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34
VIVIANE DE CARVALHO FERREIRA SOARES
A ERGONOMIA EM BENEFICIO DA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR
Tangará da Serra - MT
2018
VIVIANE DE CARVALHO FERREIRA SOARES
A ERGONOMIA EM BENEFICIO DA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIC, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Produção.
Orientador: Eliton Cardoso
Tangará da Serra - MT
2018
nome do(s) autor(es) em ordem alfabética
A ERGONOMIA EM BENEFICIO DA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIC, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia de Produção.
Aprovado em: __/__/____
BANCA EXAMINADORA
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Prof(ª). Titulação Nome do Professor(a)
Dedico este trabalho com muito amor àquela que luta todos os dias pela minha educação, chora as minhas lágrimas, sorri com as minhas alegrias. Minha mãe Mirian, essa vitória é nossa!
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por acreditar que sem ele, nada seria possível.
Agradeço a minha mãe Mirian de Carvalho Ferreira e meu filho Gustavo Soares de Carvalho, e ao meu esposo Damarco Soares da Silva pelo incentivo e companheirismo ao longo desta jornada.
Agradeço a todos os professores da UNIC – Tangara da Serra em especial a professora Aline Favalessa Mendes, sem ela o desânimo não tinha se transformado em perseverança.
SOARES, Viviane De Carvalho Ferreira. A ERGONOMIA EM BENEFICIO DA QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR. 34 páginas. Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação em Engenharia de Produção – UNIC Tangará Sul – Tangará da Serra, 2018. 
RESUMO
O presente estudo tem como foco devido a analise de conceitos e aplicações ergonômicas, visando melhorar o desempenho e qualidade de vida das pessoas no ambiente de trabalho, desta maneira prevenir doenças ocupacionais. A ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar a atividade nele existente, ás características, habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro. Este estudo que trata da importância da ergonomia para o ambiente de Trabalho visando a qualidade de vida do trabalhador. Este estudo tem como objetivo demonstrar como a ergonomia é benéfica para melhorar a qualidade de vida do trabalhador. A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica buscando a coleta de dados, buscando arquivos de 2000 a 2018. Como resultado observou-se que a qualidade de vida no trabalho (QVT), cada vez mais, presente nas agendas das organizações corporativas. Devido ao crescente o número de trabalhadores com doenças ocupacionais, principalmente LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT. As pessoas buscam muito mais do que um trabalho, elas desejam realizar suas necessidades, auto-realizar-se. De que o processo motivacional e a satisfação no trabalho também são consequências de um ambiente capaz de estabelecer um projeto ergonômico que abarque as expectativas das pessoas na empresa.
Palavras-chave: Ergonomia; Qualidade de vida; Saúde do trabalhador. 
SOARES, Viviane De Carvalho Ferreira. ERGONOMICS IN THE BENEFIT OF THE QUALITY OF LIFE OF THE WORKER. 34 pages. Graduation Course in Production Engineering - UNIC Tangará Sul - Tangará da Serra, 2018.
ABSTRACT
The present study focuses on the analysis of concepts and ergonomic applications, aiming to improve the performance and quality of life of people in the work environment, in this way to prevent occupational diseases. Ergonomics aims to modify the work systems to adapt the activity therein, the characteristics, abilities and limitations of the people with a view to their efficient, comfortable and safe performance. This study deals with the importance of ergonomics for the Work environment aiming at the worker's quality of life. This study aims to demonstrate how ergonomics is beneficial to improve the worker's quality of life. The methodology used was the bibliographic review seeking data collection, searching for files from 2000 to 2018. As a result, it was observed that quality of life at work (QVT), increasingly present in the agendas of corporate organizations. Due to the increasing number of workers with occupational diseases, mainly RSI (Repetitive Strain Injuries) and DORT. People are looking for more than a job, they want to fulfill their needs, to be self-fulfilling. That the motivational process and job satisfaction are also consequences of an environment capable of establishing an ergonomic design that encompasses the expectations of the people in the company.
Key-words: Ergonomics; Quality of life; Worker's health.
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	13
2	Ergonomia	15
3	a influência da ergonomia no ambiente de trabalho	20
4	os beneficios da ergonomia na qualidade de vida do trabalhador 	19
CONsiderações finais	20
REFERÊNCIAS	21
INTRODUÇÃO
Devido á amplitude do tema, este projeto abordará a analise de conceitos e aplicações ergonômicas, visando melhorar o desempenho e qualidade de vida das pessoas no ambiente de trabalho, desta maneira prevenir doenças ocupacionais. 
	A ergonomia objetiva modificar os sistemas de trabalho para adequar a atividade nele existente, ás características, habilidades e limitações das pessoas com vistas ao seu desempenho eficiente, confortável e seguro. 
