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1 2 CROMOSSOMAS Os cromossomas são estruturas filamentosas localizadas no interior das células (núcleo, mitocondrias, plastos). Os cromossomas contém os genes que são os transmissores das características hereditárias. Os cromossomas nucleares só são visíveis quando a célula está em divisão (meiose ou mitose). Têm uma estrutura filiforme, em forma de cadeia linear, mais ou menos alargada, e são compostos por ácidos nucléicos e proteínas. 3 4 CROMOSSOMAS Os cromossomas contém o ácido nucleico, DNA (ácido desoxirribonucleico), o qual é formado pela união de pequenas moléculas, que se chamam nucleotídeos. No DNA só existem quatro tipos de nucleotídeos, diferenciando-se somente em um dos seus componentes, as chamadas bases nitrogenadas. 5 NUCLEOTÍDEO NUCLEOTÍDEOS – DNA BASES NITROGENADAS ( A,T,C,G) PENTOSE ( DESOXIRRIBOSE) GRUPOS FOSFATO 6 CROMOSSOMAS As bases nitrogenadas originam quatro nucleotídeos diferentes: Nucleotídeos com ADENINA , GUANINA, CITOSINA e TIMINA. Podemos representar o DNA através de sua sequência de bases nitrogenadas, ou seja, AAACCGTATTGGGCCTT. Esta sequência de letras representa um fragmento de DNA, a que chamamos GENES. 7 8 CROMOSSOMAS Os genes são um conjunto de bases unidas entre si, com informação para uma determinada característica. Os cromossomas são um conjunto de genes. Os genes determinam as características hereditárias de cada célula ou organismo. 9 10 Ciclo Celular O ciclo celular : processos que ocorrem desde a formação de uma célula até à sua própria divisão em duas células filhas, tendo natureza cíclica. A célula divide-se originando duas descendentes, com divisão do núcleo (mitose ) e divisão do citoplasma (citocinese). A etapa seguinte, é compreendida no espaço entre duas divisões celulares sucessivas e foi denominada de intérfase. Ciclo Celular Aparelho Mitótico. É constituído pelos fusos, centríolos, ásteres e cromossomas. O áster é um grupo de microtúbulos irradiados que convergem em direção ao centríolo. As fibras do fuso são constituídas por microtúbulos(proteínas especiais). Cada cromossoma têm duas cromátides ligadas entre si através do centrómero, que é uma região que se liga ao fuso mitótico, e se localiza num segmento mais fino denominado constricção primária. Mitose 16 O DNA 17 CROMOSSOMAS Os cromossomas são formados por duas cadeias de DNA repetidas que se espiralizam e se mantêm unidas, de forma que num cromossoma distinguem-se duas partes que são idênticas e recebem o nome de cromátides, que se unem por um ponto, o centrómero. O centrómero divide as cromátides em duas partes, que se denominam braços. O braço curto, é designado por p, e o braço longo por q. 18 19 CROMOSSOMAS As cadeias de DNA duplicadas surgem no final da interfase, antes da divisão celular, a partir da replicação de uma única cadeia. Isto significa que numa célula que não está em divisão, o núcleo contém cadeias individuais de DNA, que formam a cromatina, enquanto que quando está em divisão, estas cadeias estão duplicadas e formam os cromossomas. 20 CROMOSSOMAS Um cromossoma é formado por duas cromátides, que são cadeias iguais de DNA. Eles possuem os mesmos genes e os mesmos alelos. Morfologicamente os cromossomas são classificados de acordo com a posição do centrómero e do comprimento dos seus braços. 21 CROMOSSOMAS Eles dividem-se em metacêntricos (centrómero no centro e braços iguais), acrocêntricos ( centrómero na extremidade), submetacêntrico (centrómero está numa posição intermediária) e telocêntrico ( centrómero em posição terminal – não é encontrado na espécie humana) . 22 TIPOS DE CROMOSSOMAS Os cromossomas são classificados como metacêntricos, submetacêntricos e acrocêntricos. 23 24 25 26 CROMOSSOMAS Cariótipo É o conjunto de todos os cromossomas presentes no núcleo da célula de um organismo. O estudo do cariótipo (forma, tamanho e número de cromossomos de uma pessoa) pode ajudar no diagnóstico pré-natal ou pós-natal de aberrações genéticas. 28 ALTERAÇÕES CROMOSSÓMICAS 29 ALTERAÇÕES CROMOSSÓMICAS As alterações ou aberrações cromossómicas podem ser classificadas em dois grandes grupos: numéricas e estruturais. ALTERAÇÕES NUMÉRICAS: Correspondem à perda ou acréscimo de um ou mais cromossomas e podem ser de dois tipos, as euploidias e as aneuploidias. 30 ALTERAÇÕES CROMOSSÓMICAS Euploidias – Alterações que envolvem todo o genoma, originando células cujo número de cromossomas é um múltiplo exato do número haplóide característico da espécie. Aneuploidias – São alterações que envolvem um ou mais cromossomas de cada par, dando origem a múltiplos não exatos do número haplóide característico da espécie. 31 EUPLOIDIAS A alteração é múltiplo exato do número haplóide (n). A sobrevivência de um indivíduo totalmente euplóide é impossível, e quase todos os casos de triploidia (3n) ou de tetraploidia (4n) somente foram observados em abortos espontâneos. Raros foram os casos que chegaram a termo e, mesmo assim, eram de nado-mortos ou de morte neonatal 32 33 ANEUPLOIDIAS A maioria dos pacientes aneuplóides apresenta trissomia (três cromossomas em vez do par normal de cromossomas) ou, menos frequente, monossomia (apenas um representante de um cromossoma). O mecanismo cromossómico mais comum da aneuploidia é a não- disjunção meiótica, uma falha na separação de um par de cromossomos durante uma das duas divisões meióticas. 