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AULA 31
31. EDUCAÇÃO NO IMPÉRIO
http://slideplayer.com.br/slide/1850511/
Aumenta a intervenção do Estado nos assuntos educacionais: uma bem montada máquina burocrática para a administração do império requeria funcionários com instrução elementar, pelo menos.
Notável procura por cursos de estenografia (taquigrafia) – sistema de notação rápida. Recurso exigido cada vez mais na atividade dos notários (hoje conhecidos como tabeliões, mas inicialmente eram apenas secretários incumbidos de fazer anotações, ao acompanhar os magistrados e altos funcionários).
Século I a.C: o Estado estimulou a criação de escolas municipais em todo o Império. O próprio César concedeu o direito de cidadania aos mestres de arte liberais.
Século I d.C: Vespasiano libera de impostos os professores de ensino médio e superior e institui o pagamento a alguns cursos de retórica, de que beneficia o mestre
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Quintiliano. Trajano manda alimentar os estudantes pobres. Outros importantes imperadores legislam sobre a exigência de as escolas particulares pagarem com pontualidade os professores, definindo o montante a lhes ser pago.
Juliano, no ano 362, oficializou toda a nomeação de professor pelo Estado. Opunha-se à expansão do cristianismo e pretendia, impedir a contratação de professores cristãos, com essa medida. Outro destaque da época do Império é o desenvolvimento do ensino terciário, com os cursos de filosofia e retórica e a criação de cátedras de medicina, matemática, mecânica e escolas de direito.
AULA 32
32. FILOSOFIA TOMISTA: TOMÁS DE AQUINO
https://www.pensador.com/frase/MTMyNjQ4OQ/
TOMÁS DE AQUINO - (1225-1274) Teve uma vida inteiramente dedicada a Igreja Católica, com muita meditação e estudo. Mas a sua filosofia parte da pergunta: Deus existe?
Contribuiu muito com a Filosofia e a Teologia, mas ao contrário de Agostinho ele via a filosofia e a teologia como ciências distintas. Escreveu valiosos tratados, como a “Suma Teológica,” onde relata as cinco vias para a prova da existência de Deus.
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Tomás de Aquino foi totalmente Aristotélico, e como atribuem a Agostinho a cristianização do pensamento de Platão, a ele é atribuída a cristianização da Filosofia de Aristóteles.
5 VIAS PARA APROVA DA EXISTÊNCIA DE DEUS
1ª Via: Movimento – Utiliza-se do pensamento de Ato e Potência de Aristóteles, definindo o Movimento não como mero movimentar, mas as mudanças do ser. Se tudo
· movimento é preciso que reconheça um primeiro motor a movimentar todas as coisas.
2º Via: Causalidade Eficiente – Fundamentada no pensamento Socrático, e tem muito a ver com a primeira via. O Movimento é limitado? Quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha? Sim o movimento e finito, por todo causa chega-se a um causante, se investigar a fundo chega a um causante incausado. A quem ele atribui a Deus.
3º Via: Contingente – Também partindo de uma investigação de ato e potência. Nem tudo tem sua razão por existi em si mesmo, por se chega a compreensão de um ser incontigente.
4º Via: Graus de Perfeição – Da filosofia platônica, Tomás de Aquino diz que na observância do mundo se percebe em todas as coisas a hierarquia, uma escada de submissão. Do m menos não é possível se extrair o que for mais. “Os estercos servem as ervas, as ervas a vaca, que dela se alimenta. A vaca serve ao homem com o leite. E o homem a quem serve se não a Deus?
5º Via: Ordem do Universo – Há uma ordem perfeita em todas as coisas, não existe ordem sem haver uma inteligência ordenadora. Seria impossível acreditar que foi uma mera explosão que deu origem ao Universo, explosão é caos e não ordem. Como as águas estão perfeitamente reunidas no oceano? As estações do ano, Distância exata do Sol a Terra, nem próximo demais que mate todos queimados, e nem distante de mais que congelasse toda a superfície da Terra.
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Leitura complementar
A relação da filosofia com a educação existe desde o mundo grego. Os filósofos gregos, em busca da virtude humana, foram os que deram início às discussões sobre a filosofia da educação e seu sentido no mundo. Pode-se dizer que a filosofia da educação surgiu do forte vínculo entre a filosofia e a pedagogia estabelecido no decorrer dos anos, pois a filosofia, preocupada com as formas do conhecimento perfeito, orientou o homem segundo a razão, inferindo um pensamento pedagógico que busca a perfeição.
Presente na dicotomia e na relação que parece animá-la, a filosofia da educação da segunda metade do séc. XX tematiza o contraste entre cultura científica e cultura humanística. A diversificação, bastante clara nos últimos anos, permeia de um lado a filosofia de cunho descritivo e, de outro, a filosofia de tipo histórico e ontológico.
A filosofia da educação, no seu acontecer histórico, esclareceu muitas dúvidas, contribuindo para transformações qualitativas na sociedade. Torna-se importante retomar e discutir o sentido do filosofar nos cursos de formação de professores, para que os futuros profissionais da educação possam atribuir novos significados às práticas docentes. Na medida em que há uma racionalidade que não pode mais simplesmente explicitar o modelo de ensino idealizado ou lógico de filosofia, introduz-se a possibilidade de reconduzir as propostas pedagógicas a partir do reconhecimento intersubjetivo e hermenêutico de conjugação entre a filosofia e a prática educativa.
