilizados, exibidos, ou mesmo seu significado em um contexto.
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GESTÃO DAS INFORMAÇÕES
A linguagem ainda utilizada atualmente para a construção da maioria das páginas web é o HTML, ou 
HyperText Markup Language (linguagem de marcação em hipertexto).
A linguagem HTML é derivada do padrão SGML (Standard Generalized Markup Language), que é, na 
verdade, uma metalinguagem, ou seja, uma linguagem para descrever outras linguagens. O padrão SGML 
é baseado na ideia de que documentos contêm estrutura e outros elementos semânticos que podem 
ser descritos sem que se faça referência à forma com que estes elementos serão exibidos. O conjunto 
de todas as tags – marcações sintáticas que descrevem os dados e comandos para manipulação de um 
documento – passíveis de serem utilizadas por uma linguagem derivada do SGML é chamado de DTD, 
ou Document Type Definition.
A linguagem HTML é um conjunto definido de tags, ou um DTD específico do SGML, e foi criada 
tendo em mente a necessidade de construção de documentos para serem exibidos em dispositivos de 
computador (na Web), daí sua vocação para tratar do formato que os dados contidos no documento vão 
assumir ao serem exibidos. Um navegador ou browser, ao ler um documento HTML, interpreta as tags 
que este documento contém para decidir como serão exibidos os dados também contidos.
Os navegadores atuais interpretam o HTML porque o DTD para definição do HTML é fixo, e é conhecido 
a priori pelo interpretador do navegador. Assim, podemos ter navegadores diferentes interpretando 
definições de exibição de forma particular com resultados distintos no dispositivo de saída.
A estrutura do HTML é rígida, não existindo a possibilidade de adição de novos comandos de marcação 
(tags), sem que haja uma redefinição do DTD da linguagem e consequente atualização dos navegadores 
para que interpretem essas novas tags. A última especificação do HTML lançada pelo W3C foi a versão 
4.0, e desde então a linguagem não tem sofrido mais modificações.
 Saiba mais
O livro de Bill Gates descreve suas ideias sobre a evolução tecnológica e 
pode aprofundar os conceitos aqui trabalhados.
GATES, B. A empresa na velocidade do pensamento. São Paulo: Schwarcz 
Ltda., 1999.
Para ampliar seus conhecimentos e aprofundar‑se nas questões de 
sistemas, veja o filme a seguir, que relata o início da Apple e da Microsoft.
HACKERS – Piratas de computador. Dir. Martyn Burke. EUA: United 
Artists, 1995. 107 min.
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4.9 Ferramentas CASE
A automação do processo de desenvolvimento de SI é uma necessidade. Existem várias ferramentas 
automatizadas que auxiliam os analistas de sistemas e programadores na execução das atividades de 
diversas fases. São as ferramentas CASE.
As ferramentas CASE (Computer Aided Software Engineering – Engenharia de Software Auxiliada 
por Computador) permitem desenvolver as atividades de análise e projeto com auxílio computadorizado, 
com a vantagem de poder criar um ambiente integrado de informações que se desdobra durante todo 
o projeto. Clive Finkelstein define essas ferramentas conforme se verá a seguir.
CASE é um termo genérico que se refere à automação do desenvolvimento de software. Segue 
todos os estágios do ciclo de vida do desenvolvimento de software. É baseado numa metodologia 
rigorosa, com ferramentas de software para automatizar a aplicação dessa metodologia pelos 
desenvolvedores e usuários.
Entre as ferramentas automatizadas modernas, encontram‑se os geradores automáticos e as 
linguagens de quarta geração. Os geradores automáticos de código permitem reduzir o trabalho 
da fase de construção do sistema, pois geram o código dos programas a partir das definições da 
análise e projeto.
As linguagens de quarta geração permitem reduzir a carga de programação tradicional, pois boa 
parte do código é gerada a partir de definições de alto nível.
 Resumo
Nesta unidade você conheceu o conceito de informação estratégica, 
seu uso e sua aplicação; entendeu o conceito ampliado de informação 
estratégica, que nos possibilita trabalhar com a visão de futuro, um 
perfil organizacional antecipado da empresa e como ele contribui para o 
conhecimento da organização, das pessoas, do caminho a seguir e como 
impacta na escolha e formulação de estratégias para escolha e definição de 
sistemas computacionais.
Outro tópico abordado foi a visão de alguns dos maiores autores de 
estratégia apresentados, bem como a estratégia na visão que aborda 
a aplicação conceitual e os objetivos da estratégia, mostrando o que se 
procura e propõe com relação à visão empresarial.
