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Comunicação e expressão DOCENTE: Lidiane Cavalcante Uso da língua A linguagem é o instrumento que nos permite interagir de modo efetivo com as pessoas que estão à nossa volta, nós somos considerados seres sociais. PRINCIPAIS ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO Pelo fato de não conseguirmos viver sozinhos, sentimos necessidade e precisamos realmente nos comunicar com nossos semelhantes. E esta comunicação somente se dá por meio da linguagem, realizada de maneiras distintas: ORALIDADE Elementos da linguagem ESCRITA GESTO Elementos da linguagem CORES SÍMBOLOS Língua e linguagem A posse da linguagem, com seu ilimitado poder expressivo, faculta aos humanos a organização e a veiculação de pensamentos, ideias, conceitos, valores e, dessa forma, insere cada indivíduo que domina (pelo menos) uma língua no dinâmico e intenso fluxo comunicativo das sociedades contemporâneas. “QUE HORAS SÃO?” O indivíduo que fala executa trabalho sociocognitivo muito complexo. Ele deve codificar os seus pensamentos e as suas ideias em palavras, que, por sua vez, devem ser combinadas entre si em frases, as quais, por fim, são pronunciadas para um interlocutor em um dado contexto discursivo. Da mesma forma, a tarefa do indivíduo que compreende é também engenhosa: ele deve decodificar os sons da fala que lhe são dirigidos no ato do discurso, de modo a identificar palavras e frases para, assim, conseguir interpretar os pensamentos e as ideias de seu colocutor. “Pode me informar que horas são?” Regras de ordenação de palavras, concordância, regência, seleção de pronomes… Enfim, verificaríamos a existência da gramatica a serviço da comunicação e da interação social. Ferdinand de Saussure Saussure formulou distinção entre aquilo que compreendemos por linguagem e por língua. De acordo com Saussure, “a língua não se confunde com a linguagem, pois é somente uma parte determinada e essencial dela” (1916: p.17). Linguagem é um fenômeno muito mais geral e abrangente do que uma língua. Comparada com a linguagem, diz-nos Saussure, uma língua possui um caráter muito mais específico. COMUNICAÇÃO E EXPRESSÃO: linguagem Linguagem é um conceito bastante abrangente, que se refere a todo e qualquer sistema de comunicação e expressão. “linguagem dos animais”, “linguagem das cores”, “linguagem dos cheiros”, “linguagem corporal”, “linguagem da arte” (incluindo a “linguagem da dança”, “linguagem da moda”) etc. LÍNGUA A língua é um tipo específico de linguagem. Uma língua também é um sistema de comunicação e expressão e, assim, é uma forma de linguagem. A língua é uma forma singular de linguagem, com características próprias que a distinguem de todas as demais linguagens animais ou humanas não verbais. fatores sociocognitivos o fator que distingue uma língua humana qualquer dos demais sistemas de linguagem é a existência de um LÉXICO e GRÁMATICA. LÉXICO É todo o conjunto de palavras que as pessoas de uma determinada língua têm à sua disposição para expressar-se, oralmente ou por escrito. Léxico pode ser definido como o acervo de palavras de um determinado idioma. No léxico, encontramos uma coleção de formas (significantes) que são associadas, sistematicamente, a certos conteúdos (significados). Segundo a academia Brasileira de Letras a língua portuguesa tem atualmente 356 tem mil palavras registradas no vocabulário. SIGNIFICANTE [KASA] GRAFIA: CASA SIGNIFICADO: TIPO DE MORADIA a MENINA significante [a], sufixo presente ao fim da forma [menina], ao qual está associado o significado [pessoa do sexo feminino]. Gramática O segundo fator que distingue uma língua dos demais tipos de linguagem é o mais importante: as línguas humanas possuem um sistema combinatório, que chamamos gramática. De fato, o número de frases e textos que podemos construir em uma língua ao combinarmos léxico e gramática é ilimitado. Se compararmos as línguas humanas com os sistemas mais gerais de linguagem (humanos ou animais), poderemos deduzir que a principal