	A Ergonomia e uma disciplina científica que proporciona uma visão holística e sistêmica e centrada no ser humano para melhorar a produtividade e a motivação dos colaboradores dentro das organizações.
As pessoas buscam muito mais do que um trabalho, elas desejam realizar suas necessidades, auto-realizar-se. De que o processo motivacional e a satisfação no trabalho também são consequências de um ambiente capaz de estabelecer um projeto ergonômico que abarque as expectativas das pessoas na empresa.
Este estudo que trata da importância da ergonomia para o ambiente de
Trabalho visando a qualidade de vida do trabalhador. 
Problema de Pesquisa
Como a ergonomia beneficia a qualidade de vida do trabalhador¿
Objetivos do Trabalho
Geral:
Demonstrar como a ergonomia é benéfica para melhorar a qualidade de vida do trabalhador
Específicos:
· Conceituar o que é Ergonomia;
· Expor a influência da Ergonomia no ambiente de trabalho;
· Compreender a relação entre ergonomia e a qualidade de vida para o trabalhador.
Ergonomia
Ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente, e particularmente a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução de problemas surgidos desse relacionamento (ABERGO, 2018). 
Ergonomia é o conjunto dos conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, de segurança e eficácia (WISNER, 2005).
 Em 1983, Lomov e Venda, em função das várias denominações utilizadas – Ergonomia, Ergologia, Humam Factors -, refletem sobre a finalidade deste campo de estudo: Qualquer que seja o nome utilizado, o que se pretende é o estudo dos diferentes aspectos laborais com o propósito de otimizá-los (VILLAS-BÔAS, 2003). 
Em 1989, no Congresso Internacional de Ergonomia, adotou-se o seguinte conceito: A Ergonomia é o estudo científico da relação entre o homem e seus meios, métodos e espaços de trabalho. Seu objetivo é elaborar, mediante a constituição de diversas disciplinas científicas que a compõem, um corpo de conhecimentos que, dentro de uma perspectiva de aplicação, deve resultar numa melhor adaptação do homem aos meios tecnológicos e aos ambientes de trabalho e de vida (BARNES, 2007).
No início do século 20 surge nos Estados Unidos o Movimento da Administração Científica, que ficou conhecido como Taylorismo. Na Europa, principalmente na Alemanha, França e países escandinavos, por volta de 1900, começam a surgir pesquisas na área de fisiologia do trabalho,na tentativa de transferir para o terreno prático os conhecimentos em fisiologia desenvolvidos em laboratórios (WISNER, 2005).
Durante a 1ª Guerra Mundial (1914-1917), fisiologistas e psicólogos foram chamados para colaborarem no esforço de aumentar a produção de armamentos. Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), foram utilizados conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis, para construir instrumentos bélicos complexos como submarinos, tanques, aviões (FALZON, 2007).
O objetivo era adaptar os instrumentos bélicos às características e capacidades do operador, melhorando o desempenho e reduzindo a fadiga e os acidentes. Após a 2ª Grande Guerra, estes conhecimentos começam a ser aplicados na vida civil. Porém os Estados Unidos, através do seu Departamento de Defesa, começou a apoiar pesquisas na área. Só recentemente começou a ser aplicada, em maior grau, na indústria não-bélica (SCHWARTZ, 2004). 
Em 1857, o polonês Woitej Yastembowsky publicou um artigo intitulado “Ensaios de Ergonomia ou ciência do trabalho, baseada nas leis objetivas da ciência sobre a natureza”. Em 12 de julho de 1949, reuniram-se na Inglaterra um grupo de cientistas e um grupo de pesquisadores interessados em discutir e formalizar a existência desse novo ramo de aplicação interdisciplinar da ciência (MENDES, 2003).
Em 16 de fevereiro de 1950, foi proposto o nome ERGONOMIA por estes mesmos pesquisadores, que na ocasião fundaram a Ergonomics Research Society, na Inglaterra. A partir daí a ergonomia se expandiu no mundo industrializado. Em 1961 foi fundada, na Europa, a “Associação Internacional de Ergonomia – IEA” A Associação Brasileira de Ergonomia – ABERGO foi Fundada em 1983, filiada a IEA (ABERGO, 2018).
A ergonomia é uma disciplina que promove uma abordagem holística e centrada no ser humano para o design de sistemas de trabalho que considera relevante os fatores físicos, cognitivos, sociais, organizacionais e ambientais (SANTOS, 2000).
A partir de 1955, após a publicação do livro de Faverge e Ombredane sobre a análise do trabalho, a atuação de diversos outros pesquisadores expoentes na área fez com que a ergonomia centrada na análise da atividade fosse desenvolvida ao longo do tempo, tendo suas bases teóricas aprofundadas, seus métodos enriquecidos e suas aplicações às transformações das condições de trabalho mais elaboradas (LIMA, 2011). 
Essa evolução levou a reconhecer a ergonomia situada como um dos dois principais conjuntos de ergonomias, distinguidos tanto na sua história como nos conceitos e nas práticas, mas que se complementam. O primeiro conjunto, majoritário no mundo e baseado no contexto americano e britânico, corresponde à ergonomia clássica e é qualificado como centrado no componente humano dos sistemas homem-máquina (WISNER, 2005).