Vimos o conceito de estratégia, detalhando seus tipos e aplicações 
nos mais diversos momentos; a estratégia corporativa; a estratégia 
de posicionamento adequada ao setor; a estratégia competitiva; e as 
contribuições que cada uma fornece à outra, já que os sistemas devem 
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GESTÃO DAS INFORMAÇÕES
representar, no mundo virtual, a vida real e dar condições de se ter a 
informação ótima disponível e acessível a todos em todos os momentos.
Com relação à funcionalidade interna, apresentamos o conceito e como 
ela é importante na contribuição para o alcance da excelência em gestão 
em relação ao parque fabril instalado.
A gestão sistêmica foi conceituada, sua abordagem e aplicação, 
mostrando a importância da visão do todo e as partes se 
inter‑relacionando para a busca da automação com o cuidado da 
integração que um sistema gerencial deve cumprir. Atravésdessa 
metodologia é possível alcançar e possuir um sistema de informações 
como fonte de vantagem competitiva, contribuindo para dar as 
condições no momento que o cliente decida pelo produto ou serviço 
que a organização oferece, o que coloca a empresa em vantagem 
competitiva no mercado que atua.
Demonstramos como um sistema de informações passa a ser fonte 
de vantagem competitiva através do controle e manipulação eletrônica 
da informação, entregando as informações gerenciais operacionais, aqui 
conceituadas e tipificadas através dos mais diversos tipos de sistemas 
de informação gerenciais, sua evolução no que se refere aos sistemas 
integrados e as características que os tornam sistemas de informação 
gerenciais através da metodologia de uso na tomada de decisão, buscando 
a excelência da organização.
Sobre excelência da organização, integração de departamentos, 
áreas e pessoas, detalhamos a importância do Sistema Integrado de 
Gestão – ERP e como ele nos leva à fonte da vantagem competitiva. 
Estudamos as etapas desse processo, indicando as ferramentas CASE, 
importantes para o desenvolvimento automatizado de sistemas e 
muito utilizadas na programação de sistemas de informações pelos 
profissionais de TI, pois trazem a vantagem de economizar tempo e 
reduzir os custos de informatização.
 Exercícios
Questão 1. Por ter sofrido recentemente uma invasão em seu website, determinado órgão público 
deseja implantar uma política de segurança de informação. Tal política possui três blocos: diretrizes, 
normas e procedimentos, que correspondem, respectivamente, às camadas:
A) Estratégica, tática e operacional.
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Unidade II
B) Estratégica, operacional e tática.
C) Operacional, tática e estratégica.
D) Operacional, estratégica e tática.
E) Tática, estratégica e operacional.
Resposta correta: alternativa A.
Análise da questão
Estratégicas: decisões da alta administração que geram atos com efeito duradouro a partir do 
planejamento estratégico, por exemplo, uma nova fábrica, nova linha de produção, novos mercados, 
novos produtos, novos serviços, que envolvem toda a estrutura organizacional, com informações 
macro, ou seja, utilizam informações internas e externas. Resumindo: plano a longo prazo da empresa 
(influenciado pelas diretrizes da empresa).
Táticas: decisões que ocorrem no nível gerencial e produzem efeitos a médio prazo e de menor 
impacto na estratégia da organização, com informações sintetizadas por unidade departamental, de um 
negócio ou uma atividade da empresa. Resumindo: planos a curtos prazos, mutáveis (determinado pelas 
normas atuais de uma empresa).
Operacionais: decisões ligadas ao controle e às atividades operacionais da empresa para alcançar 
os padrões de funcionamento pré‑estabelecidos, com controles do detalhe ou do planejamento 
operacional, criando condições para a realização adequada dos trabalhos diários da organização, com 
nível de informação de pormenores de um dado, uma tarefa ou uma atividade. Resumindo: como a 
empresa deve realizar suas operações (procedimentos).
Questão 2. O Enterprise Resource Planning – ERP:
A) É um sistema interfuncional que atua como uma estrutura para integrar e automatizar muitos dos 
processos de negócios que devem ser realizados pelas funções de produção, logística, distribuição, 
contabilidade, finanças e de recursos humanos de uma empresa.
B) É implantado integralmente, atendendo às necessidades das funções de produção, logística, 
distribuição, contabilidade e finanças. Os ERPs não atendem à área de recursos humanos 
da empresa.
C) É um sistema organizacional que atua como uma estrutura para integrar e automatizar todos os 
processos de negócios que devem ser realizados apenas pelas funções de marketing e finanças de 
uma empresa.
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GESTÃO DAS INFORMAÇÕES
D) Fornece aos gerentes informação organizacional sobre o desempenho financeiro da empresa. 
Essas informações, por chegarem com algum tempo de atraso, não podem ser utilizadas na 
tomada de decisões.
E) Não integra os sistemas internos de escritório, responsáveis pelo atendimento ao consumidor.
Resolução desta questão na plataforma.

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