diferença entre eles é a recursividade – também denominada infinitude, criatividade ou produtividade –, que existe somente nas línguas. LÍNGUA X LINGUAGEM Língua = fenômeno cognitivo e sociocultural LINGUA: LÉXICO E GRAMATICA LINGUAGEM: QUALQUER SISTEMA DE COMUNICAÇÃO CONCEITO DE SIGNO SIGNO ( Suassure) - União indissociável entre um CONCEITO (significado – MESA – um móvel) e uma imagem acústica ( significante – a palavra mesa). SIGNO = CONCEIT0 + SIGNIFICADO IMAGEM SIGNIFICANTE ARBITRARIEDADE Relação existente entre o significante (forma) e o significado (conteúdo) de cada uma das palavras do léxico do português. Só sabemos que a forma [kaza] (que escrevemos “casa”) deve ser associada ao conteúdo [tipo de moradia] porque aprendemos isso durante a aquisição da linguagem. Mas a relação entre forma e conteúdo nessa palavra é totalmente arbitrária, isto é, não é natural ou motivada por algum princípio lógico. Isso tanto é verdade que, em outras línguas, o mesmo significado (conteúdo) pode ser codificado por outro significante (forma), tal como o termo “house”, que em inglês é a forma correspondente do conteúdo [tipo de moradia] ARBITRARIEDADE Também a sequência “sujeito > verbo > objeto” (svo) é uma forma arbitrária de codificar, em uma dada frase, a relação entre um agente, uma ação e um paciente. Embora a nós, falantes de português, pareça razoável pensar em codificar os participantes de uma ação na ordem “quem fez o que a quem”, não existe nada que torne essa ordem “mais natural” do que outra: trata-se, novamente, de uma arbitrariedade. Arbitrariedade e o caráter linear do significante. ARBITRAREDADE Caráter linear do significante Significa que o significante é imotivado, isto é, arbitrário em relação ao significado, com o qual não tem nenhum laço natural na realidade. Todo meio de expressão aceito em uma sociedade vem de um hábito coletivo ou por convenção. A idéia de cachorro não é ligada por alguma relação interior à seqüência de sons c-a-c-h-o-rr-o. Quaisquer outras seqüências poderiam representar a idéia. Como prova, há as diferenças entre as línguas e a própria existência de línguas diferentes: dog, perro, cachorro etc. O significante, por ser de natureza auditiva, desenvolve-se no tempo e, desse modo: representa uma extensão essa extensão é uma linha, mensurável em uma única dimensão Não se pode pronunciar dois elementos ao mesmo tempo. Na cadeia da fala, eles se alinham um após o outro. iconicidade Uma forma é icônica quando reflete, com clareza, a função a que se destina, conforme pensavam os analogistas. Um rápido exemplo pode bem ilustrar o conceito: “Fulano falou, falou, falou e não disse nada” Nessa frase a repetição do verbo “falar” é praticamente um ícone, isto é, uma representação evidente do fato de a pessoa ter falado repetidamente. iconicidade Se você quer dizer que alguma coisa é exageradamente grande, pode dizer algo como: “Era muito graaaaaaaaaaande”. Mais uma vez, a forma (alongamento da vogal) reflete, claramente, sua função. iconicidade Também no plano do léxico, na relação entre significante e significado, existem casos de iconicidade. Trata-se das famosas onomatopeias: palavras cuja forma se assemelha ao conteúdo representado. “Tim-tim” é um substantivo que, iconicamente, representa o som produzido pelo rápido toque entre taças quando se faz um brinde FONOLOGIA MORFOLOGIA SEMÂNTICA SINTÁXE Pense na palavra “sussurrar” que se parece com os sons emitidos quando alguém su... ssu... rra. Pense, por exemplo, nas palavras compostas, como “saca-rolha”, “guarda-roupa”, cujas funções são rapidamente dedutíveis pela análise de suas formas constituintes Lembre-se de expressões como “pé-da-mesa” ou “braço da cadeira”, que transferem para objetos a estrutura do corpo humano e, assim, iconicamente, permitem a codificação formal de suas funções Tal como se vê na famosa sequência atribuída ao romano Júlio César, “Vim, vi evenci”, que reflete, de forma icônica, a sequência temporal com que os atos se deram: o general primeiro