 O segundo, enraizado principalmente nos países francófonos, é classificado como focado na atividade humana contextualizada. Essa dicotomia entre as duas principais famílias de ergonomias assenta-se em modelos, quadros teóricos e diferentes métodos, sendo transversal em relação às ergonomias identificadas em função dos diferentes domínios de intervenção (SCHWARTZ, 2004).
No contexto da ergonomia centrada na atividade, colocam que transformar o trabalho é a finalidade primeira da ação ergonômica, e o que o ergonomista deve realizar de forma a contribuir para: • A concepção de situações de trabalho que não alterem a saúde dos trabalhadores e nas quais estes possam exercer suas competências, ao mesmo tempo num plano individual e coletivo, e encontrar possibilidade de valorização de suas capacidades; e • Alcançar os objetivos econômicos determinados pela empresa, em função dos investimentos realizados ou futuros (LIMA, 2011).
Para os mesmos autores a busca desses dois objetivos origina a análise ergonômica do trabalho, cujo método busca resolver os problemas da inadequação do trabalho às características humanas gerados por: • Projetos de sistemas de produção, de processos, da organização do trabalho e das tarefas que foram feitas, muitas vezes a partir de estereótipos simplificados do que seria a população de trabalhadores, que geralmente são “encaixados” na produção; e • Situações de adaptação, transformação ou concepção de sistemas de produção em que houve predominância dos aspectos financeiros, técnicos ou organizacionais que não favoreceram a reflexão sobre o lugar incontornável do homem no sistema de produção (BARNES, 2013). 
Essas situações minimizam a influência dos meios de trabalho cuja concepção não leva suficientemente em conta as especificidades de funcionamento do operador humano e a variabilidade de todo o sistema. Para contextualizar o que seja trabalho, caracterizam-no como unidade de três realidades: a das condições de trabalho, a do resultado do trabalho e a da atividade de trabalho. Destacam ainda o conceito do trabalho prescrito e do trabalho real, estabelecendo a distinção entre tarefa e atividade de trabalho. Esses conceitos são bem sintetizados o qual também destaca as noções de regulação e da regulação da atividade (CHAPANIS, 2002). 
Nesse processo de contextualização do trabalho, colocam que a atividade de trabalho é o elemento central que organiza e estrutura os componentes da situação de trabalho, estabelecendo o que eles denominaram de função integradora da atividade de trabalho. Para essa construção existe um conjunto de pontos importantes, de fases privilegiadas que vão estruturar a construção ergonômica (BARBOSA FILHO, 2010).
A interação que ocorre entre os atores desse processo conduzido pelo ergonomista gera um aumento do conhecimento ou do nível de consciência da atividade que será fator-chave na implementação das ações ergonômicas resultantes do diagnóstico feito e da transformação desejada (CIDADE, 2005). 
Alguns autores destacam ainda que parte do que se construiu deve permanecer e adquirir uma legitimidade que resista ao tempo. Construção esta realizada com a contribuição do ergonomista junto com os atores do processo. Isso está diretamente relacionado à maneira como os conhecimentos sobre o trabalho foram produzidos e transferidos entre os atores e da questão das condições de sua apropriação (LIMA, 2011).
As características do procedimento aplicado são centrais para assegurar essa transferência, e a sua durabilidade será, por sua vez, maior caso um conjunto de atores-chave tenha sido instrumentalizado (CHAPANIS, 2002).
A ergonomia pode contribuir para solucionar um grande número de problemas, tendo como objetivo melhorar a segurança, a saúde, o conforto e a eficiência no trabalho. O objetivo da ergonomia é proporcionar ao homem condições de trabalho que sejam favoráveis, com o intuito de torná-lo mais produtivo por meio de ambiente de trabalho saudáveis e seguros, que solicite dos trabalhadores menor exigência e, por consequência, concorra para um menor desgaste e um maior resultado (BARBOSA FILHO, 2010). 
Observa-se que os autores concordam que esta ciência veio para ajudar o trabalhador e organização para manter os trabalhadores satisfeitos e com isso conseguir alcançar as metas almejadas. O objetivo da ergonomia está voltado ao estudo das condições de trabalho que não apenas evitem a degradação da saúde, mas, também, favoreçam a construção da saúde. Esta perspectiva ativa é incapaz de ser focalizada prioritariamente pela ergonomia. Na maioria das vezes, ela é focalizada sobre uma visão instantânea do indivíduo (FALZON, 2007). 
Vale ressaltar o objetivo da ergonomia, ele afirma que a ergonomia pode ser definida como sendo o estudo da adaptação do trabalho ao homem. Tendo como objetivo principal o estudo do ser humano, suas habilidades e limitações. A partir dessas informações se torna fácil identificar quais são as ferramentas, materiais e métodos de trabalho que melhor atendem as necessidades dos trabalhadores (DUL, 2005). 
O objetivo da ergonomia segundo Couto é o estudo: Da adaptação das tarefas e do ambiente de trabalho às características sensoriais, perceptivas, mentais e físicas das pessoas. Essa adaptação leva a consecução de melhoresprojetos de equipamentos, de sistemas homem-máquina, de produtos de consumos, de métodos e ambientes de trabalho (COUTO, 2005).