Acredita-se que a Filosofia leva ao trabalho de pensar, refletir, raciocinar e, assim, despertar o senso crítico e, consequentemente, auxiliar a construir uma nova visão de sociedade, onde, pressupõe-se que a educação é a principal responsável pelas transformações da mesma.
Historicamente, pode-se ver que a educação vem sofrendo modificações, as quais, por sua vez, visam torná-la mais adequada à realidade. Entretanto, a Filosofia afirma que é a partir do convívio e da ação do homem com e sobre a realidade, que ele se forma e se estrutura. Assim sendo, constata-se que o senso comum a respeito da educação é o de uma formação fragmentária, incoerente, desarticulada, enfim, totalmente desprovida de certeza. Enquanto na consciência filosófica acontece o contrário, pois, é uma concepção com total coerência, unidade e articulação. E ainda fornece à educação uma reflexão sobre a sociedade na qual está situada. Entretanto, compreende-se que a educação está aberta a questionamentos.
Por isso, acredita-se que a Filosofia é uma das muitas alternativas para se tentar pensar a educação como instrumento de transformação social Dessa forma, concorda-se com LUCKESI (1990, p.33) quando afirma que, "a reflexão filosófica sobre a educação é que dá o tom a pedagogia, garantindo-lhe a compreensão dos valores que, hoje, direcionam a prática educacional e dos valores que deverão orientá-la para o futuro". Então, se constata que a Pedagogia nada mais é do que uma concepção filosófica da Educação, a qual deve ser exercida na práxis, para obter seus melhores resultados.
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AULA 33
33. ANTIGUIDADE ROMANA: A HUMANISTAS
http://slideplayer.com.br/slide/1873186/
Podemos distinguir três fases na educação romana: a latina original, de natureza patriarcal; depois, a influência do heletismo é criticada pelos defensores da tradição; por fim, dá-se a fusão entre a cultura romana e a helenística, que já supõe elementos orientas, mas nítida supremacia dos valores gregos.
A educação na Roma arcaica teve, sobretudo, caráter prático, familiar e civil, destinada e formar em particular o civis romanus, superior aos outros povos pela consciência do direito como fundamento da própria “romanidade”. Os civis romanusera, porém, formado antes de tudo em família pelo papel central do pai, mas também da mãe, por sua vez menos submissa e menos marginal na vida da família em comparação com a Grécia. A mulher em Roma era valorizada como mater famílias, portanto reconhecida como sujeito educativo, que controlava a educação dos filhos, confiando-os a pedagogos e mestres. Diferente, entretanto, é o papel do pai, cuja auctoritas, destinada a formar o futuro cidadão, é colocada no centro da vida familiar
70e por ele exercida com dureza, abarcando cada aspecto da vida do filho (desde a moral até os estudos, as letras, a vida social). Para as mulheres, porém, a educação era voltada a preparar seu papel de esposas e mães, mesmo se depois, gradativamente, a mulher tenha conquistado maior autonomia na sociedade romana. O ideal romano da mulher, fiel e operosa, atribui a ela, porém, um papel familiar e educativo.
Os romanos tinham uma mentalidade prática; procuravam alcançar resultados concretos adaptando os meios aos fins. Enquanto os gregos julgavam e mediam todas as coisas pelo padrão da racionalidade, da harmonia ou da proporção, os romanos julgavam tudo pelo critério da utilidade ou da eficácia. Por isso os romanos sempre consideraram os gregos como um povo visionário e ineficiente, enquanto os gregos consideravam os romanos como bárbaros sórdidos, com força de caráter e valor militar, mas incapazes de apreciar os aspectos superiores da vida.
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AULA 34
34. EXISTENCIALISMO
https://pt.slideshare.net/sarinhaoc/existencialismo-14735889
Para o existencialismo a essência humana se constrói na existência concreta. O homem nasce sem essência, e somente depois, a partir de sua existência, irá construir sua essência como homem.
Esta essência dependerá da decisão que o homem tomará. Poderá ele acomodar-se com os fatos, não correr o risco da liberdade, e assim deixar-se tragar pela massa insossa constituída por todos os outros, e assim perder sua identidade, assumindo a moral do rebanho. Será então o inautêntico, o nojento, repleto de vícios, o homem de "má-fé" que existe como coisa, pois não teve coragem para assumir o risco da liberdade.
Ou então, o homem poderá assumir o verdadeiro risco da liberdade. Assim enfrentará o nada, e a possibilidade da morte, que o fará inicialmente sentir-se angustiado perante o fato de que a morte seja o fim de todos os projetos e
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possibilidades, mas depois de encarado tal desafio, ele finalmente se tornará autêntico, construindo sua essência como ser humano.