veio, depois, viu para, enfim, vencer. Dimensões: Língua – i língua- e Línguas humanas comporta necessariamente duas dimensões: uma dimensão individual e mental e uma dimensão coletiva e sociocultural. . Chomsky propôs que a dimensão mental e cognitiva do fenômeno da linguagem seja sintetizada pelo conceito de Língua-i, em que “i” significa interna, individual. Já a dimensão sociocultural das línguas é denominada por Chomsky como Língua-e, em que “e” quer dizer externa, extensional. Língua-e O português é uma Língua-e no sentido de que é esse fenômeno sociocultural, histórico e político que compreende um conjunto de sons, palavras, regras gramaticais e um sistema de escrita que, juntamente, permitem a comunicação e a interação entre os seus falantes. Trata-se de um fenômeno supraindividual, na verdade, exterior ao indivíduo. Língua-i Língua-i, por sua vez, corresponde ao conjunto de habilidades mentais que permitem ao indivíduo a produção e a compreensão de um número potencialmente infinito de expressões na sua língua ambiente. Uma Língua-i diz respeito, portanto, àquilo existente no interior da mente das pessoas, que lhes faculta a aquisição e o uso cotidiano de uma língua natural. Nesse sentido, entende-se que uma língua seja parte do sistema cognitivo humano. Uma Língua-i é uma faculdade psicológica ou, por assim dizer, um órgão mental. Karl Bühler foi um dos primeiros a tentar sintetizar, de maneira esquemática, as correlações entre linguagem e comunicação. Foi ele que destacou que os usos da linguagem pressupõem (1) um emissor, (2) uma mensagem e (3) um destinatário. Esse modelo tripartido de comunicação se tornou mais complexo na análise do linguista russo Roman Jakobson, que introduziu as noções de (4) referente, de (5) canal comunicativo e de (6) código linguístico. Elementos da linguagem Karl Bühler e Roman Jakobson Emissor – é aquele que transmite a mensagem. Receptor – é a pessoa que recebe a mensagem. Mensagem – é tudo aquilo que o emissor envia ao receptor. Código – é o conjunto de sinais utilizados na comunicação para transmitir a mensagem, podendo ser de várias maneiras, como as que vimos por meio dos exemplos iniciais. Canal de comunicação – é o meio pelo qual é transmitida a mensagem, ou seja, pode ser pelo meio eletrônico, cartas, livros, rádio, televisão, etc. Contexto ou referente – representa o assunto contido na mensagem. FUNÇÕES DA LINGUAGEM É desse modelo de Bühler e Jakobson que se derivam as famosas funções da linguagem: (1) a “função emotiva”, em que o emissor da mensagem se destaca; (2) a “função poética”, em que a própria mensagem transmitida é destacada; (3) a “função conativa”, na qual o destinatário da mensagem assume a função central; (4) a “função referencial”, em que o referente é o foco da comunicação; (5) a “função fática”, em que o canal comunicativo é meramente testado e (6) a “função metalinguística”, em que se estabelece quando é o próprio código linguístico (a língua) o fator de destaque na comunicação. Tenho apenas duas mãos e o sentimento do mundo, mas estou cheio escravos, minhas lembranças escorrem e o corpo transige na confluência do amor. Quando me levantar, o céu estará morto e saqueado, eu mesmo estarei morto, morto meu desejo, morto o pântano sem acordes. Os camaradas não disseram que havia uma guerra e era necessário trazer fogo e alimento. Sinto-me disperso, anterior a fronteiras, humildemente vos peço que me perdoeis. Descubra a faculdade certa pra você em 1 minuto Quando os corpos passarem, eu ficarei sozinho desfiando a recordação do sineiro, da viúva e do microcopista que habitavam a barraca e não foram encontrados ao amanhecer esse amanhecer mais noite que a noite. Carlos Drummond de Andrade SENTMENTO DO MUNDO FUNÇÃO EMOTIVA A função emotiva é caracterizada por sua mensagem centrada no emissor, isto é, uma mensagem na qual é encontrada toda a expressividade de um discurso construído na primeira pessoa. Nela, estão evidenciadas algumas marcas gramaticais peculiares. Observe algumas das principais