Em síntese, a ergonomia adaptando-o e desenvolvendo soluções que promovam as necessidades em harmonia com o processo produtivo, trazendo assim, o equilíbrio necessário para a sua desenvoltura no posto que está e no ambiente pelo qual está inserido na realização do seu trabalho (DANIELLOU, 2004a).
A influência da ergonomia no ambiente de trabalho
Os fatores ambientais de acordo com os limites de exposição podem exercer uma determinada influência na ergonomia, dentre os quais podemos citar os ruídos, radiação, iluminação, vibrações, substâncias químicas, clima e a poluição microbiológica (GÜÉRIN, 2001).
Em geral, existem três tipos de medidas que podem ser utilizadas para minimizar ou eliminar os efeitos nocivos dos fatores ambientais, assim descritos: • Na fonte – empregado para eliminar ou reduzir a emissão dos poluentes. • Na propagação entre a fonte e o receptor – utilizado no isolamento da fonte e/ou pessoa. • No nível individual – empregado na redução do tempo de exposição ou através da utilização de EPI – Equipamento de Proteção Individual (IIDA, 2000).
É um fator que devido ao seu índice elevado, em um ambiente de trabalho, e com o decorrer do tempo de exposição, pode perturbar e causar sérios problemas ao trabalhador (IIDA, 2005). 
3 . 1 RUÍDO
Os ruídos constituem-se no principal motivo de reclamações sobre as condições ambientais. Os sintomas podem ser observados através da dificuldade de comunicação e na redução de concentração, devido à interferência de ruído (MORAES, 2003). 
 A NR 15, em seu anexo I, dispõe de limites máximos admissíveis para os ruídos, os quais são expressos em decibéis (dB) e, que podem ser analisados segundo o seu tempo de exposição, conforme o Quadro 1.
Quadro 1: Anexo I da NR 15 – Níveis de ruído contínuo ou intermitente
	 Nível de ruído dB (A)
	Máxima exposição diária permissível
	85
	8 horas
	86
	7 horas
	87
	6 horas
	88
	5 horas
	89
	4 horas e 30 minutos
	90
	4 horas
	91
	3 horas e 30 minutos
	92
	3 horas
	93
	2 horas e 40 minutos
	94
	2 horas e 15 minutos
	95
	2 horas
	96
	1 hora e 45 minutos
	98
	1 hora e 15 minutos
	100
	1 hora
	102
	45 minutos
	104
	35 minutos
	105
	30 minutos
	106
	25 minutos
	108
	20 minutos
	110
	15 minutos
	112
	10 minutos
	114
	8 minutos
	115
	7 minutos
Fonte: Falzon, 2007.
A medição pode ser realizada utilizando-se o decibelímetro, Dessa forma, utilizando o Anexo I da NR 15, podemos constatar que para cada aumento de 5 dB, o tempo de exposição ao ruído deve ser reduzido pela metade. Por exemplo, em um ambiente em que o ruído presente é de 80 dB o tempo de permanência é de 8 horas, caso haja um aumento de 5 dB, ou seja, caso o nível de ruído seja elevado para 85 dB o tempo de permanência deve ser reduzido para 4 horas e, assim sucessivamente (FALZON, 2007). 
Por isso, a partir do momento que em um ambiente de trabalho o ruído gerado por máquinas e equipamento for superior a 80 dB, torna-se necessário tomar providências, que o minimizem. O que pode ser evidenciado por meio da utilização de EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva, como por exemplo, um anteparo que ajude na redução da emissão do ruído ou através da utilização de EPI, neste caso um protetor auricular (HUBAULT, 2004).
 Mas, as providências mais importantes destacam-se pela utilização de meios que atenuem o ruído nos ambientes de trabalho preferencialmente na fonte de origem. Neste sentido algumas formas podem ser utilizadas, tais como: Utilizar método silencioso – observado na escolha do método produtivo, através de máquinas empregadas nas diferentes fases do processo produtivo (KROEMER, 2005). 
Máquinas silenciosas – utilizar amortecedores de vibrações, isolamentos acústicos e substituir partes mecânicas por eletrônicas, o que evidencia a importância de verificar o nível de ruído durante o funcionamento da máquina antes da compra (PINHEIRO, 2006). 
 Manutenção regular das máquinas – auxilia a minimizar os ruídos, pelo fato de serem analisadas as fixações soltas, atritos e desbalanceamentos que podem causar vibrações e ruídos. É necessário, também, que seja observada a necessidade de lubrificação, substituição de peças e regulagens (SANTOS, 2000).
 Confinamento de máquinas com elevado ruído – verifica-se quando não for possível utilizar uma outra forma eficiente, utilizando-se uma câmara acústica (SANTOS, 2000).
Existem basicamente dois tipos de ruídos, ou seja, os contínuos ou chamados de “fundo” que ocorrem com certa uniformidade durante toda a jornada de trabalho e os de impacto que se referem aos picos de energia acústica de curta duração (1 s) e a níveis que podem chegar de 100 a 135 dB (LEPLAT, 2007). 
Como exemplos de ruído de impacto, podem ser citados os ruídos de natureza inesperada, como buzinas, batidas de portas e janelas, batidas de martelo em metais sobre bigornas e os observados em batidas de máquinas em forjarias e estamparias, devido à utilização de prensas (SCHWARTZ, 2004). 
Devido ao fato do ruído de impacto ser inesperado, de uma forma geral é o que mais perturba, já que o organismo tem um mecanismo de defesa contra o ruído de natureza contínua, de forma que após certo tempo de exposição, o ruído torna-se menos sensível (MASCIA, 2010). 