Assim, para o existencialista, a educação verdadeira é aquela que possibilita o homem a construção de sua essência a partir da liberdade. A educação deve transformar o homem em ser autêntico, e não em apenas mais um no rebanho. Portanto a educação como impositora de normas para a reprodução do sistema não serve para o existencialismo, pois transforma o homem em inautêntico, já que o ensina a respeitar a moral da aceitação e da submissão.
A educação, então, deverá libertar o homem das amarras, permitir a ele que se construa como homem dentro do processo histórico, sem que seja condicionado por forças que lhe vendam os olhos e que lhe impeça de construir sua existência/essência.
O homem existencialista é o homem da luta, da coragem, que não tem medo do terrível desafio que a liberdade lhe impõe com todo o risco de solidão e angústia. A educação deve levar o homem a enfrentar este risco. Aliás, a educação não deve levar o homem, pois ele deverá conduzir-se a isso. A educação então deverá lhe abrir a possibilidade, talvez lhe mostrar o caminho. E isto só é possível através de uma educação libertadora em todos os sentidos.
Esta educação deverá também mostrar ao homem que a sua liberdade está estritamente vinculada à responsabilidade pois o ato responsável do homem também é o ato responsável por toda a humanidade.
https://pt.slideshare.net/jaugustoss/existencialismo-20500839
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AULA 35
35. ESSENCIALISMO
https://www.dicio.com.br/essencialismo/
O essencialismo desconsidera os seres reais considerando-os em seus aspectos ideais. O ideal de bondade, justiça, felicidade etc. São ideais que transcendem o aspecto natural, isto é, que não é acessível a um conhecimento por meio da experiência. A leitura essencialista de mundo se estabelece no período da Antiguidade grega, século V a.C. e Idade Média. Para o essencialismo há uma substância, uma essência humana que identifica cada espécie e tem por característica ser universal, vale dizer, que se estende a tudo, por toda parte e que tem o caráter de absoluta generalidade. Nesta perspectiva existe uma natureza humana, desde sempre dada, sendo que a ação humana é resultado desta necessidade intrínseca, ou seja, desde sempre estabelecida e dada. Em outras palavras, já nascemos com certa potencialidade que deve passar por um trabalho em direção a um fim que seria a perfeição.
O homem, nessa perspectiva é um ser educável. Sua essência é a racionalidade. Trata-se, portanto, de uma educação dirigida ao espírito. Podemos destacar como principais representantes desta filosofia educacional os filósofos Platão
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(428-347 a.C.), Aristóteles (384-324 a.C.), Santo Agostinho, (354-430 d.C.) e Santo Tomás de Aquino (1227-1274 d.C.). Na perspectiva essencialista O real constitui uma ordem ontológica: tanto o mundo como o homem são vistos como entes/substâncias que realizam uma essência. A essência de cada ente contém e define as características específicas de cada um, que são universais e comuns a todos os indivíduos da mesma espécie. A perfeição de cada ente se avalia pela plenitude de realização dessas potencialidades intrínsecas.
Assim sendo a educação tem características ESSENCIALISTA
quando é concebida como processo de atualização da potência da essência humana, mediante o desenvolvimento das características específicas contidas em sua substância, visando sempre um estágio de plena perfeição e atualização total.
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AULA 36
36. A EDUCAÇÃO DIFUSA
https://pt.slideshare.net/andrelaborde3/he2-1
Nas sociedades tribais, a educação das crianças se dava de forma difusa. Elas aprendiam imitando os ofícios dos adultos, tendo assim já a certeza do papel que deviam desempenhar quando fossem adultos. Ainda hoje, na sociedade contemporânea a educação difusa permanece, embora sob um diferente aspecto.
O conhecimento técnico, científico, não é passível de ser transmitido por imitação, requer metodologia e um processo sistematizado de transmissão e avaliação. Este conhecimento tecnicista visa formar profissionais para o mercado de trabalho e as exigências do mundo capitalista.
Porém, não é só nos bancos escolares que se dá a educação. Visto que educação não é só uma saber técnico, é uma maneira de ver o mundo, de entender a sociedade, de exercer o papel de cidadão dentro dela, com direitos e deveres conscientes. Não basta se inserir no mercado de trabalho é preciso aprender para a vida também.
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A criança se auto-educa em todos os ambientes que ela frequenta. Os comportamentos de todos os adultos com que ela convive, formam a base da sua educação. Constituem os seus valores e complementam a formação da pessoa como um todo.
O educando imita o adulto, principalmente quando tem com ele laços afetivos bem estabelecidos e seguros. Por isso a melhor maneira de se ter uma criança bem educada e compreendê-la enquanto criança. Se ela se sentir amada, valorizada e respeitada, a educação difusa que se dá em casa, soma-se, para complementar seu desempenho escolar.
A criança precisa construir sua identidade e acreditar no seu potencial para se encaixar neste meio. Isso requer auto confiança, segurança, é a base que se constrói no lar.
A educação formal pode até reafirmar valores e princípios, mas desde que essa semente tenha sido plantada na educação difusa. E esse papel é dos pais, não há como delegá-lo a outros, nem deixá-lo unicamente ao encargo da escola.
Na tribo, no gineceu, na casa ou no apartamento, o papel da
família continua sendo fundamental.