características da função emotiva da linguagem: → Verbos e pronomes em primeira pessoa; → Interjeições (responsáveis por revelar o estado emocional do falante; → Adjetivos valorativos; → Sinais de pontuação como reticências e pontos de exclamação. A função emotiva pode permear qualquer tipo de texto, seja ele uma narração, uma descrição ou uma dissertação A função emotiva pode estar presente também em músicas, depoimentos, entrevistas, narrativas de caráter memorialista, críticas subjetivas de cinema, teatro e demais manifestações artísticas nas quais o discurso esteja centrado no próprio emissor. Vale ressaltar que, em dissertações argumentativas, o uso da função emotiva da linguagem deve ser evitado. Função poética Quadrilha João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento, Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia, Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes que não tinha entrado na história. Carlos Drummond de Andrade FUNÇÃO POÉTICA Tem como principal característica a emissão de uma mensagem elaborada de maneira inovadora, encontrada predominantemente na linguagem literária, sobretudo na poesia. O centro de interesse da comunicação na função poética é o próprio texto e, por isso, alguns recursos são utilizados para chamar a atenção do destinatário para a mensagem. Forma e conteúdo ganham um novo arranjo para provocar no leitor o prazer estético. Recursos como efeitos sonoros e rítmicos, além do uso das diversas figuras de linguagem, colaboram na tentativa de deslocar a mensagem de uma estrutura convencional que tolhe a criatividade artística. Recurso muito utilizado nos textos literários, sobretudo na poesia, a função poética confere à linguagem elementos inovadores e sinestésicos. Capaz de conferir enorme expressividade aos textos, a função poética da linguagem não está restrita aos textos literários e aos poemas: é muito utilizada na publicidade, na música e em provérbios. Dessa forma, é importante ressaltar que nem sempre a linguagem literária apresenta o predomínio dessa função. FUNÇÃO CONOTATIVA A sua linguagem é organizada para influenciar e persuadir o destinatário, fazendo uso de verbos no imperativo, pronomes na segunda pessoa e vocativos. Essa linguagem é comumente empregada na publicidade, já que sua principal intenção é vender determinado produto ou ideia para um grupo social específico. Função conatativa A função conativa é caracterizada pelo emprego de verbos no imperativo, assim como o uso de pronomes na segunda pessoa e vocativos. Função conotatva conativa não fica restrita à publicidade: ela pode ser encontrada em outros tipos de textos, como discursos, horóscopos e até mesmo em livros de autoajuda. Função referencial ou denotiva Ocorre quando o objetivo do emissor é traduzir a realidade visando à informação. Sua predominância atém-se a textos científicos, técnicos ou didáticos, alguns gêneros do cotidiano jornalístico, documentos oficiais e correspondências comerciais. A linguagem, nesse caso, é essencialmente objetiva, razão pela qual os verbos são retratados na 3ª pessoa do singular, conferindo-lhe total impessoalidade por parte do emissor. Função fática O objetivo do emissor é estabelecer o contato, verificar se o receptor está recebendo a mensagem de forma autêntica, ou ainda visando prolongar o contato. Há o predomínio de expressões usadas nos cumprimentos como: "bom dia", "Oi!" Ou das expressões que usamos ao telefone ("Pronto!", "Alô!") e em outras situações em que se testa o canal de comunicação ("Está me ouvindo?"). Função fática Alô! Como vai? - Tudo bem, e você? - Vamos ao cinema hoje? - Prometo pensar no assunto. Retorno mais tarde para decidirmos o horário. Função metalinguísticaCatar Feijão Catar feijão se limita com escrever: joga-se os grãos na água do alguidar e as palavras na folha de papel; e depois, joga-se fora o que boiar. Certo, toda palavra boiará no papel, água congelada, por chumbo seu verbo: pois para catar esse feijão, soprar nele, e jogar fora o leve e oco, palha