A obtenção da redução do ruído através do projeto e organização do trabalho pode ser conseguida por meio de determinadas recomendações, tais como: • Separação do trabalho silencioso do trabalho de elevado ruído. • Mantenabilidade da distância em relação à fonte de ruído. • Utilização de tetos e pisos acústicos. • Emprego de barreiras acústicas (FALZON, 2012).
Caso o ruído ainda seja perceptível ao ouvido humano, torna-se indispensável e necessário o emprego de protetores auriculares, conhecidos como ear plugs e ear-muffs, mesmo quando o ruído for ocasional ou temporário (FALZON, 2012).
A diferença entre estes dois EPI´s é que os ear plugs são colocados diretamente no canal auditivo externo, enquanto que os ear-muffs são colocados sobre as orelhas, são mais higiênicos e permitem a colocação e retirada de forma mais fácil (BARBOSA FILHO, 2010).
3. 2 VIBRAÇÃO 
As vibrações podem afetar as mãos e braços ou ocorrer no corpo inteiro, quando surge nos pés na posição em pé ou no assento através da posição sentada. Vibração é qualquer movimento que o corpo ou parte dele executa em torno de um ponto fixo, podendo ser regular do tipo sensorial ou irregular, quando não segue nenhum padrão determinado (RIO, 2001). 
Existem três variáveis que influem no efeito da vibração, conforme descritas a seguir: Frequência – expressa em Hz, de forma que, cada parte do corpo humano apresenta uma sensibilidade de acordo com uma determinada faixa de frequências. Nível – expressa em m/s2 . Duração – refere-se ao tempo (DUL, 2000). 
A vibração é definida por três variáveis, assim descrita. Frequência – medida em ciclos por segundo ou hertz (Hz). Intensidade de deslocamento – medida em cm ou mm. Direção do movimento – definida por três eixos triortogonais: x (das costas para frente), y (da direita para a esquerda) e z (dos pés à cabeça) (LIDA, 2005)
De acordo com o nível médio das vibrações e conforme o tempo de exposição, a vibração do corpo pode ser desconfortável. Algumas medidas podem ser adotadas para reduzir o efeito das vibrações, no sentido de minimizar problemas posteriores e, que podem ser empregadas por meio do combate à fonte das vibrações. Estas medidas podem acontecer através do revestimento das pegas das ferramentas, por meio de um material antivibratório, calços de borracha em máquinas estáticas, assim como em relação ao tempo de exposição às vibrações, que podem ocorrer através da alternância de atividades laborais (SOARES, 2007). 
Os efeitos da vibração direta sobre o corpo humano podem afetar gravemente o corpo humano, danificando permanentemente alguns órgãos. As vibrações, particularmente, são mais danosas ao organismo nas frequências mais baixas, em torno de 1 a 80 Hz, podendoprovocar lesões nos ossos, juntas e tendões, nas frequências intermediárias, de 30 a 200 Hz podem provocar doenças cardiovasculares e, nas altas, acima de 300 Hz o sintoma é de dores agudas e distúrbios neurovasculares (LIDA, 2005).
Já no corpo inteiro as vibrações são mais sensíveis na faixa de 4 a 5 Hz e de 10 a 14 Hz, particularmente a faixa de 5 Hz, pois corresponde a frequência de ressonância na direção vertical (eixo z), na horizontal e lateral, as ressonâncias ocorrem em frequências mais baixas, em torno de 1 a 2 Hz. A utilização de equipamentos que permitam analisar as vibrações, possibilitam obter uma resposta rápida em relação aos problemas detectados ou previstos, assim como, o seu respectivo grau de gravidade e de prioridade em relação às ações corretivas e preventivas (PANERO, 2002). 
3. 3 ILUMINAÇÃO
	A visibilidade adequada em um local de trabalho pode ser determinada pela intensidade da luz expressa em lux que incide sobre a superfície de trabalho, a qual deve ser suficiente para garantir uma boa visibilidade. Existem distinções entre a luz ambiental, iluminação local e a iluminação especial determinada pelas quantidades de luz e definidas através das intensidades luminosas (LIDA, 2005).
Luz ambiental – a quantidade de lux neste caso fica entre 10 a 200 lux, sendo suficiente para locais em que não são realizadas tarefas exigentes. Iluminação local – neste caso e devido a execução de tarefas normais como, por exemplo, montagens de peças, leituras e trabalhos com máquinas e equipamentos, a intensidade de lux deve ser de 200 a 800 lux. Iluminação especial – deve ser utilizada com uma intensidade luminosa alta que pode variar de 800 a 3000 lux, de forma que a luz incida diretamente sobre a tarefa (FALZON, 2012).
A aplicação com esta exigência visual pode ser observada durante a realização de cirurgias delicadas. A intensidade luminosa (lux) pode ser medida por meio do instrumento luxímetro (LEPLAT, 2007).
Para cada tipo de atividade, a iluminância (lux) necessária para o desempenho das atividades laborais de acordo com as respectivas classes A, B e C. Classe A, iluminação geral para áreas interruptamente ou com tarefas visuais simples, classe B, iluminação geral para área de trabalho e classe C, iluminação adicional para tarefas visuais difíceis (LIDA, 2005).
NBR 5413 – esta norma estabelece os valores de iluminâncias médias mínimas em serviço para iluminação artificial em interiores, onde se realizem atividades de comércio, indústria, ensino, esporte e outras (PINHEIRO, 2006).
Em relação ao brilho que podem ocorrer dentro do campo visual, deve-se evitar as diferenças excessivas entre os objetos ou superfícies no campo visual, pois podem resultar em reflexos, focos de luz e sombra. Os reflexos e sombras podem ser evitados de acordo com o posicionamento da luz em relação a tarefa ou diminuído com a utilização do uso da luz difusa no teto (BARBOSA FILHO, 2010).
