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Análise de Documentário
Leidimar Aparecida dos Reis e Silvania Aparecida de Almeida 
1- Ficha técnica do filme
Título: Ilha das Flores 
A- Ano de Produção: 1989
B- Diretor: Jorge Furtado, roteirista: Jorge Furtado, fotógrafo: Roberto Henkin e Sérgio Amon, montador: Giba Assis Brasil, produtor: Mônica Schmiedt, Giba Assis Brasil e Nôra Gulart e atores: Ciça Reckziegel, Julia Barth e Paulo José
C- Duração: 13 min 
D- Formato (película, cor, suporte) Formato: Bitola 35mm, cor: colorido, Película foto sensível.
2- Sinopse
O documentário de Jorge Furtado, traz a realidade atualmente explicita em nossa sociedade, dando ênfase a problemas sociais, econômicos e culturais, na medida em que contrasta com o consumismo e o desperdício, a obra faz a todo o trajeto percorrido pelo tomate, plantação, supermercado, a cozinha do consumidor, até ser levado para o caminhão de lixo até o lixão, onde crianças irão disputar alimentos que se quer servem para alimentar os porcos, o autor deixa evidente todos os excessos decorrentes do poder exercido pelo dinheiro, numa sociedade onde a relação opressão e oprimido é alimentada pela falsa idéia de liberdade de uns, em contraposição à sobrevivência de outros.
3- Análise da linguagem do filme documentário
A- Gênero documentário: (expositivo, observacional, interativo, reflexivo, performativo). Justifique
A obra não se limita apenas a um gênero elas se misturam e transfiguram, no modo refelixo, o autor consegue tranformar algo familiar em um estranhamento para quem está assistindo, tratando de situações conhecidas, porém, tenta provocar uma reflexão sobre as desigualdes sociais geradas pelo capitalismo, o autor também explora o gênero expositivo, com texto didático, prém bem irônico, com objetivo de criar uma empatia, através do humor, para provocá-lo na sequência final. 
B- Narrativa: como a narrativa é organizada no documentário ( linear, fragmentada). Justifiquea
A narrativa é feita de forma fragmentada, de forma livre, pois não segue uma sequência, desenvolve-se descontinuamente, com retrospectivas, o autor parte da atualidade ao passado como dos judeus vítimas do holocausto nazista 
menciona a proibição católica ao lucro na Idade Média, por exemplo, religiosos figuram com expressões fechadas numa pintura e depois as mesmas figuras sofrem uma manipulação e aparecem sorrindo, em outro momento é a aparição de uma garrafa de Coca-Cola numa pintura egípcia antiga e no presente tem as crianças disputando alimentos entre o lixo que sequer servia de alimento para os porcos.
C- Como foram captadas as imagens? Através da pesquisa prévia e do conhecimento anterior ao tema tratado ou com pouca ou nenhuma pesquisa sobre o tema?
O documentário apresenta as imagens e logo após vem a explicação do conceito que elas trazem, através de pesquisa e conhecimento prévio sobre o tema, criticam o formato mercantilista da sociedade moderna, que se esquece do ser humano e prioriza o dinheiro, o documentário juntamnete com as imagens e a narrativa traz de forma escancarada através do acompanhamento da trajetória de um simples tomate, desde sua plantação até a chegada ao lixão, todo o processo de geração de riquezas e desiguldades sociais existentes entre as pessoas.
D- Há utilização de materiais de arquivo? Que tipo de materiais?
O documentário de utiliza de arquivos como: fotos, gravuras, filmes de época mapas, imagens filmadas, o Homem Vitruviano, de Leonardo da Vinci, a Torre de Babel, Pirâmides, a Loba romana com gêmeos, a bomba de Hiroshima, gráficos com dados estatísticos, cenas do holocausto em vídeo, uma prova de história encontrada no lixo, pessoas em fotos de identificação policial, cenas montadas ficcionalmente.