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AULA 37
37. QUATRO IMPORTANTES FILÓSOFOS DA EDUCAÇÃO Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAhIyUAK/jean-jacques-rousseau-vida-obra
No texto do livro Emile, de Rousseau, é bastante clara a passagem da Filosofia da Educação para uma Teoria Educacional, e um Método pedagógico. O pressuposto básico de Rousseau, quando sua filosofia aborda o tema da educação, era a crença na bondade natural do homem, e a atribuição à civilização da culpa de corrompê-lo.
O modo adequado de educarseria proteger o indivíduo da influência corruptora da sociedade, estimulando adequadamente o desenvolvimento de sua bondade natural no processo educativo. Para isto o aluno deveria ser educado com base na sua curiosidade e nas suas motivações naturais. Enquanto ao mesmo tempo mantendo-se em mente o contexto social no qual o aluno futuramente se integrará. Isto somente pode ser conseguido através de um método muito bem controlado.
Não há nada que esteja menos sob o nosso domínio que o coração, e, longe de podermos comandá-lo, somos forçados a obedecer-lhe.
Método pedagógico.
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Seu método de educação era o de retardar o crescimento intelectual, permitindo à criança demonstrar seus próprio interesse em um assunto e fazer suas próprias perguntas. No estágio da puberdade a sensibilidade do jovem deveria ser educada sem que houvesse qualquer restrição moral em seu ambiente, até os 15 anos. O objetivo é que o aluno desenvolva plenamente seu Eu natural. Obviamente, uma tal educação só seria possível se o aluno fosse totalmente isolado da sociedade e não tivesse contacto social, senão com seu mestre. O aluno somente entraria na sociedade quando a tendência para a socialização surgisse como uma de suas necessidades naturais.
Herbart: (1776-1841)
http://slideplayer.com.br/slide/3380070/
O Ocidente havia quase um século seguia as diretrizes fundamentaisda Educação propostas pelo filósofo alemão Johann Friedrich Herbart, que teve várias gerações de seguidores, a partir da Alemanha.
Segundo ele, a ação pedagógica se orienta por três procedimentos: o governo, a instrução e a disciplina.
a) O governo: é a forma de controle da agitação da criança, inicialmente exercido pelos pais e depois pelos mestres, com a finalidade de submeter a criança às regras do mundo adulto e viabilizar o início da instrução.
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b) A instrução é o principal procedimento da educação e pressupõe o desenvolvimento dos interesses. O interesse determina quais as ideias e experiências que receberão atenção por parte do indivíduo. Herbart não separa a instrução intelectual da instrução moral, pois para ele, uma é condição da outra.
Para que a educação seja bem sucedida é conveniente que sejam estimulados o surgimento de múltiplos interesses.
c) A disciplina é a responsável por manter firme a vontade educada, no caminho e propósito da virtude, supondo autodeterminação, que é uma característica do amadurecimento moral levando para a formação do caráter que está sendo proposta, ao contrário do governo, que é heterônomo e exterior, mais adequado ao trato com as crianças pequenas.
O Método de Instrução herbartiano.
Herbart propõe 5 passos formais que favorecem o desenvolvimento da aprendizagem do aluno:
· preparação: o mestre recorda o que a criança já sabe para que o aluno traga ao nível da consciência a massa de ideias necessárias para criar interesse pelos novos conteúdos;
· apresentação: a partir do concreto, o conhecimento novo é apresentado;
· assimilação: o aluno é capaz de comparar o novo com o velho, distinguindo semelhanças e diferenças;
· generalização: além das experiências concretas, o aluno é capaz de abstrair, chegando a conceitos gerais, sendo que esse passo deve predominar na adolescência;
· aplicação: através de exercícios, o aluno evidencia que sabe usar e aplicar aquilo que aprendeu em novos exemplos e exercícios. É deste modo, e somente deste modo, que a massa de ideias passa a ter um sentido vital, perdendo o aspecto de acumulação de informações inúteis
para o indivíduo.
Os fatores determinantes de sua influência no pensamento pedagógico foram:
a) o caráter de objetividade de análise,
b) a tentativa de psicometria,
c) o rigor dos passos a serem seguidos para a instrução e a sistematização que imprimiu ao seu método.
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Para ele, o conhecimento é dado pelo mestre ao aluno, de modo que só mais tarde este o aplica a experiências vividas. Sua educação é pela instrução, e neste caso, possui um caráter mais intelectualista.
Uma das contribuições mais duradouras de Herbart para a educação é o princípio de que a doutrina pedagógica, para ser realmente científica, precisa comprovar-se experimentalmente – uma idéia do filósofo Immanuel Kant que Herbart desenvolveu.
Surgiram daí as escolas de aplicação, que conhecemos até hoje. Elas respondem à necessidade de alimentar a teoria com a prática e vice-versa, num processo de atualização e aperfeiçoamento constantes. Muitas das contribuições de Herbart para a psicologia e a pedagogia continuam valiosas, mas seu pensamento e a prática que dele se originou no século 19 se tornaram ultrapassados, sobretudo com o aparecimento do movimento da escola ativa. O norte-americano John Dewey, por exemplo, fez duras críticas à doutrina herbartiana.