3. 4 CLIMA
	O clima de trabalho para ser considerado confortável deve atender a diversas condições, que podem ser observadas por meio dos seguintes fatores referentes ao conforto térmico: temperatura do ar, calor radiante, velocidade do ar e umidade relativa, de modo que para ser considerado agradável é necessário verificar o vestuário e o tipo de atividade física desenvolvida (PINHEIRO, 2006).
Em relação à temperatura do ar, o ideal seria realizar o ajuste da temperatura de acordo com o esforço físico, por exemplo, em atividades com trabalhos pesados o clima poderia ser mais frio, já em trabalhos leves o clima pode ser mais quente. Temperaturas acima de 24°C podem gerar queda de rendimento e aumento de erros (LIDA, 2005).
No caso da umidade relativa, é importante evitar o ar muito úmido ou seco, pois pode afetar o conforto térmico, já em relação ao frio e ao calor, quando intensos, podem gerar desconforto e provocar sobrecarga energética no corpo (BARBOSA FILHO, 2010).
3. 5 SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS 
As substâncias químicas presentes no ambiente podem estar sob forma de líquidos, gases, vapores, poeiras e sólidos, de forma que determinadas substâncias quando inaladas, ingeridas ou em contato com a pele e olhos, podem causar doenças ou mal estar (LIDA, 2005).
Em relação à exposição a substâncias químicas, existem limites internacionais de tolerância, em relação a sua exposição no ar. O limite de tolerância, a concentração média de uma substância encontrada no ar, no período de 8 horas, e que não pode ser ultrapassada em nenhum dia. Estes limites de tolerância podem ser observados em tabelas através da NR 15 em seu Anexo 11, onde existe referência a inúmeras substâncias (SANTOS, 2000).
Aconselha-se a evitar a exposição a altas concentrações de substâncias químicas, durante curtos períodos de tempo, pois podem afetar a saúde do trabalhador. O contato por inalação é o mais frequente em ambientes de trabalho, sendo genericamente chamado de aerodispersóides, classificando-se em: 
 Poeiras – são considerados os aerodispersóides sólidos com granulações invisíveis, menores que 0,2 µm ou visíveis de 10 a 150 µm. Os menores que 5µm flutuam no ar durante muito tempo e os menores de 3 µm podem atingir os alvéolos pulmonares e pode ser encontrado em poeiras de granito, sílica e algodão. A presença de poeira de sílica, por exemplo, pode provocar uma doença denominada de silicose. Esta é uma doença pulmonar crônica e incurável, apresenta uma evolução progressiva e irreversível podendo gerar a incapacidade para o trabalho.
Fumos – são resultantes da condensação de vapores apresentando dimensões inferiores a 1 µm e que ocorrem em processos de solda com ferro, alumínio entre outros. Os sintomas neste caso podem ser de curta duração, semelhantes a uma gripe, como tosse, febre, dor de garganta e dores no corpo. Em casos mais graves podem causar a incapacidade de trabalho (LEPLAT, 2007).
Gases – são partículas muito pequenas que tendem a ocupar todo o volume do espaço de trabalho, exemplos: monóxido de carbono, gás sulfrídico, cloro e gás cianídrico. O monóxido de carbono em particular apresenta uma afinidade com a hemoglobina de até 300 vezes maiores que o oxigênio, por isso pequenas concentrações produzem sintomas como falta de ar, tontura, dores de cabeça, confusão mental, inconsciência e morte (LIDA, 2005).
Vapores – são semelhantes aos gases e difundem-se facilmente no ar, diferindo-se dos gases, devido ao fato de que em condições normais de temperatura e pressão, podem encontrar-se em estado líquido ou sólido. Exemplos: gasolina, benzeno, dissulfeto de carbono e mercúrio (MENDES, 2003).
Neblinas – referem-se as partículas líquidas que resultam de um processo de dispersão mecânica, produzidas pela passagem de ar ou de gás através de um líquido ou processo mecânico com aspersão. Podem ser observados em processos de irrigação ou em processos de aplicação de agrotóxicos (BARBOSA FILHO, 2010).
3. 6 RADIAÇÃO
	O corpo humano troca calor sucessivamente com o ambiente, por radiação, seja recebendo calor de objetos mais quentes ou irradiando para aqueles mais frios que o seu corpo. É importante salientar que temperaturas diferentes emitem diferentes tipos de radiações (alfa, beta ou gama), ou seja, quanto maior a temperatura, menor é o comprimento de onda das radiações emitidas (LIDA, 2005).
De modo que nem todas as radiações tem igual poder de penetração no corpo humano, por exemplo, com uma penetração de no máximo 5 a 10 cm de profundidade, apresentam ondas de 1 a 1,5µm, provocando sensação de bem-estar, devido ao aquecimento interno do corpo. Já as radiações de pouca penetração, mas com ondas mais longas, em torno de 3 a 5 µm, aquecem apenas a superfície, produzindo queimadura superficial e desconforto (SANTOS, 2000).
Benéficios da ergonomia na qualidade de vida do trabalhador
A interação entre o trabalho e o homem sobre o ponto de vista dos movimentos músculo-esqueletais envolvidos, e as suas consequências. Analisa basicamente a questão das posturas corporais no trabalho e a aplicação de forças. Muitos produtos e postos de trabalho inadequadosprovocam tensões musculares, dores e fadiga. Trabalho pode ser estático ou dinâmico (LIDA, 2005).