E- Há entrevistas ou depoimentos?
Não há entrevistas e nem depoimento pois o documentário vai sendo ilustrado por meio de muitas imagens e de um narrador
F- Como é construída a narrativa do filme? Há uma voz narradora? Ou a narrativa é feita visualmente articulando som e imagens?
Tem se uma única linha narrativa feita pela voz de Paulo José, de forma objetiva alugumas vezes beirando o surreal, com uma locução invisível, que conduz o documentário , num tom sério, sombrio , sem emoção nem ironia, como se fosse um documentário clássico, cuja a função é dar sentido às diversas imagens.
G- O documentário privilegia as imagens, a cena, o enquadramento, a experimentação formal ou os depoimentos e entrevista?
A uma gande quantidade de imagens no documentário é como se tivesse sido feita uma colagem por parte do diretor e editores, apresentam as imagens e logo após vem a explicação do conceito que elas trazem.
H- Os depoimentos são mera ilustração de uma tese ou desconserta e trazem novos caminhos para a narrativa.
Não há depoimento pois o documentário vai sendo ilustrado por meio de muitas imagens e de um narrador cuja a função é dar sentido às diversas imagens.
I- Como é feita a montagem-edição do documentário?
O documentário segue uma estrutura dramática sendo montada por uma única linha narrativa, como se fosse um documentário clássico, tendo a função de dar sentido às diversas imagens, que vão sendo explicadas através de verbetes, na maioria tirados do dicionário, a imagem em movimento é algo primordial do documentário, essa diversidade das imagens são agenciadas através de uma montagem encadeada com um ritmo acelerado e contínuo , observa-se que imagem anterior chama a seguinte com rapidez .
J- Como o tema do documentário foi delimitado e abordado, de forma geral ou de forma singular e particular? Ou ainda combinando esses diferentes recortes?
O documentário fala de uma forma geral, pois, traz a questão das desigualdades sociais relatando e comparando o capitalismo a sociedade de consumo e mercado, a propriedade privada, as desigualdades sociais e o cotidiano, esse sistema capitalista tem organização simples, troca de dinheiro por coisas, cujo o principal objetivo é o lucro, relata a dura realidade enfrentada pelo ser humano mediante as conseqüências da bruta globalização da miséria, s 
4. Reflexão sobre o documentário
	Ilha das flores nos faz refletir acerca dos problemas causados pela má distribuição de renda e a condição que nós mesmos nos colocamos numa sociedade tão consumista.
Algo importante trazido por Jorge Furtado, é o registro da miséria, a começar pelo título, “Ilha das Flores”, que contradiz com a realidade explicita no documentário, pois o título, nos faz pensar em algo belo, prevalecendo a imagem de uma jardim repleto de flores, porém com o desenrolar do documentário vem a imagem do lixão, cenário o qual nos mostra as desigualdades sociais.
Percebemos no documentário que apesar de biologicamente sermos iguais uns aos outros por sermos animais mamíferos, bípedes com um o telencéfalo altamente desenvolvido e o um polegar opositor, estamos historicamente submetidos às desigualdades de oportunidade e de acesso a bens.
 No documentário a trajetória do tomate representa os processos do trabalho, a vendendora de perfumes representa a classe média , isnerida na ordem capistalista que trabalha para consumir, os porcos por sua vez representa a classe proletariado, sendo seus “donos” os empregadores, já a população da Ilha das Flores, que vêm logo após os porcos, e´sta relacionada a classe dos excluídos miseráveis de nossa sociedade, que não têm espaço para se inserir.
 Jorge Furtado traz a discução em torno da da pobreza, que é o resultado da desigualdade social e da péssima distribuição de renda,sendo assim podemos compreender que o documentáriomesmo sendo de 1982, que mostra de forma incisiva como é o sistema político-econômico em que vivemos e quais as consequências vindas dele permanece nos dias atuais.

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