34 35 36 MONOSSOMIA Monossomia - um dos gâmetas participantes na fecundação apresenta um cromossoma a menos. Síndrome de Turner (X0): leia-se X zero; Síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que caracterizam uma determinada doença. A ausência de um cromossoma sexual determina baixa estatura, mau desenvolvimento dos ovários e dos caracteres sexuais secundários, pescoço alado e má formação aórtica. Ocorrência: 1 / 10.000 indivíduos do sexo feminino 37 38 39 POLISSOMIAS Polissomia : um dos gâmetas participantes da fecundação apresenta um ou dois cromossomas a mais. Trissomias Síndrome de Down (2n:47 ou 22AA + A + XX ou XY) ou trissomia do 21. É a mais comum e mais conhecida das aberrações cromossómicas humanas 40 POLISSOMIAS Síndrome de Down- A denominação mais antiga, mongolismo, que já está em desuso, refere-se ao tipo de fisionomia semelhante à de um oriental, produzido pelas pregas epicânticas características e a inclinação das fendas palpebrais para cima, que dão aos olhos um aspecto oblíquo… 41 SÍNDROME DE DOWN Apresentam atraso mental (baixo QI), hipotonia (fraqueza) muscular, baixa estatura, anomalia cardíaca, perfil achatado, orelhas pequenas com implantação baixa, olhos com fendas palpebrais oblíquas, língua grande, protusa e sulcada, encurvamento dos quinto dígitos, e aumento da distância entre o primeiro e o segundo artelho e prega única nas palmas. 42 SÍNDROME DE DOWN 43 SÍNDROME DE DOWN 44 SÍNDROME DE DOWN Mutações cromossómicas numéricas Trissomia 21 (Síndroma de Down) É a mais comum entre os nados-vivos. A carga genética superior ao normal conduz a várias modificações fenotípicas – síndroma: forma os olhos mto característica, baixa estatura, boca pequena, atraso mental c/ grau variável, malformações cardíacas, esterilidade habitual nos rapazes, …. Têm tb uma esperança de vida inferior ao normal. A ocorrência aumenta com a da idade da mãe: - 0,5 - 1 caso / 1000 nascimentos qdo a mãe tem entre 20-29 anos a - 15 - 17,5 casos / 1000 nascimentos qdo a mãe tem 46 ou mais anos. 46 TRISSOMIAS Trissomia do 18: Edwards. Cariótipo: 47, XX ou XY, +18. Provavelmente 95% dos fetos com trissomia do 18 são abortados espontaneamente. As manifestações da trissomia do 18 sempre incluem atraso mental e do crescimento e, às vezes malformações graves no coração. 47 48 SÍNDROME DE EDWARDS ● Trissomia 18(47, XX +18 ou 47, XY +18) – Síndroma de Edwards - elevado nº de anomalias, morrendo, a maioria, antes do ano de vida; - ocorrência: 1 / 10.000 nascimentos 49 TRISSOMIAS Trissomia do 13 (47,XX+13 ou 47, XY+13): Patau. A trissomia do 13 é clinicamente grave e letal em quase todos os casos que sobrevivem até 6 meses de idade. O fenótipo inclui malformações graves do sistema nervoso central. Um atraso mental acentuado está presente. +13 ou 47, XY +13) - ocorrência: 1 / 20.000 nascimentos 50 TRISSOMIAS .TRISSOMIAS HETEROCROMOSSOMICAS, DISTÚRBIOS NOS CROMOSSOMOS SEXUAIS: Síndrome de Klinefelter (47, XXY). Os pacientes são altos e magros, com membros inferiores relativamente longos. Após a puberdade, os sinais de hipogonadismo tornam-se óbvios. Os testículos permanecem pequenos e os caracteres sexuais secundários continuam subdesenvolvidos. Ocorrência : 1 / 1000 indivíduos do sexo masculino 51 52 TRISSOMIAS Trissomia do X (47, XXX): Superfêmea. As mulheres com trissomia do X não são fenotipicamente anormais. Algumas são identificadas em clínicas de infertilidade e outras em instituições para problemas mentais/cognitivos, mas provavelmente muitas permanecem sem diagnóstico. Há diminuição significativa do desempenho em testes de QI, e cerca de 70% dos pacientes têm problemas de aprendizagem graves. 53 Superfêmea Mulheres com cariótipo 47,XXX ocorrem numa frequência relativamente alta: 1 caso em 700 nascimentos aproximadamente. Os casos de mulheres 48,XXXX e 49,XXXXX são raros e caracterizam-se por graus crescentes de atraso mental. 54 55 TRISSOMIAS Síndrome 47, XYY. É um dos cariótipos mais frequentemente observados. Despertou grande interesse após se ter observado que a proporção era bem maior entre os detidos de uma prisão de segurança máxima, sobretudo entre os mais altos, do que na população em geral. Cerca de 3% dos homens em penitenciárias e hospitais de doentes mentais, possuem um cariótipo 47, XYY; no grupo de altura acima de 1,80 m, a incidência é bem maior (cerca de 20%). 56 TRISSOMIAS Os meninos XYY identificados em programas de triagem neonatal sem vício de averiguação, são altos e têm um risco aumentado de problemas do comportamento, em comparação com meninos cromossomicamente normais. 57 Alterações cromossómicas Numéricas Anomalias gaméticas que justificam algumas Aneuploidias heterossómicas
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