Trabalho Estático: é aquele que exige contração contínua de alguns músculos, para manter uma determinada posição (PINHEIRO, 2006).
Trabalho Dinâmico: é aquele que permite contrações e relaxamentos alternados dos músculos. - Pressão Sanguínea. - Entre 15 e 20 % da força máxima do músculo, sangue circula normalmente. - A partir de 60% da força máxima do músculo, o sangue deixa de circular. - Músculo sem circulação sanguínea, fadiga em 1 ou 2 minutos. - Músculo sendo contraído e relaxado, aumenta a circulação em até 20 vezes, aumento da resistência contra a fadiga (PINHEIRO, 2006).
O trabalho estático é altamente fatigante e, sempre que possível, deve ser evitado. Quando não for possível, pode ser aliviado, permitindo mudanças de posturas, melhorando o posicionamento de peças e ferramentas ou providenciando apoio para partes do corpo com o objetivo de reduzir as contrações estáticas dos músculos. Também devem ser concedidas pausas de curta duração, mas com elevada frequência, para permitir relaxamento muscular e alívio da fadiga (MENDES, 2003).
Trabalhando ou repousando, o corpo assume três posturas básicas: as posições deitada, sentada e em pé (SANTOS, 2000).
Posição deitada - Não há concentração de tensão; O sangue flui livremente; - Consumo energético assume o valor mínimo; - Recomendada para repouso e recuperação da fadiga (FALZON, 2012).
Posição sentada - Exige atividade muscular do dorso e do ventre; - Praticamente todo o peso do corpo é suportado pela pele que cobre o osso ísquio; - Consumo de energia de 3 a 10 % maior em relação a horizontal; 
Postura ligeiramente inclinada para frente é mais natural e menos fatigante que a ereta; - O assento deve permitir mudanças frequentes de postura (SANTOS, 2007). 
Trabalho sentado - Alterne as posições sentada / em pé / andando; - Ajuste a altura do assento e a posição do encosto; - Limite o número de ajustes possíveis da cadeira; - Ensine a forma correta de regular a cadeira; - Use cadeiras especiais para tarefas específicas; - A altura da superfície de trabalho depende da tarefa; - Compatibilize as alturas da superfície de trabalho e do assento; - Use apoio para os pés; - Evite manipulações fora do alcance; Incline a superfície para leitura; - Deixe espaço para as pernas (LEPLAT, 2007).
Posição de pé - Altamente fatigante; - O coração encontra maiores resistências; - Trabalhos dinâmicos em pé apresentam menos fadiga que o estático. Trabalho em pé - Alterne as posições em pé / sentada / andando; - A altura da superfície de trabalho em pé depende da tarefa; - A altura da bancada deve ser ajustável; - Reserve espaço suficiente para pernas e pés; - Evite alcances excessivos; - Coloque uma superfície inclinada para leitura (BARBOSA FILHO, 2010).
Muitas vezes assentos ou bancadas de trabalho obrigam o trabalhador a usar posturas inadequadas. Mantidas por um longo período de tempo, podem provocar fortes dores localizadas naquele conjunto de músculos solicitados (LIMA, 2011).
A ergonomia preocupa-se primariamente com os aspectos fisiológicos do projeto do trabalho, isto é, com o corpo humano e como ele ajusta-se ao ambiente. Isso envolve dois aspectos: primeiro: como a pessoa confronta-se com os aspectos físicos de seu local de trabalho, onde "local de trabalho" inclui mesas, cadeiras, escrivaninhas, máquinas, computadores e assim por diante; segundo: como uma pessoa relaciona-se com as condições ambientais de sua área de trabalho imediata (SANTOS, 2007). 
 A Ergonomia e uma disciplina científica que proporciona uma visão holística e sistêmica e centrada no ser humano para melhorar a produtividade e a motivação dos colaboradores dentro das organizações (MENDES, 2003).
As pessoas buscam muito mais do que um trabalho, elas desejam realizar suas necessidades, auto-realizar-se. De que o processo motivacional e a satisfação no trabalho também são consequências de um ambiente capaz de estabelecer um projeto ergonômico que abarque as expectativas das pessoas na empresa (LIMA, 2011).
Os objetivos práticos da ergonomia são saúde, segurança, satisfação e o bem-estar dos trabalhadores resultados do bom relacionamento com as atividades desenvolvidas, o que acaba acarretando a eficiência do trabalho (SANTOS, 2007).
Qualidade de vida do trabalhador (QVT) é o conjunto de ações de uma empresa que envolvem a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnologia no ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida do trabalho ocorre apartir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial (PANERO, 2002).
O posicionamento biopsicossocial representa o fator diferencial para a realização de diagnóstico, campanhas e criação de serviços e implementação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa (SANTOS, 2000).
Estudos apontam que o ambiente de trabalho pode favorecer o desenvolvimento de doenças físicas e mentais, o que pode afetar de forma direta no desenvolvimento do trabalho. Longas jornadas de trabalho, onde o trabalhador permanece por muito tempo numa mesma postura, com a realização de movimentos repetitivos, com pouco tempo para descanso (MORAES, 2003). 
A ergonomia visa a prevenção de doenças e melhora da saúde do trabalhador, buscando melhor qualidade de vida, pois com isso evita se problemas de saúde, melhorando de forma geral a vida do trabalhador (FRANCISCHINI, 2010). 