John Dewey (1859-1952)
Um
corrente
http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/melhores-
dos
fundadores
da
frases-educacao-740713.shtml
filosófica
do
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pragmatismo, o filósofo americano John Dewey nasceu 1859 no estado de Vermont, e faleceu em 1952 em Nova York onde foi, por muitos anos, professor na Universidade de Columbia. Seu interesse pela Educação começou quando ainda professor em Michigan. Convidado para lecionar na Universidade de Chicago, publicou Meu Credo Pedagógico (My Educational Creed) em 1897, e em1899 seu famoso livro A Escola e a Sociedade (The School and Society).
Dewey é reconhecido como um dos mais renomados filósofos da educação.Seu nome tornou-se sinônimo do “movimento de educação progressista”. Em minha página John Dewey - Parte II o leitor encontrará uma exposição do seu pensamento pedagógico mais detalhada.
O Progressismo, em seu tempo, significava a busca do progresso em todas as frentes da atividade humana. No campo da Educação deu origem ao movimento da Escola Nova, que ambicionava grandes mudanças na educação em todos os níveis. No Brasil, aqueles que apoiavam os princípios socialistas ou marxistas, também se diziam “progressistas”.
A "Educação Progressiva" tomou a forma de uma reação contra o modelo clássico da educação com a imposição de matérias de estudo, a disciplina e a Moral.
Dewey não concordava que, uma vez que as matérias relacionadas a esses temas não despertavam interesse natural nas crianças, então os professores tivessem que fazer as crianças se interessarempelo assunto.Para ele o processo educativo deveser construídoa partir dos interesses da criança, e o professor deve ser um guia para os alunos, ao invés de lhes impor teorias e doutrinas áridas e desinteressantes para eles. O objetivo da escola é o crescimento da criança em todos os aspectos do seu ser, e não um crescimento bitolado em áreas específicas. Dewey Inseria-se assim no movimento progressista que encontrava em suas ideias o que incorporar como “Filosofia Progressista da Educação”. Tais concepções, no entanto, eram conhecidas na Europa desde o século XVIII, colocadas já por Rousseau, passando depois por Pestalozzi (1746-1827) e outros.
O Movimento de Educação Progressista colocou em cheque as práticas tradicionais de ensino, fundamentadas principalmente na doutrina do Herbart, sua prevalência estendeu-se até meados do século XX. Porém, ainda ao tempo de Dewey, e pelo próprio Dewey, o ensino progressista foi criticado por sua negligência no ensino de disciplinas básicas como matemática e ciências. Apesar de que a própria fé de
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Dewey na educação progressista nunca vacilou, ele veio a perceber que o zelo de seus seguidores introduziu uma série de excessos e defeitos na teoria.
AULA 38
38. O EDUCADOR E O CONHECIMENTO FILOSÓFICO
http://slideplayer.com.br/slide/3397623/
O mundo, hoje, precisa de idéias! Está envolvido com dilemas éticos gravíssimos, no campo político, econômico e moral, e para solucionar seus problemas precisa da reflexão filosófica. Reflexões sobre o mistério da natureza humana e do universo o destino da humanidade, a maturidade e a plenitude do ser estão por trás desses dilemas, e ainda é, e sempre foi, a essência da filosofia, o pensar e discutir idéias e conceitossobre os quais a ciência pode apenas especular. É importante lembrar que a própria Ciência foi criação dos filósofos empiristas, que propuseram os
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métodos que todos nós ainda usamos hoje para separar a verdade das teorias sem fundamento, que é o assim chamado método científico.
Questões como a da trans-sexualidade e da homossexualidade, do terrorismo, da guerra e da corrupção, e a proliferação das religiões, fazem a carta magna das complicações do mundo atual. Mas existem dezenas de indagações colocadas à Filosofia, derivados da própria expansão do saber e do extraordinário desenvolvimento tecnológico das últimas décadas. São apenas algumas das incertezas que desafiam o pensamento filosófico:
· Até que ponto o significado de uma representação depende de sua relação com outras representações?
· São estados mentais (as formas de consciência) apenas estados cerebrais?
· Qual é a relação entre a psicologia e a neurociência?
· É o materialismo uma verdade?
· É a ação humana livre ou simplesmente causada por eventos no cérebro?
· Como pode a mente interpretada biologicamente como cérebro encontrar valor e significado?
· O que e quais são as emoções, e que papel elas desempenham no pensamento?
· Como mente/cérebro criam e avaliam representações do mundo externo?
Os filósofos estão aí, embora muitos não se dêem conta de que são filósofos e outros cheguem até a negar que o sejam. Estes últimos têm a falsa idéia de que Filosofia é o pensamento antigo, e que não tem nada a ver com as questões com as quais a ciência se depara em nossos dias. Porém, onde houver perguntas sem respostas, se na física quântica ou na ética, os filósofos estarão lá.
Os filósofos de nossa época escondem-se sob títulos diferentes, como “físico teórico”, “pedagogo”, etc. Muitos que se afirmam filósofos também são matemáticos, cientistas da computação, etc. Temos a sociologia, a psicologia evolucionista, a antropologia, etc. a filosofia da matemática, da psicologia, da biologia, do direito, da educação, da ciência e tecnologia etc. São a própria Filosofia, bem ou mau aplicada a uma área específica.