e eco. Ora, nesse catar feijão entra um risco: o de que entre os grãos pesados entre um grão qualquer, pedra ou indigesto, um grão imastigável, de quebrar dente. Certo não, quando ao catar palavras: a pedra dá à frase seu grão mais vivo: obstrui a leitura fluviante, flutual, açula a atenção, isca-a como o risco. João Cabral de Melo Neto Função metalinguística A principal característica da função metalinguística é o fato de a mensagem estar centrada no próprio código. Para a função metalinguística, nada é mais importante do que a própria palavra e seus desdobramentos. Nela, o código é utilizado para falar sobre o próprio código, explicando-o e analisando-o. Nos textos verbais, o código é a língua. No dia a dia, recorremos com frequência à função metalinguística mesmo que intuitivamente. Quando questionamos nosso interlocutor sobre algo que não entendemos daquilo que ele nos falou, a resposta provavelmente será construída através de um texto metalinguístico. Nosso interlocutor retoma aquilo que disse, explicando-nos minuciosamente o conteúdo de sua mensagem. ARBITRARIEDADE Relação existente entre o significante (forma) e o significado (conteúdo) de cada uma das palavras do léxico do português. Só sabemos que a forma [kaza] (que escrevemos “casa”) deve ser associada ao conteúdo [tipo de moradia] porque aprendemos isso durante a aquisição da linguagem. Mas a relação entre forma e conteúdo nessa palavra é totalmente arbitrária, isto é, não é natural ou motivada por algum princípio lógico. Isso tanto é verdade que, em outras línguas, o mesmo significado (conteúdo) pode ser codificado por outro significante (forma), tal como o termo “house”, que em inglês é a forma correspondente do conteúdo [tipo de moradia] ARBITRARIEDADE Também a sequência “sujeito > verbo > objeto” (svo) é uma forma arbitrária de codificar, em uma dada frase, a relação entre um agente, uma ação e um paciente. Embora a nós, falantes de português, pareça razoável pensar em codificar os participantes de uma ação na ordem “quem fez o que a quem”, não existe nada que torne essa ordem “mais natural” do que outra: trata-se, novamente, de uma arbitrariedade. iconicidade Uma forma é icônica quando reflete, com clareza, a função a que se destina, conforme pensavam os analogistas. Um rápido exemplo pode bem ilustrar o conceito: “Fulano falou, falou, falou e não disse nada” Nessa frase a repetição do verbo “falar” é praticamente um ícone, isto é, uma representação evidente do fato de a pessoa ter falado repetidamente. iconicidade Se você quer dizer que alguma coisa é exageradamente grande, pode dizer algo como: “Era muito graaaaaaaaaaande”. Mais uma vez, a forma (alongamento da vogal) reflete, claramente, sua função. iconicidade Também no plano do léxico, na relação entre significante e significado, existem casos de iconicidade. Trata-se das famosas onomatopeias: palavras cuja forma se assemelha ao conteúdo representado. “Tim-tim” é um substantivo que, iconicamente, representa o som produzido pelo rápido toque entre taças quando se faz um brinde FONOLOGIA MORFOLOGIA SEMÂNTICA SINTÁXE Pense na palavra “sussurrar” que se parece com os sons emitidos quando alguém su... ssu... rra. Pense, por exemplo, nas palavras compostas, como “saca-rolha”, “guarda-roupa”, cujas funções são rapidamente dedutíveis pela análise de suas formas constituintes Lembre-se de expressões como “pé-da-mesa” ou “braço da cadeira”, que transferem para objetos a estrutura do corpo humano e, assim, iconicamente, permitem a codificação formal de suas funções Tal como se vê na famosa sequência atribuída ao romano Júlio César, “Vim, vi e venci”, que reflete, de forma icônica, a sequência temporal com que os atos se deram: o general primeiro veio, depois, viu para, enfim, vencer. ATIVIDADE LEITURA DO TEXTO: Linguagem, sociedade e cognição até a página 36. ( 6 grupos de 5 pessoas) Destacar os conceitos e as palavras chaves. Descrever reflexivamente os conceitos destacados.
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