Observa-se nas empresas que existe pouca atenção á saúde do trabalhador, quase nada se faz quando se trata de programas de QVT, por mais que se tenham mostrado os benefícios trazidos como minimizar custos com a saúde, prevenção de acidentes e melhora na execução do serviço (CIDADE, 2005).
A qualidade de vida do individuo também depende de vida no trabalho, pois o trabalho é o alicerce da vida das pessoas, chegando a rotular as pessoas com a característica do serviço prestado, sendo assim o trabalho deve ser realizado para favorecer a saúde física, mental e emocional em consequência do bem estar do individuo (WISNER, 2005). 
A ergonomia surge no decorrer da historia para somar todos os aspectos que se formam para melhorar as condições do trabalho e descansar dos trabalhadores, pensando em minimizar dores e desconfortos, diminuir sequelas e evitar acidentes, incorporando os programas de QVT para assumir uma postura sólida e compromissada com a saúde do trabalhador (CIDADE, 2004).
Verifica-se que a adaptação do corpo humano no desenvolvimento do seu trabalho. Para tanto se faz necessário investimentos efetivos, pois já foram demonstrando a importância de adaptar o trabalho ás necessidades do ser humano (PANERO, 2002).
CONsiderações finais
No Brasil as empresas estão abarcando a ergonomia com grande ênfase para, além de facilitar a interação entre o homem e o trabalho, permitir que o ambiente de trabalho seja favorável a execução das tarefas e benéfico aos colaboradores. 
A QVT é analisada a partir da relação da qualidade de vida do trabalhador com a sua produtividade, mas, cada vez mais os estudos e intervenções estão focalizados também no aspecto de vida do trabalhador não diretamente ligados ao seu trabalho para a analise da qualidade de vida. 
A utilização da ergonomia não se, restringi apenas aos seres humanos, também as máquinas precisam da ergonomia para produzir melhor e com qualidade.
A Qualidade de Vida no Trabalho (QVT), cada vez mais, presente nas agendas das organizações corporativas (LIMA, 2011). 
Devido ao crescente o número de trabalhadores com doenças ocupacionais, principalmente LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) (MENDES, 2009).
As doenças LER/DORT foram detectadas no início do Século XVIII, porém somente a partir de 1970, essas doenças foram relacionadas ao ambiente de trabalho e passaram a ser mais discutidas na literatura científica internacional. 
As pessoas buscam muito mais do que um trabalho, elasdesejam realizar suas necessidades, auto-realizar-se. De que o processo motivacional e a satisfação no trabalho também são consequências de um ambiente capaz de estabelecer um projeto ergonômico que abarque as expectativas das pessoas na empresa.
Este estudo que trata da importância da ergonomia para o ambiente de
Trabalho visando a qualidade de vida do trabalhador. 
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ANEXOS
Anexo I – NR 15 - NORMA REGULAMENTADORA 15
ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES
 
15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:
 
15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12;
 
15.1.2 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751/1990).
 
15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14;
 
15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10.
 
15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade  máxima  ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente,que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.
 
15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo daregião, equivalente a:
 
15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
 
15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
 
15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo;
 
15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.
 
15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do pagamento do adicional respectivo.
 
15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:
 
a)  com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;
 
b)  com a utilização de equipamento de proteção individual.
 
15.4.1.1  Cabe  à  autoridade  regional  competente  em  matéria  de  segurança  e  saúde  do  trabalhador,  comprovada  a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalhoou médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização.
 
15.4.1.2 A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial por  órgão competente, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhador.
 
15.5 É facultado às empresas eaos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao  Ministério  do Trabalho, através das DRTs, a realização de perícia em estabelecimentoou setor deste, com o objetivo de caracterizar e classificar ou determinar atividade insalubre.
 
15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que comprovada a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional devido.
 
15.6 O perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas.
 
15.7 O disposto no item 15.5. não prejudica a ação fiscalizadora do MTb nem a realização ex-officio da perícia, quando solicitado pela Justiça, nas localidades onde não houver perito.

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