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AULA 39
39. JEAN PIAGET (1896-1980)
https://www.pensador.com/frase/NjQ2Nzgw/
As primeiras comprovações do relacionamento existente entre o desenvolvimento do conhecimento e o desenvolvimento do cérebro foram realizadas por Jean Piaget, na metade do século XX. Biólogo, sua pesquisa sobre esse tema levou-o à Psicologia e ultimamente ao estudo da Filosofia.
Piaget mostrou que o próprio pensamento lógico, fundamento da razão, dependia de estruturas biológicas previamente dadas, e a criança somente seria capaz de realizar esse pensamento depois que o seu sistema nervoso alcançasse a etapa de crescimento estrutural para esse fim. Em outras palavras, as estruturas cognitivas da criança crescem em complexidade com a idade tornam-se aptas a realizar o raciocínio lógico em todas as circunstâncias a partir dos 10 a 12 anos.
· um engano que alguns cometem, supor que o Construtivismo, uma teoria pedagógica que estimula o desenvolvimento progressivo do aprendizado, tenha começado com Piaget. Na verdade, esse método já era praticado por Sócrates. No entanto, Piaget deu uma contribuição importante a essa teoria com a sua descoberta dos estágios de desenvolvimento sucessivos das aptidões para o aprendizado.
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AULA 40
40. FILOSOFIA DA LINGUAGEM
http://www.afilosofia.com.br/post/filosofia-da-educacao/597
Mesmo tendo sido escrita em 1929, Marxismo e filosofia da linguagem revela-se uma obra muito atual, uma vez que traz à tona aspectos negligenciados nos estudos linguísticos e literários durante muito tempo.
O autor organiza as ideias sobre a linguagem em três grandes blocos aos quais ele chama de orientações: o subjetivismo individualista, o objetivismo abstrato e a concepção de linguagem como interação verbal.
Segundo Bakhtin (1992a), para a primeira orientação, o fundamento da língua
· o ato de fala individual e sua fonte é o psiquismo individual. Nessa orientação, as “[...] leis da criação linguística - sendo a língua uma evolução ininterrupta, uma criação contínua - são as leis da psicologia individual e são as que devem ser estudadas pelo linguista e pelo filósofo da linguagem” (BAKHTIN, 1992, p. 72). Sendo assim, a atitude do linguista seria meramente classificatória, descritiva, uma vez que se limita “[...] simplesmente a preparar a explicação exaustiva do fato linguístico como proveniente
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de um ato de criação individual, ou então servir a finalidades práticas de aquisição de uma língua dada” (p. 72).
As posições mais importantes dessa primeira orientação são sintetizadas por
Bakhtin (1992a), em quatro proposições:
1. A língua é uma atividade, um processo criativo ininterrupto de construção
(‘energia’) que se materializa sob a forma de atos individuais de fala. 2. As leis da criação linguística são essencialmente as leis da psicologia individual.
3. A criação linguística é uma criação significativa, análoga à criação artística.
4. A língua, enquanto produto acabado (‘ergon’), enquanto sistema estável
(léxico, gramática, fonética), apresenta-se como um depósito inerte, tal como a lava fria da criação linguística, abstratamente construída pelos linguistas com vistas à sua aquisição prática como instrumento pronto para ser usada (BAKHTIN, 1992, p. 72).
Essas proposições, no entanto, não são suficientes, de acordo com Bakhtin (1992), para expressar todas as ideias de Wilhelm Humboldt, o mais importante representante dessa orientação, pois do seu pensamento se originaram correntes completamente divergentes.
http://files.conscienciapolitica.webnode.pt/200000489-
3ce8e3edd2/filosofia%20da%20educa%C3%A7%C3%A3o.jpg
Alguns de seus seguidores, como Steintahh, acreditam que o “[...] psiquismo individual constitui a fonte da língua, enquanto as leis do desenvolvimento linguístico são leis psicológicas” (BAKHTIN, 1992, p. 74). Para Wundt, segundo esse mesmo autor, “[...]
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todos os fatos da língua, sem exceção, prestam-se a uma explicação fundada na psicologia individual sobre uma base voluntarista” (BAKHTIN, 1992, p. 74).
A vida humana é um eterno aprendizado. Logo que nasce, a criança aprende a mamar no seio da mãe e a chamar-lhe a atenção com seu choro. Ao longo da nossa infância aprendemos a falar, escrever, andar, brincar. A aprendizagem no ser humano
· um processo fundamental, inclusive quando se considera a vida em termos de sociedade, comunidade, nação. “É, pois, por meio da aprendizagem que o homem se afirma como ser racional, forma sua personalidade e se prepara para o papel que lhe cabe no seio da sociedade” (CAMPOS, 2008, p. 16). Vivemos as experiências conflituosas da adolescência e aprendemos com elas. Tornamo-nos engenheiros, professores, artistas, pela aprendizagem. De tão importante, as sociedades passaram a organizar meios educacionais e escolas para tornar a aprendizagem mais eficiente.
Por isso desde a mais alta antiguidade, filósofos e pensadores se ocuparam e se preocuparam com o problema da aprendizagem, sua origem, sua possibilidade, seu mecanismo.
A educação sempre foi, ao longo da história, e ainda hoje o continua a ser, objeto de preocupação do homem. Além do mais, se partirmos do princípio de que o homem é um ser de aprendizagem, fica fácil de se entender porque a educação tem sido objeto de pré-ocupação do homem em todos os tempos. O homem é um animal que possui instintos, mas cuja maior parte de suas ações são determinadas pela sua capacidade de aprendizagem, adquirindo novos conhecimentos, seja através da sua experiência individual, seja por meio do contato com outros indivíduos. O exercício dessa capacidade do homem para adquirir novos conhecimentos deu origem ao processo que denominamos educação.
“Além das análises antropológicas, axiológicas e epistemológicas acima referidas, a filosofia tem a função de interdisciplinaridade, pela qual estabelece a ligação entre as diversas ciências e técnicas que auxiliam a pedagogia” (ARANHA, 1996, p. 108). Além disso, “é necessárioque a formação do pedagogo esteja voltada [...] também para a politização e fundamentação filosófica de sua atividade” (ARANHA,
1996, p. 108). E para os propósitos desta seção, vamos dar ênfase aos filósofos que trataram a questão da educação com uma abordagem que leve em consideração a ideia de que o homem é um “animal político” e cuja existência só pode ser pensada dentro das relações sociais, já que estamos tratando aqui de Educação e Política.
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Filósofos como Platão, Rousseau, John Dewey e Paulo Freire que pensavam a relação fundamental que existe entre o homem, a política e a educação: o homem como um ser de aprendizagem e que ao mesmo tempo precisa ser educado para a vida em sociedade, para exercer o seu papel de cidadão, tal como hoje preconiza a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) à respeito dos principais objetivos do sistema educacional brasileiro. Seja na Antiguidade, na Modernidade ou na Contemporaneidade, sempre houve filósofos preocupados não apenas com a questão pedagógica, mas de como preparar os indivíduos para a vida em sociedade.
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Eis o que afirmaram alguns filósofos e teóricos da educação ao longo da história:
· a educação consiste “em dar ao corpo e à alma toda a beleza e perfeição de que são capazes” (Platão);
· a educação é um “processo de contínua reconstrução da experiência, com o propósito de ampliar e aprofundar o seu conteúdo social, enquanto, ao mesmo tempo, o indivíduo ganha controle dos métodos envolvidos” (John Dewey);
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· a educação é “qualquer ato ou experiência que tenha um efeito formativo sobre a mente, o caráter ou a capacidade física de um indivíduo [e mais estritamente é a transmissão por parte de instituições sociais de nossa] herança cultural, seus conhecimentos, valores e dotes acumulados – de uma geração para outra” (Kneller).
· “cabe à reflexão filosófica explorar o significado da condição humana no mundo. E à filosofia da educação explicitar esse significado para o educador. Vale dizer, pois, que a filosofia da educação deve colocar para o educador a questão antropológica, questão que deve equacionar adequadamente, recorrendo à filosofia social e à filosofia da história, e fundamentando-se numa antropologia, alicerce último de toda reflexão
sobre o realizar-se do homem” (Antônio Joaquim Severino apud ARANHA, 1996, p. 110).
Para essa primeira orientação, a enunciação monológica é um ato individual, uma expressão da consciência individual, entendendo expressão como uma “[...] categoria geral, de nível superior, que engloba o ato de fala, a enunciação” (BAKHTIN, 1992a, p. 111), que se forma no psiquismo do indivíduo e exterioriza-se por meio de algum código do qual ele se apropria, o que caracteriza um “[...] dualismo entre o que
· interior e o que é exterior, com primazia do conteúdo interior, já que o ato de objetivação procede do interior para o exterior” (BAKHTIN, 1992a, p. 111). O exterior
· apenas o meio por intermédio do qual o interior se manifesta. Portanto, a concepção de língua que sustenta os trabalhos dos filósofos e linguistas filiados ao subjetivismo individualista apoia-se na enunciação monológica, que encontra, na expressão, o seu meio de exteriorização, subjugando-a ao papel de transmissão do que é produzido no psiquismo individual.
Essa concepção é totalmente falsa, uma vez que tanto o conteúdo interior quanto sua objetivação são criados a partir de um mesmo material, a expressão semiótica de natureza social, não existindo, assim, essa distinção entre ambos, pois um não existe sem o outro. Além disso, “[...] não é a atividade mental que organiza a expressão, é a expressão que organiza a atividade mental, que a modela e determina sua orientação” (BAKHTIN, 1992, p. 112). Nesse sentido, é o exterior, o meio social, que modela a atividade mental, pois ela está sempre orientada para um auditório social bem definido. É a expressão que vai estruturá-la e torná-la mais estável.
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ATIVIDADES DE FIXAÇÃO
Questão 01
Considere as proposições abaixo sobre as ideias políticas e sociais defendidas pelos escritores iluministas do século XVIII.
I. A razão é o único guia infalível da sabedoria e o único critério para o julgamento do bem e do mal.
I. A prosperidade de um país está condicionada à acumulação de metais preciosos, como ouro e prata.
III. O poder político vem de Deus, que é a fonte única de toda autoridade.
IV. O homem é naturalmente bom, e a educação aperfeiçoa as suas qualidades inatas.
V. O poder político emana do povo, que deve ter o direito de escolher os seus
governantes.
Estão CORRETAS
a) I, II e IV.
b) I, III e V.
c) II, III e IV.
d) II, III e V.
e) I, IV e V.
Questão 02.
Sobre os pensadores iluministas, podemos afirmar que alguns se enveredaram, também, pelo campo da literatura ficcional; destes, o nome de Voltaire se destaca com vulto. Dentre suas obras ficcionais, a mais conhecida é
a) Cândido, ou o Otimismo.
b) O Elogio da Loucura.
c) O Ser e o Nada.
d) A Sagrada Família.
e) A Gaia Ciência.
Questão 03.
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A teoria do Estado Contratualista foi uma das grandes contribuições do pensamento ilustrado para a contemporaneidade, definindo aspectos da democracia ocidental. Esta teoria tem fundamento na obra de
a) Voltaire.
b) Adam Smith.
c) Jean-Jacques Rousseau.
d) Montesquieu.
e) Diderot.
Questão 04.
Sobre o pensamento de Kant, fruto do século XVIII, é CORRETO afirmar que
a) renovou ideias herdadas do Tomismo.
b) sintetizou as várias orientações e movimentos do Iluminismo.
c) renegou aspectos tanto do Idealismo como do Empiricismo.
d) não encontrou eco na obra de filósofos posteriores como Hegel.
e) fez uma crítica da razão em moldes pós-estruturalistas.
Questão 05.
O Liberalismo teve, na figura de Adam Smith, no século XVIII, um dos seus principais teóricos. No século XIX, outros autores se dedicaram à reflexão acerca da política liberal. Sobre esta temática, é CORRETO afirmar que
a) os pensadores liberais do século XIX romperam com as contribuições recebidas de Adam Smith.
b) a obra de Alexis de Tocqueville apresentou-se como uma superação da ideia do liberalismo político.
c) na Inglaterra e nos Estados Unidos, as instituições políticas e sociais dificultaram a consolidação do pensamento liberal.
d) John Stuart Mill não participou do movimento, traçando um percurso filosófico totalmente distinto do pensamento liberal.
e) Thomas Paine foi um dos seus principais representantes nos Estados Unidos.
Questão 06.
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As teorias socialistas marcaram a produção filosófica do século XIX. Extremamente heterogênea, esta produção apresentou propostas distintas, partidas das obras e autores diferenciados; dentre estes autores, podemos citar Ludwig Feuerbach (1804-1872). Sobre a obra de Feuerbach, é CORRETO afirmar que
a) reflete exclusivamente sobre a condição de submissão do operariado europeu.
b) utilizou o conceito de alienação de Hegel para aplicá-lo na defesa da tese do ateísmo.
c) não sofreu críticas por parte de Marx e Engels.
d) dialogou com o pensamento conservador católico.
e) fez uma crítica da razão em moldes pós-modernos.
Questão 07.
As ideias socialistas ganharam força após a publicação dos estudos de Karl Marx e Friedrich Engels. Dentre os grandes autores que produziram sobre a éfige do materialismo histórico, podemos citar os nomes abaixo, com a EXCEÇÃO de
a) Antonio Gramsci.
b) Rosa Luxemburgo.
c) Friedrich von Hayek.
d) Louis Althusser.
e) Erich Fromm.
Questão 08.
Os desdobramentos do conhecimento científico no século XIX repercutiram na produção filosófica, em vários movimentos, dos quais NÃO podemos inserir o
a) estruturalismo.
b) cientificismo.
c) vitalismo.
d) pragmatismo.
e) evolucionismo.
Questão 09.
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Karl Marx foi um dos pensadores mais influentes da história da filosofia, possuidor de uma obra vasta, com repercussões nas ciências políticas, na teoria da História, na Economia e em vários outros campos do saber.
Tendo em vista a numerosa produção marxiana,assinale a alternativa em que só são nominadas obras da autoria de Marx.
a) A Ideologia Alemã, Ensaios e A Sagrada Família.
b) O Capital, Assim falou Zaratrusta e O 18 Brumário.
c) A Ideologia Alemã, O Capital e Teses sobre Feuerbach.
d) O 18 Brumário, O Elogio da Loucura e A Miséria da Filosofia.
e) A Utopia, O Capital e Ensaios.
Questão 10.
"Ajuda-te a ti mesmo: então todos te ajudarão. Princípio do amor ao próximo".
Sobre o pensamento de Nietzsche, autor da frase citada anteriormente, é CORRETO afirmar que
a) não teve repercussão na filosofia do século XX.
b) criticou valores políticos e religiosos de sua época, em especial, no Crepúsculo dos Ídolos.
c) não encontrou diálogos na época em que foi produzida.
d) em síntese, coloca-se como uma oposição ao pensamento de Karl Marx.
e) encontrou, em Michel Foucault, seu principal crítico no século XX.
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